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Prefeitura Municipal de Ponta Porã-MS

Assistente Administrativo

Legislação Do Município
Lei Orgânica do Município de Ponta Porã. .....................................................................................01

Legislação Do Município
Lei Complementar n. 221, de 29 de julho de 2022, (PPCR da Administração) e suas
alterações. ......................................................................................................................................75
Lei Complementar nº. 223, de 29 de julho de 2022, que dispõe sobre o Plano de Cargos,
Carreiras e Remuneração dos Profissionais da Saúde do Município de Ponta Porã. ...................91
Lei Complementar nº. 224, de 29 de julho de 2022, que dispõe sobre o Plano de Cargos,
Carreiras e Remuneração dos Profissionais da Assistência Social do Município de
Ponta Porã. ..................................................................................................................................108
Lei Complementar n. 121, de 12 de agosto de 2014 ( Estatuto dos Servidores) e suas
alterações. ....................................................................................................................................124
Lei Complementar nº. 196, de 01 de Abril de 2020, (“Reestrutura e Modifica o Regime Próprio
de Previdência Social do Município de Ponta Porã/MS, de acordo com a Emenda Constitucional
nº 103, de 12 de novembro de 2019) e suas alterações. .............................................................174
Lei Complementar n. 93, de 01 de fevereiro de 2013 que, “Dispõe sobre a criação, alteração e
reorganização da Estrutura Básica do Poder Executivo do Município de Ponta Porã/MS, e suas
alterações......................................................................................................................................215

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Lei Orgânica do Município de Ponta Porã

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PONTA PORÃ/MS


PREÂMBULO

Nós, os representantes do povo de Ponta Porã, Estado de Mato Grosso do Sul, constituídos em Poder
Legislativo Orgânico deste Município, reunidos em Câmara Municipal, com as atribuições previstas no
artigo 29 da Constituição Federal, para garantir a dignidade do ser humano e o pleno exercício de seus
direitos; para reafirmar os valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade; para consolidar o sistema
representativo, republicano e democrático; para ratificar os direitos do Estado no contexto da Federação;
para assegurar a autonomia Municipal e o acesso à educação, à saúde e à cultura; e para promover um
desenvolvimento econômico subordinado aos interesses humanos, visando à justiça social para o esta-
belecimento definitivo da democracia, e sob a proteção de Deus, promulgamos a LEI ORGÂNICA MUNI-
CIPAL DE PONTA PORÃ, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.
TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

A r t . 1 º O Município de Ponta Porã, Estado de Mato Grosso do Sul, com sede na cidade que lhe dá
o nome, entidade integrante da Federação Brasileira, é pessoa jurídica de direito público interno, com
autonomia política, administrativa e financeira nos termos da Constituição Federal e desta Lei Orgânica,
e tem como fundamentos:

I – a autonomia;

II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V – o pluralismo político.

A r t . 2 º O Município de Ponta Porã poderá firmar convênios ou consórcios com a União, Estados ou
Municípios para a execução de lei, serviços ou decisão.

A r t . 3 º Ao Município incumbe, na sua órbita de atuação, concretizar os objetivos expressos na


Constituição da República Federativa do Brasil, devendo pautar sua ação pelo respeito aos seus princí-
pios e da Constituição do Estado de Mato Grosso do Sul; em especial os da democracia e da república,
implicando, necessariamente, a eleição de representantes para o Legislativo e para o Executivo, em
responsabilidade e transparência de ação, garantido amplo acesso dos meios de comunicação aos atos
e informações, bem como a participação, fiscalização e controle populares, nos termos da Constituição
Federal e desta Lei Orgânica.

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A r t . 4 º São assegurados, na sua ação normativa e no âmbito de jurisdição do Município, a obser-
vância e o exercício dos princípios da liberdade, legalidade, igualdade e justa distribuição dos benefícios
e encargos públicos.

Parágrafo único. São objetivos fundamentais dos cidadãos deste Município e de seus representan-
tes:

I – assegurar a construção de uma sociedade livre, justa e solidária;

II – garantir o desenvolvimento local e regional;

III – contribuir para o desenvolvimento estadual e nacional;

IV – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais na área urbana e na


área rural;

V – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, gênero, cor, idade e quaisquer ou-
tras formas de discriminação.

A r t . 5 º Os direitos e as garantias expressas nesta Lei Orgânica não excluem outros decorrentes do
regime e dos princípios adotados pela Constituição Federal e por ela própria.

A r t . 6 º O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em terri-
tório federal, exceto quando:

I – deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;

II – não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;

III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;

IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios


indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução da lei, de ordem ou de decisão judicial.

A r t . 7 º Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamen-
te, nos termos desta Lei Orgânica.

Parágrafo único. A soberania popular será exercida:

I – indiretamente, pelo Prefeito e pelos Vereadores eleitos para a Câmara Municipal por sufrágio uni-
versal e pelo voto direto e secreto;

II – diretamente, nos termos da lei mediante:

a) plebiscito;

b) referendo;

c) iniciativa popular.

A r t . 8 º É mantido o território do Município, cujos limites só poderão ser alterados, atendidas a Cons-
tituição Federal e a legislação estadual.

A r t . 9 º São símbolos do Município de Ponta Porã o brasão, a bandeira e o hino.

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CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

A r t . 1 0 . Compete ao Município, no exercício de sua autonomia, a organização, o governo, a admi-


nistração e a legislação próprios, mediante:

I – edição da Lei Orgânica;

II – eleição do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores;

III – organização e execução dos serviços públicos locais;

IV – edição das normas relativas às matérias de sua competência.

A r t . 1 1 . Compete ao Município prover a tudo quanto respeita ao seu interesse e ao bem-estar de


sua população, cabendo-lhe, em especial:

I – legislar sobre assuntos de interesse local;

II – elaborar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual, estimando a receita e


fixando a despesa;

III – instituir e arrecadar os tributos municipais bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obriga-
toriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados por lei;

IV – fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos;

V – criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

VI – dispor sobre a organização e execução dos serviços municipais;

VII – dispor sobre a administração, utilização e alienação dos bens do município;

VIII – dispor sobre os seus servidores;

IX – organizar e prestar diretamente, ou submeter ao regime da concessão ou permissão, mediante


licitação, os serviços públicos de interesse local, incluindo o transporte coletivo, que tem caráter essen-
cial;

X – manter com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação


infantil e ensino fundamental;

XI – instituir, executar e apoiar programas educacionais e culturais que propiciem o pleno desenvolvi-
mento da criança e do adolescente;

XII – estimular a participação na formulação de políticas públicas e sua ação governamental, estabe-
lecendo programa de incentivo a projetos de organização comunitária nos campos social e econômico,
cooperativas de produção e mutirões;

XIII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à
saúde da população, inclusive assistência nas emergências médico-hospitalares do pronto socorro com
recursos próprios ou mediante convênio com entidade especializada;

XIV – promover o adequado ordenamento territorial, mediante o planejamento e controle do uso e


ocupação do solo, estabelecendo normas sobre parcelamento, loteamento, arruamento e edificações,
zoneamento urbano e rural fixando as limitações urbanísticas, observadas as diretrizes da legislação
federal e do plano diretor participativo, podendo, quanto aos estabelecimentos e às atividades industriais,

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comerciais e de prestação de serviços:

a) dispor sobre o comércio ambulante, concedendo autorização, licença ou alvará;

b) conceder ou renovar a autorização ou licença, conforme o caso, para a sua construção ou funciona-
mento;

c) conceder a licença de ocupação ou ‘habite-se’ após a vistoria de conclusão de obras, que ateste a
sua conformidade com o projeto e o cumprimento das condições especificadas em lei;

d) promover o fechamento daqueles que estejam funcionando sem autorização ou licença, ou depois
de sua revogação, anulação ou cassação, podendo interditar atividades, determinar ou proceder à demo-
lição de construção ou edificação, nos casos e de acordo com a lei;

XV – instituir, planejar e fiscalizar programas de desenvolvimento urbano e rural nas áreas de habita-
ção e saneamento básico, de acordo com as diretrizes estabelecidas na legislação federal, sem prejuízo
do exercício da competência comum correspondente;

XVI – prover sobre a limpeza das vias, ruas, logradouros e logradouros públicos, remoção e destino
do lixo domiciliar ou não, bem como de outros detritos e resíduos de qualquer natureza;

XVII – cassar a licença que houver concedido ao estabelecimento cuja atividade venha a se tornar
prejudicial à saúde, higiene, à segurança, ao sossego, aos bons costumes e ao meio ambiente, indepen-
dente das indenizações aos prejuízos causados e demais sanções penais previstas;

XVIII – ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para funcionamento de estabeleci-
mentos industriais, de serviços e outros, atendidas as normas de legislação federal aplicável;

XIX – organizar e manter os serviços de fiscalização necessários ao exercício do seu poder de polícia
administrativa;

XX – fiscalizar nos locais de vendas, pesos, medidas, condições sanitárias de armazenagem, conser-
vação e qualidade dos gêneros alimentícios, observada a legislação federal pertinente;

XXI – dispor sobre o depósito e venda de animais e mercadorias apreendidas, em decorrência da


transgressão da legislação municipal;

XXII – dispor sobre o registro, guarda, vacinação e captura de animais, com a finalidade precípua de
controlar e erradicar moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;

XXIII – disciplinar os serviços de transporte, especialmente das cargas tóxicas, cargas e descargas,
bem como fixar a tonelagem máxima permitida a veículos que circulem em vias públicas municipais, in-
clusive nas vicinais cuja conservação seja de sua competência;

XXIV – sinalizar as vias urbanas, as ruas e as estradas municipais, bem como regulamentar e fiscali-
zar sua utilização;

XXV – regulamentar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente no perímetro urbano, de-
terminar o itinerário e os pontos de parada obrigatória de veículos de transporte coletivo;

XXVI – fixar e sinalizar as zonas de silêncio de trânsito e tráfego em condições especiais;

XXVII – regular as condições de utilização dos bens públicos de uso comum;

XXVIII – regular, executar, licenciar, fiscalizar, conceder, permitir ou autorizar, conforme o caso:

a) o serviço de carros de aluguel, inclusive com o uso de taxímetro;

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b) os serviços funerários e os cemitérios;

c) os serviços de mercados, feiras e matadouros públicos;

d) os serviços de construção e conservação de estradas, ruas, vias logradouros, logradouros públicos


ou caminhos municipais;

e) os serviços de iluminação pública;

f) a fixação de cartazes e anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e
propaganda, nos locais sujeitos ao poder de polícia municipal;

XXIX – fixar os locais de estacionamento público de táxis, motocicletas e demais veículos;

XXX – estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços, inclusive à


dos seus concessionários;

XXXI – desapropriar bens por necessidade, utilidade pública ou por interesse social;

XXXII – assegurar a expedição de certidões, quando requeridas às repartições municipais, para defe-
sa de direitos e esclarecimentos de situações.

§ 1º As competências previstas neste artigo não esgotam o exercício privativo de outras, na forma da
lei, desde que atendam ao peculiar interesse do Município e ao bem estar de sua população e não confli-
tem com as competências federal e estadual.

§ 2º As normas de edificação, de loteamento e arruamento a que se refere o inciso XIV deste artigo
deverão exigir reserva de áreas destinadas a:

a) zonas verdes e demais logradouros e logradouros públicos;

b) vias de tráfego e de passagem de canalizações públicas, de esgoto e de água pluviais;

c) passagem de canalizações públicas de esgotos e de águas pluviais nos fundos dos lotes, obedeci-
dos as dimensões e demais condições estabelecidas na legislação.

§ 3º A lei complementar que dispuser sobre a guarda municipal, destinada à proteção dos bens, servi-
ços e instalações municipais, estabelecerá sua organização e competência.

§ 4º O plano diretor participativo deverá passar por revisões periódicas, previstas no próprio texto da
lei.

A r t . 1 2 . Compete ao Município suplementar a legislação federal e estadual, no que couber.

Parágrafo único. O Município, no exercício da competência suplementar:

I – legislará sobre as matérias sujeitas as normas da União e do Estado, respeitadas apenas as que
se ativerem aos respectivos campos materiais de competência reservadas às normas gerais.

II – poderá legislar complementarmente, nos casos de matérias de competência privativa da União e


do Estado, nas hipóteses em que houver repercussão no âmbito local e justificado interesse.

A r t . 1 3 . Compete ao Município, respeitadas as normas de cooperação fixadas em lei complementar,


de forma concorrente-cumulativa com a União e o Estado:

I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimô-
nio público;

II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de necessi-

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dades especiais;

III – definir a função social da administração local, regionalizando o atendimento à saúde;

IV – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monu-
mentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

V – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor


histórico, artístico ou cultural;

VI – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VII – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VIII – preservar as florestas, a fauna e a flora;

IX – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

X – estabelecer a política agrícola do Município garantindo, em primeiro plano, a produção e abasteci-


mento interno;

XI – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de


saneamento básico;

XII – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social


dos setores desfavorecidos;

XIII – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recur-


sos hídricos e minerais em seus territórios;

XIV – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

A r t . 1 4 . Ao Município é vedado:

I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou man-


ter com eles ou seus representantes relações de dependências ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;

II – recusar fé aos documentos públicos;

III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;

IV – subvencionar ou auxiliar, de qualquer forma, com recursos, quer imprensa, rádio, televisão, servi-
ço de alto-falante, cartazes, anúncios ou outro meio de comunicação, propaganda político-partidária ou a
que se destinar a campanhas ou objetivos estranhos à administração e ao interesse público.

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TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

A r t . 1 5 . São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executi-


vo.

Parágrafo único. É vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições; quem estiver investido na fun-
ção de um deles não pode exercer a do outro.

A r t . 1 6 . Têm os Poderes do Município as seguintes funções, que são exercidas prevalentemente:

I – pelo Legislativo, as funções integrativas, institucionais, de assessoramentos, legislativas, de fiscali-


zação e controle;

II – pelo Executivo, as funções executivas, compreendidas as de governo e de administração.

Parágrafo único. O exercício prevalente das funções do Legislativo e do Executivo não impede os atos
de colaboração e a prática deatos compreendidos em uma e outra função, nos termos da Constituição
Federal e desta Lei Orgânica.
CAPÍTULO II
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Disposições Gerais

A r t . 1 7 . O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de Vereadores, eleitos na


forma da Constituição Federal.

Parágrafo único. Cada legislatura tem a duração de quatro anos, correspondendo cada ano a uma
Sessão Legislativa.

A r t . 1 8 . A Câmara Municipal compõe-se de vereadores eleitos pelo sistema proporcional, como


representantes do povo, com mandato de quatro anos.

§ 1º São condições de elegibilidade para o exercício de mandato de vereador, na forma da lei fede-
ral:

I – a nacionalidade brasileira;

II – o pleno exercício dos direitos políticos;

III – o alistamento eleitoral;

IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;

V – a filiação partidária;

VI – a idade mínima de dezoito anos;

VII – ser alfabetizado.

§ 2º Fica fixado o número de (dezessete) Vereadores, para a composição da Câmara Municipal, em


observância aos limites estabelecidos na alínea e do inciso IV da Constituição Federal (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 24 de junho de 2015)

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§ 3º (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 03 de março de 2011).

§ 4º (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 03 de março de 2011).


Seção II
Da Competência da Câmara Municipal

A r t . 1 9 . Compete à Câmara Municipal dispor, sobre forma de projetos de lei, sujeitos à sanção do
Prefeito, sobre as matérias de competência do Município, especialmente sobre:

I – matéria tributária, financeiras e diretrizes orçamentárias, arrecadação e dispêndio de suas rendas,


orçamento anual e plano plurianual, abertura de crédito especiais e suplementares, fixação de limites glo-
bais para o montante da dívida consolidada do Município, remissão de dívidas, concessão de isenções e
anistias fiscais, auxílios e subvenções;

II – bens públicos, aquisição e alienação de bens móveis, outorga de direito real, concessão e permis-
são administrativa de uso;

III – matérias urbanísticas, especialmente plano diretor participativo e de suas atualizações e demais
planos e programas de governo, matéria relativa ao uso e ocupação de solo, parcelamento, edificações,
denominação de ruas, vias, logradouros e logradouros públicos e de estabelecimentos;

IV – regime jurídico dos servidores municipais, bem como a criação, transformação e extinção de car-
gos, empregos e funções públicas, planos de carreira, a definição das respectivas atribuições, fixação de
vencimentos, aumento de remuneração dos servidores municipais da administração direta e indireta;

V – autorização para assinatura de convênios de qualquer natureza com outros municípios ou com
entidades públicas ou privadas;

VI – transferência temporária da sede do Governo Municipal.

A r t . 2 0 . É da competência privativa da Câmara Municipal:

I – eleger sua Mesa Diretora e destituí-la;

II – elaborar o seu Regimento Interno;

III – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos car-
gos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para a fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentária.

IV – receber o compromisso e dar posse ao Prefeito e ao VicePrefeito em sessão solene;

V – fixar idêntico subsídio para os vereadores, observado o que dispõem os artigos 29, VI, VII, 29, a,
37, IX, 39, § 4º, 150, II, 153, III, § 2º, I, da Constituição Federal;

VI – conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores;

VII – autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município, quando a ausência exceder a quinze dias;

VIII – exercer a fiscalização contábil, financeira e orçamentária do Município, mediante controle interno
do Poder Executivo;

IX – julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o parecer do Tribunal de Contas do Estado, no


prazo de sessenta dias de seu recebimento, observados os seguintes preceitos: (Redação dada pela
Emenda n. 01, de 27 de junho de 2017)

a) o parecer do Tribunal somente deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da

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Câmara;

b) (Revogado pela Emenda n. 01, de 27 de junho de 2017);

c) as contas do Prefeito ficarão, durante sessenta dias, anualmente, na Secretaria Geral da Câmara
Municipal, à disposição de qualquer contribuinte do Município, para exame e apreciação, que poderá
questionar-lhe a legitimidade nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda n. 01, de 27 de junho de
2017)

d) rejeitadas as contas, serão estas, imediatamente, remetidas ao Ministério Público para fins de direi-
to;

X – decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos indicados na Constituição
Federal, nesta Lei Orgânica e na legislação federal aplicável;

XI – autorizar a realização de empréstimo ou de crédito interno ou externo de qualquer natureza, de


interesse do Município;

XII – proceder à tomada de contas do Prefeito, através de comissão especial, quando não apresenta-
das à Câmara dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;

XIII – referendar convênios, acordo ou qualquer outro instrumento celebrado pelo Município com a
União, o Estado, outra pessoa jurídica de direito público interno, de direito privado, instituições estran-
geiras ou multinacionais, quando se tratar de matéria assistencial, educacional, cultural ou técnica, de
interesse público, que deverão ser encaminhados à Câmara Municipal no prazo máximo de dez dias;

XIV – estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reuniões;

XV – convocar o Prefeito e os Secretários do Município ou autoridade equivalente para prestarem,


pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando em crime de responsa-
bilidade a ausência sem justificação adequada;

XVI – encaminhar pedidos escritos de informação a Secretário do Município ou autoridade equivalen-


te, importando crime de responsabilidade a recusa ou o não atendimento no prazo de trinta dias, bem
como a prestação de informações falsas;

XVII – ouvir Secretários do Município ou autoridade equivalente, quando, por sua iniciativa e median-
te entendimentos prévios com a Mesa, comparecerem à Câmara para expor assunto de relevância de
secretaria ou do órgão da administração de que forem titulares;

XVIII – solicitar informações dos órgãos estaduais da administração direta e indireta situados no Muni-
cípio, que deverão ser satisfeitas no prazo máximo de trinta dias;

XIX – deliberar sobre o adiamento e a suspensão de suas reuniões;

XX – criar comissão parlamentar de inquérito sobre fato determinado e prazo certo, mediante requeri-
mento de um terço de seus membros;

XXI – conceder honrarias, título de cidadão honorário ou conferir homenagens a pessoas que, reco-
nhecidamente, tenham prestado relevantes serviços ao Município ou nele se tenham destacado pela
atuação exemplar na vida pública e particular;

XXII – solicitar a intervenção do Estado no Município;

XXIII – processar e julgar o Prefeito e o Vice-Prefeito nos crimes de responsabilidade, bem como os

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Secretários Municipais nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;

XXIV – fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;

XXV – fixar, observado o que dispõem os artigos 29, VI e VII, 29- A, 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
III e 153, § 2º, I, da Constituição Federal, a remuneração dos Vereadores, em cada legislatura para a
subsequente, sobre a qual incidirá o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza;

XXVI – Fixar os subsídios do Prefeito, do Vice Prefeito e Secretários Municipais, observando-se nesta
Lei Orgânica e nos artigos 39,

§ 4º, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da Constituição Federal, em cada Legislatura para a subsequente.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 29 de novembro de 2016)

XXVII – representar contra o Prefeito;

XXVIII – conhecer da renúncia do Prefeito e Vice-Prefeito;

XXIX – convocar plebiscito e autorizar referendo;

XXX – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa.

Parágrafo único. As deliberações da Câmara sobre matéria de sua competência privativa tomarão
forma de resolução, quando se tratar de matéria de sua economia interna, e de decreto legislativo, nos
demais casos.

A r t . 2 1 . À Câmara Municipal, observado o disposto nesta Lei Orgânica, compete elaborar seu
Regimento Interno, dispondo sobre sua organização, política e provimento de cargos, de seus serviços e
especialmente sobre:

I – instalação e funcionamento;

II – posse de seus membros;

III – eleição da Mesa, sua composição e sua atribuição;

IV – periodicidade das reuniões;

V – comissões;

VI – sessões;

VII – deliberações;

VIII – todo e qualquer assunto de sua administração interna.


Seção III
Dos Vereadores

A r t . 2 2 . Os Vereadores são invioláveis, no exercício do mandato e na circunscrição do Município,


por suas opiniões, palavras e votos.

§ 1º Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em


razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiarem ou deles receberem informa-
ções.

§ 2º O Vereador que faltar além de um terço das sessões ordinárias mensais terá seu subsídio reduzi-
do.

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§ 3º É livre ao Vereador renunciar ao mandato, através de ofício autenticado e dirigido ao Presidente
da Câmara Municipal.

A r t . 2 3 . É vedado ao Vereador, ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Secretários:

I – desde a expedição do diploma:

a) celebrar e manter contrato com o Município, com suas autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista ou com suas empresas concessionárias de serviço público municipal,
salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, emprego ou função remunerada, no âmbito da administração pública dire-
ta ou indireta municipal, salvo mediante aprovação em concurso público e observado o disposto no artigo
25 desta Lei Orgânica;

II – desde a posse:

a) ocupar cargo, função ou emprego, na administração pública direta ou indireta do Município, de que
seja exonerável ad nutum, salvo o cargo de Prefeito, Secretário Municipal ou diretor equivalente;

b) exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou municipal;

c) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contato com
pessoa jurídica de direito público do Município, ou nela exercer função remunerada;

d) patrocinar causa junto ao Município em que seja parte interessada qualquer das entidades a que se
refere a alínea a do inciso I.

A r t . 2 4 . Perderá o mandato o Vereador:

I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II – cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou atentatório às institui-
ções vigentes;

III – que se utilizar do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade administrati-
va;

IV – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das sessões ordinárias
da Câmara, salvo doença comprovada, licença ou missão autorizada pela edilidade;

V – que fixar residência fora do município;

VI – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos.

VII – quando decretado pela Justiça Eleitoral nos casos previstos na Constituição Federal;

VIII – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado;

§ 1º Além de outros casos definidos no regimento interno da Câmara Municipal, considerar-se-á in-
compatível com o decoro parlamentar o abuso de prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percep-
ção de vantagens indevidas.

§ 2º Nos casos dos incisos I, II, IV e VIII, a perda do mandato será declarada pela Câmara por dois
terços dos membros, mediante provocação da Mesa ou partido político representado na Câmara, assegu-
rada ampla defesa.

§ 3º Nos casos previstos nos incisos III, V, VI e VII a perda será declarada pela Mesa da Câmara,

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de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido político representado na
Casa, assegurada ampla defesa.

A r t . 2 5 . O Vereador poderá licenciar-se:

I – por motivo de doença, comprovada pela junta médica;

II – para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o afastamento não ultrapasse
cento e vinte dias por sessão legislativa;

III – para desempenhar missões temporárias, de caráter cultural ou de interesse do Município.

§ 1º Não perderá o mandato, considerado automaticamente licenciado, o Vereador investido no cargo


de Prefeito, Secretário Municipal ou Diretor de órgão da administração pública direta ou indireta, proce-
dendo-se conforme previsto nesta Lei Orgânica.

§ 2º Ao Vereador licenciado nos termos do inciso I, a Câmara poderá determinar o pagamento de auxí-
lio doença, no valor que estabelecer e na forma que especificar.

§ 3º O auxílio de que trata o parágrafo anterior poderá ser fixado no curso da legislatura e não será
computado para efeito de cálculo de remuneração dos Vereadores.

§ 4º A licença para tratar de interesse particular não será inferior a trinta dias e o Vereador não poderá
reassumir o exercício do mandato antes do término da mesma.

§ 5º Independente de requerimento, considerar-se-á como licença o não comparecimento às reuniões


de Vereador privado temporariamente de sua liberdade em virtude de processo criminal em curso.

§ 6º Na hipótese do § 1º, o Vereador poderá optar pela remuneração do mandato.

A r t . 2 6 . Dar-se-á a convocação do suplente de Vereador nos casos de vaga ou licença.

§ 1º O suplente convocado deverá tomar posse em até quinze dias, contados da data de convocação,
salvo justo motivo aceito pela Câmara, quando se prorrogará o prazo por igual período, ou, se estiver
presente, na mesma sessão de convocação.

§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, o Presidente comunicará o fato dentro de quarenta e
oito horas ao Tribunal Regional Eleitoral;

§ 3º Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida, calcular-se-á o quórum
em função dos Vereadores remanescentes.

A r t . 2 7 . Os Vereadores apresentarão à Câmara Municipal, na data de sua posse e ao término de


mandato, sua declaração de bens.
Seção IV
Das Reuniões

A r t . 2 8 . A Câmara Municipal reunir-se-á anual e ordinariamente, na sede do Município, de 01 de


fevereiro a 16 de julho e de 01 de agosto a de 17 dezembro. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
Municipal nº 01, de 06 de abril de 2015)

§ 1º As sessões ordinárias marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil sub-
sequente, quando recaírem aos sábados, domingos e feriados.

§ 2º As sessões da Câmara Municipal serão ordinárias, extraordinárias, itinerantes e solenes, na forma


regulamentada no Regimento Interno.

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§ 3º A convocação extraordinária da Câmara far-se-á:

I – pelo Prefeito, quando este a entender necessário;

II – pelo Presidente da Câmara, ou a requerimento da maioria absoluta dos membros, em caso de


urgência ou interesse público relevante.

§ 4º As sessões legislativas extraordinárias serão convocadas com antecedência mínima de dois dias
e nelas somente se deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada.

§ 5º O Presidente da Câmara Municipal dará ciência da convocação extraordinária aos Vereadores,


por meio de comunicação pessoal escrita.

A r t . 2 9 . As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria absoluta de votos, salvo disposi-
ções em contrárias previstas nesta Lei Orgânica.

A r t . 3 0 . A Sessão Legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação sobre o projeto de
lei de diretrizes orçamentárias.

A r t . 3 1 . As sessões da Câmara realizar-se-ão em recinto destinado ao seu funcionamento, observa-


do o disposto no artigo 20, XIV desta Lei Orgânica.

§ 1º O horário das sessões da Câmara Municipal é o estabelecido em seu Regimento Interno.

§ 2º Poderão ser realizadas sessões solenes fora do recinto da Câmara.

A r t . 3 2 . As sessões serão públicas, salvo deliberação em contrário de dois terços dos Vereadores,
adotada em razão de motivos relevantes.

A r t . 3 3 . As sessões ordinárias e extraordinárias somente serão abertas com a presença de, no mí-
nimo, um terço dos membros da Câmara.

Parágrafo único. Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que assinar o livro de presença até o
início da Ordem do Dia, participando dos trabalhos do Plenário nas votações.

A r t . 3 4 . É garantida a Tribuna Livre, na forma do Regimento Interno.

A r t . 3 5 . A cada Sessão Legislativa, a Câmara realizará até quatro sessões ordinárias itinerantes
nos bairros ou distritos com locais e datas estabelecidos pelo Presidente.

Parágrafo único. Em cada período legislativo realizar-se-ão até duas sessões ordinárias itinerantes.
Seção V
Da Instalação

A r t . 3 6 . No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1º de janeiro, às dezessete horas, em sessão


solene de instalação, independentemente de número, sob a presidência do mais idoso entre os presen-
tes, os Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse.

A r t . 3 7 . O Presidente prestará o seguinte compromisso:

“PROMETO CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, A CONSTITUI-


ÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PONTA PORÃ
E AS DEMAIS LEIS, DESEMPENHAR, COM LEALDADE, O MANDATO QUE ME FOI OUTORGADO, E
PROMOVER O BEM GERAL DO POVO E DE PONTA PORÃ, EXERCENDO, COM PATRIOTISMO, AS
FUNÇÕES DO MEU CARGO.”

Em seguida, o Secretário designado para este fim fará a chamada de cada Vereador, que declarará:

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“ASSIM O PROMETO.”

A r t . 3 8 . O Vereador que não tomar posse na sessão prevista no art. 36 poderá fazê-lo até quinze
dias depois da primeira sessão ordinária do Legislativo, sob pena de perda de mandato.
Seção VI
Da Mesa
Subseção I
Da Eleição

A r t . 3 9 . Ato contínuo ao encerramento da sessão de instalação, os vereadores reunir-se-ão, ainda


sob a Presidência do mais idoso entre os presentes e, havendo maioria absoluta dos seus membros,
elegerão os componentes da Mesa Diretora, por maioria simples de votos, os quais serão abertos e
nominais, considerando-se automaticamente empossados os eleitos. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica Municipal nº 01, de 04 de dezembro de 2012)

§ 1º Se o candidato não obtiver maioria simples de votos, proceder-se-á imediatamente a novo escru-
tínio para o cargo não preenchido, considerando-se eleito o mais votado nas eleições municipais. (Reda-
ção dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 29 de novembro de 2012)

§ 2º Não havendo número legal, o Vereador que estiver investido nas funções de Presidente dos tra-
balhos convocará sessões diárias até que haja o “quórum” exigido e seja eleita a Mesa Diretora.

§ 3º As eleições subsequentes da Mesa da Câmara far-se-ão no dia 15 de dezembro de cada Sessão


Legislativa, em sessão extraordinária, com início às dezessete horas. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica Municipal nº 01, de 29 de novembro de 2012)

§ 4º De acordo com o disposto no parágrafo anterior, a posse dos eleitos será automática a partir do
dia 1º de janeiro do ano subsequente. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 6
de dezembro de 2019)
Subseção II
Da Composição e Competência

A r t . 4 0 . A Mesa da Câmara é composta pelo Presidente, Primeiro Vice-Presidente, Segundo Vice-


-Presidente, Primeiro Secretário e Segundo Secretário, os quais substituir-se-ão nessa ordem.

§ 1º Na composição da Mesa da Câmara, será assegurada, tanto quanto possível, a representação


proporcional dos partidos com assento na Casa.

§ 2º Na ausência dos membros da Mesa, o Vereador mais idoso assumirá a Presidência.

§ 3º Os membros da Mesa isoladamente ou em conjunto são passíveis de destituição, desde que


exorbitem de suas atribuições, ou delas se omitam, mediante resolução aprovada por dois terços dos
membros da Câmara, assegurado ampla defesa em ambos os casos.

§ 4º O início do processo de destituição dependerá de representação subscrita pela maioria absoluta


dos Vereadores, necessariamente lida em plenário por qualquer de seus signatários, com denúncia e
circunstanciada fundamentação sobre as irregularidades imputadas;

§ 5º Oferecida a representação, constituir-se-á Comissão Processante, nos termos regimentais.

A r t . 4 1 . São atribuições da Mesa, entre outras:

I – tomar todas as medidas necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos;

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II – promulgar a Lei Orgânica e suas emendas;

III – representar, junto ao Executivo, sobre necessidade de economia interna;

IV – designar vereadores para a missão de representação da Câmara Municipal;

A r t . 4 2 . O mandato da Mesa será de um ano, permitida a recondução da totalidade dos membros


da Mesa para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
Subseção III
Do Presidente

A r t . 4 3 . Compete ao Presidente da Câmara Municipal, dentre outras atribuições:

I – representar a Câmara em juízo e fora dele;

II – dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara;

III – interpretar e fazer cumprir o regimento interno;

IV – promulgar as resoluções e decretos legislativos;

V – promulgar as leis com sanção tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário, desde que
não aceita esta decisão, em tempo hábil, pelo Prefeito;

VI – fazer publicar os atos da Mesa, resoluções, decretos legislativos e as leis que vier a promulgar;

VII – autorizar as despesas da Câmara;

VIII – solicitar, por decisão da maioria absoluta da Câmara, a intervenção no Município nos casos ad-
mitidos pela Constituição Federal e pela Constituição Estadual;

IX – encaminhar, para parecer prévio, a prestação de contas do Município ao Tribunal de Contas do


Estado ou órgão a que for atribuída tal competência.
Seção VII
Da Comissão Executiva

A r t . 4 4 . A Comissão Executiva será composta pelo Presidente e o 1º Secretário da Mesa Direto-


ra.

