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Sistema genital masculino

Uretra
→ É a parte distal da uretra que faz parte dos órgãos genitais externos
masculinos. Sendo assim, apenas a uretra membranácea e a uretra
esponjosa fazem parte da parte distal.
→ A uretra tem 4 partes (ilustradas na imagem)

Escroto
→ O escroto é uma bolsa, onde se localiza o testículo.
→ Possui várias camadas, sendo a 1º formada por uma pele
enrugada. Dentre as camadas, existem dois músculos:
Músculo dartos: mais externo, aderido à pele. Tem como função enrugar a
pele do escroto.
Músculo cremaster: envolve o testículo e o funículo espermático. Tem
como função elevar o escroto.
↪ Ambos os músculos agem para a regulação da temperatura. O
músculo dartos enruga a pele do escroto e o músculo cremaster levanta o escroto para
aproximar os testículos do corpo, ajustando a temperatura para ganhar calor. Quando a
temperatura está muito elevada, esses músculos relaxam e os testículos ficam mais
pendentes e aerados, fazendo com que a temperatura diminua.

Pênis
→ É formado por uma região que está fora do corpo, chamada de corpo do pênis, e uma
região que está internamente, chamada de raiz do pênis.
Raiz do pênis: é a região mais interna. É formada pelos dois ramos do pênis, o ramo esquerdo
e o ramo direito, e pelo bulbo do pênis, no meio. A raiz
do pênis é contínua com o corpo do pênis.
Corpo do pênis: é a região externa, anterior, que se
projeta. Possui um corpo cavernoso, que é a parte de
cima, e um corpo esponjoso, que é a parte debaixo.
O corpo cavernoso é a continuação dos ramos do pênis.
O corpo esponjoso é continuação do bulbo do pênis. É
por ele que a uretra passa.
→ Músculos na região do pênis:
Músculo bulbo esponjoso: envolve o bulbo do pênis.
Músculo isquiocavernoso
Músculo transverso superficial do períneo
↪ Esses músculos são músculos do períneo e estão relacionados com a raiz do pênis.
↪ Participam da contração do tecido erétil do pênis (principalmente o músculo bulbo
esponjoso) para favorecer o processo de emissão e ejaculação do sêmen.
→ O pênis possui uma região denominada glande do pênis.
↪ A glande do pênis é uma continuação do corpo esponjoso.
↪ A região envolta da glande do pênis, mais dilatada, é a coroa da glande.
↪ Abaixo da coroa da glande existe um colo, denominado colo da glande.
→ Há uma dilatação distal da uretra, chamada de fossa navicular (só é possível de ser
visualizada com o pênis cortado ao meio, fica na parte interna).
→ O orifício presente na glande do pênis é chamado de óstio externo da uretra.
→ A união da glande do pênis com o prepúcio recebe o nome de frênulo do prepúcio.
→ A parte mediana do pênis é chamada de rafe do pênis.

Testículos
→ Os testículos são as gônadas sexuais masculinas e têm como função principal fazer
espermatogênese, além de estar relacionado com a produção hormonal (testosterona).
→ Semelhante aos ovários, os testículos têm origem na cavidade abdominal. Eles fazem o
processo de migração embrionária até chegar ao escroto.
→ Existem algumas fáscias/túnicas que envolvem o testículo:
Túnica albugínea: está mais internamente, mais próxima ao testículo.
Túnica vaginal: está mais externamente. É o peritônio que envolve o testículo. Possui duas
lâminas, a lâmina parietal (mais externa) e a lâmina visceral (mais interna); há uma pequena
cavidade entre as lâminas, que possui líquido peritoneal.
→ Existem cerca de 900 túbulos seminíferos nos testículos, nos quais ocorre a produção
dos espermatozoides. Desses túbulos seminíferos saem os ductos retos, além da rede
testicular. Da rede testicular saem os ductos eferentes, os quais vão para o epidídimo.

Epidídimo
→ É a estrutura em cima do testículo, um grande túbulo enrolado.
→ Possui cabeça, corpo e cauda.
→ Tem aproximadamente 6 metros.
→ O epidídimo recebe os ductos eferentes, vindos dos testículos.
→ Transforma-se em um ducto, o ducto deferente. Esse ducto é
firme, e sai da cauda do epidídimo, passando por dentro do funículo espermático e por
trás da bexiga urinária, formando outro ducto, até desembocar na próstata.

Ductos deferentes
→ É um ducto firme em formato de cordão.
→ Sai da cauda do epidídimo, passa por trás da bexiga urinária e dilata-se, onde forma a
ampola do ducto deferente (parte posterior) e desemboca na próstata.
→ Existe uma glândula chamada de glândula/vesícula seminal, que possui um ducto. O
ducto da vesícula seminal se junta com a ampola do ducto deferente e formam o ducto
ejaculatório.
→ O ducto deferente tem como função conduzir os espermatozóides do testículo para a
liberação na ejaculação.

Vesícula seminal
→ Encontra-se próxima ao ducto deferente, na parte posterior da bexiga urinária.
→ Possui cerca de 5 cm.
→ Tem como função produzir substâncias nutritivas para nutrir os espermatozoides, como
frutose a ácido cítrico. Essas substâncias nutritivas irão auxiliar os espermatozóides na sua
movimentação.
OBS: O espermatozoide vindo do ducto deferente irá se juntar à substância nutritiva da
vesícula seminal, para, assim, chegar na uretra prostática. (Ampola do ducto deferente +
ducto da vesícula seminal = ducto ejaculatório.)

Ductos ejaculatórios
→ Formado da junção das ampolas dos ductos deferentes com os ductos da vesícula
seminal.
→ Passa por dentro da próstata, pela sua parte posterior em direção à parte anterior, e vai
desembocar na uretra prostática.
→ Tem cerca de 2,5cm.
→ Na uretra prostática há uma pequena dilatação chamada colículo seminal, onde
desembocam os ductos ejaculatórios. Lateralmente ao colículo seminal há um tipo de
“canaleta”, o seio prostático.
→ No colículo seminal existem dois orifícios pequenos, um de cada lado, são os óstios dos
ductos ejaculatórios.
→ Orifício maior entre os óstios dos ductos ejaculatórios, chamado de utrículo prostático,
que é um remanescente embrionário.

