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FRATURAS
A fratura é uma perda de continuidade do osso, que pode ser por trauma de alta ou baixa energia (fratura patológica por
comorbidade prévia) e repetitivos (fraturas por estresse / fadiga).
FRATURAS EXPOSTAS
A fratura exposta é definida como sendo aquela em que ocorre ruptura na pele e nos tecidos moles subjacentes, ou seja, o
invólucro, permitindo a comunicação óssea direta ou de seu hematoma fraturário com o ambiente, vias aéreas ou trato gastrointestinal,
com aumento do potencial de infecção.
ATENDIMENTO HOSPITALAR
● Ressuscitação e estabilização clínica do paciente (ATLS)
● Cobertura da ferida com curativo estéril
● Imobilização provisória (caso não tenha sido realizado pela equipe de resgate)
● Avaliação da ferida pelo ortopedista para confirmar o diagnóstico e a classificação inicial da fratura
○ O curativo estéril deve ser refeito
○ Reavaliações subsequentes são contra indicadas, assim como exploração e limpeza na sala de emergência
○ Culturas iniciais da ferida não são realizadas de forma rotineira
● Identificar variáveis envolvidas, tais como o agente causal, mecanismo de trauma, localização e o tempo decorrido, assim
como os dados gerais do paciente
● Avaliação neurovascular - pesquisa de pulsos periféricos e pulsão distal à fratura
● Avaliação radiológicas completa após estabilização adequada e segura do paciente
● Antibioticoprofilaxia precoce - Cefalotina 2g EV
● Profilaxia anti-tetânica
TRATAMENTO CIRÚRGICO
● Lavagem exaustiva da ferida com SF ou RL (aproximadamente 10L)
● Desbridamento cirúrgico nas primeiras 4 a 6hs em ambiente cirúrgico (remoção de corpo estranho, tecidos desvitalizados
para melhora da vascularização e redução da contaminação)
○ Evitar antissépticos (deiscência de sutura)
○ Viabilidade tecidual da pele, subcutâneo e musculatura - 4Cs (cor, consistência, circulação e contratilidade)
● Enxerto ósseo autólogo em pacientes com boa vascularização, sem infecção e com estabilidade óssea mantida.
● Fixação óssea no intuito de restaurar o comprimento, alinhamento e rotação, evitando a perpetuação da lesão das partes
moles produzida pelos fragmentos ósseos, diminuindo a formação de espaço morto e hematoma - controle de danos
ORTOPEDIA Diogo Aires - XLV
LESÕES FISÁRIAS
Fraturas de Salter-Harris, fraturas da placa de crescimento, lesões fisárias, fraturas pediátricas e fraturas e lesões epifisárias
são lesões que ocorrem na fise (placa de crescimento ou cartilagem de crescimento), que está localizada entre a metáfise e a epífise nos
ossos longos.
EPIDEMIOLOGIA
● O rádio distal é o local mais acometido, correspondendo a 44% das lesões fisárias
● A zona hipertrófica é a mais acometida
● Os membros superiores são mais acometidos por lesões fisárias do que os membros inferiores.
● Meninos são mais acometidos que meninas, em proporção aproximada de 2:1.
● Úmero distal, fíbula distal, tíbia distal, ulna distal, úmero proximal, fêmur distal, tíbia proximal e fíbula proximal.
CAUSAS
● Traumatismo (fraturas) são as principais,
podendo ocorrer por desuso, radiação ionizante,
infecção, lesões tumorais
○ Insuficiência vascular
○ Lesões por queimaduras pelo frio ou
calor
○ Lesões por estresse e iatrogênicas.
● Trauma não acidental
● Síndrome da criança espancada, síndrome de maus-tratos ou síndrome de Silverman
○ Claudicação sem história de trauma, associado a hematomas
○ Fraturas em estágio diferentes de consolidação
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
● Dor, edema e impotência funcional - derrame articular
● Falta de apoio plantar ou dificuldade de deambulação em lesões de MMII
● Impotência funcional ou limitação da amplitude de movimento articular em MMII
COMPLICAÇÕES
● Osteoartrose, hematomas e deformidades físicas
● Parada do crescimento e aceleração do crescimento (rara)
● Síndrome compartimental ou compressão de nervos e vasos
● Displasia acetabular progressiva e subluxação do quadril em caso de lesões da cartilagem trirradiada
● Infecções graves e amputações geralmente em casos graves não tratados.
