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SUMÁRIO
CAPÍTULO VI – DAS MEDIDAS DISCIPLINARES.............................................................3
APÊNDICE DE CONTEÚDO...............................................................................................8
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REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL ESQUEMATIZADO
Módulo III – Professor Gabriel Dezen
Gabriel Dezen
Gabriel Dezen Junior é bacharel em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Especialista
em Direito Constitucional, é, atualmente, Consultor Legislativo do Senado Federal, concursado. Foi,
sempre por concurso público, Delegado de Polícia Federal e Analista de Jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal. É professor de Direito Constitucional e, também, conferencista e parecerista nessa
área jurídica. É autor de diversas obras sobre esse ramo do Direito Público, a principal delas sendo a
Constituição Federal Interpretada (Ed. Impetus, 1.520 pág, 1ª edição 2010). Professor do Gran Cursos
Online nas disciplinas: Regimento Interno do Senado Federal; Regimento Comum; Regimento Interno
da Câmara dos Deputados; Processo Legislativo; Técnica Legislativa; e Direito Constitucional.
CAPÍTULO VI
DAS MEDIDAS DISCIPLINARES
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Módulo III – Professor Gabriel Dezen
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ATENÇÃO
Ponto importante! Pelos termos do art. 23, II, o desacato ao Senado tanto pode
ocorrer em discurso, mediante o uso da palavra, quanto por
atos físicos diretos, como gestos, agressões, arremesso de
objetos e assemelhados.
ATENÇÃO
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A “reunião” a que se refere o inciso será realizada em local, dia e hora definidos pelo Pre-
sidente do Senado.
a) pelo arquivamento do relatório;
b) pela constituição de comissão para, sobre o fato, se manifestar;
As decisões referidas pelas alíneas “a” e “b” serão tomadas pela maioria simples, em
votação envolvendo os Líderes e os membros titulares da Mesa.
Se a decisão for pelo arquivamento, isso será feito, e o processo, encerrado.
Se a Mesa e os Líderes decidirem pela constituição da Comissão referida na alínea “b”,
aplica-se o inciso III, abaixo.
III – na hipótese prevista na alínea “b” do inciso II, a comissão, de posse do relató-
rio, reunir-se-á, no prazo de duas horas, a partir de sua constituição, a fim de eleger o
Presidente, que designará relator para a matéria;
O “relatório” referido é o elaborado pelo Segundo-Secretário, como referido pelo inciso I.
IV – a comissão poderá ouvir as pessoas envolvidas no caso e as testemunhas
que entender;
V – a comissão terá o prazo de dois dias úteis para emitir parecer, que será conclu-
sivo, podendo propor uma das seguintes medidas:
O parecer é resultado da deliberação (discussão e votação) do relatório do relator esco-
lhido pela comissão.
As medidas citadas abaixo (alíneas “a” e “b”) serão decididas pela maioria simples
da Comissão.
a) censura pública ao Senador;
b) instauração de processo de perda de mandato (Const., art. 55, II);
VI – aprovado pela comissão, o parecer será encaminhado à Mesa para o procedi-
mento cabível no caso.
A aprovação pela comissão exige maioria simples desta.
O parecer, em qualquer sentido, será encaminhado à Mesa.
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Este dispositivo regimental reproduzido vai ficar muito mais fácil de entender na forma de
fluxograma:
Cópias do
O Senador Reunião da
2º Secretário relatório aos
comete ato de Mesa com os
lavra relatório membros da
desacato ao SF Líderes
Mesa e Líderes
Decisão da Arquivo
reunião
Cópia do
Criação de Pres. SF cria
relatório à
comissão comissão
Comissão
Comissão faz
Pres. Comissão Comissão faz Parecer da
reunião de
designa relator diligências comissão
instalação
1 2
Parecer à Aplicação da
Mesa pena
Nota 1 – O parecer poderá concluir pela censura pública do Senador ou pela instauração
do processo de perda de mandato por quebra de decoro parlamentar.
Nota 2 – Se o parecer for pela censura pública, esta será aplicada em sessão. Se for pela
instauração do processo por quebra de decoro, o Presidente enviará o processo formado
pela comissão e o respectivo parecer à Comissão de Ética.
