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RESMULTI 2022

Prof. Me. Daniele Matos de Moura Brasil


SAÚDE DA CRIANÇA
Malformações Congênitas
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
PRINCIPAIS ACOMETIMENTOS

A tetralogia de Fallot consiste em 4 anomalias:


grande defeito do septo ventricular, obstrução
da via de saída do ventrículo direito, estenose
da valva pulmonar, hipertrofia ventricular direita
e excesso de “cavalgamento” da aorta

Anormalidade septal ventricular – obstrução via de


TETRALOGIA DE
saída pulmonar
FALLOT
Em algumas crianças com tetralogia de Fallot não
reparada, geralmente aquelas com alguns meses
até 2 anos de idade, podem ocorrer episódios
súbitos de cianose e hipóxia graves (crise
hipercianótica), que podem ser letais.

O diagnóstico da tetralogia de Fallot é sugerido por


anamnese e exame físico, complementado por
radiografia de tórax e ECG e corroborado por
ecocardiograma 2D com Doppler colorido. A
radiografia de tórax mostra coração em forma de
bota, com o segmento principal da artéria pulmonar
côncavo e acentuada diminuição da trama vascular
pulmonar.
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
ATRESIA DE ESOFÂGO

A atresia de esôfago (AE) é uma malformação


congênita que leva à interrupção da luz esofágica,
podendo ou não estar associada a uma
comunicação com a traqueia, a saber, a fístula
traqueoesofágica.
ATRESIA DE
VATERL (vertebral, anorretal, traqueal, esofágica,
ESÔFAGO
renal e “limbs” – membros).
Esôfago: Posterior a traqueia.

21ª semana gestacional: Início da formação esofágica.

Tipo A: Atresia de esôfago sem fístula (cerca de


7%);
Tipo B: Atresia do esôfago com fístula proximal
(cerca de 2%);
Tipo C: Atresia de esôfago com fístula distal (85-
90%);
Tipo D: Atresia de esôfago com fístula distal e
proximal (cerca de 1%).
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
ATRESIA DE ESOFÂGO

Intraútero:
Polihidrâminio ligado a incapacidade do feto de
reabsorver o LA.

Não progressões nas passagens de sonda também


ATRESIA DE podem ser indicativos
ESÔFAGO
RX Torácico e abdominal

Cuidados:
Decúbito Lateral direito
ATB profilático – fistulas
Ecocardiograma
A correção cirúrgica é feita após 24 a 72 horas de
vida geralmente através uma toracotomia por
acesso infraescapular
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS

ESPINHA BÍFIDA

Oculta
Cística: Com Meningocele, Mielomeningocele,
Mielosquise
Oculta
ESPINHA BÍFIDA - L5-S1
- Falhas: Crescimento e encaixe na subdivisão
embrionária
- Poucos acometimentos
Cística com Meningocele: Cisto meníngeo (
protusão)
Cística com Meningoomielocele: Medula espinhal
e/ou raízes nervosas

Cística com Mielosquise: Nesse sentido, o defeito


se encontra na abertura da medula espinal, pois
houve uma falha na fusão das pregas neurais. Com
isso, a medula espinal é representada por uma
massa plana de tecido nervoso, ocasionando,
geralmente, a paralisia permanente ou fraqueza nos
membros inferiores.
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS

DISPLASIA DE DESENVOLVIMENTO DE QUADRIL

Displasia desenvolvimental do quadril resulta em subluxação ou deslocamento; pode ser unilateral ou bilateral. Fatores de
alto risco incluem: apresentação pélvica, presença de outras deformidades e história familiar.
Parece resultar da frouxidão dos ligamentos ao redor da articulação ou da posição intsplasia desenvolvimental do raútero.
Dobras cutâneas assimétricas na coxa e virilha são comuns, mas essas dobras também ocorrem em lactentes sem displasia
DDQ do desenvolvimento do quadril
Todos os lactentes são triados por exame físico. Como o exame físico tem sensibilidade limitada, os lactentes de alto risco e
aqueles com anormalidades encontradas no exame físico normalmente devem realizar exame de imagem
Usam-se dois procedimentos de triagem:
Manobra de Ortolani: detecta o deslizamento posterior do quadril para dentro do acetábulo
Manobra de Barlow: detecta o deslizamento do quadril para fora do acetábulo