EXAMES COMPLEMENTARES
● Radiografia é o exame preferencial para diagnóstico e orientação terapêutica
○ Radiografias com manobras de estresse em valgo ou varo podem auxiliar o diagnóstico porém agravar o quadro.
● Tomografia computadorizada (TC) em pacientes com traumatismo grave e politraumatismo, principalmente em fraturas
cominutivas e em mais de um plano (fraturas triplanares do tornozelo)
● Ressonância magnética (RM) raramente utilizada, porém pode demonstrar edema de medula óssea.
● Ultrassonografia, apesar de auxiliar, não é utilizada para o diagnóstico das lesões fisárias
● Cintilografia foi substituída pela TC e pela RM.
ORTOPEDIA Diogo Aires - XLV
● TIPO I → fratura através da zona hipertrófica da fise, separando a metáfise da epífise - prognóstico excelente.
○ Tratamento conservador, reduzindo-se o desvio (se presente) e imobilizando-se com aparelho gessado.
○ Redução cirúrgica com fixação nos casos de instabilidade e não possibilidade da manutenção da redução incruenta.
● TIPO II → fratura que acarreta o comprometimento parcial da cartilagem de crescimento e tem um fragmento metafisário de
tamanho variável (fragmento de Thurston Holland) - tipo de fratura mais frequente.
○ O periósteo do lado desse fragmento permanece intacto, facilitando a redução.
● TIPO III → lesão combinada da fise com fratura intra-articular da epífise, sem acometimento da metáfise.
○ Redução cirúrgica para o restabelecimento anatômico da superfície articular e da própria fise.
○ A fratura intra-articular pode acarretar osteoartrose no futuro
● TIPO IV → fratura que compromete a metáfise, atravessando a fise e a epífise até a articulação.
○ Redução precisa, pois mínimos desvios podem levar a pontes ósseas com consequentes deformidades.
● TIPO V → lesões por compressão da fise, não visualizadas nas radiografias, devendo suspeitar de acordo com o quadro
clínico e o mecanismo do trauma.
○ A RM mostra um edema medular ósseo que pode significar lesão da fise.
● TIPO VI → sequela da lesão do tipo V - lesão periférica na fise (lesão pericondral), com formação de ponte óssea e
consequente deformidade angular, acarretando a formação de barra óssea e parada parcial ou total do crescimento
CONDUTA / TRATAMENTO
→ analgesia / anestesia, imobilização e avaliação neuromuscular
● TIPO I e II → conservador - redução incruenta e imobilização gessada.
● TIPOS III e IV → cirúrgico - redução cruenta, fixação interna (fios de Kirschner) e
imobilização gessada.
○ Fios de Kirschner devem ser posicionados paralelos à fise
● TIPOS V e VI → procedimentos cirúrgicos posteriores para ressecar a barra óssea ou
corrigir eventuais deformidades.
○ Ressecção óssea da parte que parou o crescimento
○ Travamento da parte acelerada (epifisiodese)
● Radiografias após 6 meses a 1 ano e avaliação periódica do crescimento
● Alertar os pais sobre complicações, deformidades e paradas de crescimento
CONTRA-INDICAÇÕES ÀS REDUÇÕES
● Lesão fisária tipos I e II de Salter Harris com desvio mínimo
● Tempo de evolução superior a duas ou três semanas
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SÍNDROME COMPARTIMENTAL
A síndrome compartimental é uma condição na qual uma elevada pressão dentro do compartimento (agrupamentos de
músculos, nervos e vasos limitados por ossos e fáscias) leva a um comprometimento da circulação capilar das estruturas desse espaço.
EPIDEMIOLOGIA
● Frequente no compartimento flexor do antebraço e no compartimento anterior da perna
● Mais comum nas fraturas fechadas (supracondilianas do úmero e nas fraturas da tíbia)
CLASSIFICAÇÃO
● AGUDA → é a mais grave e necessita de descompressão imediata
○ Fraturas fechadas são as mais comum
○ Fraturas abertas são raras, porém comum após tratamento
cirúrgico e fechamento da lesão
○ Lesões por esmagamento, queimaduras, gesso apertado,
curativos compressivos ou atraumática
● CRÔNICA (ou de esforço) → ocorre por aumento da pressão dentro do
compartimento durante exercícios extenuante
COMPLICAÇÕES
● Contratura isquêmica de Volkmann, em que a necrose muscular gera retrações e deformidades articulares distais.
○ “dedo em garra”, pé equino e inversão do pé.
● Síndrome do esmagamento quando há compressão externa prolongada em vários compartimentos, evoluindo para necrose.
