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TRAUMATOLOGIA

TRAUMAS ABDOMINAIS

ALUNOS: ARIEL, ÂNGELO, BRUNA A., JAQUELINE E


SUELLEN.
O quê são traumas abdominais?

São lesões físicas na região do abdomen que pode


atingir órgãos e vísceras dessa região, bem como
comprometer estruturas adjacentes. Tal lesão pode
ser penetrante ou fechada, sendo este último o mais
comum.
SÃO ELES EM:

FX VÉRTEBRAS LOMBARES;


ESTÔMAGO;
FÍGADO;
PÂNCREAS;
BAÇO;
RINS;
INTESTINOS;
PERITÔNIO;
DIAFRAGMA;
ARTÉRIA AORTA;
VEIA CAVA INFERIOR;
VÉRTEBRAS LOMBARES

Anatomia:
Existem 5 vértebras lombares (L1 a L5) elas são as maiores
vértebras do corpo e possuem o formato de cunha (em V),
são mais altas na porção anterior que na posterior para
permitir articulação.

Estão localizadas abaixo das vértebras torácicas e acima do


sacro.

São responsáveis por sustentar a maior parte do nosso peso


e permitir os movimentos da metade superior do corpo.

A medula espinhal se estende até a vértebra L2, apartir da


vértebra L3 começa a cauda equina.

Músculos da região lombar: longuíssimo, espinal, multífido,


intertransversário e psoas maior.
Classificação e Características das Fraturas

Geralmente são resultado de traumas de


alta energia ou patologias como
osteoporose e neoplasias. O diagnóstico é
feito por avaliação médica e exames de
imagem.

Podem ser classificadas segundo a


classificação de Magerl em lesões do tipo
A, B e C

Tipo A: Compressão. Subtipos A1, A2 e


A3.

Tipo B: Distração. Subtipos B1, B2 e B3.

Tipo C: Rotação. Subtipos C1, C2 e C3.

Também podem ser classificadas


segundo o score TLICS segundo os
parâmetros de morfologia, integridade
do complexo ligamentar posterior e
status neurológico, seus qualificadores e
pontuação do paciente;
COMPLICAÇÕES DAS FRATURAS

Tromboembolismo pulmonar;
Siringomielia;
Dor crônica;
Deformidades;
Déficits neurológicos;
Bexiga neurogênica;
Pseudoartrose;
Fístula liquórica.
TIPOS DE TRATAMENTO

A decisão de como tratar o paciente deve ser individualizada


levando em consideração o tipo de fratura e o paciente. Os objetivos
do tratamento são preservar ou melhorar a função neurológica,
manter ou restaurar a estabilidade biomecânica, corrigir
deformidades e diminuir a dor.
 
Os tratamentos podem ser conservadores no caso de fraturas
estáveis, com uso de órtese toracolombar para imobilização e
analgésicos para alívio da dor, ou cirúrgicos em caso de fraturas
instáveis, como fixação/artrodese (colocação de hastes e parafusos),
descompressão (remoção de fragmentos da coluna espinhal) e fusão
lombar anterior (união de duas vértebras pela remoção de um disco
intervertebral e inserção de enxerto ósseo no seu lugar).
ÓRTESE TORACO-LOMBAR

 Tratamento conservador em caso de fratura estável;


FIXÃÇÃO | ARTRODESE

 EM CASO DE FRATURAS INSTÁVEIS, TRATAMENTO CIRÚRGICO COM COLOCAÇÃO


DE HASTES E PARAFUSOS;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM DO TRAUMA

Manter o alinhamento da coluna;


Monitorar sinais vitais;
Manter a oxigenação do paciente;
Regular temperatura;
VEIA CAVA INFERIOR

ANATOMIA:
A veia cava inferior faz parte da
circulação sistêmica e é uma
veia de grande calibre localizada
na parede abdominal posterior
começando a partir das veias
ilíacas na altura da L5 e indo até
o átrio direito do coração. Tem
como função transportar o
sangue desoxigenado dos
membros inferiores para o
coração;
CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO TRAUMA

Pode ser dividido por estabilidade: hemodinamicamente


instável e estável

Pode ser dividido por causa: lesão de veia cava por trauma
contuso e lesão de veia cava por trauma penetrante.

O trauma pode ser dividido por localização: infra-renal,


justa-renal, supra-renal, retro-hepático e supra-hepático.

Constituem 0,5%-5% dos traumas abdominais.


COMPLICAÇÕES DO TRAUMA

 Tem alta taxa de mortalidade (55%).


