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SIMULADO

QUESTÃO 01
C3 | H9
Dificuldade: Difícil

Magras e com parasitas, cansadas por êxodos mais longos para se reproduzir e com ciclos migratórios alterados pelo
aumento da temperatura das águas: as baleias, animal fundamental para o ecossistema marinho, também sofrem o
impacto do aquecimento global em frente a Puerto López, 295km ao sudoeste de Quito, onde chegam da Antártida para
ter suas crias. Os rituais de acasalamento são repetidos em outras áreas costeiras da América Latina, como em Cabo
Blanco, no Peru, ou em Bahia Málaga, na Colômbia, e também em Puerto Pirâmides, no Atlântico argentino. Em todos
esses lugares, é possível sentir o impacto da mudança do clima. Com águas mais quentes, diminuem as fontes de
alimentação, o que as torna menos propensas a se reproduzir. A maior temperatura do oceano também as confunde,
modificando a duração e o alcance de suas migrações. A acidificação dos oceanos pelo aumento do dióxido de carbono,
CO2, na atmosfera também afeta as baleias, porque reduz o plâncton com o qual se alimentam e dão à luz apenas quando
as condições para alimentar suas crias são favoráveis, aponta um cientista norte-americano. Quando falta o krill,
crustáceo fundamental na dieta, a procriação diminui nos santuários de cetáceos a milhares de quilômetros de distância,
e a sobrevivência das crias é afetada. As baleias devem ingerir várias toneladas de krill por dia para ganhar peso e, então,
conseguir enfrentar travessias e ter reservas de energia suficientes para a gestação. O aquecimento global atinge em
particular as baleias, que paradoxalmente parecem ter a chave para contê-lo, porque seus dejetos ajudam no crescimento
da maioria das plantas que absorvem CO2. A grande quantidade de ferro no excremento das baleias favorece ao
crescimento de algas microscópicas, fundamental para o equilíbrio do ecossistema marinho. “Esse aspecto mantém o
resto do oceano vivo”, destaca o cientista, explicando como as baleias buscam o alimento nas profundezas do mar, mas
comem e defecam na superfície, permitindo a circulação de nutrientes. (MAGRAS e com parasitas,... 2016).

Analisando-se os aspectos ecológicos referidos no texto, é possível considerar:

a) As baleias contribuem para o desenvolvimento de organismos planctônicos na lâmina d´água.


b) Os cetáceos fazem parte do primeiro nível trófico do ecossistema marinho e são répteis.
c) O aumento exponencial da temperatura da água do oceano aumenta a expressão do potencial biótico das baleias.
d) O ferro é acumulado no último nível trófico da cadeia alimentar, o que caracteriza a magnificação trófica ou
bioacumulação.
e) As algas utilizam o ferro como matéria-prima para a síntese de moléculas orgânicas para elas e para todo os
outros níveis tróficos da cadeia alimentar.

QUESTÃO 02
C4 | H15
Dificuldade: Fácil

[...]
Quem visita as praias do Sono e Ponta Negra, em Paraty (RJ), se impressiona com a organização dos varais de peixe
seco, presos com pregador, ganhando cor de ferrugem e sabores complexos. “O ribeirinho salga e seca peixe o ano
todo”, conta a chef Ana Bueno, do Banana da Terra. Para quem sabe o valor do trabalho do pescador, não há abundância
que justifique o desperdício.
[...]

FRAGA, Olívia. A multiplicação dos peixes salgados. Estadão, 4 abr. 2012. Disponível em: <www.estadao.com.br/noticias/geral,a-multiplicacao-dos-
peixessalgados- imp-,4908>. Acesso em: 2 dez. 2017.

A reportagem acima apresenta um processo de conservação de alimentos bastante comum. Nesse caso, os peixes são
conservados porque

a) a eliminação dos microrganismos patogênicos nos peixes é feita pela radiação solar.
b) o crescimento de microrganismos é dificultado pela eliminação da água das células pela osmose.
c) a eliminação das bactérias ocorre pela ação bactericida do sal.
d) o crescimento de microrganismos é impedido pelo cloreto de sódio, que entra nas células por osmose.
e) o meio isotônico causa a absorção da água e a ruptura das membranas celulares.