Próstata
→ Localiza-se logo abaixo da parte posterior da bexiga urinária, com formato de “noz” ou
“coração”.
→ Maior glândula acessória do reprodutor masculino, que produz uma secreção prostática.
→ Essa secreção tem como função neutralizar/alcalinizar o pH
ácido vaginal.
→ Existem vários ductos que saem da próstata e desembocam
dentro da uretra prostática, levando as secreções.
OBS:
60% do sêmen → líquido da vesícula seminal, 30% → secreção
prostática e 10% → próprios espermatozoides.

Glândulas bulbouretrais
→ São glândulas pequenas, aproximadamente do tamanho de uma ervilha.
→ Abaixo da próstata, próximas ao diafragma urogenital (músculo esfíncter externo da
uretra), uma de cada lado da uretra membranácea.
→ Seus ductos penetram na uretra esponjosa.
→ Liberam uma pequena quantidade de secreção no sêmen, que tem função lubrificante.

Correlações Clínicas
Toque retal / exame de próstata
→ A parte posterior da próstata tem relação com o reto. Assim, com o toque retal, é possível
fazer a avaliação da próstata para saber se ela está aumentada ou diminuída.
→ O aumento da próstata é consequente do envelhecimento. Conforme a pessoa ganha mais
idade, a próstata aumenta de tamanho.
→ O importante do toque retal é saber a consistência da próstata, se ela está mais mole ou
mais endurecida. Os tumores de próstata levam a um endurecimento diferente.
Vasectomia / deferentectomia
→ A vasectomia consiste em suturar o ducto deferente e cortá-lo. Ela pode ser revertida,
desde que não tenha tanto tempo da realização da cirurgia. Isso porque, com o decorrer
do tempo, ocorre uma fibrose desse ducto cortado, dificultando o processo para revertê-la.

Fimose e Parafimose
→ A fimose é um estreitamento do prepúcio, não conseguindo expor a glande do pênis. É
necessária a realização de uma cirurgia (postectomia) para cortar o prepúcio, com a glande
do pênis exposta.
→ A parafimose ocorre devido a força exercida no prepúcio estreitado, o que faz com que
esse prepúcio estrangule a glande do pênis e, consequentemente a um edema dessa região,
sem a possibilidade da volta do prepúcio. É uma emergência médica, sendo necessário
também realizar uma cirurgia para cortar o prepúcio e aliviar a pressão exercida na glande.
Pelve e períneo
Pelve
→ Dividida em duas partes, a pelve maior e a pelve menor.
Pelve maior: é também chamada de falsa pelve. Nessa pelve tem-
se a parte pélvica da cavidade abdominopélvica, que é contínua
com a parte abdominal da cavidade.
Pelve menor: chamada de verdadeira cavidade pélvica. Encontra-
se abaixo da margem da pelve.
→ M. levantador do ânus = diafragma da pelve. “Bacia” que sustenta as vísceras pélvicas.
→ As pelves maior e menor são divididas pelo plano oblíquo da abertura superior da pelve.
O plano superior da abertura superior da pelve sai do promontório do sacro e vai até a
parte superior da sínfise púbica.
→ Existe um contorno ósseo que também divide a pelve maior da pelve menor, chamado
de margem da pelve. Essa margem é formada pelo promontório e a asa do sacro, pelas
linhas arqueadas do íleo e pela linha pectínea do púbis e pela crista
púbica.
→ Linhas terminais: linha arqueada do íleo + linha pectínea do púbis +
crista púbica.
Na imagem:
O contorno vermelho é o contorno entre a pelve maior acima e a pelve
menor abaixo; é o contorno da abertura superior da pelve. É a margem da pelve.

Períneo
→ Períneo é uma região mais superficial, onde se encontram
os órgãos genitais externos masculinos e femininos.
→ Limites do períneo (formam um losango): Sínfise púbica
(limite anterior), ramo isquiopúbico (limite anterolateral), túber
isquiático (limite lateral), ligamentos sacrotuberais (limite
posterolateral) e cóccix (limite posterior).
→ Esse losango divide-se em dois triângulos, através de uma
linha imaginária entre o túber isquiático de cada lado:
- Trígono Urogenital: encontra-se anteriormente.
- Trígono Anal: encontra-se posteriormente.
→ Existe ainda uma região chamada de corpo do períneo, que
é o ponto médio da linha traçada entre os túberes isquiáticos.
É a região onde tem a confluência de várias fibras musculares
dessa região do períneo.

Correlações clínicas:
→ O formato da pelve óssea na mulher é de grande importância devido ao parto do bebê.
É necessário que haja uma avaliação pois pode variar (tanto em mulheres, quanto em
homens).
→ A pelve ginecoide é a mais comum na mulher e está relacionada com o parto. Os diâmetros
desse tipo de pelve são mais propícios ao parto normal.
→ A pelve platipelóide é mais incomum em ambos os sexos. Se a mulher tiver esse tipo de
pelve, o parto normal pode ser impossibilitado.
→ Importante fazer a análise dos diâmetros pélvicos, principalmente para analisar a
possibilidade da realização de um parto normal.

Diâmetros pélvicos
→ O diâmetro anatômico vai até a parte superior da sínfise púbica. Não é avaliado.
→ O diâmetro verdadeiro vai até a parte posterior da sínfise púbica. É chamado de
diâmetro obstétrico. É por esse diâmetro que o bebê passa durante o parto normal. Ideal que
seja >11cm para o parto normal. Também não é possível avaliá-lo diretamente.
O diâmetro diagonal vai até a parte inferior da sínfise púbica, e é o diâmetro utilizado para
avaliação através do exame de toque vaginal. Tem que medir pelo menos 1,5 cm a mais que o
diâmetro obstétrico.
→ Pelo exame de toque vaginal avalia-se o diâmetro diagonal e seu tamanho. A partir
disso, subtrai-se o seu tamanho do tamanho do diâmetro obstétrico.

Vascularização
Artérias
→ A aorta abdominal se bifurca (próximo ao nível do disco intervertebral de L5 e S1),
dividindo-se em artéria ilíaca comum direita e artéria ilíaca comum esquerda. Cada uma
dessas artérias ilíacas comuns se bifurca em artérias ilíacas internas e artérias ilíacas
externas.
→ A artéria ilíaca interna é a grande responsável pela vascularização da pelve e do períneo
e todos os seus ramos estão relacionados a essa vascularização. Além disso, vascularizam os
tecidos e músculos esqueléticos da pelve, vascularizam a região glútea e região medial da
coxa com seus ramos.
→ Na mulher, 6 artérias entram na pelve:
- Artéria ilíaca interna direita
- Artéria ilíaca interna esquerda
- Artéria ovariana direita
- Artéria ovariana esquerda
- Artéria sacral mediana
- Artéria retal superior
→ No homem, 4 artérias entram na pelve:
- Artéria ilíaca interna direita
- Artéria ilíaca interna esquerda
- Artéria sacral mediana
- Artéria retal superior
→ A artéria sacral mediana é uma artéria ímpar. É ramo direto da aorta abdominal, de sua
parte posterior. Vasculariza o sacro, mas não as vísceras ali presentes. Passa pelas vértebras
L4 e L5.