 Choque hemorrágico.
 Síndrome compartimental. (Condição dolorosa e perigosa
causada pelo acúmulo de pressão devido a hemorragia
interna ou inchaço dos tecidos.)
TIPOS DE TTO

Controle de hemorragia e venorrafia;


Shunt;
Endoprótese vascular;
Fasciotomia profilática para prevenção de síndrome
compartimental.

endoprótese vascular
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Reposição hídrica;
Não fazer punção das veias dos MMII;
Correção da hipotermia.
ESTÔMAGO

ANATOMIA:
O estômago é a parte mais dilatada do
aparelho digestório e se localiza entre o
esôfago e o duodeno. Mais precisamente,
o estômago é a região entre os orifícios
cárdico e pilórico do trato
gastroduodenal. Ele é coberto pelo
peritônio, que também o conecta a outros
órgãos abdominais. O omento menor se
estende do fígado à curvatura menor de
estômago, e depois se estende ao redor
desse órgão. O omento maior se origina
na curvatura maior do estômago e então
continua inferiormente, pendendo como
uma cortina para cobrir a maior parte das
vísceras abdominais;
TRAUMA DE ESTÔMAGO

Lesões gástricas isoladas são eventos raros e estão associadas a


menor morbi-mortalidade. Diferentes mecanismos ocasionam a lesão
gástrica sendo que 75% dos casos de rotura no trauma abdominal
fechado têm como causa principal os acidentes automobilísticos.
 Outras causas incluem quedas de altura, golpes diretos no abdome e
ressuscitação cardiopulmonar. As paredes musculares grossas a
posição anatômica protegida e alto grau de mobilidade são
características que tornam o estômago resistente ao trauma fechado.
A distensão gástrica, como após uma refeição, predispõe à rotura
gástrica e esta ocorre mais frequentemente na parede anterior 40%
seguida pela lesão em grande curvatura, 23% pequena curvatura, 15%
e parede posterior e 1,5 geralmente ocorre uma lesão única.
TIPOS DE TRAUMAS

A ruptura gástrica é uma lesão rara que ocorre com


uma incidência de 0,02 % a 1,7 % no traumatismo
abdominal contuso. Geralmente é associado com
lesões extra ou intra-abdominais. Já as lesões
gástricas traumáticas são geralmente, decorrentes
de traumatismos penetrantes, sendo raras na
contusão abdominal.
Ruptura gástrica

Intraoperatório mostrando • Rotura da parede do


rotura de parede anterior do estômago;
corpo gástrico.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Manter a cabeceira do leito elevada em um ângulo entre 45 e 75 graus para facilitar a respiração.

 Estimular mudança de posição do corpo na cama;

Incentivar a continuidade dos exercícios respiratórios;

 Ensinar o paciente a maneira adequada para imobilizar o corte durante a tosse evitando dor;

Realizar medidas de prevenção contra vômitos;

 Estimular a deambulação precoce;

Cuidar da dieta do paciente;

 Proporcionar recuperação adequada e bem sucedida e com consequente retorno gradual as


atividades cotidianas.
DIAFRAGMA

O diafragma é uma folha musculo-tendinosa. Possui três partes musculares


(esternal, costal e lombar), cada uma com sua própria origem e todas inseridas
no tendão central do diafragma. O diafragma tem um formato de duas cúpulas,
com a cúpula direita posicionada ligeiramente mais alta do que a da esquerda
devido ao fígado. A depressão entre as duas cúpulas se deve ao pericárdio, que
deprime levemente o diafragma.
DIAFRAGMA

Superfície torácica do diafragma

O diafragma tem duas superfícies: torácica e abdominal. O diafragma torácico está


em contato direto com os pulmões e o pericárdio, que envolve o coração. Enquanto
o diafragma abdominal está em contato direto com o fígado, o estômago e o baço.
TRAUMA DE DIAFRAGMA

A ruptura do diafragma é uma condição incomum


ocasionada por traumatismo grave. A hérnia
pericárdio- diafragmatica é ainda mais rara, incidindo
em 0,2% a 3,3% dos casos de ruptura. Trata-se de uma
comunicação direta entre o pericárdio e a cavidade
peritoneal, através de um defeito no diafragma.

A ruptura Traumatica do diafragma é uma condição


incomum, resultante de impacto, com distorção da
parede torácica, aumento da pressão intra-abdominal, e
consequentemente lesão frênica.
TRAUMA DE DIAFRAGMA
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Monitorar sinais vitais;


 Puncionar acesso venoso;
Desobstruir vias aéreas;
 Observar padrão respiratório, se existir presença de
secreção, realizar aspiração;
Monitorar oximetria de pulso;
Ofertar oxigenoterapia.
RINS

ANATOMIA:

Rins são estruturas responsáveis


pela formação da urina.
Apresentam formato de feijão, e,
neles, analisando-os
internamente, é possível
perceber duas regiões: o córtex e
a medula. Os rins são órgãos do
sistema urinário relacionados,
entre outras funções, com o
controle da concentração de
substâncias no nosso sangue.
TRAUMAS RENAIS

Trauma renal é composto por uma lesão, podendo ser


cápsula, Córtex, medula e/ou sistema coletor.

