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Introdução
CONDUTA PRÉ-OPERATÓRIA
Cirurgias eletivas: lesão no ligamento cruzado cranial, displasia coxofemoral e osteocondrite dissecante
Cirurgias não eletivas: fraturas ósseas e luxações articulares
Pacientes de trauma devem ter uma avaliação física completa e minuciosa – lesões podem não estar evidentes por
várias horas ou dias após a ocorrência do trauma
Exames pré-operatórios x idade.
Os animais que sofreram trauma externo suficientemente grave para romper a integridade musculoesquelética (p.
ex., fratura e luxação) geralmente apresentam simultaneamente lesões externas ou de órgãos internos.
Os sistemas cardiovascular, pulmonar, urinário e neurológico são os acometidos com mais frequência.
Exames de imagem – tórax e abdomen
RX EM DUAS
PROJEÇÕES!!!!
CONTROLE DA DOR E ANESTESIA
Os inibidores COX não seletivos (p. ex., cetoprofeno, fenilbutazona) são contraindicados para procedimentos
cirúrgicos em que se esperam hemorragias.
Dependendo do AINE escolhido, pode haver inibição da função de plaquetas
É prudente reservar os AINES para a administração pósoperatória, especialmente se hemorragia for esperada.
ANTIBIÓTICOS
As fraturas instáveis devem ser coaptadas para reduzir lesões adicionais em tecidos moles e elevar o conforto
As talas externas proporcionam apoio temporário ou como meio temporário de estabilização da fratura.
Para a prevenção de complicações, as talas externas devem ser aplicadas de modo apropriado e monitoradas com
muito cuidado
Fraturas acima do cotovelo ou joelho mostram mais dificuldade de coaptação.
A bandagem de spica cruza o corpo sobre o ombro (ou coxofemoral) e proporciona melhor coaptação externa.
A imobilização de ossos e tecido mole aumenta o conforto dos pacientes, evita danos futuros no tecido mole por
fragmentos ósseos afiados e minimiza o edema, que melhora a visualização e palpação de marcos anatômicos
durante a cirurgia
BANDAGEM DE ROBERT JONES
Estendem-se da ponta dos dedos (com somente unhas e coxins visíveis) até o fêmur no terço médio ou úmero no
terço médio, e são úteis apenas quando aplicadas em lesões ocorridas abaixo das articulações de joelho ou
cotovelo.
Auxiliam na eliminação de espaço morto após a cirurgia.
BANDAGEM
DE ROBERT
JONES
São utilizadas para proporcionar apoio às lesões no
rádio distal e ulna, carpo ou tarso, metacarpo ou
metatarso e falanges.
A velocidade das forças causando a fratura dita o número de fragmentos e o dano aos tecidos moles circundantes.
Forças de baixa velocidade = fraturas únicas com pouca energia dissipada para os tecidos moles
Forças de alta velocidade = fraturas cominutivas com a propagação da alta energia dissipada através da fratura e
lesão dos tecidos moles adjacentes.
As fraturas ainda são classificadas como redutíveis (em geral, uma única linha de fratura ou fraturas com não mais
que dois fragmentos grandes) ou irredutíveis (fraturas com múltiplos fragmentos pequenos)
Classificadas por local na diáfise, metáfise, fise ou superfície articular do osso
FRATURAS
FISÁRIAS –
SALTER
HARRIS
TOMADA DE DECISÃO NO TRATAMENTO DE FRATURAS
O cirurgião deve avaliar a fratura, o paciente e o proprietário, a fim de identificar quais implantes alcançarão a
estabilidade necessária, pelo tempo correto, a fim de satisfazer seus objetivos
Combater as forças compressoras, de dobramento e torcionais aplicadas ao osso estabilizado pelo suporte de peso
e contração muscular adjacente
Executar um plano detalhado para toda a operação cirúrgica
Falhas no planejamento do procedimento resultam em períodos prolongados de tempo operatório, trauma tecidual
excessivo e erros técnicos.
As consequências de um planejamento inadequado são: falha do implante, atraso na cicatrização, infecção e não
união óssea.
FORÇAS
ATUANTES
NO OSSO
FRATURADO
ESCORE DE AVALIAÇÃO DE FRATURAS
Informações do paciente, como idade, peso, saúde geral, grau de atividade e presença de outra patogenia
ortopédica; radiografias dos ossos fraturados e os correspondentes contralaterais que se encontram intactos, os
quais incluem as articulações proximal e distal; e informações do proprietário, como suas expectativas e a
capacidade de realizar os cuidados pósoperatórios.