Pelve Masculina:
→ A artéria ilíaca interna dá ramos:
Artéria iliolombar: é recorrente, ela sai e volta para a ilíaca interna. São duas: artéria
iliolombar direita e artéria iliolombar esquerda.
Artéria sacral lateral: vai para o sacro. São duas: artéria sacral lateral direita e artéria sacral
lateral esquerda.
Artéria glútea superior: passa entre o tronco lombo sacral e S1.
Artéria glútea inferior: passa entre S2 e S3.
Artéria pudenda interna: vai para a região do pudendo, para os órgãos genitais externos. Dá
um ramo, que é a artéria dorsal do pênis. Também dá a artéria retal inferior.
Artéria retal média: vai para a região média do reto.
Artéria obturatória: entra no canal obturado, que dá acesso a região medial da coxa.
Artéria umbilical (obliterada): dá ramos que vão para a bexiga urinária, e após isso
obliteram, recebendo o nome de ligamento umbilical medial.
Artérias vesicais superiores: são os ramos (3 ou 4) da artéria umbilical, antes de se obliterar,
que vão para a bexiga urinária.
Artéria vesical inferior: Vai para a parte inferior da bexiga urinária. É dela que sai o seu
ramo prostático.
Artéria para o ducto deferente: vai para o ducto deferente.
Artéria sacral mediana: é ramo direto da aorta abdominal. Vasculariza o sacro. Passa pelas
vértebras L4 e L5.
Artéria retal superior: é ramo direto da artéria mesentérica inferior.
→ A artéria ilíaca externa dá 2 ramos:
Artéria circunflexa profunda do ílio (ou ilíaca profunda) e artéria epigástrica inferior.
OBS: existe um conjunto de nervos, o plexo sacral (ou plexo lombo sacral) e o plexo lombar.
Têm os segmentos S1, S2, S3 e S4, podendo ter um S5. Além disso, tem uma estrutura
chamada de tronco lombo sacral, que sai do plexo lombar e vai em direção ao plexo sacral. É
formado por L4 e L5, que se juntam para ir em direção ao plexo sacral.
→ A artéria glútea superior passa entre o tronco lombo sacral e S1. A artéria glútea inferior
passa entre S2 e S3, podendo ter uma variação anatômica que a faz passar por S1 e S2.

Pelve Feminina:
→ Artéria ilíaca interna dá ramos:
A. iliolombar: sai e volta para a ilíaca interna. São duas: artéria iliolombar direita e artéria
iliolombar esquerda.
A. sacral lateral: vai para o sacro. São duas: direita e esquerda.
A. glútea superior: passa entre o tronco lombo sacral e S1.
A. glútea inferior: passa entre S2 e S3
A. pudenda interna: vai para a região do
pudendo, para os órgãos genitais externos. Dá
um ramo, que é a artéria dorsal do clitóris.
Também dá a artéria retal inferior.
A. retal média: vai para a região média do
reto.
A. obturatória: entra no canal obturado, que dá acesso a região medial da coxa. Irriga as
regiões mediais da coxa.
Aa. umbilicais (obliteradas): dá ramos que vão para a bexiga urinária, e após isso obliteram,
recebendo o nome de ligamento umbilical medial.
Aa. vesicais superiores: são os ramos (3 ou 4) da artéria umbilical, antes de se obliterar, que
vão para a bexiga urinária.
A. uterina: vai em direção ao útero. Análoga à artéria para o ducto deferente do homem. É
enovelada, parecendo ser maior do que realmente é.
A. vaginal: vai para a vagina. Análoga à artéria vesical inferior do homem. Dela sai ramos
que vão para a parte inferior da bexiga urinária.
Aa. ovarianas direita e esquerda: são ramos diretos da aorta abdominal. Divide-se em um
ramo ovariano (irriga os ovários) e um tubárico (irriga as tubas uterinas).
A. sacral mediana: é ramo direto da aorta abdominal. Vasculariza o sacro. Passa pelas
vértebras L4 e L5.
A. retal superior: é ramo direto da artéria mesentérica inferior.
→ Artéria ilíaca externa dá 2 ramos:
A. circunflexa profunda do ílio (ou ilíaca profunda) e a. epigástrica inferior.
Artérias que vão para o reto;
A. retal superior (única): ramo da artéria mesentérica inferior.
Aa. retais médias (dos dois lados): ramos da artéria ilíaca interna.
Aa. retais inferiores (dos dois lados): ramo da artéria pudenda interna.

Veias
→ As veias são iguais às artérias, apenas o fluxo do sangue se diferencia (contrário).
Vv. retais inferiores: drenam para as veias pudendas internas.
Vv. retais médias: drenam para as veias ilíacas internas.
V. retal superior: drena para a veia mesentérica inferior.

Sistema Genital Feminino


→ Órgãos genitais externos (vulva/pudendo): Fazem parte do sistema de excitação, orientam
o fluxo da urina e impedem a entrada de corpos estranhos.

