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PARLAMENTAR DA CÂMARA
DOS DEPUTADOS
A CF prevê que uma das causas que podem implicar na cassação do mandato de um Parlamentar é a
seguinte:
Art. 55, II - Perderá o mandato o Deputado ou Senador cujo procedimento for declarado incompatível com
o decoro parlamentar;
Art. 55, § 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento
interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de
vantagens indevidas.
STF STP 949 - A Constituição da República estabelece, a teor do art. 55, II, como hipótese de cassação do
mandato a prática de condutas incompatíveis com o decoro parlamentar. Essa expressão consubstancia
verdadeiro conceito genérico a ser preenchido pela Casa Legislativa competente, a evidenciar seu amplo
espectro de discricionariedade. Ou seja, as Casas tem, dentro da razoabilidade, liberdade para preverem as
hipóteses caraterizadoras de quebra de decoro parlamentar
STF MS 25.579 - O membro do Congresso Nacional que se licencia do mandato para investir-se no cargo
de ministro de Estado não perde os laços que o unem, organicamente, ao Parlamento (CF, art. 56, I). (...)
ainda que licenciado, cumpre-lhe guardar estrita observância às vedações e incompatibilidades inerentes
ao estatuto constitucional do congressista, assim como às exigências ético-jurídicas que a Constituição
(CF, art. 55, § 1º) e os regimentos internos das Casas Legislativas estabelecem como elementos
caracterizadores do decoro parlamentar. Em resumo: mesmo licenciado continua submetido ao Código de
ética e decoro parlamentar.
STF MS 23.388 - Escapa ao controle do Judiciário, no que concerne a seu mérito, juízo sobre fatos que se
reserva, privativamente, à Casa do Congresso Nacional formulá-lo. O que pode ser protegido pelo STF
nesses casos são as garantias constitucionais processuais: devido processo legal, NUNCA o mérito.
STF MS 34.327 - A suspensão do exercício do mandato do impetrante, por decisão desta Corte em sede
cautelar penal, não gera direito à suspensão do processo de cassação do mandato: ninguém pode se
beneficiar da própria conduta reprovável.
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Veremos que nem toda a “quebra de decoro parlamentar” implica em cassação, mas algumas podem
implicar nesta sanção máxima.
Além disso, a própria CF já previu duas situações que são consideradas como incompatíveis com o decoro
parlamentar:
Os detalhes sobre esses assuntos relativos ao Decoro Paramentar dos deputados veremos no Código de Ética
e Decoro Parlamentar da Câmara, que é a norma que estabelece os princípios éticos e as regras básicas de
decoro que devem orientar a conduta dos que estejam no exercício do cargo de Deputado Federal ou
Senador.
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2) CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR
a) Disposições Preliminares
Art. 1º Este Código1 estabelece os princípios éticos e as regras básicas de decoro que devem orientar a
conduta dos que sejam titulares ou que estejam no exercício de mandato de Deputado Federal.
Parágrafo único. Regem-se também por este Código o procedimento disciplinar e as penalidades aplicáveis
no caso de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar.
Art. 2º As imunidades, prerrogativas e franquias asseguradas pela Constituição Federal, pelas leis e pelo
Regimento Interno da Câmara dos Deputados aos Deputados são institutos destinados à garantia do
exercício do mandato popular e à defesa do Poder Legislativo
E, portanto, não podem ser utilizados pelo parlamentar de forma indevida. A confiança que nele foi
depositada pela população exige um comportamento no mais alto nível ético possível.
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O Código de Ética e Decoro Parlamentar é uma Resolução, e, portanto, para ser alterado deve seguir as regras previstas no RICD
relativas à alteração do Regimento Interno que também é uma resolução.
Art. 19. Os projetos de resolução destinados a alterar este Código obedecerão às normas de tramitação do art. 216 do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados, aprovado pela Resolução nº 17, de 1989
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b) Dos deveres fundamentais
II - respeitar e cumprir a Constituição Federal, as leis e as normas internas da Casa e do Congresso Nacional;
III - zelar pelo prestígio, aprimoramento e valorização das instituições democráticas e representativas e
pelas prerrogativas do Poder Legislativo;
IV - exercer o mandato com dignidade e respeito à coisa pública e à vontade popular, agindo com boa-fé,
zelo e probidade;
VI - examinar todas as proposições submetidas a sua apreciação e voto sob a ótica do interesse público;
VII - tratar com respeito e independência os colegas, as autoridades, os servidores da Casa e os cidadãos
com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, não prescindindo de igual
tratamento;
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c) Uma visão geral sobre as penalidades aplicáveis aos Deputados2
Art. 10. São as seguintes as penalidades aplicáveis por conduta atentatória ou incompatível com o decoro
parlamentar:
CENSURA VERBAL Art. 5º, I - perturbar a ordem das sessões Presidente da Contra a aplicação da penalidade
da Câmara dos Deputados ou das reuniões Câmara dos prevista neste artigo, poderá o
de Comissão; Deputados, Deputado recorrer ao respectivo
em sessão, ou Plenário no prazo de 2 (dois) dias
Art. 5º, II - praticar atos que infrinjam as
de Comissão, úteis
regras de boa conduta nas dependências
durante suas
da Casa;
reuniões
CENSURA ESCRITA Art. 5º, III - praticar ofensas físicas ou Mesa, por Antes de deliberar sobre a
morais nas dependências da Câmara dos provocação aplicação da sanção a que se
Deputados ou desacatar, por atos ou do ofendido. refere o caput a Mesa assegurará
palavras, outro parlamentar, a Mesa ou ao Deputado o exercício do
Comissão ou os respectivos Presidentes; direito de defesa pelo prazo de 5
(cinco) dias úteis.
