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ÉTICA E DECORO
PARLAMENTAR DO
SENADO FEDERAL
Código de Ética e Decoro Parlamentar
do Senado Federal – Parte I
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DO SENADO FEDERAL
Código de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal – Parte I
Sumário
Gabriel Dezen
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CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DO SENADO FEDERAL
Código de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal – Parte I
Gabriel Dezen
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CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR DO SENADO FEDERAL
Código de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal – Parte I
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Não é possível a
O STF recusa-se a reavaliar a motivação ou fundamentos de
reavaliação judiciária das
decisão de Casa Legislativa que levou à cassação de mandato
razões da decisão política
por quebra de decoro, embora possa ser provocado para
de cassação de mandato
garantir a observância das garantias formais, como a ampla
em processo político-
defesa (MS 21861, de 21.9.2001).
disciplinar.
O acompanhamento dos atos e termos do processo é
função ordinária do profissional da advocacia, no exercício
A ausência do parlamentar da representação de seu cliente, quando atua no sentido
processo para perda de de constituir espécie de defesa técnica. A ausência pessoal
mandato, mesmo que do acusado, salvo se a legislação aplicável à espécie assim
por licença médica, não expressamente o exigisse, não compromete o exercício
compromete a sua ampla daquela função pelo profissional da advocacia, razão pela
defesa qual neste fato não se caracteriza qualquer espécie de
infração aos direitos processuais constitucionais da ampla
defesa e do contraditório. (MS 25917, de 1.6.2006)
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Código de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal – Parte I
Gabriel Dezen
Nota
e regimentais
O Regimento Interno do Senado Federal foi revogado implici-
tamente me diversos dispositivos pelos termos deste CEDP,
à vista da impossibilidade de serem conciliados dispositivos
sobre a mesma matéria existentes nas duas normas.
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sujeitando-se aos
procedimentos Os procedimentos serão vistos detalhadamente, em
disciplinares nele fluxogramas, ao longo do estudo deste CEDP.
previstos.
Art. 56. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
segundo o princípio majoritário.
.......................................................................................
II – zelar pelo aprimoramento da ordem constitucional e legal do País, particularmente das institui-
ções democráticas e representativas, e pelas prerrogativas do Poder Legislativo.
Nota!
A Constituição Federal, no art. 49, V e XI, já determina ao Congresso Nacional, por decre-
to legislativo, e respectivamente, a competência para sustar atos normativos do Executivo e
para zelar pela preservação de sua competência legislativa em face das atribuições norma-
tivas “dos outros Poderes”.
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CAPÍTULO II
DAS VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS
Art. 3º É expressamente vedado ao Senador:
Essas condutas descritas neste art. 3º são puníveis com a perda do mandato, como consta
no art. 11 deste CEDP:
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Art. 11. Serão punidas com a perda do mandato:
I – a infração de qualquer das proibições constitucionais referidas no art. 3º (Constituição Federal,
art. 55);
Em fluxograma:
(1) (2)
1. As proibições previstas no inciso I deste artigo aplicam-se desde a diplomação.
2. As proibições constantes no inciso II deste artigo apenas incidem desde a posse.
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Código de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal – Parte I
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Nota!
Para uma compreensão completa e profunda dessas hipóteses constitucionais de extin-
ção e de cassação de mandato, veja a matéria no meu curso PODER LEGISLATIVO NA CONS-
TITUIÇÃO FEDERAL, no Módulo 11, disponível aqui no Gran Cursos Online, nos formatos aulas
em PDF e videoaulas, e também no formato em exercícios.
O diploma de Senador eleito é expedido pela Justiça Eleitoral, após a homologação oficial
do resultado da eleição.
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o con-
trato obedecer a cláusulas uniformes;
Nota!
Esta vedação qualifica-se tecnicamente como incompatibilidade negocial.
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissível ad
nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;
Veja que, pelos termos expostos, um Senador não poderá, por exemplo, ocupar cargo em
comissão na administração pública de determinado Município ou Estado.
Nota!
