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ALUNA:VITORIA APARECIDA GOMES DA SILVA,2019190046

ATIVIDADE 1

No ano de 1500 com a chegada dos portugueses no Brasil, podíamos enxergar que a
comunidade nativa que residia à bastante tempo nessa terra tinham seus rituais de cura, no
entanto não havia um conhecimento científico como temos hoje, mas eles já se
automedicavam através de ervas medicinais. Com a colonização, os padres que vieram de
Portugal para catequisar os índios também trouxeram consigo boticas que na época eram
bastante eficazes para a evolução na saúde da população.
Com a chegada da família real em 1808, tivemos um pouco mais de evolução nesse processo
de saúde, pois precisava-se melhorar a imagem do Rio de Janeiro que era então onde a
realeza iria se estabelecer, a capital foi mudada, precisava ter um melhoramento nas
condições de saúde no local. No entanto o interesse não era a saúde da população e sim do
ambiente e o bem-estar da família real. Com a comercialização e a escravidão da época, os
portos e o centro da cidade eram bastante movimentados com esse processo de ir e vir de um
país para outro, ocasionando assim doenças. Para que houvesse uma melhor visualização do
local começaram a tirar a população pobre do centro da cidade e realocá-los nas periferias,
sendo que não se tinha um saneamento básico na época a população que já estava doente
ficou ainda mais, não tendo assim medicamentos específicos para o tratamento, acometendo
então várias mortes por não haver um interesse político e econômico na vida e na saúde da
população. Contudo o interesse dessa economia estava ligado a tudo aquilo que podia trazer
lucros, e para que os governantes não perdessem sua fonte de renda com importação e
exportação por conta das doenças eles começaram a perceber que os locais onde se
mantinham com higienização, as doenças não eram tão proliferadas quanto nas periferias. Por
essa observação começou uma ação de limpeza no centro onde a realeza se alocou,
esquecendo assim das periferias local de mais descaso. O começo de uma evolução da época
foi, justamente com o alvará de 22 de janeiro de 1810 que foi a criação de um lazareto para a
quarentena de viajantes e escravos portadores de moléstias epidêmicas, tendo assim controle
de barcos que atracavam nos portos, pessoas que estavam doentes ficavam todas de
quarentena até os vigilantes sanitários, que eram determinados pela realeza, dessem um visto
de entrada desse povo e mercadorias no país, tendo assim seus interesses econômicos
preservados. Percebemos que mesmo com o descaso da saúde da população no geral, se dá
início a uma vigilância sanitária.
Durante o período da republica velha, a medicina higienista passou a ter ênfase no Brasil e a
determinar o planejamento urbano das grandes cidades, Dentro desse modelo favoreceu a
redução de muitas epidemias, mas não foi o único fator que contribuiu. No momento em que
os tripulantes estrangeiros receavam desembarcar nos portos brasileiros, com medo de
contrair doenças, o saneamento foi a maneira encontrada para tentar melhorar a imagem do
país no exterior. Podendo assim dizer que esse seria um dos primeiros modelos sanitaristas
para melhorar a cidade com seu interesse econômico.
Com a vinda de Oswaldo Cruz para tratar das doenças que acometiam o país em 1904, ele
enfrentou um dos seus maiores desafios como sanitarista, devido ao grande surto de varíola
que acometia a população na época, o mesmo tentou promover a vacinação da população que
não foi tão aceita, causando assim várias revoltas por meio da população pobre o ocasionando
uma vacinação obrigatória, oficiais entrando e vacinando pessoas sem sua autorização. Essa
forma de agir indignou a população. O fato ficou conhecido como revolta da vacina.
Com o avanço da vacinação começou a se ter uma maior preocupação com as doenças, já em
1923, foi celebrado o convenio entre o brasil e a fundação Rockefeller. Sendo essa uma
assistência medica prolongada, considerada um marco inicial da Previdência Social no Brasil,
criando assim as caixas de aposentadorias e pensão (CAP). Essa assistência de saúde
precisava ser financiada então que fosse de uma forma compartilhada, as grandes empresas
elas realizavam essa CAP, esses fundos eram mantidos através das empresas e dos
empregados, os valores eram recolhidos e colocados nessas caixas de aposentadorias caso
acontecesse alguma coisa com esses funcionários. Eram um tipo de assistência à saúde só que
restrito, não sendo um sistema universal, ou seja, só tinha assistência medica se ele fosse
então contribuinte. Em 1933 foram criados os IAP essa organização passou a ser por
categoria profissional, então não era mais uma caixa da empresa e sim uma caixa da categoria
profissional e a forma de recolhimento também passa a mudar, agora o financiamento passa a
ser tripartite (empresa, empregado e a União). Em 1966 com a fusão dos IAPS tivemos uma
nova organização, antes eram divididas por categorias e nesse ano juntou todas e se
transformou em uma só, tendo assim o nascimento da previdência, INPS.
O modelo de saúde que antes nós tínhamos, limitado, excludente, restrito, já não era vontade
da população, então a baixa qualidade e alta mortalidade nessa época fez com que através da
revolta de alguns setores da sociedade, dos núcleos de saúde coletiva e dos centros de
pesquisas, houvesse uma provocação da sociedade e desses grupos políticos para então
provocar esse movimento de reforma sanitária prevendo então que precisava ocorrer uma
reestruturação dessa política de saúde que não era uma política que contemplava e que sim
excluía boa parte dessa população e mesmo os previdenciários que tinham esses recursos,
julgavam ser de baixa qualidade. Contudo tivemos a oitava Conferência Nacional de Saúde,
isso foi devido a todos os movimentos sociais que provocaram a realização da mesma.
Em 1988 teve o início da implantação do SUS no Brasil, mas só no ano de 90 que tivemos a
regulamentação do SUS pela lei 8.080 que dispõe sobre a organização e funcionamento do
serviço correspondente a área, ou seja, ela defende todo o nosso sistema de saúde de hoje em
dia. Além também da lei de número 8.142 que dispõe da participação da comunidade na
gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros. Por
conta de vetos com a comunidade nessa constituição pelo governo se criou essa nova lei
envolvendo a comunidade.
No entanto até hoje o SUS continua enfrentando dificuldades, pois com a corrupção, o super
faturamento de verbas ainda dificulta a forma de agir do sistema. É claro que hoje nós temos
uma organização que favorece, temos a atenção básica que é a ordenadora do cuidado, mas
precisamos caminhar para que isso seja efetivado de forma correta e jamais deixar que essa
implementação venha a se tornar privativa pois a população carece de cuidados, principalmente
as classes mais pobres, que não teriam acesso à uma instituição privada.

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