Esses dados podem ser resumidos como um escore de avaliação de fraturas que reflete os ambientes mecânico,
biológico e clínico nos quais os implantes deverão funcionar e que orienta o tipo de implante a ser escolhido
FATORES MECÂNICOS
Idade
Doenças concomitantes
Envelope tecidual – qualidade dos tecidos moles adjacentes
Osso cortical – osso trabecular – cicatrização mais rápida – osteoblastos - articulação
Velocidade – intensidade da lesão
Abordagem fechada, aberta, mínima - preservam a biologia circundante
O conjunto implante-osso deve apresentar uma rigidez inicial elevada para a neovascularização e a cicatrização de
tecidos frágeis. NÃO DEVE HAVER INSTABILIDADE.
FATORES CLÍNICOS
8-10 ALTO
4-7 MODERADO
1-3 BAIXO
CLASSIFICAÇÃO ALFANUMÉRICA
CLASSIFICAÇÃO ALFANUMÉRICA
INTERPRETAÇÃO DE UM ESCORE DE AVALIAÇÃO DE FRATURA
Caso o escore de avaliação da fratura recaia sobre a extremidade inferior da escala, o implante provavelmente irá
carregar a maior parte, senão o total, das cargas fisiológicas imediatamente após a cirurgia.
O implante deve assumir sua função até que o calo ósseo se forme.
Esse período será prolongado em pacientes com escore de avaliação de fraturas baixo, pois os fatores biológicos
pobres retardam a formação do calo ósseo..
Geralmente estas são fraturas irredutíveis em animais mais idosos, em que a cicatrização será afetada por outras
circunstâncias extenuantes. Os implantes devem realinhar essas fraturas e então devem apresentar força suficiente
para prevenir dobramento ou quebra permanente por mais de 6 semanas
Os escores de avaliação de fraturas mais altos significam menor estresse no sistema de fixação e menor tempo
necessário para a cicatrização óssea
REDUÇÃO DE FRATURAS
Processo de reconstrução de fragmentos ósseos à sua configuração anatômica normal ou de restauração do alinhamento
do membro, restabelecendo o comprimento normal do membro e o alinhamento da articulação enquanto se mantém a
orientação espacial do membro .
Fechada Aberta
V: Favorece o ambiente biológico por: preservar os anatomicamente reconstruídos e mantidos em
tecidos moles e o aporte sanguíneo, o que acelera a posição com implantes
cicatrização; diminuir o risco de infecção; e reduzir o V : visualização e contato direto com fragmentos
tempo operatório.
ósseos para facilitar a reconstrução anatômica da
D: dificuldade em se conseguir uma reconstrução fratura; possibilidade de colocação direta de
adequada das fraturas redutíveis implantes ( fio de cerclagem, parafusos de
Ex.: fratura em galho verde, fratura diafisária compressão e placas); reconstrução óssea.
cominutiva irredutível osso longo – tto fix. ext. D: trauma cirúrgico intenso a tecidos moles e aporte
sanguíneo, contaminação bacteriana
REDUÇÃO DE
FRATURAS -
DIRETA
REDUÇÃO DE FRATURAS - INDIRETA
PLANO DE TRATAMENTO DE FRATURAS
Os implantes escolhidos devem combater as forças que agem no osso fraturado, incluindo cargas axial, de
dobramento e de torção
É importante checar os estoques de implantes e instrumentos, e pré-moldar a placa caso seja apropriado.
Uma vez feitos esses preparativos, a cirurgia é realizada.
Após a cirurgia, é importante avaliar criticamente as radiografias pós-operatórias para determinar se os objetivos
do planejamento pré-operatório foram atingidos ou se são necessários passos corretivos para garantir o sucesso
desejado.
Enxerto – úmero proximal, tíbia proximal, asa ilíaca
CICATRIZAÇÃO DA
FRATURA
CICATRIZAÇÃO DA FRATURA
Cirurgiões ortopédicos devem ter um conhecimento da cicatrização óssea em vários ambientes mecânicos e a
correspondente aparência radiográfica da fratura.
Presumindo uma vascularidade adequada, a via da cicatrização óssea parece ser primariamente influenciada pela
quantidade de movimento interfragmentar causado pela carga sobre a fratura e modulado pela estabilidade de sua
fixação.
As vias de formação óssea incluem a união óssea indireta, que é a formação óssea endocondral (osso formado em
um precursor cartilaginoso), união óssea direta (osso formado sem a evidência de calo, dependendo do ambiente
mecânico envolvido na fratura), ou formação óssea intramembranosa (diferenciação direta de células-tronco
mesenquimais em osteoblastos, de modo que o osso forma-se sem um precursor cartilaginoso).
CONTROLE RADIOGRÁFICO
RX EM DUAS
PROJEÇÕES!!!!