A r t . 4 5 . Compete-lhe, dentre outras atribuições:

I – a iniciativa de projetos de lei que disponham sobre a organização dos serviços da Câmara, criação,
extinção e alteração de cargos e fixação dos respectivos vencimentos e vantagens, observada a Lei de
Diretrizes Orçamentárias;

II – elaborar ou expedir, mediante ato próprio, a discriminação analítica das dotações orçamentárias
da Câmara, bem como alterá-las, quando necessário, por anulação total ou parcial de suas dotações or-
çamentárias, observados os princípios de probidade, vedadas atitudes não compatíveis com o exercício
da função legislativa;

III – por meio de ato próprio, nomear, promover, comissionar, conceder gratificações, licenças, por em
disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir funcionários da Casa, nos termos estritos da lei;

IV – expedir normas ou medidas administrativas;

V – devolver à Prefeitura o saldo de caixa existente na Câmara Municipal, no final do exercício finan-
ceiro;

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VI – autografar as proposições aprovadas, para a sua remessa ao Executivo.
Seção VIII
Das Comissões

A r t . 4 6 . A Câmara terá comissões permanentes e especiais.

§ 1º Às comissões permanentes, em razão da matéria de sua competência, cabe:

I – realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil, realizadas após solicitação justifi-
cada e aprovada pelo Plenário, quando houver interesse de algum segmento da sociedade, devendo ter
sua data marcada no máximo até vinte dias após sua aprovação;

II – convocar os Secretários Municipais ou diretores equivalentes, para prestar informações sobre as-
suntos inerentes às suas atribuições;

III – receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades ou entidades públicas dando – lhe prosseguimento;

IV – solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

V – exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização dos atos do Executivo da administração


direta, das autarquias e fundações.

§ 2º As comissões especiais, criadas por deliberação do Plenário, serão destinadas ao estudo de as-
suntos específicos e à representação da Câmara em congressos, solenidades ou outros atos públicos.

§ 3º Na composição das comissões constituídas na forma do Regimento Interno, assegurar-se-á, tanto


quanto possível, a representação proporcional dos partidos políticos ou blocos parlamentares que partici-
pem da Câmara.

§ 4º Às comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autori-
dades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão criadas mediante requerimento de
um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclu-
sões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou
criminal dos infratores.
Seção IX
Dos Líderes

A r t . 4 7 . A maioria, a minoria, as representações partidárias, mesmo com apenas um membro, e os


blocos parlamentares, terão líder e, quando for o caso, vice-líder.

§ 1º A indicação de líderes será feita em documento subscrito pelos membros das representações ma-
joritárias, minoritárias, blocos parlamentares ou partidos políticos à Mesa, nas vinte e quatro horas que
se seguirem à instalação do primeiro período legislativo anual.

§ 2º Os líderes indicarão os respectivos vice-líderes, se for o caso, dando conhecimento à Mesa da


Câmara dessa designação.

§ 3º Além de outras atribuições previstas no regimento interno, os líderes indicarão os representantes


partidários nas Comissões da Câmara.

§ 4º Ausente ou impedido o líder, suas atribuições serão exercidas pelo vice-líder.

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Seção X
Das Deliberações

A r t . 4 8 . As deliberações da Câmara Municipal serão tomadas mediante duas discussões e duas


votações com o interstício mínimo de vinte e quatro horas entre ambas.

Parágrafo único. Os vetos e os requerimentos terão uma discussão e uma votação.

A r t . 4 9 . A discussão e a votação da matéria constante da Ordem do Dia serão realizadas com a


presença da maioria absoluta dos membros da Casa.

§ 1º O voto será público.

§ 2º Dependerá de voto favorável de dois terços dos membros da Câmara:

I – a deliberação sobre as contas do Município contra o parecer prévio do Tribunal de Contas;

II – a destituição de componentes da Mesa;

III – a aprovação de emendas à Lei Orgânica;

IV – a aprovação de proposta para mudança do nome do Município;

V – a aprovação do regimento interno da Câmara Municipal;

VI – o plano diretor de desenvolvimento integrado, conforme art. 163;

VII – leis concernentes a:

a) concessão de serviços públicos;

b) concessão de direito real de uso;

c) alienação de bens imóveis do Município;

d) aquisição de bens imóveis por doação com encargos;

e) alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos.

f) obtenção de empréstimo particular pelo Município.

§ 3º Dependerá de voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara:

I – a rejeição do veto do Prefeito;

II – a mudança de local de funcionamento da Câmara Municipal, ressalvada a realização da sessão


ordinária itinerante;

III – a aprovação de leis complementares;

IV – recebimento de denúncia contra o Prefeito, no caso de infração político-administrativa;

V – aprovação e alteração das seguintes matérias:

a) Código Tributário;

b) Código de Obras ou Edificações e Posturas;

c) Estatuto dos Servidores Municipais;

d) Criação de cargos e aumento de vencimentos dos servidores;

VIII – concessão de título de cidadão honorário, medalha do mérito legislativo ou qualquer outra hon-

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raria.

A r t . 5 0 . Salvo disposição em contrário desta Lei Orgânica, as deliberações serão tomadas por
maioria absoluta de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores.

Parágrafo único. Será nula a votação que não for processada nos termos desta Lei Orgânica.
Seção XI
Do Processo Legislativo
Subseção I
Disposição Geral

A r t . 5 1 . O processo legislativo compreende a elaboração de:

I – emendas à Lei Orgânica;

II – leis complementares;

III – leis ordinárias;

IV – decretos legislativos;

V – resoluções;

VI – leis delegadas.

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação de
leis.
Subseção II
Da Emenda à Lei Orgânica

A r t . 5 2 . A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:

I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

II – do Prefeito;

III – da população, subscrita por cinco por cento do eleitorado do Município.

§ 1º A Lei Orgânica não poderá sofrer emendas na vigência de estado de sítio ou estado de defesa ou
ainda no caso de o Município estar sob intervenção federal ou estadual.

§ 2º A proposta de emenda será dirigida à Mesa da Câmara Municipal e publicada no órgão oficial do
Município ou no jornal de maior circulação, antes de sua apreciação pelo Plenário.

§ 3º A proposta de emenda será discutida e votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez
dias, considerando-se aprovada se obtiver dois terços dos votos dos membros da Câmara Municipal, em
ambos os turnos.

§ 4º É assegurada a sustentação de emenda por representante dos signatários de sua propositura.

§ 5º A emenda à Lei Orgânica aprovada será promulgada pela Mesa da Câmara Municipal, com o
respectivo número de ordem.

§ 6º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida prejudicada não pode ser objeto
de nova proposta na mesma sessão legislativa.

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Subseção III
Das Leis

A r t . 5 3 . A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da


Câmara Municipal, ao Prefeito e aos cidadãos, mediante iniciativa popular, na forma e nos casos previs-
tos nesta Lei Orgânica.

A r t . 5 4 . As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta dos votos nominais dos
membros da Câmara Municipal, observados os demais termos de votação das leis ordinárias.

Parágrafo único. Serão leis complementares dentre outras previstas nesta Lei Orgânica:

I – código tributário do município;

II – código de obras;

III – código de postura;

IV – lei instituidora do regime jurídico único dos servidores municipais;

V – lei orgânica instituidora da guarda municipal;

VI – lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos do Poder Executivo;

VII – lei que instituir o plano diretor de desenvolvimento integrado do Município;

VIII – atribuições do Vice- Prefeito.

A r t . 5 5 . São de iniciativa privativa do Executivo, entre outras previstas nesta Lei Orgânica, leis que
disponham sobre:

I – criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos públicos na administração


direta, autárquica ou fundacional, ou alteração de sua remuneração;

II – servidores públicos do Poder Executivo, da administração indireta e autárquica, seu regime jurídi-
co, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

III – criação, estruturação e atribuições das secretarias, departamentos ou diretorias equivalentes e


órgão da administração pública;

IV – organização administrativa, matéria tributária e orçamentária e serviços públicos;

V – plano diretor participativo integrado.

§ 1º Não será admitido aumento de despesas previstas nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito
Municipal, cujas emendas somente podem ser aprovadas caso:

I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,


excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço de dívida; ou

III – sejam relacionadas:

a) coma a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

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§ 2º–As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.

A r t . 5 6 . O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.

§ 1º Solicitada a urgência, a Câmara deverá se manifestar em até quarenta e cinco dias sobre a pro-
posição, contadas da data em que foi feita a solicitação.

§ 2º Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior sem deliberação pela Câmara, será a proposição
incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se às demais proposições, para que se ultime a votação.

§ 3º O prazo do § 1º não ocorre no período de recesso da Câmara nem se aplica aos projetos de lei
complementar.

A r t . 5 7 . A iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município poderá ser exer-
cida quando subscrita por no mínimo, cinco por cento do eleitorado, mediante a apresentação à Câmara
Municipal.

A r t . 5 8 . A matéria constante de projetos de lei rejeitado somente pode constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara
Municipal.

A r t . 5 9 . Concluída a votação, a Câmara Municipal, no prazo de dez dias, enviará o projeto de lei
aprovado ao Prefeito, que, aquiescendo, o sancionará.

§ 1º Se o Prefeito julgar, no todo ou em parte, inconstitucional, ilegal ou contrário ao interesse público,


vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comu-
nicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara Municipal os motivos do veto.

§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou de alínea.

§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Prefeito implicará em sanção.

§ 4º O veto será apreciado em sessão única, dentro de trinta dias a contar do seu recebimento, só
podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos integrantes da Câmara Municipal.

§ 5º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, que não flui durante o recesso da Câma-
ra Municipal, o veto será colocado na Ordem do Dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposi-
ções até a sua votação final.

§ 6º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado ao Prefeito para promulgação em dois dias
úteis.

§ 7º Se o Prefeito omitir-se nos casos do parágrafo anterior, o Presidente da Câmara Municipal a pro-
mulgará em até dois dias úteis; se este não o fizer em igual prazo, competirá ao Vice-Presidente fazê-lo
em até dois dias úteis.

§ 8º No caso do veto parcial, a parte do projeto de lei aprovada após a rejeição do veto será promulga-
da sob o mesmo número da lei original e só vigorará a partir da publicação.

A r t . 6 0 . As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar a delegação à Câma-
ra Municipal.

§ 1º Os atos de competência privativa da Câmara, a matéria reservada à lei complementar, os planos


plurianuais, de diretrizes orçamentárias e de lei orçamentária não serão objetos de delegação.

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§ 2º A delegação ao Prefeito será efetuada sob forma de decreto legislativo, que especificará o seu
conteúdo e os termos de seu exercício.

§ 3º O decreto legislativo poderá determinar a apreciação do projeto pela Câmara, que a fará em vota-
ção única, vedada qualquer emenda.

A r t . 6 1 . Os projetos de resolução disporão sobre matéria de interesse interno da Câmara e os pro-


jetos de decreto legislativo sobre os demais casos de sua competência privativa.

Parágrafo único. Nos casos de projetos de resolução e de decreto legislativo, considerar-se-á concluí-
da a deliberação com a votação final, seguida pela elaboração da norma jurídica, a qual será promulgada
com numeração própria pelo Presidente da Câmara.
Seção XII
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária

A r t . 6 2 . A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e


das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, apli-
cação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle
externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Parágrafo único. Prestarão contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais o Município
responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.

A r t . 6 3 . O controle externo da Câmara Municipal será exercido com auxílio do Tribunal de Contas
do Estado, e compreenderá a apreciação das contas do Prefeito. (Redação dada pela Emenda n. 01, de
27 de junho de 2017)

§ 1º As contas do prefeito, prestadas anualmente, serão julgadas pela Câmara Municipal dentro de
sessenta dias após o recebimento do parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado. (Redação dada
pela Emenda n. 01, de 27 de junho de 2017)

§ 2º O parecer prévio, emitido pelo Tribunal, sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar,
só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

§ 3º As contas do Município ficarão, no decurso de prazo previsto no § 1º desse artigo, à disposição


de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei.

§ 4º As contas da administração municipal direta, fundações, autarquias, empresas públicas e socie-


dade de economia mista, com a discriminação das despesas, ficarão, durante sessenta dias, anualmente,
em local próprio na Secretaria Geral da Câmara Municipal, à disposição para exame e apreciação de
qualquer contribuinte que poderá questionar-lhe a legitimidade nos termos da lei.

§ 5º A consulta às contas municipais poderá ser feita por qualquer cidadão, desde que devidamente
identificado.

§ 6º A consulta só poderá ser feita no recinto da Câmara e haverá pelo menos uma cópia à disposição
do público.

§ 7º As reclamações, consultas, e esclarecimentos apresentados, deverão:

I – ter identificação e a qualificação do reclamante;

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II – ser apresentados em quatro vias no protocolo da Câmara;

III – conter elementos e provas nos quais se fundamenta o reclamante;

IV – ser elaborados pela Secretaria Geral da Câmara.

§ 8º As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos pela União e Estado serão prestadas na
forma de legislação federal e estadual em vigor, podendo o Município suplementá-las, sem prejuízo de
sua inclusão na prestação anual de contas.

§ 9º Os balancetes mensais, dos órgãos da administração direta e indireta, das fundações, das autar-
quias instituídas e mantidas pelo Município, bem como os balancetes mensais da Prefeitura Municipal,
são componentes obrigatórios das contas a serem apresentadas, como desdobramentos essências do
balanço financeiro anual, devendo ser remetidos à Câmara Municipal, até o dia trinta do mês subsequen-
te ao do que corresponder.

§ 10. Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo, bem como as autar-
quias e fundações da administração pública, demonstrarão e avaliarão o cumprimento das metas fiscais
de cada quadrimestre, em audiência pública presidida pela comissão permanente de Economia, Finanças
e Fiscalização da Câmara Municipal.

§ 11. PREVIPORÃ encaminhará à Câmara Municipal, de acordo com o prazo legal exigido para cada
documentação, além dos documentos mencionados no § 9º do art. 63: (Incluído pela Emenda à Lei Orgâ-
nica Municipal nº 02, de 18 de novembro de 2013)

I – demonstração da receita e despesa segundo as categorias econômicas descritas no Anexo I da


Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 18 de
novembro de 2013)

II – despesas por órgão/consolidação geral descrita na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964; (Incluí-
do pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 18 de novembro de 2013)

III – receitas por categorias econômicas do regime próprio de previdência social; (Incluído pela Emen-
da à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 18 de novembro de 2013)

IV – programa de trabalho de governo do regime próprio de previdência descrito no Adendo VI da Lei


nº 4.320, de 17 de março de 1964; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 18 de no-
vembro de 2013)

V – Parecer do Tribunal de Contas do MS sobre as movimentações financeiras do Previporã; (Incluído


pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 18 de novembro de 2013)

VI – Relatório de Avaliação Atuarial; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 18 de
novembro de 2013)

VII – demonstrativo da projeção atuarial; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 18
de novembro de 2013)

VIII – apresentação de todas as informações contábeis, orçamentárias e financeiras do PREVIPORÃ;


(Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 18 de novembro de 2013)

IX – Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP, fornecido pela Secretaria de Políticas de


Previdência Social – SPS, do Ministério da Previdência Social, que atesta o cumprimento dos critérios e
exigências estabelecidos na Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, pelo regime próprio de previdên-

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cia social do Município, ou seja, atesta que o ente federativo segue normas de boa gestão, de forma a
assegurar o pagamento dos benefícios previdenciários aos seus segurados; (Incluído pela Emenda à Lei
Orgânica Municipal nº 02, de 18 de novembro de 2013)

X – Parecer do Conselho Fiscal do PREVIPORÃ sobre atos de gestão; (Incluído pela Emenda à Lei
Orgânica Municipal nº 02, de 18 de novembro de 2013)

XI – demonstrativo de aplicações financeiras e seu desempenho; (Incluído pela Emenda à Lei Orgâni-
ca Municipal nº 02, de 18 de novembro de 2013)

XII – fluxo de recebimento de contribuições, seu recebimento dentro dos prazos e contribuições em
atraso; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 18 de novembro de 2013)

XIII – manifestação do Conselho Curador do PREVIPORÃ sobre a prestação de contas anual a ser re-
metida ao Tribunal de Contas. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 18 de novembro
de 2013)

§ 12 O PREVIPORà apresentará toda a documentação relacionada nos §§ 9º, 10 e 11 do caput, em


audiência pública de prestação de contas, conforme estabelece o § 10 do art. 63. (Incluído pela Emenda
à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 18 de novembro de 2013)

A r t . 6 4 . À comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal, diante de indícios


de despesas não autorizadas, ainda que sob forma de investimentos não programados ou subsídios não
aprovados, incumbe solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste
os esclarecimentos necessários.

§ 1º Não prestados os esclarecimentos ou considerados insuficientes, a comissão solicitará ao Tribu-


nal de Contas pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias

§ 2º Entendendo o Tribunal que é irregular a despesa, a comissão, se julgar que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá à Câmara Municipal a sua sustação.

§ 3º No caso de contrato, o ato da sustação será adotado diretamente pela Câmara Municipal, que
solicitará de imediato as medidas cabíveis ao Poder Executivo.

§ 4º Se a Câmara Municipal ou Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas
cabíveis, o Tribunal decidirá a respeito, e as decisões de que resulte imputação de débito ou multa terão
eficácia de título executivo.

A r t . 6 5 . Os Poderes Legislativo e Executivo do Município manterão, de forma integrada, sistema de


controle interno com a finalidade de:

I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual e a execução de programas de go-
verno e do orçamento municipal;

II – comprovar a legalidade e avaliar o resultado quanto à eficácia e eficiência da gestão orçamentária,


financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração municipal, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado;

III – exercer controle das operações de créditos, avais e garantias, vem como os direitos e haveres do
Município;

IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Parágrafo único. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregu-

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laridade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade solidá-
ria.

A r t . 6 6 . O Município divulgará, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montan-


tes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos e os valores de origem tributária entre-
gues.

Parágrafo único. Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade sindical é parte legítima
para, nos termos da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades ao Tribunal de Contas.
CAPÍTULO III
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Disposição Geral

A r t . 6 7 . O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito.


Seção II
Do Prefeito e do Vice-Prefeito

A r t . 6 8 . A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-á simultaneamente com a de Vereado-


res, nos termos estabelecidos no art. 29, inciso I, II e III, da Constituição Federal.

§ 1º É condição de elegibilidade a idade mínima de vinte e um anos para Prefeito e Vice – Prefeito.

§ 2º A eleição do Prefeito importará a do Vice-Prefeito com ele registrado.

§ 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria
de votos, não computados os brancos e nulos.

§ 4º O Prefeito e quem o houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos
para um único período subsequente.

§ 5º Para concorrer a outro cargo, o Prefeito deve renunciar ao respectivo mandato até seis meses
antes do pleito.

§ 6º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou


afins, até o segundo grau ou por adoção, do Prefeito ou de quem o haja substituído dentro dos seis me-
ses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

A r t . 6 9 . O Prefeito e o Vice Prefeito tomarão posse em sessão solene de instalação, especialmente


convocada para este fim, no dia 1º de janeiro do ano subsequente à eleição. (Redação dada pela Emen-
da a Lei Orgânica Municipal nº 03, de 29 de novembro de 2016)

§ 1º Ao tomar posse e ao deixar o cargo, o Prefeito e o VicePrefeito apresentarão declaração de seus


bens à Câmara Municipal.

§ 2º O Prefeito prestará o seguinte compromisso:

“PROMETO DEFENDER E CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL,


A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL, A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE
PONTA PORÃ E DEMAIS LEIS, DESEMPENHANDO, COM LEALDADE, O MANDATO QUE ME FOI OU-
TORGADO E EXERCENDO, COM PATRIOTISMO, AS FUNÇÕES DO MEU CARGO”

§ 3º Se, decorrido dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de

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força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

A r t . 7 0 . Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, na vaga, o Vice-Prefei-


to.

Parágrafo único. O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei comple-
mentar, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele for convocado para missões especiais.

A r t . 7 1 . Em caso de impedimento do Vice-Prefeito ou de vacância do cargo, serão sucessivamente


chamados ao exercício, o Presidente da Câmara Municipal e o Juiz titular mais antigo na comarca.

A r t . 7 2 . Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, o Presidente comunicará o fato dentro de


quarenta e oito horas ao Tribunal Regional Eleitoral.

A r t . 7 3 . O mandato do Prefeito é de quatro anos, e terá início em 1º de janeiro do ano seguinte ao


de sua eleição.
Seção III
Da Licença

A r t . 7 4 . O Prefeito não poderá, sem licença do Legislativo, ausentar-se: (Redação dada pela ELOM
n. 001/2018, de 16/04/2018)

I – do Município, por mais de quinze dias consecutivos;

II – do País, quando a ausência exceder a quinze dias. (Redação dada pela ELOM n. 001/2018, de
16/04/2018)

Parágrafo único. O Prefeito regularmente licenciado terá direito a perceber remuneração quando:

I – impossibilitado para o exercício do cargo por motivo de doença, devidamente comprovada por uma
junta médica;

II – a serviço ou missão de representação do Município.


Seção IV
Das Atribuições do Prefeito

A r t . 7 5 . Compete ao Prefeito, dentre outras atribuições:

I – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;

II – representar o Município em juízo e fora dele;

III – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara Municipal e expedir regula-
mentos para a sua fiel execução;

IV – vetar projetos de lei, total ou parcialmente com circunstanciada fundamentação, por inconstitucio-
nalidade, ilegalidade ou no interesse público;

V – nomear e exonerar os Secretários Municipais e os diretores dos órgãos da administração pública


direta ou indireta;

VI – exercer, com auxílio dos Secretários Municipais, a direção superior da administração municipal;

VII – expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;

VIII – conceder, permitir ou autorizar o uso dos bens municipais por terceiros, nos termos da lei;

IX – prover e extinguir os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional dos

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servidores;

X – enviar a Câmara Municipal plano plurianual, projeto de lei de diretrizes orçamentárias e proposta
de orçamento anual, nos prazos determinados;

XI – prestar, anualmente, à Câmara Municipal, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão
legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

XII – encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de contas exigidas
em lei;

XIII – fazer publicar os atos oficiais;

XIV – prestar à Câmara Municipal, dentro de quinze dias úteis, as informações pela mesma solicitada,
salvo prorrogação, a seu pedido e por prazo determinado, em face da complexidade da matéria ou de
dificuldade de obtenção, nas respectivas fontes, de dados necessários ao atendimento do pedido;

XV – prover os serviços e obras da administração pública;

XVI – superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda e aplicação da receita, autorizan-
do as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias ou dos créditos votados pela
Câmara;

XVII – remeter à Câmara Municipal, até o dia vinte de cada mês, as parcelas das dotações orçamentá-
rias que devem ser despendidas por duodécimos, conforme Emenda Constitucional nº 25, de 2000;

XVIII – aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como revê-las quando impostas irregularmen-
te;

XIX – resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem dirigidas;

XX – oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, as vias, as ruas, os logradouros e lo-


gradouros públicos, mediante denominação aprovada pela Câmara considerando-se:

a) vias: rua ou estrada construída pelo poder público para utilização de todos ou para serventia co-
mum, por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, rotatória,
canteiro central e acostamento;

b) ruas: caminho ou via de comunicação existente nos lugares povoados, conforme plano de arrua-
mento por uma necessidade de ordem pública e para uso coletivo;

c) logradouro: termo que designa qualquer espaço público reconhecido pela administração de um mu-
nicípio, destinado ao trânsito público, oficialmente reconhecida e designada por um nome, conforme as
posturas do município, como as ruas, praças, jardins, parques, passeios, calçadões e hortos;

d) logradouros públicos: espaço livre destinado pela municipalidade a circulação, parada ou estaciona-
mento de veículos;

e) próprios: conjunto de bens pertencentes ou de propriedade do Município;

XXI – convocar extraordinariamente a Câmara Municipal quando o interesse da administração assim


exigir;

XXII – aprovar projetos de edificação e planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano ou


para fins urbanos;

XXIII – apresentar anualmente à Câmara Municipal, antes do período de recesso em dezembro, relató-

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rio circunstanciado sobre o estado das obras e dos serviços municipais, bem assim o programa da admi-
nistração para o ano seguinte;

XXIV – organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, com observância do limite das
dotações a elas destinadas;

XXV – contrair empréstimo e realizar operações de crédito, mediante prévia autorização da Câmara
Municipal;

XXVI – providenciar sobre a administração dos bens do Município e sua alienação, mediante prévia
autorização da Câmara Municipal;

XXVII – organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras do Município;

XXVIII – desenvolver o sistema viário do Município;

XXIX – conceder auxílios, prêmios e subvenções, nos limites das respectivas verbas orçamentárias e
do plano de distribuição, prévia e anualmente aprovada pela Câmara;

XXX – providenciar sobre o incremento do ensino;

XXXI – estabelecer a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;

XXXII – solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado para garantia do cumprimento de seus
atos;

XXXIII – solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara para ausentar-se do Município por tempo
superior a quinze dias;

XXXIV – adotar providências para a conservação e salvaguarda do patrimônio municipal;

XXXV – publicar, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execu-
ção orçamentária;

XXXVI – estimular a participação popular e estabelecer programa de incentivo para os fins previstos
no artigo 11, inciso XII desta lei;

XXXVII – comparecer pessoalmente à Câmara Municipal na ocasião da primeira reunião de cada ses-
são legislativa para apresentar mensagem expondo a situação do Município e solicitando medidas que
julgar necessárias;

XXXVIII – dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal, na forma da


lei;

XXXIX – comparecer à Câmara Municipal, por sua própria iniciativa;

XL – solicitar a intervenção estadual no Município, nos termos da Constituição Estadual;

XLI – celebrar convênios com entidades públicas ou particulares, na forma desta lei;

XLII – executar o orçamento;

XLIII – fixar os preços dos serviços públicos, observados os critérios estabelecidos em lei;

XLIV – nomear, demitir e exonerar servidores, nos termos da lei;

XLV – determinar a abertura de sindicância e a instauração de inquérito administrativo;

XLVI – criar cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou alteração

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de sua remuneração;

XLVII – criar, estruturar e dar atribuições aos Secretários e órgãos da administração pública.

A r t . 7 6 . O Prefeito poderá delegar a seus auxiliares, por decreto, as funções administrativas previs-
tas nos incisos IX, XV e XX do art. 75.

Parágrafo único. Os titulares de atribuições delegadas incorrerão nos mesmos impedimentos do Pre-
feito.
Seção V
Da Perda e Extinção do Mandato

A r t . 7 7 . É vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou função na administração pública direta e indi-
reta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V, da
Constituição Federal, e no art. 99, desta Lei Orgânica.

§ 1º Ao Prefeito e ao Vice-Prefeito é vedado desempenhar função, a qualquer título, em empresa pri-


vada.

§ 2º A infringência ao disposto neste artigo implicará perda de mandato.

A r t . 7 8 . As incompatibilidades declaradas no art. 23, seus incisos e letras desta Lei Orgânica, es-
tendem-se, no que forem aplicáveis, ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Secretários Municipais ou autori-
dades equivalentes.

A r t . 7 9 . São crimes de responsabilidade e infrações políticoadministrativas do Prefeito os previstos


em lei federal.

§ 1º O Prefeito será julgado perante o Tribunal de Justiça do Estado pela prática de crime de respon-
sabilidade.

§ 2º O Prefeito será julgado perante a Câmara Municipal pela prática de infrações político-administrati-
vas.

A r t . 8 0 . Será declarado vago, pela Câmara Municipal, o cargo de Prefeito quando:

I – ocorrer falecimento, renúncia ou condenação por crime funcional ou eleitoral;

II – deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara, dentro do prazo de dez dias;

III – infringir as normas dos artigos 74 e 78, desta Lei Orgânica;

IV – perder ou tiver suspensos os direitos políticos.

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Seção VI
Da Procuradoria Geral do Município

A r t . 8 1 . A Procuradoria Geral do Município é a instituição que representa, como advocacia geral,


o Município, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico do Poder Executivo, no termo da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcio-
namento.

§ 1º A Procuradoria Geral do Município tem por chefe o Procurador Geral do Município, nomeado pelo
Prefeito dentre advogados de ilibada conduta e notório saber jurídico, para mandato de dois anos, permi-
tida a recondução.

§ 2º Para o cargo de Procurador Geral, poderá ser nomeado o advogado que, cumulativamente:

a) exerça efetivamente a profissão, há mais de cinco anos, excluído o período de estagiário, no Muni-
cípio de Ponta Porã;

b) não tenha sido condenado por qualquer infração disciplinar pela Ordem dos Advogados do Brasil;

c) apresente certidões negativas de protestos, de ações na Justiça Federal e de ações cíveis e crimi-
nais na Justiça Estadual.
CAPÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DO GOVERNO MUNICIPAL
Seção I
Da Administração Municipal
Subseção I
Disposições Gerais

A r t . 8 2 . O governo do Município é exercido pelo Prefeito, a quem incumbe, com o auxílio dos
Secretários Municipais, Subprefeitos e Presidentes das entidades da administração indireta, a direção
superior da administração municipal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 22
de outubro de 2009)

§ 1º Compete aos secretários municipais e presidentes das entidades da administração indireta exer-
cer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração municipal nas
respectivas áreas de competência.

§ 2º Compete aos secretários municipais apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados
por sua secretaria ou órgão.

§ 3º Compete aos secretários municipais comparecer à Câmara Municipal sempre que convocados
pela mesma, para prestação de esclarecimentos oficiais.

§ 4º A infringência ao § 3º deste artigo, sem justificação plausível aceita pela Câmara Municipal impor-
ta em crime de responsabilidade, nos termos da lei federal.

§ 5º A competência das Subprefeituras e dos Subprefeitos será estipulada por Lei específica. (Incluído
pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 05 de novembro de 2009)

A r t . 8 3 . Os secretários são solidariamente responsáveis com o Prefeito pelos atos que assinarem,
ordenarem ou praticarem.

A r t . 8 4 . O Município, na ordenação de sua estrutura orgânica e funcional, atenderá aos princípios

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da desconcentração e descentralização.

§ 1º A desconcentração é uma distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica.

§ 2º A descentralização supõe a existência de, pelo menos, duas pessoas, entre as quais se repartem
as competências.

§ 3º A administração direta estrutura-se a partir de secretarias municipais.

§ 4º A administração indireta compreende as seguintes entidades:

I – autarquias;

II – fundações públicas;

III – sociedades de economia mista;

IV – empresas públicas.

A r t . 8 5 . Os órgãos da administração direta vinculam-se ao chefe do Executivo por linha de subor-


dinação hierárquica, e as entidades da administração indireta por linha de tutela, mantendo o Executivo
sobre as entidades com personalidade de direito público o controle político e de legalidade, e sobre as
entidades com personalidade de direito privado o controle político, de legalidade e de mérito.

A r t . 8 6 . O Município, na sua atuação, atenderá aos princípios da democracia participativa, dispon-


do, mediante lei, sobre a criação dos conselhos municipais nas diversas áreas, integrados por represen-
tantes populares dos usuários dos serviços públicos, disciplinando a sua composição e funcionamento,
compreendidos nas suas prerrogativas, entre outros:

I – os conselhos deliberativos municipais, órgãos governamentais de caráter consultivo, com a finali-


dade de auxiliar a administração na orientação, planejamento e interpretação da matéria de sua compe-
tência;

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II – a lei especificará as atribuições de cada conselho, sua organização, observando sempre a parida-
de na composição, funcionamento, forma de nomeação e titular, suplente e prazo de duração do manda-
to;

III – os conselhos municipais são compostos por número ímpar de membros, devendo a Câmara Muni-
cipal aprovar a indicação de seus nomes, observando a representatividade da administração, das entida-
des públicas, sindicais, classistas e da sociedade civil;

IV – a participação, mediante propostas e discussões, de planos, programas e projetos, a partir do


plano diretor participativo, do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual;

V – o acompanhamento da execução dos programas e a fiscalização da aplicação dos recursos.

