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Anatomia – aula 61 Bárbara Lovato

GENITÁLIA MASCULINA

 Sistema genital: produção de gametas (produção, armazenamento, transporte e nutrição) e de hormônios.


 Genitália interna: testículos, epidídimos, ductos deferentes, glândulas seminais, ducto ejaculatório,
próstata e glândulas bulbo-uretrais.
 Genitália externa: uretra, escroto e pênis.

1. ESCROTO OU BOLSA ESCROTAL


 Bolsa de pele atrás do pênis e abaixo da sínfise púbica.
 Formada por dois compartimentos, com testículo,
epidídimo e parte inferior do funículo espermático.
 Estratigrafia: pele – pêlos e glândulas sebáceas e
sudoríparas – rafe mediana – septo do escroto.
 Rafe mediana: projeção da estrutura que divide o
escroto em dois compartimentos, consiste na fusão da
rafe do períneo com a do pênis.
 Septo do escroto: septo interno formado pela projeção
do dartos em direção à raiz do pênis.
 Dartos: aderido à cútis, corresponde ao tecido celular
subcutâneo, mas é formado por m. liso, não possui
gordura e é contínuo à fáscia de Scarpa e à fáscia
superficial do períneo (fáscia de Colles). Responsável
pelo enrugamento da superfície do escroto.
 Vascularização:
A. pudenda externa: porção anterior do escroto.
A. pudenda interna: ramos escrotais irrigam porção posterior do escroto.
A. cremastérica: da epigástrica inferior, irriga porção lateral do escroto.
 Drenagem venosa: acompanha a rede arterial.
 Drenagem linfática: para linfonodos inguinais superficiais.
 Inervação: pelo plexo hipogástrico.
N. ílio-inguinal: para porção anterior.
Ramos cutâneos medial e lateral do n. pudendo: região posterior e inferior.
Ramo perineal do n. cutâneo posterior da coxa: região posterior e inferior.

2. PÊNIS
 Órgão tubular, composto por corpos cavernosos e corpo
esponjoso.
 Órgão de cópula, saída comum da urina e do sêmen.
 Partes: raiz (fixa, presa aos ossos), corpo (pendular) e
glande (extremidade).
 Ligamento suspensor do pênis: fixa corpo do pênis ao
púbis.
 Ligamento fundiforme: mais superficial, origina-se da
tela subcutânea.
 Fáscia profunda ou de Buck: ou fáscia do pênis, reveste
os corpos cavernosos e esponjosos e engloba veias e
artérias dorsais e profundas do pênis.
 Camada albugínea: profunda à fáscia do pênis, reveste
os corpos cavernosos e o corpo esponjoso. Origina o
septo do pênis.
 Septo do pênis: próximo à raiz é espesso e completo,
separando completamente os dois corpos cavernosos.
Em direção à extremidade livre é incompleto e os corpos
cavernosos comunicam-se.
 Estratigrafia: pele – fáscia de Dartos – fáscia de Buck –
camada albugínea – corpos esponjosos e cavernoso.
 Vascularização:
A. dorsais do pênis: pares, ramos das pudendas internas,
corre sobre o dorso do pênis entre o n. dorsal do pênis
(lateral) e a v. dorsal profunda do pênis (medial). Irriga
corpos cavernosos e esponjoso e glande.
A. profunda do pênis: ramo das pudendas internas, no
centro do corpo cavernoso.
A. do bulbo do pênis: ramo das pudendas internas, irriga
bulbo do pênis e gl. bulbo-uretral.
A. helicinas: pequenos ramos arteriais que correm nas trabéculas com trajeto sinuoso e helicoidal.
 Drenagem venosa: sobretudo para a veia profunda do pênis, ímpar, drena para plexo venoso prostático.
Apenas a pele e a tela subcutânea drenam para v. dorsal superficial do pênis, tributária da pudenda externa
(que vai para a safena magna).
 Drenagem linfática:
Linfonodos inguinais superficiais: drena pele e prepúcio.
Linfonodos inguinais profundos e ilíacos externos: drena glande.
Linfonodos ilíacos internos: drena corpos cavernosos.
 Inervação:
N. dorsal do pênis: ramo do n. pudendo, com fibras simpáticas e parassimpáticas.
N. ílio-inguinal: para pele da raiz.
 Parassimpático: plexo nervoso prostático, responsável pela ereção.
 Simpático: L1 e L2, responsável pela emissão e remissão.

2.1 RAIZ
 No espaço superficial do períneo, está presa
aos ramos dos ísquios dos dois lados e
revestida pela membrana do períneo.
 Bulbo do corpo cavernoso: fixo e dilatado,
entre os ramos, está envolvido pelo m.
bulbo-esponjoso. Continua-se como corpo
esponjoso.
 Ramos: dois ramos, presos ao ramo do
ísquio, são revestidos pelo músculo ísquio-
cavernoso e quando se unem formam os
corpos cavernosos.
 Raiz: possui músculo ísquio-cavernoso e
bulboesponjoso.
 M. ísquio-cavernoso: fixo nas laterais do
pênis, favorece o enrijecimento.
 M. bulbo-esponjoso: circunda a raiz do
pênis e propele sêmen.

