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1.

Descrever as características morfofuncionais (anatomia, histologia e fisiologia)


dos órgãos genitais masculinos internos e externos:
a. Períneo; pag 971, moore anatomia
• formado pelo músculo levantador do ânus e isquiococcígeo
• linha transversal que une as extremidades anteriores dos túberes isquiáticos ->
divide o períneo em região ANAL e UROGENITAL (FECHADA PELA MEMBRANA
DO PERÍNEO).
Músculo dartos -> causa contração da pele do escroto.
Músculo cremaster -> formado pelos fascículos inferiores do musculo oblíquo interno
do abdome; traciona reflexamente o testículo para cima no escroto, em resposta ao frio,
no calor esse musculo relaxa
Músculo bulboesponjoso
Esfíncter externo do ânus
Músculos transversos superficial e profundo do períneo
• espaço superficial do períneo: raiz, musculo transverso, ramos perineais profundos dos
vasos pudendo
• espaço profundo: parte da uretra, centralmente

MÚSCULOS TRANSVERSOS SUPERFICIAIS DO PERÍNEO , bulboesponjoso e


isquiocavernoso
b. Pênis;
Formado por pele fina, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos, fáscia, corpos
cavernosos e esponjoso contendo a parte esponjosa da uretra.
Raiz corpo e glande
Formado por três corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil -> dois corpos
cavernosos dorsalmente e um corpo esponjoso ventralmente.
Parte distal o corpo esponjoso se expande -> forma a glande do pênis -> a margem da
glande projeta-se para formar a coroa da glande
Pele fina -> unida à túnica albugínea por tecido conjuntivo frouxo.
Corpo cavernoso -> tem um revestimento fibroso externo ou cápsua, a túncia
abugínea.
Corpo esponjoso -> parte esponjosa da uretra.
• Raiz do pênis -> parte fixa , realizada no espaço superficial do períneo, formada pelos
ramos, bulbo e músculo isquiocavernoso e bulboesponjoso.
• Ramos e bulbo do pênis -> massas de tecido erétril, fixados anteriormente ao túber
isquiático
O pênis é segurado por dois ligamentos: fundiforme -> surge da LINHA ALBA e o
suspensor do pênis-> SÍNFESE PÚBICA
Estímulo > músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso comprimem as veias que saem
dos corpos cavernosos, se fecham -> as artérias helicinas são retificadas, aumentando
seus lumens e permitindo a entrada de sangue e a dilatação dos espaços cavernosos nos
corpos cavernosos do pênis-> os músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso
comprimem as veias que saem dos corpos cavernosos, impedindo o retorno de sangue
venoso.

c. Escroto;
Saco fibromuscular cutâneo contendo os testículos e estruturas associadas.
Situa-se posteroinferiormente ao pênis e abaixo da sínfise púbica.
As artérias escrotais anteriores -> irrigam a face anterior do escroto

d. Testículo;
Par de glândulas ovais no escroto 5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro.
Túnica serosa -> túnica vaginal do testículo recobre parcialmente o testículo -> acúmulo
de líquido seroso na túnica vaginal = hidrocele -> causada tanto por lesão no testículo
quanto por inflamação do epidídimo.
Interno a túnica vaginal do testículo tem a túnica albugínea -> divide o testículo em
lóbulos do testículo -> 200 a 300 lóbulos tem túbulos bem enrolados, chamados
TÚBULOS SEMINÍFEROS CONTORCIDOS, ONDE OS ESPERMAS SÃO
PRODUZIDOS.

• Túbulos seminíferos
➢ Tem dois tipos de células: espermatogênicas -> formam espermas e células
sustentaculares ou sertoli
➢ Células germinativas primordias se diferenciam em espermatogônias, ficando
dormentes durante a infância e começam a produzir esperma ativos na
puberdade.
➢ Células sustentaculares ou sertoli -> se estendem da membrana basal ao lumen
do túbulo.
Internamente a membrana basal e espermatogônia -> junções oclusivas unem células
sustentaculares vizinhas -> essas junções formam uma obstrução chamanda barreira
hematotesticular.
• Celulas de sertoli -> apoiam e protegem as células espermatogênicas em
desenvolvimento de várias maneiras -> nutrem os espermatozoides, espermátides e
espermatozoides, fagocitam o excesso de citoplasma das espermátides conforme o
desenvolvimento avança e controlam os movimentos das células espermatogênicas e a
liberação do espermatozoide no lumen dos túbulos seminíferos -> produzem líquido
para o transporte do espermatozoide -> secretam inibina e regulam os efeitos da
testosterona e do FSH.
• sertoli -> secretam INIBINA
• Entre os túbulos seminíferos -> tem células intersticiais ou LEYDIG -> secretam
TESTOSTERONA

• Espermatozóide
> cabeça: contém núcleo com 23 cromossomo
> acrossomo -> vesícula semelhante a capa preenchida com enzimas que ajudam o
espermatozoide a penentrar no oócito secundário para promover a fertilização->
protease e hialuronidase.