CICATRIZAÇÃO
ÓSSEA
CICATRIZAÇÃO
ÓSSEA
INDIRETA
CICATRIZAÇÃO
ÓSSEA DIRETA
FIG. 32-77 Cicatrização óssea
direta ocorre em fraturas
estabilizadas rigidamente.
Quando os fragmentos ósseos
entram em contato, ocorrem
união simultânea e reconstrução
com o remodelamento
haversiano (A, B). Quando há
lacunas microscópicas, primeiro
a lacuna se preenche com osso
fibroso (C), e depois ocorre a
reconstrução longitudinal do
osso com remodelamento
haversiano (D).
CICATRIZAÇÃO
ÓSSEA DIRETA
CICATRIZAÇÃO
ÓSSEA
INTRAMEMBRANOS
A
CICATRIZAÇÃO ÓSSEA INTRAMEMBRANOSA
FIXADORES EXTERNOS
FIXADORES EXTERNOS
INDICAÇÕES:
fraturas de ossos longos
osteotomia corretiva
artrodese articular
imobilização articular temporária.
Indicados para estabilização após a redução fechada de fraturas cominutivas
O período funcional varia está relacionado ao estabelecimento do afrouxamento nos pinos.
FIXADORES EXTERNOS - CLASSIFICAÇÃO
São classificadas pelo número de planos ocupados pela estrutura e número de lados do membro pelo qual o
fixador sai:
tipo Ia - unilateral-uniplanar
tipo Ib- unilateral-biplanar
tipo II - bilateral-uniplanar
tipo III – bilateralbiplanar
Tie-In
Circulares
São sucessivamente mais fortes e mais rígidos.
FIXADORES EXTERNOS
FIXADORES EXTERNOS
Quantidade de pinos.
Pinos rosqueados apresentam uma contenção
bloqueada com o osso e resistem a tração e
afrouxamento.
O diâmetro não deva exceder 25% do diâmetro do
osso.
Aumentar o número de pinos de fixação nos
fragmentos distal e proximal principais aumenta a
rigidez do fixador e melhora a distribuição das cargas
fisiológicas entre os pinos
FIXAÇÃO INTRAMEDULAR
PINOS INTRAMEDULARES E FIOS DE KIRSCHNER
PINOS IM - INDICAÇÕES:
São utilizados em fraturas diafisárias do úmero, fêmur, tíbia e ossos metacárpicos e metatársicos. Pinos cruzados.
Os pinos IM são contraindicados para o rádio porque o ponto de intersecção do pino geralmente interfere com o
carpo.
Têm resistência à aplicação de cargas de dobramento sendo igualmente resistentes a cargas de dobramento
aplicadas em qualquer direção porque são cilíndricos e geralmente centralizados no canal medular.
Desvantagem: baixa resistência às cargas axiais (compressivas) ou rotacionais e falta de fixação (travamento) com
o osso. O estresse associado a fraturas instáveis resulta em micromovimentação na interface pino-osso, reabsorção
óssea e migração do pino.
Devem ser suplementados com outros implantes (p. ex., fios de cerclagem e fixadores externos e placa) para
aumentar o apoio rotacional e axial
PINOS IM
Tamanho equivalente a 60% até 70% do diâmetro da cavidade medular no istmo do osso quando for realizar um
pareamento do pino IM com fio de cerclagem.
Escolher um diâmetro menor para um pino aliado a um fixador externo ou placa.
A definição do tamanho do pino é feita após a avaliação das radiografias da fratura.
O tamanho apropriado pode ser confirmado a partir da comparação entre o pino e o canal medular após a
exposição da fratura.
Escolher dois pinos de igual comprimento antes de iniciar o procedimento. O segundo pino funciona como pino-
guia quando colocado sobre a superfície externa do membro. O pino-guia é alinhado com o osso de modo que o
cirurgião possa mirar o pino IM em direção semelhante.
FIOS DE KIRSCHNER
São utilizados em combinação com outros implantes ortopédicos para complementar o apoio axial, rotacional e
contra dobramentos.
É o implante mais utilizado e também o mais comumente mal utilizado em ortopedia veterinária.
O mau uso do fio de cerclagem gera um percentual significativo de complicações pós-operatórias
O fio deve gerar compressão suficiente entre as superfícies de modo a prevenir a movimentação dos fragmentos:
Três critérios devem ser observados: o comprimento da linha de fratura deve ser duas a três vezes o diâmetro da
cavidade medular, deve haver no máximo duas linhas de fratura (não mais de dois segmentos principais e um
fragmento grande em borboleta) e a fratura deve ser anatomicamente reduzida.
