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Filipe Alvro
Frederico Salesio
Ilda Constantino
Ivo Dias
Nordino Sanjane
Rita António
Universidade Rovuma
2022
Carla Albino
Filipe Alvro
Frederico Salesio
Ilda Constantino
Ivo Dias
Nordino Sanjane
Rita António
Universidade Rovuma
2022
Índice
Introdução.........................................................................................................................................3
1.Pescado..........................................................................................................................................4
2.1.Importância da inspecção.........................................................................................................4
Caracteres sensoriais.......................................................................................................................5
Escamas............................................................................................................................................5
3.4.Pele..............................................................................................................................................5
3.5.Mucosidade................................................................................................................................6
3.6.Olhos...........................................................................................................................................6
3.7.Brânquias....................................................................................................................................6
4.Inspecção de moluscos.................................................................................................................6
4.1.Moluscos....................................................................................................................................6
4.2.Contaminantes...........................................................................................................................6
Mercúrio...........................................................................................................................................6
4.5.Sinais clínicos............................................................................................................................6
5.Higiene...........................................................................................................................................7
8.Conservação e armazenamento...................................................................................................9
8.1.Rigor mortis...............................................................................................................................9
8.2.Congetlamento...........................................................................................................................9
8.3.Glaseamento.............................................................................................................................10
8.5.Resfriamento............................................................................................................................11
8.5.Salga.........................................................................................................................................11
8.9.Secagem....................................................................................................................................13
Natural.............................................................................................................................................14
Artificial..........................................................................................................................................14
8.10.Defumação.............................................................................................................................14
8.11.Refrigeração...........................................................................................................................14
9.Armazenamento..........................................................................................................................15
Conclusão.........................................................................................................................................16
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Introdução
A piscicultura cresce no mundo todo para abastecer a demanda pela carne de peixe, a qual é
rica em proteína (os pescados são a terceira fonte de proteína de origem animal para
alimentação humana), possui baixo teor de gordura e é de fácil digestão. Deste presente
trabalho ira se abordar sobre o controlo da qualidade dos peixes, a importância, métodos de
conservação e armazenamento, dizer que Dentre os animais criados pelo homem com o
propósito de produzir alimentos, tanto em escala industrial quanto para subsistência, o peixe é
o que oferece as melhores condições de custo-benefício, já que possui a capacidade de
transformar insumos de baixo valor nutritivo ou subprodutos em proteína animal de qualidade
superior.
Objectivo geral:
Compreender a importância da inspecção.
Objectivo específicos:
Conhecer os métodos de conservação do peixe;
Citar a importância da inspecção;
Entender o controlo de qualidade.
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1.Pescado
“Termo genérico que designa todos os produtos da pesca, seja ela extrativa ou de cultivo
(aquicultura), de água doce ou marinha”., (Kubitza, 2011)
2.1.Importância da inspecção
Por Lei, a inspecção e a fiscalização sob o ponto de vista sanitário de fábricas de pescado, e
de um modo geral, de todos os produtos de origem animal (POA) nos locais de produção,
manipulação, armazenagem e comercialização é actividade privativa do Médico-Veterinário,
porém mais do que isso, por toda a sua formação, ele é o profissional mais preparado para
garantir a segurança alimentar da população quando se trata de produtos de origem animal
(POA), (Kubitza, 2011). Para assegurar um produto de qualidade, o pescado é inspeccionado
desde a produção, captura, beneficiamento na indústria, passando pelo armazenamento,
transporte chegando até a fiscalização pela vigilância sanitária no comércio e, o Medico
Veterinário está envolvido em todas as etapas do processo. Ao adquirir pescado congelado, o
consumidor precisa verificar se a embalagem possui selo de algum serviço de inspecção, que
deve estar visível no invólucro, data em que foi embalada, validade e se a temperatura de
armazenamento descrita na embalagem está sendo respeitada, (Kubitza, 2011). No caso do
peixe fresco, para verificar se está em boas condições, o consumidor precisa olhar com muita
atenção se a pele, escamas e olhos estão brilhantes, com tonalidade viva e ausência de muco
espesso. Atentar ainda se as escamas estão bem aderidas, os olhos ocupando toda a órbita e se
estão salientes, as brânquias húmidas e avermelhadas, a carne firme e elástica, e o odor suave
e característico. O peixe fresco deve estar conservado em baixa temperatura e é importante
atentar para a quantidade de gelo no balcão de venda que deve ser sempre abundante.
