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ROTURA UTERINA
Conceito: É definida como uma solução de continuidade da espessura total da parede do útero e peritônio sobrejacente. Pode ocorrer durante a gestação ou
durante o parto (mais comum), pode ser espontânea ou pós-trauma, pode ser completa ou parcial.
Fatores de risco:
• Cicatriz uterina prévia: Miomectomia, cesárea prévia
• Intervalor interpartal menor que 18 meses
• Adenomiose ou endometriose
• Manobra de Kristeller
• Desproporção cefalopélvica
• Macrossomia fetal
• Hiperdistensão uterina
• Uso inadequado de uterotonicos
• Tumores prévios
• Malformações uterinas
Classificação:
• Rotura uterina incompleta: Caracteriza-se por preservar a serosa uterina e quase sempre está associada à deiscência de cicatriz uterina. Assintomática
na maioria dos casos, pode se tornar completa durante o trabalho de parto.
• Rotura uterina completa: Corresponde ao rompimento da parede uterina, incluindo sua serosa, a rotura pode ser espontânea ou traumática. As
traumáticas se associam ao uso inadequado de ocitócitos, fórcipe, manobras obstétricas intempestivas, traumatismo abdominal.
Sinais de Iminência de Rotura Uterina: Síndrome de Bandl-Frommel
• Sinal de Bandl: Distensão do segmento inferior, formando uma depressão em faixa infraumbilical, entre o segmento e o corpo uterino, resultando em
útero em formato de ampulheta.
• Sinal de Frommel: Distensão (retesamento) dos ligamentos redondos.
Quadro Clínico:
• Sangramento vaginal → Dor → Parada das contrações → Ausência de BCF → Taquicardia materna e hipotensão → Subida da apresentação (sinal de
Reasens) → Partes fetais palpáveis no abdome materno.
Complicações:
• Maternas:
o Hemorragia e choque hemorrágico
o Lesão de órgãos adjacentes
o Histerectomia
o Morte materna
• Fetais:
o Hipóxia
o Acidemia
o Distúrbio respiratório neonatal
o Óbito fetal
Tratamento:
• Laparotomia: Parto + Rafia das lesões ou Histerectomia.
Fatores de risco:
• Fertilização in vitro
• Gestações gemelares
• Placenta de inserção baixa
• Inserção velamentosa do cordão
• Placenta suscenturiada
Rastreamento: Pode rastrear com USG com Doppler em mulheres com fatores de risco.
Diagnóstico:
• No momento do parto: Sangramento de origem fetal + Sangramento vaginal indolor + Sofrimento
fetal após bolsa rota
• Mundo ideal: USG com Doppler
Prognóstico:
• Veia umbilical acometida: Morte fetal quase imediata.
• Artéria umbilical acometida: Melhor prognóstico, já que a circulação pode se manter pela outra artéria.
Clínica: No periparto, sangramento vaginal indolor, contínuo, de pequena monta, vermelho-vivo, acompanhados por tônus uterino normal, BCF normal.
USG: Placenta normoposicionada.
Questão clássica: Você jura que é placenta prévia, mas o enunciado descreve achado ultrassonográfico de placenta normoinserida.
Conduta: Monitorização maternofetal e repouso.