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REGIMENTO

COMUM DO
SENADO
Perfil e Organização do Congresso
Nacional

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
REGIMENTO COMUM DO SENADO
Perfil e Organização do Congresso Nacional
Gabriel Dezen

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Perfil e Organização do Congresso Nacional...................................................................................................5
1. Nota Inicial sobre o Congresso Nacional........................................................................................................5
1.1. Mesa do Congresso Nacional.............................................................................................................................6
1.2. Competências do Congresso Nacional. ........................................................................................................9
1.3. Sessão Conjunta.. ....................................................................................................................................................13
1.4. Sessões Solenes do Congresso Nacional................................................................................................19
1.5. Local e Data das Sessões Conjuntas...........................................................................................................19
1.6. Líderes no Congresso Nacional.....................................................................................................................20
1.7. Publicações do Congresso Nacional.......................................................................................................... 28
1.8. Servidores..................................................................................................................................................................29
1.9. Acesso às Galerias.. ..............................................................................................................................................29
1.10. Arquivos....................................................................................................................................................................30
1.11. Aplicação Subsidiária dos Regimentos. ..................................................................................................30
Exercícios............................................................................................................................................................................32
Gabarito...............................................................................................................................................................................35
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................36

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REGIMENTO COMUM DO SENADO
Perfil e Organização do Congresso Nacional
Gabriel Dezen

Apresentação
A redação básica do Regimento Comum – e não “Regimento Comum do Congresso Nacio-
nal”, costumeira e equivocadamente referido – é de 1970, sendo, portanto, pré-constitucional,
pois a Constituição Federal vigente é de 5.10.1988.
Desde o advento da atual ordem constitucional, por isso, o texto do Regimento Comum
reclama uma urgente reforma, para compatibilizá-lo com as prescrições hoje vigentes e, prin-
cipalmente, para superar definitivamente a resistente confusão que ainda há sobre o que é o
Congresso Nacional.
A inexplicável omissão dos membros do Legislativo da União em realizar essa reforma re-
gimental tem permitido o prosseguimento de vigência de um texto contaminado por todo tipo
de problemas, desde prescrições contrárias à Constituição Federal (e por isso não recepciona-
das) até contradições evidentes, uma enorme deficiência de técnica legislativa e um conjunto
de regras absolutamente envelhecidas e inaplicáveis.
Entre as inúmeras deficiências, as principais são:
• A base de construção fundada na aceitação de que o Congresso Nacional é simples-
mente a soma de Câmara dos Deputados mais Senado Federal. O próprio nome RE-
GIMENTO COMUM passa o conceito de uma norma regimental aplicável a ambas as
Casas, quando o que ocorre é exatamente o contrário. É ignorada por completo a mais
moderna construção doutrinária e jurisprudencial que aponta o Congresso Nacional
como instância deliberativa autônoma e com perfil próprio.
• A ausência de referência ao Presidente da Mesa do Congresso Nacional, ainda denomi-
nado “Presidente do Senado”, o que despreza decisão do Supremo Tribunal Federal, de
1996, que reconhece essa autoridade.
• A inexistência de qualquer referência à Mesa do Congresso Nacional como ente des-
personalizado com fisionomia própria e que, segundo o STF, é detentor inclusive de ca-
pacidade jurídica para estar em juízo tanto no polo ativo quanto no passivo de ações
judiciais. O RCN chega ao cúmulo de, em seu art. 1º, afirmar que é a Mesa do Senado
que dirige as sessões conjuntas do Congresso, quando a Constituição Federal, à altura
do art. 57, determina clara e objetivamente uma Mesa própria, composta por derivação
intercalar.
• As previsões de princípios gerais do processo legislativo são de compatibilidade cons-
titucional extremamente discutível, por lesivas à autonomia processual, organizacional
e decisória de cada Casa.
• O regramento de tramitação de projetos de autoria de Comissão Mista afronta direta-
mente a Constituição Federal por determinar exame em dois turnos tanto na Casa Inicia-
dora quanto na Revisora, além de conterem previsões ilógicas.
• O regramento da revisão de projetos de Código é falho e se encontra completamente
deslocado.

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Algumas alterações foram feitas ao seu texto, com resultados extremamente criticáveis.
Por exemplo, as mudanças no processamento do veto tiveram, depois de sua aprovação, que
ser adaptadas para atingirem um nível mínimo de técnica legislativa. Foi suprimida, provavel-
mente por equívoco, a precisão de exame dos vetos por uma Comissão Mista, o que impõe aos
Deputados Federais e Senadores que decidam sobre a manutenção ou rejeição dos vetos “às
cegas”, sem o apoio de um exame técnico cuidadoso vertido a parecer.
É de se registrar, também, uma longa série de Resoluções do Congresso Nacional que “in-
tegram o Regimento Comum”, resultando em um cipoal de normas que deveria, em nome da
clareza, ser consolidado no texto-base do Regimento Comum.
Essa enorme coleção de problemas resulta em um Regimento incompreensível, dificil-
mente aplicável, contraditório, contrário à Constituição Federal, lacunoso e impreciso.
Neste Curso, mantive ao máximo possível a fidelidade ao texto vigente, apenas apontando
as incompatibilidades com a Constituição Federal quando isso é incontornável.

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PERFIL E ORGANIZAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL


1. Nota Inicial sobre o Congresso Nacional
O Poder Legislativo da União é conceitualmente definido como bicameral pela Constituição
Federal (CF, art. 44), onde se lê:

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal.

 Obs.: Veja, como registrei na abertura deste Módulo, que os membros da Assembleia Nacio-
nal Constituinte de 1987-88 atuaram ainda sob os vícios do sistema da Constituição
anterior, de 1967-69, no qual o Congresso Nacional ainda era concebido como um
mero conjunto, resultado da soma da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
 Não se tinha ainda, portanto, a percepção do Congresso Nacional como instância
deliberativa autônoma, com existência própria e apartada das outras duas Casas do
Legislativo da União.

Esse bicameralismo, contudo, deve ser compreendido apenas em sentido físico ou


estrutural.
Em sentido funcional ou institucional, o Poder Legislativo da União divide-se em três Casas,
cada uma com Regimento próprio, Mesa própria e competências próprias. São elas:
• A Câmara dos Deputados;
• O Senado Federal;
• O Congresso Nacional.

A partir dessa estrutura tríplice, incide o princípio da absoluta autonomia funcional das Casas
do Congresso, segundo o qual nenhuma das estruturas – Câmara, Senado ou Congresso –
tem amparo constitucional para interferir nas decisões, no andamento processual e no funcio-
namento das outras duas.
Cada uma dessas instâncias deliberativas autônomas é senhora do seu próprio regramento
interno, do seu funcionamento e de suas decisões.

A partir dessa noção inicial, então, podemos enveredar pelo que nos interessa neste curso,
que é a instituição Congresso Nacional.

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1.1. Mesa do Congresso Nacional


Sabe-se que, a partir da Constituição Federal, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
tem, cada um, a sua própria Mesa, composta de membros da Casa respectiva (Deputados Fe-
derais na Mesa da Câmara, Senadores na Mesa do Senado) eleitos pelos seus pares.
A Mesa do Senado Federal é composta por um Presidente, dois Vice-Presidentes (1º e 2º),
quatro Secretários (1º, 2º, 3º e 4º) e quatro Suplentes de Secretários (1º, 2º, 3º e 4º).
A Mesa da Câmara dos Deputados, da mesma forma, é composta por um Presidente, dois
Vice-Presidentes (1º e 2º), quatro Secretários (1º, 2º, 3º e 4º) e quatro Suplentes de Secretários
(1º, 2º, 3º e 4º).
A escolha de quem vai ocupar cada um desses cargos na Mesa é por eleição, conforme
determina o Regimento respectivo.

Na distribuição dessas onze vagas em cada Mesa, será observado o princípio da representa-
ção proporcional dos partidos políticos e blocos parlamentares na respectiva Casa.
Ou seja: quando mais Deputados Federais um partido ou bloco tiver na Câmara dos Deputados,
mais vagas terá na Mesa desta Casa, o mesmo ocorrendo no Senado Federal.