e. Próstata;
> secretra um liquido leitoso discretamente acido que contem enzimas que quebram as
proteínas de coagulação das glândulas terminais
> secreta liquido leitoso e ligeiramente ácido;
> contém: ácido cítrico do liquido prostático, enzimas proteolíticas PSA, lisozima,
amilase, hialuronidade
> secretam plasmina seminal = antibiótico que podem destruir bacterias
25% do volume do sêmen
f. Glândula seminal;
> secretam líquido viscoso alcalino que ajuda a neutralizar o ácido do sistema genital
feminono, fornece frutose para produção de ATP pelos esperma, contribui para a
motilidade e viabilidade do espermatozoide e ajuda o sêmen a coagular após a
ejaculação
> secretram prostaglandinas – motilidade e viabilidade dos espermatozoides
60% do volume do semen
g. Glândula bulbouretral;
> secretram líquido alcalino que neutraliza o meio acido da uretra e do muco que
lubrifica o revestimento da uretra e a ponta do pênis durante a relação sexual
h. Ductos intratesticulares;
• túbulos seminíferos retos levam a uma rede de ductos curtos chamados de
túbulos seminíferos retos que levam a uma rede de ductos = rede do testículo
-> daqui vão por ductos eferentes enrolados no empidídimo, que se esvaziam em
um tubo único chamado de ducto do epidídimo.
i. Ductos extratesticulares e funículo espermático.
> Ducto deferente -> vem da cauda do epidídimo, mede 45cm -> ascende ao longo da
margem posterior do epidídimo pelo funículo espermático e entra na cavidade pélvica->
contorna o ureter e passa lateralmente e desce pela face POSTERIOR da bexiga
urinária.
Parte terminal dilatada -> ampola

• funículo espermático
➢ Ascende a partir do escroto -> é a porção do ducto deferente

• ductos ejaculatórios
➢ Medem 2 cm é fomado pela união da glândula seminal e a ampola do ducto
deferente -> os ductos ejaculatórios formam-se imediatamente superiores à base
da próstata e passam inferior e anteriormente através da próstata
3. Compreender o processo de regulação por feedback do eixo hipotálamo – hipófise –
testículo:
GnRH, LH, FSH, Testosterona, Inibina e Kisspeptina.
GnRh -> estimula a adeno-hipófise a secreção de LH e FSH
LH -> estimula células intersticiais (leydig) a secretar testosterona, a testosterona por
feedback negativo suprime a secreção de LH -> O LH em células alvo, a enzima 5 alfa
redutase converte a texto em dihidrotestosterona.
FSH-> atua indiretamente ao estimular a espermatogênese-> FSH e LH atuam nas
células sustentaculares estimulando a secreção da ABP no lúmen dos túbulos
seminíferos-> A ABP se liga na texto e mantém ela elevada. A texto estimula as
etapas finais da espermatogênese nos túbulos seminíferos -> quando o grau de
espermatogênese é alcançado as células sustentaculares liberam INIBINA -> inibe O
FSH.

➔ Sistema de feedback regula produção de testosterona-> quando a concentração


de testosterona aumenta isso inbine a liberação de gnRh
6. Descrever os componentes do sêmen e suas principais funções baseado na
interpretação do espermograma (assistir conferência).
> sêmen 2,5ml a 5ml
> 50 a 150 milhoes de espermatozoides /ml
Ph: 7,2 a 7,7
Coagula em menos de 5min
7. Explicar a fisiologia do ato sexual masculino: ereção/lubrificação, emissão e
ejaculação. Relacionar com as possibilidades do ato sexual sob lesão medular.
1 – estimulação sexual -> fibras parassimpáticas da porção sacral da medula espinal
iniciam e mantém uma ereção As fibras parassimpáticas
produzem e liberam óxido nítrico (NO). O NO faz com que o músculo liso das paredes
das arteríolas que irrigam o tecido
erétil relaxe, o que possibilita que estes vasos sanguíneos se dilatem. Isso, por sua vez, f
az com que grandes volumes de
sangue entrem no tecido erétil do pênis. O NO também faz com que o músculo liso do t
ecido erétil relaxe, resultando em
dilatação dos seios sanguíneos. A combinação de fluxo sanguíneo aumentado e dilataçã
o dos seios sanguíneos resulta em
uma ereção. A expansão dos seios sanguíneos também comprime as veias que drenam o
pênis; a desaceleração do fluxo de
saída do sangue ajuda a manter a ereção.

1. Descrever as características morfofuncionais (anatomia, histologia e fisiologia)


dos órgãos
genitais femininos internos e externos:
a. Períneo;
b. Pudendo (vulva);
> refere-se aos órgãos externos da mulher
> anteriormente às aberturas vaginal e uretral está o monte do púbis, uma elevação de
tecido adiposo
> do monte do púbis -> duas pregas de pele longitudinais -> os lábios maiores do
pudendo se estendem inferiormente e posteriormente. Os lábios maiores do pudendo
são recobertos por pelos pubianos e contêm tecido adiposo, glândulas sebáceas e
glândulas sudofíferas apócrimas. São homólogos ao escroto.
> os lábios menores -> sem pelos, sem glândulas sudoríferas, mas com muitasebácea ->
homólogos à parte esponjosa da uretra.
> medialmente
c. Clitóris;
> pequena massa cilíndrica composta por dois corpos eréteis, os corpos cavernosos e
diversos nervos e vasos sanguíneos

d. Vagina;
> 7 a 9cm de comprimento
> serve com o canal para o líquido menstrual
> forma a parte inferior do canal de parto
> recebe o pênis e o sêmen ejaculado durante a relação sexual
> a vagina encontra-se colapsada
> Se situa posteriormente a bexiga urinária e a uretra
> se situa anteriormente ao reto, passando entre as margens mediais do músculo
levantador do ânus (puborretal).

e. Útero e cérvice uterino;