Art. 25. Se algum Senador praticar, dentro do edifício do Senado, ato incompatível
com o decoro parlamentar ou com a compostura pessoal, a Mesa dele conhecerá e
abrirá inquérito, submetendo o caso ao Plenário, que sobre ele deliberará, no prazo
improrrogável de dez dias úteis.
Esse artigo atrai a aplicação da Resolução n. 20, de 1993, que tipifica os atos contrários
ao decoro parlamentar.
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APÊNDICE DE CONTEÚDO
CAPÍTULO I
DOS DEVERES FUNDAMENTAIS DO SENADOR
1. Com essa prescrição, as determinações do Código de Ética e Decoro Parlamentar – CEDP não
alcançam Senadores afastados do exercício do mandato ou licenciados, nem Suplentes que não
estejam em exercício do mandato.
2. As prescrições constitucionais constam do chamado Estatuto do Congressista, principalmente
no art. 54 (vedações aos membros do Congresso Nacional).
3. O Regimento Interno do Senado Federal veicula regulamentação a esse tema principalmente no
art. 8º (referente ao exercício do mandato), no art. 22 (medidas disciplinares), no art. 32 (hipóteses
de perda de mandato) e nos arts. de 33 a 35 (processo de perda de mandato).
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III – exercer o mandato(1) com dignidade e respeito à coisa pública e à vontade popular;
1. A prescrição remete ao exercício de todas as prerrogativas inerentes ao mandato, como as rela-
cionadas à atividade legislativa e ao exercício do controle externo, inclusive a provocação do início
do processo legislativo e, como decidiu o Supremo Tribunal Federal, o oferecimento de emendas
às proposições em tramitação.
CAPÍTULO II
DAS VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS
1 2
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a) firmar ou manter contrato(1) com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes(2);
1. Configura incompatibilidade negocial.
2. São contratos com “cláusulas uniformes”, conforme doutrina e jurisprudência, os contratos de
adesão e, como regra, os contratos administrativos resultantes de processo licitatório.
II – desde a posse(1):
1. A posse do Senador eleito ocorre, como regra (veja quadro acima) em sessão preparatória,
realizada no dia 1º de fevereiro do ano posterior ao da eleição.
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b) ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum(1), nas entidades referidas no
inciso I, a(2);
1. Incompatibilidade profissional.
2. O § 1º deste artigo determina que se consideram incluídas nessa proibição as pessoas jurídi-
cas de direito privado controladas pelo Poder Público.
c) patrocinar(1) (2) causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere
o inciso I, “a”;
1. Incompatibilidade profissional.
2. Significa interceder em nome próprio, a partir da atuação como advogado, em qualquer ins-
tância, em favor de pleitos das entidades referidas, incluídas as que, por extensão, estejam com-
preendidas na proibição.
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato(1) (2) público eletivo(3) (Constituição Fede-
ral, art. 54).
1. Incompatibilidade política.
2. A extensão da vedação para alcançar “mandato” busca proibir, também, que Senador detenha,
simultaneamente com este mandato, a condição de vice (Vice-Presidente da República, Vice-
-Governador ou Vice-Prefeito).
3. Como essa vedação incide apenas a partir da posse, é lícito ao ocupante de outro cargo ele-
tivo (como Deputado Federal, Governador, Deputado Estadual, Prefeito) que seja diplomado no
mandato de Senador sem renunciar a qualquer dos mandatos. Por ocasião da posse, contudo, o
então Senador deverá renunciar expressamente ao outro cargo eletivo.
§ 1º Consideram-se incluídas(1) nas proibições previstas nos incisos I, “a” e “b”, e II, “a” e
“c”, para os fins do presente Código de Ética e Decoro Parlamentar, pessoas jurídicas de
direito privado controladas pelo Poder Público.
1. Com isso, às pessoas jurídicas de direito público, autarquias, empresas públicas, sociedades
de economia mista ou empresas concessionária de serviço público, incluem-se nas vedações as
pessoas jurídicas de direito privado controladas pelo Poder Público.