O tratamento precoce da displasia é fundamental. Qualquer atraso pode diminuir rapidamente a chance de evitar cirurgia.
Logo após o nascimento, pode-se proceder à redução do quadril e, com o crescimento, o acetábulo pode formar uma
articulação quase normal.
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS

OUTROS ACOMETIMENTOS

A gastrosquise, uma malformação da parede abdominal que acontece entre a 4ª e a 10ª semana de
gestação, consiste em uma abertura no abdome do feto – geralmente do lado direito do cordão
umbilical –, pela qual as alças intestinais e, em alguns casos, o estômago, ou outro órgão da
cavidade abdominal se exteriorizam
OUTROS ACOMETIMENTOS
Na onfalocele ocorre a protrusão de vísceras abdominais através de um defeito da linha
média na base do umbigo.
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS

( UNIFESP 2018 – RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM NEONATOLÓGICA) O termo displasia de desenvolvimento do quadril descreve um
espectro de distúrbios relacionados com o desenvolvimento anormal do quadril, que podem ocorrer em qualquer período durante a
vida fetal, infância ou adolescência. Em relação ao tratamento pode-se afirmar que:

(A) O tratamento pode ser iniciado após um ano de idade, visto que a criança ainda não deambula e não apresentará nenhum
problema nesse período;

(B) O tratamento deve ter início assim que a condição é diagnosticada. A intervenção precoce é recomendada, pois é mais favorável à
restauração da arquitetura e função óssea normais;

(C) Quanto maior o atraso no tratamento menor comprometimento da deformidade e menos favorável o prognóstico;

(D) O tratamento é único e não apresenta nenhuma variação com a idade do diagnóstico e nem a extensão da displasia;

(E) O tratamento visa à obtenção e manutenção de uma posição segura para a articulação do joelho, permitindo seu desenvolvimento
normal
SAÚDE DA CRIANÇA
Terapia Intensiva Pediátrica:
1. Cuidados com PICC
- 2. Distúrbios Hidroeletrolíticos
3. Drogas Vasoativas
4. Ventilação Mecânica
SAÚDE DA CRIANÇA
Terapia Intensiva Pediátrica:
1. Cuidados com PICC
CUIDADOS COM PICC

Cateter CENTRAL de INSERÇÃO PERIFÉRICA

Veias Basílica/Cefálica/mediana cubital, entre outras.

Posição IDEAL para ser considerado CENTRAL

TERÇO DISTAL DA VEIA CAVA SUPERIOR

É considerado periférico quando se localiza fora dos limites do tórax, com a ponta próxima a veia axilar
CUIDADOS COM PICC

Objetivos

Assegurar uma via de longa permanência para a administração de medicamentos

Manter uma via com menores riscos de complicações quando comparada ao CVC

Diminuição do paciente a múltiplas punções venosas


CUIDADOS COM PICC
CUIDADOS COM PICC

Escolha do cateter: Atenção as especificidades da veia e recomendações do fabricante. O calibre do cateter não deve
ultrapassar 1/3 do diâmetro do lúmen do vaso selecionado. Apoio do US

Reserva do membro/TCLE

Em lactentes pode-se considerar as veias cefálica e safena quando não for possível nos membros superiores

Barreira máxima

Ped:Membro em 90º em relação ao tórax – ponto de punção/fúrcula externa/ Se em região cefálica: Região cervical
lateral – clavícula direita – terceiro espaço intercostal direito.
CUIDADOS COM PICC
CUIDADOS COM PICC

CUIDADOS IMEDIATOS

Não iniciar nenhuma administração de drogas sem antes confirmar a posição VIA RAIO X