➢ Subdivisões: fundo do útero, corpo do útero e colo do útero.
➢ Se projeta anterior e superiormente ao longo da bexiga urinária na posição de
ANTEFLEXÃO
➢ Ligamentos: ligamento largo do útero: pregas duplas de peritônio que fixam o
útero em ambos os lados da cavidade pélvica. Ligamentos uterossacro: extensão
peritoneal ligam o útero ao sacro. Ligamento transversos do colo:
Histologicamente, o útero é composto por três camadas de tecido: perimétrio, miométrio
e endométrio
f. Tubas uterinas;
> conduzem o oócito que é liberado mensalmente de um ovário durante a vida fértil.
> tem em média 10cm de comprimento
> podem ser divididas em quatro partes
1. infundíbulo: a extremidade distal afunilada da tuba que se abre na cavidade peritoneal
através do óstio abdominal, os processos digitiformes da extremidade são as
FÍMBRIAS
2. AMPOLA -> a parte mais larga e mais longa da tuba, a fertilização do ovócito
geralmente ocorre na ampola.
3. ISTMO -> a parte da tuba que tem parede espessa e entra no corno uterino
4. Parte uterina -> segmento intramural curto da tuba que atravessa a parede do útero e
se abre.
g. Glândulas vestibulares;
ficam em ambos os lados do óstio da vagina, se abrem por ductos em sulcos entre o
hímen e os lábios menores da vulva. Produzem algum muco durante a excitação
sexual e as relações sexuais, que contribui para o muco cevical e lubrificação.
h. Glândulas parauretrais;
secretam muco e estão embutidas na parede da uretra.
i. Ovários;
São gônadas femininas, produzem gametas (oócitos secundários que se desenvolvem
em óvulos maduros após a fertilização e hormônios-> progesterona e estrogênios,
inibina e relaxina.
Ligamentos que prendem o ovário:
> ligamento largo do útero
> ligamento útero-ovário
> ligamento suspensor do ovário
j. Glândulas mamárias.
Cada mama é uma projeção hemisférica de tamanho variável anterior aos músculos
peitoral maior e serrátil anterior, ligadas a eles por uma camada de fáscia composta por
tecido conjuntivo denso irregular. A papila mamária tem uma série de aberturas das
quais emergem leite. A área pigmentada ao redor do mamilo é a aréola da mama, com
aspecto áspero porque têm glândulas sebáceas modificadas. Os ligamentos suspensores
vão da pele até a fáscia e apoiam a mama, se tornam mais soltos com a idade/ tensão
excessiva.
No interior das mamas há as glândulas mamárias, uma glândula sudorífera modificada
que produz leite. Consiste em 15 a 20 lobos separados por tecido adiposo. Em cada lobo
há pequenos compartimentos chamados de lóbulos, que são agrupamentos de glândulas
secretoras do leite, chamadas de alvéolos. A contração das células mioepiteliais ajuda a
impulsionar o leite. Dos alvéolos o leite vai para os túbulos secundários e em seguida
pros ductos mamários, que se expandem formando os seios lactíferos próximo do
mamilo, onde um pouco de leite pode ser armazenado antes de ser drenado para o ducto
lactífero. A função das glândulas mamárias são a síntese, secreção e ejeção de leite,
funções chamadas de lactação, associadas à gestação e ao parto. A produção de leite é
estimulada em grande parte pela prolactina, liberada na adeno-hipófise. A ejeção do leite
é estimulada pela ocitocina, liberada na neuro-hipófise em resposta à sucção do bebê na
mama.

3. Entender o processo de maturação folicular e o ciclo reprodutivo feminino.


5. Apresentar a síntese e as funções dos hormônios esteroides femininos
(estrogênios e progestinas).
FSH e LH -> secretados em resposta à liberação de GnRh do hipotálamo.
Estrogênio e progesterona -> secretados pelo ovário em resposta ao FSH e LH

7. Explicar a fisiologia do ato sexual feminino: excitação e orgasmo. Reconhecer os


nervos e vasos que irrigam os órgãos excitatórios. Compreender o tabu feminino sobre
orgasmo.
> Dois tipos de hormônios sexuais ovarianos: estrogênios e progestinas.
Estrogênio (OVÁRIO QUE SECRETA -> principal: b-estriol)-> estradiol -> Os
estrogênios promovem, essencialmente, a proliferação e o crescimento de células
específicas no corpo, responsáveis pelo desenvolvimento da maioria das características
sexuais secundárias da mulher.
Além disso, os estrogênios alteram o epitélio vaginal do tipo cuboide para o tipo
estratificado, considerado mais resistente a traumas e infecções do que o epitélio das
células cuboides pré-púberes.

Progestina-> progesterona -> As progestinas atuam, basicamente, preparando o útero


para a gravidez e as mamas para a lactação.

1. Descrever detalhadamente a meiose e a sua importância para a variabilidade


genética,
compreendendo os eventos das fases:
a. Prófase I (leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese);
➢ Leptóteno: núcleo aumenta de tamanho e os cromossomos ficam visíveis. Os
cromossomos já estão duplicados
➢ Zigóteno: genes se alinham, processo chamado de pareamento ou sinapse ->
complexo sinaptonêmico. Ligam-se no plano da extremidade e a união avança
em direção a outra extremidade como se fosse um zíper. Complexo
sinaptonemico: formado por dois componentes laterais e um central, os laterais
se desenvolvem no final do leptóteno e o central durante o zigóteno.
➢ Paquíteno: os cromossomos se encurtam e o pareamento dos cromossomos
homólogos se completa. Ocorre o crossing-over. Pode durar dias.
➢ Proteínas que agem no começo da recombinação, principal: rad51.
➢ Diploteno: Cromossomos homólogos começam a se separar, o CS desintegra-se.
É o fim da recombinação, mostram os cromossomos homólogos prestes a se
separar, ainda ligados no quiasmas.
➢ Diacenese: a condensação dos cromossomos acentua-se novamente. As tétrades
distribuem-se de modo homogeneo

b. Metáfase I;
> os cromossomos bivalentes ficam na placa equatorial da célula , ainda há
presença de quiasmas
c. Anáfase I;
> os cinetócoros opostos são tracionados para os polos, separam-se os cromossomos
homólogos. Fim do crossing over
d. Telófase I;
Divisão ou partição do citoplasma.
e. Prófase II
> reaparecimento das fibras do fuso e desaparecimento do envoltório nuclear

Metáfase II
Os cromossomos deslocam-se para o plano equatorial
Anáfase II e Telófase II.