Monte do púbis:
• Localizada anteriormente a região genital feminina e anteriormente à sínfise púbica
• Formada por uma pele mais grossa e pêlos encrespados, chamados de pelos pubianos
• Possui um tecido adiposo que se forma a partir da fase da puberdade, que protege as
proeminências ósseas no momento da atividade sexual, que são:
- Ramo superior do osso púbico
- Tubérculo púbico
- Sínfise púbica

Lábio maior do pudendo


• Formado por uma prega cutânea, com pele mais grossa e pelos pubianos
• Possui glândulas sebáceas
• A região entre os lábios maiores tem um formato de fenda, chamado de rima do pudendo
• Comissura anterior - local onde os lábios maiores se encontram anteriormente
• Comissura posterior - local onde os lábios maiores se encontram posteriormente. Difícil de
localizar em mulheres que tiveram filhos por parto vaginal/normal.
Lábio menor do pudendo
• Formado por uma pele mais delicada, rosada
• Está localizado dentro da rima do pudendo, ou seja, do espaço entre os lábios maiores
• Vestíbulo da vagina - espaço entre os lábios menores do pudendo, corresponde a entrada de
vagina.
→ Possui alguns orifícios:
- Óstio vaginal
- Óstio externo da uretra
- Óstios das glândulas vestibulares maiores e menores.
• Tem relação com o clitoris
- Forma o frênulo do clitoris, quando se encontram mediamente
- Forma o prepúcio do clitoris, quando se encontram lateralmente
• Frênulo dos lábios do pudendo é união posterior dos lábios menores
do pudendo. Sofre laceração no momento do parto vaginal.
→ O hímen reveste o óstio da vagina, é um remanescente
embrionário e possui vários formatos. Ele se rompe no momento da primeira relação
sexual, às vezes ocasionando um pequeno sangramento.
→ Carúnculas himenais - o que sobra do hímen após a sua ruptura
→ O hímen imperfurado é algo patológico, pois ele é todo fechado.
→ Precisa ser detectado ao nascimento da criança pelo pediatra.

Clitóris
• Tecido erétil com aprox 2 cm de comprimento e 1cm de diâmetro
• É análogo ao pênis no homem, porém não há a passagem da uretra.
• Dividido em:
- Corpo
- Glande
- Ramo esquerdo e direito, que se unem e formam o ângulo do clitóris
- Ângulo do clitóris

Bulbo do vestíbulo
• Tecido erétil que no momento do ato sexual feminino aumenta de tamanho por conta do
fluxo sanguíneo e puxa os lábios menores do pudendo para fora, consequentemente abrindo o
óstio vaginal.
• Localizado profundamente ao lábio maior e lábio menor do pudendo

Glândulas vestibulares maiores


• O seu ducto desemboca no vestíbulo da vagina
• Produz uma secreção mucóide que vai lubrificar a vulva e facilitar a penetração do pênis no
momento do sexo
• Existe dos 2 lados, localizadas no relógio no número 5 e 7.

Glândulas vestibulares menores


• Não são possíveis visualizar na prática
• Existe dos 2 lados, localizadas no relógio no número 11 e 1.
• Também produz secreção mucóide lubrificante
→ Bartolinite - Doença inflamatória da glândula vestibular maior, que é chamada de
Glândula de Bartholin
→ No momento do parto existem alguns procedimentos técnicos que podem anestesiar

alguns nervos, para evitar a dor nessa região. O anestesista palpa a espinha isquiática e
injeta o anestésico no nervo pudendo.

Vagina
• É um tubo músculo membranáceo distensível, com aprox. 7 a 9 cm
• Está relacionada com a recepção do pênis no momento da relação sexual
• Recebe o ejaculado na região posterior
• É o caminho no momento do parto vaginal
• Conduz o líquido menstrual no período da menstruação
• Tem uma parede anterior que é menor (azul) e uma parede posterior que é maior (verde),
que na realidade estão próximas uma da outra. No exame preventivo (papa Nicolau) existe a
necessidade de colocar um espéculo para afastar essas paredes e conseguir observar e coletar
o material do colo do útero
• Existe um recesso ao redor do colo do útero chamado de fórnice da vagina, dividido em
parte posterior, anterior e lateral.
• É no fórnice posterior que o ejaculado/sémen se acumula para percorrer até a tuba uterina e
fecundar o óvulo.
• Principais músculos que fazem a compressão/contração da vagina:
- Músculo pubovaginal
- Músculo esfíncter externo da uretra
- Músculo esfíncter uretrovaginal
- Músculo bulboesponjoso

Útero:
• É um órgão oco, onde se aloja o embrião/feto
• É muito dinâmico, tendo 7,5cm de comprimento em mulheres não grávidas. Na gravidez
pode chegar a até 40 cm.
• Dividido em:
- Corpo do útero. O fundo do útero, localizado acima do ponto de entrada das tubas uterinas -
corno uterino, faz parte do corpo do útero.
- Istmo do útero, parte estreitada
- Colo do útero, que se prolonga em direção a vagina, com uma parte supravaginal (acima da
vagina) e outra vaginal (relacionado com a vagina).
• Durante a gravidez o colo do útero meio que “balança" porque o istmo fica mais mole. Isso
pode ser um sinal de gravidez observado pelos médicos.
• Existe uma relação entre o útero e o reto, chamado de escavação retouterina.
• Existe uma relação entre o útero e a bexiga, chamada de escavação vesicouterina.
• Possui alguns ligamentos importantes:
- Ligamento redondo do útero, da sustentação pro útero, passa dentro do canal inguinal e se
fixa aos lábios maiores do pudendo. Por conta disso, no final da gravidez a mulher sente uma
pressão na vulva, como se tivesse puxando para cima.
- Ligamento largo do útero, como se fosse um lenço em cima do útero, é na realidade uma
dupla lâmina de peritônio.
• Possui 3 camadas:
- Perimétrio, camada mais externa, é uma serosa
- Miométrio, camada muscular lisa
- Endométrio, mais interna, é uma mucosa, relacionada com a descamação na menstruação
• Está em uma posição chamada antivertido, voltado anteriormente e superiormente, e
antifletido, pois ele se dobra em flexão. Existem variações na posição do útero que podem
inclusive trazer problemas para engravidar.

Tubas uterinas:
• Possuem aproximadamente 10cm de comprimento
• São divididas em:
- Infundíbulo, primeira parte da tuba uterina, formato de funil. Possui as fímbrias que são
pequenos prolongamentos com a função de varrer o ovário e assim captar o ovócito e jogar
para dentro da tuba uterina para que ocorra a fecundação.
- Ampola da tuba uterina, segunda parte da tuba uterina, parte mais dilatada. É nessa região
que ocorre o encontro do óvulo como o espermatozoide, ou seja a fecundação
- Istmo da tuba uterina, parte mais estreita
- Intramural da tuba uterina, passa por dentro do útero.
• Possui uma túnica mucosa, com processos ciliares, que leva o zigoto (embrião) para o
interior do útero
• Possui relação com o ligamento largo do útero, chamado de Mesossalpinge. A ligação do
ovário com o ligamento largo do útero é chamado de Mesovário.