Parágrafo único. Os conselhos municipais funcionarão de forma independente da administração muni-


cipal, sendo que a participação nos mesmos será gratuita e considerada de caráter público relevante.
Subseção II
Dos Princípios e Preceitos Aplicáveis à Administração Pública

A r t . 8 7 . A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes, obede-


cerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade e também ao
seguinte:

I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisi-
tos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei, observadas as seguintes limita-
ções:

a) no âmbito de cada Poder do Município, o cônjuge, o companheiro e o parente, consanguíneo até


terceiro grau civil, de membros ou titulares do poder e de dirigentes superiores de órgãos ou entidades
da administração direta, indireta ou fundacional, não poderão, a qualquer título, ocupar cargo ou função
gratificada, esteja ou não o cargo ou a função relacionada a superior hierárquico que mantenha referida
vinculação de parentesco ou afinidade, salvo se integrante do respectivo quadro de pessoal em virtude
de concurso público de provas ou de provas e títulos e funções temporárias de confiança imediata;

b) é vedado a qualquer servidor o exercício de cargo, emprego ou função sob as ordens imediatas de
superior hierárquico, de que seja cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, até o terceiro
grau civil;

II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público


de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvada as nomeações para o cargo em comissão declarado em lei de livre no-
meação e exoneração, respeitada a proibição prevista nas alíneas “a” e “b” do inciso anterior;

III – o prazo de validade de concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;

IV – a administração municipal realizará, nas áreas onde houver necessidade, concurso público;

V – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso


público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego, na carreira;

VI – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,


e os cargos em comissão, a serem preenchidos por livre nomeação ou por servidores de carreira nos

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casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção,
chefia e assessoramento;

VII – é garantido ao servidor público o direito à livre associação sindical;

VIII – o direito de greve será exercido nos termos e no limites definidos em lei específica;

IX – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de defi-
ciência e definirá os critérios de sua admissão;

X – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público, observadas as seguintes normas:

a) realização de teste seletivo, ressalvados os casos de calamidade pública;

b) contrato improrrogável, com prazo máximo de um ano, vedada a recontratação;

c) proibição de contratação de serviços para realização de atividades que possam ser regularmente
exercidas por servidores públicos;

XI – a remuneração dos servidores públicos e os subsídios de que trata o § 4º do art. 39, da Constitui-
ção Federal, somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa
de cada Poder, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

XII – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da adminis-
tração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes do Município, dos deten-
tores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remu-
neratória, percebidos cumulativa ou não, incluídas as vantagens pessoais e de qualquer outra natureza,
não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, do Prefeito Municipal;

XIII – a lei assegurará aos servidores municipais isonomia de vencimentos para os cargos de atribui-
ções iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre os servidores dos Poderes Executivo e Legislati-
vo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou local de trabalho;

XIV – é vedada a vinculação individual ou equiparação de vencimentos, para efeito de remuneração


de pessoal do serviço público, ressalvado o disposto no inciso anterior;

XV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumula-
dos, para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento;

XVI – o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis,
ressalvado o disposto nos incisos XII e

XV deste artigo, e os artigos 39, § 4º, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da Constituição Federal;

XVII – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade
de horários, observando em qualquer caso o disposto no inciso XII:

a) a de dois cargos de professores;

b) a de um cargo de professor e outro, técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamenta-


das;

XVIII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,


empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou

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indiretamente, pelo poder público;

XIX – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competên-
cia e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

XX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,
definir as áreas de sua atuação;

XXI – depende de autorização legislativa, a transformação, fusão, cisão, incorporação, extinção e


privatização e, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior,
assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

XXII – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações se-
rão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas
da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econô-
mica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

§ 1º A administração municipal fica obrigada, nas licitações sob as modalidades de tomadas de preço
e concorrência, a fixar preços teto ou preços base, devendo manter serviço adequado para o acompa-
nhamento permanente dos preços e pessoal apto para projetar e orçar os custos reais das obras e servi-
ços a serem executados.

§ 2º Os atos administrativos de efeitos externos deverão ser obrigatoriamente publicados no órgão


oficial do Município, como condição de eficácia.

§ 3º A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.

Art. 87-A. Fica proibida a designação para função de confiança ou a nomeação para cargo em comis-
são, incluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha sido condenada em decisão com trânsito em
julgado ou proferida por órgão jurisdicional colegiado, nos seguintes casos: (Incluído pela Emenda à Lei
Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

I – atos de improbidade administrativa; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04
de dezembro de 2012)

II – crimes: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

a) contra a administração pública; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de
dezembro de 2012)

b) contra a incolumidade pública; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de de-
zembro de 2012)

c) contra a fé pública; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de
2012)

d) hediondos; (Incluída pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

e) praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica
Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

f) de redução de pessoa à condição análoga à de escravo; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Mu-
nicipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

33
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g) eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; (Incluído pela Emenda à Lei Orgâ-
nica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

h) de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Munici-
pal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

§ 1º Na mesma proibição do caput do art. 87-A, incidem aqueles que tenham: (Incluído pela Emenda à
Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

I – praticado atos causadores da perda do cargo ou emprego público; (Incluído pela Emenda à Lei
Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

II – sido excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória judicial ou administrativa do


órgão profissional competente; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezem-
bro de 2012)

III – tido suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade
insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, por decisão irrecorrível do órgão com-
petente. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

§ 2º Não se aplicam as vedações do caput do art. 87-A e § 1º, quando o crime tenha sido culposo ou
considerado de menor potencial ofensivo. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04
de dezembro de 2012)

Art. 87-B. Deixam de incidir as vedações do art. 87-A e § 1º, depois de decorridos cinco anos da: (In-
cluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

I – extinção da punibilidade do crime respectivo, salvo em caso de absolvição pela instância superior,
que retroagirá para todos os efeitos; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de
dezembro de 2012)

II – decisão que tenha ocasionado a exclusão do exercício profissional, a perda do cargo ou emprego
público; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

III – rejeição das contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas; ou (Incluído pela Emen-
da à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

IV – cessação dos efeitos da suspensão dos direitos políticos. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica
Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

§ 2ºO nomeado ou designado, antes da posse, declarará por escrito, sob as penas da lei, não incidir
em qualquer das hipóteses de vedação previstas em lei ou nesta Emenda. (Incluído pela Emenda à Lei
Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

§ 3º A veracidade da declaração, será constatada mediante a exigência e análise, no mínimo, das


seguintes certidões ou declarações negativas: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de
04 de dezembro de 2012)

I – das Justiças: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de
2012)

a) Federal; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

b) Eleitoral; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

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c) Estadual; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

d) do Trabalho; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

e) Militar; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

II – do conselho ou órgão profissional competente, constando a informação de que não foi excluído
do exercício da profissão; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de
2012)

III – dos entes públicos em que tenha trabalhado nos últimos dez anos, constando a informação de
que não foi demitido ou exonerado a bem do serviço público. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Muni-
cipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

§ 4º As certidões ou declarações negativas de que trata o inciso I do § 1º deste artigo, devem ser emi-
tidas pelos órgãos com jurisdição sobre o domicílio do nomeado ou designado. (Incluído pela Emenda à
Lei Orgânica Municipal nº 02, de 04 de dezembro de 2012)

A r t . 8 8 . Os Poderes Executivo e Legislativo deverão publicar no órgão oficial local, ou em jornal de


maior circulação no município, anualmente, a relação de seus funcionários, cargos que ocupam e a data
de admissão.

§ 1º O Município publicará anualmente, no mês de março, relação completa dos servidores lotados
por órgão ou entidade, em cada um dos Poderes, indicando o cargo, a função e o local de sua atividade,
para fins de recenseamento e controle, inclusive dos ocupantes de cargo de provimento em comissão.

§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III do artigo 37 da Constituição Federal implicará a
nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3º Semestralmente, a administração direta e indireta publicará, no órgão oficial do município, rela-


tórios das despesas realizadas com a propaganda e publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas, especificando os nomes dos veículos de divulgação.

§ 4º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, guardando o sentido de prestação de contas, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades
ou de servidores públicos, ainda que custeada por entidade privada.

A r t . 8 9 . O Prefeito fará publicar:

I – mensalmente, o balancete resumido da receita e da despesa;

II – mensalmente, os montantes de cada dos tributos arrecadados e dos recursos recebidos;

III – anualmente, até quinze de março, pelo órgão oficial do município, as contas da administração,
constituídas do balanço financeiro, do balanço patrimonial, do balanço orçamentário e demonstração das
variações patrimoniais, em forma sintética.

A r t . 9 0 . A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e


indireta, regulando especialmente:

I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção


de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos servi-
ços;

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II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observa-
do o disposto no art. 5º, X e XXXIII, da Constituição Federal;

III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou fun-
ção na administração pública.

§ 1º Os atos de improbidade administrativa importarão na suspensão dos direitos políticos, a perda da


função pública, na indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

§ 2º Os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que cau-
sem prejuízo ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento, serão os estabelecidos em
lei federal.

§ 3º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos,


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 4º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administra-


ção direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

§ 5º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta


e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder
público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à
lei dispor sobre:

I – o prazo de duração do contrato;

II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos


dirigentes;

III – a remuneração do pessoal.

§ 6º É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos


artigos 42 e 142, da Constituição Federal com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, res-
salvados os cargos acumuláveis na forma da Carta Magna, os

cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 7º O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores e os Secretários

Municipais, bem como as pessoas ligadas a qualquer deles por matrimônio ou parentesco, afim ou
consanguíneo, até o segundo grau, ou por adoção, não poderão contratar com o município, subsistindo a
proibição até seis meses após findas as respectivas funções.

§ 8º A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social, como estabelecido em lei fe-
deral, não poderá contratar com o Poder Público, nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios.

§ 9º O número de funcionários públicos do Poder Executivo Municipal atenderá o disposto no art. 169
da Constituição Federal; art.38 do ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e artigos 19, III, e 20,
III, alíneas a e b da Lei Complementar nº 101/2000.

A r t . 9 1 . Observadas as demais normas desta Lei Orgânica, cada entidade da administração indi-
reta terá uma de suas diretorias ou órgão equivalente, na área administrativa e de pessoal, ocupada por

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servidor com, pelo menos, doze meses de vínculo.

A r t . 9 2 . Todos têm direito a receber dos órgãos e entidades municipais informações de seu interes-
se particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo máximo de trinta dias, sob
pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que retardar, sonegar ou prestar informação incom-
pleta, incorreta ou falsa.

A r t . 9 3 . São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

I – o direito de petição aos Poderes Públicos do Município em defesa de direitos ou contra ilegalidade
ou abuso de poder;

II – a obtenção de certidões em quaisquer repartições públicas, para defesas de direitos e esclareci-


mentos de situação de interesse pessoal, no prazo máximo de trinta dias, sob pena de responsabilida-
de da autoridade ou servidor. No mesmo prazo, se outro não for fixado pela autoridade ou requisitante,
deverão ser atendidas as requisições judiciais.

A r t . 9 4 . Os atos administrativos deverão ser obrigatoriamente motivados como condição de sua


validade, considerando-se os motivos indicados relativamente a cada um, como determinantes de sua
produção.
Subseção III
Dos Servidores Públicos

A r t . 9 5 . O Município de Ponta Porã instituirá planos de carreira para os servidores da Administração


Pública direta, das autarquias e das fundações públicas, os quais serão regidos pelo regime jurídico esta-
tutário. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 05 de novembro de 2009)

A r t . 9 6 . São direitos dos servidores públicos entre outros:

I – salário mínimo, fixado em lei, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência
social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim;

II – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

III – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

IV – remuneração do trabalho noturno superior ao do diurno;

V – salário-família pago em razão do dependente do servidor de baixa renda nos termos da lei;

VI – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta horas semanais, faculta-
das a compensação de horários e a redução da jornada;

VII – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

VIII – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do nor-
mal;

IX – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal,
vedada a contagem em dobro pelas férias não gozadas;

X – licença à gestante sem prejuízo do cargo e da remuneração, com a duração de cento e vinte dias;
facultado à servidora requerer sua prorrogação por 60 (sessenta) dias. (Redação dada pela Emenda à

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Lei Orgânica Municipal nº 03, de 18 de dezembro de 2009)

XI – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XII – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da
lei;

XIII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XIV – adicional de remuneração para atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

XV – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo


de sexo, idade, cor, ou estado civil;

XVI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador


portador de deficiência;

XVII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer traba-
lho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

XVIII – adicionais por tempo de serviço, na forma que a lei estabelecer;

XIX – licença sem vencimento, licença para tratamento de saúde e licença por motivo de doença de
pessoa da família, na forma da lei;

XX – assistência e previdência sociais, extensivas aos dependentes e ao cônjuge;

XXI – o mês de abril de cada ano será considerado como data-base para a concessão de reajuste de
vencimentos dos servidores públicos municipais e o índice a ser utilizado para tal concessão terá como
valor de referência o oficialmente anunciado pelo Governo Federal.

XXII – a gratificação natalina dos servidores municipais poderá ser concedida anualmente em duas
parcelas, sendo que a primeira parcela será no mês de junho e a segunda parcela será até o dia vinte de
dezembro de cada ano.

Parágrafo único. O direito previsto no inciso X deste artigo, também será exercido pela mãe adotiva,
nos termos da lei.

A r t . 9 7 . Ao servidor público em exercício de mandato eletivo aplicam-se as disposições do art. 38


da Constituição Federal.

A r t . 9 8 . A União, os Estados, o distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de


administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores eleitos por seus pares e designados
pelos respectivos Poderes.

§ 1º Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão anualmente os valores dos subsídios e da remune-


ração dos cargos e empregos públicos.

§ 2º Lei do Município disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia


com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de
programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamen-
to e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.

A r t . 9 9 . O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos,
de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

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(Redação dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: (Redação dada
pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

I – por incapacidade permanente para o trabalho, estando ou não em gozo de auxílio-doença, será
aposentado no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, com proventos
determinados de acordo com o estabelecido em lei. (Redação dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de
2020)

II – compulsoriamente aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo
de contribuição; (Redação dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

III – O servidor fará jus a aposentadoria voluntária desde que cumpra os seguintes requisitos: (Reda-
ção dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

a) 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher;
(Redação dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

b) vinte e cinco (25) anos de contribuição, desde que cumprido o tempo mínimo de dez (10) anos de
efetivo exercício no serviço público; e (Redação dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

c) cinco (5) anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria. (Incluída pela ELOM n. 01,
de 3 de abril de 2020)

§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o §
2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social,
observado o disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40, da Constituição Federal. (Redação dada pela ELOM n.
01, de 3 de abril de 2020)

§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do respectivo


ente federativo. (Redação dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios em


regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B e 5º deste artigo. (Redação
dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos
a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Incluído pela ELOM
n. 01, de 3 de abril de 2020)

§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com
efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses
agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. (Incluída pela ELOM n. 01, de
3 de abril de 2020)

§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao


disposto no § 1°, III, a, do art. 40, da Constituição Federal para o professor que comprove exclusivamen-
te tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
médio. (Redação dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição

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e desta Lei Orgânica, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de
previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios
previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela ELOM n. 01,
de 3 de abril de 2020)

§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, da Constituição Federal, quando se tratar da única


fonte de renda formal auferida pelo dependente, o benefício de pensão por morte será concedido nos
termos de lei do respectivo ente federativo, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos
servidores de que trata o § 4º-B decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da função. (Re-
dação dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservarlhes, em caráter permanente, o valor


real, conforme critérios estabelecidos em lei.

§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de apo-
sentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, da Constituição Federal e o tempo de
serviço correspondente será contado para fins de disponibilidade. (Redação dada pela ELOM n. 01, de 3
de abril de 2020)

§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.

§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, da Constituição Federal, à soma total dos proventos de
inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de
outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resul-
tante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma da Consti-
tuição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio de previdência social, no
que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada
pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de empre-
go público, o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de
2020)

§ 14. O Município, desde que institua regime de previdência complementar para os seus respectivos
servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem
concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regi-
me geral de previdência social de que trata o art. 201, da Constituição Federal

§ 15. O regime de previdência complementar será instituído por lei de iniciativa do Poder Executivo
observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o valor das apo-
sentadorias e das pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto no § 16, do
art. 40, da Constituição Federal. (Redação dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado
ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do cor-
respondente regime de previdência complementar.

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3º se-
rão devidamente atualizados, na forma da lei.

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§ 18. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servidor titu-
lar de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por
permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor
da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória. (Redação
dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

§ 19. É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social e de mais de um


órgão ou entidade gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos
e entidades autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento, observados os
critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata o § 22, do art.
40, da Constituição Federal. (Redação dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

§ 20. (Revogado pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020).

Parágrafo único. Por meio de lei, o Município poderá instituir contribuição extraordinária para custeio
do RPPS, nos termos dos §§ 1º-B e 1º-C do art. 149 da Constituição Federal, observado o disposto no
inciso X do § 22 do art. 40 da Constituição Federal e no § 8º do art. 9º da Emenda Constitucional nº 103,
de 2019. (Incluído pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

A r t . 1 0 0 . São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude deconcurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,


assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado
em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade,


com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro car-
go.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempe-


nho por comissão instituída para essa finalidade.

A r t . 1 0 1 . Sempre que pagos com atrasos, os vencimentos dos servidores públicos municipais
sofrerão atualização pela incidência do índice oficial de juros e de correção monetária, devendo o Muni-
cípio, nesta hipótese, efetuar o pagamento desses valores no mês subsequente ao da referida ocorrên-
cia.

A r t . 1 0 2 . Ao servidor público eleito para o cargo de direção sindical são assegurados todos os
direitos inerentes ao cargo, vedada a dispensa a partir do registro da candidatura até um ano após o tér-
mino do mandato, ainda que na condição de suplente, salvo se ocorrer demissão nos termos da lei.

Parágrafo único. São assegurados os mesmo direitos, até um ano após a eleição, aos candidatos não
eleitos.

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A r t . 1 0 3 . Cabe ao Município a implantação de sistema de previdência social, atendendo aos prin-
cípios previstos na Constituição Federal, garantida a participação dos servidores na gestão e no contro-
le.

§ 1º A inscrição na entidade de previdência do Município é compulsória, no caso de cargo de provi-


mento efetivo; para os cargos comissionados, no regime geral da previdência social.

§ 2º O cônjuge ou companheiro de servidora e o cônjuge ou companheira de servidor segurado são


considerados seus dependentes e terão direito à pensão previdenciária na forma da lei.

§ 3º As contribuições sociais do Município e a de seus servidores para o sistema de previdência e


assistência serão devidas na forma e percentual fixados em lei.

§ 4º É garantida assistência gratuita aos filhos e dependentes do servidor municipal, desde o nasci-
mento até cinco anos de idade em centros de educação infantil.

A r t . 1 0 4 . À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda


Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem
cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação
de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.

§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao


pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios ju-
diciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando
terão seus valores atualizados monetariamente.

§ 2º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos,


proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou
invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado.

§ 3º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Ju-


diciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que conferir a decisão exequenda determinar o pagamento
segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente para o
caso de preterimento de seu direito de precedência, o sequestro da quantia necessária à satisfação do
débito.

§ 4º O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de precatórios, não se aplica aos
pagamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, Estadual,
Distrital ou Municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

§ 5º São vedados a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor pago, bem como
fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução, a fim de que seu pagamento não se faça, em
parte, na forma estabelecida no § 3º deste artigo e, em parte, mediante expedição de precatório.

A r t . 1 0 5 . É vedada a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o
artigo 196, I, a, e II, da Constituição Federal, para a realização de despesas distintas do pagamento de
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o artigo 201, da Constituição Federal.

A r t . 1 0 6 . A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Po-


deres Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.

Parágrafo único. Compete ao poder público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com

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base nos seguintes objetivos:

I – universalidade da cobertura e do atendimento;

II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;

V – equidade na forma de participação no custeio;

VI – diversidade da base de financiamento;

VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com


participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegia-
dos.

A r t . 1 0 7 . É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado fa-


cultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

A r t . 1 0 8 . Fica assegurado à servidora gestante o exercício de outras funções que não as próprias
de seu cargo, sem prejuízos de sua remuneração, quando houver nesse sentido determinação médica
expressa do órgão competente do Município. (Redação dada pela ELOM n. 01, de 3 de abril de 2020)

A r t . 1 0 9 . Ao servidor municipal é assegurada percepção de auxílio para alimentação e transporte,


nas condições que a lei estabelecer.

A r t . 1 1 0 . Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresa fornecedora ou que
realize qualquer modalidade de contrato com o Município, sob pena de demissão.

A r t . 1 1 1 . A lei de diretrizes orçamentárias disporá sobre a política salarial aplicável aos servidores
municipais, com obrigatória previsão da periodicidade dos reajustes com índices anuais nunca inferiores
aos da inflação.

A r t . 1 1 2 . É assegurada a participação dos servidores nos colegiados dos órgãos públicos em que
seus interesses profissionais e previdenciários sejam objetos de discussão e deliberação.

A r t . 1 1 3 . O Município manterá uma guarda municipal para a proteção de seus bens, serviços e
instalações, conforme dispuser a lei.
Subseção IV
Das Obras e Serviços Públicos Municipais

A r t . 1 1 4 . Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município poderá ter início sem prévia
elaboração do plano respectivo, no qual, obrigatoriamente, conste:

I – a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse comum;

II – os pormenores para a sua execução;

III – os recursos para o atendimento das respectivas despesas;

IV – os prazos para o seu início e conclusão, acompanhados da respectiva justificação.

§ 1º Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de extrema urgência, será executado sem
prévio orçamento de seu custo.

§ 2º As obras públicas municipais serão executadas pela Prefeitura Municipal, por administração direta

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ou por administração indireta, sempre na conformidade com plano diretor participativo.

§ 3º Nenhum loteamento será executado sem os seguintes requisitos:

a) área central de dez por cento para função social;

b) arborização, urbanização e paisagismo;

c) projeto de saneamento básico;

d) projeto de cascalhamento e meio fio;

e) projeto de eletrificação.

A r t . 1 1 5 . O Município prestará diretamente, ou sob regime de permissão ou concessão, sempre


por meio de licitação, os serviços públicos de sua competência, disciplinando e organizando-os mediante
lei que disporá sobre:

I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial


de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão de
concessão ou permissão;

II – os direitos dos usuários;

III – a política tarifária;

IV – a obrigação de manter serviço adequado.

A r t . 1 1 6 . É garantida a gratuidade do transporte coletivo urbano aos maiores de sessenta anos,


aos portadores de necessidades especiais e aos aposentados por invalidez.

A r t . 1 1 7 . Os preços dos serviços públicos e de utilidade pública serão fixados pelo Executivo, nos
termos da lei.

A r t . 1 1 8 . É vedada à administração direta e indireta a contratação de serviços e obras com empre-


sas que não atendam às normas relativas à saúde, segurança do trabalho e proteção do meio ambiente
nos termos da lei.

A r t . 1 1 9 . O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante convênio


com o Estado, a União ou entidades particulares, bem como através de consórcio com outros Municí-
pios.

Parágrafo único. Nos serviços, obras e concessões do Município, bem como nas compras e aliena-
ções, será adotada a licitação, nos termos da lei.

A r t . 1 2 0 . O Município retomará os serviços públicos municipais permitidos ou concedidos, se exe-


cutados em desconformidade com a lei, ato ou contrato.

A r t . 1 2 1 . As obras e serviços de grande vulto, que envolvam endividamento considerável e im-


pliquem em significativa alteração do aspecto da cidade, com reflexos sobre a vida e os interesses da
população, serão submetidos a plebiscito, a critério da Câmara Municipal, por deliberação da maioria
absoluta dos Vereadores.

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Subseção V
Dos Bens Municipais

A r t . 1 2 2 . Constituem bens municipais todos os que, a qualquer título, pertençam ao Município.

Parágrafo único. É obrigatório o cadastramento de todos os bens móveis e imóveis do Município.

A r t . 1 2 3 . Classificam-se os bens públicos quanto à destinação:

I – de uso comum do povo: aqueles que se destinam á utilização geral pelos indivíduos, podendo ser
federais, estaduais ou municipais;

II – de uso especial: visam à execução dos serviços administrativos e dos serviços administrativos e
dos serviços públicos em geral;

III – dominicais: bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estru-
tura de direito privado.

Parágrafo único. O uso dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme disposto em lei.

A r t . 1 2 4 . O Município facilitará a utilização dos bens municipais pela população para atividades
culturais, educacionais e esportivas, na forma da lei.

A r t . 1 2 5 . A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse pú-


blico devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e en-
tidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de
avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

a) dação em pagamento; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de feve-
reiro de 2016)

b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qual-
quer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 da Lei n.
8666/93; (Incluída pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

d) investidura; (Incluída pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; (Incluída
pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permis-
são de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito
de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos
ou entidades da administração pública; (Incluída pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de
fevereiro de 2016)

g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei n. 6.383, de 7 de dezembro de


1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência le-

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gal inclua-se tal atribuição; (Incluída pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de
2016)

h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão
de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinquenta
metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social
desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública. (Incluída pela Emenda à Lei Orgânica
Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

II – quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes ca-
sos: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportu-
nidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública; (Redação


dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica; (Reda-
ção dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; (Incluída pela Emenda à Lei Orgânica Municipal
nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública,


em virtude de suas finalidades; (Incluída pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro
de 2016)

f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem
utilização previsível por quem deles dispõe. (Incluída pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15
de fevereiro de 2016)

§ 1º Os imóveis doados com base na alínea “b” do inciso I deste artigo, cessadas as razões que justi-
ficaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo
beneficiário. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

§ 2º A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de imó-
veis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº
01, de 15 de fevereiro de 2016)

I – a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do imóvel;
(Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

II – a pessoa natural que, nos termos da lei, regulamento ou ato normativo do órgão competente, haja
implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta sobre
área rural, superior a 1 (um) módulo fiscal e limitada a 15 (quinze) módulos fiscais, desde que não exce-
da 1.500ha (mil e quinhentos hectares). (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de
fevereiro de 2016)

§ 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2º ficam dispensadas de autorização legislativa, porém subme-


tem-se aos seguintes condicionamentos: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de
fevereiro de 2016)

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I – aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja comprovadamente ante-
rior a 1º de dezembro de 2004; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro
de 2016)

II – submissão aos demais requisitos e impedimentos do regime legal e administrativo da destinação


e da regularização fundiária de terras públicas; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de
15 de fevereiro de 2016)

III – vedação de concessões para hipóteses de exploração não contempladas na lei agrária, nas leis
de destinação de terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas de zoneamento ecológico-eco-
nômico; e (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

IV – previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso de declaração


de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal
nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

§ 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2º deste artigo: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº
01, de 15 de fevereiro de 2016)

I – só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou inconveniente
a sua exploração mediante atividades agropecuárias; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº
01, de 15 de fevereiro de 2016)

II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e quinhentos hec-
tares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite; (Incluído pela Emenda à Lei
Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

III – pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alínea g do inciso I
do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo. (Incluído pela Emenda à Lei Orgâ-
nica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

§ 3º Entende-se por investidura, para os fins deste artigo: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Muni-
cipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

I – a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra


pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e
desde que esse não ultrapasse a 50% (cinquenta por cento) do valor constante da alínea “a” do inciso II
do art. 23 da Lei 8.666/93; (Incluída pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de
2016)

II – a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de imóveis
para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas hidrelétricas, desde que consi-
derados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a categoria de bens reversí-
veis ao final da concessão. (Incluída pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de
2016)

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§ 4º A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão, obrigatoriamente os encar-
gos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, sendo dispensa-
da a licitação no caso de interesse público devidamente justificado. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica
Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

§ 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em garantia de


financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas por hipoteca em segundo
grau em favor do doador. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de
2016)

§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior ao
limite previsto no art. 23, inciso II, alínea “b” da Lei 8.666/93, a Administração poderá permitir o leilão.
(Incluído dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

A r t . 1 2 6 . (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016).

§ 1º (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

§ 2º (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 01, de 15 de fevereiro de 2016)

A r t . 1 2 7 . É proibida a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração dos parques, pra-
ças, jardim ou largos públicos, salvo pequenos espaços destinados à venda de jornais e revistas ou
refrigerantes.

A r t . 1 2 8 . O uso de bens municipais, por terceiros, só poderá ser feito mediante concessão de uso
ou permissão a título precário e por tempo determinado, conforme o interesse público o exigir.

§ 1º A concessão de uso dos bens públicos de uso especial e dominicais dependerá de autorização
legislativa e concorrência pública e será feita mediante contrato, sob pena de nulidade do ato, ressalvada
a hipótese do § 1º do art. 126 desta Lei Orgânica.

§ 2º A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente poderá ser outorgada para
finalidades escolares, científicas, de assistência social ou turística, mediante autorização do Legislati-
vo.

§ 3º A permissão do uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a título precário por
ato unilateral do Prefeito, através de decreto com clareza e motivação.

A r t . 1 2 9 . Poderão ser cedidos a particulares para serviços transitórios com aprovação da Câmara
Municipal, máquinas e operadores da Prefeitura, desde que não haja outros meios disponíveis e sem
prejuízos para os trabalhos do Município e o interessado recolha, previamente, a remuneração arbitrada
e assine termo de responsabilidade pela conservação e devolução dos bens cedidos.

A r t . 1 3 0 . A utilização dos bens públicos de uso especial, como mercados, matadouros, estações,
recintos de espetáculos e campo de esporte, serão feitas na forma da lei e regulamentos respectivos.

A r t . 1 3 1 . Os imóveis públicos municipais devem cumprir sua função social, podendo ser cedidos
em comodato a particulares, pelo prazo máximo de três anos, renováveis por igual período a critério do
poder público, sujeitando-se às regras do Código Civil.

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TÍTULO III
DA TRIBUTAÇÃO E DOS ORÇAMENTOS
CAPÍTULO I
DA TRIBUTAÇÃO

A r t . 1 3 2 . São tributos municipais os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria, decorren-


tes de obras públicas, instituídas por lei municipal, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição
Federal e nas normas gerais de direito tributário.

A r t . 1 3 3 . Compete ao Município instituir:

I – impostos previstos na Constituição Federal, os quais sempre que possível, os impostos terão
caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultando a admi-
nistração tributaria, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos individuais e nos termos da lei, patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contri-
buinte.

II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de ser-
viços públicos específicos e divisíveis, prestados ou postos à disposição do contribuinte, as quais não
poderão ter base de cálculo própria de impostos.

III – contribuição de melhorias, decorrentes de obras públicas;

IV – contribuição social, cobrada de seus servidores para custeio, em benefício destes, do sistema de
previdência e assistência social.

A r t . 1 3 4 . Lei complementar estabelecerá normas gerais em matéria de legislação tributária, espe-


cialmente sobre:

I – definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta
lei orgânica, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

II – obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

III – adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas;

IV – definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas


de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155,
II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239 da
Constituição Federal;

V – a progressividade dos impostos.

Parágrafo único. O lançamento tributário observará o devido processo legal.

A r t . 1 3 5 . É vedada qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária, exceto em caso de
calamidade pública ou grande relevância social, mediante lei.

A r t . 1 3 6 . Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Município:

I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibi-
da qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemen-
te da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

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III – cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou au-
mentou.

IV – utilizar tributo com efeito de confisco;

V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos intermunicipais, ressal-
vada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público;

VI – instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, entre o Município e a União, os Estados ou Distrito Federal;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindi-
cais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendi-
dos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos artigos 148, I; 153, I, II, IV e V;
e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos artigos 148, I; 153, I, II, III e
V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos artigos 155, III, e 156, I.

§ 2º A vedação do inciso VI, a, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo


poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades es-
senciais ou às delas decorrentes.

§ 3º As vedações do inciso VI, a, e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e


aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis
a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo
usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imó-
vel.

§ 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda


e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

§ 5º O Código de Defesa do Consumidor determinará medidas para que os consumidores sejam escla-
recidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido,


anistia ou remissão, relativas a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei
específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima e numeradas ou
o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2º, XII, da Constituição
Federal.

§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo
pagamento de impostos ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a

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imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

A r t . 1 3 7 . É vedado ao Município estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer


natureza, em razão de sua procedência ou destino.

A r t . 1 3 8 . Compete ao Município instituir impostos sobre:

I – propriedade predial e territorial urbana;

II – transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou aces-
são física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua
aquisição;

III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, da Constituição Federal, defini-
dos em lei complementar;

§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, II, da Constituição
Federal, o imposto previsto no inciso I poderá:

I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e

II – ter alíquota diferente de acordo com a localização e o uso do imóvel.

§ 2º O imposto previsto no inciso II:

I – não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica
em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorpora-
ção, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adqui-
rente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercan-
til;

II – compete ao Município onde o bem se localiza.

§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:

I – fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;

II – excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior;

III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados.
CAPÍTULO II
DOS ORÇAMENTOS

A r t . 1 3 9 . A receita municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos municipais, da participação


de tributos da União e dos Estados, dos recursos resultantes do fundo de participação dos municípios e
da utilização de seus bens, serviços, atividades e outros ingressos.

A r t . 1 4 0 . Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I – o plano plurianual;

II – as diretrizes orçamentárias;

III – os orçamentos anuais.

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da administração
municipal direta e indireta, abrangendo os programas de manutenção e expansão das ações de governo,

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e nenhum investimento, cuja execução ultrapasse o exercício financeiro, poderá ser iniciado sem prévia
inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilida-
de.