2. Compreender a formação do Complexo Sinaptonêmico e o Crossing Over.


O complexo sinaptonêmico ocorre no zigóteno da meiose 1, é formado por dois
componentes laterais e um central. Os laterais desenvolvem-se no final do leptóteno e o
os centrais no zigóteno. O CS se assemelha a uma escada

➢ CROSSING OVER
➢ Para ocorrer, as moléculas de DNA das comátides homólogas devem estar
localizadas a uma distância de aprox. 1nm do componente central do CS.
➢ 1. Paramento das cromátides.
➢ 2. Corte das duas cadeiras de dna de uma das cromátides e ampliação das
separações por meio de exonucleases.
➢ 3. Uma dessas extremidades invade a cromátide homóloga e substitui uma de
suas cadeias, que desloca para o local vazio deixado pela cadeia invasora.
➢ 4. Síntese de DNA nas cadeias cortadas para reconstruir os segmentos que
faltam.
5. Compreender a produção e ação dos hormônios produzidos durante a gestação:
a. Gonadotropina coriônica humana;
> Persistência do corpo lúteo
> Evita menstruação
> é secretado pelas células trofoblásticas sinciciais para os líquidos maternos
> evita a involução do corpo lúteo ao final do ciclo sexual feminino mensal
> promove a secreção de progesterona e estrogênios pelos próximos meses
> estimula a produção de testosterona pelos tecidos fetais do macho ->produção de
testosterona em fetos masculinos ate o nascimento
>
b. Estrogênios;
> a placenta como o corpo luteo secreta tanto estrogênios quanto progesterona. Estudos
histoquímicos e fisiológicos monstram que esses dois hormônios como a maioria dos
hormônios placentários são secretrados pelas células sinciciais trofoblásticas da
placenta.
> estrogênios da placenta: formados por compostos esteroides androgênicos ->
desidroepiandrosterona e 16-hidroxidesiepiandrosterona;
> aumento do útero materno
> aumento das mamas maternas e crescimento da estrutura dos ductos da mama
> aumento da genitália externa feminina da mae
> relaxam os ligamentos pélvicos da mae

c. Progesterona;
➢ Secretada moderadamente pelo corpo luteo no início da gravidez e
posteriormente pela placenta
➢ A progesterona faz com que células deciduais se desenvolvam no endométrio
uterino
➢ Diminui a contralididade do útero gravido evitando aborto espontanio
➢ Contribui para o desenvolvimento do concepto mesmo antes da implantação
➢ Ajuda o estrogênio a preparar as mamas da mae para a lactação

d. Somatomamotropina coriônica humana;


➢ É um hormônio proteico que a placenta secreta na 5 semana de gestação
➢ Desenvolve parcialmente as mamas animais e causa lactação
➢ Diminui a sensibilidade à insulina e a utilização de glicose ao feto

e. Relaxina;
> secretado pelo corpo lúteo do ovário e tecidos placentários. A secreção
aumenta por efeito estimulador do hCg.
> causa relaxamento dos ligamentos da sínfise pubiana, vasodilatador
amentando o fluxo sanguíneo em vários tecidos
f. Prolactina;
g. Outros fatores hormonais: secreção hipofisária,
> a hipófise anterior da mae aumneta pelo menos 50% durante a gravidez e aumenta sua
produção de corticotropina, tireotropina e prolactina
secreção adrenocortical de
glicocorticoides, secreção tireoideana e secreção paratireodenana.

PROVA: Agentes alquilantes golan


➢ Ciclofosfamida, mecloretamina, melfalana, clorambucila e tiotepa – são
moléculas eletrofílicas fixadas a sítios nucleofilicos no DNA, levando em
ligação covalente de grupo alquila ao sitio nucleofilico. Dependendo do agente
específico, a alquilação pode ocorrer em átomos de nitrogênio ou oxigênio da
base, estrutura de fosfato ou proteína associada ao DNA.
➢ A mecloretamina se liga ao N da guanina da cadeia de DNA
➢ A alquilação da guanina pode provocar vários tipos de lesão do DNA. O
nitrogênio da mecloretamina efetua ataque nucleofílico em um de seus próprios
B-carbonos, resutando em um intermediário instável altamente eletrofílico. On-7
nucleofílico da guanina reage com esse intermediário instável, resultando em
guanina alquilada → há quatro desfechos potenciasi que podem resultar dessa
alquilação inicial, e todos eles provocam lesão estrutural do DNA. O processo
de alquilação pode ser repetido, em que uma segunda guanina atua como
nucleófilo. A consequente ligação cruzada do DNA parece constituir importante
mecanismo pelo qual agentes alquilantes causam lesão do DNA.
b) Pode ocorrer a clivagem do anel imidazol, rompendo a estrutura da base de guanina
c) a guanina alquilada pode se ligar por ponte de hidrogênio à timina mais que a
citosina, levando a mutação do DNA.
d) a excisão do resíduo de guanina alquilada resulta em fita de DNA desprovida de
purina.

PROVA: 5 princípios do cód. genético


Código genético são as 64 combinações possíveis de trincas.
1. Um aminoácido a cada 3 nucleotídeo
2. Universalidade, logo, todos os seres vivos tem o mesmo códon para o respectivo
aminoácido
3. Código genético é degenerado porque o mesmo aminoácido pode ser codificado
por diferentes códons
4. AUG : códon de início, o ribossomo só começa a tradução quando lê o códon
AUG, o primeiro aminoácido é sempre a metionina. /
5. UAA, UAG, UGA => códons de parada, eles não codificam aminoácido o
ribossomo desmonta, marcam o fim da tradução.