Ovário
• É a gônada feminina, que produz as células germinativas (ovócito/óvulo)
• Em cada processo de ovulação, faz uma eclosão de um folículo. Quanto mais ovulações a
mulher tiver, mais cicatrizes ela vai ter por conta das oclusões.
• Está relacionado com a produção de hormônios.
• Possui 3 ligamentos
- Mesovário, que liga o ovário ao ligamento largo do útero.
- Ligamento útero ovárico ou ligamento próprio do ovário, que liga o ovário ao útero
- Ligamento suspensor do ovário, liga o ovário à parede anterolateral da pelve.
• Leiomioma uterina: Tumor benigno do útero, pode ser encontrado em várias localidades,
chegando a causar sangramento ou dor abdominal. Não necessariamente precisa de cirurgia
Gravidez ectópica: Ocorre a fecundação, porém o óvulo/zigoto não se desloca em direção ao
útero, Ex: gravidez ectópica tubária, podendo até mesmo romper a tuba uterina. Do lado
direito pode ser confundido com apendicite.
Sistema Nervoso
∙ O sistema nervoso nos torna adaptáveis ao ambiente em que
vivemos.
∙ Propriedades citoplasmáticas: irritabilidade, condutibilidade e
contratilidade. Essas propriedades auxiliam na adaptação ao
ambiente.
∙ É dividido em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso
periférico (SNP).
⮚ SNC: encéfalo (cerebro, cerebelo, tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo)) e
medula espinal.
⮚ SNP: nervos (espinhais e cranianos), gânglios e terminações nervosas.
∙ Pode ser dividido também em critérios funcionais: sistema
nervoso somático e sistema nervoso visceral.
⮚ Sistema nervoso somático: aferente (parte sensitiva) e eferente (parte motora). É o sistema
que se relaciona com o corpo e com o ambiente.
⮚ Sistema nervoso visceral: aferente (parte sensitiva) e eferente (parte motora, é o sistema
nervoso autônomo: simpático e parassimpático).
Conceitos importantes:
∙ Gânglio é um corpo de neurônio fora do sistema nervoso central.
⮚ Exemplo na imagem de um gânglio sensitivo.
Nos neurônios sensitivos, o corpo do neurônio está fora do sistema nervoso, formando o
gânglio.
∙ Núcleo é um corpo de neurônio dentro do sistema nervoso central.
∙ O sistema nervoso é integrado: a parte motora, a parte sensitiva,
visceral, os reflexos, todo o sistema nervoso é integrado com as
associações às informações e às percepções.
∙ O cérebro tem uma propriedade chamada de abstração. Sendo
assim, não é necessário gravar inúmeros tipos
de um objeto para identificá-lo.
∙ Sinapse é a conexão dos neurônios.

Medula Espinal
∙ A medula espinhal faz parte do sistema
nervoso central.
∙ Está dentro da coluna vertebral, porém não a
ocupa por inteiro.
∙ É um “cordão” de mais ou menos 45 cm, que faz ligações com os
neurônios.
∙ Tem dois limites: cranial e caudal.
⮚ Limite cranial: forame magno (na base do crânio). Ao passar por ele, passa a ser chamada
de tronco encefálico.
⮚ Limite caudal: processo espinhoso de L2.
∙ Após o limite caudal da medula espinhal existem vários
prolongamentos dos axônios dos neurônios, que agrupados são
chamados de cauda equina.
∙ Ao final da medula espinal, há uma espécie de “cone”, onde a
medula se estreita, chamado de cone medular.
∙ Há, ao final, um filamento fino da medula espinal, que fixa a
medula, denominado filamento terminal. Esse filamento é a
meninge mais interna da medula, aderida a ela, e recebe o nome de
pia-máter.
∙ São 31 segmentos medulares: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares,
5 sacrais e 1 coccígeo.
⮚ De cada segmento sai um nervo espinal, ou seja, há 31 nervos
saindo da medula.
⮚ Cada nervo espinhal é formado por vários pequenos filamentos
radiculares.
⮚ Nos segmentos medulares há gânglios
sensitivos.
Na medula espinhal, a parte sensitiva é posterior (com
gânglios), e a parte motora é anterior (sem gânglios).
A raiz sensitiva se une à raiz motora e forma, então, um
nervo misto espinal.
OBS: O tronco simpático é um tronco paralelo à coluna vertebral, onde existem vários
gânglios. Existe uma cadeia simpática, que é o tronco simpático, onde também há vários
gânglios. Há axônios de neurônios que vêm do sistema nervoso e fazem sinapse com os
gânglios do tronco simpático. Saindo desses gânglios há axônios, que vão para determinado
órgão, por exemplo, levando uma informação saída do neurônio (neurônio pré-ganglionar)
para chegar ao gânglio simpático, fazendo sinapse. Após essa sinapse, outro axônio sai do
neurônio (neurônio pós-ganglionar) e, então, leva a informação para determinado local do
corpo.
No parassimpático, o gânglio não está no tronco simpático, mas sim no órgão, por exemplo.
∙ A medula é formada por substância branca e substância cinzenta.