2.2 CORPO
 Corpos cavernosos: dorsais, na maior parte de sua extensão estão unidos, mas não fusionados. Terminam
como projeções cegas cobertas pela glande do pênis.
 Corpo esponjoso: ventral, contém uretra e forma a glande.
2.3 GLANDE
 Expansão do corpo esponjoso, formada por dobra de pele. Forma prepúcio e contém glândulas que
produzem esmegma (secreção sebácea).
 Colo: constrição que separa glande do restante do corpo do pênis.
 Coroa: margem proeminente, adjacente ao colo.
 Óstio externo da uretra: abertura externa da uretra na extremidade da glande.
 Prepúcio: prega de pele de dupla camada que recobre a glande.
 Frênulo do prepúcio: prega mediana que se estende da glande ao prepúcio.
 Sulco bálamo-prepucial.

3. TESTÍCULO
 Gônadas masculinas, responsáveis pela produção
dos espermatozóides e de testosterona.
 Formato ovóide, achatado lateralmente, com
peso de 10-15g.
 Suspensos no escroto, esquerdo é mais baixo.
 Está dividido por septos em lóbulos do testículo,
que contêm os túbulos seminíferos e células
intersticiais.
 Pólos: superior e inferior.
 Bordas: anterior e posterior.
 Faces: lateral e medial.
 Revestidos pela túnica albugínea, que projeta
septos para seu interior.
 Parênquima: formado por túbulos seminíferos.
 Mediastino do testículo: saída de vasos e dos
ductos deferentes, posteriormente.
 Funículo espermático: forma-se no nível do anel
inguinal profundo, atravessa o anel inguinal
superficial e termina junto à margem posterior do testículo. Contêm: ducto deferente, a. testicular, a. e v.
do ducto deferente, a. cremastérica, plexo pampiniforme, n. ílio-inguinal, n. genitofemoral, plexo nervoso
testicular, vasos linfáticos e remanescentes do processo vaginal do peritônio.
 Camada ou túnica vaginal: formada por dois folhetos, parietal e visceral, separados por uma fina lâmina de
líquido. Deriva do processo vaginal do peritônio.
 Conduto peritônio vaginal: oblitera-se.
 Estratigrafia: peritônio – fáscia espermática interna (derivada da fáscia transversalis) – cremaster e fáscia
(do transverso e do oblíquo interno) – fáscia espermática externa (do oblíquo externo) – tecido celular
subcutâneo (Dartos) – pele.
 Túnica albugínea: tecido conjuntivo que forma a superfície dos testículos.
 M. cremaster: reflexo cremastérico é provocado pelo frio ou pelo n. ílio-inguinal, controlando a
temperatura testicular.
 Trajeto dos espermatozóides: túbulos seminíferos contorcidos – túbulos retos – rede do testículo – ductos
eferentes – epidídimo – ducto deferente -
 Vascularização:
A. testicular: ramo da aorta.
 Drenagem venosa:
V. testicular direita: para VCI.
V. testicular esquerda: para veia renal esquerda. Chega à veia renal em ângulo reto, o que dificulta a
drenagem e facilita a formação de varicocele.
 Drenagem linfática: para linfonodos lombares e pré-aórticos (no retroperitônio).
4. EPIDÍDIMO
 Na borda posterior do testículo, do pólo superior ao inferior, armazena espermatozóides.
 Cabeça: parte mais superior e maior, repousa sobre o pólo superior do testículo.
 Corpo: prende-se ao contorno posterior do testículo. Entre eles forma-se um espaço, o seio do epidídimo.
 Cauda: realiza inversão de direção. Inicia-se no ducto deferente e ascende.

5. DUCTO DEFERENTE
 Estrutura muscular e tubular, com início na cauda do epidídimo.
 Na cavidade pélvica, após atravessar o anel inguinal profundo, forma um
gancho em torno da a. epigástrica inferior.
 Alcança o ureter no ponto em que ele penetra na base da bexiga. Cruza o
ureter, anteriormente, e dirige-se para a próstata, situando-se entre a
bexiga e o reto. É medial à glândula seminal correspondente e torna-se
dilatado e tortuoso para formar a ampola do ducto deferente.
 Porções:
Retrotesticular: ascende posteriormente ao testículo.
Funicular: no canal inguinal.
Inguinal: no orifício inguinal profundo.
Pélvica: cruza vasos ilíacos e é medial e superior às vesículas seminíferas.
 Ampola do ducto deferente: dilatação. Próximo à base da próstata volta a
ter pequeno calibre e une-se ao ducto da glândula seminal para formar o
ducto ejaculatório.
 Vascularização: a. deferente, ramo da a. umbilical.
 Drenagem venosa: plexo venoso prostático e vesical.
 Drenagem linfática: linfonodos ilíacos externos.
 Inervação: plexo hipogástrico inferior e superior e
vesical.

