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Fátima Saise
Faruque Basião
(Licenciatura em Agropecuária)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Fátima Saide
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Fátima Saise
Faruque Basião
(Licenciatura em Agropecuária)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
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Índice
1. Introdução..................................................................................................................4
1.1. Objectivos:..........................................................................................................4
1.1.1. Geral................................................................................................................4
1.1.2. Específicos......................................................................................................4
1.2. Metodologias......................................................................................................4
2. Girassol......................................................................................................................5
3. Manejo da cultura.......................................................................................................6
3.1. Clima...................................................................................................................6
4. Adubação e Calagem..................................................................................................7
5. Pragas e doenças........................................................................................................8
5.1. Insectos...............................................................................................................8
5.2. Vaquinhas...........................................................................................................9
5.4. Percevejos...........................................................................................................9
5.5. Besouro.............................................................................................................10
6. Doenças fúngicas.....................................................................................................11
7. Colheita.................................................................................................................11
8. Cultivo de gergelim..................................................................................................12
11. Clima.................................................................................................................14
11.1. Solos..............................................................................................................14
11.4. Adubação.......................................................................................................15
13. Pragas................................................................................................................17
14. Doenças.............................................................................................................18
14.1. Mancha-angular.............................................................................................18
14.2. Podridão-negra-do-caule...................................................................................19
14.3. Podridão-do-colo...........................................................................................20
15. Colheita.................................................................................................................21
15.1. Beneficiamento.............................................................................................21
16. Conclusão.............................................................................................................22
17. Referencias...........................................................................................................23
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1. Introdução
As oleaginosas são uma proteína vegetal famosas por terem em sua composição
nutrientes que, com hábitos e alimentação equilibrados, podem oferecer benefícios ao
organismo. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, esse tipo de
ingrediente é indicado para uma “dieta saudável”. O gergelim apresenta ampla
adaptabilidade às condições edafoclimáticas de clima quente; tem bom nível de
resistência à seca e facilidade de cultivo, características que o transformam em
excelente opção de diversificação agrícola e grande potencial económico nos mercados
nacional e internacional. Isso se deve à elevada qualidade de seu óleo, com aplicações
nas indústrias alimentícias e de óleo-química, que se encontra em plena ascensão, com
aumento anual de aproximadamente 15% na quantidade de produtos industrializáveis
para consumo, gerando demanda por produtos in natura e mercado potencial capaz de
absorver quantidades superiores à oferta actual (BARROS et al., 2001; LANGHAM;
WIEMERS, 2002).
1.1. Objectivos:
1.1.1. Geral
Conhecer a produção das oleaginosas e amêndoas em especial a cultura de
girassol e gergelim.
1.1.2. Específicos
Descrever a cultura de girassol;
Descrever a culturas de gergelim;
Descrever as principais pragas decorrentes em cada cultura..
1.2. Metodologias
Com vista a responder os objectivos específicos traçados usou-se o método exploratório,
onde levou-se acabo um estudo aprofundando de diferentes manuais, com o intuito de
obter o maior conhecimento possível e descriminar diferentes ideias dos autores com
vista a compreender, a produção de Oleaginosas e Amêndoas (Girassol e Gergelim ).
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2. Girassol
O girassol (Helianthus annuus L.) é uma dicotiledônea anual da família
Asteraceae, originária do continente americano, tendo como centro de origem o México.
Adapta-se a diferentes condições ambientais, podendo ser cultivado desde o Rio Grande
do Sul até o hemisfério Norte, no estado de Roraima (CASTRO & FARIAS, 2005).
Girassol: (De girar e sol, propriedade que tem a planta de ir girando para o lado
que se move o sol). Planta anual oriunda do Perú, da família das compostas, com caule
herbáceo, direito, comuns 3 cm de grossura e cerca de dois metros de altura; folhas
alternadas, pecioladas e em forma de coração; folhas terminais que se dobram na
maturação, amarelas, com 20 a 30 cm de diâmetro, fruto com muitas sementes e
negruscas, quase elipsodais, com 3 cm de largura e comestíveis. Cultiva-se para se obter
óleo e em menor escala para consumir as sementes.
