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pisicultura

A Arte e a Ciência da
Criação de Peixes
Pesquisa feita por: Gabriel

Tecnicas de reprodução
Segundo o engenheiro de pesca e chefe da Divisão de Pesca
e Aquicultura do DNOCS, Dalgoberto Coelho de Araújo, o
legado deixado por Rodolpho von Ihering é aproveitado no
mundo inteiro. "O processo de hipófise abrevia o que seria
uma migração ou algum fator ambiental que possa interferir
na reprodução. Alguns peixes precisam desse tipo de
estímulo para que amadureçam e possam se reproduzir."
Para a desova existem dois manejos principais: o
seminatural e a extrusão. No seminatural, os machos e as
fêmeas, previamente induzidos hormonalmente, são
colocados juntos no mesmo ambiente e liberam os gametas
de forma natural. Após a fecundação, os ovos podem ser
transferidos para a incubadora ou continuam no mesmo
ambiente em que estavam.
Na extrusão é realizada uma massagem abdominal no
peixe, no sentido da cabeça para a cauda, observando a
liberação de óvulos pelas fêmeas ou de sêmen pelos machos.
O sêmen deve ser colocado sobre os óvulos. para que haja a
fecundação. Com uma pena ou uma espátula de silicone é realizada a
mistura que será adicionada à água da própria incubadora para ativar
os espermatozoides e hidratar os ovocitos. Após isso, podem ser
transferidos para a incubadora essa fase tem por objetivo garantir o
desenvolvimento embrionário ate a eclosão ou até o in fase de
larvicultura.
Mas, como se dá essa técnica? Primeiro o peixe é anestesiado e em
seguida retira-se a hipófise, glândula situada na cabeça, e se prepara
um extrato que é macerado e diluído em soro. formando uma
substância que é injetada nos peixes. essa substância contém
hormônios sexuais que estimulam a ovulação e a produção de
esperma. De forma natural, esse processo só aconteceria na época da
reprodução.
No DNOCS, o extrato da hipófase é adquirido na indústria e
injetado nos peixes espécies como tambaqui, carpa e curimatã São
diversas as técnicas de reprodução artificial em peixes, tais como
hipofisação e aplicação de hormônio sintético, cálculo de dose
hormonal, indução hormonal, manejo pré-estrusão, extrusão de
gametas, taxa de fecundação e eclosão, e incubação de ovos.
O acasalamento normalmente ocorre entre um peixe macho e um
peixe fêmea. A maioria dos peixes ósseos apresentam fecundação
externa, ou seja, a fêmea e o macho liberam seus gametas na água, aí,
o espermatozoide do macho fecunda o óvulo da fêmea, formando
com isso um zigoto, que é o estágio inicial da gestação.
Pesquisa feita por: Daniel

Qualidade da Água
A qualidade da água é um fator crucial para o sucesso de qualquer projeto de piscicultura ou aquicultura.
Aqui estão algumas razões pelas quais manter uma alta qualidade de água é benéfico para os peixes:
• Saúde e Bem-estar dos Peixes
• Menor Estresse: Peixes em água limpa e bem oxigenada sofrem menos estresse, o que contribui para uma
melhor saúde geral.
• Menor Incidência de Doenças: A boa qualidade da água reduz o risco de doenças e infecções.
• Crescimento Otimizado: Peixes tendem a crescer mais rapidamente e de forma mais saudável em água de boa
qualidade.
• Eficiência Econômica
• Maior Produtividade: Peixes saudáveis crescem mais rapidamente, o que pode levar a uma maior produção.
• Menor Mortalidade: Reduzir a taxa de mortalidade por meio de uma boa gestão da qualidade da água pode
diminuir consideravelmente os custos.
• Menor Uso de Medicamentos: Com menos doenças, há menos necessidade de tratamentos caros.
• Aspectos Ambientais
• Sustentabilidade: Manter uma boa qualidade da água garante um ecossistema aquático mais equilibrado.
• Menor Impacto Ambiental: Sistemas bem geridos tendem a ser menos poluentes, contribuindo para a proteção
dos recursos hídricos.
• Qualidade do Produto Final
• Melhor Sabor: Peixes criados em água limpa geralmente têm um sabor melhor, o que pode aumentar seu valor
de mercado.
• Segurança Alimentar: Água de alta qualidade diminui o risco de contaminação dos peixes, tornando o produto
mais seguro para o consumo humano.
• Portanto, o monitoramento e a manutenção da qualidade da água são fundamentais não apenas para o bem-
estar dos peixes, mas também para a viabilidade econômica e sustentabilidade ambiental de projetos de
piscicultura.
Pesquisa feita por: Thiago

Manejo Alimentar
O manejo alimentar, que pode ser entendido como a forma
com que os alimentos são oferecidos aos animals, é tão
importante quanto uma dieta bem elaborada. Só se pode ter
confiança de que o que fol recomendado equivale ao que foi
ingerido se o manejo alimentar for executado com zelo.
Segundo especialistas, o ideal é que você alimente os peixes
cerca de duas vezes ao dia, de preferência em horários em que
tenha luz solar, seja ela natural ou artificial. Não existe horário
ideal, a dica é apenas que você crie uma rotina de alimentá-los
em momentos que sempre está em casa.

Quantas vezes da ração para o peixe?