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Caracteres sensoriais
Escamas
Unidas entre si e fortemente aderidas à pele.
Translúcidas e com brilho metálico.
Não devem ser viscosas.
3.4.Pele
Húmida, tensa e bem aderida
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3.5.Mucosidade
Em espécies que a possuem, deve ser aquosa e transparente
3.6.Olhos
Ocupar a cavidade orbitaria, Brilhantes e salientes
3.7.Brânquias
Cor rosa ao vermelho intenso, húmidas e brilhantes, ausência ou discreta presença de
muco.
4.Inspecção de moluscos
4.1.Moluscos
Bivalves (mexilhões, ostras, amêijoa e conquilha)
Valvas: aderidas;
Carne: húmida e bem aderida a concha;
Odor: característico da espécie.
4.2.Contaminantes
Cádmio e arsénio
Limite máximo de 1mg/kg
Chumbo
Limite Max de 2mg/kg
Mercúrio
Limite máximo de 0.5mg/kg
4.5.Sinais clínicos
Descontrolo dos membros
Alteração de visão
Tremores nas mãos e pálpebras
Pode levar a morte.
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5.Higiene
As práticas de higiene para a elaboração do produto estarão de acordo as que se estabelece no
código internacional recomendado de prática para o peixe fresco (cac/rcp9-1976).
5.1.Ao examinado o produto deverá estar:
a). Isento de microrganismos patogénicos e parasitas que possam representar perigo para a
saúde do consumidor.
b). Isento de substâncias que derivem de microrganismos em quantidades que possam
apresentar perigo para a saúde do consumidor.
6.Controlo de qualidade dos pescados
O controlo de qualidade na produção primária de pescado deve garantir um alimento seguro e
adequado para o consumo humano. Se os procedimentos de despesca e manuseio de
organismos aquáticos nos estabelecimentos de produção, assim como do pescado a bordo das
embarcações de pesca, em unidades de processamento e beneficiamento, na distribuição e no
mercado de varejo não forem correctos, esses produtos estarão expostos a todo o tipo de
contaminação. Alguns aspectos deverão ser levados em consideração: evitar a produção em
áreas onde o meio ambiente possa representar uma ameaça; manter a qualidade alimentar dos
mesmos do ponto de vista da presença de contaminantes, pragas e doenças de animais, de tal
forma a não introduzir uma ameaça à segurança do alimento; adoptar práticas e medidas que
assegurem a produção em condições higiénicas adequadas (, 2000).
microbiológicos, ou seja, são alimentos que não oferecem riscos de causar doenças ou danos
ao consumidor (Manual, 2004).
Componentes %
Água 66.01%-84.0%
Lipídios 00.1%-22.00
8.Conservação e armazenamento
8.1.Rigor mortis
O rigor mortis é considerado como uma contracção muscular irreversível, tornando-o rígido.
Este processo começa logo após a morte do pescado e termina com a presença de elevada
quantidade de bactéria decompositora. Durante o rigor mortis ocorre uma série de alteração na
musculatura, como a falta de produção de ATP, a falta de produção de anticorpos e a elevação
do pH. Com isto, o pescado fica um ambiente propício para o desenvolvimento das bactérias
que termina com a sua completa deterioração. Desta forma, temos que prolongar o período do
rigor mortis, para aumentar a validade do pescado para o consumidor final. Para prolongar o
rigor mortis, o pescado é colocado sob congelamento, sob resfriamento ou sob o processo de
salga.