⮚ A substância cinzenta se encontra no meio da medula, referida
como “H medular”, que é o corpo do neurônio.
⮚ A substância branca é a parte de fora da medula, por onde
transitam os axônios.
∙ Existem sulcos, fissuras e canais na medula:
⮚ Sulco mediano posterior.
⮚ Sulco lateral posterior: é nesse sulco que chegam ou saem as
raízes posteriores (sensitivas) dos neurônios.
⮚ Sulco intermédio posterior: se prolonga e forma o septo
intermédio posterior.
⮚ Septo intermédio posterior: é a continuação do sulco intermédio
posterior. Ele separa o fascículo grácil do fascículo cuneiforme.
⮚ Fissura mediana anterior.
⮚ Sulco lateral anterior: onde chegam ou saem as raízes anteriores
(motoras) dos neurônios.
⮚ Canal central da medula: é um remanescente embrionário da luz do
tubo neural. Não é contínuo diretamente com os ventrículos, pois o
líquor desses ventrículos não passa por esse canal, ficando no espaço subaracnóideo.
∙ Há também colunas/cornos (corpo de neurônios, substância
cinzenta):
⮚ Coluna posterior: relacionada com os neurônios sensitivos.
⮚ Coluna anterior: relacionada com os neurônios motores.
⮚ Coluna lateral: não existe em toda a medula, apenas na sua parte
torácica e na parte superior da medula lombar. É a conexão do
sistema simpático.
∙ A comissura branca (substância branca, axônio de neurônios) é
dividida em funículos:
⮚ Funículo posterior: está entre o sulco mediano posterior e o
sulco lateral posterior.
⮚ Funículo anterior: está entre o sulco lateral anterior e a
fissura mediana anterior.
⮚ Funículo lateral: está entre o sulco lateral posterior e sulco
lateral anterior.
∙ A medula espinal é local de organização de alguns reflexos. Além
disso, a medula é um grande local de trânsito de fibras de
neurônios; existem vários feixes de fibras passando pelos
funículos.
⮚ O trato corticoespinhal lateral está no funículo lateral.
⮚ O trato corticoespinhal ventral está no funículo anterior.
Esses dois tratos vêm do córtex cerebral e vão para a medula espinal. São deles que saem as
informações motoras, do córtex em direção à medula (via descendente).
⮚ O fascículo grácil e o fascículo cuneiforme estão localizados no
funículo posterior.
São vias ascendentes, eles levam as informações sensitivas da medula ao córtex. Além disso,
têm sensibilidade vibratória.
⮚ O trato espinotalâmico lateral passa pelo funículo lateral. Leva
informação de dor, temperatura, pressão e tato.
⮚ O trato espinotalâmico ventral passa pelo funículo anterior.
Esses tratos vêm da medula espinhal e vão em direção ao tálamo, e após isso, o tálamo os
direciona para o córtex.
⮚ O trato espinocerebelar dorsal/ posterior e o trato
espinocerebelar ventral são tratos vindos da periferia para o
cerebelo. Alimentam o cerebelo com informações vindas dos músculos
e tendões, organizando os atos motores.
OBS: as vias que sobem são as vias sensitivas; as vias que descem são as vias motoras.
∙ A medula espinhal possui envoltórios, denominadas meninges.
Existem três meninges, de fora para dentro: dura máter, aracnoide e
pia-máter.
⮚ Dura-máter: meninge mais externa, mais forte.
⮚ Aracnóide: meninge do meio, mais fina e delicada.
⮚ Pia-máter: meninge mais interna, aderida à medula. Ela continua
como um filamento terminal mesmo após a medula espinal terminar.
⮲ A pia-máter se fixa mais lateralmente à medula, nas meninges mais
externas, através do ligamento denticulado (são apenas dois, um de
cada lado). Dá sustentação.
⮲ Esse ligamento denticulado se fixa lateralmente, através de
processos, chamados de processos triangulares.
∙ Ao final da medula espinal, tem-se a cauda equina e
oligamento/filamento terminal.
⮚ Após o término da medula espinhal no nível de L2, continua-se o
filamento terminal (pia-máter). Ao nível de S2, termina a dura-
máter e, logo após, o ligamento terminal é envolvido por ela,
passando a se chamar filamento da dura-máter espinal.
⮚ O filamento da dura-máter espinal tem que se fixar no osso para
dar sustentação à medula. Assim, ele se fixa no cóccix, passando a
se chamar ligamento coccígeo.
∙ Entre as meninges da medula existem espaços, sendo o total de
três:
⮚ Espaço epidural/extradural: está externo à dura-máter, entre o
osso e a dura-máter. Nesse espaço há o plexo venoso vertebral
interno e pequena quantidade de tecido adiposo.
⮚ Espaço subdural: espaço pequeno, está entre a dura-máter e a
aracnóide. Nesse espaço existe uma pequena quantidade de líquido,
para evitar os folhetos dessas duas meninges de se aderirem.
⮚ Espaço subaracnóide: está abaixo da aracnóide, entre a aracnóide
e a pia-máter. Nesse espaço encontra-se o líquor (líquido
cerebrorraquidiano).