Cuida-se, aqui, de incompatibilidade profissional com a titularidade de mandato legisla-
tivo federal.
II – desde a posse:
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A posse do Senador eleito ocorre, como regra (veja quadro acima) em sessão preparatória,
realizada no dia 1º de fevereiro do ano posterior ao da eleição.
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
Nota!
Hipótese de incompatibilidade negocial.
A expressão “goze de favor... de pessoa jurídica de direito público” tem lastro histórico e
aponta para situações nas quais a empresa seja beneficiada por medida governamental fun-
damentada em discricionariedade do governante, como a concessão de incentivos fiscais es-
pecíficos, não gerais.
O § 1º deste artigo determina que se consideram incluídas nessa proibição as pessoas jurídi-
cas de direito privado controladas pelo poder público.
Veja que o § 3º deste artigo determina que Fundos de Investimentos Regionais e Setoriais
também se incluem no conceito de “pessoa jurídica”, para fins de incidência da vedação.
Consta nesse dispositivo:
§ 3º Consideram-se pessoas jurídicas às quais se aplica a vedação referida no inciso II, a, para os
fins do presente Código, os Fundos de Investimentos Regionais e Setoriais.
O § 2º deste artigo determina que esta proibição alcança o Senador enquanto pessoa física, e
é extensiva ao seu cônjuge ou companheiro(a) e a pessoas jurídicas direta ou indiretamente
controladas por qualquer destes.
b) ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, a;
As “entidades referidas no inciso I, a”, são pessoa jurídica de direito público, autarquia, em-
presa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público.
Nota!
Cargos demissíveis ad nutum são os de livre nomeação e exoneração, cujo ocupante pode
ser destituído pela autoridade competente de forma imotivada, independentemente de qual-
quer outro procedimento prévio.
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O § 1º deste artigo determina que se consideram incluídas nessa proibição as pessoas jurídi-
cas de direito privado controladas pelo poder público.
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;
Novamente, as “entidades referidas no inciso I, a”, são pessoa jurídica de direito público,
autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de ser-
viço público.
Nota!
“Patrocinar causa” significa interceder em nome próprio, a partir da atuação como advo-
gado, em qualquer instância, em favor de pleitos das entidades referidas, incluídas as que, por
extensão, estejam compreendidas na proibição.
Esta alínea “c” contém incompatibilidade profissional contra os membros do Congresso Na-
cional, a partir da diplomação.
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo (Constituição Federal, art. 54).
A proibição alcança todo e qualquer cargo público eletivo federal, estadual, distrital e mu-
nicipal, tanto no Poder Executivo quanto Poder Legislativo.
A extensão da vedação para alcançar “mandato” busca proibir, também, que Senador de-
tenha, simultaneamente com este mandato, a condição de vice (Vice-presidente da República,
Vice-governador ou Vice-prefeito).
Nota!
Como essa vedação incide apenas a partir da posse, é lícito ao ocupante de outro cargo
eletivo (como Deputado Federal, Governador, Deputado Estadual, Prefeito) que seja diploma-
do no mandato de Senador sem renunciar a qualquer dos mandatos. Por ocasião da posse,
contudo, o então Senador deverá renunciar expressamente ao outro cargo eletivo.
Esta alínea “d” contém incompatibilidade política em desfavor dos membros do Congres-
so Nacional.
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§ 1º Consideram-se incluídas nas proibições previstas nos incisos I, a e b, e II, a e c, para os fins do
presente Código de Ética e Decoro Parlamentar, pessoas jurídicas de direito privado controladas
pelo poder público.
Com essa previsão, às pessoas jurídicas de direito público, autarquia, empresa pública, so-
ciedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, referidas no inciso
I, a, deste artigo, ficam incluídas nas vedações as pessoas jurídicas de direito privado contro-
ladas pelo poder público.
Quanto às vedações que se sujeitam a essa extensão às pessoas jurídicas de direito priva-
do controladas pelo poder público, veja em quadro:
§ 2º A proibição constante da alínea a do inciso I compreende o Senador, como pessoa física, seu
cônjuge ou companheira e pessoas jurídicas direta ou indiretamente por eles controladas.
