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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

LICENCIATURA EM AGRO-PECUÁRIA – LABORAL 2 O ANO

ALZIRA GILBERTO FRANCISCO DE ALMEIDA


AGNALDO PAULO RODRIGUES
BETUEL ALBERTO GARCIA
CARIMO GORGES ARMANDO ALBERTO

PROJECTO DE CRIAÇÃO DE FRANGOS POEDEIRAS NO


DISTRITO DE GURUÉ (2021)

Quelimane

2021
ALZIRA GILBERTO FRANCISCO DE ALMEIDA
AGNALDO PAULO RODRIGUES
BETUEL ALBERTO GARCIA
CARIMO GORGES ARMANDO

PROJECTO DE CRIAÇÃO DE FRANGOS POEDEIRAS NO


DISTRITO DE GURUÉ (2021)

Projecto de caracter avaliativo apresentado no


curso de Licenciatura em Agro-pecuária da
Faculdade de Ciências Agrarias, na cadeira de
Avicultura e Cunicultura, Leccionado pelos:

Docentes: dra. Hermenegilda Petersburgo e dr.


Eduardo Zezema.

Quelimane

2021
Índice

CAPITULO I .............................................................................................................................. 3

1.1. Introdução ............................................................................................................................ 3

1.2. Delimitação do tema ............................................................................................................ 3

1.3. Problematização................................................................................................................... 3

1.4. Justificativa .......................................................................................................................... 4

1.5. Objectivos ............................................................................................................................ 4

1.5.1. Objectivo geral: ................................................................................................................ 4

1.5.2. Objectivos Específicos: .................................................................................................... 4

1.6. Descrição da área de estudo................................................................................................. 4

1.7. Detalhes e dimensões do Projeto ......................................................................................... 4

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 5

2.1. Galinhas poedeiras ............................................................................................................... 5

2.2. Características de frangos poedeiras.................................................................................... 5

2.3. Modelo de criação ............................................................................................................... 6

2.4. Sistema de produção ............................................................................................................ 6

2.5. Manejo Animal .................................................................................................................... 6

2.5.1. Fase de Cria ...................................................................................................................... 6

2.5.2. Fase de recria .................................................................................................................... 7

2.5.3. Preparação do galpão para pintainhos .............................................................................. 7

2.5.4. Aquecimento para os pintainhos....................................................................................... 7

2.5.5. Recepção ou entrada dos pintainhos ................................................................................. 8

2.6. Manejo do Lote (Cria) de Pintainhos .................................................................................. 8

2.6.1. Bebedouro ......................................................................................................................... 8

2.6.2. Comedouro ....................................................................................................................... 9

2.6.3. Alimentação ...................................................................................................................... 9


2.6.4. Debicagem ........................................................................................................................ 9

2.6.4.1. Objetivos da debicagem............................................................................................... 10

2.6.5. Seleção de ave ................................................................................................................ 10

2.7. Fase de produção/ Fase de Postura .................................................................................... 11

2.7.1. Manejo com os ovos ....................................................................................................... 11

CAPITULO III ......................................................................................................................... 12

3.1. Metodologia ....................................................................................................................... 12

3.2. Técnica de Colheita de Dados ........................................................................................... 12

4. Metas .................................................................................................................................... 12

4.1. Resultados esperados ......................................................................................................... 13

5. Cronograma das actividades ................................................................................................. 13

6. Orçamento ............................................................................................................................ 14

Referência bibliográfica ........................................................................................................... 15


3

CAPITULO I

1.1. Introdução

Em Moçambique, cerca de 80% da população está engajada em atividades agrícolas,


sendo a criação de frango uma atividade complementar. A avicultura é um dos segmentos da
agro-pecuária que mais contribui para cobrir o défice de proteína, para a promoção da
segurança alimentar, na geração de rendimento e de emprego, e do crescimento económico do
país.
O presente projecto tem como foco a criação de frango de postura ou simplesmente
poedeiras e produção de ovos. A criação de galinhas poedeiras tem, ao longo dos anos, se
tornado empreendimento de grande rentabilidade, pois a avicultura constitui uma das
principais atividades em Moçambique. Aliado a isso, ao fato do ovo ser um alimento de alto
valor nutritivo e proteico, de baixo custo e acessível a todas as classes sociais. Por isso, é
considerado um alimento essencial na dieta alimentar humana. Um ovo fornece
aproximadamente 10% da dose diária necessária de proteínas para um indivíduo com uma
actividade moderada. A maior quantidade do ovo consumido em Moçambique, provém do
estrangeiro. A produção nacional é reduzida (correspondendo a apenas 5% do total da
produção avícola), devido aos elevados custos que esta actividade acarreta em relação aos
insumos.
O projecto é ambicioso e visa colocar a província da Zambézia auto-suficiente no que
à produção de ovos.

