Discente Juliano Augustus Fernandes Lima Sousa Turma XVIII, 1° Período de medicina
Relatório Crítico
Analisados os vídeos "A história da saúde pública no Brasil – 500 anos na
busca de soluções" e "Políticas de Saúde no Brasil – Documentário de Renato Tapajós", notável que ambos retratam desafios, transformações e conquistas do país na área da saúde, buscando demonstrar como ela é impactada por políticas estatais. Nesse sentido, é retratado um esforço para efetivar uma saúde democrática.
Diante disso, os vídeos apresentam a evolução da saúde pública no brasil
desde Oswaldo Cruz até a contemporaneidade. Dessa forma, alguns dos pontos mais importantes são: Oswaldo Cruz e a campanha de erradicação da febre amarela e varíola, que gerou protestos e revoltas populares, conhecidas como a Revolta da Vacina. Apesar das controvérsias, essa campanha foi essencial para controlar a doença; Getúlio Vargas e a consolidação de políticas de saúde, como A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943, trouxe direitos trabalhistas e melhorias nas condições de trabalho, o que também impactou positivamente na saúde dos trabalhadores e a criação do Ministério da Saúde em 1953; a Ditadura Militar que enfrentou desafios econômicos e políticos, resultando em limitações de financiamento para o setor de saúde e a consequente expansão das companhias privadas de saúde e um aumento significativo dos lucros nesse setor; José Sarney e a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição de 1988, isso representou uma mudança significativa no modelo de saúde brasileiro, consolidando o direito à saúde como dever do Estado.
Diante desse cenário, é demonstrado nos vídeos, também, os reais motivos
do Estado entregar ao povo migalhas de uma possível saúde pública de qualidade: interesses políticos e econômicos, desde Oswaldo Cruz e Revolta da Vacina até a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) durante o desenvolvimento da Constituição Federal de 1988. Além disso, é preciso ressaltar que desde seu surgimento, o Brasil covardemente negligencia à população vida saudável e bem- estar social - ambos garantidos na Carta Magna -, sendo que os únicos com real acesso a esses benefícios sempre foram os bem afortunados.
Ademais, a criação de programas de saúde pública não resolve problemas,
se tais políticas não tem o incentivo fiscal e estrutural necessário, realidade essa que afeta os cidadãos desde os primórdios do SUS.
Porém, é inegável que o povo teve várias conquistas na saúde pública,
desde a colônia. O Brasil é um país referência em vacinação, tem desenvolvido programas eficazes de controle e prevenção de doenças endêmicas, como dengue, zika, chikungunya e malária, investiu em iniciativas de combate à esquistossomose e outras enfermidades tropicais, conseguiu reduzir significativamente as taxas de mortalidade infantil e materna com investimentos em prevenção e pré-natal, tem um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, proporcionando acesso universal e gratuito aos serviços de saúde para todos os cidadãos brasileiros, etc.
Diante do exposto, se faz necessário o comprometimento do Estado para
realizar o que promete nas garantias constitucionais, para parar de redirecionar o orçamento público para fins corruptos e realmente se preocupe com seu povo. Dessa forma, poderia ajudar a todos, sem distinção de raça, sexo ou classe social e para que a nação conseguiria usufruir de uma saúde pública digna.
As receitas tributárias e o planejamento social da saúde no Brasil: a repartição das receitas tributárias, o planejamento social da saúde no Brasil e o teto de gastos públicos
Projeto de Pesquisa - Direito e Justiça Uma Análise Do Epd (Lei 13.1462015) À Luz Da Teoria Da Justiça e Equidade de John Rawls e As Críticas Das Teorias Da Capacidade