A Mesa do Congresso Nacional também é formada por onze cargos (um Presidente, dois
Vice-Presidentes (1º e 2º), quatro Secretários (1º, 2º, 3º e 4º) e quatro Suplentes de Secretários
(1º, 2º, 3º e 4º), mas:
• Sua composição NÃO É feita por eleição. Resulta de uma composição intercalar e alter-
nada entre os membros da Mesa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
• NÃO se observa a representação numérica proporcional de partidos e blocos.

Vem da Constituição Federal:

Art. 57....................................
.................................................
§ 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais
cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos
Deputados e no Senado Federal.

Ou seja: a composição da Mesa do Congresso é feita por derivação das Mesas das outras
duas Casas, e de forma intercalar.
De forma esquemática:

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Mesa do Senado
Mesa da Câmara Mesa do Congresso

Presidente Presidente Presidente


1º Vice-Presidente 1º Vice-Presidente 1º Vice-Presidente
2º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente
1º Secretário 1º Secretário 1º Secretário
2º Secretário 2º Secretário 2º Secretário
3º Secretário 3º Secretário 3º Secretário
4º Secretário 4º Secretário 4º Secretário
1º Suplente 1º Suplente 1º Suplente
2º Suplente 2º Suplente 2º Suplente
3º Suplente 3º Suplente 3º Suplente
4º Suplente 4º Suplente 4º Suplente

Os membros do Congresso ocupantes dos cargos em vermelho serão os ocupantes dos


cargos correspondentes na Mesa do Congresso Nacional.

Obs.: Perceba que, por conta disso:


 O partido político do Deputado Federal ou Senador é irrelevante para a composição da
Mesa do Congresso Nacional. Em uma situação limite, poderíamos vir a ter todos os
membros desta Mesa do mesmo partido.
 A Mesa do Congresso Nacional não é sinônimo, não se confunde com as Mesas da
Câmara e do Senado somadas. É uma terceira Mesa, de composição própria e com
competências próprias e diferentes das outras duas.

Nessa linha, e como dito na apresentação deste curso, o art. 1º do Regimento Comum está
tacitamente revogado pela vigente Constituição Federal. Diz esse dispositivo:

Art. 1º A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, sob a direção da Mesa deste, reunir-se-ão em
sessão conjunta para:

 Obs.: Em razão da óbvia incompatibilidade entre esse art. 1º do Regimento Comum e o que
determina o art. 57, § 5º, da Constituição Federal, esse dispositivo encontra-se revo-
gado por não recepção.

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 Vale lembrar que não se pode falar em inconstitucionalidade, pois esta parte do Regi-
mento Comum – como quase todo o seu texto – é anterior a 5.10.1988, data da pro-
mulgação da vigente Constituição Federal.
 Em face disso, deve ser entendido, indiscutivelmente, que as sessões conjuntas serão
comandas pela Mesa do Congresso Nacional.

Como visto, NÃO É a Mesa do Senado que dirige o Congresso, mas, sim, a Mesa do próprio
Congresso Nacional.

Por conta disso:


• As referências à “Mesa do Senado Federal” no Regimento Comum devem ser tomadas
como designativas da Mesa do Congresso Nacional.
• As referências ao “Presidente do Senado Federal” no Regimento Comum devem ser to-
madas como dirigidas ao Presidente da Mesa do Congresso Nacional.

Duas últimas –e importantíssimas – informações ainda são necessárias sobre a Mesa do


Congresso Nacional.
A primeira diz respeito à própria existência da figura de Presidente do Congresso Nacional,
já que a Constituição Federal não faz referência expressa a essa autoridade. Por conta dessa
omissão constitucional, durante alguns anos foi discutida na doutrina a existência dessa auto-
ridade, até que o Supremo Tribunal Federal, em 1996, tirou a matéria das sombras e deixou fora
de qualquer dúvida que a Mesa do Congresso Nacional é dirigida pelo Presidente da Mesa do
Congresso Nacional.

O Supremo Tribunal Federal decidiu, em 29.8.2001 - reiterando entendimento já adotado em


1996 – que a Mesa que conduz o Congresso Nacional é a Mesa do Congresso Nacional.
Esse entendimento foi chancelado inclusive pelo próprio Congresso Nacional, em sessão con-
junta realizada em 22.9.1993, publicada no Diário do Congresso Nacional de 23.9.1993.

Veja: quando os 81 Senadores elegem aquele que será o Presidente do Senado, este eleito
vai, também, presidir a Mesa do Congresso Nacional. Apesar de SER a mesma pessoa, NÃO É
a mesma autoridade. Na Mesa do Senado, ele terá as competências de Presidente do Senado;
na Mesa do Congresso, ele terá outras competências, diferentes, próprias de Presidente da
Mesa do Congresso Nacional.

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A segunda observação tem raízes históricas e responde a seguinte questão: nas ausên-
cias ou licenças do Presidente do Senado Federal, quem responde pela Mesa do Congresso
Nacional? O problema apareceu em um caso prático. O então Presidente do Senado teve que
tirar uma “licença” da Presidência desta Casa, por um período determinado. Como manda o
Regimento do Senado, as funções da Presidência foram assumidas pelo 1º Vice-Presidente
do Senado, agora Presidente interino do Senado. Ocorre que, por uma interpretação qualquer,
esse Presidente interino do Senado entendeu que “herdava” também a Presidência do Con-
gresso Nacional, com o que não concordaram os Deputados Federais. A questão foi parar no
Supremo Tribunal Federal, que decidiu que, nas ausências ou impedimentos do Presidente
da Mesa do Congresso Nacional, assume a Presidência desta Casa o 1º Vice-Presidente da
Mesa do Congresso Nacional, que, como visto anteriormente, é o Deputado Federal que detém
o cargo de 1º Vice-Presidente da Mesa da Câmara dos Deputados.

Em resumo do que você acabou de ver:


• A Mesa do Congresso Nacional é presidida pelo Presidente da Mesa do Congresso Na-
cional.
• Na falta do Presidente da Mesa do Congresso, por qualquer motivo, assume a presidên-
cia o 1º Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, que é Deputado Federal, e, na
falta desta, os demais substitutos da Mesa do Congresso Nacional.

1.2. Competências do Congresso Nacional


O Congresso Nacional exercita as suas competências usando um de dois tipos de normas
jurídicas: o decreto legislativo e a resolução do Congresso Nacional.

1.2.1. Competências Tratadas por Decreto Legislativo do Congresso Nacional

Todas as competências previstas no art. 49 da Constituição Federal tomam forma de de-


creto legislativo.
Diz esse dispositivo constitucional:

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:


I – resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos
ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
II – autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças es-
trangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os
casos previstos em lei complementar;
III – autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a
ausência exceder a quinze dias;

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IV – aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender
qualquer uma dessas medidas;
V – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa;
VI – mudar temporariamente sua sede;
VII – fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem
os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
VIII – fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado,
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
IX – julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios
sobre a execução dos planos de governo;
X – fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração indireta;
XI – zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos
outros Poderes;
XII – apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
XIII – escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
XIV – aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
XV – autorizar referendo e convocar plebiscito;
XVI – autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pes-
quisa e lavra de riquezas minerais;
XVII – aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois
mil e quinhentos hectares.
XVIII – decretar o estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-
C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de
2021)

Há uma enorme quantidade de detalhes no estudo desse art. 49, mas isso é matéria para
Direito Constitucional.

 Obs.: Para um aprofundamento sobre o assunto, veja a análise pontual e completa do art.
49 da Constituição Federal no meu curso PODER LEGISLATIVO NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, disponível aqui no Gran Cursos OnLine nos formatos:
 Aulas em PDF.
 Videoaulas.

A produção de decreto legislativo do Congresso ocorre sob o seguinte regramento


esquemático:

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Bicameral.
O projeto de decreto legislativo – PDL deve
Processo legislativo
ser aprovado pela Câmara dos Deputados e
pelo Senado Federal.
Fase executiva Não há.
O PDL não se sujeita a sanção ou veto do Presidente
da República.
Promulgação O decreto legislativo é promulgado pelo Presidente
da Mesa do Congresso Nacional e publicado no Diário
do Congresso Nacional.
Revisão e alterações Aprovado por uma das Casas, o PDL deve ser enviado
à outra, para revisão.
Aprovado na Casa Revisora sem alteração de mérito,
vai à Mesa do Congresso, para publicação.
Aprovado com alterações, deve retornar à Casa
Iniciadora, para decisão sobre a parte alterada.

O decreto legislativo do Congresso Nacional qualifica-se tecnicamente como norma jurídica


primária equiparada a lei ordinária.
Assim, não há qualquer hierarquia entre uma lei ordinária e um decreto legislativo.
Na colisão entre ambos os tipos, a solução vem do exame da matéria na Constituição Federal,
quanto à aptidão material:
• Se a CF queria lei para o assunto, vale a lei, e o decreto é inconstitucional;
• Se, ao contrário, a matéria está no art. 49 da CF, vale o decreto, e a lei será formalmente
inconstitucional.

 Obs.: Atenção para um detalhe: o decreto legislativo do Congresso não é produzido em


sessão conjunta, como é o caso de resolução do Congresso, mas sim pelo processo
bicameral.
 Por conta disso:

• o Regimento Comum não regulamenta a produção de decreto legislativo (matéria dos


Regimentos da Câmara e do Senado);
• o Regimento Comum regulamenta a produção de resoluções do Congresso.

1.2.2. Competências Tratadas por Resolução do Congresso Nacional

O Congresso Nacional usa resolução própria para cuidar de dois tipos de assuntos:
• Para a autorização ao Presidente da República para que este elabore lei delegada;
• Para tratar de todas as matérias internas que não estejam previstas no art. 49 da Cons-
tituição Federal.
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O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 6751, de


8.9.2021 (Relator o Ministro Alexandre de Moraes) adotou importante posicionamento no sen-
tido de permitir a regulação do funcionamento interno das Casas Legislativas por norma di-
versa de Resolução.
Nesse julgamento, foi aceito como constitucional a alteração temporária do processo de con-
versão de medida provisória por “Ato Conjunto das Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-
nado Federal”, a ser praticado enquanto persistirem as limitações a reuniões e aglomerações
impostas pela pandemia de Covid-19.
Consta nesse julgado:

JURISPRUDÊNCIA
Possibilidade de disciplina do funcionamento parlamentar por ato regulamentar diverso
de resolução, em complemento aos Regimentos Internos de cada Casa Legislativa.

Veja alguns exemplos:

RESOLUÇÃO N. 2, DE 2013-CN
Dispõe sobre a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), comissão perma-
nente do Congresso Nacional, órgão de controle e fiscalização externos da atividade de inteligência,
previsto no art. 6º da Lei n. 9.883, de 7 de dezembro de 1999.
RESOLUÇÃO N. 1, DE 2002-CN
Dispõe sobre a apreciação, pelo Congresso Nacional, das Medidas Provisórias a que se refere o art.
62 da Constituição Federal, e dá outras providências.

Quanto à lei delegada, vem da Constituição Federal:

Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional.
............................................................................
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que
especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.

Eu mostrarei a você, neste curso, todo o processo de delegação, em Módulo próprio.


Quanto aos demais temas tratados por resolução, estão incluídos, entre outros:
• Toda e qualquer alteração no Regimento Comum;
• A regulamentação da apreciação dos projetos de leis orçamentárias (projeto da Lei Or-
çamentária Anual – LOA; projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO; projeto do
Plano Plurianual – PPA).
• A regulamentação do processo de conversão de medida provisória em lei.
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A produção de resolução do Congresso Nacional obedece às seguintes regras:

Sessão conjunta.
Câmara e Senado vão deliberar no
Processo legislativo mesmo momento processual (mesmo
dia) e no mesmo ambiente físico
(Plenário da Câmara dos Deputados).
Fase executiva Não há.
Casa Revisora Não há.
A deliberação ocorre em um único momento
processual, combinando as decisões dos
Deputados Federais e dos Senadores.
Promulgação Pelo Presidente da Mesa do Congresso Nacional.
Publicação No Diário do Congresso Nacional

1.3. Sessão Conjunta


No âmbito do Poder Legislativo da União, e de forma resumida, a produção de normas se
dá por um de quatro tipos de processos legislativos.
Veja, em quadro-resumo:

Tipo Funcionamento Normas elaboradas


Unicameral Câmara e Senado funcionam no Emendas Constitucionais
mesmo momento processual e no de Revisão.
mesmo Plenário, SEM distinção
entre as Casas.
A decisão é do Congresso Nacional.
Os parlamentares são designados
Congressistas.
O regimento aplicável é o
Regimento Comum, principalmente.
A condução dos trabalhos é feita
pela Mesa do Congresso Nacional.
Atenção
Esse tipo de processo legislativo
não é mais praticado.
Foi usado em episódio único, em
1993, para a produção das Emendas
Constitucionais de Revisão.

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Tipo Funcionamento Normas elaboradas


Bicameral Câmara e Senado funcionam Emendas Constitucionais
em DIFERENTES momentos Leis complementares
processuais, nos respectivos Leis ordinárias
Plenários. Decretos legislativos
A decisão é da própria Casa. Conversão de medidas
O Regimento aplicável é o da Casa provisórias.
respectiva.
A condução dos trabalhos é da
Mesa da Casa respectiva.
Sessão Câmara e Senado funcionam no Lei Orçamentária
conjunta mesmo momento processual, COM Anual – LOA
distinção entre as Casas. Lei de Diretrizes
A decisão é do Congresso Nacional. Orçamentárias – LDO
Os parlamentares são designados Plano Plurianual – PPA
como Congressistas ou como Resoluções do Congresso
Deputados e Senadores. Nacional
O Regimento aplicável é o Comum. Deliberação sobre o veto
A condução dos trabalhos é feita executivo.
pela Mesa do Congresso Nacional Delegação para lei
delegada.
Privativo Câmara OU Senado funciona Resolução do Senado
exclusivamente, sendo que a Federal
proposição não é submetida à Resolução da Câmara dos
outra Casa. Deputados
A decisão é da própria Casa.
O Regimento aplicável é o
respectivo.
A condução dos trabalhos é
encargo da Mesa respectiva.

Como você vê no quadro acima, o funcionamento do Congresso Nacional, nesta condição,


se faz em sessão conjunta.
Na sessão conjunta – que estudarei com você com mais detalhes em Módulo próprio –
estão reunidos no mesmo plenário (o da Câmara dos Deputados, que é fisicamente maior) os
Deputados Federais e o Senadores.
Na discussão da proposição, a palavra será dada pela Presidência, alternadamente, a De-
putados e a Senadores.
Na votação, contudo, e como regra, votam primeiro os Deputados Federais e, a seguir, votam
os Senadores. O resultado da deliberação vem da combinação das decisões das duas Casas.
Veja de maneira esquemática, como seria a votação de um projeto de resolução do Con-
gresso - PRN:

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Em decorrência:
• Se os Deputados Federais rejeitaram e os Senadores rejeitaram, o Congresso rejeitou.
• Se os Deputados Federais rejeitaram e os Senadores aprovaram, o Congresso rejeitou.
• Se os Deputados Federais aprovaram e os Senadores rejeitaram, o Congresso rejeitou.
• Se os Deputados Federais aprovaram e os Senadores aprovaram, o Congresso aprovou.

 Obs.: Nesse tipo de deliberação, então, o Congresso Nacional só aprova quando tanto a
Câmara dos Deputados quanto o Senado Federal aprovaram.
 Qualquer outra combinação leva à rejeição.

Na deliberação sobre o veto executivo a combinação será diferente, pois é a rejeição do veto
que exige a maioria absoluta de cada uma das Casas.
Veremos isso em módulo próprio.

Sobre isso, diz o Regimento Comum:

Art. 1º A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, sob a direção da Mesa deste, reunir-se-ão em
sessão conjunta para:
I – inaugurar a sessão legislativa;
II – dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República eleitos;
III – promulgar emendas à Constituição Federal;
IV – V – discutir e votar o Orçamento;
VI – conhecer de matéria vetada e sobre ela deliberar;
VII – VIII – IX – delegar ao Presidente da República poderes para legislar;
X – XI – elaborar ou reformar o Regimento Comum (art. 57, § 3º, II, da Constituição); e
XII – atender aos demais casos previstos na Constituição e neste Regimento.