PROVA: 5 tipos de rna


1- scRNA small cyttosolic Rna
2- snRNA small nuclear rna
3- snoRna small nucleolar rna
4- xist-RNA – x-inactivation specific transcript RNA
5- teRNA – telomerase RNA
miRNA – micro RNA -> Se associa ao RISC e ambos compõe o complexo
ribonucleoproteico miRNA-RISC ao final do seu processamento no citosol. Tem
a capacidade de bloquear a tradução de um determinado mRNA. Comprovou-se
que diferentes miRNA têm a capacidade de bloquear a tradução de um mesmo
mRNA, e que um único miRNA pode bloquear a tradução de diferentes mRNA

PROVA: Funções do micro rna


➢ Ocorre a transcrição do pré-micro RNA, que são processadas com enzimas
drosha e DGCR8, o complexo exportador auxilia na exportação do pré-miRna.
➢ Fora da célula, o pré-miRNA é montado com várias protepinas conhecidas como
Dicer que cortam o pré-miRNA em duas,
➢ Os miRna podem se ligar em diferentes regiões não traduzidas do gene
➢ Ele pode regular negativamente o rna mensageiro, se associando com rna
silenciador, disponibilizando menos proteínas
➢ O miRNA pode interferir na tradução
➢ Pode-se ter ou não miRNA para os tipos de células, neurais, epiteliais,
fibroblastos, etc
➢ O miRna pode inibir a transcrição para certos tipos de células, deixando-as em
menor número
➢ miRNA também está presente em fluidos corporais, por exemplo no liquido
cefalorraquidiano, onde o miRNA 204 está presente

➢ MicroRNAs (miRNAs) são pequenos RNAs não-codantes, conservados


ao longo da evolução, capazes de regular a expressão gênica através
da degradação ou repressão da tradução de moléculas-alvo de RNA
mensageiro. A expressão dos miRNAs se apresenta desregulada em
diversos processos patológicos, incluindo o câncer. Dependendo do
contexto e do tipo celular em que são expressos, um mesmo miRNA
pode exibir atividade oncogênica ou supressora tumoral. Dessa
forma, a função dos miRNAs pode, em última instância, depender do
microambiente específico de determinado tipo celular, o qual pode
prover diferentes repertórios de genes-alvo. Entretanto, as alterações
na expressão dos miRNAs podem constituir um achado secundário ao
próprio fenótipo tumoral e, dessa forma, ainda não está
completamente claro se a expressão alterada dos miRNAs constitui
causa ou consequência da transformação maligna. O presente estudo
realiza uma revisão da literatura sobre miRNAs, enfocando aspectos
relacionados à biogênese, mecanismos de ação e o papel potencial
desses pequenos RNAs na carcinogênese oral.

PROVA: Compactação do dna com acetilação e metilação


As histonas desempenham papel fundamental no enovelamento da cromatina. Trata-se
de proteínas básicas com alta proporção de lisinas e argininas, ou seja, de aminoácidos
carregados positivamente. Isso contribui para a união das histonas com as moléculas de
DNA, nas quais predominam as cargas negativas.
Existem 5 tipos de histonas H1, H2A, H2B, H3, H4.
Acetilação e metilação de histonas são importantes para ativar a cromatina para
transcrição.
A acetilação do DNA ocorre pela adição de grupos acetil ao DNA. Isso geralmente
ocorre nas histonas, que são proteínas que ajudam a empacotar e organizar o DNA
dentro do núcleo celular. A adição de grupos acetil neutraliza a carga positiva das
histonas, afrouxando a sua interação com o DNA e tornando os genes mais
acessíveis para a maquinaria de transcrição. Isso resulta em uma maior expressão
gênica, pois os fatores de transcrição e a RNA polimerase têm um acesso mais fácil
aos sítios de ligação do DNA.
Já a metilação do DNA envolve a adição de grupos metil aos resíduos de citosina
em regiões específicas do DNA, formando a 5-metilcitosina. Essa modificação
geralmente ocorre nas regiões ricas em citosina e guanina, conhecidas como ilhas
CpG, que estão presentes principalmente nas regiões regulatórias dos genes. A
metilação do DNA tem um efeito repressor na expressão gênica, pois impede a
ligação dos fatores de transcrição e outras proteínas envolvidas na transcrição. Isso
leva a uma compactação da cromatina e ao silenciamento gênico.

A acetilação é crucial para a interação de nucleossomos com outras proteínas, quando a


transcrição de um gene não é mais necessária o grau de acetilação de um nucleosomo
naquela vizinhança é reduzido

PROVA: Composição do telômero e função


Os telómeros são estruturas nucleoproteicas de comprimento variável, geralmente
formados por heterocromatina, e constituídas por longas extensões de repetições
hexaméricas 5’-TTAGGG-3’ de cadeia dupla e por um complexo proteico específico
designado por shelterin. No caso dos telómeros humanos, o seu comprimento pode
variar entre 9 e 15 Kb
Telômeros são sequências nos finais dos cromossomos eucariotos que ajudam a
estabilizar o cromossomo. Os telômeros terminam por múltiplas sequências repetidas
na forma de TTAGGG. As sequências teloméricas repetidas são adicionadas às
extremidades dos cromossomos dos eucariotos principalmente pela enzima telomerase.
Telomerase
têm a capacidade de reverter o encurtamento dos telômeros