6. GLÂNDULAS SEMINAIS
 Pares, medem 5x2,5 cm e são responsáveis por 60% do
volume do sêmen e pela ativação dos
espermatozóides.
 Saculares e de fundo cego, contorcidas.
 Na parte posterior e inferior da bexiga, superior à
próstata. Entre elas situam-se as ampolas dos ductos
deferentes. Na parte posterior da uretra, o ducto de
cada glândula seminal une-se à extremidade inferior da
ampola em ângulo agudo para formar o ducto
ejaculatório.
 Mucosa: pregueada, de forma que as pregas
subdividem o lume em compartimentos.
 Fundo.
 Corpo.
 Istmo.
 Vascularização: a. deferente, ramo da a. umbilical;
ramos da a. vesical inferior e da retal média.
 Drenagem venosa: plexo venoso prostático e vesical.
 Drenagem linfática: linfonodos ilíacos externos e
internos.
 Inervação: plexo hipogástrico inferior e superior e
vesical.
7. DUCTO EJACULATÓRIO
 Formado pela união da ampola do ducto deferente com o ducto da glândula seminal.
 Penetra na base da próstata e abre-se no colículo seminal da uretra prostática, lateralmente ao óstio que
leva ao utrículo prostático.
 Vascularização: a. deferente, ramo da a. umbilical.
 Drenagem venosa: plexo venoso prostático e vesical.

8. PRÓSTATA
 Maior glândula acessória do aparelho reprodutor
masculino.
 Revestida por cápsula fibrosa.
 Responsável por 20% do sêmen e pela ativação dos
espermatozóides.
 Localizada abaixo do trígono vesical, tem formato de
pirâmide invertida.
 Entre próstata e bexiga, existe um sulco que contém
o plexo venoso vésico-prostático.
 Relações:
Faces ínfero-laterais: com mm. pubo-coccígeos.
Face posterior: voltada para o reto.
Face anterior: voltada para o púbis, dele separada
pelo tecido gorduroso do espaço retropúbico.
 Superior e posteriormente, relaciona-se com
vesículas seminais e ducto deferente.
 Ductos prostáticos: de 20 a 30 ductos que drenam
para os seios prostáticos, na face posterior da uretra
prostática.
 Bainha da próstata: fáscia que envolve a próstata,
externamente à cápsula da próstata. São separadas
por tecido conjuntivo frouxo no qual está o plexo
venoso prostático.
 A bainha da próstata funde-se anteriormente com o
ligamento pubo-prostático medial e laterais.
 Lobos: médio, direito e esquerdo.
 Istmo da próstata: comissura entre lobos direito e
esquerdo.
 Lóbulos: cada lobo é composto pelos lóbulos ínfero-
posterior, ínfero-lateral, súpero-medial e ântero-
medial.
 Seio prostático: abertura dos ductos da próstata,
consiste em um sulco de casa lado da crista uretral.
 Base.
 Face anterior.
 Face posterior: relação com face anterior do reto.
 Faces ínfero-laterais.
 Vascularização: ramos da ilíaca interna ou das vesicais superiores.
 Drenagem venosa: através do plexo venoso prostático, para veias ilíacas internas.
 Drenagem linfática: para linfonodos ilíacos internos.
 Inervação: fibras simpáticas do plexo prostático.
9. GLÂNDULAS BULBO-URETRAIS
 Duas pequenas glândulas, incrustadas no esfíncter
externo da uretra, imediatamente posteriores à
uretra membranácea.
 Seus ductos atravessam a membrana do períneo e
entram no bulbo do pênis.
 Drena para parte esponjosa da uretra no bulbo do
pênis.

10. URETRA
 Medindo de 18-22cm, transporta urina do orifício
interno ao externo da uretra e elimina sêmen.
 Porções:
Pré-prostática: ou intramural.
Prostática.
Membranosa: ou intermédia, com glândulas
bulbo-uretrais. É a menor e mais estreitada
porção da uretra.
Esponjosa: ou peniana, com óstio das glândulas
bulbo-uretrais (abrem-se na parede inferior da
uretra).
 M. esfíncter da uretra: circunda uretra
membranosa quando ela atravessa o diafragma
urogenital.
 Fossa intrabulbar e intranavicular: dilatações da
uretra esponjosa, no bulbo e na glande.
 Estreitamentos: uretra membranosa e óstio
externo da uretra.
 Crista uretral: na uretra prostática, consiste em
uma saliência mediana.
 Colículo seminal: proeminência mediana na crista uretral.
 Utrículo prostático: orifício em fundo cego.
 Orifícios dos ductos ejaculatórios: dois orifícios inferiores ao utrículo, no colículo seminal.
 Seios prostáticos: duas depressões laterais à crista uretral, com ductos da próstata.

11. PELVE MASCULINA


 Escavação reto-vesical: no seu fundo,
encontram-se as vesículas seminais e o
ducto deferente.
 Genitália interna: extraperitoneal.

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