● Síndrome da revascularização (liberação de catabólitos dos músculos) - insuficiência renal, choque vascular e acidose.
TRATAMENTO
● Analgesia leve (evitar uso de opióides) + AINES
● Tirar o gesso ou soltar o enfaixamento
● Elevação do membro ao nível do coração e melhorar o retorno venosos com alongamento e fisioterapia
● Fasciotomia (acesso único ou segmentar)
● Ferida aberta e fechamento em segundo tempo.
ORTOPEDIA Diogo Aires - XLV
OMBRO
LUXAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR (LAC)
● DEFINIÇÃO → luxação que ocorre entre os ligamentos que ligam o acrômio e a clavícula (ligamento acromioclavicular,
coracoclavicular, coracoacromial)
● EPIDEMIOLOGIA → comum nas atividades esportivas e em homens.
● ETIOLOGIA → causada por um evento traumático, geralmente uma queda sobre o ombro.
● MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS → dor e edema na porção superior do ombro
○ Dor agravada pela tração do braço para baixo e pela adução
forçada do braço contra o tórax
○ Sinal de tecla → deslocamento inferior da clavícula com a
palpação (Grau III)
● CLASSIFICAÇÃO DE ROCKWOOD (não precisa)
○ TIPO I → contusão, sem deslocamento ou deformidade
○ TIPO II → subluxação, com elevação mínima da clavícula e rotura
da cápsula articular
○ TIPO III → luxação com elevação da clavícula cavalgando sobre o
acrômio e rotura da cápsula e dos ligamentos coracoclaviculares
○ TIPO IV → deslocamento posterior da clavícula
○ TIPO V → elevação muito acentuada da clavícula (desvio de 100 a 300)
○ TIPO VI → deslocamento anterior infra coracóide.
● DIAGNÓSTICO → radiografia com incidência em AP e Zanca (10° de inclinação)
○ Perfil escapular e axilar → em caso de desvio da clavícula posterior ao
acrômio (tipo IV de Rockwood)
● TRATAMENTO
○ CONSERVADOR → tipos I e II e na maioria dos casos do tipo III - Crioterapia
(gelo por 15 min de 4/4h) + AINE + tipoia por duas semanas (evitar a
“síndrome do ombro congelado” - capsulite adesiva).
○ CIRÚRGICA → lesões tipo III em atletas ou tipos IV, V e VI - redução fechada
+ fixação percutânea ou redução aberta + fixação coracoclavicular.
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LUXAÇÃO GLENOUMERAL
● DEFINIÇÃO → perda da relação entre a cabeça do úmero e a cavidade glenóide da escápula
● EPIDEMIOLOGIA → a luxação anterior corresponda a 90 a 95% dos traumas de ombro
○ Mais comum em homens na faixa entre 20-30 anos (ligamentos e tendões mais “elásticos”)
● ETIOLOGIA
○ TRAUMÁTICA → movimento súbito composto de extensão, abdução e rotação externa (braço para trás, aberto e
rodado para fora), evento comum em atividades esportivas.
- Quedas para trás sobre o braço estendido ou sobre a região posterior do ombro
- Fortes contrações musculares durante choque elétrico ou convulsões (luxação glenoumeral posterior)
○ ATRAUMÁTICA → subluxações sem qualquer fator traumático e sem ruptura de estruturas (lábio ou cápsula)
○ RECIDIVANTES
● CLASSIFICAÇÃO
○ ANTERIOR (85%) → trauma posteroanterior sobre o ombro (raro) ou queda ao solo, acompanhado de movimento
rotacional com o membro superior em abdução e rotação externa (mais comum).
- Lesão de Bankart → rotura da inserção anterior da cápsula articular e do labrum (lábio glenoidal)
- Lesão de Hill-Sachs → afundamento da cortical súpero lateral / póstero lateral da cabeça do úmero
○ POSTERIOR → trauma anteroposterior ou choque elétrico e crise convulsiva (musculatura se contrai fazendo com
que os rotadores internos se sobreponham aos rotadores externos)
- Fazer palpação e rotação externa - dor em rotação externa significa luxação posterior
- Sinal da lâmpada em Raio-X
○ INFERIOR → força violenta com o braço em abdução máxima se alojando na axila - paciente chega segurando o
braço para cima
○ SUPERIOR → associado a fratura do acrômio e lesão do
manguito rotador
● MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS (ANTERIOR) → paciente nota
imediatamente que “alguma coisa saiu do lugar ou quebrou” e
sente-se incapaz de usar o braço, o qual tende a suportar com a
mão oposta.