PROVA: Composição do PCR e replicação in vitro e in vivo


- Etapas do PCR
Extração = o primeiro passo é pegar o material genético a ser utilizado – DNA,
não pode ser alterado/contaminado por outro reagente que altere o resultado esperado. A
extração é obtida ao aquecer, a ponto de ser desnaturada juntamente com a região que
precisa ser amplificada.
Desnaturação = é dividida em duas partes. Primeiro adicionar os
oligonucleotídeos/primers, A,T, C e G) e a polimerase para a síntese da reação. Em
seguida, pôr a mistura no termociclador, que ira promover variações de temperatura
específicas em uma solução tampão onde se encontra o DNA e a mistura. Essa
instabilidade na temperatura ajuda a transformar as fitas de DNA em uma única
estrutura, em caráter desnaturado. Temperaturas: aquecimento, máxima de 95° para que
as fitas se separem, resfriamento, 50°
Anelamento = é onde ocorre a união das fitas de DNA (primers) em cada lado
complementar. A partir daí, o trabalho de amplificação começa. O anelamento ocorre
durante o resfriamento no termociclador
Polimerização = é a extensão do DNA, realizado pela polimerase. A extensão e
força de reproduzir uma nova molécula, ocorre a uma temperatura 72°. São necessários
vários ciclos (30) para que a molécula seja obtida.

PCR in vitro:
DNA-alvo: A sequência de DNA que você deseja amplificar.
Primers: São pequenos fragmentos de DNA sintetizados especificamente para se
ligarem às sequências de DNA flanqueadoras do seu alvo. Eles definem a região a ser
amplificada.
Nucleotídeos: As bases individuais (adenina, timina, citosina e guanina) necessárias
para a síntese de novas cadeias de DNA durante a amplificação.
DNA polimerase: Uma enzima que sintetiza novas cadeias de DNA complementares à
sequência de DNA-alvo usando os primers como iniciadores.
Buffer de reação: Uma solução tampão que fornece as condições de pH e concentração
de íons adequadas para a atividade da enzima DNA polimerase.
Cofatores: Como o magnésio (Mg2+), necessário para a atividade da DNA polimerase.
Termociclador: Um equipamento utilizado para realizar ciclos de temperatura
controlados, que permitem a desnaturação do DNA, o pareamento dos primers e a
extensão das cadeias de DNA.
Equipamentos e reagentes adicionais: Tubos de ensaio, ponteiras, termobloco, água
ultrapura, entre outros.
PCR in vivo:
Organismo hospedeiro: Uma célula viva, como uma bactéria ou uma célula eucariótica,
capaz de realizar a amplificação do DNA in vivo.
Vetor de clonagem: Um vetor de DNA modificado que contém uma sequência de
interesse a ser amplificada. O vetor fornece uma origem de replicação e outros
elementos necessários para a replicação do DNA dentro da célula hospedeira.
Primers: São usados para amplificar a sequência de interesse dentro do vetor de
clonagem.
DNA polimerase: A enzima que catalisa a síntese do novo DNA.
Enzimas de restrição: Se necessário, enzimas que cortam o vetor de clonagem e/ou o
DNA-alvo para permitir a inserção do fragmento de interesse no vetor.
Ligase: Uma enzima que catalisa a formação de ligações covalentes entre os fragmentos
de DNA, como o ligamento do fragmento de interesse ao vetor de clonagem.
Bactérias competentes: Bactérias tratadas com produtos químicos ou outros métodos
para torná-las capazes de absorver o DNA exógeno.
Meios de cultura: Meios de crescimento adequados para a sobrevivência e crescimento
das bactérias transformadas, que geralmente contêm nutrientes, antibióticos seletivos e
outros aditivos necessários.
Vale ressaltar que o PCR in vitro é uma técnica de amplificação do DNA isolado,
enquanto o PCR in vivo é usado para amplificar sequências de DNA dentro de células
vivas, geralmente para fins de clonagem genética.

PROVA: Mecanismo de ação dos hormônios com controle da


expressão genica, papel dos hormônios e fisiologia

Os efeitos de hormônios esteroides (e dos hormônios da tireoide e retinoide, que têm


modo de ação semelhante) fornecem exemplos adicionais bem conhecidos de
modulação de proteínas regulatórias de eucariotos pela interação direta com sinais
moleculares

➢ Ao contrário de outros tipos de hormônios, os hormônios esteroides não


precisam se ligar a receptores de membrana plasmática.
➢ Em vez disso, eles interagem com receptores intracelulares que são eles próprios
ativadores de transcrição.
➢ Uma vez no interior da célula, os hormônios interagem com um de dois tipos de
receptor nuclear de ligação de esteroides (Figura 28-32). Em ambos os casos, o
complexo hormônio-receptor atua ligando-se a sequências de DNA altamente
específicas chamadas de elementos de resposta hormonal (HRE), alterando a
expressão gênica
Secreção de Testosterona pelas
Células Intersticiais de Leydig nos
Testículos. Os testículos secretam
muitos hormônios sexuais
masculinos, chamados, coletivamente, androgênios, incluindo a testosterona, di-
hidrotestosterona e androstenediona. A testosterona é mais abundante do que os outros,
às vezes considerada como o hormônio testicular mais importante, embora a
maioria da testosterona seja, por fim, convertida, nos tecidos-alvo, no hormônio mais
ativo, a di-hidrotestosterona.
Após a secreção pelos testículos, aproximadamente 97% da testosterona liga-se
fracamente à albumina plasmática ou liga-se, mais fortemente, a uma betaglobulina,
chamada globulina ligada ao hormônio sexual, e, assim, circula no sangue, de 30
minutos a várias horas. Então, a testosterona é transferida para os tecidos ou é
degradada, formando produtos inativos que são, subsequentemente, excretados
A Testosterona Aumenta a Matriz Óssea e Induz a Retenção de Cálcio
A Testosterona Aumenta a Formação de Proteínas e o Desenvolvimento Muscular.
PROVA: Etapas da transcrição genica e correlação com os
fármacos inibidores da RNA polimerase