CUIDADOS DIÁRIOS

Observar o sítio de inserção atentando para sinais de obstrução da veia cava superior. Inspeção de sinais flogísticos.
Circunferência dos membros

Lavagem das mãos/Medidas de Precaução/Biossegurança


CUIDADOS COM PICC

Desinfecção de conexões

Seringas de 10/Flushs com solução salina/3ml adulto – 0,25 ml em Neonatal

NÃO REALIZAR COLETA E INFUSÃO DE SANGUE PELO CATÉTER. OBSTRUÇÃO

Evitar trocas rotineiras de curativo

Aferição da circunferência. Comunicar aumentos nos valores encontrados

Evitar aferir pressão arterial e garroteamento do membro com o PICC inserido


CUIDADOS COM PICC

( COMPERVE 2021 – RESMULTI) Considere o caso abaixo:

Uma criança com 9 meses de idade foi admitida na UTI pediátrica com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo.
Encontra-se em ventilação mecânica invasiva por tubo orotraqueal, acesso venoso central por Cateter Central de
Inserção Periférica (PICC) de 1,9Fr e sondagem nasogástrica transpilórica para dieta contínua. Os SSVV estão
mantidos, e tem a mãe como acompanhante.

Entre os cuidados de enfermagem na inserção e no manuseio do PICC dessa criança, deve-se

(A) usar seringa com menor pressão, como a de 10 mL para infusão em bolus ou flushing.

(B) posicionar o braço a um ângulo de 60° quando for inserir o PICC em membro superior.

(C) infundir hemocomponentes e hemoderivados exclusivamente nesse cateter.


(D) manter curativo oclusivo com gaze estéril durante o período de uso do cateter
SAÚDE DA CRIANÇA
Terapia Intensiva Pediátrica:
2. Distúrbios hidroeletrolíticos
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTCOS

Fezes e respiração não


são as mais relevantes.
O balanço dos líquidos no RN Conteúdo de água corporal, Fezes, respiração, urina
está relacionado aos seguintes volume de líquidos
As respiratórias podem
fatores: e pele ser diminuídas pelo
administrados e intensidade
das perdas hídricas correto aquecimento de
gases

Aspectos Gerais Perdas

A proporção de água varia de A reabsorção de sódio


acordo com a idade As urinárias são nos RN de muito baixo
gestacional. Com 24 semanas RNPT’s possuem maior significativas. peso é diminuída, assim
ela representa quase 90% do dificuldade de equilíbrio
seu peso e ao final da hídrico. Necessidade de ajustes como a excreção de
gestação, um pouco mais de do aporte hídrico potássio. Cuidados com
70% drogas específicas
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTCOS

Quanto menor a IG, Fontanelas Controle do peso:


Perdas hídricas pela maiores são as perdas deprimidas, perfusão
pele são as mais periférica inadequada, - Esperado no termo =
relevantes, Mais de 2/3 são TEC prolongado, perder até 10% nos
transepidérmicas aumento da FC. primeiros 5 dias

Avaliação
Perdas Clínica

Reduzem: Umificação Prematuros = Se a


Intensificação: Berço adequada, incubadora perda for igual ou
de calor radiante e de parede dupla, superior a 20%, Controle de eletrólitos
fototerapia ventilação com considerar exescesso
umidificação. de perdas hidricas
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTCOS

Euvolêmica: Ligada a
A perda de água excede a do sódio
deficiência da síntese (desidratação hipernatrêmica), Diarreia, vômitos ou febre alta
Desidratação
de ADH ( Hemorragia A ingestão de sódio excede a perda Carência alimentar
hipovolêmica de sódio (intoxicação salina) ou
intracraniana, infecções ambas as causas
do SNC, tumores)

Hiponatremia Hipernatremia

Letargia, inquietação, hiper-reflexia,


espasticidade, hipertermia e
Hipervolêmica: Glicose a 5%/0,45% a convulsões. A textura da pele pode
Perdas hídricas insensíveis pela pele ser frouxa em vez de espessa.
Retenção de sódio/água 0,9% de soro fisiológico imatura
em excesso IV. Solução salina a 0,9% IV e, em
seguida, soro fisiológico hipotônica
(0,3% ou 0,45%)
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTCOS

RN de mães com SHEG que


Na maioria dos casos é foram sulfatadas.
Hipocalcemia:
assintomática. Quando surgem O gluconato de cálcio bloqueia
Hipoparatireoidismo materno, Oferta excessiva na NPT
a ação do magnésio
sintomas: Sinais de
asfixia, prematuridade e sepse. Níveis superiores a a 2,8
irritabilidade neuromuscular
mg/dL

Hipocalemia e
Hipomagnesemia Hipermagnesemia

A hipomagnesemia geralmente Níveis muito elevados Uma nova infusão pode


cursa junto da hipocalcemia. O quadro é semelhante o da (maiores que 6 mg/dL) têm ser repetida dez
Pode ocorrer por diminuição da hipocalcemia e deve ser efeito curarizante, levando minutos após a primeira
ingestão ou por aumento da tratado quando sinomático a apneias e parada se não houver resposta
excreção cardíaca por bloqueio AV adequada
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTCOS

( UNIFESP 2016 – ENFERMAGEM NEONATOLÓGICA) As crianças têm maior necessidade de água, são mais vulneráveis a alterações no
equilíbrio hidroeletrolítico quando comparadas aos adultos e se ajustam com menos rapidez a essas alterações. Em relação à desidratação na
criança, é correto afirmar que

(A) na desidratação hipotônica ou hiponatrêmica, a perda hídrica é maior do que a eletrolítica, deixando o soro hipertônico.

(B) a criança desidratada pode apresentar depressão da fontanela anterior e da cavidade periorbitária, palidez, taquicardia, mucosas secas,
oligúria e perda de peso.

(C) a alteração do humor, como irritabilidade ou letargia, não tem associação com a desidratação.

(D) a taquipneia não está associada com as perdas insensíveis de água pelo organismo

.(E) a área de superfície corporal do bebê em relação à massa corporal é significantemente menor do que dos adultos, o que permite que
menores quantidades de líquidos sejam perdidas pela perspiração através da pele.
SAÚDE DA CRIANÇA
Terapia Intensiva Pediátrica:
3. Drogas vasoativas - DVA
DROGAS VASOATIVAS
Efeitos vasculares Atuação dose
periféricos, pulmonares dependente em
DVA ou cardíacos. receptores específicos
Diretos ou Indiretos no endotélio vascular.

Receptor Beta 2:
Receptor Alfa1:
Vasodilatação ( parede
Efeito dose/dependente Vasoconstricção
vasos/coronariana e
(parede dos vasos)
brônquica)

Receptor Beta 1:
Dopaminérgicos: Catecolaminas:
Inotrópico ( força) e
Vasodilatação. Dose Noradrenalina,
Cronotrópico (
dependente Adrenalina e Dopamina
frequência)
DROGAS VASOATIVAS

Lembrar: DC =VS X Hipotensão resistente


Principais indicações:
FC a volume.

Choque séptico Choque cardiogênico PCR

Tremores, Hipertensão,
taquiarritmia, hipocalemia, aumento
Principais efeitos
vasoconstricção renal, do consumo de
decorrentes:
necrose tecidual por glicemia, hemorragia
extravasamento intracraniana
DROGAS VASOATIVAS
Dopamina: É dose Noradrenalina: Adrenalina:
dependente. Vasoconstricção e algum Vasoconstricção/
Vasodilatação – efeito cronotrópico e
Crono/Inotropismo/ Cronotrpismo e
inotrópico. Lembrar da
Vasoconstricção Hiperglicemia Inotropismo

Dobutamina: Crono- Adrenalina: Bicarbonato


Inotropismo/ Incompatibiidades: de Sódio, Fenitoína e
Vasodilatação Tiopental.