QUESTÃO 03
C5 | H17
Dificuldade: Difícil

A imagem acima mostra bacteriófagos atacando uma bactéria. Pode-se observar o que usualmente se convencionou de
“vírus nu” para descrever a estrutura viral após a penetração, pela membrana, da célula hospedeira. Essa expressão pode
ser interpretada como

a) a destruição da membrana plasmática viral após a invasão.


b) a dissipação da membrana nuclear após a ocupação da célula.
c) o abandono do DNA cromossômico do vírus após a entrada na célula
d) a degradação do capsídeo após a penetração do material genético viral na célula.
e) a retirada das mitocôndrias virais após o contato com a membrana plasmática da célula.

QUESTÃO 04
C8 | H30
Dificuldade: Média

ANTICORPO ANTIDENGUE TAMBÉM PROTEGE CONTRA O VÍRUS DA ZIKA, AFIRMA PESQUISA


[...]
Para chegar aos resultados, cientistas infectaram camundongos adultos com o vírus da zika e depois administraram um
dos anticorpos antidengue um, três ou cinco dias após a infecção. Para comparação, outro grupo de ratos foi infectado
com o vírus, mas recebeu placebo. Dentro de três semanas após a infecção por zika, mais de 80% dos camundongos não
tratados haviam morrido, enquanto todas as cobaias que receberam o anticorpo antidengue permaneceram vivas três
dias depois. [...]

Na pesquisa acima, a utilização de placebo em um grupo de ratos permite

a) demonstrar a ação farmacológica do medicamento no organismo dos ratos.


b) dividir o trabalho entre os cientistas, fracionando os grupos estudados entre eles.
c) testar duas hipóteses simultaneamente, reduzindo os gastos com pesquisas futuras.
d) reduzir o número de indivíduos a serem testados, facilitando a análise dos resultados.
e) verificar a eficácia real do medicamento, isentando-se de possíveis reações de natureza psicológica.

QUESTÃO 05
C4 | H16
Dificuldade: Média
Os ambientes aquáticos abrigam uma grande diversidade animal, englobando artrópodes e vertebrados. A vida neste
ambiente exige uma série de adaptações, incluindo a presença de um sistema respiratório capaz de extrair o oxigênio
em baixa concentração dissolvido na água. Nesse contexto, diversos grupos de animais aquáticos desenvolveram o
sistema respiratório do tipo branquial, em que as trocas gasosas se dão por difusão entre a água ambiente, que banha os
filamentos, e o sangue dos capilares. A presença deste tipo de sistema respiratório em animais aquáticos de grupos
distintos evidencia a

a) ausência do processo de seleção natural nesses ambientes, resultando em adaptações aleatórias.


b) pouca influência que o ambiente onde os seres vivos habitam exerce na modelagem das espécies.
c) presença de órgãos vestigiais que foram úteis em outros momentos da história evolutiva desses animais.
d) evolução convergente, uma vez que animais filogeneticamente distantes apresentam adaptações semelhantes.
e) divergência evolutiva, pois, ainda que esses animais sejam filogeneticamente próximos, possuem adaptações
diferentes.

QUESTÃO 06
C4 | H14
Dificuldade: Fácil

Sabe aquela pessoa que come de tudo e não engorda? Já dá para esquecer aquele papo de “magro de ruindade”. A ciência
indica que se manter magro ou estar acima do peso pode estar relacionado às bactérias presentes na nossa flora intestinal
[...]
[...]

Ilya Metchnikoff [...] descreveu o papel da nossa flora intestinal no desenvolvimento de várias doenças e, ao observar
uma longevidade maior na Bulgária, notou que aquela população ingeria algumas bactérias presentes em alimentos
como o iogurte e que eles poderiam promover o equilíbrio da flora. [...]

ANDRADE, Thamires. Por que há magros que comem de tudo? O segredo pode ser a flora intestinal. UOL, 29 set. 2017. Disponível em:
<https://estilo.uol.com.br/vida saudavel/noticias/redacao/2017/09/29/e-magro-e-come-detudo-o-segredo-pode-ser-a-flora-intestinal.htm>.

As bactérias citadas na reportagem

a) parasitam as paredes do intestino humano.


b) influenciam no perfeito funcionamento do organismo humano.
c) devem ser eliminadas do organismo humano, por serem patogênicas.
d) resistem ao uso dos antibióticos, diferentemente dos demais eucariotos.
e) utilizam o gás carbônico produzido no intestino para sintetizar a glicose.

