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Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia

Curso: Bacharelado em Serviço Social


Disciplina: Seguridade Social e Serviço Social
Professor(a): Fabricio Rodrigues
Aluna: Maria da Conceição Feitosa

Fichamento

Referência: BRAVO, Maria Inês Souza. Politica de Saúde no Brasil. In:


MOTA, Ana Elizabete et al. Serviço Social e Saúde: Formação e Trabalho Profissional.
4 ed. São Paulo: Cortez.

No presente texto a autora faz um resgate histórico das Politicas de Saúde no


Brasil, que vai ter inicio somente no século XX, para ser mais exato, a partir de 1930,
durante o governo Vargas, passando pelas politicas iniciadas a partir de 64, a partir do
golpe civil militar que perduraria até os anos 80 do século XX. Atravessando as
politicas publicas pós constituição de 1988, além dos governos neoliberais (Collor e
Fernando Henrique Cardoso) até as políticas de saúde no governo Luís Inácio Lula da
Silva.
A autora logo de início irá destacar que a assistência à saúde dos trabalhadores
foi sendo assumida pelo Estado, aliado ao nascimento da medicina social, nos países
centrais do capitalismo, como a França, a Alemanha e a Inglaterra ainda no século XIX,
devido as lutas da classe trabalhadora que possibilitou o ganho de direitos sociais,
obrigou os estados a cumprir seu papel de mediador e mantenedor da ordem social
capitalista.
No Brasil as politicas de saúde surge no bojo da expansão capitalista no país,
como expansão industrial e cafeeira vividas nas primeiras décadas do século XX. Varias
medidas serviram para a consolidação dessas políticas, como a Reforma Carlos Chagas,
de 1923, onde garante a ampliação do atendimento a saúde por parte do poder central. A
lei Eloy Chaves, também de 1923, que criou as Caixas de Aposentadorias e Pensões
(CAPs). Com isso o Estado passa a financiar, junto com as empresas e os trabalhadores
as CAPs.
A autora segue com a intervenção do Estado na Saúde de 1930 a 1964, isto é, do
período Vargas até Jango. Bravo aponta que a Politica de saúde trabalhada nesse
período teria um caráter nacional e integrador e focado em dois subsetores, o de saúde
publica e o de medicina previdenciária. Esse subsetor de saúde publica será focado em
criação de condições sanitárias mínimas, principalmente voltado para o trabalhador
urbano e sua família, deixando uma lacuna para a população rural. Em seguinte ela
aponta as principais medidas atotadas para a saúde pública: ênfase nas campanhas
sanitárias; criação de serviço de combate as endemias.
A Medicina Previdenciária surgiu ao lado da criação dos Institutos de
Aposentadorias e Pensões (IAPs) e buscava estender para uma maior parte dos
trabalhadores os seus benefícios. Esse modelo, tem um caráter de orientação
contencionista, isto é conter gastos e trabalhar para a acumulação financeira, deixando e
ampliar os serviços.
No pós segunda guerra mundial (1945) as políticas de saúde foram consolidadas
e viu um aumento de financiamento de gastos em alguns períodos. Mas esse aumento
não garantiu eliminar certas doenças e epidemias que se instauraram no período.
Já durante o regime Militar houve a predominância da participação do setor
privado, seja no setor da previdência, como no setor de saúde.
A década de 80 do século XX vimos uma maior participação popular e de
entidades ligadas a saúde pública e o setor privado para a construção de políticas sob os
desígnios da constituição cidadã de 1988. E o texto constitucional contemplou os dois
lados do embate, sendo que o maior beneficiado foi o setor popular. Direito Universal a
saúde, regulamentação da saúde por parte do poder público, criação do SUS, foram
algumas conquistas alcançadas.
Mas essas conquistas não iriam muito longe. Na década de 90, já com a entrada
da política Neoliberal no Brasil, que se inicia a partir do governo Collor e dará
prosseguimento nos governos Fernando Henrique Cardoso. Marcará esse período a
tentativa de desmonte das politicas publicas de saúde, em detrimento a entrada dos
setores privados na saúde e na previdência. O Estado deve deixar de ser o responsável
direto pelo desenvolvimento econômico e social para se tornar o promotor e regulador,
transferindo para o setor privado as atividades que antes eram suas, como nos aponta
Bravo.
Durante o governo Lula a autora vai apontar que será uma continuidade da
politica de saúde dos anos 90, vai continuar a ênfase na focalização, na precarização dos
recursos humanos, no desfinanciamento e a falta de vontade politica de viabilizar a
concepção de seguridade social em detrimento ao projeto focado no Mercado.

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