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Zoonoses (2 pelo

menos) veiculadas por


peixes na região
amazônica.

Bruno BENTES, Daniel MENEZES, Marcos SOUSA & Rodrigo SOUZA.


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O QUE ZOONOSE?
• Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) as zoonoses são “doenças ou
infecções naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e seres humanos”;

• Ademais, a OMS classifica mais de 200 doenças transmissíveis, que se enquadram


na zoonose e as subdivide em dois grupos: antropozoonose – doenças dos animais
que podem ser transmitidas para os seres humanos; zooantroponose – doenças dos
seres humanos que podem ser transmitidas para os animais.
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INTRODUÇÃO
• O pescado tornou-se uma fonte imprescindível no mundo globalizado, pois
compõe o processo produtivo, fonte de alimento e alternativa de cultivo como a
piscicultura. Por ser um processo que envolve varias etapas o controle higiênico
sanitário é essencial, uma vez que o mesmo torna-se um produto final onde será
consumido pela população;

• Neste contexto o seminário abordará as antropozoonose voltadas à região


amazônica, uma vez que possui uma grande diversidade aquática. De acordo com
Raquel L. Salgado, este potencial está no pescado. Sendo assim entender o
processo do pescado, bem como o sujeito que mantem o contato direto com a
captura do peixe é essencial ao processo, visto que o pescado é alternativa de
renda e alimentação.
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EXEMPLO DE SISTEMA DE
PISCICULTURA

Figura 1
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CONTEXTO
• Nesse sentindo o contexto do trabalho será voltado a duas zoonoses de destaque
na região amazônica de modo que analises quanto a saúde do produto seja
revisada, uma vez que o pescado pode encontra-se parasitado. Estes parasitas
podem trazer riscos a saúde do peixe, uma vez que ele é o hospedeiro como ao ser
humano que o consome caso o pescado encontra-se em péssimas condições
higiênicas sanitárias.
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CONTEXTO

Figura 2
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CONTEXTO
• Local de estudo: sudeste do Pará, estados de Parauapebas e Marabá;

• Espécies: Hypophthalmus edentatus (Mapará ) e Colossoma macropomum


(Tambaqui);

Figura 3 Figura 4

• Procedência do pescado (piscicultura ou nativo);

• Espécies de parasitas encontrados (nematódeas).


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DESENVOLVIMENTO
• ANISAQUÍASE:

 É uma infeção parasitária humana ocasionada por estágios larvais dos gêneros de
nematódeos pertencentes a família Anisakidae;
 Exemplos; Anisakis spp. e Pseudoterranova spp.
 Casos de infecção nos humanos são causadas por Anisakis simplex e
Pseudoterranova decipiens.
 A fase adulta da anisaquíase afligi o intestino delgado e estômago de mamíferos
marinhos.
 As fêmeas liberam uma grande quantidade de ovos no ambiente junto com os
dejetos dos hospedeiros definitivos.
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DESENVOLVIMENTO
 No ambiente aquático ocorre o desenvolvimento iniciando a fase L2 sendo
levadas pela água e ingeridas por crustáceos que são os hospedeiros
intermediários dentro deles ocorre o desenvolvimento da fase L3 de tal forma que
os crustáceos ao serem consumidos pelos peixes e moluscos cefalópodes ocorrerá
a eclosão da larva L3 penetrando no tecido destes hospedeiros à espera do
hospedeiro definitivo.

 Ao ingerirem o alimento (peixes e moluscos infectados) mal cozidos ocorre o


fechamento do ciclo evolutivo destes helmintos que se instalam no trato
gastrointestinal.
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EXEMPLOS DE ANISAQUÍASE

Figura 5

Figura 6
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EXEMPLOS DE ANISAQUÍASE

Figura 7
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EXEMPLOS DE ANISAQUÍASE

Figura 8
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EXEMPLOS DE ANISAQUÍASE

Figura 9
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EXEMPLOS DE ANISAQUÍASE

Figura 10
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DESENVOLVIMENTO
• GNATOSTOMÍASE:

 As larvas de terceiro estágio do gênero nematódeo, o Gnathostoma spp. causa a


zoonose em questão, sendo endêmico de regiões onde existe o consumo do peixe
cru;
 O Gnathostoma spp. tem como hospedeiro definitivo carnívoros e suínos.
 Os machos e femeas deste parasita encontram-se alojados na parede gástrica dos
seus respectivos hospedeiros;
 No ambiente aquático os ovos liberam larvas L1 que penetram em pequenos
crustáceos do gênero Cyclops spp. onde ocorrerá o estágio secundário L2. Estes
crustáceos serão ingeridos por peixes. Ademais outros crustáceos, repteis, aves e
roedores podem alojar por meio da ingestão estes helmintos.
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CYCLOPS SPP.

