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Existe uma variedade de deformidades da parede torácica anterior que foram classificadas por

Ravitch:

Estas deformidades podem estar relacionadas a situações de difícil correção ou mesmo


incompatíveis durante a vida, como a ectopia cordis ou a doença de Jeune, ou terem
possibilidade de tratamento, como é o caso das deformidades mais comuns tipo pectus
excavatum e carinatum, que serão descritas abaixo.

PECTUS EXCAVATUM
É uma deformidade da parede torácica normalmente conhecida entre os leigos como "peito de
sapateiro", "peito escavado" e "tórax escavado".

Caracterizada por ua depressão do osso esterno e das cartilagens costais levando a diversos
graus de severidade.

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São classificados em Pectus Excavatum simétrico e assimétrico.

Pode haver prejuízo nas funções cardíacas e/ou respiratórias.

Deformidade caracterizada pela depressão da parede anterior do tórax (esterno e


cartilagens costais), de modo a aproximar-se da coluna vertebral.
Pacientes não tratados, especialmente jovens, experimentam efeitos psicológico-sociais
negativos através de suas vidas, evitando atividades nas quais se dispensa o uso de camisa.

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EPIDEMIO
A incidência de casos atinge 1:400 nascidos vivos, ou seja, aproximadamente 0,3% da população
e é mais freqüente no sexo masculino, numa proporção de 4:1 em relação ao sexo feminino.

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Normalmente, em 86% dos casos, essa deformidade é identificada desde o nascimento e durante
a adolescência, onde há um rápido crescimento dos ossos e cartilagens de crescimento, se
acentua, chamando a atenção e levando o paciente e os pais a procurar avaliação especializada.

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O Pectus Excavatum é a deformidade torácica congênita mais comum, sendo doze vezes mais
freqüente que o Pectus Carinatum e pode estar relacionada à história familiar em até 41% dos
casos.

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ETIOLOGIA: Mecanismo exato desconhecido. Provável associação com crescimento anormal das
cartilagens costais e alterações intrínsecas do tecido cartilaginoso (sugerido pela ocorrência
dessa deformidade em pacientes com desordens do tecido conectivo, p.ex. Sínd. de Marfan).

Pectus excavatum iatrogênico: Após cirurgia cardíaca por lesão dos centros de ossificação
esternal na esternotomia.

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ANAMNESE
 Assintomáticos (ausência de repercussão na função cardiopulmonar);
 Deslocamento esternal posterior, observado desde o primeiro ano de vida, porém se
tornando mais evidente durante a infância tardia ou adolescência (fase de crescimento
acelerado da puberdade);
 Durante adolescência podem se queixar de dor retroesternal, cansaço fácil, dispneia e
palpitações;
 Pode ter associação com sintomas de ordem emocional: Depressão, má aceitação
corporal, introversão, complexo de inferioridade, retração social;

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 “Postura de pectus”: Cifose torácica, ombros inclinados, abdome protuberante;


 Normalmente pacientes longilíneos e magros;
 Sexo feminino: Hipomastia e/ou mamas com desvio medial dos mamilos.

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Deformidades da coluna, principalmente cifose são de ocorrência comum e arritmias,


principalmente atriais, podem ser atribuídas à compressão do coração ou fatores emocionais.

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O diagnóstico é clínico baseado na observação e exame físico.

Para complementar a investigação pode-se associar exames de imagem, como raio-x de tórax e
Tomografia Computadorizada de tórax,

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TC DE TORAX consegue mensurar com melhor precisão a gravidade do pectus excavatum
através do chamado Índice de Haller.

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INDICAÇÃO de tratamento conservador: deformidades discretas e moderadas, risco cirúrgico
elevado.

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Tratamento:
1. Não Cirúrgico:
a. Fisioterapia: Reeducação Postural Global (RPG) traz benefício para correção postural, porém
não existe melhora no defeito da parede torácica.
b. Atividades Físicas: principalmente a natação e musculação a partir dos 16 anos.
c. Ortopédico conservador: Compressor Dinâmico do Tórax Modificado (CDTM).

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d. Vácuo: dispositivo “Vacuum Bell” – já utilizado fora do país, mas no Brasil está em estudos
para avaliar sua eficácia.

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2. Cirúrgico:
a. Cirurgia convencional (aberta): Esternocondroplastia
b. Cirurgia Minimamente Invasiva (Videotoracoscopia - VATS): Técnica de Nuss
Técnica aberta de ressecção cartilagens envolvidas com ou sem esternotomia
transversal (com ou sem estabilização com tela de polipropileno, fios de aço ou
placas metálicas):
 Previamente o procedimento mais indicado;
 Atualmente indicado em pacientes mais velhos, pela menor mobilidade esternal ou
mesmo em combinação com a técnica da barra de Nuss;
 Vantagens: Menos dor no pós-operatório, não acessa a cavidade torácica;
 Desvantagens: Incisão torácica mediana ou inframamária;
 Complicações: Infecção de sítio cirúrgico, pneumotórax,

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PECTUS CARINATUM
É uma deformidade da parede torácica normalmente conhecida entre os leigos como "peito de
pombo".

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Caracterizada por um crescimento excessivo das cartilagens costais, levando o osso esterno a se
projetar para frente.

São classificados em Pectus Carinatum inferior e superior.

Como no Pectus Excavatum, pacientes não tratados, especialmente jovens, experimentam efeitos
psicológico-sociais negativos através de suas vidas, evitando atividades nas quais se dispensa o
uso de camisa.
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Trata-se de deformidade com incidência de 1:1000 nascidos vivos e é mais frequente no sexo
masculino.

Diferente do Pectus Excavatum, habitualmente o Pectus Carinatum é notado somente na


adolescência onde se acentua a deformidade devido o crescimento exacerbado das cartilagens
costais.

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Sintomas:
A deformidade é, na maioria das vezes, de crescimento progressivo, e pode ou não ser
acompanhada de sintomas cardiorrespiratórios. São relatadas palpitações, dispnéia, e sibilos, que
se acentuam com o exercício, e desaparecem com a cirurgia, na ausência de doença associada.
Os sintomas presentes são freqüentemente decorrentes de doença associada, ou perturbações
psicológicas, que podem levar estes pacientes a serem introvertidos, retraídos e com complexo
de inferioridade.

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Diagnóstico:
O diagnóstico é clinico, baseado na observação e exame físico.

Para complementar a investigação pode-se associar exames de imagem, como Rx de Tórax e


Tomografia Computadorizada de Tórax.
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Tratamento:
1. Não Cirúrgico:
a. Fisioterapia: Reeducação Postural Global (RPG) traz benefício para correção postural, porém
não existe melhora no defeito da parede torácica.
b. Atividades Físicas: principalmente a natação e musculação a partir dos 16 anos.
c. Ortopédico conservador: Compressor Dinâmico do Tórax (CDT).

2. Cirúrgico:
a. Cirurgia convencional (aberta): Esternocondroplastia

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