Correlação clínica:
A medula termina no nível de L2, e a dura-máter termina no nível de S2. Então, existe um
espaço entre L2 e S2 em que não há medula espinal, mas há líquor.
Dessa forma, escolhe-se um espaço entre as vértebras para introduzir uma
agulha, tendo acesso ao espaço subaracnóideo. Na hora da introdução da
agulha irá pingar o líquor.
Algumas das indicações clínicas para esse tipo de procedimento são:
diagnóstico de meningite (punção lombar) e a raquianestesia.

Tronco Encefálico
∙ O tronco encefálico é formado pelo bulbo, ponte e mesencéfalo;
quarto ventrículo.
Limites do tronco encefálico
⮚ Limite caudal (inferior): forame magno. É o limite com a medula
espinal.
⮚ Limite cranial (superior): linha imaginária que vai da comissura
posterior ao corpo mamilar (hipotálamo).
∙ Os ventrículos são cavidades que existem dentro do encéfalo, em
que existem líquor. O ventrículo que está no tronco encefálico é o
quarto ventrículo.
Bulbo
∙ Existe um feixe, denominado trato corticoespinhal, na parte
anterior, que sai do córtex e vai para a medula espinal. Esse trato
corticoespinhal desce para o bulbo, formando duas estruturas
chamadas pirâmides bulbares, onde se compacta.
⮚ Parte do trato corticoespinhal cruza para o outro lado. O local
desse cruzamento é denominado decussação das pirâmides. Assim, a
ordem que sai do lado esquerdo do córtex vai cruzar para movimentar
o lado direito.
∙ Há uma estrutura lateral no bulbo, denominada oliva bulbar
(anterior). É uma dilatação, que ocorre por ser um núcleo. Alguns
desses núcleos olivares, principalmente os inferiores, têm relação
com a aprendizagem motora.
∙ Na parte posterior do bulbo, há o tubérculo grácil, que é a sinapse
do fascículo grácil. Lateralmente, há o tubérculo cuneiforme.
∙ Há um sulco entre o bulbo e a ponte, denominado sulco bulbo-
pontino.
∙ Há uma estrutura denominada pedúnculo cerebelar médio (braço da
ponte), que conecta a ponte ao cerebelo.
∙ Há também o pedúnculo cerebelar inferior, que conecta o bulbo ao
cerebelo. ∙ O pedúnculo cerebelar superior, que conecta o
mesencéfalo ao cerebelo. ∙ Existe um sulco, chamado de sulco
basilar, que é onde a artéria basilar passa.
Assoalho do IV ventrículo
∙ Por dentro do IV ventrículo, há:
⮚ Trígono do vago: onde se encontra o núcleo do nervo vago.
⮚ Trígono do hipoglosso: acima do trígono do vago. Onde se encontra
o núcleo do nervo hipoglosso.
⮚ Colículo facial: acima do trígono do hipoglosso, maior. Onde se
encontra o núcleo do nervo facial.
∙ Há uma área triangular, denominada área vestibular. Essa área
está relacionada com o nervo de VIII par craniano, o nervo
vestibulococlear.
Mesencéfalo
∙ É a parte superior do tronco encefálico, que se conecta ao
cérebro.
∙ Conecta-se ao cerebelo através do pedúnculo cerebelar superior.
∙ Comunica-se com o cérebro anteriormente através do pedúnculo
cerebral.
∙ Há um tipo de “buraco”, entre o pedúnculo, denominado fossa
interpeduncular.
∙ Na parte posterior, há quatro “bolinhas”, chamadas colículos. São
dois colículos superiores (relacionados com a visão) e dois
colículos inferiores (relacionados com a audição). Juntos, são
chamados de corpos quadrigêmeos.
∙ O mesencéfalo é dividido em duas partes: a parte da anterior e a
parte posterior.
⮚ Parte anterior: é a parte do pedúnculo cerebral.
⮚ Parte posterior: chamada de tecto/teto.
⮚ O que separa o pedúnculo cerebral do teto é o canal que liga o
III ao IV ventrículo, chamado de aqueduto cerebral.
⮚ O pedúnculo cerebral é dividido internamente por uma substância
negra (corpos de neurônios), que o separa em base e tegmento.
⮲ A doença de Parkinson atinge a substância negra, alterando-a.
∙ Existem diversos núcleos de nervos cranianos no tronco
encefálico.
12 pares de nervos cranianos
⮚ Nervo olfatório. (I)
⮚ Nervo óptico. (II)
⮚ Nervo oculomotor. (III)
⮚ Nervo troclear. (IV)
⮚ Nervo trigêmeo. (V)
⮚ Nervo abducente. (VI)
⮚ Nervo facial. (VII)
⮚ Nervo vestíbulo-coclear. (VIII)
⮚ Nervo glossofaríngeo. (IX)
⮚ Nervo vago. (X)
⮚ Nervo acessório. (XI)
⮚ Nervo hipoglosso. (XII)
Todos esses nervos, com exceção dos dois primeiros, têm relação com o tronco encefálico.
Eles emergem dos núcleos presentes no tronco encefálico.
Os nervos oculomotor, troclear e abducente têm relação com o movimento dos olhos.
O nervo trigêmeo, além da mastigação, dá a sensibilidade da face.
O nervo facial controla a mímica facial.
O nervo vestíbulo-coclear se relaciona com a audição e o equilíbrio.
O nervo glossofaríngeo tem como uma das funções dar a sensibilidade da língua.
O nervo vago tem relação com o simpático e parassimpático.
O nervo acessório tem relação com a faringe, língua, além de inervar o músculo
esternocleidomastóideo e o músculo trapézio.
O nervo hipoglosso é o nervo motor da língua. Sai do bulbo, próximo a oliva bulbar.

Cerebelo
∙ O cerebelo faz parte do encéfalo, mas não do cérebro.
∙ Localizado posteriormente, atrás do IV ventrículo.
∙ É como se fosse um cérebro pequeno.
∙ Sua grande função, entre outras, é coordenar os movimentos. Ele
processa as informações do ambiente motor.
∙ Tem dois hemisférios cerebelares: hemisfério cerebelar direito e
hemisfério cerebelar esquerdo. ∙ No meio do cerebelo há uma
“linha”, chamada de vermes cerebelar, que une os dois hemisférios cerebelares.
∙ Sua parte externa tem uma substância cinzenta, que é o córtex
cerebelar; e uma parte interna, central, que é a medula.
∙ No cerebelo existem inúmeras reentrâncias, sulcos, chamados de
folhas. Há três mais importantes:
⮚ Fissura póstero-lateral: separa a parte mais antiga do cerebelo,
relacionada com o equilíbrio, de todo o restante do cerebelo.
⮚ Fissura prima: separa a parte anterior do
cerebelo da parte posterior.
⮚ Fissura horizontal.
Lobos:
⮚ Lobo flóculo-nodular: é o lobo mais antigo.
Está relacionado com o equilíbrio motor. É separado do resto do
cerebelo pela fissura póstero-lateral.
OBS: o lobo flóculo-nodular está em azul na imagem.
⮚ Lobo anterior e Lobo posterior: separados pela fissura prima.
Possuem partes extremamente modernas, conectadas com a medula
espinal e com o córtex cerebral.

Correlações clínicas:
Síndromes cerebelares:
- Vestibulocerebelo: perda de equilíbrio.
- Espinocerebelo: marcha atáxica.
- Cerebrocerebelo: decomposição; disdiadococinesia; rechaço; tremor; dismetria. Geralmente
causadas por lesões.

Diencéfalo
Faz parte do cérebro. É a maior parte, sendo ela central. Relacionado
com o III ventrículo. O III ventrículo se comunica com o IV ventrículo
através de um canal dentro do mesencéfalo, chamado de aqueduto
cerebral. Existe um sulco, que separa o tálamo do hipotálamo,
denominado sulco hipotalâmico.
Tálamo
Possui núcleos, os quais formam grupos:
- Anterior
- Posterior
- Mediano
- Medial
- Lateral
Funções:
- Controle da sensibilidade.
- Motricidade.
- Regulação do sistema emocional.
- Ciclo circadiano.
- Memória (faz com que a memória seja buscada no hipocampo, ou seja, ele é o caminho para
se chegar na memória, que busca a informação.)
OBS: se houver uma lesão no tálamo, pode ocorrer uma perda das memórias antigas do
paciente. Isso porque o tálamo não irá conseguir buscar a informação, a memória.
Subtálamo
Relacionado com o controle motor.
Epitálamo
A grande estrutura do epitálamo é a glândula pineal, produtora de melatonina, que tem como
função organizar e regular o ritmo biológico. Ela é liberada pelo ritmo biológico, pela
existência dele. A luz inibe a glândula pineal. Então, durante o dia, a
melatonina quase não é liberada. Durante a noite, a melatonina é produzida
10x mais. Dentro da glândula existem compressões calcárias. Acredita-se
que sejam apenas um remanescente embrionário.
OBS: a glândula pineal tem conexão com o núcleo supraquiasmático. Esse
núcleo recebe informações luminosas da retina, e, consequentemente, a
glândula pineal também, devido à sua conexão. Assim, a glândula consegue regular a
liberação da melatonina. A insônia pode ter relação com distúrbios na glândula pineal e na
produção da melatonina.
Outras estruturas que fazem parte do epitálamo: Comissura posterior,
comissura das habênulas e trígono das habênulas.

