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RESUMO
As espécies nativas de peixes de água doce de maior valor comercial e interesse para a
pesca são as espécies migradoras. No entanto, o processo reprodutivo destas espécies
vem sendo afetado por diversos fatores antrópicos, onde se destaca as construções de
barragens, que se tornam uma barreira intransponível na rota migratória destes animais.
Afim de, amenizar este impacto, as pisciculturas, principalmente das usinas hidrelétricas
vem produzindo alevinos das espécies mais afetadas para posterior soltura destes
animais em rios e reservatórios. Porém, as pisciculturas encontram várias barreiras
durante o emprego de protocolos no processo reprodutivo. Diante disto, o objetivo desta
revisão é abordar a eficiência reprodutiva em espécies nativas de peixes de água doce.
Palavras-chave: Fertilização, gametas, indução hormonal, sêmen
ABSTRACT
The native species of freshwater fish of higher commercial value and interest in
artificial fish are migratory species. However, the reproductive process of these species
has been affected by several anthropogenic factors, which highlights the construction of
dams, which become an insurmountable barrier in the migratory route of these animals.
In order to, minimize this impact, fish farms, mainly from power plants has been
producing fingerlings of the species most affected for subsequent release of these
animals in rivers and reservoirs. However, fish farms are several barriers for the use of
protocols in the reproductive process of fish. Given this, the aim of this review was to
address the reproductive efficiency of indigenous species of freshwater fish.
Key words: fertilization, gamete, hormonal induction, semen
INTRODUÇÃO
A preparação dos viveiros dos reprodutores deve ser realizada por meio da
limpeza do lodo e da vegetação do fundo, exposição destes a luz solar por cinco dias,
3. Indução hormonal
O desenvolvimento das gônadas das fêmeas prossegue até certo estágio, depois a
gônada permanece dormente até as condições ambientais encontrarem-se apropriadas.
Essa fase de dormência pode durar vários meses. O advento da estação apropriada
desencadeia o desenvolvimento da gônada, o que finalmente resulta na desova. Porém
em cativeiro, os peixes reofílicos não desovam de forma natural, sendo necessária a
aplicação de hormônios (Zohar & Mylonas, 2007).
Na indução hormonal, vários hormônios podem ser utilizados. Dentre estes
podemos citar o GnRH, extrato bruto de hipófise de carpa (EBHC), gonadotropina
humana (hCG), análogos de gonadotrofinas associados ou não com antagonistas de
dopamina, domperidona, pimozida, metoclopramida e antiestrógenos, bem como
processos de controle e manipulação ambiental (Donaldson, 1996; Felizardo et al.,
2011).
O modo de atuação dos hormônios é bastante variável e todas apresentam
vantagens e desvantagens. A hipófise estimula diretamente as glândulas, apresentando
fácil estocagem e metodologia de utilização. Porém não existem padronizações de
comercialização além de poder disseminar doenças e causar reação imune nas matrizes.
A dosagem utilizada é dependente do hormônio, para o EBHC geralmente se realiza
duas aplicações para as fêmeas, de 0,5 mg/kg e 5,0 mg/kg, em intervalos de 12 horas, e
nos machos uma única aplicação de 5 mg/kg.
As diferentes formas de GnRH têm capacidade intrínseca de indução das
gônadas, alterando a liberação de gonadotrofinas pela hipófise (Zohar & Mylonas,
2007). Estas substâncias apresentam custo reduzido e estimulam menor resposta imune
nos reprodutores, porém para a maioria das espécies ainda não existe padronização de
dosagem. Os antagonistas de dopamina, como a domperidona e metoclopramida, inibem
a atuação da dopamina, aumentando a síntese de GnRH (Mylonas et al., 2010). Além
disso, estas substâncias podem estar associadas aos hormônios indutores, tendo um
efeito sinérgico no eixo HHG (Aya & Arias, 2011)
A aplicação pode ser realizada com o reprodutor na água ou fora dela, de acordo
com a experiência da pessoa que ira realizá-la. Se for aplicada a dose fora da água e
aconselhável que o reprodutor seja enrolado em uma toalha úmida, colocado sobre uma
espuma, para evitar lesões e aplicar o hormônio intramuscularmente.
4. Reprodução seminatural
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS