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RESUMOS

JONAS MENESCAL

ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS MASCULINOS


Os órgãos genitais masculinos são: testículos, epidídimo, ducto deferente, glândulas
seminais, ducto ejaculatório, próstata e glândulas bulbouretrais. Os testículos, localizados no
adulto dentro do saco escrotal, durante o desenvolvimento embrionário estão localizados na
região intra-abdominal. Esses são chamados de gubernáculo masculino migram para a região
escrotal por meio do canal inguinal (arrastando as estruturas adjacentes juntamente com ele,
como peritônio, fáscia transversal, fáscia dos músculos da parede abdominal anterior – exceto
do transverso do abdome -, artérias testiculares e cremastéricas, nervos genitofemorais e ilio-
inguinal,bem como a parte membranácea da tela subcutânea, a túnica dardos). A extensão de
peritônio, geralmente se degrada, mas a sua persistência está associada à hérnias inguinais
(Indiretas). O epidídimo é um pequeno ducto que capta os espermatozoides produzidos nos
testículos, estando relacionado com os seus processos de amadurecimento. O ducto deferente
é um ducto que parte da região caudal do epidídimo, próximo ao polo inferior do testículo. Por
meio do canal inguinal ganha a parede abdominal anterior (é o principal componente do
funículo espermático). Na parede abdominal cruza os vasos ilíacos externos e adentra na
pelve, externamente à fáscia parietal. Nesse trajeto, cruza anteriormente o ureter e segue
junto a ele para a parte posterior da glândula seminal. Ao se unir com o ducto da glândula
seminal forma o ducto ejaculatório. O ducto deferente possui uma resistência semelhante a de
um cordão (suas paredes são espessas e o seu lúmen é pequeno). A irrigação do ducto
deferente se dá pelas aa. do ducto deferente, ramos da a. vesical superior (ou inferior). As
veias que drenam o ducto tributam para as veias testiculares. Sua parte distal drena para o os
plexos venosos vesicais e prostáticos. As glândulas seminais são estruturas relativamente
longas (5cm) localizadas entre o reto e a bexiga, estando superiormente à próstata. São
responsáveis pela produção de parte do sêmen, secretando um líquido nutricional e com
características coagulantes. Sua parte superior é coberta por peritônio e está separada do reto
pela escavação retovesical. Sua irrigação se dá pelas aa. Para glândula seminal, ramos das aa.
Vesicais superiores retal medial. As veias que drenam a glândula seguem as artérias e possuem
o mesmo nome. Os ductos ejaculatórios são frutos da união dos ductos deferentes com os
ductos das glândulas seminais, ao nível do colo da bexiga. O ducto ejaculatório atravessa a
próstata, mas seu conteúdo só se mistura com o prostático na parte prostática da uretra. Sua
abertura na uretra se dá pelo colículo seminal. Sua irrigação se dá pelas aa. dos ductos
deferentes. As veias que drenam a glândula tributam para o plexo venoso vesical e prostático.
A próstata, a maior glândula do sistema genital masculino, circunda a parte prostática da