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias, de caráter anual, compreenderá:

I – as prioridades e metas da administração municipal;

II – as orientações para elaboração da lei orçamentária anual;

III – os ajustamentos do plano plurianual decorrentes de reavaliação da realidade econômica e social


do Município;

IV – as disposições sobre a alteração da legislação tributária;

V – as aplicações dos agentes financeiros de fomento, com a apresentação de prioridades;

VI – a projeção das despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.

§ 3º A lei orçamentária anual compreenderá:

I – o orçamento fiscal, fixando as despesas referentes aos órgãos e entidades da administração direta
e indireta, instituídos e mantidos pelo poder público municipal, estimando as receitas do tesouro munici-
pal;

II – o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou indiretamente, detenha


a maioria do capital social com direito a voto;

III – o programa analítico de obras, especificando as secretarias e os departamentos.

§ 4º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação das
despesas, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e a con-
tratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

§ 5º O Município aplicará, anualmente, nunca menos que três por cento da receita corrente de seu
orçamento, na área de desenvolvimento rural.

A r t . 1 4 1 . O prazo para encaminhamento do Plano Plurianual à Câmara Municipal será até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido após apreciação, até o encer-
ramento do segundo período da sessão legislativa. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica Munici-
pal nº 02, de 12 de junho de 2014)

§ 1º O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias será encaminhado à Câmara Municipal até quinze
de abril e devolvido após apreciação, até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. (Re-
dação dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 12 de junho de 2014)

§ 2º A Sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação sobre o projeto de lei de
diretrizes orçamentárias.

§ 3º O prazo para encaminhamento da Lei Orçamentária à Câmara Municipal será até trinta de agosto,
devendo ser devolvida após apreciação, até o encerramento do segundo período da sessão legislativa.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 02, de 12 de junho de 2014)

A r t . 1 4 2 . O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo dos efeitos sobre as


receitas e despesas públicas decorrentes de isenções, anistias, remissão, subsídios e benefícios de na-
tureza financeira, tributária e creditícias concedidos pela administração municipal.

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A r t . 1 4 3 . Caberá à comissão técnica respectiva da Câmara Municipal, examinar e emitir parecer
sobre os projetos e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Prefeito.

A r t . 1 4 4 . As emendas serão apresentadas à comissão técnica competente que sobre elas emitirá
parecer para apreciações, na forma regimental, pelo plenário da Câmara Municipal.

Parágrafo único. O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal, para propor modificações
de qualquer dos projetos a que se refere este artigo, enquanto não tiver sido iniciado a votação, na co-
missão técnica, da parte cuja alteração é proposta.

A r t . 1 4 5 . Aplicam-se aos projetos mencionados no art. 139 e aos créditos adicionais que não
contrariem o disposto neste capítulo, as demais normas relativas ao processo legislativo e aos créditos
adicionais.

A r t . 1 4 6 . Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamen-


tária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização do Legislativo.

A r t . 1 4 7 . São vedados:

I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamen-


tários ou adicionais;

III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, com
ressalva das autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade precisa, aprova-
dos pela Câmara Municipal por maioria absoluta;

IV – a vinculação da receita de imposto a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produ-


to da arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159 da Constituição Federal, a desti-
nação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde e para a manutenção e desenvolvimento
do ensino, como determinado, respectivamente, pelos artigos 198, § 2º e 212, da Constituição Federal, e
a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, §8º,
bem como o disposto no § 4º do art. 167, da Constituição Federal;

V – a abertura de crédito suplementar ou especial, sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes;

VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programa-


ção para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII – a utilização, sem autorização legislativa, dos recursos do orçamento fiscal e da seguridade so-
cial para suprir necessidades ou cobrir despesas superiores à receita de empresas, fundações ou fundos,
inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º, da Constituição Federal;

IX – a instituição de fundo de qualquer natureza sem prévia autorização legislativa;

X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação


de receita, pelos governos Federal e Estadual e suas instituições financeiras, para pagamento de despe-
sas com pessoal ativo, inativo e pensionista do Município.

A r t . 1 4 8 . Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que

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forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exer-
cício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.

Parágrafo único. A abertura de créditos extraordinários somente será admitida para atender às des-
pesas imprevistas e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna e calamidade pública,
observado o disposto no art. 62, da Constituição Federal.

A r t . 1 4 9 . Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos


suplementares e especiais, destinados ao Poder Legislativo ser-lhe-ão entregues até o dia vinte de cada
mês, em duodécimos na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, da Constituição Fe-
deral.

A r t . 1 5 0 . A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites esta-
belecidos em lei complementar.

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos


e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, mantidas pelo Município, só
poderão ser feitas se:

I – houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesas de pessoal e
aos acréscimos dela decorrentes;

II – houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 2º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na
lei complementar referida no caput, o Município adotará as seguintes providências:

I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de con-
fiança;

II – exoneração dos servidores não estáveis.

§ 3º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o
cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder
o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o
órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.

§ 4º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspon-
dente a um mês de remuneração por ano de serviço.

§ 5º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada
a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro
anos.

§ 6º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no §
5º.

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TÍTULO IV
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
CAPÍTULO I
DA ORDEM ECONÔMICA
Seção I
Disposições Gerais

A r t . 1 5 1 . Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Município exercerá, na


forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.

A r t . 1 5 2 . A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho e da livre iniciativa, tem por fim
assegurar existência digna a todos, observados o princípio da função social da propriedade, a defesa do
consumidor, a defesa do meio ambiente e a busca do pleno emprego.

§ 1º O Município, no exercício do seu poder de polícia relativo às atividades que, em algum aspecto,
dependam da sua regulamentação e fiscalização, imporá restrições, instituindo sanções àquelas que, em
seu exercício, se opuserem ou se tornarem contrárias aos princípios previstos neste artigo.

§ 2º A lei apoiará o cooperativismo e outras formas de associativismo.

§ 3º É assegurado o exercício de atividades aos vendedores ambulantes e artesãos nos espaços pú-
blicos disponíveis, em conformidade com a lei e o regulamento.

A r t . 1 5 3 . A intervenção do Município, no domínio econômico, terá por objetivo estimular e orientar


a produção, defender os interesses do povo e promover a justiça e solidariedade sociais.

A r t . 1 5 4 . O Município dispensará às microempresas e as de pequeno porte, assim definidas em lei,


tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações adminis-
trativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.

A r t . 1 5 5 . O Município poderá, em caso de relevante interesse coletivo, por meio de empresa públi-
ca, sociedade de economia mista ou outra entidade, explorar atividade econômica, nos termos da lei.

A r t . 1 5 6 . O Município promoverá e incentivará o turismo como fator de desenvolvimento econômico


e social.
Seção II
Da Política Urbana

A r t . 1 5 7 . A política de desenvolvimento urbano, executado pelo poder público municipal conforme


diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

§ 1º A propriedade urbana cumpre a função social quando atende às exigências fundamentais de orde-
nação da cidade expressas no plano diretor.

§ 2º É facultado ao Município, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos
termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subtilizado ou não utilizado, que pro-
mova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente de:

I – parcelamento ou edificações compulsórios;

II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, progressivo no tempo;

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III – desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública, de emissão previamente apro-
vada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais de 6% ao ano.

§ 3º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil
habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

§ 4º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinhei-
ro.

A r t . 1 5 8 . São isentos de tributos os veículos de tração animal e os demais instrumentos de traba-


lho do pequeno agricultor, empregados no serviço da própria lavoura ou no transporte de seus produtos
devidamente cadastrados no órgão municipal competente.

A r t . 1 5 9 . O plano diretor de desenvolvimento integrado disporá, entre outras matérias, sobre:

I – normas relativas ao desenvolvimento urbano;

II – política de formulação de planos setoriais;

III – critério de parcelamento, uso e ocupação do solo, e zoneamento, prevendo áreas destinadas a
moradias populares, com facilidade de acesso aos locais de trabalho, serviços e lazer;

IV – proteção ambiental.

Parágrafo único. O controle do uso e ocupação do solo urbano implica, entre outras, nas seguintes
medidas:

I – regulamentação de zoneamento;

II – especificação dos usos do solo, permitidos ou permissíveis em relação a cada área, zona ou bairro
da cidade;

III – aprovação ou restrição de loteamentos;

IV – controle das construções urbanas;

V – proteção da estética da cidade;

VI – preservação das paisagens, dos monumentos, da história e da cultura da cidade;

VII – controle da poluição;

VIII – nas áreas destinadas à função social, incentivo à prática do desporto.

A r t . 1 6 0 . Para a elaboração das partes que compõem o plano diretor de desenvolvimento inte-
grado, em especial as relativas à delimitação das zonas urbana e agrícola, sistema viário, zoneamento,
loteamento, preservação, renovação urbana, equipamento, deverão obrigatoriamente ser levadas em
consideração, entre outras, as seguintes diretrizes:

I – o planejamento global do Município, com vistas à integração cidade-campo, direcionando-se às


diversas áreas e regiões, segundo critérios recomendáveis de ocupação, e, na medida do possível, a sua
vocação natural, impondo-se restrições de uso e coibindo-se o adensamento, na faixa do território muni-
cipal ao longo das divisas com os demais Municípios, destinando-a à produção agrícola e demais ativida-
des compatíveis, de forma a constituir um cinturão verde à sua volta;

II – a preservação do meio ambiente, em especial:

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a) pela projeção recomendada das novas ligações viárias;

b) pela liberação e implantação ordenada de novos loteamentos, de conjuntos habitacionais e assen-


tamentos populares;

III – a economia de custos, a funcionalidade e a comodidade urbanas, em especial, pelo planejamento


e regulamentação de:

a) sistemas viários ou vias novas em determinadas regiões, com liberação concomitante de loteamen-
tos, com projeção coincidente de vias e com a cobrança da contribuição de melhoria;

b) loteamentos com a implantação de infraestrutura recomendável a cada região e tipo de loteamen-


to;

c) conjuntos habitacionais, com a implantação de infraestrutura e equipamento urbanos e comunitá-


rios, a cargo dos responsáveis;

d) condomínios, com limitação de sua dimensão em até um quarteirão, ressalvados os casos indica-
dos em lei, no interesse da preservação ambiental;

IV – a aplicação, conforme o caso, entre outros, na forma da lei, dos seguintes institutos e instrumen-
tos jurídicos:

a) contribuição de melhoria;

b) desapropriação para reurbanização;

c) pagamento, nas desapropriações amigáveis, mediante concessão de índices construtivos;

d) concessão de índices construtivos aos proprietários de imóveis tombados, aos que sofrerem limita-
ção em razão do tombamento, ou aos que cederem ao Município imóveis sob preservação;

V – a regularização fundiária, mediante estabelecimento de normas especiais de urbanização.

A r t . 1 6 1 . Entre os setores especiais incluir-se-ão os de produção científica e cultural, localizados


em regiões onde se concentrem instituições voltadas à ciência, à cultura e às artes, para os quais serão
traçadas diretrizes peculiares de uso e ocupação do solo.

A r t . 1 6 2 . O plano diretor de desenvolvimento integrado definirá o sistema, diretrizes e bases do


planejamento municipal equilibrado, harmonizando-o com o planejamento estadual e nacional.

A r t . 1 6 3 . A deliberação do plano diretor se fará por lei complementar, aprovada por maioria de dois
terços dos votos dos membros da Câmara Municipal, em duas votações, com interstício de dez dias.

A r t . 1 6 4 . O Município, por iniciativa própria, ou com a colaboração do Estado, providenciará o esta-


belecimento de um sistema estatístico, cartográfico e de geologia, que servirá como base para o planeja-
mento.

A r t . 1 6 5 . O planejamento municipal será realizado, na forma da lei, pela secretaria municipal, que
sistematizará as informações básicas, coordenará os estudos, elaborará os planos e projetos relativos ao
plano diretor e supervisionará a sua implantação.

A r t . 1 6 6 . Será criado um conselho municipal de planejamento, formado por representantes de dis-


tintas entidades da sociedade civil, que terão parte na elaboração e execução do plano diretor do Municí-
pio.

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Seção III
Da Postura Rural

A r t . 1 6 7 . Esta seção compreende as obrigações que todos os proprietários rurais, ocupantes


temporários e a comunidade rural devem observar, com acompanhamento técnico habilitado, com vistas
a uma melhor conservação do solo, das estradas rurais, dos mananciais de água, melhor utilização de
agrotóxicos e a melhoria da qualidade de vida, observados os seguintes preceitos:

I – é proibida a utilização para quaisquer fins, das faixas de domínio das rodovias, observadas a se-
guinte classificação:

a) rodovia municipal principal: apresenta faixa de domínio de trinta metros (quinze metros para cada
lado do eixo central);

b) rodovia vicinal: apresenta faixa de domínio de vinte e cinco metros (doze metros e cinquenta centí-
metros para cada lado do eixo central), e são as rodovias que atendem mais que dez propriedades e não
se enquadram nas rodovias principais;

c) rodovia secundária: apresenta faixa de domínio de vinte metros (dez metros para cada lado do eixo
central), e são as rodovias que atendem até dez propriedades;

II – é proibido rebaixar os bigodes ou meias luas, lombadas ou outros sistemas que visem a contenção
de água para a conservação da estrada, bem como a construção de terraços em desnível provocando o
desvio de água para as estradas, divisas, propriedades vizinhas e cursos d’água, exceto os autorizados
pela secretaria competente;

III – é proibido transitar ou fazer manobras nas estradas com máquinas e implementos agrícolas que
venham a danificar o seu leito;

IV – os carreadores, pontes, bueiros, caixas de retenção, bigodes ou meias luas, lombadas ou passa-
dores de gados devem ser conservados pelos proprietários, quando estes estiverem na sua proprieda-
de;

V – os terraços, curvas de nível e cordões de contorno existentes na propriedade ou a serem construí-


dos não poderão direcionar água para os carreadores;

VI – todos os terraços, curvas de nível e cordões deverão ser construídos de maneira a conduzir a
água para o interior da propriedade, independentemente se a divisa for uma estrada, cerca, rio ou outra
propriedade;

VII – toda a propriedade é obrigada a manter uma reserva legal mínima, correspondente a vinte por
cento da área da propriedade, formada por espécies nativas da região conforme a legislação pertinente,
visando manter a fauna e flora;

VIII – as propriedades rurais deverão preservar os rios ou qualquer curso de água, desde o seu nível
mais alto através da mata ciliar, cuja proporção será em função da largura do leito do rio ou curso de
água, conforme tabela constante do código florestal;

IX – nas nascentes, ainda que intermitentes, e nos chamados “olho d’água”, qualquer que seja a sua
situação topográfica, as matas ciliares deverão ser mantidas num raio mínimo de cinquenta metros;

X – ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios de águas naturais ou artificiais, deve-se manter uma
faixa de mata ciliar de cinquenta a cem metros;

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XI – deve-se preservar as várzeas e áreas úmidas, exceto se sua utilização foi autorizada pela secre-
taria competente;

XII – as fontes de água devem ser protegidas, impedindo sua contaminação, observando-se a sua
utilização racional;

XIII – nos trabalhos de manutenção das estradas, o poder público municipal poderá extrair cascalho
e similares das propriedades próximas às obras; caso seja dificultada a referida exploração, a adminis-
tração poderá recorrer ao instituto da desapropriação por utilidade pública de acordo com a legislação
vigente no país;

XIV – é proibida a retirada de areia e cascalho do leito das estradas.

Parágrafo único. Lei ordinária regulamentará quais as estradas que compõem a classificação previs-
ta na alínea a do inciso I do presente dispositivo, bem como as penalidades cabíveis aos preceitos ora
estatuídos.
CAPÍTULO II
DA ORDEM SOCIAL
Seção I
Disposição Geral

A r t . 1 6 8 . O Município de Ponta Porã, em ação conjunta e integrada com a União e o Estado, asse-
gurará os direitos relativos à educação, à saúde, à alimentação, à cultura, à capacitação ao trabalho, à
assistência social, à segurança pública, ao lazer, ao desporto e ao meio ambiente equilibrado, priorizan-
do a pessoa humana.
Seção II
Da Saúde

A r t . 1 6 9 . A saúde é direito de todos os cidadãos e o Município, como integrante do sistema único


de saúde, implementará políticas sociais e econômicas que visem à prevenção, à redução e eliminação
do risco de doenças e de outros agravos, bem como ao acesso universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação.

A r t . 1 7 0 . O Município promoverá:

I – serviço de atenção à saúde;

II – serviços hospitalares e dispensários, cooperando com a União e o Estado e com as iniciativas


particulares e filantrópicas;

III – combate às moléstias específicas, contagiosas e infectocontagiosas;

IV – combate ao uso de drogas;

V – serviços de assistência à maternidade e à infância;

VI – a inspeção médica nos estabelecimentos de ensino da rede municipal e privada tendo caráter
obrigatório e gratuito;

VII – formação de consciência sanitária individual desde as primeiras séries do ensino fundamental;

VIII – atividades técnicas de apoio;

IX – atenção à saúde da criança e adolescente;

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X – atenção à saúde da mulher;

XI – atenção em odontologia social;

XII – atenção em alimentação e nutrição;

XIII – atenção às doenças transmissíveis, crônico-degenerativas e outras não transmissíveis, dos aci-
dentes e da saúde do trabalhador;

XIV – serviço de vigilância sanitária, tais como:

a) serviço de inspeção de alimentos e saneamentos;

b) serviço de fiscalização de estabelecimentos de interesse da saúde;

c) serviço de saúde de trabalhador.

XV – serviço de vigilância epidemiológica, tais como:

a) serviço de investigação epidemiológica;

b) serviço de imunização;

c) serviço de controle de zoonoses e vetores.

Parágrafo único. Compete ao Município suplementar, se necessário, a legislação federal e a estadual


que disponha sobre a regulamentação, fiscalização e controle das ações e serviços de saúde, que consti-
tuem um sistema único.

A r t . 1 7 1 . Considerando a peculiaridade de área de fronteira e pólo turístico deve – se garantir re-


cursos específicos da União, Estado e Município, para atenção à saúde.

Parágrafo único. Sempre que houver a iminência de uma endemia e/ou epidemia, deverão ser destina-
dos recursos para o enfrentamento do problema.

A r t . 1 7 2 . As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada


e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I – descentralização, com direção única;

II – atendimento integral com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;

III – participação da comunidade.

Parágrafo único. As ações e serviços de saúde pública são de relevância pública, cabendo ao poder
público municipal dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo
sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de
direito privado.

A r t . 1 7 3 . O Município manterá um fundo de saúde, regulamentado conforme disposto nos artigos


198, §§ 2º e 3º, e 77 do ADCT, ambos da Constituição Federal, financiado com recursos orçamentários
da seguridade social da União, do Estado e do Município, além de outras fontes.

§ 1º O volume de recursos destinados ao fundo de saúde será definido na lei orçamentária.

§ 2º Os recursos de que trata este artigo serão fiscalizados pelo conselho municipal de saúde, órgão
consultor e deliberativo para a gestão dos recursos destinados às ações e serviços públicos de saúde.

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A r t . 1 7 4 . As instituições privadas poderão participar, de forma complementar, do sistema único de
saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos, sendo vedada a destinação de recursos públicos para
auxílios ou subvenções a instituições privadas com fins lucrativos.
Seção III
Da Assistência Social

A r t . 1 7 5 . A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de seguridade social


não contributiva que prevê os mínimos sociais, e reger-se-á pela Norma Operacional Básica do Sistema
Único de Assistência Social do País, preconizada pela Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS e pela
Política Nacional de Assistência Social.

§ 1º Para efeito do caput deste artigo será criada Política Municipal de Assistência Social que instituirá
a Proteção Social no Município.

§ 2º Será realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade,


para garantir o atendimento das necessidades básicas da população e tem por objetivo:

I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

II – o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;

III – a promoção da integração ao mercado de trabalho;

IV – a habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de necessidades especiais e a promoção de


sua integração à vida comunitária.

§ 3º A assistência social será realizada de forma integrada às políticas setoriais, visando ao enfrenta-
mento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingên-
cias sociais e à universalização dos direitos sociais.

A r t . 1 7 6 . As ações municipais na área da assistência social serão implementadas com recursos


do orçamento do Município, e das esferas estadual e federal, bem como de outras fontes, observando as
seguintes diretrizes:

I – primazia da responsabilidade do Estado na condução da política da assistência social em cada


esfera do governo;

II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas


e no controle das ações em todos os níveis;

III – descentralização político-administrativa e comando único das ações em cada esfera do governo
municipal.

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Seção IV
Do Abastecimento e Defesa do Consumidor

A r t . 1 7 7 . O Município atuará na área do abastecimento e defesa do consumidor:

I – criando mecanismo de apoio à comercialização da produção e incrementando ações junto aos es-
tabelecimentos de distribuição de alimentos básicos com controle de preços e qualidade;

II – promovendo ações específicas, visando à orientação ao consumidor e à educação alimentar;

III – organizando e mantendo um sistema de abastecimento alimentar à população carente;

IV – fomentando a produção agrícola e adotando política de plantio de produtos básicos ou hortifruti-


granjeiros em áreas ociosas;

V – criando, mediante lei, fundos específicos para o desenvolvimento e fiscalização da área de produ-
ção e distribuição de alimentos à população.

A r t . 1 7 8 . O Município criará o conselho municipal de defesa do consumidor, com atribuições e


composição que a lei estabelecer.
Seção V
Do Saneamento Básico

A r t . 1 7 9 . O Município, juntamente com o Estado ou a União, é responsável pela fiscalização do


esgoto sanitário e água tratada, pelo abastecimento desta e pela coleta do lixo, para a população.

A r t . 1 8 0 . Será elaborado programa anual de saneamento básico, de responsabilidade do poder


público municipal, com auxílio do Estado e da União.

Parágrafo único. Nos planos sob responsabilidade do poder público municipal, devem constar metas e
dotações orçamentárias para a solução dos problemas decorrentes da falta de saneamento básico.

A r t . 1 8 1 . O poder público municipal organizará serviço de tratamento dos rejeitos e resíduos varia-
dos, como forma de evitar a poluição dos mananciais de água e do meio ambiente.
Seção VI
Da Habitação

A r t . 1 8 2 . A política habitacional do Município, integrada à da União e à do Estado, objetivará a so-


lução da carência habitacional de acordo com os seguintes princípios:

I – ofertas de lotes urbanizados;

II – estímulos e incentivos à formação de cooperativas populares de habitação;

III – atendimento prioritário à família carente;

IV – formação de programas habitacionais pelo sistema de mutirão e autoconstrução.

A r t . 1 8 3 . As entidades da administração direta e indireta, responsáveis pelo setor habitacional,


contarão com recursos orçamentários próprios e específicos à implantação da política habitacional do
Município.

A r t . 1 8 4 . O poder público criará, entre outros, o fundo municipal de habitação para angariar recur-
sos e implementar sua política habitacional.

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CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Seção I
Da Educação

A r t . 1 8 5 . O Município incumbir-se-á de:

I–organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, inte-
grando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados;

II–exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;

III–baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;

IV–autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino.

A r t . 1 8 6 . A educação, direito de todos e dever da família e do poder público, promovida e incen-


tivada com a colaboração da sociedade, deve ser ministrada com base no artigo 205, da Constituição
Federal e inspirada nos princípios de liberdade, solidariedade e respeito aos direitos humanos, visando
ao pleno desenvolvimento da pessoa e à formação do cidadão.

A r t . 1 8 7 . O ensino municipal será ministrado com base nos princípios de:

I – igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III – estímulo à criatividade e à curiosidade do aluno;

IV – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e pri-


vadas de ensino;

V – gratuidade no ensino em estabelecimentos oficiais;

VI – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira
para o magistério, com piso salarial profissional nos termos de lei federal e ingresso exclusivamente por
concurso público de provas e títulos para a rede pública;

VII – a lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação bási-
ca e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

VII – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VIII- garantia de padrão de qualidade;

IX – democratização das relações na escola;

X – integração comunidade – escola como espaço de criação, valorização e difusão da cultura popu-
lar;

XI – desenvolvimento de uma consciência crítica a respeito da questão do meio ambiente, através da


promoção da educação ambiental nos diferentes níveis e modalidades de ensino.

A r t . 1 8 8 . O dever do Município com a educação será efetivado mediante a garantia de:

I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os
que a ele não tiveram acesso na idade própria;

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II – atendimento prioritário à educação infantil em creche e pré– escola às crianças de zero a cinco
anos, com profissionais formados em área especifica;

III – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capaci-
dade de cada um;

IV – atendimento ao educando através de programas suplementares de material didático–escolar,


transporte, alimentação e assistência à saúde;

V – obrigatoriedade de inspeção médico–odontológica aos alunos da rede pública municipal em articu-


lação com o órgão municipal de saúde;

VI – ensino fundamental obrigatório;

VII – atendimento educacional especializado aos alunos com necessidades educativas especiais, pre-
ferencialmente na rede regular de ensino;

VIII – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

IX – definição de uma política para implantação progressiva de atendimento em período escolar inte-
gral;

X – quadros de profissionais da educação, com formação em nível superior;

XI – elaboração e execução de programa de formação permanente aos educadores e demais profis-


sionais da rede pública municipal de ensino;

XII – garantia das condições físicas para o funcionamento das escolas;

XIII – manutenção das salas de apoio pedagógico na rede municipal de ensino.

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório ou sua oferta irregular importam responsabilidade da


autoridade competente.

§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada


e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.

A r t . 1 8 9 . O plano municipal de educação, aprovado por lei, de duração plurianual visará à articu-
lação e o desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e adequação aos Planos Nacional e Esta-
dual de Educação, e integração das ações desenvolvidas pelo Poder Público que conduzam à:

I – erradicação do analfabetismo;

II – universalização do atendimento escolar;

III – melhoria da qualidade do ensino;

IV- formação para o trabalho;

V – prestação de atendimento aos alunos com necessidades educativas especiais.

VI – promoção humanística, científica e tecnológica.

A r t . 1 9 0 . Será estimulada a prática da cidadania nas escolas municipais, como complemento à


formação do indivíduo.

§ 1º–Constará do conteúdo programático das disciplinas, nas escolas da rede municipal, o estudo da

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história política do Município, do funcionamento de suas instituições, partidos políticos e sindicatos, da
constituição e funcionamento do poder público, bem como noções das leis que regem a vida do muníci-
pe.

§ 2º A rede municipal de ensino público, com vistas a preservar a memória social, fará constar de seu
currículo básico estudos sobre a contribuição do negro e do índio, resgatando a história dessas cultu-
ras.

A r t . 1 9 1 . A educação religiosa, de matrícula facultativa para o aluno e obrigatória para as institui-


ções de ensino, constituirá disciplina das escolas públicas municipais de ensino fundamental, assegurado
o respeito à diversidade cultural religiosa, vedadas quaisquer formas de partidarismo.

A r t . 1 9 2 . O sistema municipal de ensino compreende:

I – as instituições de educação infantil e de ensino fundamental, mantidas e administradas pelo Muni-


cípio e pelos órgãos e serviços municipais de caráter normativo e de apoio técnico;

II – as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada.

§ 1º O Município atuará prioritariamente na educação infantil e no ensino fundamental, atendendo à


demanda da educação infantil dentro de suas condições orçamentárias.

§ 2º O Município participará, em conjunto com o Estado e a União, de programas de alfabetização


e universalização do ensino fundamental, e no atendimento aos alunos com necessidades educativas
especiais.

A r t . 1 9 3 . É assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários organizarem-se em todos os


estabelecimentos de ensino municipal, através de associações, grêmios e outras formas.

A r t . 1 9 4 . A rede pública municipal de ensino contará com o conselho municipal de educação, com
funções consultivas, propositiva, mobilizadora, deliberativa e fiscalizadora, conforme disciplinado em lei
própria.

A r t . 1 9 5 . Para manutenção e desenvolvimento do ensino, dos recursos oriundos dos tributos, com-
preendidos nesses os provenientes de transferências, o Município destinará anualmente importância não
inferior ao correspondente a trinta por cento da receita auferida anualmente.

§ 1º Os recursos municipais poderão ser destinados às escolas comunitárias, filantrópicas ou definidas


em lei, que:

I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;

II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou ao poder


público municipal, no caso de encerramento de suas atividades.

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§ 2º Será permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plena-
mente as necessidades na área de sua competência, desde que os recursos estejam acima dos percen-
tuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino.

A r t . 1 9 6 . É vedada às direções, às associações de pais e mestres e aos conselhos escolares de


escolas públicas municipais a cobrança de taxas e contribuições para manutenção e conservação das
escolas.

A r t . 1 9 7 . O Município complementará o ensino fundamental ministrado nas escolas municipais com


programas permanentes e gratuitos de transporte, alimentação, assistência à saúde, atividades culturais
e esportivas e materiais didáticos para o aluno.

A r t . 1 9 8 . Os estabelecimentos de ensino deverão ter um regimento próprio elaborado pela comu-


nidade escolar e aprovado pelo departamento de inspeção escolar da Secretaria Municipal de Educa-
ção.

A r t . 1 9 9 . O Município promoverá a valorização de profissionais da educação, através de plano de


cargos e carreira que assegure:

I – ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;

II – piso salarial profissional;

III – progressão funcional e salarial.


Seção II
Da Cultura

A r t . 2 0 0 . O Município garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às mani-
festações culturais.

§ 1º O Município protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e


das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.

§ 2º Todo cidadão é um agente cultural e o poder público incentivará de forma democrática os diferen-
tes tipos de manifestação cultural.

A r t . 2 0 1 . A lei estabelecerá:

I – a administração, a gestão da documentação e as providências para franquear a consulta a quantos


dela necessitam;

II – incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais;

III – a forma de proteção e promoção do patrimônio cultural do Município e a participação da comuni-


dade neste processo;

IV – o processo de tratamento dos documentos, edificações e sítios detentores de reminiscências his-


tóricas;

V – a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacio-
nais.

A r t . 2 0 2 . O poder público com a colaboração da comunidade promoverá e protegerá o patrimônio


cultural municipal, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento, desapropriação e outras
formas de acautelamento e preservação.

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§ 1º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos na forma da lei.

§ 2º As iniciativas para a proteção do patrimônio histórico-cultural serão estabelecidas em lei.

A r t . 2 0 3 . O Município se obriga a construir e manter arquivo público próprio, bibliotecas públicas


e museus, em números compatíveis com a densidade populacional, destinando-lhes verbas suficientes
para aquisição e reposição de acervos e manutenção de recursos humanos especializados.

A r t . 2 0 4 . O Município instituirá e manterá programas de incentivo à leitura, à pesquisa científica, a


manifestações culturais e artísticas, de promoção de eventos culturais, feiras científicas e de divulgação
da cultura local, dos seus vários grupos étnicos, todos voltados ao incremento da cultura popular.
Seção III
Do Desporto

A r t . 2 0 5 . O Município fomentará as práticas esportivas formais e não formais, como direito de cada
um, observados:

I – a autonomia das entidades desportivas e educacionais quanto à sua organização e funcionamen-


to;

II – o lazer ativo como forma de bem-estar e promoção social, saúde, higiene e educação de todas as
faixas etárias e sociais da população;

III – o estímulo à construção, manutenção e aproveitamento de instalações e equipamentos desporti-


vos, com destinação de áreas para atividades desportivas, nos projetos de urbanização, habitacionais e
de construção de escolas;

IV – instalação de equipamentos adequados à prática de exercícios físicos pelos portadores de neces-


sidades especiais, em centro de criatividade ou em escolas especiais, públicas ou conveniadas.
CAPÍTULO IV
DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA

A r t . 2 0 6 . O Município com a participação da sociedade promoverá e incentivará a pesquisa, o de-


senvolvimento científico e a capacitação tecnológica, visando a solução dos problemas sociais, ao bem
comum e ao desenvolvimento integrado da população.

A r t . 2 0 7 . O poder público municipal criará o Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Pon-


ta Porã (IPPUPP), que desenvolverá estudos e pesquisas de tecnologia apropriadas ao homem.
CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

A r t . 2 0 8 . Observados os princípios da Constituição Federal, o Município promoverá e incentivará a


manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sobre qualquer forma, processo ou
veículo, priorizando a cultura regional.

A r t . 2 0 9 . Lei ou ação do poder público municipal não poderá constituir embaraço à liberdade e ao
direito de informação.

A r t . 2 1 0 . É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica ou artística.

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CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE

A r t . 2 1 1 . O meio ambiente ecologicamente equilibrado é bem de uso comum do povo e essencial


à sadia qualidade de vida, devendo o Município e a coletividade defendê-lo e preservá-lo para gerações
presentes e futuras.

A r t . 2 1 2 . O Município, na sua função reguladora, criará limitações e imporá exigências que visem
à proteção e recuperação do meio ambiente, especialmente por meio de normas de zoneamento, de uso
do solo e de edificações.