Os incisos em branco no art. 1º, citado acima, foram revogados pela atual Constitui-
ção Federal.

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Sobre as sessões conjuntas, diz a CF, no art. 57:

Art. 57.......................
.....................................
§ 3º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Fede-
ral reunir-se-ão em sessão conjunta para:
I – inaugurar a sessão legislativa;
II – elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
III – receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
IV – conhecer do veto e sobre ele deliberar.

 Obs.: Tome cuidado para não confundir a inauguração da sessão legislativa com a realiza-
ção das sessões preparatórias.
 A primeira – sessão legislativa – é evento do Congresso Nacional, em sessão conjunta.
 A segunda – realização das sessões preparatórias – é competência do Senado Fede-
ral e da Câmara dos Deputados, separadamente, e é realizada uma vez a cada legisla-
tura. Sobre isso, diz a Constituição Federal:

Art. 57..................................................
.........................................................
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primei-
ro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato
de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente.

Vamos dar uma olhada em cada uma dessas competências:

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A abertura da sessão legislativa assinala


o início dos trabalhos anuais do Poder
Legislativo da União.
O art. 84 da Constituição Federal diz:
Art. 84. Compete privativamente ao
I – inaugurar a sessão Presidente da República:
legislativa; ............................................
XI – remeter mensagem e plano de
governo ao Congresso Nacional por
ocasião da abertura da sessão legislativa,
expondo a situação do País e solicitando
as providências que julgar necessárias;
II – dar posse ao Presidente A sessão congressual de posse do Presidente da
e ao Vice-Presidente da República e do Vice-Presidente é solene, na forma
República eleitos; do Regimento Comum, como será visto adiante.
Essa sessão solene será repetida no caso de
sucessão ou substituição nos cargos referidos, ao
longo do mandato.

III – promulgar emendas à Apesar de a elaboração de Emendas Constitucionais


Constituição Federal; ser bicameral e regulada pelos Regimentos da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a
sua promulgação ocorre em sessão solene do
Congresso Nacional.
Atenção
Apesar disso, a promulgação de Emenda
Constitucional não é atribuição da Mesa do
Congresso Nacional, mas das Mesas da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal.

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V – discutir e votar o A redação é imprecisa.


Orçamento; Na verdade, é função do Congresso Nacional, em
sessão conjunta é discutir e votar todos os projetos
de lei do chamado “ciclo orçamentário” que são:
• a Lei Orçamentária Anual – LOA;
• a Lei de Diretrizes Orçamentárias –LDO;
• o Plano Plurianual – PPA
Além disso, também é congressual em sessão
conjunta a deliberação de projetos de lei referentes:
• a créditos suplementares;
• a créditos extraordinários.
Atenção
A falta de técnica fica evidente na locução “discutir
e votar o orçamento”.
Orçamento não é votado; o projeto de lei orçamentária é
que é.

VI – conhecer de matéria O veto a projetos de lei será remetido pelo


vetada e sobre ela deliberar; Presidente da República ao Presidente do
Congresso Nacional e incumbirá ao Congresso, em
sessão conjunta, deliberar e decidir se mantém ou se
rejeita o veto executivo.
Essa matéria será mais bem analisada em módulo
próprio.
IX – delegar ao Presidente A referência é à lei delegada, prevista no art. 68 da
da República poderes para Constituição Federal vigente, e será analisada com
legislar; detalhes em aula própria deste curso.
Por ora, basta que você sabia que a delegação
– como visto anteriormente – toma a forma de
resolução do Congresso Nacional.
XI – elaborar ou reformar o O Regimento Comum é uma resolução do
Regimento Comum (art. 57, Congresso.
§ 3º, II, da Constituição); Toda e qualquer alteração ou reforma ao seu texto
terá, por isso, que tomar a forma, também, de
resolução do Congresso Nacional.
O processo legislativo de alteração ou reforma
do Regimento Comum é regulado neste mesmo
Regimento, e será analisado no momento próprio
deste Curso.

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1.4. Sessões Solenes do Congresso Nacional


O RCN – Regimento Comum determina que algumas dessas sessões sejam solenes. Diz
o art. 1º:

Art. 1º.........................................................................................................
....................................................................................................................
§ 2º Terão caráter solene as sessões referidas nos incisos I, II, III e § 1º.

Dessa forma, serão sessões solenes do Congresso Nacional as destinadas a:

I – inaugurar a sessão legislativa;


II – dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República eleitos;
III – promulgar emendas à Constituição Federal;

E ainda a referida no § 1º desse art. 1º:

Art. 1º...........................................
.......................................................
§ 1º Por proposta das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, poderão ser realiza-
das sessões destinadas a homenagear Chefes de Estados estrangeiros e comemorativas de datas
nacionais.

1.5. Local e Data das Sessões Conjuntas


Quanto ao local das sessões conjuntas, como já referi acima, será o Plenário da Câmara
dos Deputados.
Diz o art. 3º do RCN:

Art. 3º As sessões realizar-se-ão no Plenário da Câmara dos Deputados, salvo escolha prévia de
outro local devidamente anunciado.

Quanto aos dias e horários, diz o art. 2º:

Art. 2º As sessões que não tiverem data legalmente fixada serão convocadas pelo Presidente do
Senado ou seu Substituto, com prévia audiência da Mesa da Câmara dos Deputados.

Obs.: As sessões que têm “data legalmente fixada” são:


b)
• com previsão constitucional:

 Obs.: a) a solene de posse do Presidente da República e do Vice-Presidente da República;

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 b) a solene de abertura da sessão legislativa;


 com previsão no próprio Regimento Comum, a deliberativa do veto executivo a projeto
de lei, que deve ocorrer, como regra, “na terceira terça-feira de cada mês”.
 Neste artigo, e em inúmeros outros do RCN, você vai ler a referência ao “Presidente
do Senado”. Como visto anteriormente, nesta aula, o STF já decidiu que o Congresso
Nacional é presidido pelo Presidente da Mesa do Congresso Nacional, mas, em prova,
o problema é outro: ocorre entre a letra do RCN e a jurisprudência e doutrina.
 Quanto a isso – e como você não vai “comprar briga” de graça com a banca, parece-me
que uma orientação segura para uma boa prova é:

• nas questões objetivas (V ou F, múltipla escolha), você pode validar tanto a expressão
“Presidente do Senado Federal” quanto “Presidente do Congresso Nacional”, exceto se
vier a expressão “Presidente do Senado, nesta condição”, pois neste caso não se pode
aceitar a expressão como designativa de Presidente do Congresso.
• em prova discursiva ou oral, contudo, prefira sempre a designação “Presidente da Mesa
do Congresso Nacional”, pois nesse tipo de questão você tem espaço para argumentar.

1.6. Líderes no Congresso Nacional


1.6.1. Habilitação perante o Congresso Nacional dos Líderes na Câmara e no Se-
nado

No Senado Federal, na Câmara dos Deputados e no Congresso Nacional, os parlamentares


dos partidos políticos e blocos parlamentares são conduzidos, nas suas ações políticas e le-
gislativas, pelos respectivos líderes.
Na Câmara dos Deputados e no Senado Federal os respectivos Regimentos reconhecem
os seguintes líderes:
• De partidos políticos;
• De blocos parlamentares;
• Da Maioria;
• Da Minoria;
• Do Governo.

Recentemente, o Senado Federal criou mais duas Lideranças:


• A Liderança da Oposição;
• A Liderança da Bancada Feminina.

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Esses Deputados Federais e Senadores que são regimentalmente reconhecidos como


líderes nas respectivas Casas mantém essa condição nas sessões conjuntas do Congres-
so Nacional.
Veja o art. 4º do RCN:

Art. 4º São reconhecidas as lideranças das representações partidárias em cada Casa, constituídas
na forma dos respectivos regimentos.
.........................................................................

A locução regimental “lideranças das representações partidárias” desse art. 4º pode ter in-
terpretação redutora, para reconhecer como habilitados como Líderes em sessões conjuntas
apenas os Líderes de partidos políticos e de blocos parlamentares.

A forma de escolha e indicação dessas Lideranças no âmbito da Câmara dos Deputados e do


Senado Federal é matéria dos respectivos Regimentos Internos.
Não é tratada, por isso, no Regimento Comum, que se limita a reconhecer essas Lideranças
quando dos trabalhos congressuais em sessão conjunta.

1.6.2. Líderes de Deputado Federais e de Senadores no Congresso Nacional

Além de reconhecer e de dar prerrogativas regimentais aos Líderes reconhecidos pela Câ-
mara dos Deputados e pelo Senado Federal, o Regimento Comum também cuida de autorizar
a existência de Líderes no Congresso Nacional.
Vejamos isso:

1.6.2.1. Líder do Governo no Congresso

Determina o RCN:

Art. 4º......................
§ 1º O Presidente da República poderá indicar Congressista para exercer a função de Líder do go-
verno, com as prerrogativas constantes deste Regimento.
§ 2º O Líder do Governo poderá indicar até 18 (dezoito) Vice-Líderes dentre os integrantes das
representações partidárias que apoiem o governo. (Redação dada pela Resolução n. 1, de 2021-CN)

Em 2017, pela Resolução n. 1, o número de Vice-líderes do Governo no Congresso foi aumen-


tado para “até 10”.
Em 2021, pela Resolução n. 1, o número foi novamente aumentado, agora para “até 18 (dezoi-
to) vice-líderes.

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 Obs.: Note que isso permitirá, pela interpretação expansiva, a existência, em sessão conjun-
ta, de TRÊS Líderes do Governo:

• o Deputado Federal que é Líder do Governo na Câmara dos Deputados;


• o Senador que é Líder do Governo no Senado Federal;
• o Deputado Federal ou Senador que é Líder do Governo no Congresso.

 Obs.: Perceba também que a indicação de Líder do Governo no Congresso não é obrigatória
ao Presidente da República, mas facultativa, como deixa claro a expressão “O Presi-
dente da República poderá indicar Congressista...”.

Quanto aos Vice-Líderes do Governo no Congresso, incumbirá ao Líder escolhido pelo Pre-
sidente da República escolher “até 18 vice-líderes”, entre Deputados e Senadores, desde a al-
teração de 2021.
Assim, em resumo:

Escolha do Líder do Governo no É atribuição facultativa do


Congresso Presidente da República.
Escolha dos vice-líderes do Governo É da competência do Líder do Governo
no Congresso no Congresso.

1.6.2.2. Líderes da Maioria e da Minoria no Congresso

Antes de mais nada, cabe aqui um alerta muito importante, relativo à diferença conceitual,
para o RCN, entre Maioria, Minoria e Representação Minoritária:

É o MAIOR partido político ou bloco parlamentar


representado na Câmara dos Deputados e no
Maioria
Senado Federal, INDEPENDENTEMENTE da posição
política em relação ao Poder Executivo da União.
Minoria É o MAIOR partido político ou bloco parlamentar que, na
Casa, posicionar-se politicamente contra a Maioria, nas
relações com o Poder Executivo da União.
Representação É expressão que designa todos os partidos políticos e
minoritária blocos parlamentares que, na constituição de determinada
comissão mista, não conseguiram colocar pelo menos um
de seus membros, por conta do critério da representação
proporcional em Plenário.

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EXEMPLO
Imagine que, no Senado Federal, estejam representados os partidos P1, P2, P3, P4, P5 e P6.
Desses, o maior partido é o P2. Então, P2 será a Maioria no Senado – não importando se P2 é
de oposição ao Governo ou de apoio ao Governo -, e o Líder escolhido pelos Senadores mem-
bros do P2 será, automaticamente, Líder da Maioria.
Dos partidos restantes, o MAIOR que se opõe politicamente a P2 é o P5. Então, P5 será a Mino-
ria no Senado, e o respectivo Líder será, também, Líder da Minoria no Senado.
Como se verá a seguir, as comissões mistas são formadas, paritariamente, por Senadores e
Deputados Federais. Vamos imaginar que, na distribuição das vagas destinadas ao Senado
em uma dessas comissões, P1 e P6 não tem número de Senadores suficiente para conquistar
UMA vaga nessa comissão, pelo critério da representação proporcional no Plenário do Senado.
Então, P1 e P6 serão representações minoritárias.
Compreendido?

Com isso esclarecido, vamos voltar ao RCN.


Quanto à parte conceitual, diz o art. 4º:

Art. 4º.............................................
§ 6º Para efeito desta Resolução, entende-se por Maioria e Minoria o disposto nos arts. 65, §§ 1º e
2º, do Regimento Interno do Senado Federal, e 13 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

Vamos ver o que dizem esses dispositivos:

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Art. 65. A maioria, a minoria e as


representações partidárias terão
líderes e vice-líderes.
§ 1º A maioria é integrada por bloco
Regimento Interno do parlamentar ou representação
Senado partidária que represente a maioria
Art. 65 absoluta da Casa.
§ 2º Formada a maioria, a minoria
será aquela integrada pelo maior
bloco parlamentar ou representação
partidária que se lhe opuser.
Regimento Interno da Câmara Art. 13. Constitui a Maioria o Partido
Art. 13 ou Bloco Parlamentar integrado pela
maioria absoluta dos membros da Casa,
considerando-se Minoria a representação
imediatamente inferior que, em relação
ao Governo, expresse posição diversa da
Maioria.
Parágrafo único. Se nenhuma representação
atingir a maioria absoluta, assume as funções
regimentais e constitucionais da Maioria o
Partido ou Bloco Parlamentar que tiver o
maior número de representantes.

Prosseguimos com o RCN.


Diz o mesmo art. 4º:

Art. 4º.........................
§ 3º Os Líderes dos partidos que elegerem as duas maiores bancadas no Senado Federal e na
Câmara dos Deputados e que expressarem, em relação ao governo, posição diversa da maioria,
indicarão Congressistas para exercer a função de Líder da Minoria no Congresso Nacional.

O Regimento Comum, aqui, de maneira claramente equivocada, assume que as Minorias na


Câmara dos Deputados e no Senado Federal pertençam ao mesmo campo político-partidário,
ignorando por completo a possibilidade de a Minoria de uma Casa ser de oposição ao Governo
e a Minoria da outra ser de apoio.
A mesma possiblidade lógica ocorre com a Maioria de cada Casa.

§ 4º A escolha do Líder da Minoria no Congresso Nacional será anual e se fará de forma alternada
entre Senadores e Deputados Federais, de acordo com o § 3º.

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O “mandato” desses Líderes, portanto, é anual, embora o partido ou bloco de origem possa
substituir o Líder a qualquer momento.

§ 5º O Líder da Minoria poderá indicar 18 (dezoito) Vice-Líderes dentre os integrantes das represen-
tações partidárias que integrem a Minoria no Senado Federal e na Câmara dos Deputados. (Redação
dada pela Resolução n. 1, de 2021-CN)

O número de vice-líderes da Minoria no Congresso Nacional foi, em 2021, aumentado de 5 para


18, pela Resolução n. 1, de 2021.

§ 6º Para efeito desta Resolução, entende-se por Maioria e Minoria o disposto nos arts. 65, §§ 1º e
2º, do Regimento Interno do Senado Federal, e 13 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

Como já referido, a identificação da Maioria e da Minoria no Congresso Nacional é puramen-


te numérica:
• É Maioria no Congresso o maior partido ou bloco parlamentar, quer de apoio, quer de
oposição ao Poder Executivo.
• É Minoria no Congresso o maior partido ou bloco parlamentar que, nas relações com o
Executivo, se oponha politicamente à Maioria.