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CAPÍTULO III
DOS ATOS CONTRÁRIOS À ÉTICA E AO DECORO PARLAMENTAR
I – celebrar contrato com instituição financeira controlada pelo Poder Público(1), incluídos
nesta vedação, além do Senador como pessoa física, seu cônjuge ou companheira e pes-
soas jurídicas direta ou indiretamente por ele controladas;
1. Esta proibição não impede ao Senador ou Senadora, seu cônjuge ou companheiro(a) de manter
contas correntes e manter cheques especiais ou garantidos nessas instituições, como autoriza o
§ 1º deste artigo.
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II – a percepção de vantagens indevidas (Constituição Federal, art. 55, § 1º)(1), tais como
doações, ressalvados brindes sem valor econômico(2);
1. Repetição do art. 55, § 1º, da Constituição Federal.
2. Essa especificação, criada por esta Resolução, busca a exclusão conceitual dos “brindes” do
núcleo “vantagens indevidas”.
Parágrafo único. Incluem-se entre as irregularidades graves, para fins deste artigo:
I – a atribuição de dotação orçamentária, sob a forma de subvenções sociais, auxílios
ou qualquer outra rubrica(1), a entidades ou instituições das quais participe o Senador, seu
cônjuge, companheira ou parente, de um ou de outro, até o terceiro grau, bem como pessoa
jurídica direta ou indiretamente por eles controlada, ou ainda, que aplique os recursos rece-
bidos em atividades que não correspondam rigorosamente às suas finalidades estatutárias;
1. Esse tipo de prática ocorre quando do oferecimento de emendas aos projetos de lei orça-
mentária anual, principalmente, perante a comissão mista encarregada do parecer sobre essa
proposição.
II – a criação ou autorização de encargos em termos que, pelo seu valor ou pelas carac-
terísticas(1) da empresa ou entidade beneficiada ou contratada, possam resultar em aplicação
indevida de recursos públicos.
1. Essas “características” ocorrem, por exemplo, no caso de empresa de fachada, ou comandadas
por “laranjas”, ou com sede em instalações físicas falsas ou incondizentes com os serviços pres-
tados ou com o valor recebido, ou ainda que estejam sendo processadas ou já condenadas, ou os
respectivos dirigentes, por crimes envolvendo recursos financeiros públicos.
CAPÍTULO IV
DAS DECLARAÇÕES PÚBLICAS OBRIGATÓRIAS
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claração de Imposto de Renda, no caso do inciso II; c) ao assumir o mandato e ao ser indicado
membro de comissão permanente ou temporária, no caso do inciso III; d) a qualquer momento
durante o mandato, no caso do inciso IV.
2. Conforme o § 1º deste artigo, incumbirá ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar providen-
ciar a publicação e divulgação das informações exigidas neste artigo.
3. Os custos dessas publicações serão cobertos com recursos específicos do orçamento do Sena-
do Federal, como determina o art. 26.
I – ao assumir o mandato, para efeito de posse, e noventa dias antes das eleições, no
último ano da legislatura: Declaração de Bens e Fontes de Renda e Passivos, incluindo todos
os passivos de sua própria responsabilidade, de seu cônjuge ou companheira ou de pessoas
jurídicas por eles direta ou indiretamente controladas, de valor igual ou superior a sua remu-
neração mensal como Senador(1);
1. O objetivo desta exigência é aferir a evolução patrimonial do Senador ou Senadora durante o
mandato, para fins de detectar indícios de enriquecimento ilícito.
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CAPÍTULO V
DAS MEDIDAS DISCIPLINARES
Perda do mandato Decidida pela Mesa do Senado ou pelo Plenário, por maio-
ria absoluta, conforme o caso.
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ATENÇÃO
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Constituição Federal
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CAPÍTULO VI
DO PROCESSO DISCIPLINAR
Art. 12. A sanção de que trata o art. 10(1) será decidida pelo Plenário, em escrutínio
secreto(2) e por maioria simples, mediante provocação da Mesa, do Conselho de Ética e
Decoro Parlamentar ou de Partido Político representado no Congresso Nacional, na forma
prevista nos arts. 14 e 15, excetuada a hipótese do parágrafo único deste artigo.
1. O art. 10 trata das condutas puníveis com a perda temporária do exercício do mandato.
2. Essa previsão de voto secreto colide com decisão em sentido contrário adotada pelo Supremo
Tribunal Federal, pelo que é inconstitucional.