1.2. Delimitação do tema

O projecto que se pretende desenvolver centra-se no distrito de Gurué província da Zambézia


(2021), por revelar que este distrito apresenta escassez de ovos para a alimentação.

1.3. Problematização

Zambézia é uma província com índice de crescimento notória em cada ano que passa, a
procura de alimentos fica um desafio para os produtores de pequena, média e grande escala
seja vegetal e animal. Desta forma a falta de produção de ovos pode ser visto como um caso
anormal colocando assim o risco de saúde dos consumidores Assim, a principal inquietação é:
Quais são as causas da falta de ovo nos mercados do distrito de Gurué?
4

1.4. Justificativa

Altos preços, alta demanda do produto e o crescimento populacional no distrito de Gurué são
factores que levam a escassez do ovo neste distrito, deste modo surge a ideia de se
materializar um projecto de criação de frangos poedeiras para acabar com a falta de ovos nos
mercados do distrito de Gurué e altos preços praticados pelos vendedores formais e informais.

1.5. Objectivos

1.5.1. Objectivo geral:

 Criar frangos poedeiras no distrito de Gurué - Zambézia;

1.5.2. Objectivos Específicos:

 Garantir um rápido fornecimento da proteína animal necessária para o organismo


humano;
 Vender ovos para revendedores locais;
 Empregar a população local do distrito de Gurué;
 Capacitar moradores no âmbito da criação de frangos poedeiras.

1.6. Descrição da área de estudo

O distrito de Gurué localiza-se a Norte da Província de Zambézia, na região da Alta


Zambézia, fazendo limite com os distritos de Milange, Namarroi, Errego e Alto Mólocuè na
mesma província; e limitando-se ao norte pelos distritos de Malema, na província de Nampula
e de Mecanhelas na província de Niassa. A superfície do distrito é de 5.664 km2 e a sua
população está estimada em 364 mil habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade
populacional aproximada de 64,3 hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os
466 mil habitantes. A temperatura média anual é de 22.7ºC sendo a mais alta no mês de
Outubro (32.5ºC) e a mais baixa no mês de Julho (13.6ºC).

1.7. Detalhes e dimensões do Projeto

• O Aviário terá uma área de 40 m² (capacidade estimada para 300 frangos poedeiras).

• A largura do galpão varia de 8 a 12 metros e o pé direito deve ter altura mínima de 2,8
metros.
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CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Galinhas poedeiras

As galinhas (nome científico: Gallus gallus domesticus) são aves domesticadas a


vários séculos com a finalidade de consumo de carne e produção de ovo. Atualmente, são
consideradas uma das fontes de proteína mais barata, com grande destaque nas prateleiras dos
supermercados (Prado, 2017).

Galinhas poedeiras ou de postura são aquelas destinadas à produção de ovos, sendo


este considerado de alto valor nutricional, podendo a sua qualidade ser influenciada por
fatores como condições de manejo, instalações, nutrição e ambiente. A composição do ovo
fornece 6,25 g de proteína por dia (15% da quantidade diária recomendada) perdendo apenas
para o leite materno em quantidade de aminoácidos (Prado, 2017).

Taxonomia da galinha:

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Galliformes

Família: Phasianidae

Género: Gallus

Espécie: G. gallus

Classificação de Lineu.

2.2. Características de frangos poedeiras

As poedeiras apresentam crista e barbela de uma cor vermelha viva, grandes, elásticas
e quentes, quando estão em postura. As galinhas fora da reprodução as possuem endurecidas,
pequenas e com uma cor "mate". Quando, no entanto, começam a postura, as galinhas vão
perdendo os pigmentos existentes em suas pernas, no seu bico e na sua pele. Essa perda vai
sendo realizada de tal maneira que é possível determinar, com uma certa precisão, há quanto
tempo a aves iniciou a sua postura ( Lopes, 2011).
6

Esses pigmentos variam de cor, podendo ser amarelos, de acordo com a raça,
variedade ou mestiçagem das aves. Além disso, eles vão retornando na mesma ordem em que
foram desaparecendo da ave, mas com uma grande diferença: isso ocorre com o dobro da
velocidade em que haviam diminuído (Lopes, 2011)