Nota!
A proibição (incompatibilidade) referida é:
I – desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes.
Este dispositivo, portanto, tem índole extensiva, alcançando não apenas o próprio Sena-
dor ou Senadora, mas outras pessoas, físicas e jurídicas.
Em quadro:
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Nota!
A mesma previsão extensiva se encontra no art. 4º, I, abaixo, nos seguintes termos:
I – celebrar contrato com instituição financeira controlada pelo poder público, incluídos
nesta vedação, além do Senador como pessoa física, seu cônjuge ou companheira e pessoas
jurídicas direta ou indiretamente por ele controladas.
§ 3º Consideram-se pessoas jurídicas às quais se aplica a vedação referida no inciso II, a, para os
fins do presente Código, os Fundos de Investimentos Regionais e Setoriais.
Nota!
A vedação referida, que sofre essa extensão conceitual, determina:
II – desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de con-
trato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.
CAPÍTULO III
DOS ATOS CONTRÁRIOS À ÉTICA E AO DECORO PARLAMENTAR
Art. 4º É, ainda, vedado ao Senador:
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O “ainda” se deve ao fato de que as vedações contidas no art. 3º desta Resolução estão
todas previstas na Constituição Federal. Este art. 4º, portanto, veicula novas vedações.
Nota!
Com essa prescrição contida no art. 4º, temos que os Senadores e Senadoras estão ex-
postos a dois grupos de incompatibilidades (ou vedações, ou proibições):
• as de raiz constitucional federal, contidas no art. 3º;
• as de raiz regimental, veiculadas por este art. 4º.
A infração às vedações deste art. 4º levam à perda do mandato, nos termos do art. 11, II:
I – celebrar contrato com instituição financeira controlada pelo poder público, incluídos nesta veda-
ção, além do Senador como pessoa física, seu cônjuge ou companheira e pessoas jurídicas direta
ou indiretamente por ele controladas;
Senadores e Senadoras
Cônjuges, companheiros e companheiras
de Senadores e Senadoras
Alcance da vedação
Pessoa jurídica de direito privado
controlada por membros do Senado ou
seus cônjuges ou companheiros(as).
Celebração de contrato com instituição
financeira controlada pelo poder É vedada, sem exceções.
público (“banco público”)
Celebração de contrato com qualquer
É permitida, sem restrições.
outra instituição financeira privada
Esta proibição não impede ao Senador ou Senadora, seu cônjuge ou companheiro(a) de manter
contas correntes e manter cheques especiais ou garantidos nessas instituições, como autori-
za o § 1º deste artigo:
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§ 1º É permitido ao Senador, bem como a seu cônjuge ou companheira, movimentar contas e manter
cheques especiais ou garantidos, de valores correntes e contrato de cláusulas uniformes, nas insti-
tuições financeiras referidas no inciso I.
II – dirigir ou gerir empresas, órgãos e meios de comunicação, considerados como tal pessoas
jurídicas que indiquem em seu objeto social a execução de serviços de radiodifusão sonora ou de
sons e imagens;
Esta restrição é limitada a empresas (pessoas jurídicas de direito privado) que atuem na
área de comunicação na área de radiodifusão sonora (rádios) ou de sons e imagens (canais
de televisão ou repetidoras).
A vedação alcança qualquer forma de direção ou gestão, independentemente da denomi-
nação do cargo ou participação societária.
É excluída desta proibição a direção ou gestão de jornais, editoras de livros ou empresas si-
milares, na forma do § 2º deste artigo:
Deve ser registrado que a redação atual deste Código de Ética e Decoro Parlamentar:
• penaliza o cometimento de abuso de poder econômico no processo eleitoral;
• não penaliza o abuso de poder político.
Vamos ver a distinção conceitual entre os dois tipos de abusos no processo eleitoral:
Conceitua-se como a utilização, antes ou durante o processo
eleitoral (fase de campanha política), de recursos financeiros
ou patrimoniais de maneira excessiva, de forma de deturpar a
formação da vontade política legítima do eleitor.