OBS: Por solicitação do Presidente da
Câmara dos Deputados ou de Comissão, Contra a aplicação da penalidade
nos casos de reincidência nas condutas prevista neste artigo, poderá o
puníveis com censura verbal, também Deputado recorrer ao Plenário da
poderá ser aplicada a censura por escrito Câmara dos Deputados no prazo
de 2 (dois) dias úteis
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Obs: O artigo 4º pune os atos INCOMPATÍVEIS com o decoro com a perda do mandato.
O art. 5º pune os atos ATENTATÓRIOS AO DECORO com as outras sanções.
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SUSPENSÃO DE Art. 5º, VI - revelar informações e Plenário da O projeto de resolução oferecido
PRERROGATIVAS documentos oficiais de caráter sigiloso, de Câmara pelo Conselho de Ética e Decoro
REGIMENTAIS POR ATÉ 6 que tenha tido conhecimento na forma Parlamentar que proponha a
(SEIS) MESES regimental; suspensão de prerrogativas
regimentais será apreciado pelo
IMPORTANTE Art. 5º, VII - usar verbas de gabinete ou
Plenário da Câmara dos
qualquer outra inerente ao exercício do
Art. 13, VI - são passíveis Deputados, em votação
cargo em desacordo com os princípios
de suspensão as seguintes ostensiva e por maioria absoluta
fixados no caput do art. 37 da Constituição
prerrogativas: de seus membros.
Federal;
a) usar a palavra em
Art. 5º, VIII - relatar matéria submetida à
sessão, no horário
apreciação da Câmara dos Deputados, de Ou seja, o Conselho de Ética
destinado ao Pequeno ou
interesse específico de pessoa física ou processa e o Plenário julga.
Grande Expediente;
jurídica que tenha contribuído para o
b) encaminhar discurso financiamento de sua campanha eleitoral;
para publicação no Diário Art. 13, VIII - em qualquer caso, a
da Câmara dos Deputados; suspensão não poderá estender-
se por mais de 6 (seis) meses
c) candidatar-se a, ou
permanecer exercendo,
cargo de membro da Mesa,
Veremos esse processo no art.
da Ouvidoria Parlamentar,
13.
da Procuradoria
Parlamentar, de
Presidente ou Vice-
Presidente de Comissão,
ou de membro de RICD Art. 180 , § 8º No caso de
Comissão Parlamentar de deliberação sobre aplicação de
Inquérito; sanção disciplinar por conduta
atentatória ou incompatível com
d) ser designado relator de
o decoro parlamentar, é vedado
proposição em Comissão
o acolhimento do voto do
ou no Plenário;
Deputado representado.
Art. 13, VII - a penalidade
aplicada poderá incidir
sobre todas as
prerrogativas referidas no
inciso VI ou apenas sobre
algumas, a juízo do
Conselho, que deverá fixar
seu alcance tendo em
conta
a) a atuação parlamentar
pregressa do acusado
b) os motivos e as
consequências da infração
cometida;
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SUSPENSÃO DO Art. 5º, IV - usar os poderes e prerrogativas Plenário da A aplicação das penalidades de
EXERCÍCIO DO MANDATO do cargo para constranger ou aliciar Câmara suspensão do exercício do
POR ATÉ 6 (SEIS) MESES. servidor, colega ou qualquer pessoa sobre mandato por no máximo 6 (seis)
a qual exerça ascendência hierárquica, meses e de perda do mandato é
com o fim de obter qualquer espécie de de competência do Plenário da
Obs 1: a aplicação desta favorecimento; Câmara dos Deputados, que
sanção implica, deliberará em votação ostensiva
Art. 5º, V - revelar conteúdo de debates ou
automaticamente, na e por maioria absoluta de seus
deliberações que a Câmara dos Deputados
suspensão das membros, em virtude de
ou Comissão hajam resolvido que devam
prerrogativas regimentais, provocação da Mesa ou de
ficar secretos;
conforme explicado partido político representado no
anteriormente. Art. 5º, IX - fraudar, por qualquer meio ou Congresso Nacional, após a
forma, o registro de presença às sessões ou conclusão de processo disciplinar
Obs 2: Na hipótese de
às reuniões de Comissão; instaurado pelo Conselho de Ética
suspensão do exercício do
e Decoro Parlamentar.
