DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA: Órgão do poder Judiciário que
exerce o controle externo do Poder Judiciário, mas não exerce função jurisdicional, ou seja, não julga conflitos. Este órgão é destinado ao planejamento do Poder Judiciário e a fiscalização do exercício do Poder Jurisdicional pelos magistrados no cumprimento de seu dever Constitucional. LEITURA SUGERIDA: Lei Orgânica da Magistratura, Lei Orgânica do Ministério Público; Lei Orgânica da Defensoria Pública.
LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA
A Lei Orgânica da Magistratura, ou Lei Complementar nº 35 de 14 de
março de 1979, recepcionada pela Constituição Federal de 1988, dispõe, em seus artigos 1º ao 20 sobre a organização dos órgãos do Poder Judiciário e a configuração e cada órgão. À partir do Art. 21, a Lei dispõe sobre a competência dos Tribunais de Justiça Estaduais para, na forma da Constituição do Estado membro e na Lei Complementar de: I – eleger seus Presidentes e demais titulares de direção, observado o disposto na Lei Complementar; II – organizar os serviços auxiliares, os provendo-lhes os cargos, na forma da lei, propor aos Poder Legislativo a criação ou a extinção de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos; III – elaborar os seus regimentos internos e neles estabelecer, observada a Lei Complementar, a competência de suas Câmaras ou Turmas isoladas, Grupos, Seções ou outros órgãos com funções jurisdicionais ou administrativas; IV – conceder licença e férias, nos termos da lei, aos seus membros e aos juízes e serventuários que lhes são imediatamente subordinados; VF – exercer a direção e disciplina dos órgãos e serviços que lhes forem subordinados; VI – julgar, originariamente, os mandados de segurança contra seus atos, os dos respectivos Presidentes e os de suas Câmaras, Turmas ou Seções. A Lei Complementar, dos artigos 22 ao 24, estabelece o regramento pertinentes aos magistrados brasileiros. O benefício da vitaliciedade é imediato para os: a) Ministros do Supremo Tribunal Federal; b) Ministros do Tribunal Federal de Recursos (órgão extinto pelo advento da Constituição Federal de 1988 que regulamentou o segundo grau da Justiça Federal, atribuindo a ele o nome de Tribunal Regional Federal; c) os Ministros do Superior Tribunal Militar; d) os Ministros e Juízes togados do Tribunal Superior do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho; e) os Desembargadores, os Juízes dos Tribunais de Alçada e dos Tribunais de segunda instância da Justiça Militar Estadual. Todos os membros do Poder Judiciário descritos no Artigo 22 da Lei Complementar 35 de 1979, gozam da vitaliciedade de seu cargo desde a posse no cargo. Estabelece o Inciso II do mesmo dispositivo legal que, após 02 anos de exercício, também gozaram de vitaliciedade: a) os Juízes Federais; b) os Juízes Auditores e Juízes Auditores substitutos da Justiça Militar da União; c) os Juízes do Trabalho Presidentes de Junta de Conciliação e Julgamento e os Juízes do Trabalho Substitutos; d) os Juízes de Direito e os Juízes substitutos da Justiça dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, bem assim os Juízes Auditores da Justiça Militar dos Estados. Os membros do Poder Judiciário, ainda que sujeitos ao denominado estágio probatório – estágio temporário que serve como mecanismo de aferição da idoneidade do profissional, até que se torne vitalício – não poderão ter os seus cargos extintos ou ser expulsos, senão por proposta do Tribunal a que estão sujeitos, adotada pelo voto de dois terços de seus membros efetivos – incluídos apenas aqueles em condições legais de voto1. Ademais, mesmo que não vitalícios, os membros do Poder Judiciário poderão praticar todos os atos reservados por lei aos juízes vitalícios2. Dentro das garantias da Magistratura, podemos citar a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de vencimentos, todos expressamente previstos na Constituição Federal e regulamentados pela Lei Complementar 35 de 1979. 1 Texto do § único do Art. 24 da Lei Complementar 35 de 1979, que exclui da conta os Desembargadores atingidos por impedimento ou suspeição e os não licenciados por motivo de saúde. 2 Texto do §2º do Art. 22 da Lei Complementar 35 de 1979 PAREI NO ARTIGO 80 da lc 35 Sobre o procedimento de promoção dos magistrados brasileiros, a Lei Complemementar prevê dois critérios, o de antiguidade e merecimento, alternadamente, e, no caso de promoção, sempre priorizar a indicação por merecimento em lista tríplice, SEMPRE QUE POSSÍVEL. Para a averiguação dos critérios de promoção, a Lei estabelece regras diferentes em relação à Justiça dos Estados e a Justiça Federal. Na justiça estadual a previsão legal é de que serão apurados, na entrância final, a antiguidade e o merecimento, em lista tríplice de indicação, sendo OBRIGATÓRIA A PROMOÇÃO DE JUIZ QUE FIGURAR PELA QUINTA VEZ CONSECUTIVA EM LISTA DE MERECIMENTO. Caso haja empate na antiguidade, terá precedência o juiz mais antigo. O Regulamento de cada Tribunal Estadual estabelecerá os critérios de ordem objetiva para a indicação em lista tríplice, sendo considerados a conduta do juiz, sua operosidade no cargo, número de vezes que figurou na lista e o aproveitamento em cursos de aperfeiçoamento. Caso haja alguma pergunta em Concurso Público, vale ressaltar, no caso de antiguidade, o Tribunal ou seu Órgão Especial poderão SIM recursar a promoção do juiz mais antigo, desde que pelo voto de MAIORIA ABSOLUTA dos seus membros, repetindo a votação até fixar a indicação. Além disso, o prazo mínimo para que o juiz possa figurar em lista de promoção, é de 02 anos de exercício do cargo na entrância em que se encontra, a não ser que não haja quem aceite o lugar cago ou, se recursados os candidatos, pelo método mencionado acima. No caso dos Juízes Federais, para provimento ao Tribunal Regional Federal, serão indicados em lista tríplice e escolhidos a critério do Presidente da República
A irretroatividade das futuras novas sanções disciplinares do vindouro Código de Ética e Disciplina: da Polícia Militar do Estado de São Paulo em relação às transgressões disciplinares praticadas antes do início da vigência das novas normas repressivas