Você está na página 1de 3

BRASIL. Ministério da saúde. História da Saúde Pública no Brasil. Youtube.

24 Set. 2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=L7NzqtspLpc>.

O filme "História da saúde pública no Brasil” inicia falando sobre a virada do


século e as expectativas pelas inovações tecnológicas e científicas que iriam
ocorrer. No entanto, o início do século também foi marcado por epidemias de
doenças como a cólera, malária, tuberculose, febre amarela e a varíola. Nessa
época houve um aumento da pressão política por medidas para resolver essa
situação, visto que navios imigrantes, não queriam mais ancorar em postos
brasileiros por medo dessas doenças. Já nesse período era evidente as diferenças
no tratamento de ricos que podiam pagar por atendimento médico e os pobres que
só podiam recorrer às benzedeiras e à caridade da igreja.
O período de 1900 a 1920 foi marcado por várias reformas sanitárias que
buscavam a limpeza de grandes cidades como o Rio de Janeiro e de áreas
portuárias como o porto de Santos. No entanto, apesar dessas medidas o Brasil
continuava sofrendo com epidemias e crises sanitárias, a exemplo da gripe
espanhola que causou a morte de 300 mil brasileiros. Mesmo que medidas de saúde
fossem contra os interesses econômicos e políticos, o país só poderia crescer se
sua população estivesse saudável e capaz de trabalhar. Algumas campanhas de
saúde foram feitas por sanitaristas durante esse período. Entre eles o médico
Oswaldo Cruz, cujas medidas levaram a revolta da população, ao tornar a vacinação
contra a varíola obrigatória.
Outra medida adotada foi a criação das caixas de aposentadoria e pensão(
CAPS) que surgiram nos anos 20, na tentativa de garantir que os trabalhadores
estivessem protegidos em casos de doenças ou durante a velhice. Posteriormente
esse modelo foi ampliado e passou a se chamar Institutos de Aposentadoria e
Pensão (IAPS), abrangendo várias categorias profissionais. Entretanto as verbas
destinadas à saúde foram desviadas para outros setores, e a industrialização do
país foi financiada pelos recursos dos IAPS. O que dificultava que os atendimentos
de saúde chegassem a todos. E mesmo com a adoção dessas medidas o Brasil
continuava doente.
O Ministério da Saúde foi criado em 1953, e se ocupava das políticas de
atendimento em zonas rurais, enquanto nas cidades só tinham acesso aos
atendimentos de saúde os trabalhadores com carteira assinada. Durante a ditadura
militar houve redução das verbas destinadas à saúde. Doenças como a dengue,
malária e a meningite se tornaram endêmicas o que ocasionou um aumento da
mortalidade infantil. Esse cenário obrigou o estado a buscar soluções. Em 1966, foi
criado o INPS na tentativa de unificar todos os órgãos previdenciários e melhorar os
atendimentos médicos.
Ainda assim, as verbas destinadas para a saúde correspondiam a apenas 1%
do orçamento geral da união, o que representava uma piora nos serviços públicos
de saúde dando forças para que os grupos de saúde privados crescessem. Fazendo
com que a saúde virasse sinônimo de mercadoria. Posteriormente foi criado o
sistema único de saúde (SUS), que estabelece o princípio de um sistema de saúde
gratuito e de qualidade para todos os brasileiros, acompanhado de programas como
o saúde da família (PSF) que também foram criados durante esse período.
Apesar dos inegáveis avanços que o SUS trouxe, ele ainda enfrenta muitos
desafios, como o recebimento insuficiente de verbas, o que reflete diretamente na
qualidade de atendimento oferecido. Além disso, esse sistema ainda enfrenta casos
de corrupção. E uma saúde de qualidade para o povo brasileiro continua sendo uma
busca, apesar de estar contido no artigo 196 da constituição que a saúde é um
direito de todos e um dever do estado.

Você também pode gostar