8.2.Congetlamento
É o processo utilizando equipamento de um sistema frigorífico, que submete o pescado em
temperaturas ambiente em torno de -40°C, deixando a sua temperatura interna em torno de -
18°C. Este processo é utilizado em embarcações de pesca, com sistema frigorífico, que
passam longos dias de pescaria. No congelamento a água de constituição da musculatura do
pescado também se congela, aumentando de volume no interior das células e rompendo a
membrana plasmática, desta forma, perdendo água de constituição muscular durante o
descongelamento e consequentemente também ocorre perda de qualidade, O congelamento é
aplicado nas embarcações de pesca que têm uma autonomia de 45 dias de pesca. O pescado
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submetido a este processo tem uma vida útil muito maior em relação ao resfriamento, mas
uma qualidade reduzida em relação ao mesmo processo.
8.3.Glaseamento
É a imersão por alguns segundos do pescado congelado (temperatura interna em torno de -
18ºC) em água gelada (Temperatura em torno de 5ºC), ficando desta forma uma película de
gelo em volta deste pescado. Este processo tem por objectivo proteger o produto contra a ação
do frio, conservando assim a sua coloração natural.
8.5.Resfriamento
É um processo utilizado para conservação do pescado na qual a água de constituição
muscular não se congela, apenas ficando em torno de 5ºC. O resfriamento é aplicado nas
embarcações geleiras com uma autonomia pequena de pesca. Mas como a água de
constituição das células não se congela, a qualidade do pescado é muito melhor em relação ao
congelamento. A desvantagem é que ocorre uma diminuição da vida útil do produto que é
submetido a este processo.
8.5.Salga
A salga é um dos mais tradicionais métodos de conservação de alimentos. Há registros das
práticas deste método nas mais antigas civilizações como o antigo Egito e a Mesopotâmia a
cerca de 4.000 anos ac. A salga pode ser processada por métodos artesanais e industriais. Os
métodos artesanais são difundidos em todo o mundo com práticas que variam de região para
região, havendo, evidentemente a produção de diferentes tipos de produtos salgados
Apesar disto a salga artesanal pode ser considerada como economicamente expressiva.
Entretanto na salga industrial e onde se verifica uma produção de peixe salgado com
expressão económica no mercado. Tanta salga artesanal como a salga industrial pode ser
praticada através dos seguintes processos:
1. Salga seca;
2. Salga húmida;
3. Salga mista.
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de sal ser de 30%, verifica-se que grande quantidade deste sal não foi dissolvida, significando
que o processo é feito de salmoura saturada. Na salga mista é necessário que a salmoura seja
saturada, havendo portanto, uma quantidade de sal disponível para a salga. Neste processo de
salga o oxigénio não penetra, pois ela é realizada devidamente em tanque devidamente
fechado. Uma das vantagens da salga mista é o fato de que devido o sal está dissolvido em
água a salga se processa igualmente em todas as peças, já que todas elas estão submersas na
salmoura. Pelo fato de que o produto salgado está submerso na salmoura, a oxidação não se
realizará durante o processo de cura.
8.9.Secagem
A secagem representa um tipo de processamento utilizado para ajudar o processo de salga, já
que a salga por si só não representa um processo capaz de conservar o produto por muito
tempo, desta forma, para os produtos salgados devemos utilizar a secagem, a prensagem ou
até a conservação dos produtos salgados pelo frio. A secagem pode ser de através de duas
formas:
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Natural
Na secagem natural o produto salgado é exporto directamente a radiação solar nas horas de
calor menos intenso, evitando-se desta forma a coquição dos produtos pela acção do calor.
Esta secagem tem grande importância em relação a secagem artificial, já que a energia solar é
gratuita, entretanto, este processo depende das condições climáticas do local.