O objetivo é beneficiar determinado candidato, partido político ou
Abuso do poder
coligação.
econômico
Ocorre sob diversas formas, entre as quais compra de apoio
político de formadores de opinião, compra de voto, cessão ou
promessa de cessão de benefícios a pessoas, entidades ou
empresas e propaganda subliminar nos meios de comunicação.
Atualmente, encontra fértil terreno nas redes sociais.
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Nota!
O abuso de poder econômico no processo eleitoral pode fundamentar a ação de impugna-
ção de mandato eletivo (AIME), como prevista na própria Constituição Federal, no art. 14, § 10.
§ 1º É permitido ao Senador, bem como a seu cônjuge ou companheira, movimentar contas e man-
ter cheques especiais ou garantidos, de valores correntes e contrato de cláusulas uniformes, nas
instituições financeiras referidas no inciso I.
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A infração às vedações deste art. 5º levam à perda do mandato, nos termos do art. 11, II:
A prática de ato incompatível com o decoro parlamentar fundamenta processo de perda de man-
dato por decisão do Plenário do Senado, na forma do art. 55, II, e § 2º, da Constituição Federal.
Este inciso apenas repete, literalmente, o contido no art. 55, § 1º, da Constituição Federal.
O conceito de “prerrogativas constitucionais” de Senadores inclui todas as formas de ex-
pressão da atividade parlamentar, desde o uso da palavra até o desempenho de funções de
Presidente de comissão, relator de proposições, membro de comissão parlamentar de in-
quérito, Presidente da Senado ou detentor de qualquer outro cargo na Mesa, comissão ou
outro órgão.
II – a percepção de vantagens indevidas (Constituição Federal, art. 55, § 1º), tais como doações,
ressalvados brindes sem valor econômico;
A gravidade efetiva das ações do Senador acusado será avaliada pelo Plenário do Senado,
quando da decisão sobre a perda do mandato por quebra de decoro parlamentar.
A matéria, portanto, guarda elevada subjetividade política, e em função disso, o parágrafo
único deste artigo, abaixo, veicula conteúdo conceitual, especificando – mas apenas de forma
indicativa, sem exaurir o conceito – o que configura “irregularidades graves” para fins de perda
de mandato.
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Como se lê no referido parágrafo único, o Código de Ética, neste ponto, não veicula um rol ta-
xativo, mas meramente exemplificativo, de condutas que configuram “irregularidades graves”.
Parágrafo único. Incluem-se entre as irregularidades graves, para fins deste artigo:
A redação tem nítida finalidade indicativa, pelo uso da partícula “incluem-se”. Com isso,
o Plenário do Senado, quando do caso concreto, está plenamente habilitado para decidir no
sentido de que uma conduta aqui não enumerada também seja caracterizada como “irregu-
laridade grave”.
a atribuição de dotação
orçamentária, sob a forma de Essa atribuição ocorre por meio de emendas ao
subvenções sociais, auxílios ou projeto de lei orçamentária anual.
qualquer outra rubrica
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II – a criação ou autorização de encargos em termos que, pelo seu valor ou pelas características
da empresa ou entidade beneficiada ou contratada, possam resultar em aplicação indevida de re-
cursos públicos.
Tanto a criação quanto a autorização de encargos também exigem emendas aos projetos
de lei orçamentárias.
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EXERCÍCIOS
001. (QUESTÃO INÉDITA) Segundo a construção jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal,
é possível a abertura de processo político-disciplinar contra Senador mesmo que este não te-
nha cometido qualquer ato punível na legislatura em curso.
002. (QUESTÃO INÉDITA) Se um membro do Senado Federal for réu em processo criminal,
não há possibilidade de, pelo mesmo fato, vir a ser submetido a processo político disciplinar
pelo Senado Federal.
Conforme decidido pelo STF, a pendência de processo criminal não impede o processamento
político disciplinar (MS 21443, de 22.4.1992).
Certo.