Quando não está em produção, a galinha possui uma pele endurecida no abdômen,
onde também é encontrada uma espessa camada de gordura. Em postura, ela apresenta, na
mesma região, pouca gordura abdominal e uma pele elástica e maleável. Normalmente, os
ovos apresentam cascas brancas ou vermelhas mas, em algumas fazendas, existem algumas
galinhas "comuns", ou seja, sem raça definida, que põem ovos com a casca azulada (idem)

2.3. Modelo de criação

O Modelo escolhido é independente no qual o avicultor de frango poedeira se


responsabiliza por todas as fases da produção, desde a aquisição dos pintinhos, sua criação até
a fase de postura/ fase se produção A raça a ser escolhida é a Embrapa 051, por esta
apresentar um elevado potencial na produção de ovos (Lopes, 2011).

2.4. Sistema de produção

O sistema de confinamento intensivo, modelo no qual as aves são alojadas em gaiolas


dentro dos galpões durante toda a sua vida produtiva. A criação das galinhas poedeiras pode
ser realizada de três formas. Uma delas é directamente sobre o piso em todas suas fases,
dentro da gaiola e, ainda, combinando piso na fase inicial e gaiola nas outras duas fases. Este
último sistema de criação pode ser considerado o mais adequado, pois traz benefícios desde a
facilidade da colecta dos ovos e redução dos números de ovos sujos até ao melhor alojamento
de aves por m2, além de uniformizar os lotes dentro do sistema de produção (Kupsch, 1981).

2.5. Manejo Animal

2.5.1. Fase de Cria

Nesta fase de criação de poedeiras comerciais é o período compreendido entre a


primeira até a 10ª semana de idade das aves. Os pintainhos podem ser criados no sistema de
gaiola ou diretamente no piso com a utilização de cama (Embrapa, 2004).
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2.5.2. Fase de recria

A fase de recria compreende aves de 35 a 105 dias de idade. Nos galpões destinados a
esta fase, são alojadas as aves advindas dos galpões de cria, com cerca de 30 a 35 dias de
idade (4 a 5 semanas) e permanecem até aproximadamente 105 dias de vida (15 semanas). O
planeamento do manejo na fase de recria é essencial para obtenção do sucesso, uma vez que,
todas as fases de criação são interligadas e garante uma diminuição dos imprevistos, os quais
na maioria das vezes, causam prejuízos e transtornos nas granjas (Mazzuco (2006)

Mazzuco (2006), cada galinha deve dispor de pelo menos 550 centímetro quadrado de
superfície de gaiola, fazendo-se necessária a observação diária das gaiolas para garantir não
haver superlotação nas gaiolas.

2.5.3. Preparação do galpão para pintainhos

Segundo Embrapa (2004), Todos os equipamentos e instalações devem ser lavados


minuciosamente, principalmente nas juntas de madeira e dobras de gaiolas. A caixa de água
deve ser lavada objetivando a higienização da mesma. Os comedouros e bebedouros devem
ser limpos e higienizados. A desinfecção é realizada para eliminar os microorganismos,
insetos/ animais nocivos à saúde das aves e humana. A desinfecção deve ser feita com
desinfetante aplicados na parte interior e exterior

2.5.4. Aquecimento para os pintainhos

O aquecimento tem como objetivo manter a temperatura corporal das pintainhas,


devendo ser mantida no interior do pinteiro entre 28 e 32 0C (ideal) na primeira semana e
entre 26 e 28 0C (ideal) na segunda semana. O aquecimento deve ser feito através de
campânulas a gás ou elétrica ou ainda aquecedores de infravermelhos (Embrapa, 2004)

Deve ser instalado um termohigrômetro dentro do aviário, para controle da temperatura


ambiente e umidade relativa do ar (idem).

Algumas observações visuais são utilizadas para o controle da temperatura no galpão, dentre
os quais:

 Amontoamento dos pintainhos;


 Pintainhos arrepiadas;
 Bico e asas entreabertos;
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 Respiração ofegante;
 Pé queimado;
 Empastamento de fezes na cloaca.

2.5.5. Recepção ou entrada dos pintainhos

O veículo com os pintainhos, ao chegar na portaria da granja, deve ser totalmente


desinfetado ou então os pintainhos devem ser transferidas para veículos de circulação interna
na granja. O supervisor deve verificar o horário de saída do caminhão do incubatório, o
horário de chegada na granja, as anormalidades (caminhão e carga) existentes no trajeto, a
temperatura do interior do caminhão e a existência de alguma separação de pintainhos. Os
colaboradores devem ter atribuição exclusiva de realização desta tarefa e devem estar sempre
com roupas limpas e desinfetadas (Embrapa, 2004).

