Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ASPECTOS GERAIS
c) da decisão judicial, no caso de conferida pela Lei nº Segurado inválido ou com deficiência intelectual,
13.135/2015. mental ou grave: a pensão será de 100% a que teria
morte presumida; e direito se fosse aposentado por incapacidade
d) da ocorrência, no caso de permanente na data do óbito, até o teto do INSS.
COMPETÊNCIA:
PROCESSO CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUSTIÇA FEDERAL E JUSTIÇA ESTADUAL.
DEMANDA DEDUZINDO PEDIDO PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO (PENSÃO POR
MORTE). RECONHECIMENTO. UNIÃO ESTÁVEL. PREJUDICIAL DE MÉRITO. COMPETÊNCIA DO JUÍZO
FEDERAL.
1. Cuida-se de conflito negativo de competência instaurado entre o Juízo de Direito da 2ª Vara Cível de
Assú – RN e o Juízo Federal da 11ª Vara da SJ/RN, nos autos de ação ordinária ajuizada em desfavor do
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, na qual a autora da ação pleiteia a concessão de pensão
devido a morte de seu companheiro.
2. “A DEFINIÇÃO DA COMPETÊNCIA PARA A CAUSA SE ESTABELECE LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO
OS TERMOS DA DEMANDA (E NÃO A SUA PROCEDÊNCIA OU IMPROCEDÊNCIA, OU A LEGITIMIDADE
OU NÃO DAS PARTES, OU QUALQUER OUTRO JUÍZO A RESPEITO DA PRÓPRIA DEMANDA). O JUÍZO
SOBRE COMPETÊNCIA É, PORTANTO, LÓGICA E NECESSARIAMENTE, ANTERIOR A QUALQUER
OUTRO JUÍZO SOBRE A CAUSA. SOBRE ELA QUEM VAI DECIDIR É O JUIZ CONSIDERADO COMPETENTE
(E NÃO O TRIBUNAL QUE APRECIA O CONFLITO). NÃO FOSSE ASSIM, HAVERIA UMA INDEVIDA
INVERSÃO NA ORDEM NATURAL DAS COISAS: PRIMEIRO SE JULGARIA (OU PRÉ-JULGARIA) A CAUSA E
DEPOIS, DEPENDENDO DESSE JULGAMENTO, DEFINIR-SE-IA O JUIZ COMPETENTE (QUE, PORTANTO,
RECEBERIA UMA CAUSA JÁ JULGADA, OU, PELO MENOS, PRÉ-JULGADA).” (CC 121.013/SP, REL. MIN.
TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, DJE 3/4/2012).
3. A PRETENSÃO DEDUZIDA NA INICIAL NÃO DIZ RESPEITO AO RECONHECIMENTO DA UNIÃO
ESTÁVEL, MAS SOMENTE À CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO, O QUE ATRAI A
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL PARA O SEU PROCESSAMENTO E JULGAMENTO. AINDA QUE O
REFERIDO JUÍZO TENHA DE ENFRENTAR A QUESTÃO REFERENTE À CARACTERIZAÇÃO OU NÃO DE
UNIÃO ESTÁVEL NUMA AÇÃO EM QUE PLEITEIA EXCLUSIVAMENTE BENEFICIO PREVIDENCIÁRIO,
COMO É O CASO DOS AUTOS, NÃO RESTARÁ USURPADA A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL,
NA MEDIDA EM QUE INEXISTE PEDIDO RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL, QUESTÃO QUE
DEVERÁ SER ENFRENTADA COMO UMA PREJUDICIAL, DE FORMA LATERAL.
Conflito conhecido, para declarar competente o Juízo Federal da 11ª Vara da SJ/RN, ora suscitado, para
processar e julgar o feito.
(CC 126.489/RN, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/04/2013, DJe
07/06/2013)
CRITÉRIOS:
13953510 - PREVIDENCIÁRIO E CONSTITUCIONAL. PENSÃO POR
MORTE. TRABALHADOR URBANO. PROVA TESTEMUNHAL.
COMPANHEIRA. QUALIDADE DE DEPENDENTE.COMPROVADA. 1. A
sentença, proferida sob a égide do CPC/1973, está sujeita à remessa
oficial, eis que de valor incerto a condenação imposta ao INSS, motivo
pelo qual tem o potencial de ultrapassar 60 (sessenta) salários
mínimos. 2. Para que os dependentes do segurado tenham direito à
percepção do benefício de pensão por morte é necessária a
presença de alguns requisitos para a sua concessão, quais sejam: a)
o óbito do segurado; b) a condição de dependente; e c) a qualidade
de segurado do falecido. 3. O autor era companheiro da “de cujus”,
falecida em 07/11/2007. A qualidade de segurado da instituidora do
benefício foi comprovada mediante a juntada de holerites referente
ao 13º e do mês de 08/2006 em nome da falecida do Município de
Moipora (fl. 15). A qualidade de dependente foi comprovada mediante
provas testemunhas sólidas. 4. Apelação do INSS desprovida e
remessa oficial parcialmente provida. (TRF 1ª R.; AC 0018014-
90.2015.4.01.9199; Segunda Turma; Rel. Des. Fed. Francisco Neves da
Cunha; DJF1 15/09/2016) Exclusividade Magister: Repositório
autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ nº 67/2008 e do TST
nº 35/2009.
BENEFICIÁRIOS:
15887195 - PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. UNIÃO ESTÁVEL.
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA COMPROVADA. 1. A pensão por morte é devida ao
conjunto dos dependentes do segurado que falecer aposentado ou não, e
independe de carência (Lei nº 8.213/91, Arts. 74 e 26). 2. A dependência
econômica da companheira é presumida, consoante se infere do disposto no Art.
16, I e § 4º da Lei nº 8.213/91 (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011). 3. União
estável entre a autora e o segurado falecido comprovada. 4. Preenchidos os
requisitos legais, a autora faz jus ao benefício de pensão por morte. 5. A correção
monetária, que incide sobre as prestações em atraso desde as respectivas
competências, e os juros de mora devem ser aplicados de acordo com o Manual
de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal e, no que
couber, observando se o decidido pelo e. Supremo Tribunal Federal, quando do
julgamento da questão de ordem nas ADIs 4357 e 4425. 6. Os juros de mora
incidirão até a data da expedição do precatório/RPV, conforme entendimento
consolidado na c. 3ª Seção desta Corte (AL em EI nº 0001940- 31.2002.4.03.610). A
partir de então deve ser observada a Súmula Vinculante nº 17. 7. Os honorários
advocatícios devem observar as disposições contidas no inciso II, do § 4º, do Art.
85, do CPC, e a Súmula nº 111, do e. STJ. 8. A autarquia previdenciária está isenta
das custas e emolumentos, nos termos do Art. 4º, I, da Lei nº 9.289/96, do Art. 24-
A da Lei nº 9.028/95, com a redação dada pelo Art. 3º da MP 2.180-35/01, e do Art.
8º, § 1º, da Lei nº 8.620/93. 9. Remessa oficial, havida como submetida, e apelação
providas em parte. (TRF 3ª R.; AC 0005001- 58.2016.4.03.9999; Décima Turma; Rel.
Des. Fed. Paulo Octávio Baptista Pereira; Julg. 06/09/2016; DEJF 15/09/2016)
Exclusividade Magister: Repositório autorizado On-Line do STF nº 41/2009, do STJ
nº 67/2008 e do TST nº 35/2009.
Obrigado!
FONTES