Parágrafo único. Quando se tratar de infração ao inciso V do art. 10, a sanção será
aplicada, de ofício, pela Mesa, resguardado, em qualquer caso, o princípio da ampla defesa.
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Art. 13. A perda do mandato será decidida pelo Plenário, em escrutínio secreto(1) e por
maioria absoluta de votos, mediante iniciativa da Mesa, do Conselho de Ética e Decoro Par-
lamentar ou de Partido Político representado no Congresso Nacional, na forma prevista nos
arts. 14 e 15 (Constituição Federal, art. 55, § 2º).
1. O STF decidiu que a votação, nesse caso, deve ser ostensiva. A Constituição Federal já foi al-
terada, no ponto, para eliminar a previsão de votação secreta, pela Emenda Constitucional 76, de
2013 (Veja quadro acima).
Parágrafo único. Quando se tratar de infração aos incisos III, IV e V do art. 55 da Consti-
tuição, a sanção será aplicada, de ofício, pela Mesa, resguardado, em qualquer caso, o prin-
cípio da ampla defesa.
Constituição Federal
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Art. 14. A representação contra Senador por fato sujeito à pena de perda do mandato ou
à pena de perda temporária do exercício do mandato(1), aplicáveis pelo Plenário do Senado(2),
na qual, se for o caso, sob pena de preclusão, deverá constar o rol de testemunhas, em
número máximo de 5 (cinco), os documentos que a instruem e a especificação das demais
provas que se pretende produzir, será oferecida diretamente ao Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar pela Mesa ou por partido político com representação no Congresso Nacional.
1. A regulamentação processual prevista neste art. 14 aplica-se, portanto, tanto ao processo de
perda temporária do exercício do mandato (art. 12) quanto ao de perda do mandato (art. 15).
2. A decisão do Plenário será por maioria simples, no caso de perda temporária do exercício do
mandato, e por maioria absoluta, no caso de perda do mandato.
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Arquivamento
Presidente Exame
Conselho
do Conselho preliminar
Admissão
1
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Fim do
Sem recurso
processo
Arquivamento
Plenário do
Com recurso Decisão
Conselho
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III – designação de relator(1), mediante sorteio, a ser realizado em até 3 (três) dias úteis,
entre os membros do Conselho, sempre que possível, não filiados ao partido político repre-
sentante ou ao partido político do representado.
1. Havendo impedimento ou desistência do relator, o Presidente do Conselho designará substituto,
na reunião seguinte do Conselho, como comanda o § 2º deste artigo.
Notificação do
Admissão da Presidente do Registro e Designação
Senador para
representação Conselho autuação de relator
defesa
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Análise inicial
Defesa Relatório
Relator Conselho de mérito para
prévia preliminar
tipificação
1 2
§ 1º Se houver indícios de prática de ato que possa sujeitar o Senador à perda do man-
dato, em decisão adotada pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que se dará em
processo de votação nominal e aberta, a representação será recebida e será instaurado o
processo disciplinar.
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1. Essa decisão exige decisão por maioria simples, em votação nominal e aberta.
Recebimento da
Indício da prática de ato representação pelo Instauração do processo
punível com a perda do Conselho de Ética e Decoro disciplinar
mandato Parlamentar
Indício da prática
de ato punível com Representação é convertida Instauração do processo
advertência ou censura em denúncia disciplinar
verbal ou escrita
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Art. 17. Perante o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, poderão ser diretamente
oferecidas, por qualquer parlamentar, cidadão ou pessoa jurídica, denúncias relativas ao
descumprimento, por Senador, de preceitos contidos no Regimento Interno e neste Código.
Com recurso
Arquivo
Sem recurso
Presidente Exame
Denúncia
do Conselho preliminar
Designação de
Admissão
relator
1
1. O Relator tem prazo de cinco dias úteis para realizar a verificação sumária da procedência das
informações, devendo, nesse prazo, também ouvir o Senador ou Senadora denunciado.
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Arquivo
Relatório Presidente Inclusão
Conselho
do Relator do Conselho em pauta
Procedência
§ 6º Considerada procedente a denúncia por fato sujeito às medidas previstas nos arts.