Figura 11 Figura 12
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DESENVOLVIMENTO
 Segundo Daniel Fontana & Katia Denise, estes hospedeiros definitivos são
infectados com a ingestão do segundo hospedeiro intermediário onde alojam-se
na mucosa intestinal onde migrará para o peritônio, fígado, outros órgãos de
forma que reinicia o ciclo biológico na mucosa estomacal.

 Os sintomas na manifestação cutânea são o edema migratório, trajeto serpiginoso


e forte prurido. Enquanto os sintomas na região visceral foram febre, mal-estar,
náusea, vômitos, anorexia, diarreia e dor epigástrica, consequência da migração
das larvas da parede do estômago para o fígado e outros órgãos.
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DESENVOLVIMENTO

Figura 13
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CONCLUSÃO
• Portanto o seminário tem o intuito de mostrar como o pescado é fundamental,
contudo o método de processamento e preparo pode trazer danos a saúde humana,
uma vez que o peixe é o principal hospedeiro dos parasitas abordados, a exemplo
os nematódeos , como consequência a ingestão deste pescado em más condições
podem trazer riscos a saúde humana. Por esse motivo conhecer a ictiofauna da
região, o ambiente, o processamento desde a captura e o produto final, além de
boas praticas e comprimento das vigências para a criação de espécies em sistemas
de piscicultura.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Manejo sanitário e recomendações:
1) Desinfecção do viveiro antes do povoamento;
2) Verificar os peixes;
3) Dificultar o acesso de aves piscívoras e mamíferos aquáticos.

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Figura 14 Figura 15 Figura 16
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FONTES DAS FIGURAS


• Figura 1: SANSUY. Esclareça as suas dúvidas sobre Piscicultura semi-intensiva. Em: BLOG SANSUY. 15 nov.
2021. Disponível em: https://blog.sansuy.com.br/piscicultura-semi-intensiva/. Acesso em: 27 nov. 2022.
• Figura 2: https: SALGADO, R. L.; CCOSTA, B. M.; PAIVA, I. S.; OLIVEIRA, W. F.; SILVA, P. D. L. Helmintos
de importância higiênico-sanitária em maparás (Hypophthalmus edentatus) e tambaquis (Colossoma macropomum)
comercializados no sudeste do Pará/Brasil. Caderno Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, [s. l.],
v. 1, n. 1, 2011. Disponível em: https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/1134. Acesso em:
27 nov. 2022.
• Figura 3: 01_PEIXES_INICIO.QXP:01_PEIXES_INICIO.QXD :21 PAGE 1 PEIXES DE LAGOS DO MÉDIO
RIO SOLIMÕES - PDF DOWNLOAD GRÁTIS. 01_peixes_inicio.qxp. [S. l.: s. n.], [s. d.]. Disponível em:
https://docplayer.com.br/63306007-01_peixes_inicio-qxp-01_peixes_inicio-qxd-21-page-1-peixes-de-lagos-do-me
dio-rio-solimoes.html
. Acesso em: 27 nov. 2022.
• Figura 4: BOAVENTURA, T. P.; PEDRAS, P. P. C.; SANTOS, F. A. C.; FERREIRA, A. L.; FAVERO, G. C.;
PALHETA, G. D. A.; MELO, N. F. A. C.; LUZ, R. K. Cultivation of juvenile Colossoma macropomum in different
colored tanks in recirculating aquaculture system (RAS): Effects on performance, metabolism and skin
pigmentation. Aquaculture, [s. l.], v. 532, p. 736079, 2021.
• Figura 5: PINHEIRO, D. P. Anisaquíase (verme do sushi): como se pega e tratamento Anisaquíase (verme do
sushi). [S. l.: s. n.], [s. d.]. Disponível em: https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/anisaquiase/.
Acesso em: 27 nov. 2022.
• Figura 6: FIGURE 031_0801. ANISAKIS SIMPLEX LARVA WITH VISIBLE VENTRICULUS. - MCMASTER
TEXTBOOK OF INTERNAL MEDICINE. [S. l.: s. n.], [s. d.]. Disponível em:
https://empendium.com/mcmtextbook/image/B31.031_0801. Acesso em: 27 nov. 2022.
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FONTES DAS FIGURAS