○ Ombro doloroso, ligeiramente rodado externamente e
abduzido, além da proeminência do acrômio
○ Sinal da Dragona / Cabide → depressão em sua face
lateral, onde deveria estar a cabeça do úmero
○ Proeminência anterior (cabeça do úmero deslocada), além de impotência funcional da articulação.
ORTOPEDIA Diogo Aires - XLV
● DIAGNÓSTICO → clínico radiológico - radiografias em AP, perfil escapular (lateral da escápula) e axilar
● CONDUTA
○ Inspeção, palpação e rotações internas e externas
○ Exame vascular - teste de Allen (palpação da artéria radial)
○ Exame neurológico - sensibilidade e motricidade dos nervos axilar, musculocutâneo, radial, mediano e ulnar.
● TRATAMENTO → emergencial - analgesia + redução fechada por manipulação (manobra de tração e contra-tração)
○ Manobra de Stimson (paciente em decúbito ventral e sedado, membro mantido para fora da mesa com peso de 2-3
kg amarrado a ele)
○ Manobra de spazio ???
○ Manobra de Hipócrates (técnica original: tração do membro em abdução e contração com o pé na axila; técnica
atual: contração feita por um auxiliar segurando a axila do paciente com um tecido) - não utilizada
○ Manobra de Kocher (tração inferior do membro com o cotovelo em flexão de 90°, fazendo em seguida rotação
externa e abdução, e, por fim, rotação interna e adução).
○ Redução cruenta → se refratário às manobras ou luxação crônica com rigidez muscular.
○ Cirurgia de Bankart (artroscopia) → nos casos de luxação recidivante pós traumática
● SEGUIMENTO
○ Radiografias seriadas para confirmar o reposicionamento e para afastar fraturas associadas.
○ Imobilização com tipóia por três semanas.
○ Cinesioterapia e exercícios de reforço muscular para desfazer as aderências articulares
● COMPLICAÇÕES
○ Lesão do nervo axilar (circunflexo do úmero) - parestesias e hipoestesia na região lateral do deltóide
○ Capsulite adesiva → geralmente ocorre se não intervenção adequada
INSTABILIDADE DO OMBRO
● DEFINIÇÃO → síndrome dolorosa caracterizada por instabilidade ao
exame físico da articulação glenoumeral em três direções (anterior,
posterior e inferior).
● CAUSA → idiopática ou esportes
○ Frouxidão ligamentar hereditária - síndrome de Ehler-Danlos
(“síndrome da hipertelasticidade").
● MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS → uni ou bilateral, referida como dor ou
“cansaço” no ombro em atividades de movimento do braço ou
simplesmente carregar peso.
○ Sensação de ombro frouxo ou capacidade voluntária de luxa o
ombro sem dor
● COMPLICAÇÕES → a instabilidade multidirecional aumenta o risco de
tendinite e lesão do manguito rotador
● DIAGNÓSTICO
○ TESTE DE APREENSÃO → apoiar a mão no ombro do paciente e
puxar o punho para trás
- Apreensão positivo → paciente se assusta ou percebe-se um tranco - instabilidade anterior
○ TESTE DA GAVETA ANTERIOR E POSTERIOR → tentar deslocar a cabeça do úmero para frente e para trás
- Gaveta positivo → ombro se desloca - frouxidão ou lesão ligamentar
● TRATAMENTO → conservador - reforço muscular do manguito (rotação interna e externa) e do deltóide, sempre com o braço
abaixo da linha horizontal, durante um período de pelo menos seis meses.
○ Infiltração subacromial de corticoide → em caso de tendinite do manguito rotador
○ Tratamento cirúrgico (capsuloplastia em T de Neer) → falha da terapia conservadora (contraindicado em pacientes
com luxação voluntária)
ORTOPEDIA Diogo Aires - XLV
FRATURA-LUXAÇÃO DE MONTEGGIA
● DEFINIÇÃO → fratura angular da diáfise ulnar proximal + luxação da cabeça do rádio
distal (que se desloca do ligamento anular).
→ fratura da ulna e luxação do rádio
● CAUSA → frequente em crianças de 4 a 10 anos, após um trauma direto ou um trauma
em hiperextensão e/ou hiperpronação após uma queda.
