A artrodese da coluna vertebral é um procedimento cirúrgico que
fixa as vértebras da coluna, reduz a dor e devolve a capacidade de movimentação. A artrodese consiste em submeter duas ou mais vértebras a uma anquilose, ou seja, uma restrição do movimento da articulação utilizando algum método de fixação, com parafusos de titânio ou espaçadores. COMO É FEITA A ARTRODESE DA COLUNA VERTEBRAL?
São introduzidos parafusos de titânio dentro das vértebras
(nada fica exposto) para promover a fixação e estabilização dos enxertos ósseos, permitindo, a fixação adequada e mobilização precoce do paciente. Intraoperatório de artrodese lombar convencional aberta. INDICAÇÕES:
Todas Patologias Listadas Abaixo São Possíveis Indicações
Para Artrodese: • Discopatias Dolorosas • Hérnia de Disco Cervical • Estenose Espinhal – Canal Estreito • Espondilolistese e Espondilólise • Escoliose • Cifose • Traumatismos e Fraturas • Osteomielite • Tumores • Degeneração da Coluna COMPLICAÇÕES DURANTE A CIRURGIA
• A lesão neurológica por ocasião da cirurgia permanece sendo a
complicação mais devastadora. COMPLICAÇÕES APÓS A CIRURGIA
• A atelectasia é uma causa comum de febre após a cirurgia,
mudanças de decúbito, as manobras respiratórias e a tosse poderão contornar o problema. • O uso de terapia por inalação, com respiração por pressão positiva intermitente poderá trazer benefícios aos pacientes. ÍNDICES DE FUSÃO
• São menores nos fumantes, obesos, diabéticos, portadores de
osteoporose e nos pacientes portadores de alguma doença grave, ou que já tenham feito radioterapia. ARTRODESE CERVICAL • Esta cirurgia está indicada em casos de dor no pescoço ou nos braços por problemas do disco, como as hérnias discais, ou em problemas mais graves, como instabilidade da coluna por trauma ou tumores. • A cirurgia é realizada, geralmente, por uma incisão na região anterior do pescoço, dando acesso direto ao disco cervical, que fica na parte anterior da coluna. • Os pacientes submetidos a tratamento cirúrgico da coluna cervical merecem cuidados especiais quanto ao risco de sangramentos, por isso permanecem monitorados em unidade de CTI por período de 12 horas. • O paciente é orientado a manter uso de colar cervical por 3-5 semanas. • Nesta técnica cirúrgica (discectomia cervical anterior/artrodese com enxerto autógeno) é descrito uma melhora dos sintomas em 93% dos casos. ARTRODESE LOMBAR
• Consiste, basicamente, na remoção do conteúdo
pulposo do disco intervertebral, com preservação dos anéis fibrosos. • Com a remoção, ocorre a descompressão dos nervos póstero-laterias. • Faz-se, então, o enxerto de osso autólogo (do próprio paciente) no espaço discal. A imagem à esquerda mostra a incisão nas costas para o acesso ao disco intervertebral da coluna lombar, evidenciando os danos à musculatura e tecidos adjacentes, bem como um maior sangramento, o que dificulta a recuperação pós-operatória.
A imagem à direita mostra o acesso minimamente invasivo para o
tratamento da doença degenerativa do disco intervertebral, com menores danos aos tecidos, menor sangramento e recuperação mais rápida e efetiva. Raio X após a Artrodese de L4 e L5. PÓS OPERATÓRIO
1. Avaliação clínica Oxigenioterapia: manter com máscara de nebulização.
Avaliar sinais de incompetência glótica ou dificuldade respiratória,
especialmente por obstrução parcial, com ênfase nos pós- operatório de cirurgia de coluna cervical.
Avaliar força e sensibilidade no pós-operatório imediato.
Mobilização precoce, respeitando os limites de dor (Escala Visual
da Dor), após liberação médica. • Na presença de pneumopatia prévia e atelectasias, enfatizar higiene brônquica, exercícios respiratórios e mudanças de decúbito.
• Decúbito em até 45º para pós-operatório de coluna lombar e
elevação de decúbito liberada para pós-operatório de coluna cervical. • Avaliar necessidade de protetor de pé equino (disponível na UTI).
• Em casos de padrões neurológicos já instalados: órteses.
• Compressão Pneumática Intermitente, de acordo com o
risco de trombose venosa profunda. ORIENTAÇÕES PÓS CIRÚRGICAS
• Proteger do sol a região da incisão cirúrgica.
• Repouso relativo durante 15 dias após cirurgia (prorrogáveis
segundo orientação médica), devendo evitar carregamento de peso, evitar posição sentada por longos períodos, evitar movimentos torcionais de coluna, proibido guiar automóvel neste período.
• Retirar pontos conforme orientado pela equipe (geralmente
entre 7 e 14 dias após a cirurgia). • Medicação habitual deve ser mantida como antes da cirurgia, a não ser que haja outra orientação.
• Alimentação deve ser a habitual a não ser que haja algum tipo de orientação específica.
• Em caso de febre, saída de secreção de ferida operatória, dor na
coluna forte que não passa com medicação, vômitos repetitivos, procurar atendimento e avisar equipe médica. TRATAMENTO APÓS ARTRODESE:
• As opiniões variam quanto ao tratamento apropriado após
fusão espinhal.
• Comumente o paciente é colocado em uma cama firme e
colchão macio.
• O tempo de repouso ou de uso de dispositivos de sustentação
externa como colares cervicais, coletes lombares etc. Irão variar conforme o estado patológico, localização e extensão da fusão. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
• A fisioterapia está recomendada no pós-operatório das
artrodeses para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus objetivos primários são restaurar a função e diminuir dor.
• O pós-operatório imediato e o tratamento de reabilitação são
modelados por uma variedade de fatores, que incluem o tipo de prótese assim como a técnica e o acesso cirúrgico.
• O tratamento inicial inclui exercícios terapêuticos,
transferências e treino de marcha, ainda instruções sobre as atividades de vida diária. • Entre os procedimentos que a fisioterapia pode realizar encontra-se: • exercícios de conscientização da postura correta, • alongamentos ativos e passivos, • reeducação postural, • prevenção de novas deformidades, • fortalecimentos a tomada de consciência do corpo e imagem corporal • conservar a flexibilidade da coluna CONCLUSÃO:
• Conforme vimos, conclui-se que a cirurgia da coluna é um
procedimento extremamente delicado seja qual for à técnica utilizada e a sua recuperação é lenta.
• O sucesso da cirurgia depende de vários fatores e está
condicionado à ocorrência de uma fusão óssea que leva meses para acontecer. • Além disso, existem várias complicações que podem ocorrer durante ou após a cirurgia.
• A fisioterapia, tem papel importante no pós- operatório
imediato e tardio, proporcionando uma recuperação mais rápida e eficaz ao paciente, evitando recidivas e melhorando a qualidade de vida do mesmo.