O ideal é oferecer ração aos peixes, no mínimo, duas vezes ao


dia e, no máximo, três vezes ao dia. Recomenda-se observar
que quando dado o alimento, o peixe deve comê-lo em, no
máximo, 30 segundos, pois passado este tempo, a ração fica
encharcada, tende a afundar no aquário e perde algumas de
necessidade nutricional dos peixes

As diversas espécies de peixes têm necessidades nutricionais dife- rentes, principalmente relacionadas ao seu
hábito alimentar - onívo- ro ou carnívoro.
Peixes nas fases iniciais - alevinos e juvenis - também têm necessi- dades alimentares diferentes de peixes na fase
final de engorda. Ini- cialmente, é importante conhecer quais são os principais nutrientes presentes na ração para
peixes.
Principais Nutrientes Presentes no Alimento​

Na piscicultura comercial, os únicos tipos de alimento a serem forne- cidos para peixes na fase de recria e engorda
são rações formuladas especificamente para essa atividade.

As rações levam, na sua composição, ingredientes de origem animal - como farinha de carne e ossos, farinha de
peixe, farinha de penas e visceras, entre outros, e de origem vegetal - como farelo de soja, milho, farelo de arroz, farelo
de trigo, entre outros. As rações tam- bém são suplementadas com vitaminas e minerais, essenciais para a saúde e o
bom crescimento dos peixes.
Pesquisa feita por: Nelson
Controle de Doenças
As doenças em peixes cultivados em piscicultura podem ter origens variadas, incluindo agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e parasitas), deficiências nutricionais e condições ambientais
inadequadas (como má qualidade da água). Algumas doenças comuns em peixes de piscicultura incluem:

• Doenças Bacterianas:
• Aeromoniose (Peste do Bagre): Causada pela bactéria Aeromonas hydrophila, provoca hemorragias, úlceras e letargia.
• Estreptococose: Causada por bactérias do gênero Streptococcus, pode causar mortalidades massivas.

• Doenças Virais:
• Necrose Hematopoiética Infecciosa (IHN): Causa anemia e morte em salmões e trutas.
• Doença da Bexiga Natatória: Afeta a capacidade do peixe de controlar sua flutuabilidade.

• Doenças Fúngicas:
• Saprolegniose: Infecções por fungos do gênero Saprolegnia que atacam principalmente peixes debilitados.
• Branquimicose: Afeta as brânquias dos peixes, causada por fungos como Branchiomyces.

• Doenças Parasitárias:
• Ictioftiríase (Doença dos Pontos Brancos): Causada pelo protozoário Ichthyophthirius multifiliis, cria pontos brancos na pele, brânquias e nadadeiras.
• Argulose: Causada pelo "piolho dos peixes" (Argulus), que se fixa na pele do peixe, causando irritação e aumentando o risco de infecções secundárias.

• Condições Ambientais:
• Stress por Baixa Qualidade da Água: Níveis inadequados de oxigênio, pH, amônia e outros parâmetros podem causar stress e deixar os peixes mais suscetíveis a doenças.
• Toxicidade: Exposição a metais pesados, produtos químicos ou medicamentos em doses inadequadas pode levar a problemas de saúde em peixes.
• O diagnóstico e tratamento dessas doenças geralmente requerem intervenção de especialistas em medicina veterinária de peixes e podem incluir medicamentos, tratamentos tópicos,
modificações na qualidade da água e até mesmo vacinação em alguns casos. A prevenção, frequentemente por meio de boas práticas de manejo e monitoramento da qualidade da água, é a
abordagem mais eficaz para minimizar surtos de doenças.
• A eliminação de doenças em peixes de piscicultura pode ser uma tarefa complexa que requer uma abordagem multifacetada. A seguir, algumas estratégias gerais para o
controle e erradicação de doenças:
• Medidas Preventivas:
• Quarentena: Isolamento de novos peixes para observação e possível tratamento antes de introduzi-los no sistema principal.
• Monitoramento Regular: Exames frequentes para detectar sinais de infecção ou parasitas, possibilitando um tratamento precoce.
• Vacinação: Algumas doenças virais e bacterianas podem ser prevenidas por meio de vacinação.
• Manejo Nutricional: Fornecimento de dieta balanceada para fortalecer o sistema imunológico dos peixes.
• Melhoramento da Qualidade da Água:
• Aeração: Manter níveis adequados de oxigênio dissolvido.
• Filtragem: Uso de filtros biológicos e mecânicos para remover detritos e patógenos.
• Desinfecção: Uso de UV ou ozônio pode ajudar a matar microorganismos patogênicos na água.
• Tratamentos Médicos:
• Antibióticos: Para doenças bacterianas, embora o uso deva ser criterioso para evitar resistência.
• Antiparasitários: Como o formaldeído e o verde malaquita, úteis contra parasitas externos.
• Antifúngicos: Como o sulfato de cobre, que pode ser eficaz contra infecções fúngicas.
• Outros:
• Eliminação de Peixes Doentes: Em casos extremos, a eutanásia de peixes gravemente doentes pode ser necessária para evitar a propagação da doença.
• Desinfecção de Equipamentos: Todos os equipamentos devem ser adequadamente desinfetados antes de serem usados em diferentes tanques ou sistemas.
• Regulação de Densidade: Manter a densidade de estocagem dos peixes em níveis que minimizem o estresse e a propagação de doenças.
• Consultas com Especialistas: Envolver veterinários e outros profissionais especializados para diagnóstico preciso e orientação sobre tratamento.
• Cada tipo de doença terá um protocolo de tratamento específico e, em muitos casos, o aconselhamento de um veterinário especializado em aquicultura será necessário para
um tratamento eficaz e ético.

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