Dobutamina:
Dopamina incompatível
Incomopatível com
com bicarbonato de
Bicarbonato de Sódio e
sódio
soluções alcalinas
DROGAS VASOATIVAS
Administração da dose
de Epinefrina em até 5
AHA 2020 X DVA Pediatria
minutos após do início
das compressões

Antes: Apenas o “ Choque Séptico refratário


Em qualquer situação.
aconselhável” a fluidos

Se a
Aconselhável usar
epinefrina/norepinefrina
epinefrina ou
não tiverem disponíveis,
norepinefrina como
a dopamina pode ser
infusão vasoativa inicial
considerada
DROGAS VASOATIVAS

Se a resposta às
compressões torácicas
AHA 2020 X DVA Neonatologia forem ruins, pode ser
aconselhável a
epinefrina intravascular

Recém nascidos que


Considerar expansores
não respondem a
de volume
epinefrina
DROGAS VASOATIVAS
( IBFC 2013 – ENFERMEIRO INTENSIVISTA NEONATAL) Medicações de emergência fazem parte do material que deve estar disponível em todos os partos. Cada
membro da equipe de ressuscitação neonatal deverá saber quais as medicações utilizadas, ação, indicações, dose, via de administração e como administrá-la.
Analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta.

I. Sangue, soro fisiológico e ringer lactato são expansores de volume utilizados em caso hipovolemia, resultando em aumento do volume circulante, aspecto
relevante para a boa perfusão tecidual.

II. A Adrenalina é um estimulante cardíaco, capaz de aumentar a frequência e a força de contração do coração. Pode ser administrada por via endovenosa ou
traqueal uma única vez durante o procedimento de reanimação. III. O bicarbonato de sódio é utilizado em casos de reanimação para corrigir a acidose
metabólica. Sua administração deve ser lenta.

IV. Medicações de emergência são usadas quando a frequência cardíaca do neonato mantém-se abaixo de 60 batimentos por minuto, apesar de ter sido
instituída ventilação por pressão positiva e compressão cardíaca externa. Estão corretas as afirmativas:

(A) I, II e III apenas.

(B) II, III e IV apenas.

(C) I, II e IV apenas.

(D) I, III e IV apenas.


SAÚDE DA CRIANÇA
Terapia Intensiva Pediátrica:
4. Ventilação mecânica
VENTILAÇÃO MECÂNICA

Função Respiratória

Pulmão passará de um Adaptação de sucesso Desconforto respiratório


órgão preenchido por Órgão arejado, com = Função pode ser o primeiro
líquidos e com pouco muito fluxo sanguíneo cardiovascular sinal de alguma
fluxo adequada patologia GRAVE
VENTILAÇÃO MECÂNICA
ACOMETIMENTOS RESPIRATÓRIOS
Como Alterações no
reconhecer? - Padrão respiratório
- Trabalho respiratório
- Cor
Padrão - Presença de taquipneia ( FR > 60 irpm).
Respiratório - Apnéia: Pausa respiratória SUPERIOR a 20 segundos ou entre 10-15 segundos se acompanhada de bradicardia,
cianose, queda da saturação de O2

Trabalho - Batimentos das Asas Nasais ( BAN): Abertura e fechamento cíclico das narinas durante respiração
Respiratorio - Gemido Expiratório: Fechamento parcial da glote. Prevenção de perdas do volume pulmonar
- Head Bobbing: Movimento da cabeça pra cima e para baixo a cada respiração
- Retrações Torácicas: Deslocamento para dentro da caixa torácica, a cada respiração, entre as costelas
(intercostal), nas últimas costelas inferiores (subcostal), na margem superior (supraesternal) e inferior do
esterno (xifoide)