O girassol (Helianthus annuus L.) é uma planta com características muito
especiais, principalmente no que diz respeito ao seu potencial para aproveitamento
económico. Seus principais produtos são o óleo produzido de suas sementes e ração
animal, além de ser amplamente utilizado na alimentação humana na forma de farinhas,
concentrados e isolados proteicos (CARRÃO- PANAZZI & MANDARINO, 2005).
3. Manejo da cultura
3.1. Clima
São indicados os solos de textura média, profundos, com boa drenagem, razoável
fertilidade e pH variável de ácido a neutro (superior a 5,2). O girassol proporciona ainda
melhorias na estrutura e fertilidade dos solos uma vez que possui sistema radicular
profundo. Em geral, para os solos identificados para o cultivo do girassol, recomenda-se
a prática de uma gradagem. Em solos compactados há a necessidade de se proceder a
subsolagem, enquanto nos argilosos, sugere-se uma aração na profundidade de até 20cm
seguida de duas gradagens em sentido contrário, de modo que o terreno seja bem
destorroado.
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4. Adubação e Calagem
5. Pragas e doenças
As principais pragas e doenças registadas na literatura que podem causar danos ao
girassol nas condições edáfico-climáticas são as seguintes:
5.1. Insectos
Vaquinha (Diabrotica speciosa), lagarta preta (Chlosyne lacinia), percevejos
(Nezara viridula, Piezodorus guildinii e Euschistus heros), besouro do capítulo
(Cyclocephala melanocephala), formigas, principalmente as saúvas (Atta spp.), e a
lagarta rosca (Agrostis ipsilon).
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5.2. Vaquinhas
O ataque de vaquinhas pode ocorrer em várias fases de desenvolvimento do
girassol. Entretanto, quando ocorre um ataque severo nas primeiras semanas após a
emergência, o controle deve ser efectuado, sendo que, via de regra, apenas uma
aplicação de insecticida é suficiente. Nos estádios mais avançados, os danos são
minimizados pelo grande volume de folhagem produzida pela cultura do girassol, não
sendo necessário controlo.
5.4. Percevejos
Os percevejos podem causar danos às plantas de girassol e afectar seriamente a
produção quando ocorre um ataque severo, a partir da fase de floração inicial até a fase
de final de florescimento. Os insectos afectam preferencialmente a região de inserção do
capítulo, sugando a seiva, podendo ocasionar a murcha e a perda do capítulo em
formação. Nesta fase, o controle é bastante dificultado pela impossibilidade de entrada
de máquinas convencionais, tendo em vista o porte elevado das plantas. Vale ressaltar
que, durante o florescimento, deve ser evitada a aplicação de insecticidas por causa das
abelhas, importantes para a polinização.
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5.5. Besouro
O besouro (Ciclocephala melanocephala) apresenta cor castanha e aparece em
algumas regiões durante a fase de enchimento de grãos, perfurando-os na fase de
desenvolvimento, formando galerias no capítulo, diminuindo a produção pela
perfuração dos grãos, favorecendo a entrada de patógenos. Não há controlo químico
eficiente. Em pequenas áreas o controle manual pode surtir efeito.
6. Doenças fúngicas
A Mancha de Alternária (Alternaria helianthi), é caracterizada por lesões
necróticas localizadas nas folhas baixeiras. A condição ideal para ocorrência da Mancha
de Alternaria é alta temperatura e alta humidade, porém ela pode ocorrer em qualquer
época de plantio.
A podridão da raiz e do colo das plantas é causada pelo fungo Sclerotium rolfsii.
Este fungo, em geral, é beneficiado também pelo excesso de humidade e altas
temperaturas no ambiente.
7. Colheita
A colheita pode ser totalmente mecanizada ou semi-mecanizada. Ela é realizada
100 a 130 dias após a emergência das plantas, quando o capitulo está com coloração
castanha. O teor de umidade dos grãos para o armazenamento é de 11%, podendo o
girassol ser colhido com 14% de umidade para posterior redução da umidade a 11%. A
mecanização total da colheita é obtida com a adaptação de plataformas em colhedoras
automotrizes de cereais. Essas adaptações tem sido feitas em colhedoras de milho. A
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8. Cultivo de gergelim
O cultivo de gergelim se desenvolve principalmente em sistemas de produção de
pequena escala, que utilizam a mão-de-obra familiar, e normalmente é consorciado com
algodão, milho, feijão ou campi, servindo de fonte alternativa de renda e alimento.
