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RESUMO
Este filme retrata a evolução da saúde pública no Brasil desde o início do interesse
pela saúde até os dias de hoje. Descreve os principais benefícios econômicos do Brasil para as
necessidades básicas de saúde. O modelo de proteção social instaurado no Brasil no século
20, até o fim da ditadura militar e a promulgação da Carta em 1988, criou um cenário para
milhões de pessoas excluídas da assistência à saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) tenta
mudar esse quadro e considera a saúde um direito de todos. Esses 518 anos de Brasil fizeram
com que a saúde pública passasse por uma série de transições. É importante a gente entender
que, a 550 anos atrás, o Brasil era povoado por índios que não estavam adaptados a uma série
de doenças que vieram da Europa junto com esses portugueses, o que trouxe um processo de
saúde - doença diferenciado já naquela época ( as epidemias).
Temos um sanitarista muito conhecido, Oswaldo Cruz, que traz esse viés de
vacinação, inclusive de uma maneira relativamente polêmica, porque temos algumas
vacinações forçadas, o que gera algumas revoltas populares naquela época. Em 1920, temos o
que chamamos de Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAP) o que seria isso? São pactuações
entre empregado e empregador, que fazem com que, de certa forma, esses empregados
tivessem acesso a algum recurso de cunho previdenciário e de saúde. De certa forma, isso
também teve um fortalecimento, se tornando, por meio de Getúlio Vargas depois, os Institutos
de Aposentadoria e Pensão (IAP), que são autarquias em nível federal, e mais fortes, porque
os CAPs até então abrangiam um grupo muito pequeno, e a partir do momento que vira IAP
mais pessoas passam a ter acesso. Mas fica muito evidente que quem tem acesso às ações e às
questões de saúde são as pessoas que estão relacionadas com a força de trabalho.
Então isso tudo não aconteceu por amor do governo, mas sim porque era necessário que as
pessoas estivessem com a produtividade em alta, fazendo com que houvesse um retorno para
o governo. É importante também percebermos que isso enaltece as desigualdes sociais em
saúde, porque quem tinha um trabalho tinha acesso à saúde; quem não tinha um trabalho,
acaba não tendo esse acesso. Então a tendência é que haja um distanciamento entre o
trabalhador e a pessoa que não tinha um trabalho naquela época, recebendo um tratamento de
saúde por meio das Santas Casas, que não necessariamente conseguiam atender a todas as
pessoas em estado de vulnerabilidade no Brasil.
E a lei 8142 de 1990 que traz o financiamento do SUS e uma importante ferramenta
que é a participação social. Então a lei 8142 traz bem descrito de que formas que acontecem
os conselhos de saúde e as conferências de saúde, que são importantes instrumentos para
transferência, participação e para controle da população perante as políticas de saúde que vão
acontecer no Brasil. Apesar dos obstáculos, não há como negar a importância desse sistema
para a sociedade brasileira. Como apontou Drauzio Varella: “O SUS já atendeu diretamente
75% da população ou 150 milhões de brasileiros. Se você sair do SUS, seria uma barbárie. O
que vai acontecer com esse grupo de pessoas? Onde eles serão atendidos? Não há escolha:
Precisamos organizar o SUS para atender de forma mais eficaz a essas pessoas, intervir na
medicina preventiva e prestar serviços de atenção primária à saúde. O SUS tem feito um
ótimo trabalho no Brasil, infelizmente, tudo o que resta são exemplos de seu fracasso ou maus
resultados".