QUESTÃO 07
C4 | H14
Dificuldade: Fácil

TEXTO I
PESTE BUBÔNICA PROVOCA PÂNICO EM MADAGASCAR
Desde o final de agosto deste ano, 24 pessoas morreram devido à doença no país
[...]

Peste bubônica provoca pânico em Madagascar. Gauchazh, 4 out. 2017. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/mundo/noticia/2017/10/peste-
bubonicaprovocapanico-em-madagascar-cj8dg2z14007901ltiji3nygb.html>.

TEXTO II
MORTE POR SUSPEITA DE FEBRE MACULOSA É INVESTIGADA NO INTERIOR DE MINAS
[...]
A mulher teria sido picada pelo carrapato transmissor da doença em um sítio, na zona rural do município [...].
Morte por suspeita de febre maculosa é investigada no interior de Minas. Hoje em dia,30 jun. 2017. Disponível em: <http://hojeemdia.com.br/horizontes/morte-
por-suspeita-de-febremaculosa-%C3%A9-investigada-no-interior-de-minas-1.539781>. Acesso em: 2 dez. 2017.

Os títulos das reportagens acima mencionam duas doenças bacterianas. Sobre a relação entre essas doenças, pode-se
dizer que ambas

a) possuem hospedeiros roedores.


b) são transmitidas de pessoa para pessoa.
c) apresentam agentes etiológicos eucariotos.
d) podem ser prevenidas por meio de vacinas.
e) possuem um mesmo agente transmissor, o carrapato.

QUESTÃO 08
C4 | H15
Dificuldade: Média

Na virada de março para abril de 1978, uma nuvem tóxica com cheiro de amoníaco avançou pelo Litoral Sul deixando
para trás animais mortos e uma população em pânico, com ardência na garganta, dores de cabeça e dificuldade para
respirar. Os efeitos se dissiparam dias depois, mas, quatro décadas mais tarde, o mistério sobre o que provocou o
fenômeno conhecido como maré vermelha, no balneário de Hermenegildo, ainda paira sobre o Estado e desperta temores
de que a onda sufocante um dia reapareça. [...]

GONZATTO, Marcelo. Maré vermelha, mistério em Hermenegildo. Gauchazh. Disponível em: <http://especiais.zh.clicrbs.com.br/especiais/desastres-
ambientais/marevermelha.html> Acesso em: 3 dez. 2017.

O mistério da maré vermelha em Hermenegildo pode ser entendido como:

a) a liberação de glicose na circunvizinhança decorrente do aumento das taxas fotossintéticas de bactérias unicelulares.
b) a proliferação de algas pardas que possuem em seu hialoplasma o pigmento vermelho fi coeritrina, tóxico às demais
formas de vida.
c) a reprodução descontrolada de fungos multicelulares, que ficam em suspensão na água impedindo a penetração da
luz solar na coluna d’água.
d) o crescimento exacerbado da população de protozoários do grupo dos dinoflagelados, componentes do plâncton
cuja produção de toxina afeta a fauna vizinha.
e) a explosão demográfica de algas macroscópicas do grupo das diatomáceas, as quais possuem carapaças tóxicas que,
ao serem ingeridas pelos animais, entram na cadeia alimentar.

QUESTÃO 09
C4 | H15
Dificuldade: Média

[...] “Eles fazem a dispersão de sementes nas áreas alagadas. Essa interação peixe-planta ocorre no período de cheia em
áreas alagáveis como o Pantanal e na Amazônia”, explica a pesquisadora Joisiane Araújo. Mas o que acontece com os
frutos que os peixes comem? Em busca de respostas, os pesquisadores pegam os animais e recolhem o material que eles
têm no estômago e depois soltam de volta no rio. O pacu é um campeão. Ele nada pra longe e leva na barriga um jardim
a ser semeado. “Encontramos indivíduos com mais de 3 500 sementes inteiras, com uma diversidade de 14 espécies de
plantas diferentes dentro dele. Então o pacu, pra gente é considerado o melhor dispersor que as outras espécies”, diz a
pesquisadora. [...]

