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A piscicultura é um tipo de exploração animal que vem se tornando cada vez mais
importante, visando atender a crescente demanda de proteína animal de qualidade. O
Brasil se insere no contexto internacional como um dos países com enorme potencial para
a piscicultura ducícola, possui cerca de 6,5 milhões de hectares de reservatórios com
potencial para produzir 700.000 toneladas de peixes anualmente, além de possuir um
vasto território, condições climáticas favoráveis, abundância e baixo custo de água, assim
como espécies adaptadas aos diversos sistemas de produção, dessa forma o Brasil está
hoje entre um dos maiores produtores de pescado da América Latina (HALWART et al,
2007).
As parasitoses em peixes têm diferentes aspectos dependendo do seu habitat, que pode
ser ambiente natural ou de cultivo (OBIEKEZIE & TAEGE, 1991). Os peixes de ambiente
natural são parasitados por diversas espécies de parasitos e geralmente não apresentam
sintomatologia devido ao equilíbrio do seu bom estado nutricional e fisiológico com o
ambiente (PAVANELLI et al, 2008).
Monogenoidea
Este grupo possui grande diversidade de espécies encontrados em água doce e salgada,
em diferentes temperaturas. A grande maioria das espécies são espécie especifica, são
todos hermafroditas, possuem ciclo de vida monoxeno, a taxa de morbidade e mortalidade
estão associadas a carga parasitária, que pode ser alta em condições de alta densidade
de estocagem, manejo sanitário inadequado e má qualidade da água (REED et al, 2009).
Estes parasitos possuem uma série de ganchos que lhes permitem se fixar e deslocar
sobre a superfície do corpo do hospedeiro, se alimentam de sangue e debris celulares
causando grandes mortalidades em criações intensivas, também podem ser agentes
transmissores de bactérias e vírus. (EIRAS et al, 2006).
Digenea
Os peixes são parasitados por adultos e larvas de digenéticos. Os adultos podem ser
encontrados na cavidade celomática, as larvas se encistam na musculatura, olhos, órgãos
internos, como o fígado, e pele dos peixes onde ocorre a deposição de melanina ao redor
dos cistos, conferindo coloração enegrecida dos mesmos. Os animais altamente
infestados não crescem, perdem seu valor comercial, além de ocasionar certa repugnância
aos olhos dos consumidores (EIRAS et al, 2006).