mandato superior a 120 Art. 5º, X - deixar de observar
(cento e vinte) dias, o intencionalmente os deveres
suplente do parlamentar fundamentais do Deputado, previstos no
suspenso será convocado art. 3º deste Código.
imediatamente após a Veremos esse processo no art.
publicação da resolução 14.
que decretar a sanção.
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ii) Das dosimetria
Art. 10, § 1º Na aplicação de qualquer sanção disciplinar prevista neste artigo serão considerados:
a) a natureza e a gravidade da infração cometida
b) os danos que dela provierem para a Câmara dos Deputados e para o Congresso Nacional,
c) as circunstâncias agravantes ou atenuantes e
d) os antecedentes do infrator.
Art. 10, § 3º Sem prejuízo da aplicação das penas descritas neste artigo, deverão ser integralmente
ressarcidas ao erário as vantagens indevidas provenientes de recursos públicos utilizados em
desconformidade com os preceitos deste Código, na forma de Ato da Mesa
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d) Da representação relacionada com o decoro parlamentar
Art. 9º As representações relacionadas com o decoro parlamentar deverão ser feitas diretamente à Mesa
da Câmara dos Deputados.
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II - adotará o procedimento previsto no art. 11 ou 12, em se tratando de conduta punível com a
sanção de censura verbal ou escrita.
Art. 11. A censura verbal será aplicada pelo Presidente da Câmara dos Deputados, em sessão,
ou pelo Presidente de Comissão, durante suas reuniões, ao Deputado que incidir nas
condutas descritas na tabela acima.
Parágrafo único. Contra a aplicação da penalidade prevista neste artigo, poderá o Deputado
recorrer ao respectivo Plenário no prazo de 2 (dois) dias úteis3.
Art. 12. A censura escrita será aplicada pela Mesa, por provocação do ofendido, nos casos de
incidência nas condutas previstas na tabela acima ou, por solicitação do Presidente da Câmara
dos Deputados ou de Comissão, nos casos de reincidência nas condutas referidas puníveis
com censura verbal.
§ 1º Antes de deliberar sobre a aplicação da sanção a que se refere o caput a Mesa assegurará
ao Deputado o exercício do direito de defesa pelo prazo de 5 (cinco) dias úteis.
§ 2º Contra a aplicação da penalidade prevista neste artigo, poderá o Deputado recorrer ao
Plenário da Câmara dos Deputados no prazo de 2 (dois) dias úteis
2ª Hipótese – Partido político com representação no Congresso (ao menos 1 Deputado ou 1 Senador)
Art. 9, § 3º A representação subscrita por partido político representado no Congresso Nacional será
encaminhada diretamente pela Mesa da Câmara dos Deputados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
no prazo de 3 sessões ordinárias.
Ou seja, neste caso, diferentemente do que ocorre quando a representação é feita por um cidadão,
a Mesa não faz um juízo prévio de admissibilidade. Ela já envia direto à Comissão, se for um dos casos
do inciso I, § 2º, art. 9º.
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Regra Geral – Art. 8º, § 3º Os prazos do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contar-se-ão em dias úteis, inclusive em se
tratando de recurso ou pedido de vista, ficando suspensos no recesso, salvo na hipótese de inclusão de matéria de sua
competência na pauta de convocação extraordinária, nos termos do § 2º
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RICD Art. 21-F Compete à Corregedoria Parlamentar
I - promover a manutenção do decoro, da ordem e da disciplina no âmbito da Câmara dos Deputados;
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e) Do conselho de ética e decoro parlamentar
RICD Art. 21-E. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, composto de 21 membros titulares e igual
número de suplentes, é o órgão da Câmara dos Deputados competente para examinar as condutas puníveis
e propor as penalidades aplicáveis aos Deputados submetidos ao processo disciplinar previsto no Código de
Ética e Decoro Parlamentar, que integra este Regimento.
§ 1º Os membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados serão designados
para um mandato de 2 (dois) anos, seguindo as regras para a composição das Comissões Permanentes, os
quais elegerão, dentre os titulares, 1 (um) Presidente e 2 (dois) Vice-Presidentes, observados os
procedimentos para eleição da Mesa, no que couber.