Vamos ver isso de forma esquemática:

É feita por acordo entre o Líder da


Escolha do Líder da Maioria no
Maioria na Câmara e o Líder da
Congresso
Maioria no Senado.
Escolha do Líder da Minoria no É feita por acordo entre o Líder da
Congresso Minoria na Câmara e o Líder da Minoria
no Senado.
Parlamentares que serão Líder da Será ora um Senador, ora um Deputado
Maioria no Congresso Federal, alternadamente, ano a ano.
Parlamentares que serão Líder da Será ora um Senador, ora um Deputado
Minoria no Congresso Federal, alternadamente, ano a ano.
Mandato dos líderes da Maioria e da Um ano.
Minoria no Congresso
Vice-líderes da Maioria no Congresso Serão 18, escolhidos pelo Líder
respectivo, entre Senadores e
Deputados Federais.

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É feita por acordo entre o Líder da


Escolha do Líder da Maioria no
Maioria na Câmara e o Líder da
Congresso
Maioria no Senado.
Vice-líderes da Minoria no Congresso Serão 18, escolhidos pelo Líder
respectivo, entre Senadores e
Deputados Federais.

1.6.2.3. Estrutura de Apoio às Lideranças do Congresso

Tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, os gabinetes de lideranças


têm estruturas especiais, com maior espaço, maior número de cargos ao dispor do Líder e
outras vantagens administrativas adicionais.
Quanto a essas regalias às lideranças do Congresso, diz o RCN:

Art. 4º............................
§ 7º A estrutura de apoio para funcionamento da liderança ficará a cargo da Casa a que pertencer
o parlamentar.

Assim, se o Líderes (do Governo, da Maioria e da Minoria) forem Deputados Federais, in-
cumbirá à Câmara dos Deputados aparelhar os respectivos gabinetes de lideranças. Se forem
Senadores, o encargo será do Senado Federal.

1 - A “estrutura de apoio” compreende tanto pessoal para secretariar as Lideranças quanto


recursos financeiros para as atividades respectivas.
2 – Essas estruturas de apoio se referem às Lideranças do Congresso Nacional, uma vez que
os Líderes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal já tem, nas respectivas Casas, tais
estruturas.

1.6.3. Atribuições de Lideranças nas Sessões Conjuntas

As principais prerrogativas dos Líderes em sessões conjuntas do Congresso Nacional es-


tão nos seguintes artigos do RCN:

Art. 5º Aos Líderes, além de outras atribuições regimentais, compete a indicação dos representan-
tes de seu Partido nas Comissões.
Art. 6º Ao Líder é lícito usar da palavra, uma única vez, em qualquer fase da sessão, pelo prazo má-
ximo de 5 (cinco) minutos, para comunicação urgente.
Art. 7º Em caráter preferencial e independentemente de inscrição, poderá o Líder discutir matéria e
encaminhar votação.
Art. 8º Ausente ou impedido o Líder, as suas atribuições serão exercidas pelo Vice-Líder.

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Essas prerrogativas são reconhecidas:


• Aos Deputados Federais que sejam Líderes na Câmara dos Deputados;
• Aos Senadores que sejam Líderes no Senado Federal;
• Aos Deputados e Senadores que sejam Líderes no Congresso Nacional.

A indicação de Deputados Federais e Senadores às Comissões Mistas (art. 5º) é incumbência


apenas dos Líderes de partidos políticos e blocos parlamentares da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal.

Vamos ver alguns detalhes sobre cada uma dessas prerrogativas:

Art. 5º Aos Líderes, além de outras atribuições Como você verá a seguir, as comissões mistas
regimentais, compete a indicação dos do Congresso são, como regra, formadas
representantes de seu Partido nas Comissões. de forma paritária, sendo metade das vagas
destinadas a Deputados Federais e a outra
metade a Senadores.

As vagas destinadas à Câmara dos


Deputados serão distribuídas entre partidos e
blocos representados nessa Casa, cabendo aos
respectivos Líderes indicarem, à Presidência
do Congresso, quais os Deputados Federais de
cada partido e de cada bloco que ocuparão as
vagas que lhes couberem.

O mesmo ocorre no Senado, considerada,


obviamente, a representação numérica das
bancadas no Plenário do Senado.

Nota

Veja que os Líderes NÃO indicarão


representantes na formação da Mesa
do Congresso porque esta Mesa
NÃO É de formação eletiva, mas
derivada das Mesas da Câmara e do
Senado.

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Art. 6º Ao Líder é lícito usar da palavra, uma Essa “comunicação urgente” pode ser tanto
única vez, em qualquer fase da sessão, pelo sobre matéria de interesse político-partidário
prazo máximo de 5 (cinco) minutos, para quanto de interesse do Legislativo.
comunicação urgente.
Atenção

1 - Ao contrário de prerrogativa
assemelhada constante no RISF, os
Líderes, nessas hipóteses especiais
de uso da palavra, não precisarão
fazer referência a tema de interesse
do respectivo partido ou bloco
parlamentar, bastando que a
comunicação seja reputada “urgente”.
2 – Essa prerrogativa é extensível
a todos os Líderes, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional.
Art. 7º Em caráter preferencial e O “caráter preferencial” quer dizer poder usar
independentemente de inscrição, poderá o a palavra antes dos oradores inscritos no Livro
Líder discutir matéria e encaminhar votação. de inscrições.

A expressão “independentemente de
inscrição” apenas quer dizer que o Líder não
precisará fazer inscrição no Livro, mas deverá
fazer inscrição oral, no momento em que
pretender usar a palavra para discussão ou
encaminhamento de votação.
Art. 8º Ausente ou impedido o Líder, as suas Os vice-líderes usarão a palavra na sequência
atribuições serão exercidas pelo Vice-Líder. ordinal da respectiva vice-liderança.
Assim, na ausência do Líder, a primeira
preferência é do 1º vice-líder; a segunda, do 2º
vice-líder, e assim por diante.

1.7. Publicações do Congresso Nacional


Determina o RCN:

Art. 144. Toda publicação relativa às sessões conjuntas e aos trabalhos das Comissões Mistas será
feita no Diário do Congresso Nacional ou em suas seções.

Há, portanto, o veículo impresso oficial do Congresso Nacional, que é o Diário do Congres-
so Nacional.
Essas publicações envolvem proposições, pareceres, emendas e normas jurídicas produ-
zidas por essa Casa.
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Dessa forma, não tem amparo regimental a publicação oficial de documentos relativos aos
trabalhos do Congresso Nacional, em sessão conjunta, de proposições em tramitação no Con-
gresso e dos trabalhos de comissões mistas nos Diários da Câmara dos Deputados ou do Se-
nado Federal, embora o próprio Regimento Comum autorize, de forma subsidiária, publicações
nestes dos veículos oficiais das Casas.

1.8. Servidores
O Congresso Nacional não tem servidores próprios, embora tenha serviços.
Sobre isso, consta no RCN:

Art. 145. Mediante solicitação da Presidência, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados desig-
narão funcionários de suas Secretarias para atender às Comissões Mistas e aos serviços auxiliares
da Mesa nas sessões conjuntas.

Assim, os servidores necessários aos serviços de apoio do Congresso serão solicitados à


Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, e remunerados pelas respectivas Casas.

Embora a remuneração dos servidores cedidos seja da Casa de origem, as demais despesas
com as sessões conjuntas são encargo do Senado Federal:

Art. 150. As despesas com o funcionamento das sessões conjuntas, bem como das Comissões
Mistas, serão atendidas pela dotação própria do Senado Federal, exceto no que se refere às despe-
sas com pessoal, que serão custeadas pela Casa respectiva.

Poderão ser requisitados tanto servidores ocupantes do cargo efetivo de qualquer das Casas
como nomeados em comissão.
Esses servidores, inclusive Consultores Legislativos e Policiais Legislativos, serão designados
para auxílio e acompanhamento das reuniões das Comissões Mistas e das sessões conjuntas.

1.9. Acesso às Galerias


Consta no RISF:

Art. 146. Durante as sessões conjuntas, as galerias serão franqueadas ao público, não se admitindo
dos espectadores qualquer manifestação de apoio ou reprovação ao que ocorrer em plenário ou a
prática de atos que possam perturbar os trabalhos.

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Note que, embora o Plenário seja o da Câmara dos Deputados, a direção dos trabalhos,
e, portanto, o controle do acesso e permanência nas galerias, é da competência da Mesa do
Congresso Nacional durante as sessões conjuntas.

1 – Em princípio, o acesso às galerias é fraqueado a todos os interessados.