 Este trauma pode ser provocado por origem penetrantes


(perfurocortantes) ou contusos (internos).

 Os sintomas das lesões renais por impacto, incluem


hematúria (sangue na urina), algia ou hematomas na parte
superior do abdômen, na área entre as costelas e no quadril
(flanco), marcas perto do rim feita por cinto de segurança
ou dor devido fratura da parte inferior da costela.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Ssvv a cada 30 minutos;

Peso do paciente antes e depois do tratamento;

Via de acesso e sinais flogísticos (calor, rubor, edema, dor e limitação


funcional);

Adotar medidas para controle de infecções;

Proporcionar suporte emocional tanto para o paciente quanto para família;

Avaliar dor e administrar analgésicos prescritos;


FÍGADO

ANATOMIA:

O fígado é o segundo maior


órgão do organismo,
perdendo somente para a
pele, e, também, a maior
glândula. Acredita-se que o
fígado possua mais de 500
funções: metabolização de
substâncias, produção de
vitaminas e fatores de
coagulação, além da
produção da bile são apenas
algumas delas.
TRAUMAS HEPÁTICOS

O trauma no fígado pode ocorrer por impacto significativo, como um


acidente de trânsito ou até mesmo trauma penetrante, como um tiro ou
objeto perfurocortante, causando assim, uma hemorragia;
CUIDADOS DA ENFERMAGEM

Ssvv;
Ter cuidado com infecções;
Alimentação;
Ter muito cuidado com a prescrição médica;
 Controle de hemorragia;
Diagnostico é feito com tomografia computadorizada
ou ultrassonografia;
A. AORTA

ANATOMIA:

Aorta é um vaso sanguíneo extremamente


importante que garante que o sangue saia do
coração e siga para outras partes do nosso
organismo.

É a maior artéria do nosso corpo. A aorta


parte do coração e ramifica-se em várias
outras, garantindo, desse modo, o
suprimento de sangue para todo o corpo.

Podemos dividir a artéria em três porções:


aorta ascendente, arco aórtico e aorta
descendente
TRAUMA AÓRTICO

A aorta pode sofrer ruptura completa ou incompleta após trauma torácico fechado ou


penetrante.

A lesão traumática da aorta (LTA) torácica por trauma contuso, apesar de ter baixa
incidência, é uma condição de elevada morbimortalidade. Essa lesão constitui um grande
ameaça à vida, já que os traumas fechados são a etiologia mais comum e responsáveis por
quase 90% dos casos de LTA.
TRAUMA AÓRTICO

A gravidade da LTA é expressa pela altíssima letalidade, 80% dos pacientes morrem na cena
do trauma.1 Estima-se que de 1,5 - 2% dos pacientes que tenham sofrido trauma torácico
tenham alguma injúria à Aorta.

Cerca de 70% das vítimas são homens e 67% tem sobrepeso ou são obesas.3 Causa importante
do trauma contuso de aorta é a colisão automobilística, respondendo por 81% dos casos.

A aorta surge do ápice cardíaco, onde coração e arco aórtico são relativamente livres. A
medida que a aorta descende, a artéria fica mais aderida à coluna vertebral e se torna
relativamente imóvel, em virtude do ligamento arterioso. Dessa maneira, quando há
desaceleração súbita e intensa, o arco aórtico tende a continuar a se movimentar em relação
à aorta descendente, provocando uma força de cisalhamento.

Em relação ao local da ruptura, a localização clássica - 90 % dos casos - é no istmo da Aorta,


após a saída da subclávia esquerda. A injúria da aorta ascendente ocorre em 5% dos casos e
da aorta na altura do hiato diafragmático nos 5% restantes.
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

A maioria dos pacientes com LTA morre na cena do acidente.

Todavia, em alguns casos onde a vítima sobreviva, o parâmetro que possibilita o


tratamento conservador é o controle da pressão arterial, principalmente com o
uso de beta bloqueadores - imprescindíveis, pois garantem que a pressão
arterial média (PAM), a força de ejeção ventricular e consequentemente a força de
cisalhamento na aorta se reduzam e permaneçam baixas.

Dessa forma, minimiza-se o risco de ruptura antes da intervenção nos casos


manejados conservadoramente, além de permitir estabilizar pacientes com outras
injurias sérias associadas, caso um reparo tardio da LTA seja a abordagem
planejada.

Necessário manter pct em ventilação mecânica, terapia intensiva e terapias


complementares.

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