2.6. Manejo do Lote (Cria) de Pintainhos

Segundo Embrapa (2004), de 01 a 07 dias de idade, deve-se:


 Colocar água nos bebedouros todos os dias, incentivando o consumo de água;
 Realizar a separação das aves menos desenvolvidas do meio das maiores, objetivando
a recuperação das mesmas;
 Controlar a umidade do ar;
 Trocar o material utilizado como cama se estiver molhado;
 Controlar a temperatura;
 Realizar o arraçoamento dos pintainhos;
 Realizar a vacinação recomendada;
 Realizar os registros correspondentes;
 Retirar as pintainhas mortas, dando destino adequado a carcaça.

2.6.1. Bebedouro

Na fase inicial, é essencial garantir que os bebedouros estejam bem distribuídos nos
círculos de proteção ou na área para alojamento das aves, sempre objetivando que qualquer
que seja o lugar onde o pinto se encontre haja um bebedouro próximo. Da mesma forma, à
medida que os círculos de proteção são abertos, os bebedouros também devem ser
movimentados, buscando sempre obter uma distribuição uniforme por todo o galpão
(Mazzuco, 2006),
9

A limpeza deve ser feita diariamente para evitar o acúmulo de ração, pó e excreções
das aves no fundo dos bebedouros, garantindo a qualidade da água. A regulagem da altura do
bebedouro deve garantir que o pinto possa beber confortavelmente e evitando o desperdício
de água, empastamento e apodrecimento da cama. De 15 a 20 dias de idade, a base superior
do bebedouro deve estar à altura de 5 cm do dorso da ave, sendo regulado de acordo com o
seu desenvolvimento. Fornari blog. <http://www.fornariindustria.com.br/avicultura/galinhas-poedeiras/>.
Acessado no dia 17 de setembro de 2021.

2.6.2. Comedouro

O comedouro tipo bandeja é utilizado nos primeiros dias de idade, na proporção de 6


para 300 pintos ou seja 80 pintos por comedouro. Os pintos, ao entrarem no comedouro para
se alimentarem, sujam a ração, sendo necessário peneirá-la duas vezes por dia, retirando-se as
fezes e partículas de cama. Deve-se mexer a ração de 5 a 6 vezes por dia, principalmente nos
primeiros dias de criação, para estimular o consumo. Para tanto, o fornecimento da ração
diária deve ser feito em maior número de vezes e em quantidades menores. Para evitar a
fermentação das placas formadas pela umidade devem-se trocar ou lavar as bandejas
diariamente, devolvendo-as limpas e secas (Mazzuco, 2006),

2.6.3. Alimentação

A alimentação das aves nas diferentes fases de vida é de grande importância no


manejo da granja e para o desenvolvimento econômico do lote de poedeiras. A ração deve ser
balanceada e conter os nutrientes necessários para o perfeito desenvolvimento das aves.
Grande parte destes nutrientes, como as vitaminas, pode perder seu valor nutricional quando
exposto à umidade, luz solar ou calor. Por isso é recomendável não armazenar a ração por
períodos longos, devendo sempre guardá-las em condições ideais de temperatura, umidade e
ao abrigo de raios solares diretos (Mazzuco, 2006),

2.6.4. Debicagem

De acordo com Prado (2017), todas as aves destinadas à postura devem ser debicadas.
A debicagem deve ser realizada entre 7° ao 10° dia de idade. A primeira debicagem deve ser
realizada com o debicador automático que contenha placa guia com orifício de 4,0, 4,37 e
4,75 milímetros e lâmina tipo “BC” o corte do bico deve ser me forma de V, visando deixar o
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bico com um comprimento de 1,5 a 2,5mm e apos fornecer água no bebedouro uma solução
de electrólitos contendo vitamina K, e vitamina C para facilitar a coagulação sanguínea na
área cauterizada e aliviar o estresse induzido por essa prática A temperatura da lâmina deve
estar entre 500 a 5700C, ficando a cor da lâmina vermelha (cor de café maduro) para que
efetue uma perfeita cauterização e deve estar bem afiada para facilitar o corte evitando assim
um corte inadequado. As pintainhas devem ser colocadas em uma caixa para facilitar o
manejo. Uma segunda debicagem deve ser feita entre 10 e 12 semanas, em condições normais
de criação.