004. (QUESTÃO INÉDITA) Se o Senador estiver sob licença médica ou afastado do exercício
do mandato por outra razão, o processo político disciplinar de perda do mandato terá que ser
suspenso, como efeito das garantias da ampla defesa e do contraditório.
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006. (QUESTÃO INÉDITA) O Senador que se afaste do exercício do mandato para assumir o
cargo de Ministro de Estado pode, segundo a jurisprudência do STF, ainda assim vir a ser res-
ponsabilizado por ato tido como atentatório ao decoro parlamentar.
007. (QUESTÃO INÉDITA) Além da Constituição Federal, também o Regimento Interno do Se-
nado Federal pode estabelecer determinações disciplinares contra os Senadores e Senadoras.
Como consta na Constituição Federal (art. 55, § 1º) e no CEDP (art. 1º, caput).
Certo.
010. (QUESTÃO INÉDITA) A proibição de Senador manter contrato, exceto se obedecer a cláu-
sulas uniformes, limita-se à esfera federal.
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A vedação alcança todas as pessoas jurídicas de direito público, como consta no art. 3º, I.
Errado.
011. (QUESTÃO INÉDITA) Nos termos do Código de Ética e Decoro Parlamentar, um Senador
está proibido de aceitar ou exercer cargo em comissão desde a diplomação, e de ocupar tais
cargos desde a posse.
012. (QUESTÃO INÉDITA) Um Senador não pode exercer cargo público municipal, mas esta
vedação só é incidente desde a posse no Senado Federal.
Essa incompatibilidade, segundo o art. 3º, II, d, incide apenas a partir da posse.
Certo.
014. (QUESTÃO INÉDITA) Se o Senador for advogado com atuação profissional, esta proibido,
desde a posse, de representar a União ou Estado em juízo.
015. (QUESTÃO INÉDITA) A proibição de Senador exercer emprego remunerado não inclui
pessoa jurídica de direito privado.
O art. 3º, em seu § 1º, estabelece a extensão da proibição a pessoa jurídica de direito privado,
se controlada pelo poder público.
Errado.
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016. (QUESTÃO INÉDITA) A vedação, contra membro do Senado Federal, de firmar ou manter
contrato com pessoa jurídica de direito público, abrange companheiro e cônjuge, mas não pa-
rentes até segundo grau.
Como consta no art. 3º, § 2º. Os parentes estão excluídos da cláusula extensiva da vedação.
Certo.
017. (QUESTÃO INÉDITA) O Código de Ética não veda expressamente que Senador seja pro-
prietário ou controlador de empresa que goze de favor decorrente de Fundos de Investimento
Setoriais.
018. (QUESTÃO INÉDITA) O Código de Ética permite que Senador ou seu cônjuge mantenha
cheque especial em instituição financeira controlada pelo poder público.
Apesar da proibição geral do art. 4º, I, o § 1º deste artigo veicula essa permissão expressamente.
Certo.
019. (QUESTÃO INÉDITA) Um Senador está proibido pelo Código de Ética de dirigir ou gerir
empresa voltada à edição de livros.
Apesar da proibição constante no inciso II do art. 4º, o § 2º deste artigo exclui da proibição
empresas que se dediquem à impressão de jornais, livros e similares.
Errado.
020. (QUESTÃO INÉDITA) O Código de Ética e Decoro Parlamentar proíbe expressamente que
Senador pratique abuso de poder político durante o processo eleitoral.
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Código de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal – Parte I
Gabriel Dezen
GABARITO
1. C 8. C 15. E
2. C 9. E 16. C
3. E 10. E 17. E
4. E 11. C 18. C
5. C 12. E 19. E
6. C 13. C 20. E
7. C 14. C
Gabriel Dezen
Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Especialista em Direito Constitucional
é, atualmente, consultor legislativo concursado do Senado Federal. Foi, sempre por concurso público, de-
legado de polícia federal e analista de Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. É professor de Direito
Constitucional e conferencista e parecerista nessa área jurídica. É autor de diversas obras sobre esse
ramo do Direito Público, a principal delas: Constituição Federal Interpretada (Editora Impetus).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Reginaldo - 71575464349, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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