§ 2º As disposições constantes do parágrafo único do art. 23, do § 2º do art. 40 e do art. 232 deste Regimento
Interno NÃO se aplicam aos membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
Art. 23, Parágrafo único. O Deputado que se desvincular de sua bancada perde automaticamente
o direito à vaga que ocupava em razão dela, ainda que exerça cargo de natureza eletiva
Art. 40, § 2º Em caso de mudança de legenda partidária, o Presidente ou Vice-Presidente da
Comissão perderá automaticamente o cargo que ocupa, aplicando-se para o preenchimento da
vaga o disposto no § 1º deste artigo.
Art. 232. O Deputado que se desvincular de sua bancada perde, para efeitos regimentais, o direito
a cargos ou funções que ocupar em razão dela
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➢ NÚMERO DE MEMBROS
Art. 7º O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar compõe-se de 21 (vinte e um) membros titulares e igual
número de suplentes.
➢ DO MANDATO NO CONSELHO
Regra - Art. 7º Todos terão mandato de 2 (dois) anos, com exercício até a posse dos novos integrantes,
Exceção – O encerramento da última sessão legislativa da legislatura fará cessar os mandatos no Conselho.
Ou seja, com o encerramento da última sessão legislativa, no dia 22/12, encerram-se os mandatos.
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➢ DOS QUE NÃO PODEM SER MEMBROS
Art. 7º, § 2º Não poderá ser membro do Conselho o Deputado:
I - submetido a processo disciplinar em curso, por ato atentatório ou incompatível com o decoro
parlamentar;
II - que tenha recebido, na legislatura, penalidade disciplinar de suspensão de prerrogativas regimentais ou
de suspensão do exercício do mandato, da qual se tenha o competente registro nos anais ou arquivos da
Casa;
III - que esteja no exercício do mandato na condição de suplente convocado em substituição ao titular;
IV - condenado em processo criminal por decisão de órgão jurisdicional colegiado, ainda que a sentença
condenatória não tenha transitado em julgado.
➢ PRESIDENTE E VICE
Art. 7º, § 5º O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar terá 1 (um) Presidente e 2 (dois) Vice-Presidentes,
eleitos por seus pares dentre os membros titulares, vedada a reeleição para o mesmo cargo na eleição
subsequente.
b)renúncia
c) falecimento ou
d)perda de mandato no colegiado, não se aplicando aos membros do colegiado as disposições constantes do
parágrafo único do art. 23, do § 2º do art. 40 e do art. 232 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
É aquela regra que já vimos: mesmo que ele se desvincule de sua bancada, não perderá o lugar no
Conselho.
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➢ DO AFASTAMENTO CAUTELAR DE MEMBRO DO CONSELHO QUANDO CONTRA ELE FOR INSTAURADO
PROCESSO DISCIPLINAR NO ÓRGÃO
Art. 7º, § 7º A instauração de processo disciplinar no âmbito do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar em
face de um de seus membros, com prova inequívoca da acusação, constitui causa para o seu imediato
afastamento da função, a ser aplicado de ofício pelo Presidente do Conselho, devendo perdurar até decisão
final sobre o caso.
➢ DO REGULAMENTO DO CONSELHO
Art. 8º A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovará regulamento específico para
disciplinar o funcionamento e a organização dos trabalhos do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
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ii) Das competências do Conselho no Código de Ética e Decoro Parlamentar
I - zelar pela observância dos preceitos deste Código, atuando no sentido da preservação da dignidade do
mandato parlamentar na Câmara dos Deputados;
IV - responder às consultas formuladas pela Mesa, Comissões, Partidos Políticos ou Deputados sobre
matérias relacionadas ao processo político-disciplinar
Antes de vermos as competências processuais previstas nos incisos II e III, veja o esquema de como ocorre
o processo para aplicação de sanções aos Deputados.
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II - processar os acusados nos casos e termos previstos no art. 13;
O art. 13 prevê a sanção de suspensão de prerrogativas regimentais por até 6 meses (ver tabela acima).
