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Palpação: feita com a paciente em decúbito dorsal e mãos atrás da cabeça, para que o
tecido mamário se espalhe no gradil costal. Palpa-se os 4 quadrantes (incluindo o mamilo)
mais a cauda de Spencer. Não esquecer de palpar os linfonodos (paraesternal, axilar e
supra / infra clavicular)
- Técnica: existem duas técnicas que podem ser utilizadas: de Velpeau, com a mão espalmada,
e de Bloodgood, dedilhando com as pontas dos dedos. Pode ser feita em linhas verticais,
começando de cima para baixo e, na próxima “faixa”, de baixo para cima. Outra maneira é
formando um círculo, sempre da periferia para o mamilo. Por fim, pode ser feito em espiral,
começando mais externamente e terminando no mamilo.
- Temperatura - Mobilidade
- Dor à palpação - Consistência do parênquima (homogêneo/granuloso?)
- Nódulos (Descrever todas as características: localização, tamanho em polpas digitais,
consistência, mobilidade, superfície, doloroso?)
Não esquecer de palpar a Cauda de Spencer
Expressão Aréolo-Papilar: realizada na mesma posição da palpação. Pode ser feito com
uma só mão se a mama for pequena ou com as duas, sempre pressionando quadrantes
opostos em direção ao mamilo (interno-externo ou superior-inferior, por exemplo):
- Verificar se a expressão é positiva (Se for positiva, uni ou bilateral)
- Há derrame papilar espontâneo? - É intermitente ou recorrente?
- Características do derrame papilar mucoso/leitoso/purulento/cristalino ou água de
rocha/sanguinolento/achocolatado.
Carlos Henrique Novelino
- Analisar anatomia normal do monte de vênus, sulco interlabial, clitóris, vagina, uretra,
vestíbulos, pequenos e grandes lábios, glândulas de Bartolin, glândulas parauretrais, fúrcula,
introito, períneo
- Pilificação: típica/atípica? (atípica/normal= triangular com base voltada para cima)
- Presença de lesões? (verrugas- HPV, vesículas- herpes genital, etc)
- Hímen intacto? (Carúnculas himenais - após 1ª relação sexual. Carúnculas mirtiformes,
após ter parto normal)
Palpação: Examinador sentado. Deve-se palpa região inguinal até o vestíbulo a procura
de nódulos, cistos, linfonodos (cadeia inguinal). Incluir região perianal.
Expressão das Glândulas: Examinador sentado. Com dedos anelar e polegar não
dominantes afastar pequenos lábios, inserir dedo indicador dominante direito na vagina e
comprimir atrás da uretra similar à uma ordenha.
- Utilizando a pinça de Cheron, pinçar uma gaze e limpar a cavidade com soro
fisiológico para retirada de excesso de muco que poderá atrapalhar o teste.
- Utilizando a mesma pinça, pinçar uma gaze com solução de Lugol para realizar o teste: essa
solução possui Iodo Iodetado, e as células normais, por terem um citoplasma grande e,
portanto, com muito glicogênio, reagem ao iodo corando-se, ficando marrons
(iodopositivas).
- Já as células anormais, como as neoplásicas ou pré-neoplásicas, por terem o
citoplasma diminuído e consequentemente menos glicogênio, não se coram e por isso
são denominadas células iodonegativas. O teste será positivo quando as células forem
iodonegativas.
Carlos Henrique Novelino
- Resultados:
→ Iodo positivo - Schiller negativo: cora de marrom-preto (epitélio normal: células
superficiais têm glicogênio abundante);
→ Iodo negativo - Schiller positivo: não cora ou coloração mostarda (epitélio anormal:
pode ser lesão pré- neoplásica); Obs: dizer “… ás X horas“
→ Iodo claro - Schiller negativo: cora com menor intensidade, amarelo claro (normal no
endocérvice, pois as células têm pouco glicogênio citoplasmático; normal no climatério,
pois sem o estrogênio as células do epitélio escamoso só maturam até a camada parabasal,
escassa em glicogênio).