Cianose - Periférica
- Central
VENTILAÇÃO MECÂNICA

ASPECTOS GERAIS
Necessidade de Vias Aéreas: Gasping, sufocação e estridor
intervenção Falência Respiratória: Apnéia e esforço respiratório débil
IMEDIATA Colapso Circulatório: Bradicardia, Hipotensãi arterial e má perfusão periférica
Má oxigenação: Cianose, Hipoxemia e Palidez
Surfactante Sintetizado a partir da 20a semana gestacional
Sua produção aumenta progressivamente durante a gestação, atingindo o pico por volta da 35a semana.
Deficiências: Aumento da tensão superficial e da força de retração elástica, levando à instabilidade alveolar
com formação de atelectasias progressivas, com diminuição na complacência pulmonar e na CRF
Complacência e Expansibilidade e Quantidade de ar que fica nos pulmões ao final da expiração normal
capacidade residual
funcional
VENTILAÇÃO MECÂNICA

O que pode lesar


o pulmão do
recém nascido:

Ventilação com
Prematuridade Oxigênio Infecções Biotraumas
pressão positiva
VENTILAÇÃO MECÂNICA

Resgatando
Conceitos

FC < 100 FC < 60 bpm, Causa 15:2


3:1
bpm, VPP. manobras Respiratória cardíacas
VENTILAÇÃO MECÂNICA
CPAP NASAL
Indicações • RN com peso inferior a 1.500 g, na presença de qualquer sinal de aumento do trabalho respiratório. Nesse
caso, instalar a CPAP precocemente, se possível desde o nascimento.
• RN com peso superior a 1.500 g mantendo SatO2 abaixo de 89% em oxigênio igual ou superior a 40%
• Pós-extubação traqueal para todos os RNs com peso inferior a 1.500 g.
• Apneia neonatal.
Efeitos - Estabiliza a caixa torácica e otimiza a função do diafragma
desejados - Prevenção do colapso alveolar/melhora da complacência
- Aumento da capacidade residual funcional
- Conserva função do surfactante
- Reduz a resistência inspiratória
Atenção: Caso haja algum sinal de comprometimento hemodinâmico, instituir medidas para melhorar o desempenho
cardiovascular (expansor de volume e/ou drogas vasoativas) e, se necessário, diminuir a pressão de
distensão. Se não houver melhora do quadro, suspender a CPAP e iniciar ventilação mecânica
VENTILAÇÃO MECÂNICA
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Indicações - Falha da CPAP nasal
- Dois ou mais episódios de apnéia por hora, que necessitem de VPP para revertê-los.
- Acidose (pH <7,2) metabólica/resiratória
PEEP - Estabiliza o volume pulmonar durante a expiração, evitando a formação de atelectasias e tornando o
recrutamento alveolar mais homogêneo durante a inspiração. Dessa forma, diminui o desequilíbrio entre
ventilação e perfusão.
FRAÇÃO - Em ar ambiente: 21%
INSPIRADA DE - Valores de FIO2 maiores ou igual a 0,6 já são indicativos da necessidade de VM
OXIGÊNIO - Interfere na oxigenação arterial e alveolar
VOLUME - Quantidade de ar que entra a cada ciclo
CORRENTE
FREQUÊNCIA - Quantidade de incursões por minuto. Deve ser suficiente para elevar a paO2 e diminuir a paCO2.
RESPIRATÓRIA
VENTILAÇÃO MECÂNICA
MODOS
Assistido - O aparelho cicla com liberação de volume ou de pressão estabelecidos quando percebe uma pressão abaixo da linha de
Controlado base do circuito (sensibilidade), gerado pela ventilação espontânea do paciente. Quando esta é insuficiente ou gera uma
pressão menor do que a preestabelecida na sensibilidade, o aparelho entra de forma controlada a uma freqüência pré-
determinada
Mandatório - A VMI consiste numa ventilação de modo controlado associado à respiração espontânea, que oferece um fluxo contínuo
Intermitente de gases que satisfaça a necessidade inspiratória, sendo a respiração liberada independente do padrão ventilatório do
paciente
Mandatória - É uma forma de ventilação controlada associada à respiração espontânea, possui um sistema de fluxo de demanda, e
Intermitente não é recomendado para crianças menores de três anos, porque a pressão negativa que o paciente deve gerar para obter
Sincronizada o fluxo de gás, além de aumentar o trabalho respiratório quando comparado com o sistema de fluxo contínuo, afeta
adversamente a tolerância ao sistema, principalmente em recém-nascidos e lactentes pequeno
Pressão de - A pressão de suporte é uma forma de ventilação assistida, que pode ser utilizada durante o desmame e é liberada quando
Suporte uma variação de pressão abaixo da linha de base é detectada (geralmente 25%), ou seja, se o paciente inspirou e não
conseguiu atingir o volume corrente preestabelecido, a pressão de suporte será liberada para adequar o volume corrente
estabelecido
VENTILAÇÃO MECÂNICA
PONTOS PRINCIPAIS
E se o RN não - Permeabilidade das vias/secreção
melhora? - Manipulação mínima
- Analgésicos/sedativos
- Uso de surfactante exógeno
Extubação - Considerar a extubação traqueal se o RN mantiver quadro respiratório estável por no mínimo 6 horas,
com os seguintes parâmetros ventilatórios: FR < 20 cpm, PIP < 20 cmH2 O, PEEP de 4 cmH2 O e FiO2 <
0,40
- Estabilidade hemodinâmica, infecciosa, hematológica, metabólica e neurológica
- Administração de corticoide = > 2 semanas de IOT
- Se o peso do RNs for inferior a 1.500 g, colocá-lo em CPAP nasal com pressão de 4 a 6cmH2 O e FiO2
suficiente para manter a SatO2 entre 86 e 93%.
COVID 19 - Gotículas e Aerossóis
- Filtros virais e bacterianos
- Ofiltros devem ser instalados na extremidade distal do ramo expiratório do circuito próximo à válvula
exalatória. NÃO utilizar o filtro (bacteriano/viral ou HMEF) na posição proximal, entre o “Y” do circuito e o
tubo traqueal.
VENTILAÇÃO MECÂNICA