uretra. Sua base (superior) se associa com o colo da bexiga, seu ápice (inferior) se relaciona
com as fáscias do músculo esfíncter da uretra e do músculo transverso profundo do períneo.
Sua face posterior está separada do púbis por tecido gorduroso e possui um esfíncter
(rabdoesfíncter) que faz parte do músculo esfíncter da uretra. Sua face inferior está
relacionada com o músculo levantador do ânus. Sua face posterior está relacionada com a
ampola do reto. Dois terços da próstata é constituído de tecido glandular e um terço de tecido
fibromuscular, sendo revestidos externamente por uma cápsula fibrosa, por onde passam os
seus feixes neurovasculares. Externamente a cápsula fibrosa se encontra a bainha prostática
(fáscia visceral da pelve). A próstata possui está subdividida em istimo (parte fibromuscular
anterior), lobo direito e esquerdo (divididos em lóbulos inferoposterior, inferolateral,
anteromedial e superomedial de acordo com a suas posições em relação a uretra e o ducto
ejaculatório) e lobo médio (localizado entre a uretra e o ducto ejaculatório), o qual é o que
está mais relacionado com a hipertrofia prostática. Geralmente a próstata é dividida em zona
central (interna, composta pelo lobo médio) e uma zona periférica (que possui maior regiões
de contato no exame do toque retal). A próstata secreta um líquido que compõe cerca de 20%
do líquido seminal e está relacionado à ativação dos espermatozoides. Seus ductos prostáticos
(20 a 30) desembocam na região prostática da uretra nos seios uretrais, laterais ao colículo
seminal. A irrigação da próstata se dá pelas aa. Prostáticas, ramos das aa. Vesicais, retais
médias e pudenda. A drenagem se dá pelo plexo venoso prostático (no espaço neurovascular
entre a cápsula e a bainha prostática) que tributa para a veia ilíaca interna. Esse plexo possui
grandes relações com o plexo venosos vesical e vertebral. As glândulas bulbouretrais (de
Cowper), possuem o tamanho de uma ervilha e estão localizadas posteriormente à parte
membranácea da uretra (inseridas no músculo esfíncter externo da uretra. Sua secreção é
mucosa é liberada durante a excitação sexual) e se dá por meio dos ductos bulbouretrais que
perfuram a membrana do períneo e se abrem na região esponjosa da uretra (perfurando o
bulbo do pênis). A inervação autônoma dos órgãos genitais internos masculinos se dá pelo
simpático e parassimpático. O sistema nervoso simpático está intimamente relacionado com a
inervação glandular (glândulas seminais, prostáticas e bulbouretrais), do músculo esfíncter
interno da uretra (promovendo sua contração) e dos ductos deferentes e ejaculatórios
promovendo sua contração (movimentos peristálticos intensos). Todas essas características
explicam a participação do sistema simpático na ejaculação. Os componentes simpáticos são
oriundos dos nervos esplâncnicos lombares (T12-L3) que seguem para o plexo hipogástrico
inferior, chegando à região. A inervação parassimpática (S2-S3) está relacionada ao
relaxamento das artérias helicinas da região cavernosa, por meio do nervo cavernoso.