A atuação do pacu é importante para a perpetuação das plantas do Pantanal, pois possibilita

a) a polinização das flores, garantindo a plena formação dos frutos.


b) garante a germinação de todas as sementes que caem na água, elevando a população das espécies.
c) elimina as sementes mais fracas, que não sobrevivem às condições adversas do sistema digestório do peixe.
d) viabiliza que as sementes germinem somente em áreas férteis, aumentando a taxa de sobrevivência das espécies.
e) assegura que as sementes não germinem próximas à planta-mãe, reduzindo, consequentemente, a competição.
QUESTÃO 10
C3 | H8
Dificuldade: Difícil

O mecanismo de nutrição das plantas foi reconhecido há relativamente pouco tempo. Alguns filósofos gregos, como
Aristóteles, já observavam que os processos vitais dos animais eram dependentes dos alimentos que eles ingeriam, mas
acreditavam que a fonte de alimento dos vegetais era o solo. Um dos primeiros experimentos biológicos envolvidos com
a fisiologia das plantas foi realizado há cerca de 350 anos pelo médico belga Jan Baptista van Helmont (1579-1644),
que comprovou que o solo sozinho não nutria a planta. Para tanto, Van Helmont cultivou, ao longo de 5 anos, uma
pequena árvore de salgueiro, regando-a apenas com água da chuva durante esse período. Ao final dos 5 anos, notou que
o peso do salgueiro havia ganho 74,4 kg, enquanto o peso do solo tinha diminuído apenas 57 g. Isso o fez concluir que
as substâncias para o crescimento da planta não eram produzidas pelo solo, elas vinham da água utilizada para regá-la.
Hoje, sabe-se que as conclusões de Van Helmont estavam parcialmente corretas e que outra substância atua como
precursora dos compostos orgânicos produzidos pelas plantas em uma série de reações complexas. Nesse sentido, é
correto afirmar que o ganho de massa do salgueiro está relacionado à

a) conversão do O2 em glicídios na fase escura da fotossíntese.


b) realização da fotossíntese, com a conversão da energia luminosa em glicídios.
c) redução do CO2 a moléculas orgânicas na quimiossíntese.
d) produção de glicídios por meio da fixação do CO2 na fotossíntese.
e) conversão do CO2 em glicídios na fase clara da fotossíntese.

QUESTÃO 11
C4 | H14
Dificuldade: médio

Recentemente, foi verificado um aumento no número de casos de febre amarela. A principal causa apontada para o
ressurgimento dessa doença nas cidades é a

a) migração dos mosquitos transmissores da área rural para as regiões urbanas.


b) utilização de vacinas contaminadas com o vírus ativo da febre amarela.
c) vinda, para as cidades, de pessoas contaminadas na área rural e a presença de mosquito vetor na área urbana.
d) contaminação dos reservatórios de água potável das áreas urbanas pela bactéria patogênica.
e) vinda, para as cidades, de pessoas contaminadas na área rural, que transmitiram o vírus por via aérea.

QUESTÃO 12
C4 | H15
Dificuldade: Difícil

Certas espécies são capazes de absorver rapidamente compostos inorgânicos presentes na água, acumulando-os durante
seu crescimento. Essa capacidade fez com que se pensasse em usá-las como biofiltros, para a limpeza de ambientes
aquáticos contaminados, removendo, por exemplo, nitrogênio e fósforo de resíduos orgânicos e metais pesados
provenientes de rejeitos industriais lançados nas águas. Na técnica do cultivo integrado, animais e algas crescem de
forma associada, promovendo um maior equilíbrio ecológico.

SORIANO. E. M. Filtros vivos para limpar a água. Revista Ciência hoje. V. 37, n.o 219, 2005. (adaptado)

A utilização da técnica do cultivo integrado de animais e algas representa uma proposta favorável a um ecossistema
mais equilibrado porque

a) os animais eliminam metais pesados, que são usados pelas algas para a síntese de biomassa.
b) os animais fornecem excretas orgânicos nitrogenados, que são transformados em gás carbônico pelas algas.
c) as algas usam os resíduos nitrogenados liberados pelos animais e eliminam gás carbônico na fotossíntese, usado na
respiração aeróbica.
d) as algas usam os resíduos nitrogenados provenientes do metabolismo de animais e, durante a síntese de compostos
orgânicos, liberam oxigênio para o ambiente.
e) as algas aproveitam os resíduos do metabolismo dos animais e, durante a quimiossíntese de compostos orgânicos,
liberam oxigênio para o ambiente.