2 – A Polícia Legislativa que atua é, como regra, a da Câmara dos Deputados, podendo, no en-
tanto, serem requisitados policiais legislativos do Senado Federal.
3 – Além da proibição de manifestações, as pessoas que pretendam acompanhar a sessão
conjunta deverão estar adequadamente trajadas, não podem portar armas de qualquer tipo (de
fogo, branca, instrumentos corto-contundentes ou assemelhados).

1.10. Arquivos
O RCN determina:

Art. 147. O arquivo das sessões conjuntas ficará sob a guarda da Secretaria do Senado Federal.
Parágrafo único. Os anais das sessões conjuntas serão publicados pela Mesa do Senado Federal.

Embora os procedimentos referidos sejam adotados pela Mesa do Senado, esta o fará em
nome da Mesa do Congresso Nacional.

Os arquivos se referem a toda a documentação produzida durante o funcionamento das reuni-


ões da Comissões Mistas e da realização das sessões conjuntas.
Os anais registram, de forma sintética, os trabalhos congressuais desenvolvidos em ses-
são conjunta.

1.11. Aplicação Subsidiária dos Regimentos


A incompletude do RCN parece admitida pelo seu próprio texto.
Consta no seu art. 154:

Art. 151. Nos casos omissos neste Regimento aplicar-se-ão as disposições do Regimento do Sena-
do e, se este ainda for omisso, as do da Câmara dos Deputados.

Note que a utilização subsidiária dos outros dois Regimentos não é aleatória. No caso de
omissões no RCN, aplica-se:
• Primeiramente, o Regimento Interno do Senado Federal;
• Se o Regimento do Senado não oferecer a resposta normativa, só então será usado o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

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As alegações de necessidade de aplicação subsidiária do Regimento Interno do Senado Fede-


ral, primeiro, e do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, após, poderão ser feitas por
qualquer Deputado Federal ou Senador, em sessão conjunta, usando a palavra “pela ordem”
ou, principalmente, em “questão de ordem”.
Caberá então ao Presidente da sessão conjunta determinar a aplicação de dispositivos regi-
mentais do Senado ou da Câmara dos Deputados, uma vez confirmada a omissão do regra-
mento do texto do Regimento Comum.

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EXERCÍCIOS
001. (INÉDITA/2022) A composição da Mesa do Congresso Nacional preserva, por manda-
mento constitucional, o critério da proporcionalidade numérica dos partidos políticos e dos
blocos parlamentares em sua composição.

002. (INÉDITA/2022) Conforme o Regimento Comum, é obrigatório que pelo menos um dos
cargos da Mesa do Congresso Nacional seja ocupado por parlamentar membro de represen-
tação minoritária.

003. (INÉDITA/2022) Não há obrigação regimental de um membro a Minoria ser membro da


Mesa do Congresso Nacional.

004. (INÉDITA/2022) O Segundo e o Terceiro Secretários da Mesa do Congresso Nacional são


Senadores.

005. (INÉDITA/2022) Entre as competências da Mesa do Congresso Nacional está a de pro-


mulgar Emendas Constitucionais.

006. (INÉDITA/2022) As sessões preparatórias, ao início da legislatura, são conduzidas pela


Mesa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, não sendo atribuição da Mesa do Con-
gresso Nacional.

007. (INÉDITA/2022) Ocorrendo a substituição eventual do Presidente do Senado pelo seu Pri-
meiro Vice-Presidente, este assumirá, também, a Presidência da Mesa do Congresso Nacional.

008. (INÉDITA/2022) As competências do Congresso Nacional, a partir da Constituição Fede-


ral, devem, todas, ser objeto de decreto legislativo.

009. (INÉDITA/2022) A elaboração de decreto legislativo do Congresso Nacional submete-se


ao processo legislativo de sessão conjunta.

010. (INÉDITA/2022) Entre as competências constitucionais do Congresso Nacional, por de-


creto legislativo, está a de aprovar tratados e outros atos internacionais firmados pelo Brasil.

011. (INÉDITA/2022) O decreto legislativo do Congresso Nacional não se submete à sanção


do Presidente da República, e conceitua-se como norma jurídica secundária, hierarquizada pe-
las leis ordinárias.

012. (INÉDITA/2022) A delegação, ao Presidente da República, de autorização para a elabora-


ção de lei delegada, deve tomar forma de resolução do Congresso Nacional.
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013. (INÉDITA/2022) Não há Casa Revisora no processo legislativo de elaboração de resolu-


ção do Congresso Nacional.

014. (INÉDITA/2022) Na deliberação em sessão conjunta, quando da elaboração de resolu-


ção do Congresso ou de decreto legislativo, somente ocorrerá a aprovação se ambas as Casas
votarem pela aprovação.

015. (INÉDITA/2022) A elaboração da lei orçamentária anual, como os demais projetos de lei,
ocorre pelo processo legislativo bicameral, e submete-se à sanção executiva.

016. (INÉDITA/2022) É hipótese de sessão conjunta a deliberação congressual sobre o veto


executivo.

017. (INÉDITA/2022) Servidores do Congresso Nacional e os respectivos cargos e remunera-


ção são matéria de resolução do Congresso.

018. (INÉDITA/2022) A sessão de promulgação de Emenda Constitucional é necessaria-


mente solene.

019. (INÉDITA/2022) Como regra, as sessões conjuntas do Congresso Nacional serão realiza-
das no Plenário da Câmara dos Deputados.

020. (INÉDITA/2022) As sessões conjuntas serão realizadas às quintas-feiras, a partir das 14h.

021. (INÉDITA/2022) O Líder da Maioria no Congresso Nacional deverá ser escolhido pelos
membros do Congresso, devendo ser um dos Líderes da Maioria da Câmara dos Deputados ou
do Senado Federal.

022. (INÉDITA/2022) O Líder do Governo no Congresso, escolhido pelo Presidente da Repúbli-


ca, deverá ter dez vice-líderes.

023. (INÉDITA/2022) Um Líder de partido político do Senado Federal tem, em sessões conjun-
tas, as mesmas prerrogativas de líderes do Congresso Nacional.

024. (INÉDITA/2022) A escolha, pelo Presidente da República, do Líder do Governo no Con-


gresso exclui o reconhecimento, como líderes, dos Líderes do Governo na Câmara e no Senado.

025. (INÉDITA/2022) A Minoria no Congresso será o maior partido político ou bloco parlamen-
tar de oposição ao Governo Federal.

026. (INÉDITA/2022) A escolha do Líder da Minoria no Congresso será anual.

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027. (INÉDITA/2022) A Liderança da Minoria poderá indicar cinco vice-líderes.

028. (INÉDITA/2022) Segundo o Regimento Comum, a estrutura administrativa e de apoio das


Lideranças do Congresso será custeada pelo próprio Congresso Nacional.

029. (INÉDITA/2022) Qualquer Líder habilitado pelo Regimento Comum poderá, em qualquer
fase da sessão, usar a palavra por cinco minutos para comunicação urgente.

030. (INÉDITA/2022) Uma das atribuições dos Líderes habilitados pelo Regimento Comum é
a indicação de quais dos membros de seus partido e blocos parlamentares comporão a Mesa
do Congresso Nacional.

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GABARITO
1. E
2. E
3. C
4. E
5. E
6. E
7. E
8. E
9. E
10. C
11. E
12. C
13. C
14. E
15. E
16. C
17. E
18. C
19. C
20. E
21. E
22. E
23. C
24. E
25. E
26. C
27. C
28. E
29. C
30. E

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GABARITO COMENTADO
001. (INÉDITA/2022) A composição da Mesa do Congresso Nacional preserva, por manda-
mento constitucional, o critério da proporcionalidade numérica dos partidos políticos e dos
blocos parlamentares em sua composição.

Como a Mesa do Congresso Nacional é formada por derivação das Mesas da Câmara e do
Senado, não se aplica o critério da representação proporcional em Plenário de cada Casa.
Errado.

002. (INÉDITA/2022) Conforme o Regimento Comum, é obrigatório que pelo menos um dos
cargos da Mesa do Congresso Nacional seja ocupado por parlamentar membro de represen-
tação minoritária.