Artificial
Este tipo de secagem é praticado em regiões onde as condições climáticas não permitem que
se proceda uma secagem natural, sendo portanto este processo, uma alternativa para a
secagem de peixes. Ao contrário do processo natural, este por sua vez, depende de custos
elevados, tendo em vista que a energia utilizada não é gratuita. Para que se faça uma secagem
por este processo é necessário que se tenha o conhecimento de algumas condições técnicas
recomendada pela literatura. Entre estas condições temos:
8.10.Defumação
A defumação é um processo que consiste na conservação da matéria prima mediante a
utilização da salga, da secagem e princípios ativos dos vegetais, quando estes são submetidos
a combustão. A conservação pela salga dos produtos defumados se verifica, tendo um custo
que o sal exerce ação conservadora conforme descrito anteriormente. Da mesma forma a
secagem também tem influência na conservação destes produtos, já que estes, sofrem um
processo de desidratação durante o período de defumação. Da mesma forma os produtos
defumados também são conservados devido a ação dos princípios ativos da planta submetido
à combustão durante tal processo. Tais princípios ativos são conduzidos até a matéria prima
pela fumaça, a qual, leva também minúsculas gotas de água e ainda vapor tanto numa como
na outra o princípio activo da planta á conduzida.
a)Defumação a frio - Neste tipo de defumação a temperatura deverá ser em torno de 30°C,
sendo de difícil controlo, evidentemente esta defumação é muito prolongada, levando até dois
dias para a sua conclusão e só poderá ser feita depois de salgado o produto.
b)Defumação a quente - A defumação a quente é feita em defumadores, nos quais a
temperatura deverá atingir dentro do mesmo aproximadamente 121°C. Tal temperatura na
matéria-prima durante a defumação não deverá ultrapassar a 60°C.
8.11.Refrigeração
A refrigeração é a conservação de alimento mediante a utilização de frio, o qual poderá ser
obtido através de um ciclo frigorífico que por sua vez poderá ser de “injecção” ou por
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“compressão de vapores”. O ciclo frigorífico por injecção não tem muita utilidade nos dias
actuais, por esta razão será estudado apenas o ciclo frigorífico por compressão de vapor. Este
ciclo frigorífico conta basicamente de um sistema cíclico no qual para a obtenção do frio o
gás refrigerante sofre mudanças alternadas de estados físicos.
9.Armazenamento
Segundo Downes, F.(2016). Na questão do acondicionamento è necessário Levar em
consideração as alterações autolíticas e químicas como a oxidação, desnaturação e
desidratação, como ponto importante deve se Manter a Temperatura Constante para Prolongar
a Vida Útil: Glazeamento, Revestimentos de Protecção, paletização adequada, Manter
Identificação do Produto
Factores que limitam o armazenamento
Os factores que limitam o armazenamento podem ser descritos com as alterações das
Proteínas, desnaturação, e Alteração das gorduras (Rancificação, Alterações por desidratação
ou queima, perda de peso e oxidação), (DOWNES, F.2016).
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Conclusão
Ao longo da execução deste presente trabalho percebeu se que o pescado oriundo da
aquicultura e da pesca extractivista deve manter a qualidade desejada pela indústria e pelos
consumidores. Dessa forma, o controle da qualidade deve ser observado em todas as fases da
cadeia produtiva, Os métodos de conservação e as técnicas empregadas no processamento,
para obtenção de produtos comestíveis de pescado, devem seguir as normas e recomendações
dos órgãos competentes. Isso se explica pela necessidade de garantir a inocuidade dos
produtos comercializados. De fato, o pescado é um alimento de alto valor nutritivo e desvios
nos métodos de conservação e no emprego de técnicas de processamento podem trazer danos
ao consumidor final, além de prejuízos financeiros ao sector produtivo.
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Referências bibliográficas
DOWNES, F.2016. Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods.
4. ed.
https://www.crmves.org.br/o-medico-veterinario-na-inspecao-e-fiscalizacao-do-pescado-da-
pesca-producao-ate-a-sua-mesa-2/ no dia 25/10/22