8º e 9º desta Resolução, será instaurado processo disciplinar e o Conselho promoverá sua
aplicação, nos termos ali estabelecidos.
§ 7º Caso entenda que a acusação é fundada em indícios bastantes que, se compro-
vados, justificariam a perda do mandato, o Conselho encaminhará os autos à Mesa, para a
apresentação de representação.
Ato punível
com Processo Aplicação da
advertência ou disciplinar pena
censura
Procedência
Conselho
da denúncia
Ato punível
Apresentação da
com perda do Autos à Mesa
representação
mandato
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CAPÍTULO VI-A
DA INSTRUÇÃO PROBATÓRIA
– Relator;
Requerentes de diligências e – membros do Conselho;
atos de instrução probatória – representante ou denunciante;
– representado ou denunciado.
Parágrafo único. Nos casos puníveis com suspensão de prerrogativas regimentais, a ins-
trução probatória será processada em, no máximo, 30 (trinta) dias úteis.
Art. 17-B. O Conselho poderá convocar o representado ou denunciado para prestar
depoimento pessoal.
Parágrafo único. Se forem inquiridas testemunhas, o depoimento pessoal do represen-
tado ou denunciado, quando colhido, poderá precedê-las, desde que respeitado o seu direto
de ser ouvido também posteriormente a elas.
Art. 17-C. Em caso de produção de prova testemunhal, o Presidente deverá conduzir os
trabalhos e estabelecer a forma de sua execução.
Parágrafo único. Havendo convocação de reunião para oitiva de testemunha, observar-
-se-ão as seguintes normas, nessa ordem:
I – serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo representante ou denunciante, as
convocadas por iniciativa do Conselho e, por último, as arroladas pelo representado ou
denunciado;
II – preferencialmente, a inquirição das testemunhas ocorrerá numa única sessão,
devendo ficar separadas as de acusação das de defesa e serem recolhidas a lugar de onde
não possam ouvir debates nem as respostas umas das outras;
III – a testemunha prestará compromisso e falará somente sobre o que lhe for pergun-
tado, sendo-lhe defesa qualquer explanação ou consideração inicial à guisa de introdução;
IV – ao relator será facultado inquirir a testemunha no início do depoimento e a qualquer
momento que entender necessário;
V – após a inquirição inicial do relator, será dada a palavra ao representado ou denun-
ciado ou ao seu procurador para que formule as perguntas que entender necessárias;
VI – feitas as perguntas, será concedido a cada membro do Conselho o prazo de até 10
(dez) minutos improrrogáveis para formular perguntas;
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VII – a chamada para que os Senadores inquiram a testemunha será feita de acordo com
a lista de inscrição, passando-se a palavra primeiramente aos membros do Conselho e a
seguir aos demais Senadores;
VIII – após os titulares e suplentes inquirirem a testemunha, será concedido aos Senado-
res que não integram o Conselho o mesmo prazo dos seus membros, para suas arguições;
IX – a testemunha não será interrompida, exceto pelo Presidente ou pelo relator;
X – se a testemunha se fizer acompanhar de advogado, este não poderá intervir ou influir,
de qualquer modo, nas perguntas e nas respostas, sendo-lhe permitido consignar protesto ao
Presidente do Conselho, em caso de abuso ou violação de direito.
1.
3. 4.
Prestação de
2. Inquirição das tes- Inquirição das tes-
compromisso das
Inquirição das tes- temunhas de acusa- temunhas de acu-
testemunhas do
temunhas de acusa- ção pelo denunciado sação pelos mem-
representante ou
ção pelo Relator. ou seu representan- bros do Conselho e
denunciante (acusa-
te. outros Senadores.
ção).
8.
5. 7.
6. Inquirição das tes-
Prestação de com- Inquirição das teste-
Inquirição das teste- temunhas do Con-
promisso das teste- munhas do Conselho
munhas do Conse- selho pelos mem-
munhas do Conse- pelo denunciado ou
lho pelo Relator. bros deste e outros
lho. seu representante.
Senadores.
9. 12.
11.