Nestes casos, o Conselho processará o Deputado, e caso chega à conclusão pela punição, elaborará um
projeto de Resolução5 e o encaminhará ao Plenário, que então decidirá, por maioria absoluta pela aplicação
da sanção. Vejamos o passo a passo:
Art. 13. O projeto de resolução oferecido pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que proponha
a suspensão de prerrogativas regimentais, aplicável ao Deputado que incidir nas condutas previstas
nos incisos VI a VIII do art. 5º deste Código (ver tabela acima), será apreciado pelo Plenário da
Câmara dos Deputados, em votação ostensiva e por maioria absoluta de seus membros, observado
o seguinte:
➢ DESIGNAÇÃO DO RELATOR (essas regras devem ser observadas no art. 14 abaixo)
I - instaurado o processo, o Presidente do Conselho designará relator, a ser escolhido dentre os
integrantes de uma lista composta por 3 (três) de seus membros, formada mediante sorteio, o qual:
a) não poderá pertencer ao mesmo Partido ou Bloco Parlamentar do Deputado
representado;
b) não poderá pertencer ao mesmo Estado do Deputado representado;
c) em caso de representação de iniciativa de Partido Político, não poderá pertencer à
agremiação autora da representação;
Observação importante:
Art. 16, § 4º A inobservância pelo relator dos prazos previstos nos arts. 13 e 14 autoriza o Presidente
a avocar a relatoria do processo OU a designar relator substituto, observadas as condições para
escolha do Relator previstas acima, sendo que:
I - se a instrução do processo estiver pendente, o novo relator deverá concluí-la em até 5 (cinco)
dias úteis;
II - se a instrução houver sido concluída, o parecer deverá ser apresentado ao Conselho em até 5
(cinco) dias úteis
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Regimento Interno – Art. 109, III - Destinam-se os projetos de resolução a regular, com eficácia de lei ordinária, matérias da
competência privativa da Câmara dos Deputados, de caráter político, processual, legislativo ou administrativo, ou quando deva
a Câmara pronunciar-se em casos concretos ...
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➢ DA APURAÇÃO DOS FATOS E DA APRESENTAÇÃO DA DEFESA
II - o Conselho promoverá a apuração dos fatos, notificando o representado para que apresente sua
defesa no prazo de 10 (dez) dias úteis e providenciando as diligências que entender necessárias no
prazo de 15 (quinze) dias úteis, prorrogáveis uma única vez, por igual período, por deliberação do
Plenário do Conselho;
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➢ DA CONCLUSÃO DA TRAMITAÇÃO E INCLUSÃO NA ORDEM DO DIA
V - o parecer aprovado pelo Conselho será encaminhado pelo Presidente à Mesa, para as
providências referidas na parte final do inciso VIII do § 4º do art. 14, devidamente instruído com o
projeto de resolução destinado à efetivação da penalidade;
Art. 14, § 4º, VIII - concluída a tramitação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou na
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, na hipótese de interposição do recurso, o
processo será encaminhado à Mesa e, uma vez lido no expediente, publicado e distribuído em
avulsos para inclusão na Ordem do Dia.
Art. 16, § 2º Recebido o processo, lido no expediente, publicado e distribuído em
avulsos, a Mesa terá o prazo improrrogável de 2 (duas) sessões ordinárias para incluí-
lo na pauta da Ordem do Dia.
Art. 16, § 3º, III - uma vez cumprido o disposto no § 2º, a representação figurará com
preferência sobre os demais itens da Ordem do Dia de todas as sessões deliberativas
até que se ultime sua apreciação
Art. 16. Os processos instaurados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos
Deputados não poderão exceder o prazo de 60 (sessenta) dias úteis para deliberação pelo Plenário
da Câmara dos Deputados na hipótese de suspensão das prerrogativas regimentais
§ 3º Esgotados os prazos previstos no caput deste artigo:
I - se o processo se encontrar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, concluída sua instrução,
passará a sobrestar imediatamente a pauta do Conselho;
II - se o processo se encontrar na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, para fins de
apreciação do recurso previsto no VII do § 4º do art. 14, passará a sobrestar imediatamente a pauta
da Comissão;
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III - instaurar o processo disciplinar e proceder a todos os atos necessários à sua instrução, nos casos e
termos do art. 14;
Nas sanções de suspensão do exercício do mandato por até 6 meses ou perda do mandato, o Conselho se
MANIFESTARÁ, instaurando o processo disciplinar e procedendo a todos os atos necessários à sua instrução e, após
conclusão, encaminhará ao Plenário que decidirá por Maioria Absoluta. (Art. 14 )
Art. 14. A aplicação das penalidades de suspensão do exercício do mandato por no máximo 6 (seis)
meses e de perda do mandato é de competência do Plenário da Câmara dos Deputados, que
deliberará em votação ostensiva e por maioria absoluta de seus membros, em virtude de
provocação da Mesa6 ou de partido político representado no Congresso Nacional7, após a conclusão
de processo disciplinar instaurado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, na forma deste
artigo.
➢ DEFINIÇÃO DO RELATOR
I - o Presidente do Conselho designará o relator do processo, observadas as condições estabelecidas
no inciso I do art. 13 deste Código;
Tudo que falamos sobre relator no art. 13 se aplica aqui.
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Lembre-se que essa provocação da Mesa pode ser motivada por uma denúncia de algum cidadão.
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Quando a representação é feita diretamente por partido político, a Mesa já despacho desde logo para o Conselho.