Não há essa imposição no Regimento Comum.


Errado.

003. (INÉDITA/2022) Não há obrigação regimental de um membro a Minoria ser membro da


Mesa do Congresso Nacional.

Nada, no Regimento Comum, contém essa obrigatoriedade.


Certo.

004. (INÉDITA/2022) O Segundo e o Terceiro Secretários da Mesa do Congresso Nacional são


Senadores.

Pela composição intercalar ordenada pela Constituição Federal, o Segundo Secretario será um
Senador, e o Terceiro Secretário, um Deputado Federal.
Errado.

005. (INÉDITA/2022) Entre as competências da Mesa do Congresso Nacional está a de pro-


mulgar Emendas Constitucionais.

Apesar de as Emendas Constitucionais serem promulgadas em sessão solene do Congresso,


a competência para a promulgação é das Mesas da Câmara e do Senado.
Errado.

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006. (INÉDITA/2022) As sessões preparatórias, ao início da legislatura, são conduzidas pela


Mesa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, não sendo atribuição da Mesa do Con-
gresso Nacional.

A Mesa do Congresso não participa das sessões preparatórias.


Errado.

007. (INÉDITA/2022) Ocorrendo a substituição eventual do Presidente do Senado pelo seu Pri-
meiro Vice-Presidente, este assumirá, também, a Presidência da Mesa do Congresso Nacional.

Nas ausências ou impedimentos do Presidente titular do Senado, assumirá a Presidência do


Senado o Primeiro Vice-Presidente desta Casa, mas assumirá a Presidência do Congresso Na-
cional o Primeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso, que é o Deputado Federal que ocupa
o mesmo cargo na Mesa da Câmara.
Errado.

008. (INÉDITA/2022) As competências do Congresso Nacional, a partir da Constituição Fede-


ral, devem, todas, ser objeto de decreto legislativo.

Há, na própria Constituição Federal, competências que exigem resolução do Congresso, como
a delegação ao Presidente da República.
Errado.

009. (INÉDITA/2022) A elaboração de decreto legislativo do Congresso Nacional submete-se


ao processo legislativo de sessão conjunta.

Decretos legislativos são elaborados em sessão bicameral, e não são sequer matéria do Regi-
mento Comum.
Errado.

010. (INÉDITA/2022) Entre as competências constitucionais do Congresso Nacional, por de-


creto legislativo, está a de aprovar tratados e outros atos internacionais firmados pelo Brasil.

Como consta no art. 49, I, da Constituição Federal.


Certo.

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011. (INÉDITA/2022) O decreto legislativo do Congresso Nacional não se submete à sanção


do Presidente da República, e conceitua-se como norma jurídica secundária, hierarquizada pe-
las leis ordinárias.

Apesar de não se submeter à sanção, o decreto legislativo é norma jurídica primária, com o
mesmo nível de hierarquia de lei ordinária.
Errado.

012. (INÉDITA/2022) A delegação, ao Presidente da República, de autorização para a elabora-


ção de lei delegada, deve tomar forma de resolução do Congresso Nacional.

Como consta no art. 68 da Constituição Federal e no próprio Regimento Comum.


Certo.

013. (INÉDITA/2022) Não há Casa Revisora no processo legislativo de elaboração de resolu-


ção do Congresso Nacional.

Como as resoluções do Congresso Nacional são feitas em sessão conjunta, não se aplica o
conceito de Casa Iniciadora ou de Casa Revisora.
Certo.

014. (INÉDITA/2022) Na deliberação em sessão conjunta, quando da elaboração de resolu-


ção do Congresso ou de decreto legislativo, somente ocorrerá a aprovação se ambas as Casas
votarem pela aprovação.

Decreto legislativo não é elaborado em sessão conjunta, mas em processo bicameral.


Errado.

015. (INÉDITA/2022) A elaboração da lei orçamentária anual, como os demais projetos de lei,
ocorre pelo processo legislativo bicameral, e submete-se à sanção executiva.

Todas as leis orçamentárias (LOA, LDO e PPA) são elaboradas em sessão conjunta.
Errado.

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016. (INÉDITA/2022) É hipótese de sessão conjunta a deliberação congressual sobre o veto


executivo.

Como consta na Constituição Federal e no RCN.


Certo.

017. (INÉDITA/2022) Servidores do Congresso Nacional e os respectivos cargos e remunera-


ção são matéria de resolução do Congresso.

O Congresso Nacional não tem servidores próprios, mas apenas serviços.


Errado.

018. (INÉDITA/2022) A sessão de promulgação de Emenda Constitucional é necessaria-


mente solene.

Como comanda o RCN.


Certo.

019. (INÉDITA/2022) Como regra, as sessões conjuntas do Congresso Nacional serão realiza-
das no Plenário da Câmara dos Deputados.

Como consta no RCN.


Certo.

020. (INÉDITA/2022) As sessões conjuntas serão realizadas às quintas-feiras, a partir das 14h.

Não há, o RCN, a determinação dos dias e horários das sessões conjuntas ordinárias.
Errado.

021. (INÉDITA/2022) O Líder da Maioria no Congresso Nacional deverá ser escolhido pelos
membros do Congresso, devendo ser um dos Líderes da Maioria da Câmara dos Deputados ou
do Senado Federal.

O Líder da Maioria e da Minoria no Congresso são escolhidos pelos Líderes da Maioria e da


Minoria na Câmara e no Senado, e não precisa ser necessariamente um dos líderes referidos.
Errado.

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022. (INÉDITA/2022) O Líder do Governo no Congresso, escolhido pelo Presidente da Repúbli-


ca, deverá ter dez vice-líderes.

O RCN o autoriza a ter até 10 vice-líderes, e não necessariamente os dez.


Errado.

023. (INÉDITA/2022) Um Líder de partido político do Senado Federal tem, em sessões conjun-
tas, as mesmas prerrogativas de líderes do Congresso Nacional.

O RCN habilita nas prerrogativas de Líderes as lideranças reconhecidas pelos Regimentos da


Câmara e do Senado.
Certo.

024. (INÉDITA/2022) A escolha, pelo Presidente da República, do Líder do Governo no Con-


gresso exclui o reconhecimento, como líderes, dos Líderes do Governo na Câmara e no Senado.

As Lideranças do Governo nas três Casas poderão coexistir.


Errado.

025. (INÉDITA/2022) A Minoria no Congresso será o maior partido político ou bloco parlamen-
tar de oposição ao Governo Federal.

Para a qualificação de Minoria é irrelevante a posição política em relação ao Governo Federal,


pois esta será o maior partido ou bloco que se oponha politicamente à Maioria.
Errado.

026. (INÉDITA/2022) A escolha do Líder da Minoria no Congresso será anual.

Como consta no RCN.


Certo.

027. (INÉDITA/2022) A Liderança da Minoria poderá indicar cinco vice-líderes.

É o teor do RCN.
Certo.

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028. (INÉDITA/2022) Segundo o Regimento Comum, a estrutura administrativa e de apoio das


Lideranças do Congresso será custeada pelo próprio Congresso Nacional.

O RCN determina que a estrutura da liderança do Congresso será custeada pela Casa a que
pertença o Líder.
Errado.

029. (INÉDITA/2022) Qualquer Líder habilitado pelo Regimento Comum poderá, em qualquer
fase da sessão, usar a palavra por cinco minutos para comunicação urgente.

É o que determina o RCN.


Certo.

030. (INÉDITA/2022) Uma das atribuições dos Líderes habilitados pelo Regimento Comum é
a indicação de quais dos membros de seus partido e blocos parlamentares comporão a Mesa
do Congresso Nacional.

Não há indicação à Mesa do Congresso pois está é formada por membros eleitos às Mesas da
Câmara e do Senado.
Errado.

Gabriel Dezen
Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Especialista em Direito Constitucional é,
atualmente, consultor legislativo concursado do Senado Federal. Foi, sempre por concurso público, dele-
gado de polícia federal e analista de Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. É professor de Direito
Constitucional e conferencista e parecerista nessa área jurídica. É autor de diversas obras sobre esse ramo
do Direito Público, a principal delas: Constituição Federal Interpretada (Editora Impetus).

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