● DIAGNÓSTICO → dor e tumefação no antebraço + radiografia em AP e perfil com
projeção para cotovelo
● TRATAMENTO
○ Criança → terapia conservadora (redução fechada por manipulação +
imobilização gessada braquiopalmar)
○ Adulto → tratamento cirúrgico (redução aberta da ulna e fechada da cabeça do
rádio + fixação interna da ulna)
FRATURA-LUXAÇÃO DE GALEAZZI
● DEFINIÇÃO → fratura da diáfise do rádio entre o terço médio e o distal, ou no terço distal, com
angulação posterior associada à luxação da articulação radioulnar distal, com lesão do
complexo fibrocartilaginoso triangular
→ fratura do rádio e luxação da ulna
● CAUSA → queda com a mão estendida e o antebraço em pronação
● DIAGNÓSTICO → radiografia do antebraço e punho, nas projeções AP e perfil (mais fidedigna)
● TRATAMENTO
○ Criança → terapia conservadora (redução fechada + imobilização gessada)
○ Adulto → tratamento cirúrgico (redução aberta da fratura do rádio e fixação interna)
- Fixação interna com placas e parafusos
- Fixação radioulnar distal com fio de Kirschner.
ORTOPEDIA Diogo Aires - XLV
QUADRIL
FRATURA DO COLO FEMORAL (intracapsular)
● CAUSA → queda da própria altura (trauma de baixa energia) em idosos do
sexo feminino, tendo como principal fator predisponente a osteoporose.
● MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS → dor no quadril e na coxa após queda,
claudicação (nas fraturas sem desvio) e imobilidade.
○ Exame físico → rotação externa e encurtamento do membro -
impotência funcional do quadril
● CLASSIFICAÇÃO DE GARDEN
○ Garden I → impactada (incompleta)
○ Garden II → completa, sem desvio
○ Garden III → desvio parcial (em varo - redução do ângulo
colodiafisário)
○ Garden IV → desvio (deslocamento) total.
● DIAGNÓSTICO → radiografias em AP e perfil nas fraturas com desvio
○ RNM em fraturas sem desvio e/ou com radiografias normais
● TRATAMENTO → cirúrgico em nas fraturas desviadas (deslocadas) em
pacientes jovens e ativos (< 65 anos) até 12h
○ Tipo I e II → fixação interna percutânea por 4 a 6 semanas
○ Tipo III e IV → redução fechada + fixação interna em pacientes com
menos de 70 anos ou endoprótese em mais de 65 anos
- Endoprótese do tipo hemiartroplastia (unipolar ou bipolar)
- Endoprótese do tipo artroplastia total (pacientes com
artropatia prévia de quadril)
● COMPLICAÇÕES → instabilidade, necrose avascular, pseudoartrose (não
consolidação da fratura)
○ Outras causas de necrose avascular (importante) → vasculites, uso
de corticóides, doenças auto-imunes (LES), anemia falciforme.
Legg-calve-Perthes.
TORNOZELO
ENTORSE DO TORNOZELO
● CAUSAS / MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS → história do trauma característico (queda, tropeço, atividades esportivas), dor e
edema do tornozelo, por vezes associados à equimose
○ ENTORSE LATERAL (90%) → lesão do Ligamento Talofibular Anterior (LTFA), associado ou não ao calcaneofibular
(LCF), provocado por súbita inversão e flexão plantar do pé (ou
trauma de supinação) - tropeção ou em atividades esportivas.
- Dor agravada pela inversão passiva do pé
○ ENTORSE ALTA → lesão dos ligamentos da sindesmose tibiofibular
- torção interna da tíbia com eversão e dorsiflexão do pé.
- Teste de compressão tibiofibular (comprimir a fíbula
contra a tíbia, provocando dor ao nível do LTFA)
- Teste do estresse rotacional externo (segurar a tíbia
distal com uma das mãos e rodar externamente o pé com
a outra mão, provocando dor no LTFA).
○ ENTORSE MEDIAL (rara) → lesão do ligamento deltóide (ligamento mais forte do tornozelo)
● FISIOPATOLOGIA → o tornozelo é estabilizado por três complexos ligamentares, o lateral (ligamentos talofibulares anterior e
posterior, ligamento calcaneofibular), o medial (ligamento deltóide) e o complexo da sindesmose tibiofibular (ligamentos
tibiofibulares) anterior e posterior.
INSTABILIDADE
TRAUMÁTICA ATRAUMÁTICA
(TUBS) (AMBRII)
Multidirecional
Unilateral Bilateral
Bankart Reahab
Surgery Inferior
Intervalo rodado
(fechamento)