2.6.4.1. Objetivos da debicagem

a) Evitar ou reduzir o canibalismo;


b) Evitar a escolha de partículas maiores e o desperdício de ração;
c) Minimizar o efeito da hierarquia social do lote;
d) Melhorar a viabilidade do plantel.

2.6.5. Seleção de ave

Para que sejam incluídas nos lotes de postura, é necessário que sejam selecionadas,
com rigor, e aproveitadas somente as que apresentarem as características exigidas em uma
galinha para a produção de ovos. A seleção das poedeiras deve ser feita quando elas atingem
7 (sete) meses de vida, porque nessa idade elas já apresentam todas as suas características
físicas desejadas para a produção de ovos (Embrapa, 2004)

De acordo com Embrapa (2004), a seleção deve ser realizada semanalmente, com o
objetivo de:

a) Separar as aves fracas e menores, descartando-as ou colocando-as em locais de melhor


acesso a comedouros;

b) Atingir a uniformidade mínima de 80% do lote;

c) Facilitar o processo de debicagem deixando as frangas menores para serem debicadas por
último;

d) Comparar o peso médio com o peso padrão e conhecer a uniformidade e o consumo de


ração;

e) Nesta seleção devem ser pesadas 1% do lote. As gaiolas a serem pesadas são escolhidas,
marcadas e devem ser pesadas todas as aves existentes na gaiola;
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2.7. Fase de produção/ Fase de Postura

A postura pode ser realizada em gaiolas ou em ninhos. A fase de produção começa a


partir das 18 semanas de idade, após ocorrer a transferências das galinhas que é realizada
entre 15 e 16 semanas para o galpão de postura. Durante a transferência se faz necessário
realizar a selecção e padronização das aves, agrupando as pela conformação (peso corporal) e
maturidade sexual (desenvolvimento da crista). Considerado um processo extremamente
stressante para as galinhas, o processo de transferência deve seguir as seguintes
recomendações: colocar ração à vontade nos comedouros e orientar as aves como beber água,
especialmente se o sistema de bebedouros for diferente daqueles usados durante a recria
(Fornari blog, disponível em: <http://www.fornariindustria.com.br/avicultura/galinhas-
poedeiras/>. Acessado no dia 17 de setembro de 2021).

2.7.1. Manejo com os ovos

De acordo com Mazzuco (2006), O manejo com os ovos deve ser realizado de forma
muito cuidadosa e criteriosa, com a finalidade de evitar ovos sujos, marcados ou quebrados. A
maneira mais indicada é manter as gaiolas e ninhos limpos e fazer coleta de ovos, ao menos,
quatro vezes ao dia (o ideal é que se faça o maior número de coletas ao dia).
Transporte: os ovos devem ser transportados em veículos sem atritos para que não haja
quebra.
Acondicionamento: os ovos devem ser acondicionados na casa de ovos e identificados de
qual galpão vieram.
Lavagem: esse processo é importante para desinfetar a casca e melhorar o aspecto visual.
Utilize água de boa qualidade e lave os ovos em um período de no máximo quatro horas após
a postura.
Ovoscopia: depois de lavados e secos, os ovos devem passar pelo processo de ovoscopia, no
qual o ovo é observado através da luz para identificar possíveis anomalias.
Aspersão de óleo: depois da ovoscopia os ovos deverão passar por aspersão de óleo mineral para
que os poros da casca sejam fechados e, assim, impedir a entrada de microorganismos.
12

CAPITULO III

3.1. METODOLOGIA

O modelo de pesquisa utilizado na elaboração deste trabalho foi a pesquisa exploratória,


que engloba a exploração do tema, por meio de levantamento bibliográfico e de pesquisas
realizadas, a fim de obter as informações necessárias para a análise dos dados. De acordo com
(Gil, 1991), a pesquisa exploratória tem como objectivo proporcionar maior familiaridade
com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito.

A pesquisa descritiva também se faz presente neste estudo, e a partir dela é possível
identificar de que forma acontece o manejo das aves poedeiras e com isso descrever sobre ele
no decorrer do estudo. (Gil, 1999), Enfatiza que a pesquisa descritiva tem como objectivo a
descrição das características de um determinado fenómeno.

3.2. Técnica de Colheita de Dados

Em conformidade com esta abordagem para concretização do estudo sobre o tema aqui
proposto, o autor recorrerá, na colheita de dados as técnicas de observação directa, leitura,
pesquisa na internet, entrevista e questionário. Na observação directa o pesquisador vai
contemplar os principais aspectos relacionados com o quotidiano da população no caso a
escassez de ovos nos mercados do distrito de Gurué.