A r t . 2 1 3 . O dever do Município com o meio ambiente será efetivado mediante a garantia de:

I – estabelecer uma política municipal do meio ambiente, objetivando a preservação e o manejo dos
recursos naturais de acordo com o interesse social;

II – promover a educação ambiental, visando à conscientização pública para a preservação do meio


ambiente;

III – exigir a realização de estudo prévio de impacto ambiental para construção, instalação, reforma,
recuperação, ampliação e operação de atividades ou obras potencialmente causadoras de degradação
do meio ambiente, do qual se dará publicidade;

IV – controlar a produção, comercialização e emprego de técnicas, métodos ou substâncias que com-


portem riscos para a vida, para a qualidade de vida e para o meio ambiente;

V – proteger o patrimônio cultural, artístico, histórico, estético, paisagístico, faunístico, turístico, ecoló-
gico e científico, promovendo a sua utilização em condições que assegurem a sua conservação;

VI – promover o controle das cheias, definindo parâmetros para o uso do solo;

VII – incentivar as atividades de conservação ambiental;

VIII – estabelecer a obrigatoriedade de reposição da flora nativa, quando necessária à preservação


ecológica;

IX – distribuir equilibradamente a urbanização em seu território, na forma da lei, ordenando a proteção


do espaço territorial e seus componentes, de maneira a constituir paisagens biologicamente equilibra-
das;

X – combater a erosão e promover, na forma da lei, planejamento do solo agrícola, independentemen-


te de divisas ou limites de propriedade.

§ 1º Aquele que explorar recursos naturais fica obrigado a recuperar o meio ambiente, se o degradar,
de acordo com a solução técnica estabelecida pelo órgão competente na forma da lei.

§ 2º As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores às sanções administra-


tivas, estabelecidas em lei, e com multas diárias e progressivas no caso de continuidade da infração ou
reincidência, incluídas a redução do nível de atividades e a interdição independente da obrigação de os
infratores restaurarem os danos causados, e sem prejuízo da sanção penal cabível.

§ 3º Os recursos oriundos de multas administrativas e condenações judiciais por atos lesivos ao meio
ambiente e das taxas incidentes sobre a utilização de recursos ambientais serão destinados a um fundo
gerido pelo conselho municipal do meio ambiente, na forma da lei.

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§ 4º Fica o poder público municipal autorizado a promover intercâmbio com os municípios vizinhos ob-
jetivando a utilização de recursos naturais em forma de consórcio, proporcionando-lhes o ressarcimento
dos recursos utilizados.

§ 5º O relatório de impacto ambiental poderá sofrer questionamento por qualquer pessoa, devendo o
poder público municipal sempre decidir pelo interesse da preservação ambiental no confronto com outros
aspectos, compreendido o econômico.

A r t . 2 1 4 . Não é permitido o uso de agrotóxicos não autorizados pela secretaria competente.

Parágrafo único. O poder público controlará e fiscalizará a produção, a estocagem, o transporte, a


comercialização, a utilização de técnicas e métodos, e as instalações relativas a substâncias que com-
portem riscos efetivos ou potenciais para a saudável qualidade de vida, de trabalho e do meio ambiente
natural, incluídos os materiais geneticamente alterados pela ação humana, os resíduos químicos e as
fontes de radioatividade.

A r t . 2 1 5 . O Município de Ponta Porã fica autorizado a celebrar convênio com o Estado de Mato
Grosso do Sul, para a execução de serviço de prevenção e extinção de incêndios, busca, salvamento e
de prevenção de acidentes.

A r t . 2 1 6 . O Município de Ponta Porã, para liberação de projetos de edificação, exigirá aprovação


do sistema de prevenção de incêndios e pânicos do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do
Sul.
CAPÍTULO VII
DA FAMÍLIA, DA MULHER, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO DEFICIENTE E DO IDOSO

A r t . 2 1 7 . A família, base da sociedade, tem especial proteção do Município, na forma das Constitui-
ções Federal e Estadual.

§ 1º Cabe ao Município executar programas de planejamento familiar, nos termos da Constituição


Federal.

§ 2º O planejamento familiar será baseado em métodos que respeitem a fisiologia e a psicologia hu-
mana, e a liberdade de escolha do casal, cabendo ao Município divulgá-los, expondo suas vantagens,
desvantagens ou limitações.

§ 3º Cabe ao Município assegurar o amparo à maternidade.

§ 4º Cabe ao Município assegurar acolhimento preferencial de mulheres, de crianças e adolescentes,


vítimas de violência familiar e extrafamiliar, em estabelecimentos que apresentem condições a tal finali-
dade.

A r t . 2 1 8 . A lei disporá sobre o conselho municipal da condição feminina como órgão governamental
de assessoramento, instituído por lei, com o objetivo de promover e zelar pelos direitos da mulher, pro-
pondo estudos, projetos, programas e iniciativas que visem a eliminar a discriminação contra a mulher
em todos os aspectos, em integração com os demais órgãos do governo.

A r t . 2 1 9 . A lei disporá sobre o conselho municipal da defesa da criança, do adolescente, do idoso e


do portador de necessidades especiais.

A r t . 2 2 0 . A família, a sociedade e o Município têm o dever de amparar as pessoas idosas, asse-


gurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o
direito à vida.

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A r t . 2 2 1 . O Município incentivará as entidades particulares sem fins lucrativos, atuantes na política
do bem-estar da criança, do adolescente, da pessoa portadora de necessidades especiais e do idoso, e
devidamente registradas nos órgãos competentes, subvencionando-as com auxílio financeiro e amparo
técnico.

A r t . 2 2 2 . É dever da família, da sociedade e do Município assegurar à criança e ao adolescente,


com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissiona-
lização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de
colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opres-
são.

§ 1º O Município promoverá programas de assistência integral à saúde da criança e do adolescente,


admitindo a participação de entidades não governamentais e obedecendo aos seguintes preceitos:

I – aplicação de percentual de recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil;

II – criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de neces-


sidades especiais física, sensorial ou mental, bem como sua integração social, mediante o treinamento
para o trabalho e a convivência e a facilitação ao acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação
de preconceitos e obstáculos arquitetônicos;

III – programas de prevenção e atendimento de entorpecente e drogas afins.

§ 2º A lei disporá sobre normas de construção das vias, logradouros e logradouros públicos e dos edi-
fícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo a fim de garantir acesso adequa-
do às pessoas portadores de deficiência, podendo ainda:

I – estabelecer convênios, com entidades profissionalizantes, visando a formação profissional e a pre-


paração para o trabalho, destinandolhes recursos;

II – criar mecanismo, através de incentivos fiscais, que estimulem as empresas a absorver a mão-de-
-obra de pessoas portadoras de necessidades especiais;

III – criar programas de assistência integral para excepcionalidades não reabilitáveis.

§ 3º O Município estimulará, através de assistência jurídica e social, de incentivos fiscais e de subsí-


dios nos termos da lei, ao acolhimento de criança ou adolescente órfão ou abandonado, sob forma de
guarda.

§ 4º O Município promoverá o apoio necessário aos idosos e portadores de necessidades especiais


para fins de recebimento de salário mínimo mensal, previsto no art. 203, V, da Constituição Federal.

A r t . 2 2 3 . As ações do Município de proteção à infância e à juventude serão organizadas nos ter-


mos da lei, com base no seguinte:

I – a descentralização do atendimento;

II – a valorização dos vínculos familiares e comunitários;

III – o atendimento prioritário em situação de risco, definidas em lei, respeitadas as características


econômicas do Município;

IV – a participação da sociedade, através de organizações representativas, na formulação de políticas


e de programas, bem assim no acompanhamento e na fiscalização de sua execução.

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A r t . 2 2 4 . Compete ao Município, em consonância com a Constituição Federal, criar mecanismo
para garantir a execução de uma política de combate e prevenção de violência contra a mulher, assegu-
rando-se, em colaboração com o Estado, assistência médica, social e psicológica, a criação e manuten-
ção de abrigo às mulheres vítimas de violências.
TÍTULO V
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

A r t . 2 2 5 . Além da participação dos cidadãos, nos casos previstos nesta Lei Orgânica, será admiti-
da e estimulada a colaboração popular em todos os campos de atuação do poder público.

Parágrafo único. O disposto neste título tem fundamento nos artigos 5º; 29, XII e XIII; 174, § 2º e 194,
VII, dentre outros, da Constituição Federal.
CAPÍTULO II
DAS ASSOCIAÇÕES

A r t . 2 2 6 . A população do Município poderá organizar-se em associações, observadas as disposi-


ções das Constituições Federal e do Estado, desta Lei Orgânica, da legislação aplicável e de estatuto
próprio, o qual além de fixar o objetivo de atividade associativa, estabelecerá, entre outras vedações:

a) atividades político-partidárias;

b) participação de pessoas residentes ou domiciliadas fora do Município ou ocupantes de cargo de


confiança da administração municipal;

c) discriminação a qualquer título.

§ 1º Nos termos deste artigo, poderão ser criadas associações com os seguintes objetivos, dentre
outros:

I – proteção e assistência à criança, aos adolescentes, aos desempregados, aos portadores de neces-
sidades especiais, aos pobres, aos idosos, à mulher, à gestante, aos doentes e ao presidiário;

II – representação dos interesses de moradores de bairros e distritos, de consumidores, de donas-de-


-casa, de pais e alunos, de professores e de contribuintes;

III – colaboração com a educação e a saúde;

IV – proteção e conservação da natureza e do meio ambiente;

V – promoção e desenvolvimento da cultura, das artes e do esporte e do lazer.

§ 2º O poder público incentivará a organização de associações com objetivos diversos dos previstos
no parágrafo anterior sempre que o interesse social e o da administração convergirem para a colabora-
ção comunitária e a participação popular na formulação e execução de políticas públicas.

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CAPÍTULO III
DAS COOPERATIVAS

A r t . 2 2 7 . Respeitado o disposto na Constituição Federal e do Estado, nesta Lei Orgânica e na


legislação aplicável, poderão ser criadas cooperativas para o fomento de atividades nos seguintes seto-
res:

I – agricultura e pecuária;

II – construção de moradias;

III – abastecimento urbano e rural;

IV – crédito;

V – assistência judiciária.

Parágrafo único. Aplica-se às cooperativas, no que couber, o previsto no § 2º do artigo anterior.

A r t . 2 2 8 . O governo municipal incentivará a colaboração popular para a organização de mutirões


de colheita, de roçado, de plantio, de construção e outros, quando assim o recomendar o interesse da
comunidade diretamente beneficiada.

Parágrafo único. O poder público estabelecerá programas especiais de apoio à iniciativa popular que
objetive implementar a organização da comunidade local de acordo com as normas deste Título.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS

A r t . 2 2 9 . A Lei municipal disporá sobre a adaptação das vias, ruas, logradouros, logradouros pú-
blicos, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de
garantir acesso adequado às pessoas portadoras de necessidade especiais, conforme disposto no art.
244, da Constituição Federal.

A r t . 2 3 0 . É vedada:

I – a alteração de nomes de próprios municipais, logradouros e vias públicas que contenham nome de
pessoa, fatos históricos ou geográficos, salvo para correção ou adequação aos termos da lei;

II – a inscrição de símbolo ou nome de autoridade ou administrador em placas indicadoras de obras ou


em veículos de propriedade ou a serviço da administração direta ou indireta;

III – a atribuição de nome de pessoa viva a bem público de qualquer natureza, pertencente ao Municí-
pio;

IV – no território municipal, a produção e a distribuição de aerossóis que contenham clorofluorcarbo-


no.

Art. 230-A. A proposta de Lei que vise a mudança de nomenclatura ou denominação de próprios muni-
cipais, logradouros e vias públicas, deverá estar acompanhada de: (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica
Municipal nº 03, de 28 de dezembro de 2012)

I – prévia consulta aos moradores do referido logradouro; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Muni-
cipal nº 03, de 28 de dezembro de 2012)

II – audiência pública com a participação de no mínimo 75% dos moradores da via pública em ques-
tão; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 03, de 28 de dezembro de 2012)

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III – abaixo-assinado firmado por, pelo menos, 80% (oitenta por cento), dos moradores da via a ser
renomeada, acompanhado de cópia da guia de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) ou outro com-
provante de residência dos subscritores; (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 03, de 28 de
dezembro de 2012)

IV – declaração de Vereador ou do Prefeito, conforme a autoria respectiva, de que o número de assi-


naturas corresponde ao percentual exigido no inciso anterior. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Muni-
cipal nº 03, de 28 de dezembro de 2012)

§ 1º As exigências do art. 230-A, não se aplicam nos casos de substituição em razão de infração a
esta Lei, ou de mudança de nome provisório. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 03, de
28 de dezembro de 2012)

§ 2º Deverão ser escolhidos para os próprios públicos nomes com possibilidade efetiva de acolhimen-
to, de fácil pronúncia e de utilização pela comunidade, evitando-se mudanças constantes dos mesmos.
(Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 03, de 28 de dezembro de 2012)

§ 3º O emplacamento das vias públicas deverá observar os preceitos da Lei Municipal nº 3.798/2011,
de 05 de julho de 2011. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 03, de 28 de dezembro de
2012)

A r t . 2 3 1 . O Município estimulará e apoiará o desenvolvimento de programas voltados para o escla-


recimento, prevenção e tratamento dos malefícios provocados por substâncias capazes de gerar depen-
dências no organismo humano.

A r t . 2 3 2 . O não cumprimento desta Lei Orgânica, por parte dos Poderes Executivo e Legislativo,
importará crime de responsabilidade.

A r t . 2 3 3 . Esta Lei Orgânica entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial do Municí-
pio.

Ponta Porã – MS, 4 de dezembro de 2008.


ATOS DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

A r t . 1 º O Poder Executivo viabilizará diligências junto ao Ministério do Exército, quando da aprova-


ção do Plano Diretor, disposto no art. 182 e parágrafos da Constituição Federal, para a construção de via
pública de acesso entre os bairros Santa Isabel e Jardim Aeroporto, pela área pertencente ao 11º Regi-
mento de Cavalaria Mecanizado (11º RCMEC).

A r t . 2 º Fica estabelecido o prazo até 31 de dezembro de 2009 para a elaboração, a regulamentação


e implantação, por parte do Poder Executivo, do Código de Postura Rural.

A r t . 3 º O Município editará, até 31 de dezembro de 2009, lei de Defesa do Meio Ambiente, que esta-
belecerá critérios de proteção ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico, com previsão de infrações
e respectivas sanções.

A r t . 4 º Fica estabelecido o prazo até 31 de dezembro de 2009 para a elaboração, a regulamentação


e implantação do Código Sanitário Municipal.

A r t . 5 º Fica estabelecido o prazo até 31 de dezembro de 2009 para a criação, a regulamentação e


implantação do Conselho Municipal de Desporto.

A r t . 6 º Fica estabelecido o prazo até 31 de dezembro de 2009 para a regulamentação e implantação

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da Procuradoria Geral do Município.

A r t . 7 º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a declaração de nulidade ou anulação dos
atos lesivos ao Patrimônio Municipal.

A r t . 8 º Os cemitérios no Município terão sempre caráter secular, e serão administrados pela autori-
dade Municipal, sendo permitido a todas as confissões religiosas praticar neles os seus ritos.

Parágrafo único. As associações religiosas e os particulares poderão, na forma da lei, manter cemité-
rios próprios, com fiscalização do Município.

A r t . 9 º Fica estabelecido o prazo até 31 de dezembro de 2009 para a criação, a regulamentação e


implantação de lei complementar que disponha sobre o tratamento de sistema de depuração das águas
servidas, antes de atingirem os mananciais.

A r t . 1 0 . Fica estabelecido o prazo até 31 de dezembro de 2009 para a elaboração, a criação, regu-
lamentação e implantação do plano de desenvolvimento integrado rural, contido em capítulo especial do
plano diretor, sendo sua elaboração baseada no zoneamento agroecológico e nas sugestões dos conse-
lhos e entidades ligados ao setor agropecuário.

A r t . 1 1 . Fica estabelecido o prazo até 31 de dezembro de 2009 para a regulamentação e implanta-


ção de concorrência pública, para as concessões de novas linhas de exploração do serviço de transporte
urbano na sede do Município e nos distritos.

A r t . 1 2 . Fica estabelecido o prazo até 31 de dezembro de 2009 para a elaboração, a regulamen-


tação e implantação do valor da abrangência e da vigência da taxa de prevenção e extinção de incên-
dios.

A r t . 1 3 . Fica estabelecido o prazo até 31 de dezembro de 2009 para a elaboração, a regulamen-


tação e implantação através de lei complementar, das disposições sobre o registro e fiscalização das
empresas e empreendimentos que estejam diretamente ligados com a comercialização, uso, transporte e
armazenamento de produtos agrotóxicos.

A r t . 1 4 . Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e adicionais, bem como os proventos de


aposentadoria que estejam sendo percebidos em desacordo com as Constituições Federal e Estadual e
com esta Lei Orgânica serão imediatamente reduzidos aos limites delas decorrentes, não se admitindo,
neste caso, invocação de direito adquirido, ou percepção em excesso a qualquer título.

A r t . 1 5 . O Município, no prazo máximo de dois anos a partir da promulgação desta lei, adotará as
medidas administrativas necessárias à identificação e delimitação de seus imóveis, inclusive na área
rural, participando do processo a comissão permanente da Câmara Municipal.

A r t . 1 6 . Caso a despesa de pessoal venha a exceder o limite previsto na Constituição Federal,


o Município deverá retornar àquele limite, reduzindo o percentual excedente à razão de um quinto por
ano.

A r t . 1 7 . Os serviços públicos que vêm sendo prestados por delegação continuarão regidos pelos
respectivos atos de concessão ou permissão, pelo prazo nestes estabelecidos ou até que ocorra causa
que autorize a sua rescisão ou revogação.

Parágrafo único. Vencido o prazo do ato de delegação sem que o Poder Executivo tenha promovido
nova concorrência ou licitação, o concessionário ou permissionário continuará prestando serviço público
a título precário, até que se promova concorrência ou licitação, na forma da lei.

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Art. 18 . O Município promoverá edição popular do texto da Lei Orgânica, com distribuição gratuita as
escolas municipais, bibliotecas, universidades, demais órgãos e entidades públicas, sindicatos, associa-
ções e outras instituições, bem como sua disponibilização por meios eletrônicos.

Art. 19 . Fica estabelecido o prazo até 31 de dezembro de 2009 para a elaboração, a regulamentação
e implantação do Conselho Municipal do Meio Ambiente na forma da lei.

Ponta Porã – MS, 4 de dezembro de 2008.

Lei Complementar n. 221, de 29 de julho de 2022, (PPCR da Administração) e suas alte-


rações

LEI COMPLEMENTAR Nº. 221, DE 29 DE JULHO DE 2022.


“Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores efetivos do Município de
Ponta Porã e dá outras providências”.

O Prefeito Municipal de Ponta Porã, Estado de Mato Grosso do Sul, no uso das atribuições que lhe
são conferidas por lei, notadamente a Lei Orgânica do Município, faz saber que a Câmara Municipal
aprovou e ele sanciona a seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E REMUNERAÇÃO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores de provimento
efetivo, ocupantes do quadro geral de servidores do Município, que não estiverem abarcados por plano
específico, fundamentado nos seguintes princípios:

I- Racionalização da estrutura dos cargos e carreiras;

II- Legalidade e segurança jurídica;

III- Estímulo ao desenvolvimento profissional e a qualificação funcional;

IV- Reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços prestados, pelo conhecimento
adquirido e pelo desempenho profissional.

Art. 2º. O Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores públicos municipais - PCCR tem
por finalidade, democratizar as oportunidades de crescimento e de desenvolvimento funcional, além de
incentivar a qualificação e reconhecer a eficiência do servidor.
CAPÍTULO II
DOS CONCEITOS BÁSICOS

Art. 3º. São adotados, para fins desta Lei Complementar os seguintes conceitos básicos:

I - Cargo Efetivo: cargo ocupado por servidor com vínculo permanente com o Município de Ponta Porã
em decorrência de aprovação em concurso público cujos direitos, deveres e responsabilidades são pre-
vistos na legislação instituidora do regime jurídico estatuário;

II - Função: ocupação, ofício ou profissão, com complexidade de tarefas, responsabilidades e atribui-


ções inerentes ao cargo público;

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III - Cargo: conjunto de deveres, responsabilidades e atribuições cometidas ao servidor submetido ao
regime jurídico estatutário com provimento estabelecido por Lei;

IV - Nível: escala hierárquica vertical identificada por algarismos romanos que define os valores dos
vencimentos dos cargos que compõe carreira do Plano, segundo padrões estabelecidos nesta Lei;

V - Desenvolvimento Funcional: representa as possibilidades de crescimento na estrutura de carreira,


por intermédio da progressão horizontal e promoção vertical;

VI- Classe: escala hierárquica horizontal que indica os valores dos vencimentos do cargo segundo o
tempo de serviço na carreira e identificada por letras maiúsculas do alfabeto;

VII - Função de Confiança: é o conjunto de atribuições e responsabilidades com denominação própria,


conferidas a servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo, para o exercício de cargos de super-
visão e chefia ou assistência intermediária, mediante livre designação do Chefe do Poder Executivo;

VIII - Cargo em Comissão: cargo submetido ao regime estatutário cujas atribuições e responsabilida-
des são relativas ao exercício de atribuições de direção, gerência e assessoramento de órgãos ou unida-
des organizacionais da Administração Municipal;

IX - Tabela de Vencimentos: conjunto dos padrões salariais, hierarquicamente organizados para identi-
ficação dos valores dos vencimentos básicos dos cargos de carreira, previstos nesta Lei;

X – Vencimento Base: retribuição pecuniária mensal devida ao servidor pelo exercício do cargo ou
função, conforme valor, símbolo e padrão fixados nesta Lei;

XI - Remuneração: total da retribuição pecuniária mensal recebida pelo servidor e correspondente ao


somatório do vencimento base do cargo e as vantagens pecuniárias de caráter permanente ou tempo-
rário, pessoal, funcional, indenizatória ou acessória, pagas em conformidade com as Leis e regulamen-
tos;

XII - Adicional: vantagem pecuniária que retribui situações pessoais, desempenho de funções espe-
ciais, tempo de serviço, em caráter definitivo, enquanto o servidor permanecer no cargo ou função que
lhe der origem ou persistirem as condições de sua concessão;

XIII - Gratificação: vantagem pecuniária que remunera o exercício de cargo ou função em situações
relacionadas ao local, condições anormais de trabalho e concedida em razão da situação excepcional em
que um serviço é executado ou prestado;

XIV - Vantagem de caráter pessoal: direito financeiro deferido ao servidor individualmente, em virtude
do atendimento de condições ou pré-requisitos pessoais;

XV - Vantagem de caráter funcional: retribuição financeira deferida ao servidor pelo exercício de deter-
minadas funções, responsabilidade ou pela execução de determinado trabalho em exposição a condições
ambientais que imponha desgastes físicos ou de saúde.

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CAPÍTULO III
DOS CARGOS EFETIVOS

Art. 4º. O Quadro de Pessoal do Município de Ponta Porã, MS, será formado pelos cargos de provi-
mento efetivo, discriminados no anexo desta Lei, subdivididos nos seguintes Grupos Profissionais:

I. Grupo Profissional de Cargos de Nível Fundamental;

II. Grupo Profissional de Cargos de Nível Médio;

III. Grupo Profissional de Cargos de Nível Médio Técnico;

IV. Grupo Profissional de Cargos de Nível Superior.

Parágrafo único. Os cargos agrupados conforme habilitação profissional, graduação de escolaridade,


carga horária, quantidade de vagas e requisitos para a sua investidura serão identificados no Anexo I
desta Lei Complementar.

Art. 5º. Cada cargo corresponde a uma atividade profissional, ocupação, ofício ou profissão, com tare-
fas e responsabilidades que serão atribuídos ao servidor pelo Chefe do Poder Executivo no ato de provi-
mento inicial no cargo.

Parágrafo único. O ato de provimento nos cargos efetivos integrantes desta Lei Complementar discri-
minará o cargo a ser ocupado, a função a ser exercida, o nível, a classe correspondente e a carga horá-
ria.

Art. 6º. São requisitos para o provimento nos cargos e exercícios das funções que integram o presente
PCCR:

I. Curso de graduação em nível superior e habilitação legal específica, quando for o caso, conforme
definido previsto no Anexo I desta Lei Complementar e definidos no Edital de concurso, para os cargos
de nível superior;

II. Certificado de conclusão de ensino médio, técnico ou equivalente e habilitação legal específica,
quando for o caso, conforme previsto no Anexo I desta Lei Complementar e definidos no Edital de con-
curso;

III. Certificado de conclusão do ensino fundamental ou equivalente para os cargos de nível fundamen-
tal.

§ 1º. O ingresso nos cargos integrantes deste PCCR far-se-á mediante prévia aprovação em concurso
público de provas ou de provas e títulos na primeira classe e nível de vencimento do respectivo cargo.

§ 2º. O concurso referido no §1º deste artigo poderá ser realizado em 01 (uma) ou mais fases, incluin-
do prova prática e prova psicológica, quando julgar pertinente, observada legislação em vigor.

§ 3º. O edital de concurso público poderá exigir outros requisitos relacionados à habilitação ou habili-
dades para a seleção dos candidatos ao provimento e exercício dos cargos.

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CAPÍTULO IV
DOS CARGOS EM COMISSÃO

Art. 7º. Os cargos que compõe o Grupo ocupacional de Direção, Gerência e Assessoramento agru-
pam-se pela natureza de suas atribuições e classificam-se, segundo o grau de responsabilidade, o poder
decisório, a posição hierárquica e a complexidade das atribuições.

§1º. Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração do Chefe do Poder Executivo.

§2º. Os cargos em comissão são destinados aos habilitados em curso de nível superior ou que tenham
notórios conhecimentos técnicos para seu exercício, devidamente comprovados,

§3º. O ocupante de cargo em comissão submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, poden-
do ser convocado sempre que houver interesse da Administração Municipal.

§4º. São privativos dos servidores efetivos 20% (vinte por cento) dos cargos em comissão da Prefeitu-
ra Municipal.

Art. 8º. O servidor público nomeado/designado para ocupar cargo em comissão poderá optar pela
percepção do vencimento do respectivo cargo em comissão, acrescido das vantagens de caráter pessoal
do seu cargo de origem, ou pelo vencimento e vantagens pessoais do seu cargo de carreira ou de ori-
gem.
CAPÍTULO V
DAS FUNÇÕES DE CONFIANÇA

Art. 9º. As funções de confiança representam o exercício por servidor ocupante de cargo de carreira,
em extensão às tarefas próprias de sua função, de atribuições de chefia e supervisão.

Art. 10. A função de confiança será concedida ou revogada por ato do Chefe do Poder Executivo.

§1º. A função de confiança constitui ampliação temporária das atribuições do cargo e será ocupada
privativamente por servidor efetivo que atenda os requisitos previstos no ato de sua instituição, devendo
o ato de concessão especificar as atribuições a serem desenvolvidas e o local de lotação.

§2º. O ocupante de função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, po-
dendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração Municipal.
CAPÍTULO VI
DO INGRESSO NO QUADRO PERMANENTE

Art. 11. Os cargos do Quadro Permanente são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em Lei, assim como aos estrangeiros regulares, na forma da Lei.

§1º. A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em Lei.

§2º. O concurso público terá por objetivo recrutar e selecionar candidatos para ocupar os cargos efeti-
vos e o exercício das funções que os compõem e terá como meta o provimento das vagas de acordo com
as áreas de atuação e especialização das funções.

§3º. As vagas oferecidas no concurso público serão identificadas, nominais e quantitativamente, por
cargo, função e, quando for o caso, por habilitação profissional e terão o provimento efetivado na posição
inicial do cargo.

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Art. 12. Serão reservadas nos concursos públicos, no mínimo, 5% (cinco por cento) das vagas ofereci-
das às pessoas com deficiência física, que serão empossados se atenderem aos requisitos exigidos para
exercício da função e ficar comprovada a compatibilidade das atribuições da função com a deficiência
que possuem.

Art. 13. O candidato nomeado será empossado após aceitar, formalmente, a função, as atribuições, a
carga horária prevista para o cargo, os deveres e as responsabilidades, mediante o compromisso de bem
desempenhá-lo, em observância às Leis, normas e regulamentos.

Parágrafo único. O efetivo exercício do servidor será contado a partir da data de início do desempenho
no cargo e função, após sua lotação em órgão ou entidade da Administração.
SEÇÃO I
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 14. O servidor nomeado em virtude de aprovação em concurso público permanecerá em estágio
probatório durante 36 (trinta e seis) meses, período em que será avaliado, por comissão designada para
esse fim, quanto a sua aptidão e capacidade para o desempenho do cargo público e respectivas atribui-
ções de função.

Art. 15. A avaliação do servidor durante o estágio probatório será realizada a cada 12 (doze) meses,
com base nos seguintes fatores:

I - idoneidade moral;

II - responsabilidade e iniciativa;

III - assiduidade, pontualidade e disciplina;

IV - aptidão e capacitação para o exercício do cargo ou função;

V - eficiência e produtividade.

§1º. A verificação do cumprimento dos requisitos previstos no artigo anterior será realizada segundo
normas expedidas pela Secretaria Municipal de Administração, definidas em comissão paritária, com no
mínimo 03 (três) representantes dos servidores efetivos e concluída no período determinado pela legisla-
ção vigente.

§2º. A ocorrência de 03 (três) ou mais faltas imotivadas no período de avaliação do estágio probató-
rio e o afastamento para tratamento de saúde por moléstia pré-existente, se ficar comprovada a má-fé,
implicará na perda, respectivamente, de toda a pontuação dos fatores indicados nos incisos III e V deste
artigo.

Art. 16. O estágio probatório será cumprido, obrigatoriamente, no exercício das atribuições próprias do
cargo para a qual tenha sido o servidor nomeado, vedado o afastamento nesse período, ressalvados os
casos de:

I - licença maternidade, à gestante ou adotante;

II - licença paternidade;

III - ausências ao serviço por motivo de doação de sangue, alistamento eleitoral, casamento ou luto;

IV - férias;

V - para servir ao Tribunal do Júri, durante o período em que estiver servindo;

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VI - licenças para tratamento da própria saúde;

VII- licença para concorrer a mandato eletivo, pelo período determinado pela Justiça Eleitoral.

§1°. Os períodos de afastamento referidos nos incisos deste artigo serão computados a cada período
da avaliação.

§2º. O servidor em estágio probatório poderá ocupar cargo em comissão ou função de confiança, con-
forme esta Lei Complementar, caso em que o estágio probatório ficará suspenso.

Art. 17. Será considerado estável no serviço público municipal, o servidor que após o período determi-
nado pelo artigo 14 desta Lei, satisfazer os requisitos do estágio probatório.

§1º. O servidor em estágio probatório, se comprovado por meio das avaliações periódicas o não aten-
dimento dos requisitos referentes aos fatores discriminados nesta Seção, deverá ser reconduzido ao seu
cargo de origem, se estável na administração municipal, ou exonerado do cargo.

§2º. Será dada ciência aos servidores, obrigatoriamente, de todas as avaliações periódicas, para fins
do exercício do contraditório e ampla defesa, bem como interposição de recurso contra os seus resulta-
dos.

§3º. A declaração da estabilidade no serviço público municipal será homologada através de ato do
Chefe do Executivo, mediante apresentação de todas as avaliações periódicas.

§4º. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade
remunerada até o seu adequado aproveitamento em outro cargo.
TÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO FUNCIONAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
SEÇÃO I
DAS MODALIDADES

Art. 18. O desenvolvimento funcional terá por objetivo proporcionar aos servidores municipais opor-
tunidades de crescimento profissional e funcional no cargo ou na carreira para realização pessoal, de
acordo com as seguintes modalidades:

I - Progressão horizontal – movimentação do servidor de uma classe para outra imediatamente seguin-
te, dentro do respectivo cargo, mediante transcurso do lapso temporal;

II - Promoção vertical – é a passagem de um nível de habilitação para outro superior, na mesma clas-
se, mediante titulação.

Parágrafo único. O servidor concorrerá à promoção e à progressão somente depois de declarada a


sua estabilidade, após aprovação em estágio probatório, contando o tempo de serviço desse período
para os benefícios financeiros e/ou funcionais da carreira.

Art. 19. A promoção e a progressão não interrompem nem suspendem o tempo de efetivo exercício no
serviço público, que continua a ser contado com o novo posicionamento na carreira.

Art. 20. O servidor promovido reiniciará a contagem de tempo na referência superior para efeito de
nova promoção ou progressão.

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Art. 21. Fica criada a Comissão de Promoção dos servidores efetivos da Secretaria Municipal de Admi-
nistração, composta por 3 (três) membros, nomeados pelo Chefe do Poder Executivo, mediante portaria,
pelo período de 1 (um) ano, assim composta:

I – 1 (um) servidor efetivo estável do Departamento de Recursos Humanos da Secretaria Municipal de


Administração;

II – 1 (um) servidor efetivo estável da Secretaria Municipal de Administração;

III – 1 (um) assessor jurídico da Secretaria Municipal de Administração.