• Figura 7 a 10 e 13: ROCHA, L.; SIDNEY, M.; OLIVEIRA, B.; TAKEMOTO, R.; CAMARGO, L.; CAMARGO,
A.; MENEGUETTI, D.; AMAZÔNICA, C. Atualidades em Medicina Tropical no Brasil: Interdisciplinaridades
HELMINTOS COM POTENCIAL ZOONÓTICOS EM PEIXES AMAZÔNICOS. Em: [S. l.: s. n.], 2022.
• Figura 11: LABORATORY, N. G. L. E. R. NOAA National Center for Research on Aquatic Invasive Species
(NCRAIS). [S. l.: s. n.], [s. d.]. Disponível em:
https://nas.er.usgs.gov/queries/greatlakes/FactSheet.aspx?Species_ID=2711. Acesso em: 27 nov. 2022.
• Figura 12: SGMATTA@UWM.EDU. Cyclops (Family Cyclopidae). Em: FIELD STATION. 7 maio 2013.
Disponível em: https://uwm.edu/field-station/cyclops/. Acesso em: 27 nov. 2022.
• Figura 14: MASSAGO, Dra. Haluko et al. DESINFECÇÃO DE VIVEIROS EM PISCICULTURA:
PRINCIPAIS PRODUTOS PARA DESINFECÇÃO DOS VIVEIROS. Itajaí – SC: Epagri/ DEMC, 2018. p.
DESINFECÇÃO DE VIVEIROS EM PISCICULTURA.
• Figura 15: MEDINDO OS PEIXES FOTO DE STOCK EDITORIAL. IMAGEM DE CUBETA - 40194153. [S.
l.: s. n.], [s. d.]. Disponível em: https://pt.dreamstime.com/fotos-de-stock-medindo-os-peixes-image40194153.
Acesso em: 27 nov. 2022.
• Figura 16: CUIDADOS NA INSTALAÇÃO DE REDE ANTI-PÁSSAROS. Em: [s. d.]. Disponível em:
https://criapeixe.blogspot.com/2013/02/cuidados-na-instalcao-de-rede-anti.html. Acesso em: 27 nov. 2022.
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REFÈ_ÊERÊNCIAS
• SALGADO, R. L.; CCOSTA, B. M.; PAIVA, I. S.; OLIVEIRA, W. F.; SILVA, P. D. L. Helmintos de importância
higiênico-sanitária em maparás (Hypophthalmus edentatus) e tambaquis (Colossoma macropomum)
comercializados no sudeste do Pará/Brasil. Caderno Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, [s.
l.], v. 1, n. 1, 2011. Disponível em: https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/CVADS/article/view/1134. Acesso
em: 27 nov. 2022.
• ROCHA, L.; SIDNEY, M.; OLIVEIRA, B.; TAKEMOTO, R.; CAMARGO, L.; CAMARGO, A.;
MENEGUETTI, D.; AMAZÔNICA, C. Atualidades em Medicina Tropical no Brasil: Interdisciplinaridades
HELMINTOS COM POTENCIAL ZOONÓTICOS EM PEIXES AMAZÔNICOS. Em: [S. l.: s. n.], 2022.
• ROCHA, L.; SIDNEY, M.; OLIVEIRA, B.; TAKEMOTO, R.; CAMARGO, L.; CAMARGO, A.;
MENEGUETTI, D.; AMAZÔNICA, C. Atualidades em Medicina Tropical no Brasil: Interdisciplinaridades
HELMINTOS COM POTENCIAL ZOONÓTICOS EM PEIXES AMAZÔNICOS. Em: [S. l.: s. n.], 2022.
• CARDIA, D. F. F.; BRESCIANI, K. D. S. HELMINTOSES ZOONÓTICAS TRANSMITIDAS PELO
CONSUMO INADEQUADO DE PEIXES , Veterinária e Zootecnia, ano 2012, v. 55, ed. 0102-5716, p. 055-065,
1 mar. 2012. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/132981/ISSN0102-5716-2012-
19-01-55-65.pdf;jsessionid=F308A35008DD49EBA7B7F277AB88070C?sequence=1. Acesso em: 27 nov. 2022.
• PEREIRA, Sandro et al. Agentes Patogênicos de Tambaquis Cultivados, com Destaque para Registros em
Rio Preto da Eva, AM. 1. ed. rev. e atual. Manaus, AM: Gleise Maria Teles de Oliveira, 2016. 84 p. v. 1. ISSN
1517-3135.

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