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➢ RECEBIMENTO DA REPRESENTAÇÃO CONTRA O DEPUTADO E DA SUA DEFESA
II - se a representação não for considerada inepta ou carente de justa causa pelo Plenário do
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, mediante provocação do relator designado, será remetida
cópia de seu inteiro teor ao Deputado acusado, que terá o prazo de 10 (dez) dias úteis para
apresentar sua defesa escrita, indicar provas e arrolar testemunhas, em número máximo de 8
(oito);
IV - apresentada a defesa, o relator da matéria procederá às diligências e à instrução probatória que
entender necessárias no prazo
a) improrrogável de 40 (quarenta) dias úteis, no caso de perda de mandato, e
b) 30 (trinta) dias úteis, no caso de suspensão temporária de mandato
findas as quais proferirá parecer no prazo de 10 (dez) dias úteis, concluindo:
a) pela procedência total ou parcial da representação
➢ INDEFERIMENTO DA REPRESENTAÇÃO
III - o pronunciamento do Conselho pela inépcia ou falta de justa causa da representação, admitido
apenas na hipótese de representação de autoria de Partido Político8, será terminativo9, salvo se
houver recurso ao Plenário da Casa, subscrito por 1/10 (um décimo) de seus membros, observado,
no que couber, as regras de recurso contra parecer conclusivo de comissão (art. 58);
8 Essa análise de inépcia e falta de justa causa, no caso de representação feita por cidadão, não poderá ser feita pelo Conselho,
pois a Mesa já faz esse controle (Art. 9º, § 2º).
Lembre-se que a Mesa não faz esse controle no caso de representação feita pelos partidos, pois quem a faz é o Conselho.
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Implica no arquivamento do processo.
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➢ DA DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DO PARECER DO RELATOR
VI - será aberta a discussão e nominal a votação do parecer do relator proferido nos termos deste
artigo;
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§ 3º Esgotados os prazos previstos no § 1º deste artigo:
I - se o processo se encontrar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, concluída sua instrução,
passará a sobrestar imediatamente a pauta do Conselho;
II - se o processo se encontrar na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, para fins de
apreciação do recurso previsto no VII do § 4º do art. 14, passará a sobrestar imediatamente a pauta
da Comissão;
Parágrafo único. Quando a representação (de partido político) ou requerimento de representação (de
cidadão analisado pela Mesa) contra Deputado for considerado leviano ou ofensivo à sua imagem, bem
como à imagem da Câmara dos Deputados, os autos do processo respectivo serão encaminhados à
Procuradoria Parlamentar para as providências reparadoras de sua alçada, nos termos do art. 21 do
Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
RICD Art. 21. A Procuradoria Parlamentar terá por finalidade promover, em colaboração com a Mesa, a
defesa da Câmara, de seus órgãos e membros quando atingidos em sua honra ou imagem perante a
sociedade, em razão do exercício do mandato ou das suas funções institucionais.
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3) DO SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO E INFORMAÇÕES DO MANDATO
PARLAMENTAR
Art. 17. Ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar é assegurado o pleno acesso, exclusivamente para fins
de consulta, ao Sistema de Acompanhamento e Informações do Mandato Parlamentar disponibilizado pela
Secretaria-Geral da Mesa e demais sistemas ou bancos de dados existentes ou que venham a ser criados na
Câmara dos Deputados, onde constem, dentre outros, os dados referentes:
I - ao desempenho das atividades parlamentares, e em especial sobre:
a) cargos, funções ou missões que tenha exercido no Poder Executivo, na Mesa, em Comissões ou em nome
da Casa durante o mandato;
b) número de presenças às sessões ordinárias, com percentual sobre o total;
c) número de pronunciamentos realizados nos diversos tipos de sessões da Câmara dos Deputados;
d) número de pareceres que tenha subscrito como relator;
e) relação das Comissões e Subcomissões que tenha proposto ou das quais tenha participado;
f) número de propostas de emendas à Constituição, projetos, emendas, indicações, requerimentos, recursos,
pareceres e propostas de fiscalização e controle apresentado;
g) número, destinação e objetivos de viagens oficiais ao exterior realizadas com recursos do poder público;
h) licenças solicitadas e respectiva motivação;
i) votos dados nas proposições submetidas à apreciação, pelo sistema nominal, na legislatura;
j) outras atividades pertinentes ao mandato, cuja inclusão tenha sido requerida pelo Deputado;
II - à existência de processos em curso ou ao recebimento de penalidades disciplinares, por infração aos
preceitos deste Código.