( COMPERVE 2021 – RESMULTI ) Diante da preocupação com a infecção na gestação e suas repercussões para a
gestante e para o concepto pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, a Sociedade Brasileira de Pediatria publicou Notas
de Alerta com Recomendações para Assistência ao Recém -Nascido na sala de parto de mãe com COVID-19
suspeita ou confirmada e o uso de filtros bacterianos/virais nos equipamentos para suporte respiratório (SBP,
2020a; SBP, 2020b). Nos casos em que o recém-nascido necessita utilizar ventiladores mecânicos, durante a
ventilação invasiva ou não invasiva, um dos cuidados com os filtros bacteriano/viral é (A) instalá-los na
extremidade proximal do ramo inspiratório do circuito distante da válvula exalatória.

(B) instalá-los na extremidade distal do ramo expiratório do circuito próximo à válvula exalatória.

(C) posicioná-los de forma proximal, entre o “Y” do circuito e o tubo traqueal.


(D) posicioná-los horizontalmente para evitar acúmulo de líquido no seu interior
VENTILAÇÃO MECÂNICA

( UNIFESP 2016 – RESIDENCIA EM ENFERMAGEM NEONATOLÓGICA) Um recém-nascido em ventilação mecânica invasiva apresenta a
seguinte gasometria arterial:

pH: 7,50; pO2: 80 mmHg; pCO2 : 28; HCO3 –: 20; e BE: +2.

Assinale a alternativa que corresponde à interpretação correta desse resultado. Considerar os seguintes parâmetros e valores normais:
Parâmetros Valores pH: equilíbrio ácido-básico 7,35 a 7,45 pO2 : pressão parcial de oxigênio 50 a 80 mmHg pCO2 : pressão parcial de gás
carbônico 35 a 45 mmHg HCO3 –: concentração total de bicarbonato 22 a 26 BE: excesso de base –4 a +4

(A) Acidose metabólica compensada por alcalose respiratória.

(B) Alcalose metabólica parcialmente compensada por acidose respiratória.

(C) Alcalose respiratória descompensada.

(D) Alcalose respiratória compensada por acidose metabólica.

(E) Alcalose respiratória parcialmente compensada por acidose metabólica.


Obrigada

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