Telencéfalo
É formado por diversos sulcos dobrados.
Forma a maior porção do encéfalo.
Existem três polos (são as extremidades):
- Polo frontal.
- Polo temporal.
- Polo occipital.
Existem cinco lobos:
- Lobo frontal.
- Lobo temporal.
- Lobo parietal.
- Lobo occipital. Está relacionado com a visão.
- Insula (mais internamente). Tem relação com o sistema límbico (das emoções) e com o
paladar.
Há diversos sulcos (depressões):
Sulco central: separa o lobo frontal (anterior) do lobo parietal (posterior).
Sulco pré-central: está na frente do sulco central. Nele, encontra-se o giro pré-central (entre
o sulco central e o pré-central), que é motor. Localizado no lobo frontal.
Sulco pós-central: está atrás do sulco central. Nele, encontra-se o giro pós-central (entre o
sulco central e o pós-central) que é sensitivo. Localizado no lobo
parietal.
Sulco lateral: separa o lobo frontal (acima) do lobo temporal
(abaixo).
Sulco frontal superior: está no lobo frontal.
Sulco frontal inferior: está no lobo frontal, mais inferiormente.
Sulco temporal superior: está no lobo temporal.
Sulco temporal inferior: está no lobo temporal, mais inferiormente.
OBS: os sulcos são as depressões, os “buracos”; os giros são os
espaços. São sulcos menores.
Há outros sulcos, vistos ao corte medial do telencéfalo:
Sulco do cíngulo: sulco mais interno.
Ramo marginal do sulco do cíngulo.
Sulco parieto-occipital: separa o lobo parietal do lobo occipital.
Sulco calcarino: localizado no lobo occipital. É a área da visão primária.
Existe uma estrutura de conexão, na parte medial do telencéfalo, denominada corpo caloso. O
corpo caloso é a conexão entre o hemisfério cerebral direito e o hemisfério cerebral esquerdo,
é quando as informações se cruzam para serem processadas.
Os hemisférios cerebrais não são iguais, nem funcionalmente.
Normalmente, o hemisfério esquerdo é o dominante, na área em que algumas funções mais
importantes estão. Por esse motivo, é necessário o cruzamento das informações através do
corpo caloso.
O corpo caloso é dividido em partes:
1. Rostro do corpo caloso.
2. Joelho do corpo caloso.
3. Tronco do corpo caloso.
4. Esplênio do corpo caloso.
Possui espaços denominados giros, que são delimitados pelos sulcos.
Cada giro tem sua função. Alguns dos giros importantes são:
Giro pré-frontal: relacionado com o sistema motor.
Giro pós-frontal: área sensitiva.
Giro temporal transverso anterior: relacionado com a audição.
Existe uma área do telencéfalo denominada lobo límbico, que se encontra na parte medial, em
sua borda, e se relaciona com o aspecto funcional (controla as emoções). Esse lobo é
composto por:
Giro do cíngulo: região abaixo do sulco do cíngulo.
Istmo do giro do cíngulo: onde o giro do cíngulo se estreita.
Giro para-hipocampal.
Hipocampo: tem um formato de “cavalo marinho”. Está escondido
atrás do giro para hipocampal.
Existe uma área, denominada de área de Broca. Essa área tem como
função a expressão de linguagem. Há também a área de Wernicke, que é
a área de entendimento/percepção da linguagem.
Por exemplo: quando uma pessoa fala alguma coisa, recebemos essa informação. Se a
informação for auditiva, irá passar pelo ouvido interno e será
decodificada e levada a área de Wernicke para ser processada. Esse
processamento é o entendimento, é sobre o que você terá que fazer ou
não.
Após o entendimento, você terá que falar com a pessoa, explicar a
informação que chegou. Dessa forma, utiliza-se a área de Broca para
expressar sua linguagem. Essa área organiza as palavras que serão
utilizadas corretamente, falando ou escrevendo.
Existem dois homúnculos, o homúnculo sensitivo e o homúnculo motor (um de cada lado),
que mapeiam as áreas do corpo para suas funções e sensibilidade.
Homúnculo motor: se localiza no giro pré-central. Tem relação com a motricidade.
Homúnculo sensitivo: se localiza no giro pós-central. Tem relação com a sensibilidade. A
disposição dessa sensibilidade nas partes do corpo é diferente da
disposição no córtex cerebral, isso porque algumas áreas têm
mais sensibilidade do que outras (ocorre da mesma forma no
homúnculo motor).
Existem estruturas internas do córtex, chamadas de corpo
amigdalóide e núcleo basal de Meynert, que se relacionam com o
controle da raiva e se relacionam com o sistema límbico (controle
das emoções no geral).
Existe também um núcleo na região pré-frontal, chamado de núcleo accumbens, que é uma
das áreas de prazer e recompensa do cérebro, atuando na motivação em determinadas ações.
Há centros no encéfalo que controlam a memória. O sistema límbico auxilia na consolidação
da memória devido sua relação com as emoções.

Vascularização do SNC
Existem 4 artérias que vascularizam o encéfalo diretamente:
Artéria carótida interna direita.
Artéria carótida interna esquerda.
Artéria vertebral direita.
Artéria vertebral esquerda.
As artérias carótidas internas, ao entrarem no encéfalo, se bifurcam em duas artérias cerebrais:
Artéria cerebral anterior.
Artéria cerebral média.
As artérias carótidas internas, antes de se bifurcarem, dão um ramo, denominado artéria
oftálmica, que vasculariza o olho.
As artérias vertebrais, ao entrarem no encéfalo, se unem em cima da ponte e formam outra
artéria, chamada artéria basilar.
A artéria basilar se divide, formando as artérias cerebrais posteriores.
As artérias cerebrais se unem (artérias cerebrais anterior, média e posterior),
formando um círculo, denominado polígono de Willis ou círculo arterial do
cérebro.
Para formar o polígono de Willis, existem artérias chamadas de artéria
comunicante anterior e artéria comunicante posterior, que fecha o polígono,
dando seu formato.
A artéria comunicante anterior liga as artérias cerebrais anteriores.
As artérias comunicantes posteriores ligam as artérias cerebrais posteriores às artérias
carótidas internas.
As artérias lenticuloestriadas são ramos terminais das artérias cerebrais médias e vascularizam
estruturas denominadas cápsula interna e corpo estriado. Como são muito finas, podem ser
obstruídas e levar a um AVE.

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