Neste segmento, a exploração da cultura representa uma excelente opção agrícola por
exigir práticas agrícolas simples e de fácil assimilação. Mantendo-se os actuais níveis de
produtividade regional, pode-se expandir a área cultivada e abrir a possibilidade de se
conquistar parcela do mercado externo com o excedente de produção em virtude da alta
cotação dessa oleaginosa no comércio internacional, garantindo ao Nordeste e a outras
regiões mais uma fonte de divisas.
De acordo com as estatísticas produzidas pela FAO, (2019), o país que mais
produziu gergelim foi o Sudão, com um volume de 1.210.000 de toneladas tendo
contribuído em 18,47% na produção global, seguido por Myanmar (774498 toneladas),
Índia (689.310 toneladas) e Tanzânia (680.000 toneladas).
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11. Clima
Apesar da adaptabilidade a lugares secos, o gergelim pode ser cultivado em
regiões mais húmidas tropicais e subtropicais. As temperaturas ideais para o
crescimento e desenvolvimento da planta situam-se entre 25 °C e 30 °C, inclusive para
germinação das sementes. Temperaturas abaixo de 20 °C provocam atraso na
germinação e no desenvolvimento da planta, e abaixo de 10 °C todo o metabolismo fica
paralisado, levando à morte da planta. Temperaturas superiores a 40 °C causam
abortamento de flores e não enchimento de grãos. Temperaturas médias de 27 °C
favorecem o crescimento vegetativo e a maturação dos frutos. Quedas de temperatura,
durante o período de maturação, afectam a qualidade das sementes e do óleo,
interferindo negativamente nos teores de sesamina e sesamolina.
11.1. Solos
O gergelim se desenvolve bem em diversos tipos de solo; porém, a planta atinge
a plenitude em solos profundos, pelo menos 60 cm, bem drenados e de boa fertilidade
natural, francos do ponto de vista textural, desde franco-arenosos até franco-argilosos.
Os solos muito argilosos devem ser evitados, pois as plantas são extremamente
susceptíveis, mesmo a curtos períodos de alagamento, e em qualquer estádio do seu
desenvolvimento. A planta tem preferência por solos de reacção neutra, pH próximo de
7,0, não tolera acidez elevada, abaixo de pH 5,5, nem alcalinidade excessiva, acima de
pH 8,0, sendo extremamente sensível à salinidade, e especialmente à alcalinidade, em
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11.4. Adubação
Produtivo, é necessário que o solo forneça nutrientes em quantidade adequada.
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13. Pragas
As principais pragas do gergelim são: lagarta-enroladeira, pulgão, mosca-branca,
cigarrinha-verde, vaquinha-amarela e saúvas (ARAÚJO; SOARES, 2001).
14. Doenças
A cultura do gergelim pode ser afectada por vários patógenos, os quais causam
doenças que podem induzir severos danos à cultura e perdas expressivas à produção.
Não existem fungicidas registados no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento para controlo de doenças do gergelim. Nesse sentido, o controle deve se
basear em medidas de exclusão e no uso de cultivares resistentes. (LIMA et al., 2001).
14.1. Mancha-angular
A doença é causada pelo fungo Mycosphaerella sesamicola Sivan., que tem como
forma assexuada ou anamórfica Pseudocercospora sesami (Hansf.) Deighton
(sin. Cercoseptoria sesami (Hansf.) Deighton, Cylindrosporium sesami Hansford,
= Cercospora sesamicola (Mohanty). Afecta principalmente as folhas mais velhas
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14.2. Podridão-negra-do-caule
É causada pelo fungo Macrophomina phaseolina e é uma das mais importantes
doenças do gergelim nas principais regiões produtoras do mundo. O fungo afecta,
principalmente, o caule e os ramos da planta, ocasionando lesões de cor marrom-clara
que podem circundar essas partes da planta ou se estenderem de forma longitudinal
(Figura 2), podendo alcançar o broto terminal da planta.