- Retirar espéculo fechado e na mesma angulação de entrada.
Toque vaginal:
- O examinador deve ficar em pé nessa etapa do exame
- Calçar luvas de procedimento e, eventualmente, a vaselina pode ser utilizada. É mais
utilizado o toque bidigital mas também pode ser realizado o unidigital.
- Com o polegar e o anelar, examinador deve abrir os grandes lábios e, ao mesmo tempo,
introduzir o dedo médio seguido do indicador. Os demais dedos devem abraçar o polegar
enquanto isso. Outra mão pode pressionar o abdome para facilitar o toque, porém
primeiramente realiza-se o toque simples, depois combinado (mão não dominante no terço
distal entre cicatriz umbilical e sínfise púbica e nas fossas ilíacas).
- Simples: Parede vaginal: integridade da mucosa, musculatura; Anexos (fórnices laterais): sem
dor ou tumor = anexos livres; Colo uterino: dor?
- Combinado: Útero: tamanho, posição (AVF: “lá em cima”, RVF: “no fundo de saco de Douglas” ou
MVF); Consistência (fibroelástica: ponta nariz ou amolecida: lábios); mobilidade; sensibilidade;
Anexos: livres?
Descrição do toque vaginal: Paredes vaginais com tônus e
elasticidade normais. Colo fibroelástico com volume normal,
superfície regular, indolor à mobilização, fórnices normais
Carlos Henrique Novelino
SEMIOLOGIA OBSTÉTRICA
Cálculo da data provável do parto (regra de Naegele): Utilizando a DUM..
DIA: 1º dia da última menstruação + 7 dias
MÊS: mês da última menstruação - 3 meses (se for de abril a dezembro)
+9 meses (se for de janeiro a março)
OBS: quando o número de dias encontrado for maior que o número de dias do mês, passe os dias
excedentes para o mês seguinte e adicione +1 ao final do cálculo do mês.
DPP= 04/11/2019
Cálculo da Idade gestacional: somar o número de dias da DUM até a data da consulta. Depois,
dividir por 7 para que o resultado seja em semanas e o resto da divisão, em dias.
Exame Físico:
- Inspeção: Face e pescoço: Sinal de Halban (pelos na região frontal)
Cloasma Gravídico (aumento de melanina)
Aumento da tireóide (metade da gestação)
Mamas: inspeção, palpação, expressão.
8 semanas -congestão mamária
-Aréola primária (escurecimento)
-Tubérculos de Montgomery (glândulas areolares)
16 semanas -Rede de Haller (vasos evidentes)
-Colostro
20 semanas: -Areola secundária (Sinal de Hunter)
OBS: Diferença entre a IG pela altura uterina e pela DUM: A hipótese sempre é erro de data,
seja pela DUM errada, seja pelo cálculo realizado de maneira incorreta. Porém, se as datas
estiverem certas, as demais hipóteses são: polidramnio, gemelaridade e DM gestacional
oligodramnio e restrição do crescimento intrauterino.
Estática Fetal:
SITUAÇÃO: é a relação entre os eixos longitudinais fetal e materno
ALTURA DA APRESENTAÇÃO:
Plano 0 de De Lee = Plano 3 de Hodge
Plano de Hodge
Plano de De Lee
OBS: Ausculta dos BCF: feito com sonar doppler, no dorso do feto localizado previamente pelo
2º tempo da manobra de Leopold. Os BCF podem ser auscultados a partir da 10-12 semana de
gestação. Caso o dorso não possa ser localizado, a ausculta é realizada em mesogastro e nos
flancos D e E até encontra-los. A Fc normal do feto vai de 120-160 bpm. A partir das 20 semanas
pode ser feito também com o estetoscópio de Pinard (menos utilizado).
Formação da bolsa das águas (“escape” de parte da bolsa amniótica pelo colo uterino que se
dilatou). Perda do tampão mucoso (é o muco cervical que fica preso no canal e se solta na
dilatação. Pode ocorrer bem antes e a grávida pode não perceber)
.