A RNA-polimerase I (Pol I) é responsável pela síntese de apenas um tipo de RNA, um


transcrito chamado de RNA pré-ribossomal (ou pré-rRNA), que contém o pre-cursor
dos rRNA 18S, 5,8S e 28S
A principal função da RNA-polimerase II Pol II) é a síntese de mRNA e de alguns RNA
especializados. Essa enzima pode reconhecer milhares de promotores que variam
enormemente em suas sequências. Alguns promotores da Pol II apresentam algumas
sequências em comum, incluindo uma TATA box
A RNA-polimerase III (Pol III) produz tRNA, o rRNA 5S e alguns outros RNA
pequenos especializados. Os promotores reconhecidos pela Pol III são bem
caracterizados. De modo interessante, algumas das sequências necessárias para o início
regulado da transcrição pela Pol III estão localizadas no interior do próprio gene,
enquanto outras estão em localizações mais convencionais à montante do sítio de
iniciação do RNA
➢ Tem-se 3 tipos de RNA polimerase.
➢ Tipo 1 – transcreve transcreve os rna’s ribossomais (28s, 18s e 5,8s)
➢ Tipo 2 – transcreve os rna mensageiros
➢ Tipo 3 – transcreve rna transportador e o rna ribossomal 5s

A transcrição é o processo pelo qual a informação contida em um gene no DNA é


convertida em uma molécula de RNA mensageiro (mRNA). Esse processo ocorre em
várias etapas e envolve a RNA polimerase, uma enzima responsável pela síntese do
RNA. A ação de fármacos inibidores da RNA polimerase pode interromper a
transcrição, inibindo a síntese de RNA. Aqui estão as etapas da transcrição e a
correlação com esses fármacos:
Iniciação: Nesta etapa, a RNA polimerase se liga a uma sequência específica no DNA
chamada promotor, próxima ao gene a ser transcrito. Os fármacos inibidores da RNA
polimerase podem se ligar à enzima, bloqueando sua capacidade de se unir ao promotor
e iniciar a transcrição. Isso impede a síntese de RNA.
Alongamento: Após a iniciação, a RNA polimerase começa a sintetizar a cadeia de RNA
complementar ao molde de DNA. Durante o alongamento, a enzima avança ao longo do
DNA, adicionando nucleotídeos ao RNA crescente. Certos fármacos inibidores da RNA
polimerase podem interromper esse processo, bloqueando a atividade da enzima e
impedindo a continuidade da síntese de RNA.
Término: Na etapa final da transcrição, ocorre o término da síntese do RNA. A RNA
polimerase encontra uma sequência de terminação no DNA, que sinaliza o fim do gene
a ser transcrito. Alguns inibidores da RNA polimerase podem interferir com o
reconhecimento da sequência de terminação, resultando na produção de RNA mais
longo ou na ausência de terminação adequada.
Fármacos inibidores da RNA polimerase são usados em pesquisas e também têm
aplicações terapêuticas, pois podem afetar seletivamente a expressão gênica em células
cancerosas ou infecciosas. Esses inibidores podem ter diferentes mecanismos de ação,
como bloquear a atividade catalítica da RNA polimerase, interferir na interação com o
DNA ou induzir a degradação da enzima. Ao interromper a transcrição, esses fármacos
podem afetar a sobrevivência e a proliferação de células malignas ou patogênicas.