QUESTÃO 13
C4| H14
Dificuldade: Difícil

A consequência direta da introdução desse mosquito na natureza será o(a)

a) aumento no uso de inseticidas.


b) redução da população de mosquitos transmissores.
c) extinção de uma espécie importante para a teia alimentar da região.
d) risco de surgimento de uma nova espécie devido à manipulação genética.
e) aumento da população dos vírus causadores da dengue.

QUESTÃO 14
C3 | H9
Dificuldade: fácil
A tirinha a seguir apresenta o estabelecimento de uma relação interespecífica desarmônica.
Para que a relação ecológica estabelecida na tirinha possa acontecer, é necessária a
a) adaptação mimética do inseto.
b) coloração de advertência do inseto.
c) sobreposição de nichos ecológicos.
d) abundância de recursos alimentares.
e) diminuição da população dos predadores.

QUESTÃO 15
C3 | H8
Dificuldade: médio
Tenha cuidado com os quatis quando estiver consumindo alimentos. Apesar de estarem habituados com a presença
humana, eles podem atacar em busca de comida.
Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br>. Acesso em: 12 jul. 2017.

O texto anterior foi retirado do guia do visitante do Parque Nacional do Iguaçu. Intrigada com o aviso, uma bióloga
buscou maiores informações. No site do local, foram encontrados detalhes sobre a manutenção da conservação da área
do parque e os seguintes dados sobre a fauna.

Analisando esses dados, a bióloga concluiu que o aviso foi criado devido ao desequilíbrio na relação entre quatis e

a) sua área territorial.


b) seu nicho ecológico.
c) seus decompositores.
d) suas espécies parasitas.
e) suas espécies predadoras.
QUESTÃO 16
C4 | H16
Dificuldade: difícil

Uma população selvagem de moscas-da-fruta deixa seus ovos em cachos de banana. A região é atingida por um furacão
que leva as bananas e as larvas contidas nelas para o oceano. O cacho de banana eventualmente aparece em uma ilha ao
largo da costa de um continente. Na ilha, as populações evoluem sob pressões seletivas diferentes e experiências de
eventos aleatórios diferentes das populações do continente. Quando outra tempestade reintroduz as moscas da ilha para
o continente, elas não são facilmente aceitas pelas moscas do continente, pois evoluíram diferentes comportamentos de
cortejo.
O isolamento reprodutivo culmina na formação de novas espécies. No caso descrito, esse isolamento se deu por

a) segregação das áreas ocupadas pelas espécies analisadas.


b) demarcação territorial que impede o cruzamento entre os grupos.
c) modificação do período fértil das espécies da ilha e do continente.
d) remodelação dos órgãos reprodutores, deixando-os incompatíveis.
e) alteração na produção de estímulos que levam as moscas à cópula.

QUESTÃO 17
C3 | H09
Dificuldade: Média

ICMBio planta mudas de espécies nativas da Mata Atlântica

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) plantou, no mês de dezembro, 20 mil mudas de
espécies nativas da Mata Atlântica na Estação Ecológica (Esec) da Mata Preta (PR). O projeto pretende enriquecer as
florestas secundárias, principalmente aquelas que estão em propriedades de agricultura familiar. As espécies utilizadas
abrangem todos os estágios do modelo de sucessão ecológica, na proporção de 50% de espécies pioneiras, 25% de
espécies secundárias iniciais e 25% de espécies secundárias tardias e clímax.

As espécies plantadas de forma majoritária, neste caso, apresentam características como

a) raízes profundas adaptadas a solos maduros.


b) dispersão de sementes realizada por animais.
c) germinação em ambientes de alta luminosidade.
d) reprodução com baixo número de descendentes.
e) folhas largas com grande quantidade de estômatos.

QUESTÃO 18
C4| H16
Dificuldade: fácil
Na Inglaterra, há dois tipos da mariposa Biston betularia: clara e escura, que costumam repousar na árvore bétula.
As árvores de casca branca eram abundantes na Inglaterra, e os líquens claros cobriam a maioria dos troncos das árvores.
Isso permitiu às mariposas claras uma excelente camuflagem contra a predação. Com a Revolução Industrial, o advento
de fábricas espalhou muita fuligem pelas florestas próximas. A fuligem eliminou os líquens, que são extremamente
sensíveis à poluição, e enegreceu os troncos das árvores.
Contra um fundo escuro, as aves podiam ver melhor as mariposas claras, que se tornaram um alvo fácil de predação.
Por conseguirem se camuflar melhor no novo ambiente, as mariposas escuras sobreviveram, puderam se reproduzir e
passaram seus genes para as gerações seguintes.