SEÇÃO II
DA PROGRESSÃO HORIZONTAL

Art. 22. A Progressão Horizontal será processada pelo critério de antiguidade, constituindo-se em mo-
vimentação do servidor à classe imediatamente seguinte à ocupada, a cada 3 (três) anos, independente
de vagas para movimentação.

§1º. A progressão horizontal ocorrerá automaticamente no mês subsequente àquele em que o servidor
completou o interstício necessário a sua mudança de classe.

§2º. A confirmação de atendimento do requisito de tempo de serviço exigido para concorrer à progres-
são horizontal exclui da contagem, os afastamentos, cedências e licenças superiores a 30 (trinta dias) e
ocorridos durante o período de apuração desse interstício, e o tempo de efetivo exercício em outro cargo
público da Administração Pública Direta ou Indireta, nas esferas Federal, Estadual e Municipal.

§3°. As licenças ou afastamentos citados no §2°, somente serão computadas para cálculo de progres-
são horizontal, se consideradas como de efetivo exercício.

§4º. Para cada classe subsequente, haverá um acréscimo salarial, junto ao vencimento base do servi-
dor, no percentual de 5% (cinco por cento) sobre o valor anterior.

Art. 23. Não concorrerá a progressão horizontal o servidor que registrar uma ou mais de uma das se-
guintes situações:

I – tiver mudado de cargo no período;

II – estiver cumprindo pena privativa de liberdade;

III – estiver em gozo de licença para trato de interesse particular;

IV – tiver registro de suspensão;

V – estiver em licença para mandato classista;

VI – estiver em mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual;

VII – estiver em mandato de Prefeito e Vice-Prefeito;

VIII– estiver em mandato de Vereador, quando não existir compatibilidade de horário entre o seu exer-
cício e o cargo público;

IX – tiver registro de afastamento ou cedência para outro órgão ou entidade não integrante da estrutu-
ra da Administração Municipal, por mais de 90 (noventa) dias.

Parágrafo único. O servidor terá assegurada a contagem do tempo de serviço para a progressão ho-
rizontal, a partir da data de ocorrência da sua última movimentação no cargo anterior à transformação,
conforme Anexo V.

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Art. 24. Caso o servidor não cumpra todos os requisitos necessários para a concessão de sua pro-
gressão horizontal, permanecerá na referência em que se encontra, até que cumpra os requisitos exigi-
dos na presente Lei.
SEÇÃO III
DA PROMOÇÃO VERTICAL

Art. 25. A Promoção Vertical é o desenvolvimento na carreira passando o servidor a nível superior ao
que ele se encontra, mediante titulação e independente do número de vagas.

Parágrafo único. O servidor promovido a outro nível será enquadrado no mesmo grau de progressão
horizontal que se encontrava antes da promoção.

Art. 26. A Promoção Vertical é ato de competência do Chefe do Poder Executivo e será concedida
mediante requerimento do servidor devidamente instruído com prova de formação ou titulação própria do
nível a que pretende ser elevado.

§1º. Os pedidos de Promoção Vertical deverão ser protocolizados pelo servidor, mediante a apresen-
tação dos documentos necessários, junto a Secretária Municipal de Administração, no mês de abril, para
serem analisados pela Comissão de Promoção.

§2º. A Comissão de Promoção terá 90 (noventa) dias para analisar os requerimentos protocolados,
deferindo ou indeferindo, e encaminhará o processo administrativo de promoção para o setor de Recur-
sos Humanos do Município de Ponta Porã, que providenciará a elaboração de Portaria para assinatura
do Chefe do Poder Executivo e posterior publicação.

§3º. A Promoção Vertical será realizada uma vez por ano, no mês de Agosto.

Art. 27. Para a concessão da Promoção Vertical deverão ser observados os seguintes requisitos obri-
gatórios e cumulativos:

I – Somente será concedido se comprovado a realização de cursos em instituições autorizadas ou


reconhecidos pelo MEC – Ministério da Educação, com relação direta, com o cargo de concurso do servi-
dor efetivo.

II – Entre uma promoção e outra deverá ser observado o interstício mínimo de 2 (dois) anos, respei-
tando a sequência dos níveis de promoção, conforme Anexo III desta Lei Complementar.

III – O servidor deve estar em exercício das atribuições do cargo efetivo, comissão ou função de con-
fiança, caso tenha sido nomeado ou designado.

IV- Não ter advertências ou quaisquer penas disciplinares presentes no Regime Jurídico nos últimos
02 (dois) anos e ter atingido no mínimo o conceito “Bom” na última avaliação de desempenho.

Parágrafo único. O servidor efetivo do Município que atualmente possui habilitação superior à exigida
para o cargo efetivo que ocupa, deverá protocolizar os requerimentos de Promoção Vertical após o in-
terstício de 2 (dois) anos, contados a partir da publicação desta Lei Complementar e sempre respeitando
o disposto no inciso II.

Art. 28. Para cada nível subsequente, dentro de um mesmo grupo, haverá um acréscimo salarial, junto
ao vencimento base do servidor, no percentual de 10% (dez por cento), sobre o valor anterior.

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CAPÍTULO II
DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Art. 29. A avaliação de desempenho terá por objetivo aferir o rendimento e o desenvolvimento do ser-
vidor no exercício da função e será processada com base nos seguintes fatores:

I - assiduidade e pontualidade;

II - disciplina e zelo funcional;

III - iniciativa e presteza;

IV - qualidade de trabalho;

V - produtividade no trabalho;

VI - chefia e liderança; e

VII - aproveitamento em programas de capacitação.

Art. 30. O sistema de avaliação de desempenho deverá considerar as condições e os requisitos relati-
vos à habilitação profissional, capacitação obtida em cursos de formação ou especialização, o exercício
de função de confiança e ou cargo em comissão e a participação em conselho, comissões ou grupos de
trabalho ou assemelhados.

§1°. Serão tomadas em consideração, ainda, a natureza das atribuições desempenhadas pelo servidor
e as condições em que estas são exercidas, segundo as regras e critérios estabelecidos no regulamento
específico aprovado pelo Chefe do Executivo.

§2°. O sistema de avaliação deverá observar a destinação de no mínimo 60% (sessenta por cento)
dos seus pontos para os critérios referidos nos incisos do artigo 29.

Art. 31. Para fins de demissão por insuficiência de desempenho ou exoneração, fica instituída a se-
guinte escala de conceitos e pontuação, considerando a pontuação final obtida na avaliação anual:

I – ótimo, mais de 80% (oitenta por cento) dos pontos;

II – bom, mais de 60% (sessenta) e até 80% (oitenta por cento) dos pontos;

III – regular, mais de 50% (cinquenta) e até 60% (sessenta por cento) dos pontos;

IV – insatisfatório, até 50% (cinquenta por cento) dos pontos.

Art. 32. A avaliação de desempenho do servidor será realizada a cada 12 (doze) meses, com base nos
fatores destacados nos incisos do artigo art. 29 desta Lei.

Art. 33. A avaliação de desempenho do servidor será realizada pela chefia imediata deste.

Art. 34. Os resultados das avaliações de desempenho serão consolidados por uma Comissão de Ava-
liação de Desempenho, integrada por um representante dos interesses dos servidores municipais e 02
(dois) membros ocupantes de cargo de carreira.

§1°. A Comissão de Avaliação ficará vinculada à Secretaria Municipal de Administração, e as designa-


ções dos seus membros e as substituições em caso de vaga serão realizadas por meio de portaria ema-
nada pelo Chefe do Executivo, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

§2º. As atribuições complementares e normas gerais da ação da Comissão de Avaliação de Desempe-


nho serão objetos de Resolução do Secretário Municipal de Administração.

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§3º. É vedado ao membro da Comissão de Avaliação de Desempenho participar de reunião em que for
julgado assunto de seu interesse ou de parentes consanguíneos ou afins, na linha reta ou colateral, até
3º grau.

§4º. Cabe à Comissão assegurar que o servidor tenha ciência do resultado de todas as avaliações
anuais, para exercício do contraditório e da ampla defesa.

§5º. Os recursos contra a avaliação de desempenho serão apresentados pelo servidor e serão apre-
ciados e julgados pela Comissão de Avaliação de Desempenho.

Art. 35. O servidor em estágio probatório, será exonerado se obtiver 2 (dois) conceitos “insatisfatório”,
na avaliação de desempenho, consecutivos ou não, e se estável, será reconduzido ao cargo anterior.

Art. 36. O servidor estável que obtiver nas avaliações de desempenho, o conceito “insatisfatório”, ao
final de 3 (três) avaliações, consecutivas ou não, será exonerado, mediante Processo Administrativo Dis-
ciplinar.
TÍTULO III
DO SISTEMA DE REMUNERAÇÃO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 37. A remuneração do ocupante de cargo do Quadro Geral do Poder Executivo corresponde ao
vencimento base relativo ao nível e a classe em que se encontre, acrescido das vantagens pecuniárias a
que fizer jus, conforme estabelecido nesta Lei.

Art. 38. O Sistema de Remuneração do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores
quadro geral do Município de Ponta Porã é constituído das regras de fixação dos vencimentos e de con-
cessão de vantagens financeiras, identificadas como adicionais, auxílios, gratificações, em conformidade
com o Estatuto dos Servidores Públicos do Município.

Art. 39. Os vencimentos dos cargos de provimento efetivo constam no Anexo III desta Lei Complemen-
tar.

Art. 40. Não poderá ser paga a servidor ativo e inativo do quadro geral Poder Executivo a remunera-
ção superior à fixada para o Chefe do Poder Executivo, nem menor que o salário mínimo nacional vigen-
te.

§1º. São excluídos dos limites fixados nesse artigo as indenizações, os auxílios financeiros, a gratifica-
ção natalina, o adicional de férias, a gratificação por serviço extraordinário e outras vantagens de nature-
za exclusivamente indenizatória.

§2º. Quando a remuneração do servidor, incluídas as parcelas remuneratórias referidas no §1º, for in-
ferior a um salário mínimo nacional, será assegurado ao servidor uma parcela complementar para atingir
esse valor.

Art. 41. É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para efeito de remuneração do pessoal
do Município, ressalvados os casos de isonomia demonstrada com base na avaliação do cargo e função,
nos termos do §1º do artigo 39 da Constituição Federal.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à fixação da remuneração dos servidores con-
tratados por prazo determinado para funções eventuais ou temporárias, com fundamento no inciso IX do
artigo 37 da Constituição Federal.

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Art. 42. Caberá ao Chefe do Poder Executivo fixar as bases e condições para concessão e pagamento
de vantagens instituídas nesta Lei Complementar aos servidores pertencentes ao Quadro Geral do Poder
Executivo e de servidores colocados à sua disposição.

Art. 43. As percepções de vantagens pelos servidores da Administração Municipal não serão computa-
das nem acumuladas para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
SEÇÃO I
DAS VANTAGENS

Art. 44. Para efeito da presente Lei, as vantagens pecuniárias são identificadas como adicionais, auxí-
lios e gratificações incidentes sobre o vencimento base do servidor, podendo ser permanentes ou even-
tuais.

Parágrafo único. As vantagens pecuniárias serão devidas, concedidas ou atribuídas em razão da na-
tureza ou exercício do cargo ou função, da situação pessoal do servidor, ou das condições ou do local e
em que o trabalho é executado.

Art. 45. O pagamento das vantagens pecuniárias identificadas como adicionais ou gratificações terão
caráter permanente ou eventual, conforme estabelecido nesta Lei Complementar e no regulamento espe-
cífico.
SEÇÃO II
DOS ADICIONAIS

Art. 46. Os adicionais são vantagens pecuniárias concedidas ao servidor em razão do desempenho do
cargo ou função de forma ou condições peculiares, pela decorrência de determinada condição ou qualifi-
cação pessoal, sendo identificados como:

I - Adicional de férias: destina-se a gratificar o servidor por ocasião do gozo das férias anuais, calcula-
da à razão de 1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, incidente, quando for o caso, sobre o
valor recebido se no exercício de cargo em comissão ou em função de confiança estiver;

II - Adicional por tempo de serviço: é devido a razão de 5% (cinco por cento) a cada cinco anos de
serviço público prestado pelo servidor ocupante de cargo efetivo, incidente sobre o seu vencimento base,
ainda que investido, o mesmo servidor, em função de confiança ou em cargo em comissão, observando o
limite de 35% (trinta e cinco por cento) daquele valor.

Parágrafo único. O servidor fará jus ao adicional a partir do mês subsequente em que completar o
quinquênio de efetivo exercício no cargo e será pago independentemente de requerimento do servidor.
SEÇÃO III
DAS GRATIFICAÇÕES

Art. 47. As gratificações são vantagens pecuniárias concedidas em caráter transitório e temporário, em
razão da prestação de serviços em condições especiais, assim identificadas:

I – pelo exercício de função de confiança: atribuída ao servidor efetivo designado para seu exercício
pelo Chefe do Poder Executivo, conforme percentuais e condições básicas fixados nesta Lei;

II – de periculosidade: para compensar o trabalho que imponha ao servidor, exposição permanente a


riscos de vida, em razão das condições e métodos de trabalho classificado como perigosos, apurados por
laudos técnicos, em valor equivalente a 30% (trinta por cento) calculado sobre o vencimento base;

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III – de insalubridade: para indenizar o risco imposto ao servidor pelo trabalho em condições que o
exponha a agentes nocivos à saúde, considerando a natureza e intensidade do agente e o tempo de ex-
posição aos seus efeitos apurados por laudos técnicos, em valor equivalente a 10% (dez por cento), 20%
(vinte por cento) ou 40% (quarenta por cento), calculado sobre o vencimento base;

IV – pela prestação de serviço extraordinário: para compensar o servidor pelo trabalho realizado em
horas excedentes ao expediente diário normal, expressamente autorizadas pelo Secretário da pasta,
limitada a duas horas por dia, sendo cada hora remunerada a razão de 50% (cinquenta por cento) de
acréscimo à hora normal ou 100% (cem por cento), se o trabalho for prestado em dias que não tenha
expediente normal da Município de Ponta Porã;

V - natalina: destina-se a bonificar o servidor no mês de dezembro, no valor correspondente a 1/12


(um doze avos) da remuneração a que fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício, no respectivo
ano;

§1°. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

§2°. O valor correspondente ao décimo terceiro salário poderá ser pago em 02 (duas) parcelas, con-
forme requerimento do servidor e disponibilidade financeira do Município, sendo a primeira paga no mês
de junho e a segunda no mês de dezembro.

§3º. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exer-
cício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.

VI - pelo trabalho em período noturno: para compensar o desgaste imposto pelo trabalho prestado, es-
porádica e eventualmente, em horário noturno, compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e
05 (cinco) horas do dia seguinte, a razão de 20% (vinte por cento) de acréscimo sobre o valor das horas
trabalhadas nesse período, considerando-se como hora noturna o período de 52´30” (cinquenta e dois
minutos e trinta segundos);

VII – de produtividade: para incentivar a obtenção de melhores resultados no exercício das atribuições
vinculadas à respectiva função cujo desempenho possa ser mensurado e ou pela participação em pro-
gramas de competência privativa do Município, aferidos conforme resultados da avaliação de qualidade
e quantidade do trabalho produzido, até o limite de 100% (cem por cento) do vencimento base, para os
ocupantes dos cargos de Agente Fiscal Ambiental, Agente Fiscal de Tributos Municipais, Auditor Fiscal
de Tributos Municipais, Agente de Fiscalização de Obras e Posturas e Auditor de Fiscalização de Obras e
Posturas, e servidores que desempenham suas atribuições no Centro e Atendimento ao Cidadão – CAC,
conforme regulamento a ser expedido pelo Chefe do Poder Executivo; (NR)

VIII – por interiorização – concedida ao servidor que desenvolver suas atribuições em localidade dis-
tante do seu órgão de lotação, sendo necessária a pernoite no local, quando dificultado o retorno para a
sua residência devido à distância, até o limite de 50% (cinquenta por cento) do vencimento base, confor-
me critérios estabelecidos em regulamento aprovado pelo Chefe do Poder Executivo.

IX – pelo desempenho da função de Pregoeiro, Presidente da Comissão Permanente de Licitação e


Membro da Equipe de Apoio, nos seguintes percentuais:

a) no percentual de 30% (trinta por cento) para os servidores efetivos designados para o desempenho
da função de Pregoeiro e Presidente da Comissão Permanente de Licitação, calculado sobre o venci-
mento da Classe A, Nível I, da tabela de nível superior, correspondente a 40 horas;

b) no percentual de 20% (vinte por cento) para os servidores efetivos designados para o desempenho

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da função de membro da equipe de apoio ao Pregoeiro ou membro da Comissão Permanente de Licita-
ção, calculado sobre o vencimento da Classe A, Nível I, da tabela de nível superior, correspondente a 40
horas.

§1º. Caso o servidor seja nomeado ou designado simultaneamente como Pregoeiro, Presidente da Co-
missão, membro de equipe de apoio ao Pregoeiro ou membro titular da Comissão Permanente de Licita-
ção, deverá optar sobre qual função pretende receber a gratificação, vedada a percepção cumulativa da
gratificação pela participação em mais de uma comissão ou equipe.

§2º. Não terá direito a percepção desta gratificação, pelo prazo de seu afastamento, o membro titular
que estiver ausente por qualquer motivo, mesmo sendo esse período remunerado, como férias, licenças
e outros, uma vez que o recebimento desta vantagem se vincula à sua efetiva participação na comissão
de licitação.

X – pelo exercício das atribuições do cargo em comissão de Diretor de Projetos Esportivos e Culturais
– o servidor efetivo designado/nomeado para o cargo em comissão de Diretor de projetos Esportivos e
Culturais, que optar pelo seu vencimento base, nos termos do artigo 8º, desta Lei, perceberá gratificação
no percentual de 50% (cinquenta por cento), calculado sobre o seu vencimento base correspondente a
40 (quarenta) horas semanais.

§1º. As gratificações discriminadas neste artigo não têm caráter permanente, podendo seu pagamento
cessar a qualquer momento independentemente de manifestação do servidor, e não se incorporam ao
vencimento para fins de pagamento de qualquer outra vantagem financeira.

§2º. Os critérios, os requisitos e os percentuais para concessão das gratificações serão estabelecidos
em regulamento, observados os limites percentuais discriminados neste artigo, as condições e a área de
atuação, assim como as atribuições inerentes às funções e a natureza de suas atividades.

Art. 48. A gratificação pelo exercício de função de confiança será paga em complementação ao venci-
mento do cargo de carreira e não poderá ser percebida cumulativamente com a gratificação pela presta-
ção de serviços extraordinários e remuneração pelo exercício de cargo em comissão.

Art. 49. A atribuição das gratificações de insalubridade ou de periculosidade será de acordo com a ca-
racterização dos graus de incidência, durante o período de realização do trabalho, indicados em laudo da
perícia médica do trabalho, observadas as regras sobre a matéria aprovadas pelo Ministério do Trabalho
e regulamentado pelo Chefe do Poder Executivo.

Parágrafo único. O grau de incidência resultará de avaliação realizada por especialista de medicina
do trabalho e ou segurança do trabalho, cujo laudo deverá indicar os limites de tolerância aos agentes
agressivos, os meios de proteção e o tempo máximo de exposição do servidor a esses agentes, bem
como classificar os níveis de incidência para fins de pagamento da gratificação de insalubridade.

Art. 50. O pagamento das gratificações de insalubridade e periculosidade cessará com a eliminação
do risco ou da incidência dos agentes que atingem à saúde ou à vida do servidor, ou pelo seu afastamen-
to para outra função ou local que elimine as condições que fundamentaram o pagamento da vantagem,
bem como nos afastamentos do exercício da função.

§1º. O servidor não poderá perceber as gratificações referidas neste artigo cumulativamente, devendo
optar pelo recebimento da vantagem que julgar mais conveniente à sua situação.

§2º. Para cálculo do pagamento de auxílio maternidade será considerada a média das gratificações de
insalubridade ou periculosidade percebidas pelas servidoras, durante os últimos 6 (seis) meses.

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Art. 51. Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e temporá-
rias e sempre por autorização prévia e escrita da autoridade máxima de cada órgão ou entidade.

Parágrafo único. Para cálculo do pagamento de auxílio maternidade será considerada a média das
horas extras executadas pelas servidoras, durante os últimos 6 (seis) meses.

Art. 52. As gratificações previstas no artigo 47 integrarão a base de cálculo dos proventos de aposen-
tadoria desde que sobre elas incidam os descontos previdenciários, nos termos de Lei especifica.

Art. 53. Os ocupantes de cargo em comissão não poderão perceber as gratificações previstas no arti-
go 47, com exceção as dos incisos V e X, desta Lei Complementar.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA SALARIAL

Art. 54. A política salarial para os servidores do quadro geral da Administração Municipal terá como
objetivo a recomposição da remuneração em razão das perdas decorrentes da desvalorização da moe-
da ou a revisão de vencimento fundamentado nos incisos X, XI e XII do artigo 37 e no §1º do artigo 39,
ambos da Constituição Federal.

§1°. A política salarial dos servidores amparados por esta Lei Complementar ficará vinculada à dispo-
nibilidade de recursos financeiros e ao limite de gastos com pessoal definido na Constituição Federal, na
Lei Complementar n° 101/2000 e demais diplomas legais pertinentes.

§2°. Serão computadas, para fins de apuração dos gastos relativamente ao limite referido no parágra-
fo anterior, as parcelas financeiras percebidas pelos servidores referentes ao vencimento e às vantagens
pecuniárias bem como o valor dos encargos sociais.

Art. 55. A concessão de vantagens pecuniárias, o aumento de remuneração, a criação de cargos ou


suas alterações e a admissão de pessoal a qualquer título, ficam condicionados:

I. A existência de dotação orçamentária prévia suficiente para atender às projeções das despesas de
pessoal e dos acréscimos dela decorrentes nos exercícios seguintes;

II. A autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, no Plano Plurianual e na Lei Orçamen-
tária Anual para a medida, conforme proposto pelo Chefe do Poder Executivo;

III. Ao cumprimento de limite do dispêndio com pessoal, conforme a Lei Complementar n° 101/2000.

Art. 56. O aumento do salário respeitará a política de remuneração definida nesta Lei, bem como seu
escalonamento e respectivos distanciamentos percentuais entre os níveis e padrões de vencimento,
ficando estabelecido para cada exercício, como data-base para a revisão geral dos vencimentos dos
servidores do Município de Ponta Porã, o mês de referência constante na Lei Orgânica do Município de
Ponta Porã.

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TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, FINAIS E TRANSITÓRIAS
CAPÍTULO I
DA TRANSFORMAÇÃO DOS CARGOS

Art. 57. Os servidores efetivos e os estáveis em atividade na data da publicação desta Lei Comple-
mentar, ocupantes de cargos integrantes do sistema de classificação instituído pela Lei Complementar №
128/2014, terão seus cargos transformados, conforme correlação estabelecida no Anexo V.

§1º. Serão exigidos dos servidores, para a ratificação da transformação do seu cargo, a comprovação
do atendimento dos requisitos de escolaridade e habilitação específica fixados para ocupar a função de
enquadramento, conforme Anexo I.

§2º. A função ocupada pelo servidor será determinada no ato que formalizar a transformação do seu
cargo e corresponderá àquela de atribuições equivalentes às exercidas na data de publicação desta Lei
Complementar, incluída no cargo resultante da transformação, conforme correlação estabelecida no Ane-
xo V.

Art. 58. A transformação do cargo importa na manutenção do servidor na classe correspondente e no


nível I, com base no cargo ocupado e o tempo de serviço no Município de Ponta Porã na data da publica-
ção desta Lei.

Art. 59. A formalização da transformação dos cargos ocupados pelos servidores em exercício se efeti-
vará por ato do Chefe do Poder Executivo, depois de cumpridos todos os procedimentos previstos nesta
Lei.

§1º. O servidor deverá apresentar a documentação que comprove o atendimento dos requisitos para a
transformação.

§2º. A avaliação das condições para o enquadramento nas funções será processada pela Comissão
de Transformação, integrada por 3 (três) servidores municipais efetivos, designados pelo Chefe do Poder
Executivo.

Art. 60. O servidor que tiver seu cargo transformado perceberá vencimento do novo cargo acrescido
de vantagens pessoais calculadas sobre esse novo valor e, quando for o caso, acrescido de vantagem
pecuniária instituída nesta Lei.
CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 61. Os servidores do Quadro Geral do Poder Executivo Municipal, ocupantes de cargos efetivos,
ficam submetidos ao regime estatutário e à carga horária semanal fixada no Anexo I.

§1º. Os servidores efetivos com carga horária de vinte e trinta horas semanais, exceto os ocupantes
do cargo de Procurador Municipal, comprovada a necessidade do serviço e com a concordância do servi-
dor, poderão ter sua carga horária ampliada, por ato do Chefe do Poder Executivo, em até 40 (quarenta)
horas semanais, com acréscimo financeiro proporcional ao número de horas complementares.

§2º. O servidor que cumprir carga horária complementar poderá ter a mesma revogada a qualquer
tempo e, quando o exercício tiver mais de 24 (vinte quatro) meses continuados, a revogação ou alteração
por decisão da Administração Municipal deverá ter aprovação do órgão de lotação do servidor.

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§3º. A retribuição que o servidor receber pela complementação da carga horária, vinculada ao ven-
cimento do cargo efetivo, comporá a base de cálculo para proventos de aposentadoria e gratificações
previstas no artigo 47, exceto a do inciso I, que venha perceber.

§4º. Os servidores que fizeram jus a incorporação salarial pelo exercício do cargo em comissão, por
força do artigo 77 da Lei n. 2.896/1993 e, que optaram pela percepção do vencimento do cargo comissio-
nado incorporado, na forma autorizada pelo artigo 283, §1º da Lei Complementar n. 121/2014 e Decreto
n. 6.839/2014, terão seus vencimentos correlacionados aos valores dos cargos comissionados previstos
no anexo VI da Lei Complementar n. 221, de 29 de julho de 2022.” (NR)

Art. 62. A critério do Secretário da Pasta e com a anuência expressa do servidor efetivo a jornada de
trabalho poderá ser alterada em função das suas peculiaridades, em escalas de 12x36 ou 24x72 horas,
sendo considerados sábados, domingos e feriados dias de serviço.

Art. 63. O servidor que exercer cargo público ou função pública em regime de acumulação, nas hipó-
teses permitidas pela Constituição Federal, não poderá cumprir somadas as duas cargas horárias dos
cargos/funções públicas ocupados no município, no Estado, na União ou em outro Município, mais de 60
(sessenta) horas semanais.

Art. 64. Compete ao Chefe do Poder Executivo baixar atos e normas para a regulamentação de dis-
posições desta Lei Complementar, necessárias à aplicação e implementação de procedimentos e rotinas
administrativas.

Art. 65. São da competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo os atos de provimento nos cargos
efetivos, designação de função de carreira, nomeação e exoneração de ocupante de cargo em comissão,
designação e dispensa de função de confiança.

Art. 66. Cada autarquia e fundação terá Quadro de Pessoal próprio e as Secretarias Municipais ou
órgão subordinado diretamente ao Chefe do Poder Executivo terá Tabela de Pessoal que identificará sua
força de trabalho, representada pelo número de cargos e funções necessários a consecução das suas
competências.

Art. 67. Os anexos desta Lei Complementar constituem parte integrante do seu texto.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 68. As atribuições dos cargos de provimento efetivo, funções de confiança e cargos em comissão,
são as constantes do Anexo IV desta Lei.

§1º. VETADO.

§2º. VETADO.

Art. 69. Ficam revogadas todas as disposições legais do Município concedendo adiantamento salarial,
gratificações, abonos pecuniários, complementação salarial e outras vantagens de natureza assemelha-
da.

Art. 70. Nas hipóteses não contempladas por este Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, aplica-
-se aos servidores públicos o que dispõe o Estatuto os Servidores Públicos do Município de Ponta Porã,
MS.

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Art. 71. No prazo de 180 (cento e oitenta dias), contados a partir da aprovação e sanção desta Lei
Complementar, o Poder Executivo encaminhará ao Legislativo proposta para a reestruturação administra-
tiva do Município para adequação do disposto nesta Lei Complementar.

Art. 72. As despesas decorrentes da implantação da presente Lei serão custeadas à conta do Orça-
mento Municipal, observadas as formalidades previstas nos artigos 16 e 17 da Lei Complementar №
101/2000.

Art. 73. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, e revogam-se todas as disposições em
contrário, em especial as Leis Complementares № 122/2014 e 128/2014 e suas alterações.

Ponta Porã, MS, 29 de julho de 2.022


Prezado candidato, a lei na íntegra com seus respectivos anexos está disponível para consulta em:
https://camarapontapora.ms.gov.br/public/pdf/002f792c8e23817a76c2d1c8d055451b-1667845506.pdf
https://camarapontapora.ms.gov.br/public/pdf/2161f2171c095e7bcf2b33425a867d20-1667845806.pdf

Lei Complementar nº. 223, de 29 de julho de 2022, que dispõe sobre o Plano de Cargos,
Carreiras e Remuneração dos Profissionais da Saúde do Município de Ponta Porã

LEI COMPLEMENTAR Nº. 223, DE 29 DE JULHO DE 2022.


“Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Profissionais da Saúde do Município
de Ponta Porã e dá outras providências”.

O Prefeito Municipal de Ponta Porã, Estado de Mato Grosso do Sul, no uso das atribuições que lhe
são conferidas por lei, notadamente a Lei Orgânica do Município, faz saber que a Câmara Municipal
aprovou e ele sanciona a seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E REMUNERAÇÃO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Profissionais da Saúde do
Município de Ponta Porã, fundamentado nos seguintes princípios:

V- Racionalização da estrutura dos cargos e carreiras;

VI- Legalidade e segurança jurídica;

VII- Estímulo ao desenvolvimento profissional e a qualificação funcional;

VIII- Reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços prestados, pelo conhecimento
adquirido e pelo desempenho profissional;

IX- Universalidade, direcionado aos servidores municipais estatutários que ocupam cargos específicos
da saúde que participam do processo de trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde;

X- Equidade, garantia de tratamento igualitário para os profissionais integrantes dos cargos iguais ou
assemelhados, entendido como igualdade de direitos, obrigações e deveres;

XI- Participação na Gestão, observância do princípio da participação bilateral, entre os servidores e


o Órgão Gestor da Saúde, para implantação ou adequação às necessidades do Sistema Único de Saú-

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de;

XII- Isonomia, garantia de tratamento remuneratório isonômico para os servidores com funções iguais
ou assemelhadas, dentro do mesmo nível de escolaridade, observando-se a igualdade de direitos, obri-
gações e deveres.

Art. 2º. O Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos profissionais da saúde tem por finalidade
democratizar as oportunidades de crescimento e de desenvolvimento funcional, além de incentivar a qua-
lificação e reconhecer a eficiência do servidor e a garantia da qualidade dos serviços prestados à popula-
ção, constituindo-se em instrumento de gestão da política de pessoal.
CAPÍTULO II
DOS CONCEITOS BÁSICOS

Art. 3º. São adotados, para fins desta Lei Complementar os seguintes conceitos básicos:

I - Cargo Efetivo: cargo ocupado por servidor com vínculo permanente com o Município em decor-
rência de aprovação em concurso público cujos direitos, deveres e responsabilidades são previstos na
legislação instituidora do regime jurídico estatuário;

II - Função: ocupação, ofício ou profissão, com complexidade de tarefas, responsabilidades e atribui-


ções inerentes ao cargo público;

III - Cargo: conjunto de deveres, responsabilidades e atribuições cometidas ao servidor submetido ao


regime jurídico estatutário com provimento estabelecido por Lei.