Rifampicina

As rifamicinas (derivadas de Streptomyces) e a rifampicina


(produto semi-sintético) inibem o início da
transcrição por impedir a formação da primeira ligação
fosfodiéster da cadeia de RNA.
XERODERMA PIGMENTOSO
Claramente, o reparo do DNA pode ser uma questão de vida e morte. O reparo de
excisão de nucleotídeos necessita de um número maior de proteínas em huma-nos do
que em bactérias, embora as vias gerais sejam bastante semelhantes. Os defeitos
genéticos que inati-vam o reparo de excisão de nucleotídeos foram associa-dos a
várias doenças genéticas; a mais bem estudada é o xeroderma pigmentoso (XP).
Como o reparo de excisão de nucleotídeos é a única via de reparo para dímeros de
pirimidina em humanos, pessoas com XP são extrema-mente sensíveis à luz e
rapidamente desenvolvem cân-ceres de pele induzidos pela luz do sol. A maior parte das
essoas com XP também apresenta anormalidades neu-rológicas, presumivelmente
devido a sua inabilidade em reparar algumas lesões causadas por uma alta taxa de
metabolismo oxidativo em neurônios. Defeitos nos ge-nes que codificam qualquer um
de pelo menos sete com-ponentes proteicos diferentes do sistema de reparo de
excisão de nucleotídeos podem resultar em XP, levando ao surgimento de sete
grupos genéticos diferentes deno-minados de XPA até XPG. Várias dessas proteínas
(no-tadamente aquelas com defeitos em XPB, XPD e XPG) também desempenham
papéis no reparo de excisão de bases acoplado à transcrição de lesões oxidativas, des-
crito no Capítulo 26.A maioria dos microrganismos tem vias redundantes para o reparo
de dímeros de ciclobutano pirimidina – lan-çando mão de DNA-fotoliases e, algumas
vezes, do reparo de excisão de bases, como alternativas ao reparo de ex-cisão de
nucleotídeos – exceto em humanos e em outros mamíferos placentários. Essa ausência
de um backup para o reparo de excisão de nucleotídeos para remover dímeros de
pirimidina levou à especulação de que a evo-lução inicial de mamíferos envolveu
pequenos animais noturnos e peludos com pouca necessidade de reparo de danos UV.
Entretanto, mamíferos de fato possuem
via para evitar a translesão de dímeros de ciclobutano
pirimidina, que envolve a DNA-polimerase h. Essa en-
zima insere preferencialmente dois resíduos A opostos
ao dímero de pirimidina T-T, minimizando as mutações.
Pessoas com uma condição genética na qual a função
da DNA-polimerase h está ausente exibem uma doença
semelhante ao XP, conhecida como variante XP ou XP-
V. As manifestações clínicas de XP-V são semelhantes
àquelas das doenças XP clássicas, embora os níveis de
mutação sejam mais elevados na XP-V quando as célu-
las são expostas à luz UV. Aparentemente, o sistema de
reparo de excisão de nucleotídeos trabalha em conjunto
com a DNA-polimerase h nas células humanas normais,
reparando e/ou ignorando os dímeros de pirimidina se-
gundo o necessário para manter o crescimento celular e
o andamento da replicação do DNA. A exposição à luz UV
introduz uma carga pesada de dímeros de pirimidina, e
alguns devem ser ignorados pela síntese translesão para
manter a replicação em curso. Quando um sistema está
ausente, ele é parcialmente compensado pelo outro. Uma
perda da atividade de DNA-polimerase h leva à parada
das forquilhas de replicação e ao desvio das lesões UV
pelas polimerase de síntese translesão (TLS) diferentes e
mais mutagênicas. Como ocorre quando outros sistemas
de reparo de DNA estão ausentes, o aumento resultante
de mutações com frequência leva ao câncer.
Uma das síndromes hereditárias mais comuns de sus-
cetibilidade ao câncer é o câncer de colo hereditário não
polipoide (HNPCC). Essa síndrome foi associada a defei-
tos de reparo de malpareamento. Células humanas e de
outros eucariontes têm várias proteínas análogas às pro-
teínas bacterianas MutL e MutS (ver Figura 25-22). De-
feitos em pelo menos cinco genes de reparo de malparea-
mento podem levar à HNPCC. Os mais prevalentes são os
defeitos nos genes hMLH1 (homólogo 1 ao MutL humano)
e hMSH2 (homólogo 2 ao MutS humano). Em indivíduos
com HNPCC, o câncer geralmente se desenvolve em idade
precoce, sendo os cânceres de colo os mais comuns.
A maioria dos cânceres de mama humanos ocorre em
mulheres sem qualquer predisposição conhecida. Entre-
tanto, cerca de 10% dos casos são associados a defeitos
hereditários em dois genes, BRCA1 e BRCA2. As BRCA1
e BRCA2 humanas são proteínas grandes (1.834 e 3.418
resíduos de aminoácidos, respectivamente) que interagem
com várias outras proteínas envolvidas na transcrição,
manutenção de cromossomos, reparo do DNA e controle
do ciclo celular. A BRCA2 foi implicada no reparo recom-
binante do DNA de quebras da fita dupla. Entretanto, a
função molecular precisa da BRCA1 e da BRCA2 nesses
vários processos celulares ainda não é clara. Mulheres com
defeitos em ambos os genes BRCA1 ou BRCA2 têm uma
chance maior que 80% de desenvolver câncer de mama.

O xeroderma pigmentoso (XP) é uma doença genética rara caracterizada por


uma deficiência nas vias de reparo do DNA, especificamente nos mecanismos
de reparo de dímeros de pirimidina, que são danos causados pela exposição à
radiação ultravioleta (UV). Essa deficiência resulta em uma alta suscetibilidade
ao dano do DNA induzido pela radiação UV, levando a uma série de sintomas
cutâneos e oculares.

A causa do xeroderma pigmentoso é geralmente atribuída a mutações


genéticas hereditárias. A maioria dos casos é causada por mutações em genes
específicos envolvidos na reparação do DNA, sendo os genes mais comumente
afetados XP-A, XP-B, XP-C, XP-D, XP-E e XP-F. Esses genes são responsáveis
pela produção de proteínas envolvidas no reparo do DNA danificado.

As mutações nos genes do XP afetam a capacidade das células em corrigir os


danos no DNA induzidos pela radiação UV. Como resultado, a acumulação de
mutações e danos no DNA aumenta, comprometendo a integridade genômica.
Isso pode levar a uma maior incidência de mutações, que podem se acumular
ao longo do tempo, causando danos progressivos na pele e nos olhos.

A principal característica clínica do xeroderma pigmentoso é a sensibilidade


extrema à exposição solar. Os indivíduos afetados podem desenvolver
queimaduras solares graves, lesões cutâneas, alterações pigmentares, sardas,
queratoses actínicas e um risco aumentado de desenvolver câncer de pele,
incluindo melanoma. Além disso, o XP também pode afetar os olhos, causando
fotofobia, conjuntivite, catarata e lesões na córnea.

É importante destacar que o xeroderma pigmentoso é uma doença genética


hereditária e, geralmente, é transmitido de forma autossômica recessiva. Isso
significa que ambos os pais precisam ser portadores do gene mutado para que
a doença se manifeste em seus filhos.
Embora não haja cura para o xeroderma pigmentoso, é essencial que os
indivíduos afetados evitem a exposição à radiação UV e adotem medidas de
proteção solar rigorosas, como o uso de roupas protetoras, óculos de sol e
protetor solar de amplo espectro. Além disso, um acompanhamento médico
regular e tratamento adequado de lesões cutâneas são necessários para
minimizar os efeitos da doença.

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