REGIÃO UROGENITAL MASCULINA


A região genital masculina é composta pelo saco escrotal, pênis e músculos da região
perineal superficial. Essa região pode ser associada à parte distal da uretra (membranácea e
esponjosa). É valido salientar as quatro porções uretrais: intramural (pré-prostática),
prostática, membranácea e esponjosa. A região membranácea e esponjosa é irrigada pela
artéria dorsal do pênis, já a drenagem venosa se dá pelas veias que acompanham as artérias e
recebem o mesmo nome. A drenagem da parte membranácea segue para os linfonodos ilíacos
internos, já a da parte esponjosa segue para os linfonodos inguinais profundos. A inervação da
parte membranácea se dá pelo plexo prostático oriundo do plexo hipogástrico inferior, já a
inervação da parte esponjosa se dá pelo nervo dorsal do pênis, ramo do nervo pudendo. O
escroto é um saco fibromuscular cutâneo que contêm os dois testículos. A rafe do escroto
demarca a sua origem embrionária (localizada entre a rafe do pênis e a rafe do períneo).
Internamente, pela a união das túnicas dardos (extensão da fáscia de Colles da tela subcutânea
perineal) medialmente é originado o septo do escroto que divide os dois compartimentos
testiculares. A irrigação do escroto se da pelas artérias: escrotais anteriores (ramos da
pudenda externa), escrotais posteriores (ramos da pudenda interna) e cremastérica (ramo da
epigástrica inferior). A drenagem venosa se dá por veias que acompanham essas artérias com
o mesmo nome. A drenagem do escroto é direcionada aos linfonodos inguinais superficiais. A
inervação da face anterior do escroto é feita pelos nervos escrotais anteriores (ramos no N.
ílioinguinal e ramo genital do nervo genitofemoral – plexo lombar). A face posterior é inervada
pelos nn. Escrotais posteriores (ramos do nervo pudendo e nervo cutâneo femoral posterior –
plexo sacral). A inervação autônoma simpática do escroto está relacionada à termorregulação
(glândulas sudoríparas e musculatura lisa dardos). O pênis é composto por três partes (raiz,
corpo e glande) constituídas por três corpos eréteis: dois corpos cavernosos (superiores) e um
esponjoso (inferior). Internamente aos corpos cavernosos estão as artérias profundas do pênis
(diretamente relacionadas com a ereção), já internamente ao corpo esponjoso está a parte
esponjosa da uretra. A raiz do pênis possui dois ramos, oriundos dos corpos cavernosos, um
bulbo, oriundo do corpo esponjoso e os músculos perineais superficiais (músculos
bulboesponjoso, isquiocavernoso e transverso perineal superficial), localizados entre a
membrana do períneo e a fáscia do períneo. Ao redor dos corpos cavernosos existem duas
membranas fibrosas, as túnicas albugíneas que se unem centralmente para formar o septo do
pênis. Externamente, revestindo os três corpos eréteis, existe a fáscia do pênis (de Buck), que
é a continuação da fáscia profunda do períneo. O corpo do pênis é a parte pendular livre do
pênis sustentada pela sínfise púbica (ligamento suspensor do pênis). A pele do pênis é muito
fina e, juntamente com a fáscia do pênis formam, na região do colo da glande, o prepúcio que
a recobre. A glande (formação esponjosa dilatada na região terminal do pênis) possui coroa,
colo e óstio (onde desemboca o óstio uretral). Os dois ligamentos que participam da
suspenção peniana são: ligamento suspensor do pênis e o ligamento fundiforme do pênis (um
prolongamento da linha alba que circunda o pênis próximo a raiz e se funde a túnica dardos no
escroto). A irrigação do pênis se dá pelas artérias dorsais do pênis, profundas do pênis e do
bulbo do pênis. É válido ressaltar os ramos helicoidas (artérias helicinas) que partem da artéria
profunda do pênis para irrigar os corpos cavernosos, gerando uma turgidez fundamental para
a ereção peniana. A drenagem venosa se dá pela veia dorsal do pênis que segue para o plexo
venosos prostático por meio do ligamento suspensor do pênis e pelas veias superficiais que
drenam o sangue da pele e da tela subcutânea para a veia pudenda interna e veia pudenda
externa superficial. A inervação do pênis se dá pelas raízes de S2-S4 (origem sacral
parassimpática) que seguem os nervos cavernosos (principalmente para as artérias helicinas).
O nervo pudendo leva o componente simpático da inervação peniana. A glande possui diversas
terminações sensitivas. A pele da raiz peniana é inervada pelo nervo ílioingunal. A maior parte
da drenagem linfática do pênis se dá para os linfonodos inguinais superficiais 9com excessão
da glande). A linfa dos testículos segue para os linfonodos lombares e a da parte membranácea
da uretra para os linfonodos ilíacos internos. Os músculos da região perineal superficial são:
bulboesponjoso, isquiocavernoso, transverso superficial do períneo e esfíncter externo do
ânus (este não relacionado diretamente com o pênis). O músculo bulboesponjoso recobre a
raiz do bulbo do pênis e, por estímulo simpático, o contrai, aumentando a pressão e reduzindo
o retorno venoso (deixando as veias túrgidas). De forma semelhante os músculos
isquiocavernosos agem nos corpos cavernosos. A ereção é contribuída pela ação do
parassimpático nas artérias helicinas e pela turgidez gerada pela contração dos músculos
perineais superficiais. A emissão fica a critério do simpático que estimula as glândulas do
sistema genital masculino interno (seminais, prostáticas, bulbouretrais e uretrais). A
ejaculação se dá pela ação simpática (fechamento do esfíncter interno da uretra) e
parassimpática (contração do musculo uretral). Já a remissão, dando início ao retorno da
flacidez peniana, tense a ação simpática.

ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS FEMINÍNOS


Os órgãos genitais internos femininos são: ovários, tubas uterinas (de falópio), útero e
vagina. Os ovários, do tamanho de uma amêndoa, são responsáveis pelo desenvolvimento dos
ovócitos, bem como a produção hormonal (progesterona e estrógenos). É uma estrutura
intraperitoneal recoberto pela túnica albugínea do ovário e externamente por camada serosa
fosca e acinzentada (diferente do peritônio brilhoso), o mesotélio. O mesotélio faz parte do
ligamento largo do útero, juntamente com o mesossalpinge (que envolve a tuba uterina) e o
mesométrio (revestindo a região do ligamento útero-ovárico). O ovário possui dois ligamentos,
o ligamento suspensor do ovário (o qual traz os feixes neurovasculares – a. ovárica, oriunda da
aorta) e o ligamento útero-ovárico (que liga o ovário ao tubo e faz parte do gubernáculo
feminino). O ovário, assim como o testículo, migra da região abdominal para os seus
respectivos locais terminais, por meio do canal inguinal. Entretanto o ovário não sai da pelve e
os vestígios dessa migração são mantidos (o ligamento redondo do útero e o ligamento útero-
ovárico). A tuba uterina possui quatro regiões: o infundíbulo, com óstio abdominal, fímbrilas e
a fímbrila ovárica que mantem o contato entre o ovário e a tuba (possibilitando um pequeno
trajeto intraperitoneal ao ovócito); a ampola, a qual é o local comum de ocorrência da
fecundação; o istmo, que é a parte que se aproxima da região uterina; a parte intramural, já
dentro do útero, onde existe a abertura da tuba para o útero – o óstio uterino (região dos
cornos uterinos). A irrigação dos ovários e das tubas possuem duas origens: a aorta (por meio
das artérias ováricas) e a artéria ilíaca interna (por meio da artéria uterina). Existe uma grande
rede anastomótica (na região do ligamento largo) entre as atérias ováricas e uterinas por meio
dos ramos tubários. A drenagem venosa se dá pelo plexo venoso pampiniforme que drena
para a veia ovárica (segue a artéria). Vale ressaltar que a veia ovárica direita drena
diretamente para a veia cava inferior, mas a esquerda drena para a veia renal esquerda. A
inervação dos ovários e das tubas se dá pelos plexos ováricos e uterinos. Ambos estão acima
da linha de dor pélvica, ou seja, suas fibras álgicas seguem as fibras simpáticas e não
parassimpáticas. O útero, um órgão muscular oco, localizado na pelve inferior (não gravídico)
possui duas regiões: o colo (1/3 inferior) e corpo (2/3 superiores). Essas duas regiões são
separadas pela região do istmo uterino. Possui uma posição antevertida e antefletida que
proporciona uma sustentação passiva pela bexiga. Existem três fatores que alteram a posição
uterina: o enchimento da bexiga, do reto e a gravidez. O corpo do útero é relativamente
móvel, pois está envolto pelo ligamento largo. A região do corpo acima dos cornos uterinos
define o fundo uterino. O colo uterino (região seguida do corpo após o istmo) é subdividido em
duas regiões: supravaginal (acima do limite do fórnice vaginal) e vaginal (assim a vagina se
inicia no colo). Na região vaginal do colo está o óstio do útero, a abertura do colo uterino para
a vagina. A cavidade uterina somada à vagina formam o canal de parto, por onde o feto passa
no nascimento. A parede uterina possui três camadas: perimétrio, uma camada serosa fina de
tecido conjuntivo que reveste externamente o útero; o miométrio, uma camada de musculo
liso que participa ativamente das contrações uterinas e da dilatação por fatores hormonais;
Endométrio, a parte que participa ativamente do ciclo menstrual. A região do corpo é mais
muscular e a do colo mais serosa. O ligamentos do útero são: ligamento largo (composto pelo
mesométrio, mesossalpinge e mesovário) ligamento transverso do colo do útero (que liga a
parte supravaginal do colo do útero à parede lateral da pelve) e ligamento retouterino (que
liga a lateral do colo uterino ao sacro). Esses ligamentos, juntamente com a bexiga e o
diafragma da pelve garantem a sustentação e a localização uterina. Anteriormente o útero
está separado da bexiga pela escavação vesicouterina e posteriormente o útero está separado
do reto pela escavação retouterina. Irrigação do útero é feita pelas artérias uterinas (ramos da
ilíacas internas) e das ováricas (ramo da aorta). A drenagem venosa do útero se dá pelo plexo
venoso uterino (na região do ligamento largo) que se direciona para as veias ilíacas internas. A
vagina é uma estrutura tubular (7-9cm) que se estende do óstio da vagina até a região vaginal
do colo. O óstio da vagina está situado na região do vestíbulo da vagina (um dos componentes
da vulva). A vagina recebe o conteúdo menstrual, o pênis, o ejaculado e compões o canal de
parto juntamente com a cavidade uterina. Anteriormente a vagina está a bexiga;
posteriormente, o canal anal, reto e escavação retouterina; lateralmente, o músculo
levantador do ânus. Os músculos que comprimem a vagina são: músculos pubovaginais,
esfíncter uretrovaginal, bulbouretral e esfíncter externo da uretra. A parte superior da vagina é
irrigada pela artéria uterina, já a média e inferior pelas artérias vaiginal e pudenda interna. A
drenagem venosa se dá pelo plexo venoso uterovaginal e plexo venoso uterino (que forma a
veia uterina que drena para a veia ilíaca interna). Um quinto a 1 quarto inferior da vagina
possui inervação somática (tato e temperatura), oriunda do nervo perineal profundo (ramo do
nervo pudendo). ¾ a 2/5 superiores possuem inervação visceral, oriunda do plexo nervoso
uterovaginal (derivado do plexo hipogástrico inferior). O fundo e o corpo do útero estão acima
da linha de dor pélvica (fibras álgicas levadas pelos nervos simpáticos), já o colo do útero e a
vagina estão abaixo da linha de dor pélvica (fibras levadas pelos componentes parassimpáticos
dos plexos).