IV - Nível: escala hierárquica vertical identificada por algarismos romanos que define os valores dos
vencimentos dos cargos que compõe a carreira dos Profissionais de Saúde, segundo padrões estabeleci-
dos nesta Lei;

V - Desenvolvimento Funcional: representa as possibilidades de crescimento na estrutura de carreira,


por intermédio da progressão horizontal e promoção vertical;

VI- Classe: escala hierárquica horizontal que indica os valores dos vencimentos do cargo segundo o
tempo de serviço na carreira e identificada por letras maiúsculas do alfabeto;

VII - Função de Confiança: é o conjunto de atribuições e responsabilidades com denominação própria,


conferidas a servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo, para o exercício de cargos de super-
visão e chefia, mediante livre designação do Chefe do Poder Executivo;

VIII - Cargo em Comissão: cargo submetido ao regime estatutário cujas atribuições e responsabilida-
des são relativas ao exercício de atribuições de direção, gerência e assessoramento de unidades organi-
zacionais da Administração Municipal;

IX - Tabela de Vencimentos: conjunto dos padrões salariais, hierarquicamente organizados para identi-
ficação dos valores dos vencimentos básicos dos cargos de carreira previstos nesta Lei;

X – Vencimento Base: retribuição pecuniária mensal devida ao servidor pelo exercício do cargo ou
função, conforme valor, símbolo e padrão fixados nesta Lei;

XI - Remuneração: total da retribuição pecuniária mensal recebida pelo servidor e correspondente ao


somatório do vencimento base do cargo e as vantagens pecuniárias de caráter temporário ou perma-
nente, pessoal, funcional, indenizatória ou acessória, pagas em conformidade com as Leis e regulamen-
tos;

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XII - Adicional: vantagem pecuniária que retribui situações pessoais ou referentes ao desempenho de
funções especiais ou tempo de serviço, em caráter definitivo, enquanto o servidor permanecer no cargo
ou função que lhe der origem ou persistirem as condições de sua concessão;

XIII - Gratificação: vantagem pecuniária que remunera o exercício de cargo ou função em situações re-
lacionadas ao local e/ou condições anormais de trabalho e concedida em razão da situação excepcional
em que um serviço é executado ou prestado;

XIV - Vantagem de caráter pessoal: direito financeiro deferido ao servidor individualmente, em virtude
do atendimento de condições ou prérequisitos pessoais;

XV - Vantagem de caráter funcional: retribuição financeira deferida ao servidor pelo exercício de deter-
minada função, responsabilidade ou pela execução de determinado trabalho em exposição a condições
ambientais que imponha desgastes físicos ou a saúde.
CAPÍTULO III
DOS CARGOS EFETIVOS

Art. 4º. O Quadro de Pessoal da Saúde será formado pelos cargos de provimento efetivo, discrimina-
dos no anexo desta Lei, subdivididos nos seguintes Grupos Profissionais:

V. Grupo Profissional de Cargos de Nível Fundamental;

VI. Grupo Profissional de Cargos de Nível Médio;

VII. Grupo Profissional de Cargo de Nível Médio Técnico;

VIII. Grupo Profissional de Cargos de Nível Superior.

Parágrafo único. Os cargos agrupados conforme habilitação profissional, graduação de escolaridade,


carga horária, quantidade de vagas e requisitos para investidura, serão identificados no Anexo I desta Lei
Complementar.

Art. 5º. Cada cargo corresponde a uma atividade profissional, ocupação, ofício ou profissão, com tare-
fas e responsabilidades que serão atribuídos ao servidor pelo Chefe do Poder Executivo no ato de provi-
mento inicial no cargo.

Parágrafo único. O ato de provimento nos cargos efetivos integrantes desta Lei Complementar discri-
minará o cargo a ser ocupado, a função a ser exercida, o nível, a classe correspondente e a carga horá-
ria.

Art. 6º. São requisitos para o provimento nos cargos e exercícios das funções que integram o presente
PCCR:

IV. Curso de graduação em nível superior e habilitação legal específica, quando for o caso, conforme
previsto no Anexo I desta Lei Complementar e definidos no Edital de concurso, para os cargos de nível
superior;

V. Certificado de conclusão de ensino médio, técnico ou equivalente e habilitação legal específica,


quando for o caso, conforme previsto no Anexo I desta Lei Complementar e definidos no Edital de con-
curso, para os cargos de nível médio;

VI. Certificado de conclusão do ensino fundamental ou equivalente e habilitação legal específica,


quando for o caso, conforme previsto no Anexo I desta Lei Complementar e definidos no Edital de con-
curso, para os cargos de nível fundamental.

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§1º. O ingresso nos cargos integrantes deste PCCR far-se-á mediante prévia aprovação em concurso
público de provas ou de provas e títulos, na primeira classe e nível de vencimento do respectivo cargo.

§2º. O concurso referido no § 1º deste artigo poderá ser realizado em 01 (uma) ou mais fases, incluin-
do prova prática e prova psicológica, quando julgar pertinente, observada legislação em vigor.

§3º. O edital de concurso público poderá exigir outros requisitos relacionados à habilitação ou habili-
dades para a seleção dos candidatos ao provimento e exercício dos cargos.
CAPÍTULO IV
DOS CARGOS EM COMISSÃO

Art. 7º. Os cargos que compõe o Grupo ocupacional de Direção, Gerência e Assessoramento agru-
pam-se pela natureza das suas atribuições e classificam-se, segundo o grau de responsabilidade, o
poder decisório, a posição hierárquica e a complexidade das atribuições.

§1º. Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração do Chefe do Poder Executivo.

§2º. Os cargos em comissão são destinados aos habilitados em curso de nível superior ou que tenham
notórios conhecimentos técnicos para seu exercício, devidamente comprovados.

§3º. O ocupante de cargo em comissão submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, poden-
do ser convocado sempre que houver interesse da Administração Municipal.

§4º. Serão privativos dos servidores efetivos 20% (vinte por cento) dos cargos em comissão do Poder
Executivo.

Art. 8º. O servidor público nomeado/designado para ocupar cargo em comissão poderá optar pela
percepção do vencimento do respectivo cargo em comissão, acrescido das vantagens de caráter pessoal
do seu cargo de origem, ou pelo vencimento e vantagens pessoais do seu cargo de carreira ou de ori-
gem.
CAPÍTULO V
DAS FUNÇÕES DE CONFIANÇA

Art. 9º. As funções de confiança representam o exercício, por servidor ocupante de cargo de carreira,
em extensão às tarefas próprias de sua função, de atribuições de chefia e supervisão.

Art. 10. A função de confiança será concedida ou revogada por ato do Chefe do Poder Executivo.

§1º. A função de confiança constitui ampliação temporária das atribuições do cargo e será ocupada
privativamente por servidor efetivo que atenda os requisitos previstos no ato de sua instituição, devendo
o ato de concessão especificar as atribuições a serem desenvolvidas e o local de lotação.

§2º. O ocupante de função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, po-
dendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração Municipal.
CAPÍTULO VI
DO INGRESSO NO QUADRO PERMANENTE

Art. 11. Os cargos do Quadro Permanente são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em Lei, assim como aos estrangeiros regulares, na forma da Lei.

§1º. A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em Lei.

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§2º. O concurso público terá por objetivo recrutar e selecionar candidatos para ocupar os cargos efeti-
vos e o exercício das funções que os compõem e terá como meta o provimento das vagas de acordo com
as áreas de atuação e especialização das funções.

§3º. As vagas oferecidas no concurso público serão identificadas, nominais e quantitativamente, por
cargo, função e, quando for o caso, por habilitação profissional e terão o provimento efetivado na posição
inicial do cargo.

Art. 12. Serão reservadas nos concursos públicos no mínimo 5% (cinco por cento) das vagas ofere-
cidas as pessoas com deficiência, que serão empossados se atenderem aos requisitos exigidos para
exercício da função e ficar comprovada a compatibilidade das atribuições da função com a deficiência
que possuem.

Art. 13. O candidato nomeado será empossado após aceitar, formalmente, a função, as atribuições, a
carga horária prevista para o cargo, os deveres e as responsabilidades do cargo, mediante o compromis-
so de bem desempenhá-lo, em observância às Leis, normas e regulamentos.

Parágrafo único. O efetivo exercício do servidor será contado a partir da data de início do desempenho
no cargo e função, após sua lotação em entidade da Secretaria Municipal de Saúde.
SEÇÃO I
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 14. O servidor nomeado em virtude de aprovação em concurso público permanecerá em estágio
probatório durante 36 (trinta e seis) meses, período em que será avaliado, por Comissão designada para
esse fim, quanto a sua aptidão e capacidade para o desempenho do cargo público e respectivas atribui-
ções da função.

Art. 15. A avaliação do servidor durante o estágio probatório será realizada a cada 12 (doze) meses,
com base nos seguintes fatores:

VI. idoneidade moral;

VII. responsabilidade e iniciativa;

VIII. assiduidade, pontualidade e disciplina;

IX. aptidão e capacitação para o exercício do cargo ou função;

X. eficiência e produtividade.

§1º. A verificação do cumprimento dos requisitos previstos no artigo anterior será realizada segundo
normas expedidas pela Secretaria Municipal de Administração, definidas em comissão paritária, com no
mínimo 03 (três) representantes dos servidores efetivos e concluída no período determinado pela legisla-
ção vigente.

§2º. A ocorrência de 03 (três) ou mais faltas imotivadas no período de avaliação do estágio probató-
rio e o afastamento para tratamento de saúde por moléstia pré-existente, se ficar comprovada a má-fé,
implicará na perda, respectivamente, de toda a pontuação dos fatores indicados nos incisos III e V deste
artigo.

Art. 16. O estágio probatório será cumprido, obrigatoriamente, no exercício das atribuições próprias do
cargo para a qual tenha sido o servidor nomeado, vedado o afastamento nesse período, ressalvados os
casos de:

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I - licença maternidade, à gestante ou adotante;

II - licença paternidade;

III - ausências ao serviço por motivo de doação de sangue, alistamento eleitoral, de casamento ou
luto;

IV - férias;

V - para servir ao Tribunal do Júri, durante o período em que estiver servindo;

VI - licenças para tratamento da própria saúde;

VII - licença para concorrer a mandato eletivo, pelo período determinado pela Justiça Eleitoral.

§1°. Os períodos de afastamento referidos nos incisos deste artigo serão computados a cada período
da avaliação.

§2º. O servidor em estágio probatório poderá ocupar cargo em comissão ou função de confiança, con-
forme esta Lei Complementar, caso em que o estágio probatório ficará suspenso.

Art. 17. Será considerado estável no serviço público municipal, o servidor que após o período determi-
nado pelo artigo 14, satisfazer os requisitos do estágio probatório.

§1º. O servidor em estágio probatório, se comprovado por meio das avaliações periódicas o não aten-
dimento dos requisitos referentes aos fatores discriminados nesta Seção, deverá ser reconduzido ao seu
cargo de origem, se estável na administração municipal, ou exonerado do cargo.

§2º. Será dada ciência aos servidores, obrigatoriamente, de todas as avaliações periódicas, para fins
do exercício do contraditório e ampla defesa, bem como interposição de recurso contra os seus resulta-
dos.

§3º. A declaração da estabilidade no serviço público municipal será homologada através de ato do
Chefe do Executivo, mediante apresentação de todas as avaliações periódicas.

§4º. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade
remunerada até o seu adequado aproveitamento em outro cargo.
TÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO FUNCIONAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
SEÇÃO I
DAS MODALIDADES

Art. 18. O desenvolvimento funcional terá por objetivo proporcionar aos servidores municipais, opor-
tunidades de crescimento profissional e funcional no cargo ou na carreira para realização pessoal, de
acordo com as seguintes modalidades:

I - Progressão horizontal – movimentação do servidor de uma classe para a imediatamente seguinte,


dentro do respectivo cargo, mediante transcurso do lapso temporal.

II - Promoção vertical – é a passagem de um nível de habilitação para outro superior, na mesma clas-
se, mediante titulação.

Parágrafo único. O servidor concorrerá à promoção e à progressão somente depois de declarada a

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sua estabilidade, após aprovação em estágio probatório, contando o tempo de serviço desse período
para os benefícios financeiros e/ou funcionais da carreira.

Art. 19. A promoção e a progressão não interrompem nem suspendem o tempo de efetivo exercício no
serviço público, que continua a ser contado com o novo posicionamento na carreira.

Art. 20. O servidor promovido reiniciará a contagem de tempo na referência superior, para efeito de
nova promoção ou progressão.

Art. 21. Fica criada a Comissão de Promoção dos servidores efetivos da Secretaria Municipal de Saú-
de, composta por 3 (três) membros, nomeados pelo Secretário Municipal de Saúde, mediante portaria,
pelo período de 1 (um) ano, assim composta:

I – por 1 (um) servidor efetivo estável do Departamento de Recursos Humanos da Secretaria Municipal
de Administração;

II – por 1 (um) servidor efetivo estável da Secretaria Municipal de Saúde;

III – pelo assessor jurídico da Secretária Municipal de Saúde.


SEÇÃO II
DA PROGRESSÃO HORIZONTAL
SEÇÃO II
DA PROGRESSÃO HORIZONTAL

Art. 22. A Progressão Horizontal será processada pelo critério de antiguidade, constituindo-se em mo-
vimentação do servidor à classe imediatamente seguinte à ocupada, a cada 3 (três) anos, independente
de vagas para movimentação.

§1º. A progressão horizontal ocorrerá automaticamente no mês subsequente àquele em que o servidor
completou o interstício necessário a sua mudança de classe.

§2º. A confirmação de atendimento do requisito de tempo de serviço exigido para concorrer à progres-
são horizontal exclui da contagem, os afastamentos, cedências e licenças superiores a 30 (trinta dias) e
ocorridos durante o período de apuração desse interstício, e o tempo de efetivo exercício em outro cargo
público da Administração Pública Direta ou Indireta, nas esferas Federal, Estadual e Municipal.

§3°. As licenças ou afastamentos citados no §2°, somente serão computadas para cálculo de progres-
são horizontal, se consideradas como de efetivo exercício.

Art. 23. Para cada classe subsequente, haverá um acréscimo salarial, junto ao vencimento base do
servidor, no percentual de 5% (cinco por cento) sobre o valor anterior.

Art. 24. Não concorrerá a progressão horizontal o servidor que registrar uma ou mais de uma das se-
guintes situações:

I – tiver mudado de cargo no período;

II – estiver cumprindo pena privativa de liberdade;

III – estiver em gozo de licença para trato de interesse particular;

IV– tiver registro de suspensão por mais de 15 (quinze) dias;

V – estiver em licença para mandato classista;

VI _ estiver em mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual;

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VII – estiver em mandato de Prefeito e Vice-Prefeito;

VIII– estiver em mandato de Vereador, quando não existir compatibilidade de horário entre o seu exer-
cício e o cargo público;

IX – tiver registro de afastamento ou cedência para outro órgão ou entidade não integrante da estrutu-
ra da Administração Municipal, por mais de 90 (noventa) dias.

Parágrafo único. O servidor terá assegurada a contagem do tempo de serviço para a progressão ho-
rizontal, a partir da data de ocorrência da sua última movimentação no cargo anterior à transformação,
conforme Anexo V.

Art. 25. Caso o servidor não cumpra todos os requisitos necessários para a concessão de sua pro-
gressão horizontal, permanecerá na referência em que se encontra, até que cumpra os requisitos exigi-
dos na presente Lei.
SEÇÃO III
DA PROMOÇÃO VERTICAL

Art. 26. A Promoção Vertical é o desenvolvimento na carreira passando o servidor a nível superior ao
que ele se encontra, mediante titulação e independentemente do número de vagas.

Parágrafo único. O servidor promovido a outro nível será enquadrado no mesmo grau de progressão
horizontal que se encontrava antes da promoção.

Art. 27. A Promoção Vertical é ato de competência do Chefe do Poder Executivo e será concedida
mediante requerimento do servidor devidamente instruído com prova de formação ou titulação própria do
nível a que pretende ser elevado.

§1º. Os pedidos de Promoção Vertical deverão ser protocolizados pelo servidor, mediante a apresen-
tação dos documentos necessários, junto a Secretária Municipal de Saúde, no mês de abril, para serem
analisados pela Comissão de Promoção;

§2º. A Comissão de Promoção terá 90 (noventa) dias para analisar os requerimentos protocolados,
deferindo ou indeferindo, e encaminhará o processo administrativo de promoção para o setor de Recur-
sos Humanos do Município de Ponta Porã, que providenciará a elaboração de Portaria para assinatura
do Chefe do Poder Executivo e posterior publicação.

§3º. A Promoção Vertical será realizada uma vez por ano, no mês de Agosto.

Art. 28. Para a concessão da Promoção Vertical deverão ser observados os seguintes requisitos obri-
gatórios e cumulativos:

I – Somente será concedido se comprovado a realização de cursos em instituições autorizadas ou


reconhecidos pelo MEC – Ministério da Educação, com relação direta, com o cargo de concurso do servi-
dor efetivo.

II – Entre uma promoção e outra deverá ser observado o interstício mínimo de 02 (dois) anos, respei-
tando a sequência dos níveis de promoção, conforme Anexo III desta Lei Complementar.

III – O servidor deve estar em exercício das atribuições do cargo efetivo, cargo em comissão ou fun-
ção de confiança, caso tenha sido nomeado ou designado.

IV - Não ter advertências ou quaisquer penas disciplinares presentes no Regime Jurídico nos últimos
02 (dois) anos e ter atingido no mínimo o conceito “Bom” na última avaliação de desempenho.

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Parágrafo único. O servidor efetivo do Município que atualmente possui habilitação superior à exigida
para o cargo efetivo que ocupa, deverá protocolizar os requerimentos de Promoção Vertical após o in-
terstício de 2 (dois) anos, contados a partir da publicação desta Lei Complementar e sempre respeitando
o disposto no inciso II.

Art. 29. Para cada nível subsequente, dentro de um mesmo grupo, haverá um acréscimo salarial, junto
ao vencimento base do servidor, no percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor anterior.
CAPÍTULO II
DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Art. 30. A avaliação de desempenho terá por objetivo aferir o rendimento e o desenvolvimento do ser-
vidor o exercício da função e será processada com base nos seguintes fatores:

I - assiduidade e pontualidade;

II - disciplina e zelo funcional;

III - iniciativa e presteza;

IV - qualidade de trabalho;

V - produtividade no trabalho;

VI - chefia e liderança; e

VII - aproveitamento em programas de capacitação.

Art. 31. O sistema de avaliação de desempenho deverá considerar as condições e os requisitos relati-
vos à habilitação profissional, capacitação obtida em cursos de formação ou especialização, o exercício
de função de confiança e ou cargo em comissão e a participação em conselho, comissões ou grupos de
trabalho ou assemelhados.

§1°. Serão tomadas em consideração, ainda, a natureza das atribuições desempenhadas pelo servidor
e as condições em que estas são exercidas, segundo as regras e critérios estabelecidos no regulamento
específico aprovado pelo Chefe do Poder Executivo.

§2°. O sistema de avaliação deverá observar a destinação de no mínimo 60% (sessenta por cento)
dos seus pontos para os critérios referidos nos incisos I, II, VI e VII do artigo 30.

Art. 32. Para fins de demissão por insuficiência de desempenho ou exoneração, fica instituída a se-
guinte escala de conceitos e pontuação, considerando a pontuação final obtida na avaliação anual:

I – ótimo, mais de 80% (oitenta por cento) dos pontos;

II – bom, mais de 60% (sessenta por cento) e até 80% (oitenta por cento) dos pontos;

III – regular, mais de 50% (cinquenta pro cento) e até 60% (sessenta por cento) dos pontos;

IV – insatisfatório, até 50% (cinquenta por cento) dos pontos.

Art. 33. A avaliação de desempenho do servidor será realizada a cada 12 (doze) meses, com base nos
fatores destacados nos incisos do artigo 30 desta Lei.

Art. 34. A avaliação de desempenho do servidor será realizada pela chefia imediata deste.

Art. 35. Os resultados das avaliações de desempenho serão consolidados por uma Comissão de Ava-
liação de Desempenho, integrada por um representante dos interesses dos servidores municipais e 02

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(dois) membros ocupantes de cargo de carreira.

§1°. A Comissão de Avaliação ficará vinculada à Secretaria Municipal de Administração, e as designa-


ções dos seus membros e as substituições em caso de vaga serão realizadas por meio de portaria ema-
nada pelo Chefe do Executivo, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

§2º. As atribuições complementares e normas gerais da ação da Comissão de Avaliação de Desempe-


nho serão objetos de Resolução do Secretário Municipal de Administração.

§3º. É vedado ao membro da Comissão de Avaliação de Desempenho participar de reunião em que for
julgado assunto de seu interesse ou de parentes consanguíneos ou afins, na linha reta ou colateral, até
3º grau.

§4º. Cabe à Comissão assegurar que o servidor tenha ciência do resultado de todas as avaliações
anuais, para exercício do contraditório e da ampla defesa.

§5º. Os recursos contra a avaliação de desempenho serão apresentados pelo servidor e serão apre-
ciados e julgados pela Comissão de Avaliação de Desempenho.

Art. 36. O servidor em estágio probatório, será exonerado se obtiver 2 (dois) conceitos “insatisfatório”,
na avaliação de desempenho, consecutivos ou não, e se estável, será reconduzido ao cargo anterior.

Art. 37. O servidor estável que obtiver nas avaliações de desempenho, o conceito “insatisfatório”, ao
final de 3 (três) avaliações, consecutivas ou não, será exonerado, mediante Processo Administrativo Dis-
ciplinar.
TÍTULO III
DO SISTEMA DE REMUNERAÇÃO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 38. A remuneração do ocupante de cargo dos quadros da Secretaria Municipal de Saúde corres-
ponde ao vencimento base, relativo ao nível e a classe em que se encontre, acrescido das vantagens
pecuniárias a que fizer jus, conforme estabelecido nesta Lei.

Art. 39. O Sistema de Remuneração do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores da
Secretaria Municipal de Saúde é constituído das regras de fixação dos vencimentos e de concessão de
vantagens financeiras, identificadas como adicionais, auxílios e gratificações, em conformidade com o
Estatuto dos Servidores Públicos do Município.

Art. 40. Os vencimentos dos cargos de provimento efetivo da Secretaria Municipal de Saúde constam
no Anexo III desta Lei Complementar.

Art. 41. Não poderá ser paga a servidor ativo e inativo dos Quadros da Secretaria Municipal de Saúde
remuneração superior à fixada para o Chefe do Poder Executivo, nem menor que o salário mínimo nacio-
nal vigente.

§1º. São excluídos dos limites fixados nesse artigo as indenizações, os auxílios financeiros, a gratifica-
ção natalina, o adicional de férias, a gratificação por serviço extraordinário e outras vantagens de nature-
za exclusivamente indenizatória.

§2º. Quando a remuneração do servidor, incluídas as parcelas remuneratórias referidas no §1º, for in-
ferior a um salário mínimo nacional, será assegurado ao servidor uma parcela complementar para atingir

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esse valor.

Art. 42. É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para efeito de remuneração do pessoal
do Município, ressalvados os casos de isonomia demonstrada com base na avaliação do cargo e função,
nos termos do §1º do artigo 39 da Constituição Federal.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à fixação da remuneração dos servidores con-
tratados por prazo determinado para funções eventuais ou temporárias, com fundamento no inciso IX do
artigo 37 da Constituição Federal.

Art. 43. Caberá ao Chefe do Poder Executivo fixar as bases e condições para concessão e pagamento
de vantagens instituídas nesta Lei Complementar aos servidores pertencentes aos quadros da Secretaria
de Saúde e de servidores colocados à sua disposição.

Art. 44. As percepções de vantagens pelos servidores dos quadros da Secretaria Municipal de Saúde
não serão computadas nem acumuladas para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
SEÇÃO I
DAS VANTAGENS

Art. 45. Para efeito da presente Lei, as vantagens pecuniárias são identificadas como adicionais, auxí-
lios e gratificações incidentes sobre o vencimento base do servidor, podendo ser permanentes ou even-
tuais.

Parágrafo único. As vantagens pecuniárias serão devidas, concedidas ou atribuídas em razão da natu-
reza ou exercício do cargo ou função, da situação pessoal do servidor, ou das condições ou do local em
que o trabalho é executado.

Art. 46. O pagamento das vantagens pecuniárias identificadas como adicionais ou gratificações terão
caráter permanente ou eventual, conforme estabelecido nesta Lei Complementar e em regulamento es-
pecífico.
SEÇÃO II
DOS ADICIONAIS

Art. 47. Os adicionais são vantagens pecuniárias de caráter pessoal, concedidos ao servidor em razão
do desempenho do cargo ou função de forma ou condições peculiares, pela decorrência de determinada
condição ou qualificação pessoal, sendo identificados como:

I - Adicional de férias: destina-se a gratificar o servidor por ocasião do gozo das férias anuais, calcula-
da à razão de 1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, incidente, quando for o caso, sobre o
valor recebido se no exercício de cargo em comissão ou em função de confiança estiver;

II - Adicional por tempo de serviço: é devido a razão de 5% (cinco por cento) a cada cinco anos de
serviço público prestado pelo servidor ocupante de cargo efetivo, sobre o vencimento base, ainda que
investido o mesmo servidor em função de confiança ou cargo em comissão, observando o limite de 35%
(trinta e cinco por cento) daquele valor.

Parágrafo único. O servidor fará jus ao adicional a partir do mês subsequente em que completar o
quinquênio de efetivo exercício no cargo, será pago independentemente de requerimento do servidor.

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SEÇÃO III
DAS GRATIFICAÇÕES

Art. 48. As gratificações são vantagens pecuniárias concedidas em caráter transitório e temporário, em
razão da prestação de serviços em condições especiais, assim identificadas:

I - pelo exercício de função de confiança: atribuída ao servidor efetivo designado para seu exercício
pelo Chefe do Poder Executivo, conforme percentuais e condições básicas fixados nesta Lei;

II – de periculosidade: para compensar o trabalho que imponha ao servidor exposição permanente a


riscos de vida, em razão das condições e métodos de trabalho classificado como perigosos, apurados por
laudos técnicos, em valor equivalente a 30% (trinta por cento), calculado sobre o vencimento base;

III – de insalubridade: para indenizar o risco imposto ao servidor pelo trabalho em condições que o
exponha a agentes nocivos à saúde, considerando a natureza e intensidade do agente e o tempo de ex-
posição aos seus efeitos, apurados por laudo técnicos, em valor equivalente a 10% (dez por cento), 20%
(vinte por cento) ou 40% (quarenta por cento), calculado sobre o vencimento base;

IV – pela prestação de serviço extraordinário: para compensar o servidor pelo trabalho realizado em
horas excedentes ao expediente diário normal, expressamente autorizadas pelo Secretário da pasta,
limitada a duas horas por dia, sendo cada hora remunerada a razão de 50% (cinquenta por cento) de
acréscimo à hora normal ou 100% (cem por cento), se o trabalho for prestado em dias que não tenha
expediente normal do Município de Ponta Porã;

V - pelo trabalho em período noturno: para compensar o desgaste imposto pelo trabalho prestado, es-
porádica e eventualmente, em horário noturno, compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e
05 (cinco) horas do dia seguinte, a razão de 20% (vinte por cento) de acréscimo sobre o valor das horas
trabalhadas nesse período, considerando-se como hora noturna o período de 52’30” (cinquenta e dois
minutos e trinta segundos);

VI - natalina: destina-se a bonificar o servidor no mês de dezembro, no valor correspondente a 1/12


(um doze avos) da remuneração a que fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício, no respectivo
ano;

§1º. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

§2º. O valor correspondente ao décimo terceiro salário poderá ser pago em 02 (duas) parcelas, confor-
me requerimento do servidor e disponibilidade financeira do Município, sendo a primeira paga no mês de
junho e a segunda no mês de dezembro.

§3º. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exer-
cício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.

VII – de produtividade: para incentivar a obtenção de melhores resultados no exercício das atribui-
ções vinculadas à respectiva função cujo desempenho possa ser mensurado e ou pela participação em
programas de competência privativa da Secretaria Municipal de Saúde, aferidos conforme resultados
da avaliação de qualidade e quantidade do trabalho produzido, até o limite de 100% (cem por cento) do
vencimento base, para os servidores desempenhando funções na Central de Regulação, para os titulares
dos cargos de Agente de Fiscalização e Vigilância Sanitária, Técnico de Enfermagem, Auditor de Gestão
de Serviços de Saúde, Cirurgião Dentista e Médico, conforme regulamento a ser expedido pelo Chefe do
Poder Executivo;

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VIII – por plantão presencial e/ou de sobreaviso: para indenizar o desgaste e cansaço físico pelo
trabalho realizado com excesso de carga horária, ou ainda para remunerar o servidor designado para
eventual convocação para prestação de serviço além da sua carga horária regular, em valor proporcional
ao número de horas trabalhadas;

IX – pelo desempenho de atividades junto ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), no


valor equivalente a 30% (trinta por cento) do vencimento base.

§1º. As gratificações discriminadas neste artigo não têm caráter permanente, podendo seu pagamento
cessar a qualquer momento independentemente de manifestação do servidor, e não se incorporam ao
vencimento para fins de pagamento de qualquer outra vantagem financeira.

§2º. Os critérios, os requisitos e os percentuais para concessão das gratificações serão estabelecidos
em regulamento, observados os limites percentuais discriminados neste artigo, as condições e a área de
atuação, assim como as atribuições inerentes às funções e a natureza de suas atividades.

Art. 49. A gratificação pelo exercício de função de confiança será paga em complementação ao venci-
mento do cargo de carreira e não poderá ser percebida cumulativamente com a gratificação pela presta-
ção de serviços extraordinários e remuneração pelo exercício de cargo em comissão.

Art. 50. A atribuição das gratificações de insalubridade ou de periculosidade será de acordo com a
caracterização dos graus de incidência, durante o período de realização do trabalho, indicados em Laudo
Técnico, observadas as regras sobre a matéria aprovadas pelo Ministério do Trabalho e regulamentado
pelo Chefe do Poder Executivo.

Parágrafo único. O grau de incidência resultará de avaliação realizada por especialista de medicina
do trabalho e ou segurança do trabalho, cujo laudo deverá indicar os limites de tolerância aos agentes
agressivos, os meios de proteção e o tempo máximo de exposição do servidor a esses agentes, bem
como classificar os níveis de incidência para fins de pagamento da gratificação de insalubridade.

Art. 51. O pagamento das gratificações de insalubridade e periculosidade cessará com a eliminação
do risco ou da incidência dos agentes que atingem à saúde ou à vida do servidor, ou pelo seu afastamen-
to para outra função ou local que elimine as condições que fundamentaram o pagamento da vantagem,
bem como nos afastamentos do exercício da função.

§1º. O servidor não poderá perceber as gratificações referidas neste artigo cumulativamente, devendo
optar pelo recebimento da vantagem que julgar mais conveniente à sua situação.

§2º. Para cálculo do pagamento de auxílio maternidade será considerada a média das gratificações de
insalubridade ou periculosidade percebidas pelas servidoras, durante os últimos 6 (seis) meses.

Art. 52. A gratificação por plantão será devida ao servidor que for convocado para prestar serviços
além da sua carga horária normal e fora do seu expediente diário, em dias úteis ou não úteis ou ainda em
horário noturno, por período certo e com carga horária pré-estabelecidos em escalas de serviços.

§1º. Os valores pagos ao servidor da Secretaria Municipal de Saúde por plantão e plantão de sobrea-
viso serão definidos em Decreto Regulamentador.

§2º. O valor total recebido de plantões pelo servidor não poderá exceder o valor correspondente ao
seu vencimento base.

§3º. Deverá ser respeitado pelo servidor encarregado em elaborar as escalas mensais de plantões, a
rotatividade dos servidores.

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§4º. O valor da gratificação por plantão de serviço integrará a base de cálculo do pagamento dos adi-
cionais de férias e décimo terceiro salário, pela média das horas executadas pelo servidor sob a forma de
plantão, durante o período aquisitivo de cada ano-base respectivamente.

§5º. Para cálculo do pagamento de auxílio maternidade será considerada a média das horas executa-
das sob a forma de plantão, pelas servidoras durante os últimos 6 (seis) meses.

Art. 53. Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e temporá-
rias e sempre com autorização prévia e escrita do Secretário Municipal de Saúde.

Parágrafo único. Para cálculo do pagamento de auxílio maternidade será considerada a média das
horas extras executadas pelas servidoras, durante os últimos 6 (seis) meses.

Art. 54. Farão jus a gratificação do inciso IX, artigo 48, os servidores efetivos, designados por Por-
taria pelo Secretário Municipal de Saúde, para atuarem no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(SAMU), desde que preencham os requisitos mínimos para as funções que lhes serão atribuídas.

I – para a função de Motorista (Condutor Socorrista) o servidor além de ser efetivo no cargo de Mo-
torista de Ambulância, deverá possuir curso para condutores de veículos de emergência, e atender ao
disposto no artigo 145-A do Código Nacional de Trânsito e Resolução do CONTRAN nº168/2004 altera-
da pela Resolução nº 285/08 e pela Resolução nº 307/09 e demais resoluções e Legislação aplicável a
espécie;

II – para a função de Enfermeiro (Socorrista) o servidor além de ser efetivo no cargo de Enfermeiro,
deverá possuir Curso de Socorrista, conforme Portaria MS nº 2048/2002;

III – para a função de Técnico de Enfermagem (Socorrista) o servidor além de ser concursado
no cargo de Técnico de Enfermagem, deverá possuir Curso de Socorrista, conforme Portaria MS №
2048/2002.

Parágrafo único. A gratificação pelo desempenho de atividades junto ao SAMU não se incorpora no
vencimento do servidor para quaisquer efeitos futuros.

Art. 55. As gratificações previstas no artigo 48 integrarão a base de cálculo dos proventos de aposen-
tadoria desde que sobre elas incidam os descontos previdenciários, nos termos de Lei específica.

Art. 56. Os ocupantes de cargo em comissão não poderão perceber as gratificações previstas no arti-
go 48 desta Lei Complementar, exceto a do inciso VI.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA SALARIAL

Art. 57. A política salarial para os servidores do quadro da Saúde terá como objetivo a recomposição
da remuneração em razão das perdas decorrentes da desvalorização da moeda ou a revisão de venci-
mento fundamentado nos incisos X, XI e XII do artigo 37 e no §1º do artigo 39, ambos da Constituição
Federal.

