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Profa.

Cristina Cardoso
Suas origens situam-se no final da década de 1970, em um
contexto no qual o Brasil estava vivendo uma ditadura militar.

A Saúde Coletiva nasce, nesse período, vinculada à luta pela


democracia e ao movimento da Reforma Sanitária.
O MS define Educação em Saúde como

Conjunto de práticas do setor que contribui para


aumentar a autonomia das pessoas no seu cuidado e
no debate com os profissionais e os gestores a fim de
alcançar uma atenção de saúde de acordo com suas
necessidades.
As práticas de Educação em Saúde envolvem três segmentos
de atores prioritários:
1. Os profissionais de saúde que valorizem a prevenção e a
promoção tanto quanto as práticas curativas;
2. Os gestores que apoiem esses profissionais;
3. População que necessita construir seus conhecimentos e
aumentar sua autonomia nos cuidados, individual e
coletivamente.
Educação na Saúde

De acordo com o glossário eletrônico da BVS,


consiste na produção e sistematização de
conhecimentos relativos à formação e ao
desenvolvimento para a atuação em saúde,
envolvendo práticas de ensino, diretrizes didáticas e
orientação curricular.
Na Educação em Saúde deve ser enfatizada a educação
popular em saúde, que valoriza os saberes, o
conhecimento prévio da população e não somente o
conhecimento científico.

Na Educação na Saúde deve ser enfatizada a educação


permanente em saúde, de maneira a buscar nas lacunas
de conhecimento dos profissionais, ações direcionadas a
qualificação dos processos de trabalho em saúde
considerando as especificidades locais e as necessidades
do trabalho real.
De onde vem o
dinheiro para o SUS?
A pandemia de COVID-19 para além das Ciências da Saúde:
reflexões sobre sua determinação social

Foi a pandemia de COVID-19 que provocou uma


desordem econômico-social ou o caos social
intrínseco ao sistema econômico vigente que
estabeleceu as bases sociais para a pandemia? 

Para além do novo coronavírus, qual a


trama causal da pandemia?

ARTIGO • Ciênc. saúde coletiva 25 (suppl 1) 05 Jun 2020


1. São as medidas econômicas e políticas demandadas pelo
enfrentamento da crise estrutural que aumentaram a desigualdade
e o desemprego para níveis alarmantes.

2. Portanto, não é a pandemia da COVID-19 a responsável pela


fome e pela miséria, por levar à morte os indivíduos pauperizados
da classe trabalhadora, mas o próprio modus operandis do
capitalismo, na efetivação diária do seu caráter destrutivo,
sobretudo por possibilitar o acúmulo de riqueza nas mãos de
poucos e a pauperização daqueles que produzem tal riqueza.

3. A pandemia, então, se constitui enquanto mais um elemento


soerguido das bases objetivas do capital mundializado, mas
estando longe de ser a raiz dos problemas sociais.

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