Prestação de 10. Inquirição das teste-
Inquirição das teste-
compromisso das Inquirição das teste- munhas de defesa
munhas de defesa
testemunhas do munhas de defesa pelos membros do
pelo denunciado ou
representado ou de- pelo Relator. Conselho e outros
seu representante.
nunciado (defesa). Senadores.
Art. 17-D. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes,
impedidas ou suspeitas.
Parágrafo único. Sendo estritamente necessário, os Senadores ouvirão testemunhas
impedidas ou suspeitas, mas os seus depoimentos serão prestados independentemente de
compromisso e os Senadores lhes atribuirão o valor de informantes.
Regra Exceção
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Art. 17-G. O representado ou denunciado terá ciência da data e local designados pelo
relator ou indicados pelo perito para ter início a produção da prova.
Art. 17-H. O perito apresentará o laudo na Secretaria do Conselho, no prazo fixado
pelo relator.
Parágrafo único. É lícito ao Conselho convocar o perito para prestar esclarecimentos orais.
Art. 17-I. Produzidas as provas, o relator declarará encerrada a instrução, intimará o
representado ou denunciado para apresentar suas alegações finais no prazo de 3 (três) dias
úteis e, após isso, entregará relatório que será apreciado pelo Conselho no prazo de 10 (dez)
dias úteis.
§ 1º Recebido o relatório, a Secretaria do Conselho o desdobrará em duas partes, dispo-
nibilizando para divulgação apenas a primeira parte, descritiva, ficando a segunda parte, que
consiste na análise e no voto do relator, sob sigilo até sua leitura em reunião pública.
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Divulgação da
Secretaria do Desdobramento Reunião pública
parte descritiva
Conselho do parecer do Conselho
do relatório
Pelo arquivamento
Leitura da
Deliberação do
análise e do voto
Conselho
do relatório
Projeto de
Pela procedência
1 resolução
CAPÍTULO VI-B
DAS NULIDADES
Art. 17-J. Quando esta Resolução, o Regimento Interno do Senado Federal ou norma
subsidiária prescreverem determinada forma, sob pena de nulidade, sua decretação não
poderá ser requerida pela parte que lhe deu causa(1).
1. Este dispositivo replica regra do Direito Processual segundo a qual a nulidade não pode apro-
veitar a quem lhe deu causa.
Parágrafo único. Quando houver forma prescrita, sem cominação de nulidade, o Conse-
lho considerará válido o ato se, realizado de outro modo, atingir a sua finalidade.
Art. 17-L. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subsequentes, que
dele dependam.
Art. 17-M. O Conselho, ao pronunciar a nulidade, declarará quais atos são atingidos,
ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1º O ato não se repetirá nem se lhe suprirá a falta quando não prejudicar o represen-
tado ou denunciado.
§ 2º Quando puder decidir do mérito a favor do representado ou denunciado, o Conselho
não pronunciará a nulidade nem mandará repetir o ato declarado nulo, ou suprir-lhe a falta.
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Art. 17-N. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que
não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários, a fim de se
observarem as disposições legais.
CAPÍTULO VI-C
DA APRECIAÇÃO DO PARECER
4.
2. 3.
1. Prazo ao acusado para
Presidente do Palavra ao Relator,
Reunião pública defesa oral, por 20
Conselho anuncia a para leitura do
do Conselho. minutos, prorrogáveis
matéria. relatório.
por mais 10 minutos.
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7.
6.
Palavra aos 8.
5. Palavra aos
Senadores e Votação nominal.
Palavra ao membros do
Senadoras que Publicação do resultado
Relator para Conselho, por 10
não integram o no Diário do Senado
leitura do voto. minutos cada, para
Conselho, para Federal.
discussão.
discussão.
Art. 18. Quando um Senador for acusado por outro, no curso de uma discussão ou noutra
circunstância, de ato que ofenda sua honorabilidade, pode pedir ao Presidente do Senado,
do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ou de Comissão, que apure a veracidade da
arguição e o cabimento de sanção ao ofensor, no caso de improcedência da acusação.
Art. 19. Para a apuração de fatos e das responsabilidades previstas nesta Resolu-
ção, o Conselho poderá solicitar auxílio de outras autoridades públicas, inclusive quanto à
remessa de documentos necessários à instrução probatória, ressalvada a competência pri-
vativa da Mesa.
