EPIDEMIOLOGIA EM SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA Prof. Cristiane Kelly Aquino
WELLINGTON PEREIRA DOS SANTOS
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL E SICKO: A LUTA PELO O
DIREITO À SAÚDE
Desenvolvido mediante a uma parceria entre o Ministério da Saúde Brasileira,
a Universidade Federal Fluminense e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o documentário "Políticas de saúde no Brasil: um século de luta pelo direito à saúde” foi dirigido por um dos maiores cineastas político do país, Renato Tapajós. Trata-se de uma obra bastante didática e muito importante para compreensão histórica sobre as políticas de saúde implementadas no Brasil. Já o filme Sicko, foi uma obra dirigida pelo grande cineasta e escritor norte-americano, Michael Moore. O filme relata como a utilização de planos de saúde, propostos somente por empresas privadas, foram totalmente ineficientes para o modelo de saúde dos Estados Unidos. O documentário brasileiro retrata a saúde do país desde o início do século XX. Mostra como surgiu a ideia de se criar um sistema de previdência e assistência médica para os trabalhadores e como as estruturas de saúde foram centralizadas e uniformizadas, durante o governo de Getúlio Vargas. Enfatiza como foram criados os Institutos de Assistência e Previdência Social (IAPS), que posteriormente se transformariam no atual Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Destaca sobre a importância, durante a segunda guerra mundial, da criação do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), que atendia à população da Amazônia. Além disso, no governo de Juscelino Kubitscheck, realça a atuação da iniciativa privada e da medicina de grupo sobre as mudanças no atendimento à saúde da população brasileira. O filme mostra também cenas da 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, que debatia a saúde pública no país. E ressalta o atual Sistema Único de Saúde (SUS), garantido pela Constituição de 1988, e seus grandes avanços alcançados em todo o país. Com relação ao filme dirigido por Michael Moore, o mesmo relata o acordo firmado entre o então presidente americano, Nixon, com o dono de uma das maiores companhias de saúde dos EUA, dando início assim ao sistema de saúde privada no país e gerando milhões as empresas responsáveis. Ressaltar o grande descontentamento por parte dos norte-americanos que sofreram e ainda sofrem com a falta de efetividade garantidos pelos planos de saúde, onde os mesmos, apesar de assegurados, não conseguem assistência mínima e adequado nos atendimentos e tratamentos. Enfatiza também a importância da reforma na saúde dirigida pela primeira dana Hilary Clinton, no governo de Clinton. Onde mostra como ela conseguiu efetivar, por um período de tempo, a universalidade do sistema sendo possível que os cidadãos desfrutassem do atendimento público de saúde independentemente de condições financeiras, sociais e raciais, entre outras. Entretanto, por meio de alguns “favores”, as empresas envolvidas no sistema conseguiram reverter a situação e derrubar a reforma, voltando assim a funcionar o sistema de seguros de saúde. Moore ainda destaca no filme, como forma de crítica e também de comparação, a enorme eficiência dos sistemas de saúde que são utilizados na Inglaterra, no Canadá, na França e em Cuba. Evidencia por meio da eficácia desses países como um sistema público de saúde (gratuito), através de uma excelente gestão e também por meio de inovação, pode gerar resultados significativos para seus cidadãos. Contudo, o Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, apesar de ser um sistema de saúde gratuito e universal, ser um sistema mais justo do que o americano e também proporcionar vários avanços significativos ao longo do tempo, ainda precisa vencer alguns desafios para que o mesmo possa ser um sistema bem mais eficaz. Desafios como: acabar com o subfinanciamento do sistema, aumentar o poder de investimento econômico em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) que hoje representa apenas 4,21% do mesmo e também proporcionar melhores condições de trabalho. Diante do que foi exposto e mediante a atual conjuntura que o mundo estar vivendo, referente ao enfrentamento da pandemia do Covid-19, nota-se, que faz-se necessário e de suma importância um país ter um sistema de saúde eficiente. Pois diversas calamidades assolam ou podem assolar o mundo a qualquer momento e um país preparado e bem estruturado, é um país “resguardado”.