Parágrafo único. Os dados de que trata este artigo serão armazenados por meio de sistema de
processamento eletrônico e ficarão à disposição dos cidadãos por meio da internet ou de outras redes de
comunicação similares, podendo, ainda, ser solicitados diretamente à Secretaria-Geral da Mesa
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4) DAS DECLARAÇÕES OBRIGATÓRIAS – Art. 18
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QUESTÕES PROVAS ANTERIORES – CONSULTOR LEGISLATIVO
De acordo com as normas relacionadas ao decoro parlamentar exigido dos deputados federais, julgue os
itens seguintes.
86 Incidirá em quebra de decoro o parlamentar que fizer acordo com seu suplente com vistas a lhe viabilizar
o exercício do mandato, desde que tal acordo comporte cláusula financeira.
87 Ocorre quebra de decoro quando o parlamentar desacata servidor da Câmara dos Deputados, mas não
quando ele desacata outro deputado federal, em face da imunidade material.
88 O deputado federal deve respeitar as decisões tomadas legitimamente pelos órgãos da respectiva Casa,
ainda que delas discorde, sob pena de incidir em quebra de decoro.
25
86 - C
87 - E
26
88 - C
94 - C
RICD Art. 180 , § 8º No caso de deliberação sobre aplicação de sanção disciplinar por conduta atentatória
ou incompatível com o decoro parlamentar, é vedado o acolhimento do voto do Deputado representado.
95 - E
96 – C
27
106 – E
Não há essa previsão
108 – C
RICD Art. 77. No recinto do Plenário, durante as sessões, só serão admitidos os Deputados e Senadores, os
ex-parlamentares, os funcionários da Câmara em serviço local e os jornalistas credenciados
109 – E
110 - C
28
SIMULADO
1. INÉDITA/2023
Marque a incorreta
a) O Código de Ética e Decoro Parlamentar estabelece os princípios éticos e as regras básicas de decoro que devem
orientar a conduta dos que sejam titulares ou que estejam no exercício de mandato de Deputado Federal.
b) As imunidades, prerrogativas e franquias asseguradas pela Constituição Federal, pelas leis e pelo Regimento
Interno da Câmara dos Deputados aos Deputados são institutos destinados à garantia do exercício do mandato
popular e à defesa da Constituição Federal.
c) Segundo o STF, a Constituição da República estabelece, a teor do art. 55, II, como hipótese de cassação do
mandato a prática de condutas incompatíveis com o decoro parlamentar. Essa expressão consubstancia
verdadeiro conceito genérico a ser preenchido pela Casa Legislativa competente, a evidenciar seu amplo espectro
de discricionariedade. Ou seja, as Casas tem, dentro da razoabilidade, liberdade para preverem as hipóteses
caraterizadoras de quebra de decoro parlamentar.
d) Escapa ao controle do Judiciário, no que concerne a seu mérito, juízo sobre fatos que se reserva, privativamente,
à Casa do Congresso Nacional formulá-lo.
e) No exercício do mandato, o Deputado atenderá às prescrições constitucionais e regimentais e às contidas no
Código de Ética e Decoro Parlamentar, sujeitando-se às medidas disciplinares nelas previstas. O deputado que
praticar ato contrário ao decoro parlamentar ou que afete a dignidade do mandato estará sujeito às penalidades
e ao processo disciplinar previstos no Código de Ética e Decoro Parlamentar, que definirá também as condutas
puníveis.
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3. INÉDITA/2023
É punível com a perda do mandato a seguinte infração:
a) fraudar, por qualquer meio ou forma, o regular andamento dos trabalhos legislativos para alterar o resultado de
deliberação.
b) praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa
c) praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara dos Deputados ou desacatar, por atos ou palavras,
outro parlamentar, a Mesa ou Comissão ou os respectivos Presidentes
d) revelar informações e documentos oficiais de caráter sigiloso, de que tenha tido conhecimento na forma
regimental
e) fraudar, por qualquer meio ou forma, o registro de presença às sessões ou às reuniões de Comissão
4. INÉDITA/2023
Analise as infrações ao Código de Ética e Decoro Parlamentar abaixo apresentadas
I - praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa
II - praticar ofensas físicas ou morais nas dependências da Câmara dos Deputados ou desacatar, por atos ou
palavras, outro parlamentar, a Mesa ou Comissão ou os respectivos Presidentes
III - revelar informações e documentos oficiais de caráter sigiloso, de que tenha tido conhecimento na forma
regimental
IV - deixar de observar intencionalmente os deveres fundamentais do Deputado, previstos no art. 3º deste
Código.
V - celebrar acordo que tenha por objeto a posse do suplente, condicionando-a à contraprestação financeira
ou à prática de atos contrários aos deveres éticos ou regimentais dos Deputados.