FIOS DE AÇO -
CERCLAGEM
Analgesia, Raio-X
A atividade deve ser restringida a caminhar com a coleira e reabilitação física até que a fratura tenha se
consolidado.
A reabilitação física estimula o uso controlado do membro e sua função ideal após a cicatrização da fratura
Os pinos IM devem ser removidos assim que a união óssea tenha ocorrido; se houver presença de seroma, este se
resolverá após a retirada do pino.
Fios de Kirschner e pinos cruzados geralmente não são removidos, a não ser que causem um problema.
BANDA DE TENSÃO
A tensão é a força predominante quando as fraturas por avulsão ocorrem em um ponto onde grupos de músculos
originam-se ou fazem inserção ao osso (p. ex., trocanter maior, olécrano e tuberosidade supraglenoide da
escápula).
A contração do grupo muscular nesses locais gera uma tensão que puxa a inserção óssea ou a origem de sua
localização anatômica.
A maneira mais eficiente de resistir à tensão é por meio da aplicação de uma banda de tensão.
O objetivo de uma banda de tensão é converter as forças de tensão distrativas em forças compressivas.
BANDA DE TENSÃO
HASTES BLOQUEADAS
O aumento do tamanho da placa, utilizando uma placa larga de prolongamento, ou usando uma combinação de
pino-placa, pode reforçar o implante ou reduzir suficientemente o risco de falha por fatiga.
A falha por fadiga do implante ocorre quando o córtex oposto não é reconstruído
Os orifícios da placa concentram o estresse, e a falha geralmente ocorre nessa área.
PLACAS E PARAFUSOS ÓSSEOS
ARTRODESE
PANCÁRPICA
DOENÇAS
ARTICULARES
OSTEOCONDRITE DISSECANTE
A osteocondrite dissecante (OCD), na qual um retalho de cartilagem é levantado da superfície articular, é uma
manifestação de uma síndrome geral denominada osteocondrose.
A osteocondrose é um distúrbio na ossificação endocondral, que leva à retenção da cartilagem. As porções
destacadas da cartilagem articular são, frequentemente, chamadas de fragmentos articulares.
ocorre, comumente, nos ombros, cotovelos, joelhos e jarretes de cães imaturos, de raças grandes e gigantes.
Apesar da claudicação unilateral, frequentemente esta condição é bilateral.
os sinais clínicos se desenvolvem entre quatro e oito meses de idade; entretanto, alguns cães podem não ser
apresentados para uma avaliação clínica até que atinjam a maturidade ou a meia-idade.
apresentam atrofia muscular e mostram dor quando o ombro é movimentado para uma extensão extrema
OSTEOCONDRITE DISSECANTE
OSTEOCONDRITE DISSECANTE
TRATAMENTO
Clínico - fornecer benefícios em curto prazo para alguns cães - AI, analgésicos, controle de peso.
Claudicação, atrofia muscular, migração do retalho e as complicações associadas a uma osteoartrite grave.
Cirúrgico – artroscopia ou artrotomia exploratória e a remoção do retalho de cartilagem.
Remoção do retalho de cartilagem e a curetagem das margens do defeito ósseo.
Prognóstico - a maioria dos cães se tornam saudáveis entre sete e 60 dias. Aproximadamente 75% dos cães
apresentam uma função excelente após a remoção dos fragmentos em uma avaliação de longo prazo. Apesar da
ausência de claudicação nesses cães, uma DAD pode se desenvolver.
DISPLASIA DE COTOVELO
Clínico
Cirúrgico
Sinfisiodese púbica juvenil – até 20 semanas de idade
Osteotomia dupla ou tripla da pelve
Ressecção de cabeça e colo femoral
Denervação
Artroplastia total do quadril
DCF - TRATAMENTO
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DCF - TRATAMENTO
LUXAÇÃO COXOFEMORAL
LUXAÇÃO
COXOFEMORA
L
RECONSTRUÇÃO ARTICULAR
DOENÇA DE LEGG-PERTHES
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TTA - (TIBIAL TUBEROSITY ADVANCEMENT) AVANÇO DA
TUBEROSIDADE TIBIAL
SUTURA
FABELO
TIBIAL
LUXAÇÃO
PATELAR
MEDIAL
LUXAÇÃO PATELAR MEDIAL
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CASO FILOMENA
PÓS
OPERATÓRIO
60 DIAS
FIXADOR EXTERNO
RÁDIO E ULNA
PROJEÇÃO
MÉDIO
LATERAL
PROJEÇÃO OBLÍQUA E CC
PÓS OPERATÓRIO 75 DIAS
PÓS REMOÇÃO DO FIXADOR EXTERNO