A predominância de uma das cores de mariposas inglesas constitui uma evidência a favor da

a) endossimbiose, isto é, a interação obrigatória para a sobrevivência dos organismos.


b) geração espontânea, isto é, organismos vivos podem se originar facilmente a partir de matéria inorgânica.
c) seleção natural, isto é, indivíduos mais aptos em determinado ambiente têm maior probabilidade de se reproduzir.
d) lei do uso e do desuso, isto é, alterações no ambiente causam mudanças nos organismos que ali vivem, que podem
ser transmitidas aos descendentes.
e) epigenética, na qual o meio ambiente promove alteração genética nas espécies.

QUESTÃO 19
C8| H29
Dificuldade: difícil

A criação do camarão em gaiolas tem gerado um dos principais impactos ambientais nas águas marinhas costeiras. A
excreção dos animais e a ração artificial são os principais contribuintes para a ocorrência do desequilíbrio ambiental
gerado por esta atividade. O uso de macroalgas pode ser uma alternativa viável para a redução dos impactos ambientais,
promovendo com isso uma diversificação econômica, podendo ainda favorecer o desenvolvimento das espécies
cultivadas.

(Alexandra R. da Silva Freire et al. “Estudo preliminar sobre o cultivo integrado algas/camarão”. Anais do VIII
Congresso de Ecologia do Brasil, setembro de 2007. Adaptado.)

O uso de macroalgas na criação do camarão é uma alternativa viável para a redução dos impactos ambientais. Isso ocorre
porque as macroalgas

a) liberam gás oxigênio na água pela fotossíntese, o que impede a decomposição da ração não consumida e das fezes
por bactérias anaeróbias patogênicas.
b) promovem a decomposição dos nutrientes da ração não consumida e das fezes dos camarões por meio do processo
fotossintético, o que reduz o acúmulo de toxinas na água.
c) transformam a amônia tóxica das fezes e o nitrito da ração não consumida em nitrato, um composto que pode ser
metabolizado pelo fitoplâncton.
d) competem por nutrientes da ração não consumida e das fezes dos camarões com os protistas dinoflagelados, que
causam o fenômeno da maré vermelha.
e) absorvem os compostos nitrogenados e fosfatados das fezes dos camarões e da ração não consumida, e evitam, com
isso, a eutrofização das águas costeiras.

QUESTÃO 20
C3| H12
Dificuldade: difícil

O mercúrio é um metal muito utilizado, em indústrias e garimpos, para extração de ouro. As perdas decorrentes da má
utilização desse metal atingem os ecossistemas aquáticos e chegam ao homem quando este come peixes pescados em
ecossistemas contaminados. O processo que torna o peixe prejudicial à saúde humana é chamado bioacumulação, na
qual a concentração do mercúrio aumenta em cada organismo ao longo da cadeia alimentar trófica, de modo que o
homem consome alimento com alta concentração de mercúrio e, portanto, com alta toxicidade. A utilização de métodos
de reaproveitamento do mercúrio nas atividades industriais e mineradoras constitui importante medida de controle da
poluição causada por esse metal e capaz de reduzir as consequências nefastas para a biota aquática e para a saúde
humana. Suponha que um curso d’ água esteja contaminado por mercúrio proveniente de local onde se desenvolvam
atividades de garimpo. Nesse caso, ao se examinarem os seres que vivem nesse ambiente aquático, é possível encontrar:

a) maior concentração de mercúrio nos consumidores primários da cadeia alimentar.


b) baixíssima concentração de mercúrio no pescado consumido pelos seres humanos.
c) maior concentração de mercúrio nos animais que estão no topo da cadeia alimentar.
d) alta concentração de mercúrio nos seres que compõem o zooplancton e o fitoplancton.
e) ausência de mercúrio nas plantas aquáticas, pois eles são seres que estão fora da cadeia trófica.

QUESTÃO 20
Dificuldade: difícil

A imagem a seguir mostra o esquema da síntese de proteínas:

A troca de uma base nitrogenada pode não modificar a proteína produzida, pois

a) genes se adaptam às alterações no código genético.


b) códons diferentes codificam um mesmo aminoácido.
c) trincas estão relacionadas a proteínas específicas.
d) aminoácidos diversos correspondem a um só códon.
e) mutações não geram alterações em aminoácidos.

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