Art. 20. O processo disciplinar regulamentado neste Código não será interrompido pela
renúncia do Senador(1) (2) ao seu mandato nem serão, pela mesma, elididas as sanções even-
tualmente aplicáveis ou seus efeitos.
1. Esta previsão adapta a regra do art. 55, § 4º, da Constituição Federal, segundo o qual a renúncia
de Senador submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato terá seus efeitos
suspensos até a decisão do plenário.
2. Esta prescrição não impede a renúncia, mas apenas assenta que, ocorrendo esta, o processo
de perda de mandato prosseguirá seu curso.
Art. 21. Quando, em razão das matérias reguladas neste Código, forem injustamente
atingidas a honra ou a imagem da Casa, de seus órgãos ou de qualquer dos seus membros,
poderá o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar solicitar intervenção à Mesa.
CAPÍTULO VII
DO CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR
Art. 22. Compete ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar zelar pela observância dos
preceitos deste Código e do Regimento Interno, atuando no sentido da preservação da dig-
nidade do mandato parlamentar no Senado Federal.
§ 1º Ressalvados os casos previstos no inciso I do art. 3º desta Resolução, a representa-
ção ou denúncia somente poderá abordar atos ou omissões ocorridas no curso do mandato
do representado ou denunciado.
§ 2º Os Senadores estão sujeitos ao julgamento do Conselho de Ética e Decoro Parla-
mentar a partir de sua posse.
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Art. 23. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar será constituído por quinze mem-
bros titulares e igual número de suplentes(1), eleitos para mandato de dois anos(2), observado,
quanto possível, o princípio da proporcionalidade partidária e o rodízio entre Partidos Polí-
ticos ou Blocos Parlamentares não representados(3), devendo suas decisões ser tomadas
ostensivamente.
1. Os suplentes pertencem necessariamente aos mesmos partidos políticos e blocos parlamenta-
res dos respectivos titulares.
2. Não há vedação expressa à reeleição.
3. Não há previsão expressa acerca do critério que será usado para atribuição de vagas a partidos
e blocos parlamentares não representados na composição do Conselho pelo critério da proporcio-
nalidade partidária.
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§ 2º As reuniões serão públicas, salvo quando, por força de lei, se faça necessário res-
guardar o sigilo de bens constitucionalmente tutelados, especialmente a intimidade da pessoa
humana e a proteção do menor, e os votos serão ostensivos.
§ 3º Por deliberação de seus membros, o Conselho poderá:
I – reunir-se, eventualmente, em qualquer outro local fora da sede do Senado Federal
para audiência de instrução da representação ou denúncia;
II – por comissão constituída por 3 (três) membros ou por servidores do Senado Fede-
ral, inspecionar lugar ou coisa a fim de esclarecer fato ligado ao objeto da representação ou
denúncia, lavrando termo circunstanciado.
§ 4º As diligências a serem realizadas fora do Senado Federal, que exijam a atuação
de outros entes da Federação ou de outros Poderes da República, serão feitas por intermé-
dio da Mesa.
Art. 24. Ressalvadas as normas previstas nesta Resolução, o Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar observará, quanto à organização interna e ordem de seus trabalhos, as disposi-
ções regimentais relativas ao funcionamento das Comissões, inclusive no que diz respeito à
eleição de seu Presidente e designação de relatores.
§ 1º Os membros do Conselho deverão, sob pena de imediato desligamento e substitui-
ção, observar a discrição e o sigilo inerentes à natureza de sua função.
§ 2º Será automaticamente desligado do Conselho o membro que não comparecer, sem
justificativa, a três reuniões, consecutivas ou não, bem assim o que faltar, ainda que justifica-
damente, a mais de seis reuniões, durante a sessão legislativa(1).
1. Essas faltas são aferidas durante o período de mandato dos membros do Conselho, que é de
dois anos.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 26. O Orçamento Anual do Senado consignará dotação específica, com os recursos
necessários à publicação das Declarações Obrigatórias previstas no art. 6º.
Art. 26-A. Se necessário, o Presidente(1), por deliberação do Conselho(2), prorrogará, por
prazo determinado(3), a investigação e o julgamento da representação ou da denúncia.
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