14.3. Podridão-do-colo
É uma doença causada pelo fungo habitante do solo Sclerotium rolfsii, bastante
destrutiva, uma vez que pode ocorrer em qualquer estádio de desenvolvimento das
plantas e induzir 100% de mortalidade. Os sintomas se caracterizam pela perda
progressiva da coloração normal das plantas, seguido pelo seu tombamento. As raízes
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15. Colheita
Lago et al. (2001) afirma que o ponto de colheita se da assim que as hastes,
folhas e cápsulas atingirem o amarelecimento completo, porém antes que as cápsulas
estejam totalmente abertas. Entretanto maturação dos frutos não ocorre uniformemente,
já que as cápsulas da base da planta abrem-se mais cedo, demonstrando o momento
exacto para se iniciar a colheita. Se a colheita for realizada mais tardia ocorrerá maior
perda de grãos, pois a deiscência dos frutos progride rapidamente.
15.1. Beneficiamento
É feito no campo e envolve as operações manuais de batedura e
limpeza/ventilação. A batedura é realizada sobre lonas com o uso de uma vara de
madeira resistente. A limpeza/ventilação é feita no mesmo local com o uso de peneiras
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16. Conclusão
Para o coreto cultivo do gergelim o produtor deve contextualizar as interacções
existentes entre a cultivar com o clima, o solo e a tecnologia envolvida no processo.
Precavendo os factores limitantes para o gergelim que são o encharcamento e a falta de
oxigénio no solo, pois podem levar a planta a senescência, e também usufruir dos
factores de resistência que são a seca e a baixa fertilidade do solo. Para o melhor
aproveitamento do gergelim, o mesmo pode ser difundido em regiões onde não há o seu
cultivo, através de pesquisas de campo dos institutos governamentais e de
universidades, que podem actuar nessas pesquisas juntamente com o produtor rural. O
girassol Originária do continente norte-americano, o girassol é uma espécie
dicotiledônea anual da família Compositae (ou Asteraceae), apresenta caule ereto,
geralmente não ramificado, com altura variando entre 1,0 e 2,5 m e com cerca de 20 a
40 folhas por planta. Sua flor é chamada de capítulo, onde se desenvolvem os grãos,
denominados de aquênios, constituídos pelo pericarpo (casca) e pela semente
propriamente dita (amêndoa). Variam conforme o tamanho, cor e teor de óleo (35-45%)
dependendo do cultivar (SILVA, 2004). A produção de girassol, conforme dados do
CONAB (2009), destaca-se na região centro-oeste sendo a estimativa de 78,3 mil
toneladas e na região sul é de 16,6 m/t, seguido da região nordeste em 0,9. A produção
mundial de grãos de girassol, para a safra 2010/11, segundo o USDA deverá ser da
ordem de 33,74 milhões de toneladas.
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17. Referencias
BARROS, M.A.; SANTOS, R.F.; BENATI, T.; FIRMINO, P. de T. Importância
econômica e social. In: BELTRÃO, N.E. M.; VIEIRA, D.J. O Agronegócio do gergelim
no Brasil. Campina Grande: Embrapa Algodão/ Brasília: Embrapa Informação
Tecnológica, 2001. p.21-35.
KOURI, J.; ARRIEL, N.H.C.; VALE, D.G.; BELTRÃO, N.E.M. Sistema de cultivo do
gergelim na agricultura familiar do Nordeste brasileiro: Operações básicas e
coeficientes técnicos. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2009. (Folder).
KOURI, J.; ARRIEL, N.H.C. Aspectos Econômicos. In: ARRIEL, N.H.C.; BELTRÃO,
N.E.de M.; FIRMINO, P. de T. Gergelim: o produtor pergunta, a Embrapa responde.
Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2009. p.193-209.
BELTRÃO, N.E. de M. Origem e história. In: BELTRÃO, N.E. de M.; VIEIRA, D.J. O
agronegócio do gergelim no Brasil. Campina Grande: Embrapa Algodão/ Brasília:
Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 2001. p.17-20.
ARAUJO, L.H.A. ; SOARES, J.J. Pragas e seu controle In: BELTRÃO, N. E. de M.;
VIEIRA, D. J. O agronegócio do gergelim no Brasil. Campina Grande: Embrapa
Algodão/ Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2001. 348p.
LIMA E.F.; ARAÚJO, A.E.; BATISTA, F.A.S. Doenças e seu controle. In: BELTRÃO,
N. E. de M.; VIEIRA, D. J. (Coord.) O agronegócio do gergelim no Brasil. Campina
Grande: Embrapa Algodão/ Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2001. 348p.