São puníveis com censura verbal, censura escrita, suspensão das prerrogativas regimentais por até 6 meses,
suspensão do mandato por até 6 meses e perda do mandato, respectivamente
a) I, II, III IV e V
b) II, III, I, IV e V
c) V, IV, II, III e I
d) II, IV, V, I e III
e) III, II, I, IV e V
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5. INÉDITA/2023
Analise os itens a seguir
I - Na aplicação de qualquer sanção disciplinar prevista neste artigo serão considerados: a natureza e a
gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a Câmara dos Deputados e para o
Congresso Nacional, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do infrator.
II – O cumprimento das sanções previstas no Código de ética dispensa o ressarcimento ao erário das
vantagens indevidas provenientes de recursos públicos utilizados em desconformidade com os preceitos
deste Código, na forma de Ato da Mesa.
III - As representações relacionadas com o decoro parlamentar deverão ser feitas diretamente à Mesa da
Câmara dos Deputados.
IV - Qualquer cidadão é parte legítima para requerer à Mesa da Câmara dos Deputados representação em
face de Deputado que tenha incorrido em conduta incompatível ou atentatória ao decoro parlamentar,
especificando os fatos e as respectivas provas.
6. INÉDITA/2023
Analise os itens a seguir
I - A censura verbal será aplicada pelo Presidente da Câmara dos Deputados, em sessão, ou pelo Presidente
de Comissão, durante suas reuniões.
II - A censura escrita será aplicada pela Conselho de Ética, por provocação do ofendido, nos casos de
incidência nas condutas previstas no Código ou, por solicitação do Presidente da Câmara dos Deputados ou
de Comissão, nos casos de reincidência nas condutas referidas puníveis com censura verbal
III - A representação subscrita por partido político representado no Congresso Nacional será encaminhada
diretamente pela Mesa da Câmara dos Deputados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no prazo de
3 sessões ordinárias.
IV - O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, composto de 21 membros titulares e igual número de
suplentes, é o órgão da Câmara dos Deputados competente para examinar as condutas puníveis e propor as
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penalidades aplicáveis aos Deputados submetidos ao processo disciplinar previsto no Código de Ética e
Decoro Parlamentar, que integra este Regimento.
Estão corretos, apenas,
a) I, III e IV
b) II, III e IV
c) III
d) IV
e) I, II e III
Ver art. 12
7. INÉDITA/2023
Sobre o Conselho de ética, analise os itens a seguir
I - Não poderá ser membro do Conselho o Deputado que tenha recebido, na legislatura, penalidade
disciplinar de censura escrita, suspensão de prerrogativas regimentais ou de suspensão do exercício do
mandato, da qual se tenha o competente registro nos anais ou arquivos da Casa.
II - O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar terá 1 (um) Presidente e 3 (três) Vice-Presidentes, eleitos por
seus pares dentre os membros titulares, vedada a reeleição para o mesmo cargo na eleição subsequente.
III - A instauração de processo disciplinar no âmbito do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar em face de
um de seus membros, com prova inequívoca da acusação, constitui causa para o seu imediato afastamento
da função, a ser aplicado de ofício pelo Presidente do Conselho, devendo perdurar até decisão final sobre o
caso.
IV – A Mesa Diretora aprovará regulamento específico para disciplinar o funcionamento e a organização dos
trabalhos do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
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8. INÉDITA/2023
Sobre o procedimento para processar os acusados nas hipóteses de aplicação da suspensão das
prerrogativas regimentais, analise os itens a seguir
I - O projeto de resolução oferecido pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que proponha a suspensão
de prerrogativas regimentais, aplicável ao Deputado que incidir nas condutas previstas nos incisos VI a VIII
do art. 5º deste Código (ver tabela acima), será apreciado pelo Plenário da Câmara dos Deputados, em
votação ostensiva e por maioria absoluta de seus membros.
II - o Conselho poderá aprovar, ao final da investigação, parecer que proponha à Mesa que represente em
face do investigado pela aplicação de sanção mais grave (suspensão do mandato por até 6 meses ou perda
do mandato), conforme os fatos efetivamente apurados no processo, hipótese na qual, aprovada a
representação, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar reabrirá o prazo de defesa e procederá à instrução
complementar que entender necessária, observados os prazos previstos no art. 14 deste Código, antes de
deliberar.
III - Recebido o processo, lido no expediente, publicado e distribuído em avulsos, a Mesa terá o prazo
improrrogável de 2 (duas) sessões ordinárias para incluí-lo na pauta da Ordem do Dia.
IV - Os processos instaurados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados não
poderão exceder o prazo de 60 (sessenta) dias para deliberação pelo Plenário da Câmara dos Deputados na
hipótese de suspensão das prerrogativas regimentais.
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GABARITO
1 b
2 d
3 a
4 a
5 a
6 a
7 c
8 e
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