REGIÃO UROGENITAL FEMININA


Os órgãos da região urogenital feminina são: monte do púbis (de Vênus), lábios
maiores, lábios menores, clitóris, bulbos dos vestíbulos e glândulas vestibulares maiores (de
Bartholin) e menores. Essas estruturas compõem a região da vulva (sinônimo de pudendo
feminino). A função dessas estruturas é a ereção, direcionamento do fluxo urinário e proteção
contra a entrada de materiais nas estruturas do vestíbulo da vagina. O monte do púbis é a
região preenchida por tecido adiposo superiormente à sínfise púbica, tubérculo púbico e ramo
do púbis. Após a puberdade aumenta-se o componente gorduroso e após a menopausa reduz-
se (é uma região repleta de pelos pubianos). Os lábios maiores atuam como uma proteção
indireta ao clitóris, óstio da uretra e da vagina. É uma região repleta de tecido frouxo,
musculatura lisa e contém a extremidade do ligamento redondo do útero (remanescente do
gubernáculo feminino). A rima do pudendo consiste no conjunto dos lábios menores e
vestíbulo da vagina, superiormente a rima existe a comissura anterior (na região do clitóris) e
inferiormente a rima existe a comissura posterior (presente apenas em mulheres nulíparas).
Os lábios menores consistem em uma prega de pele sem tecido adiposo. Na região superior da
união dos lábios menores forma-se o frênulo do clitóris (quando encobrem o clitóris, formam o
prepúcio do clitóris), já na inferior forma o frênulo dos lábios do pudendo (presente em
meninas virgens). O clitóris, de forma homóloga ao pênis, possui raiz e corpo. O corpo possui
dois ramos (se ligam ao púbis e a membrana do períneo), dois corpos cavernosos e uma glande
(região mais inervada). O contrário do pênis, o clitóris não possui função urinária. O vestíbulo
da vagina é o espaço circundado pelos lábios menores (lábios menores e vestíbulo da vagina
compõem a rima do pudendo). Contém o óstio da vagina, da uretra, das glândulas vestibulares
e o bulbo do vestíbulo. Uma membrana mucosa define a abertura do óstio da vagina: o hímen
(sem função definida). Após o seu rompimento, o hímem forma estruturas denominadas
carúnculas himenais. Os bulbos dos vestíbulos, homólogos ao bulbo do pênis, é um tecido
erétil, também coberto pelo músculo bulboesponjoso. As glândulas vestibulares maiores (de
Bartholin) estão localizadas no espaço superficial do períneo e são superpostas aos bulbos do
vestíbulo (também são revestidas parcialmente pelos músculos bulboesponjoso). A abertura
das glândulas vestibulares maiores estão lateralmente do óstio da vagina. As glândulas
vestibulares menores possuem função semelhante as de Bartholin, mas suas aberturas estão
entre o óstio da uretra e o da vagina. A irrigação do pudendo é oriunda das artérias pudendas
externas e internas (estas dando origem as artérias labiais e do clitóris). A drenagem do
pudendo é feita pelas veias labiais que drenam para as veias pudendas internas (seguem o
mesmo trajeto das artérias). Essas veias sofrem o mesmo processo de engurgitamento pelo
músculo bulboesponjoso durante a estimulação simpática da estimulação sexual. A face
anterior do pudendo (monte do búbis, parte anterior dos lábios) é inervada pelos labiais
anteriores (oriundas dos nervos ilioinguinais e ramo genital do nervo genitofemoral – plexo
lombar). Já a face posterior é inervada pelos nervos cutâneo femoral posterior, nervo pudendo
(principal nervo do períneo), nervo perineal e nervo dorsal do clítoris (oriundos do plexo
sacral). Os bulbos do vestíbulo possuem inervação parassimpática pelos nervos cavernosos
oriundos do plexo uterovaginal. A drenagem linfática da pele se direciona para os linfonodos
inguinais superficiais. A drenagem linfática do clitóris, bulbo do vestíbulo e lábios menores
segue para os linfonodos inguinais profundos e linfonodos ilíacos internos. A drenagem da
uretra segue para os linfonodos ilíacos e sacrais. Os músculos superficiais do períneo são os
mesmos (bulboesponjoso, isquiocavernoso, transverso superficial do períneo e esfíncter
externo do ânus), porém são menos desenvolvidos que os masculinos.

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