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Tórax
Alguns neonatos apresentam tórax em barril indicando hiperinsuflação
ou retenção de ar nos pulmões, e tórax em funil, uma depressão do esterno
que pode ser secundária a longos períodos de retrações esternais.
Cor da pele
a) A cianose é um sinal clínico bastante inseguro por depender da
quantidade relativa de hemoglobina no sangue e da adequação da circulação
periférica. A presença de cianose é muito significativa clinicamente; em geral,
ela se apresenta nas membranas mucosas ou ao redor dos lábios e boca;
mostra-se significativo sinal de hipoxemia.
b) Quadriculamento, palidez ou moteado da pele é comumente
observado em neonatos angustiados e pode estar associado com hipoxemia,
sepse, hemorragia intraventricular e outros problemas. A palidez em um
neonato também é considerada um sinal de angústia respiratória e de anemia.
c) Pletora ou vermelhidão que pode ser observada no neonato com
policitemia.
Tosse
enos comum no neonato do que o espirro, provavelmente em razão de
uma via neural melhor desenvolvida. Nos neonatos os reflexos de espirro e
vômito parecem ser os melhores mecanismos protetores das vias do que a
tosse o é. O fisioterapeuta deverá determinar se a tosse pode ser estimulada
ou se o neonato tosse ou espirra espontaneamente.
Padrão respiratório
No neonato normal, a FR chega a 40 respirações por minuto; a
taquipneia é, portanto, considerada um sinal de angústia respiratória.
A apneia também é considerada um sinal de angústia respiratória,
sepse, hemorragia intraventricular e outros estresses no neonato prematuro.
Comumente a apneia pode ser diferenciada da respiração periódica pela
duração do período não respiratório.
Pausas superiores há 20 segundos são consideradas por diversos
autores como apneia verdadeira. Em geral, a apneia está associada à
bradicardia.
A oferta de O2 pode ser útil na diminuição dos episódios apneicos.
Outras técnicas usadas incluem a estimulação cutânea, CPAP, ou
administração de teofilina.
No neonato é normal a presença da irregularidade respiratória, sendo
necessário desta ser feita contagem da FR por um longo período para
compensar as irregularidades, sendo indicado 60 segundos.
Os prematuros normalmente apresentam um padrão respiratório
chamado de “respiração periódica”, caracterizada por respirações de
frequência irregular e profundidade interrompida por pausas apneicas de 5 a 10
segundos não associadas com cianose ou bradicardia.
Ausculta
É um componente essencial da avaliação torácica do neonato. A
ausculta do neonato, principalmente do prematuro, é dificultada em razão de
suas estruturas, tornando a avaliação até certo ponto superficial,
principalmente quando o neonato está sendo ventilado mecanicamente.
No neonato em VM, antes da realização da ausculta, preconiza-se que
sejam avaliadas as condições dos tubos do ventilador que podem ter água
precipitada a partir do vapor úmido liberado dos gases inspirados. A presença
de bolhas de água nos tubos mascara os sons respiratórios e podem imitar
sons adventícios.
Um neonato em VMI pode estar recebendo apenas duas inspirações por
minuto do ventilador.
Quando o neonato está respirando espontaneamente pode ser muito
difícil ouvir os sons respiratórios; entretanto, a VM sempre aumenta os sons
respiratórios.
Sempre que possível, a ausculta deverá ser realizada com a cabeça do
neonato posicionada na linha média, uma vez que a rotação lateral pode
diminuir a ausculta dos sons respiratórios no lado oposto.
Deve-se realizar a ausculta cardíaca para avaliar possíveis alterações
pulmonares secundárias a cardiopatias.
Outros sistemas
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
FISIOTERAPIA EM NEONATOLOGIA
INDICAÇÃO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Posicionar adequadamente;
• Melhorar ventilação, perfusão e difusão pulmonar;
• Melhorar a expansibilidade torácica;
• Evitar o acúmulo de secreções;
• Normalizar o tônus muscular;
• Promover alongamentos musculares;
• Manter e/ou aumentar as ADM´s;
• Prevenir ou inibir padrões e/ou desvios patológicos;
• Prevenir deformidades articulares;
• Estimular o desenvolvimento motor normal.
FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
Vibração torácica
Compressão torácica
Drenagem postural
A drenagem postural pode ser considerada um recurso terapêutico
simples, porém, amplamente empregado na fisioterapia respiratória e
apresentando excelentes resultados, principalmente quando associado às
demais técnicas convencionais de higiene brônquica. Ela não é
necessariamente um recurso mecânico, nem tampouco manual, mas sim um
processo da própria natureza, baseado em um princípio físico, que é a ação de
gravidade.
Essa manobra como recurso terapêutico já foi descrita há muitos anos,
havendo relatos datados do início do século. Alguns autores demonstravam
que as posições de drenagem postural propiciavam maior facilidade na
mobilização de secreções das diversas áreas pulmonares, propiciando maior
expectoração e, portanto, maior eficiência na terapia.Apesar de existirem
muitas considerações sobre a drenagem postural, nota- se a carência de
afirmações pautadas em fundamentos científicos, entre os quais o tempo em
que o paciente deverá ser mantido numa determinada posição, que ainda não
está definido. Recomenda-se, no mínimo, que seja de 10 minutos, outros
autores, aconselham que não seja ultrapassado o tempo de 30 a 40 minutos
por posição, mas com limitação de 60 minutos no total; outros ainda limitam o
período em 15 a 16 minutos.No que diz respeito ao número de sessões, as
controvérsias também se fazem presentes. Enquanto se estabelece que o
número ideal de vezes deve ficar em torno de quatro ao dia, há
recomendações de se ater ao número máximo de sessões, havendo também a
liberação de até quantas vezes o paciente pode tolerar. O bom senso do
profissional deve prevalecer para a determinação destas duasúltimas
variáveis. Devem ser observadas e avaliadas as manifestações clínicas e os
resultados obtidos com o decorrer do tempo.As posições de drenagem postural
e o grau de inclinação variam de acordo com a posição da área pulmonar a ser
drenada e tomam como base o ângulo ou o somatório das angulações
formadas entre os segmentos brônquicos e a traqueia, devendo sempre
considerar as condições clínicas do paciente.
Em crianças, pela gravidade, as posições assistidas podem ser usadas
da mesma maneira, tomando-se algumas precauções principalmente quando
se trata da inclinação de cabeça para baixo (trendlemburg) que deve ser
evitada em crianças com pressão craniana elevada e em lactentes pré-termo
que estão com risco de hemorragia peri-intraventricular. Essa posição também
deve ser evitada em lactentes e crianças com distensão abdominal, pois
nesses lugares o diafragma está em desvantagem mecânica, e em crianças
com história pregressa de refluxo gastroesofágico, pois algumas evidências
sugerem que essa posição possa agravar o refluxo e possibilitar a aspiração.
Bag squeezing
Manobra zeep
Tosse
FIGURA – AFE
FIGURA - AFE UNILATERAL
Percussão torácica