4. Metas

Com a criação de 300 aves de frangos poedeiras pretende-se produzir 109 500 ovos/ano,
estima-se que a venda de ovos receite 1095000 milhões de meticais no qual teremos 948 920
mts de lucro. O projecto terá prazo de 6 anos desde a sua implementação, conforme o ciclo de
voda que varia de 5 a 6 anos. Com o término da execução do projecto espera-se que ocorra:

 Aumento da oferta de ovos de galinhas no mercado regional;

 Aumento da produtividade, assegurando a fonte de proteína animal;

 Redução do tempo de produção e redução de custos na obtenção dos ovos;

 Inclusão do género e geração na área produtiva da propriedade rural, em especial os


jovens e as mulheres.
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4.1. Resultados esperados

A melhoria da qualidade de vida das famílias e dos criadores participantes amplificando a sua
renda familiar

5. Cronograma das actividades

BELLO (2005:21) é categórico ao afirmar que cronograma é previsão do tempo que será
gasto na realização do trabalho de acordo com actividades a serem compridas.

A pesquisa que se pretende realizar, obedecerá ao esquema cronológico abaixo:

Ano: 2021
N Actividades ou
Meses
º Descrição
Setembro Outubro Novembro

1 Escolha do tema
Levantamento
2
bibliográfico
Analise e
3 Interpretação de
Dados
Elaboração do
4
projecto da Pesquisa

5 Entrega do projecto
Final

6 Trabalho no campo

Fonte: Autor
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6. Orçamento

Os materiais nas tabelas abaixo são para a construção e criação de frangos poedeiras
Nº Designação Material Quantidade Preço Unitário em Valor Total em
Meticais Meticais
Lâmpada de Aquecimento de
1 3 500 1500
175 W

2 Bebedouros automáticos de 4 3 850 2550


l
Comedouros automáticos 3 440 1320
3 Pedilúvio 2 300 600
4 Termómetro 1 3000 3000
A 1- 2 sacos 1740 3480
de 50 kg
5 Ração A 2- 50 kg 1650 1650
A 5- 50 kg 1 430 1430
6 Cortinas de protecção 2 700 700
7 Blocos de cimento 500 18.5 9250
8 Cimento 10 470 4700
9 Areia 1 Tonelada 2500 2500
10 Pintos 300 43 12 000
Mão-de-obra, 1 sazonal e 1
11 10 Pessoas 15 000 15 000
guarda
12 Telhado de fibrocimento 40 700 28 000
13 Gaiolas 2 26 000 54 000
14 Debicador 1 12 000 12 000
15 Imprevistos 15 000
16 Barrotes de Madeira 10 270 2 700
Total: 171 380
Fonte: Autor

.
15

Referência bibliográfica

Bello, José Luis De Paiva, (2005:21), Metodologia Cientifica: Manual de elaboração de


projectos. São Paulo

Embrapa (2004), Manual de Segurança e Qualidade para a Avicultura de Postura Brasília:


EMBRAPA/SEDE, 97 p.

Fornari blog. Boas práticas de manejo de galinhas poedeiras. Disponível em:


<http://www.fornariindustria.com.br/avicultura/galinhas-poedeiras/>. Acessado no dia 17 de
setembro de 2021.

Gil, A.C. (1999), Metodologia Cientifica: Manual para realização de pesquisas. São Paulo:
Atlas.

Kupsch, W. Construção e uso prático de aviários e gaiolas para pintos, frangas e poedeiras
(1981), São Paulo, Nobel, 231 p.

Lopes, Jackelline Cristina (2011). Avicultura (Técnico em Avicultura, 1). PI: EDUFPI;
UFRN, 94p. il.
Mazzuco, H. et al. (2006), Boas Práticas de Produção na Postura Comercial. 40 f. In:
CIRCULAR TÉCNICA, Embrapa. Concórdia,

Perazzo, F. AviNews. A importância da recria na produção de galinhas poedeiras.


Disponível em: < https://avicultura.info/pt-br/a-importancia-da-recria-na-producao-de-
galinhas-poedeiras/> acessado no dia 17 de setembro pelas 8:37minutos.

Prado, Glenda Alves Ferreira. Criação e manejo de ave poedeiras (2017), UNIUBE
(Universidade de Uberaba) CRMV 11625,

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