§1º. A política salarial dos servidores do quadro da Saúde ficará vinculada à disponibilidade de recur-
sos financeiros e ao limite de gastos com pessoal definido na Constituição Federal, na Lei Complementar
n° 101/2000 e demais diplomas legais pertinentes.

§2º. Serão computadas, para fins de apuração dos gastos relativamente ao limite referido no parágrafo
anterior, as parcelas financeiras percebidas pelos servidores referentes ao vencimento e às vantagens
pecuniárias bem como o valor dos encargos sociais.

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Art. 58. A concessão de vantagens pecuniárias, o aumento de remuneração, a criação de cargos ou
suas alterações e a admissão de pessoal a qualquer título, ficam condicionados:

I. A existência de dotação orçamentária prévia suficiente para atender às projeções das despesas de
pessoal e dos acréscimos dela decorrentes nos exercícios seguintes;

II. A autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, no Plano Plurianual e na Lei Orçamen-
tária Anual para a medida, conforme proposto pelo Chefe do Poder Executivo;

III. Ao cumprimento de limite do dispêndio com pessoal, conforme a Lei Complementar n° 101/2000.

Art. 59. O aumento do salário respeitará a política de remuneração definida nesta Lei, bem como seu
escalonamento e respectivos distanciamentos percentuais entre os níveis e padrões de vencimento,
ficando estabelecido para cada exercício, como data-base para a revisão geral dos vencimentos dos
servidores do Município de Ponta Porã, o mês de referência constante na Lei Orgânica do Município de
Ponta Porã.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, FINAIS E TRANSITÓRIAS
CAPÍTULO I
DA TRANSFORMAÇÃO DOS CARGOS

Art. 60. Os servidores efetivos e os estáveis em atividade na data da publicação desta Lei Comple-
mentar, ocupantes de cargos integrantes do sistema de classificação instituído pela Lei Complementar №
128/2014, terão seus cargos transformados, conforme correlação estabelecida no Anexo V.

§1º. Serão exigidos dos servidores, para a ratificação da transformação do seu cargo, a comprovação
do atendimento dos requisitos de escolaridade e habilitação específica fixados para ocupar a função de
enquadramento, conforme Anexo I.

§2º. A função ocupada pelo servidor será determinada no ato que formalizar a transformação do seu
cargo e corresponderá àquela de atribuições equivalentes às exercidas na data de publicação desta Lei
Complementar, incluída no cargo resultante da transformação, conforme correlação estabelecida no Ane-
xo V.

Art. 61. A transformação do cargo importa na manutenção do servidor na classe correspondente e


no nível I, com base no cargo ocupado e o tempo de serviço no Munícipio na data da publicação desta
Lei.

Art. 62. A formalização da transformação dos cargos ocupados pelos servidores em exercício se efeti-
vará por ato do Chefe do Poder Executivo, depois de cumpridos todos os procedimentos previstos nesta
Lei.

§1º. O servidor deverá apresentar a documentação que comprove o atendimento dos requisitos para a
transformação.

§2º. A avaliação das condições para o enquadramento nas funções será processada pela Comissão
de Transformação, integrada por 3 (três) servidores municipais efetivos, designados pelo Chefe do Poder
Executivo.

Art. 63. O servidor que tiver seu cargo transformado perceberá vencimento do novo cargo acrescido
de vantagens pessoais calculadas sobre esse novo valor e, quando for o caso, acrescido de vantagem
pecuniária instituída nesta Lei.

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CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 64. Os servidores do Quadro de Pessoal da Secretaria Municipal de Saúde, ocupantes de cargos
efetivos, ficam submetidos ao regime estatutário e à carga horária semanal fixada no Anexo I.

§1º. Os servidores efetivos com carga horária de vinte e trinta horas semanais, comprovada a neces-
sidade do serviço e com a concordância do servidor, poderão ter sua carga horária ampliada, por ato do
Chefe do Poder Executivo, em até quarenta horas semanais, com acréscimo financeiro proporcional ao
número de horas complementares.

§2º. O servidor que cumprir carga horária complementar poderá ter a mesma revogada a qualquer
tempo e, quando o exercício tiver mais de vinte quatro meses continuados, a revogação ou alteração por
decisão da Administração Municipal deverá ter aprovação do órgão de lotação.

§3º. A retribuição que o servidor receber pela complementação da carga horária, vinculada ao ven-
cimento do cargo efetivo, comporá a base de cálculo para proventos de aposentadoria e gratificações
previstas no artigo 48, exceto a do inciso I, que venha perceber.

Art. 65. A critério do Secretário Municipal de Saúde e com a anuência expressa do servidor efetivo,
a jornada de trabalho poderá ser alterada em função das peculiaridades ou designação, em escalas de
12x36 ou 24x72 horas, sendo considerados sábados, domingos e feriados, dias de serviço.

Art. 66. O servidor que exercer cargo público ou função pública em regime de acumulação, nas hipó-
teses permitidas pela Constituição Federal, não poderá cumprir somadas as duas cargas horárias dos
cargos/funções públicas ocupados no município, no Estado, na União ou em outro Município, mais de 60
(sessenta) horas semanais.

Art. 67. Poderão ser designados Responsáveis Técnicos para atuar na área médica, odontológica,
farmacêutica, de enfermagem, de radiologia, de fisioterapia e de medicina veterinária, através de ato
próprio.

Parágrafo único. Compete ao Responsável Técnico aplicar os seus conhecimentos profissionais no


planejamento, organização, direção, coordenação, execução e avaliação dos serviços prestados pelos
profissionais da saúde da categoria profissional regulamentada sob sua responsabilidade.

Art. 68. Compete ao Chefe do Poder Executivo baixar atos e normas para a regulamentação de dis-
posições desta Lei Complementar, necessárias à aplicação e implementação de procedimentos e rotinas
administrativas.

Art. 69. São da competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo os atos de provimento nos cargos
efetivos, designação de função de carreira, nomeação e exoneração de ocupante de cargo em comissão,
designação e dispensa de função de confiança.

Art. 70. Os anexos desta Lei Complementar constituem parte integrante do seu texto.

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CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 71. As atribuições dos cargos de provimento efetivo, funções de confiança e cargos em comissão
são as constantes do Anexo IV desta Lei.

§1º. VETADO.

§2º. VETADO.

Art. 72. Ficam revogadas todas as disposições legais do Município concedendo adiantamento salarial,
abonos pecuniários, gratificações, complementação salarial e outras vantagens de natureza assemelha-
da.

Art. 73. Nas hipóteses não contempladas por este Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, aplica-
-se aos servidores públicos o que dispõe o Estatuto os Servidores Públicos do Município de Ponta Porã,
MS.

Art. 74. No prazo de 180 (cento e oitenta dias), contados a partir da aprovação e sanção desta Lei
Complementar, o Poder Executivo encaminhará ao Legislativo proposta para a reestruturação administra-
tiva do Município para adequação do disposto nesta Lei Complementar.

Art. 75. As despesas decorrentes da implantação da presente Lei serão custeadas à conta do Orça-
mento Municipal, observadas as formalidades previstas nos artigos 16 e 17 da LC 101/2000.

Art. 76. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, e revogam-se todas as disposições em
contrário.

Ponta Porã, MS, 29 de julho de 2022.


Prezado candidato, a lei na íntegra com seus respectivos anexos está disponível para consulta em:
https://camarapontapora.ms.gov.br/public/pdf/a7695084ce23c3cd9a27b724d4616119-1667845590.pdf
https://camarapontapora.ms.gov.br/public/pdf/e04b6acca91a4df57120c052ae301f54-1667845737.pdf

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Lei Complementar nº. 224, de 29 de julho de 2022, que dispõe sobre o Plano de Cargos,
Carreiras e Remuneração dos Profissionais da Assistência Social do Município de Pon-
ta Porã

LEI COMPLEMENTAR Nº. 224, DE 29 DE JULHO DE 2022.


“Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Profissionais da Assistência Social
do Município de Ponta Porã e dá outras providências”.

O Prefeito Municipal de Ponta Porã, Estado de Mato Grosso do Sul, no uso das atribuições que lhe
são conferidas por lei, notadamente a Lei Orgânica do Município, faz saber que a Câmara Municipal
aprovou e ele sanciona a seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E REMUNERAÇÃO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Fica instituído o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Profissionais da Assistência
Social do Município de Ponta Porã, fundamentado nos seguintes princípios:

I- Racionalização da estrutura dos cargos e carreiras;

II- Legalidade e segurança jurídica;

III- Estímulo ao desenvolvimento profissional e a qualificação funcional;

IV- Reconhecimento e valorização do servidor público pelos serviços prestados, pelo conhecimento
adquirido e pelo desempenho profissional.

Art. 2º. O Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos profissionais da Assistência Social tem
por finalidade, democratizar as oportunidades de crescimento e de desenvolvimento funcional, além de
incentivar a qualificação e reconhecer a eficiência do servidor e a garantia de acesso universal e igualitá-
rio dos cidadãos do Município às políticas sociais e econômicas que visem à erradicação da pobreza e a
garantia das necessidades básicas.

§1º. A Assistência Social tem por objetivos:

I – a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de
riscos, especialmente:

a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

b) o amparo às crianças e aos adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco social;

c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;

d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária; e

e) a garantia de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir
meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

II – a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famí-
lias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos;

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III – a defesa de direitos, que visa garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões so-
cioassistenciais.

§2º. Para o enfrentamento das vulnerabilidades, a Assistência Social realiza-se de forma integrada
às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências
sociais e promover a universalização dos direitos sociais.

Art. 3º. A Assistência Social rege-se pelos seguintes princípios:

I – supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômi-


ca;

II – universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável
pelas demais políticas públicas;

III – respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qua-
lidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de
necessidade;

IV – igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garan-


tindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;

V – divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos
recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.

Art. 4º. A Assistência Social organiza-se pelos seguintes tipos de proteção:

I – proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da Assistência So-
cial que visa prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de poten-
cialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários;

II – proteção social especial de média e alta complexidade: conjunto de serviços, programas e proje-
tos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa
de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o
enfrentamento das situações de violação de direitos.

Parágrafo único. A vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da Assistência


Social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no territó-
rio.

Art. 5º. As proteções sociais, básica e especial de média e alta complexidade, serão ofertadas nos
respectivos serviços, conforme a tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais (Resolução 109, de
11 de abril de 2009), e pelas entidades sem fins lucrativos certificadas pelo Conselho Municipal de Assis-
tência Social.
CAPÍTULO II
DOS CONCEITOS BÁSICOS

Art. 6º. São adotados, para fins desta Lei Complementar os seguintes conceitos básicos:

I - Cargo Efetivo: cargo ocupado por servidor com vínculo permanente com o Município em decor-
rência de aprovação em concurso público cujos direitos, deveres e responsabilidades são previstos na
legislação instituidora do regime jurídico estatuário;

II - Função: ocupação, ofício ou profissão, com complexidade de tarefas, responsabilidades e atribui-

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1733629 E-book gerado especialmente para KARINA DA SILVA FLORES
ções inerentes ao cargo público;

III - Cargo: conjunto de deveres, responsabilidades e atribuições cometidas ao servidor submetido ao


regime jurídico estatutário com provimento estabelecido por Lei;

IV - Nível: escala hierárquica vertical identificada por algarismos romanos que define os valores dos
vencimentos dos cargos que compõe a carreira dos Profissionais da Assistência Social, segundo padrões
estabelecidos nesta Lei;

V - Desenvolvimento Funcional: representa as possibilidades de crescimento na estrutura de carreira,


por intermédio da progressão horizontal e promoção vertical;

VI - Classe: escala hierárquica horizontal que indica os valores dos vencimentos do cargo segundo o
tempo de serviço na carreira e identificada por letras maiúsculas do alfabeto;

VII - Função de Confiança: é o conjunto de atribuições e responsabilidades com denominação própria,


conferidas a servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo, para o exercício de cargos de chefia
e supervisão, mediante livre designação do Chefe do Poder Executivo;

VIII - Cargo em Comissão: cargo submetido ao regime estatutário cujas atribuições e responsabilida-
des são relativas ao exercício de atribuições de direção, gerência e assessoramento de órgãos ou unida-
des organizacionais da Administração Municipal;

IX - Tabela de Vencimentos: conjunto dos padrões salariais, hierarquicamente organizados para iden-
tificação dos valores dos vencimentos básicos dos cargos de carreira e cargos comissionados previstos
nesta Lei.

X – Vencimento Base: retribuição pecuniária mensal devida ao servidor pelo exercício do cargo ou
função, conforme valor, símbolo e padrão fixados em Lei;

XI - Remuneração: total da retribuição pecuniária mensal recebida pelo servidor e correspondente ao


somatório do vencimento base do cargo e vantagens pecuniárias de caráter permanente ou temporário,
pessoal, funcional, indenizatória ou acessória, pagas em conformidade com as Leis e Regulamentos;

XII - Adicional: vantagem pecuniária que retribui situações pessoais ou referentes ao desempenho de
funções especiais ou tempo de serviço, em caráter definitivo ou enquanto o servidor permanecer no car-
go ou função que lhe der origem ou persistirem as condições da sua concessão;

XIII - Gratificação: vantagem pecuniária que remunera o exercício de cargo ou função em situações
relacionadas ao local ou condições anormais de trabalho, concedida em razão da situação excepcional
em que um serviço é executado ou prestado;

XIV - Vantagem de caráter pessoal: direito financeiro deferido ao servidor individualmente, em virtude
do atendimento de condições ou pré requisitos pessoais;

XV - Vantagem de caráter funcional: retribuição financeira deferida ao servidor pelo exercício de deter-
minada função, responsabilidade ou pela execução de determinado trabalho em exposição a condições
ambientais que imponha desgastes físicos ou de saúde.

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CAPÍTULO III
DOS CARGOS EFETIVOS

Art. 7º. O Quadro de Pessoal da Assistência Social será formado pelos cargos de provimento efetivo,
discriminados no anexo desta Lei, subdivididos nos seguintes Grupos Profissionais:

I - Grupo Profissional de Cargos de Nível Fundamental;

II - Grupo Profissional de Cargos de Nível Médio;

III - Grupo Profissional de Cargos de Nível Superior.

Parágrafo único. Os cargos agrupados conforme habilitação profissional, graduação de escolaridade,


carga horária, quantidade de vagas e requisitos para investidura serão identificados no Anexo I desta Lei
Complementar.

Art. 8º. Cada cargo corresponde a uma atividade profissional, ocupação, ofício ou profissão, com tare-
fas e responsabilidades que serão atribuídos ao servidor pelo Chefe do Poder Executivo no ato de provi-
mento inicial no cargo.

Parágrafo único. O ato de provimento nos cargos efetivos integrantes desta Lei Complementar dis-
criminará o cargo a ser ocupado, a função a ser exercida, o nível e a classe correspondente e a carga
horária.

Art. 9º. São requisitos para o provimento nos cargos e exercícios das funções que integram o presente
PCCR:

I - Curso de graduação em nível superior e habilitação legal específica, quando for o caso, conforme
previsto no Anexo I desta Lei Complementar e definidos no Edital de Concurso, para os cargos de nível
superior;

II - Certificado de conclusão de ensino médio, técnico ou equivalente e habilitação legal específica,


quando for o caso, conforme previsto no Anexo I desta Lei Complementar e definidos no Edital de Con-
curso, para os cargos de nível médio;

III - Certificado de conclusão do ensino fundamental ou equivalente e habilitação legal específica,


quando for o caso, conforme previsto no Anexo I desta Lei Complementar e definidos no Edital de Con-
curso, para os cargos de nível fundamental.

§1º. O ingresso nos cargos integrantes deste PCCR far-se-á mediante prévia aprovação em concurso
público de provas ou de provas e títulos na primeira classe e nível de vencimento do respectivo cargo.

§2º. O concurso referido no §1º deste artigo poderá ser realizado em 01 (uma) ou mais fases, incluin-
do prova prática e prova psicológica, quando julgar pertinente, observada legislação em vigor.

§3º. O edital de concurso público poderá exigir outros requisitos relacionados à habilitação ou habili-
dades para a seleção dos candidatos ao provimento e exercício dos cargos.

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CAPÍTULO IV
DOS CARGOS EM COMISSÃO

Art. 10. Os cargos que compõe o Grupo ocupacional de Direção, Gerência e Assessoramento agru-
pam-se pela natureza de suas atribuições e classificam-se, segundo o grau de responsabilidade e poder
decisório, a posição hierárquica e a complexidade das atribuições.

§1º. Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração do Chefe do Poder Executivo.

§2º. Os cargos em comissão são destinados aos habilitados em curso de nível superior ou que tenham
notórios conhecimentos técnicos para seu exercício, devidamente comprovados.

§3º. O ocupante de cargo em comissão submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, poden-
do ser convocado sempre que houver interesse da Administração Municipal.

§4º. Serão privativos dos servidores efetivos 20% (vinte por cento) dos cargos em comissão do Poder
Executivo.

Art. 11. O servidor público nomeado/designado para ocupar cargo em comissão poderá optar pela
percepção do vencimento do respectivo cargo em comissão, acrescido das vantagens de caráter pessoal
do seu cargo de origem, ou pelo vencimento e vantagens pessoais do seu cargo de carreira ou de ori-
gem.
CAPÍTULO V
DAS FUNÇÕES DE CONFIANÇA

Art. 12. As funções de confiança representam o exercício, por servidor ocupante de cargo de carreira,
em extensão às tarefas próprias de sua função, de atribuições de chefia e supervisão.

Art. 13. A função de confiança será concedida ou revogada por ato do Chefe do Poder Executivo.

§1º. A função de confiança constitui ampliação temporária das atribuições do cargo e será ocupada
privativamente por servidor efetivo que atenda aos requisitos previstos no ato de sua instituição, deven-
do o ato de concessão especificar as atribuições a serem desenvolvidas pelo servidor e o local de lota-
ção.

§2º. O ocupante de função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, po-
dendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração Municipal.
CAPÍTULO VI
DO INGRESSO NO QUADRO PERMANENTE

Art. 14. Os cargos do Quadro Permanente são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em Lei, assim como aos estrangeiros regulares, na forma da Lei.

§1º. A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em Lei.

§2º. O concurso público terá por objetivo recrutar e selecionar candidatos para ocupar os cargos efeti-
vos e o exercício das funções que os compõem e terá como meta o provimento das vagas de acordo com
as áreas de atuação e especialização das funções.

§3º. As vagas oferecidas no concurso público serão identificadas, nominais e quantitativamente, por
cargo, função e, quando for o caso, por habilitação profissional e terão o provimento efetivado na posição

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inicial do cargo.

Art. 15. Serão reservadas nos concursos públicos 5% (cinco por cento) das vagas oferecidas as pes-
soas com deficiência, que serão empossados se atenderem aos requisitos exigidos para exercício da fun-
ção e ficar comprovada a compatibilidade das atribuições da função com a deficiência que possuem.

Art. 16. O candidato nomeado será empossado após aceitar formalmente, a função, atribuições, carga
horária prevista para o cargo, deveres e responsabilidades do cargo, mediante o compromisso de bem
desempenhá-lo, em observância às Leis, normas e regulamentos.

Parágrafo único. O efetivo exercício do servidor será contado a partir da data de início do desempenho
no cargo e função, após sua lotação na Secretaria Municipal de Assistência Social.
SEÇÃO I
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 17. O servidor nomeado em virtude de aprovação em concurso público permanecerá em estágio
probatório durante 36 (trinta e seis) meses, período em que será avaliado, por comissão designada para
esse fim, quanto a sua aptidão e capacidade para o desempenho do cargo público e respectivas atribui-
ções de função.

Art. 18. A avaliação do servidor durante o estágio probatório será realizada a cada 12 (doze) meses,
com base nos seguintes fatores:

I - idoneidade moral;

II - responsabilidade e iniciativa;

III - assiduidade, pontualidade e disciplina;

IV - aptidão e capacitação para o exercício do cargo ou função;

V - eficiência e produtividade.

§1º. A verificação do cumprimento dos requisitos previstos no artigo anterior será realizada segundo
normas expedidas pela Secretaria Municipal de Administração, definidas em comissão paritária, com no
mínimo 03 (três) representantes dos servidores efetivos e concluída no período determinado pela legisla-
ção vigente.

§2º. A ocorrência de 03 (três) ou mais faltas imotivadas no período de avaliação do estágio probató-
rio e o afastamento para tratamento de saúde por moléstia pré-existente, se ficar comprovada a má-fé,
implicará na perda, respectivamente, de toda a pontuação dos fatores indicados nos incisos III e V deste
artigo.

Art. 19. O estágio probatório será cumprido, obrigatoriamente, no exercício das atribuições próprias do
cargo para a qual tenha sido o servidor nomeado, vedado o afastamento nesse período, ressalvados os
casos de:

I - licença maternidade, à gestante ou adotante;

II - licença paternidade;

III - ausências ao serviço por motivo de doação de sangue, alistamento eleitoral, casamento ou luto;

IV - férias;

V - para servir ao Tribunal do Júri;

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VI - licenças para tratamento da própria saúde;

VII- licença para concorrer a mandato eletivo, pelo período determinado pela Justiça Eleitoral.

§1°. Os períodos de afastamento referidos nos incisos deste artigo serão computados a cada período
da avaliação.

§2º. O servidor em estágio probatório poderá ocupar cargo em comissão ou função de confiança, con-
forme esta Lei Complementar, caso em que o estágio probatório ficará suspenso.

Art. 20. Será considerado estável no serviço público municipal, o servidor que após o período determi-
nado pelo artigo 17, satisfazer os requisitos do estágio probatório.

§1º. O servidor em estágio probatório, se comprovado por meio das avaliações periódicas o não aten-
dimento dos requisitos referentes aos fatores discriminados nesta Seção, deverá ser reconduzido ao seu
cargo de origem, se estável na administração municipal, ou exonerado do cargo.

§2º. Será dada ciência aos servidores, obrigatoriamente, de todas as avaliações periódicas, para fins
do exercício do contraditório e ampla defesa, bem como interposição de recurso contra os seus resulta-
dos.

§3º. A declaração da estabilidade no serviço público municipal será homologada através de ato do
Chefe do Executivo, mediante apresentação de todas as avaliações periódicas.

§4º. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade
remunerada até o seu adequado aproveitamento em outro cargo.
TÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO FUNCIONAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
SEÇÃO I
DAS MODALIDADES

Art. 21. O desenvolvimento funcional terá por objetivo proporcionar aos servidores municipais opor-
tunidades de crescimento profissional e funcional no cargo ou na carreira para realização pessoal, de
acordo com as seguintes modalidades:

I - Progressão horizontal – movimentação do servidor de uma classe para outra imediatamente seguin-
te, dentro do respectivo cargo, mediante transcurso do lapso temporal;

II - Promoção vertical – é a passagem de um nível de habilitação para outro superior, na mesma clas-
se, mediante titulação.

Parágrafo único. O servidor concorrerá à promoção e à progressão somente depois de declarada a


sua estabilidade, após aprovação em estágio probatório, contando o tempo de serviço desse período
para os benefícios financeiros e/ou funcionais da carreira.

Art. 22. A promoção e a progressão não interrompem nem suspendem o tempo de efetivo exercício no
serviço público, que continua a ser contado com o novo posicionamento na carreira.

Art. 23. O servidor promovido reiniciará a contagem de tempo na referência superior, para efeito de
nova promoção ou progressão.

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Art. 24. Fica criada a Comissão de Promoção dos servidores efetivos da Secretaria Municipal de
Assistência Social composta por 03 (três) membros, nomeados pelo Secretário Municipal de Assistência
Social mediante portaria, pelo período de 1 (um) ano, assim composta:

I – Por 01 (um) servidor efetivo da Secretaria Municipal de Assistência Social;

I – Por 01 (um) servidor efetivo do Departamento de Recursos Humanos da Secretaria Municipal de


Administração;

III – Pelo Assessor Jurídico da Secretaria Municipal de Assistência Social.


SEÇÃO II
DA PROGRESSÃO HORIZONTAL

Art. 25. A Progressão Horizontal será processada pelo critério de antiguidade, constituindo-se em mo-
vimentação do servidor à classe imediatamente seguinte à ocupada, a cada 3 (três) anos, independente
de vagas para movimentação.

§1º. A progressão horizontal ocorrerá automaticamente no mês subsequente àquele em que o servidor
completou o interstício necessário a sua mudança de classe.

§2º. A confirmação de atendimento do requisito de tempo de serviço exigido para concorrer à progres-
são horizontal exclui da contagem, os afastamentos, cedências e licenças superiores a 30 (trinta dias) e
ocorridos durante o período de apuração desse interstício, e o tempo de efetivo exercício em outro cargo
público da Administração Pública Direta ou Indireta, nas esferas Federal, Estadual e Municipal.

§3°. As licenças ou afastamentos citados no §2°, somente serão computadas para cálculo de progres-
são horizontal, se consideradas como de efetivo exercício.

Art. 26. Para cada classe subsequente, haverá um acréscimo salarial, junto ao vencimento base do
servidor, no percentual de 5% (cinco por cento) sobre o valor anterior.

Art. 27. Não concorrerá a progressão horizontal o servidor que registrar uma ou mais de uma das se-
guintes situações:

I – tiver mudado de cargo no período;

II – estiver cumprindo pena privativa de liberdade;

III – estiver em gozo de licença para trato de interesse particular;

IV– tiver registro de suspensão;

V – estiver em licença para mandato classista;

VI - estiver em mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual;

VII – estiver em mandato de Prefeito e Vice-Prefeito;

VIII– estiver em mandato de Vereador, quando não existir compatibilidade de horário entre o seu exer-
cício e o cargo público;

IX – tiver registro de afastamento ou cedência para outro órgão ou entidade não integrante da estrutu-
ra da Administração Municipal, por mais de 90 (noventa) dias.

Parágrafo único. O servidor terá assegurada a contagem do tempo de serviço para a progressão ho-
rizontal, a partir da data de ocorrência da sua última movimentação no cargo anterior à transformação,
conforme Anexo V.

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Art. 28. Caso o servidor não cumpra todos os requisitos necessários para a concessão de sua pro-
gressão horizontal, permanecerá na referência em que se encontra, até que cumpra os requisitos exigi-
dos na presente Lei.
SEÇÃO III
DA PROMOÇÃO VERTICAL

Art. 29. A Promoção Vertical é o desenvolvimento na carreira passando o servidor a nível superior ao
que ele se encontra, mediante titulação e independentemente do número de vagas.

Parágrafo único. O servidor promovido a outro nível será enquadrado no mesmo grau de progressão
horizontal que se encontrava antes da promoção.

Art. 30. A Promoção Vertical é ato de competência do Chefe do Poder Executivo e será concedida
mediante requerimento do servidor devidamente instruído com prova de formação ou titulação própria do
nível a que pretende ser elevado.

§1º. Os pedidos de Promoção Vertical deverão ser protocolizados pelo servidor, mediante a apresen-
tação dos documentos necessários, junto a Secretária Municipal de Saúde, no mês de abril, para serem
analisados pela Comissão de Promoção;

§2º. A Comissão de Promoção terá 90 (noventa) dias para analisar os requerimentos protocolados,
deferindo ou indeferindo, e encaminhará o processo administrativo de promoção para o setor de Recur-
sos Humanos do Município de Ponta Porã, que providenciará a elaboração de Portaria para assinatura
do Chefe do Poder Executivo e posterior publicação.

§3º. A Promoção Vertical será realizada uma vez por ano, no mês de Agosto.

Art. 31. Para a concessão da Promoção Vertical deverão ser observados os seguintes requisitos obri-
gatórios e cumulativos:

I – Somente será concedido se comprovado a realização de cursos em instituições autorizadas ou


reconhecidos pelo MEC – Ministério da Educação, com relação direta, com o cargo de concurso do servi-
dor efetivo.

II – Entre uma promoção e outra deverá ser observado o interstício mínimo de 02 (dois) anos, respei-
tando a sequência dos níveis de promoção, conforme Anexo III desta Lei Complementar.

III – O servidor deve estar em exercício das atribuições do cargo efetivo, cargo em comissão ou fun-
ção de confiança, caso tenha sido nomeado ou designado.

IV - Não ter advertências ou quaisquer penas disciplinares presentes no Regime Jurídico nos últimos
02 (dois) anos e ter atingido no mínimo o conceito “Bom” na última avaliação de desempenho.

Parágrafo único. O servidor efetivo do Município que atualmente possui habilitação superior a exigida
para o cargo efetivo que ocupa, deverá protocolizar os requerimentos de Promoção Vertical após o in-
terstício de 2 (dois) anos, contados a partir da publicação desta Lei Complementar e sempre respeitando
o disposto no inciso II.

Art. 32. Para cada nível subsequente, dentro de um mesmo grupo, haverá um acréscimo salarial, junto
ao vencimento base do servidor, no percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor anterior.

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CAPÍTULO II
DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Art. 33. A avaliação de desempenho terá por objetivo aferir o rendimento e o desenvolvimento do ser-
vidor no exercício da função e será processada com base nos seguintes fatores:

I - assiduidade e pontualidade;

II - disciplina e zelo funcional;

III - iniciativa e presteza;

IV - qualidade de trabalho;

V - produtividade no trabalho;

VI - chefia e liderança; e

VII - aproveitamento em programas de capacitação.

Art. 34. O sistema de avaliação de desempenho deverá considerar as condições e os requisitos relati-
vos à habilitação profissional, capacitação obtida em cursos de formação ou especialização, o exercício
de função de confiança e ou cargo em comissão e a participação em conselho, comissões ou grupos de
trabalho ou assemelhados.

§1°. Serão tomadas em consideração, ainda, a natureza das atribuições desempenhadas pelo servidor
e as condições em que estas são exercidas, segundo as regras e critérios estabelecidos no regulamento
específico aprovado pelo Chefe do Poder Executivo.

§2°. O sistema de avaliação deverá observar a destinação de no mínimo 60% (sessenta por cento)
dos seus pontos para os critérios referidos nos incisos I, II, VI e VII do artigo 33.

Art. 35. Para fins de demissão por insuficiência de desempenho ou exoneração, fica instituída a se-
guinte escala de conceitos e pontuação, considerando a pontuação final obtida na avaliação anual:

I – ótimo, mais de 80% (oitenta por cento) dos pontos;

II – bom, mais de 60% (sessenta por cento) e até 80% (oitenta por cento) dos pontos;

III – regular, mais de 50% (cinquenta pro cento) e até 60% (sessenta por cento) dos pontos;

IV – insatisfatório, até 50% (cinquenta por cento) dos pontos.

Art. 36. A avaliação de desempenho do servidor será realizada a cada 12 (doze) meses, com base nos
fatores destacados nos incisos do artigo 33 desta Lei.

Art. 37. A avaliação de desempenho do servidor será realizada pela chefia imediata deste.

Art. 38. Os resultados das avaliações de desempenho serão consolidados por uma Comissão de Ava-
liação de Desempenho, integrada por um representante dos interesses dos servidores municipais e 02
(dois) membros ocupantes de cargo de carreira.

§1°. A Comissão de Avaliação ficará vinculada à Secretaria Municipal de Administração, e as designa-


ções dos seus membros e as substituições em caso de vaga serão realizadas por meio de portaria ema-
nada pelo Chefe do Executivo, para mandato de dois anos, permitida a recondução.

§2º. As atribuições complementares e normas gerais da ação da Comissão de Avaliação de Desempe-


nho serão objetos de Resolução do Secretário Municipal de Administração.

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§3º. É vedado ao membro da Comissão de Avaliação de Desempenho participar de reunião em que for
julgado assunto de seu interesse ou de parentes consanguíneos ou afins, na linha reta ou colateral, até
3º grau.

§4º. Cabe à Comissão assegurar que o servidor tenha ciência do resultado de todas as avaliações
anuais, para exercício do contraditório e da ampla defesa.

§5º. Os recursos contra a avaliação de desempenho serão apresentados pelo servidor e serão apre-
ciados e julgados pela Comissão de Avaliação de Desempenho.

Art. 39. O servidor em estágio probatório, será exonerado se obtiver 2 (dois) conceitos “insatisfatório”,
na avaliação de desempenho, consecutivos ou não, e se estável, será reconduzido ao cargo anterior.

Art. 40. O servidor estável que obtiver nas avaliações de desempenho, o conceito “insatisfatório”, ao
final de 3 (três) avaliações, consecutivas ou não, será exonerado, mediante Processo Administrativo Dis-
ciplinar.
TÍTULO III
DO SISTEMA DE REMUNERAÇÃO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 41. A remuneração do ocupante de cargo dos quadros da Secretaria Municipal de Assistência
Social corresponde ao vencimento base, relativo ao nível e a classe em que se encontre, acrescido das
vantagens pecuniárias a que fizer jus, conforme estabelecido nesta Lei.

Art. 42. O Sistema de Remuneração do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores
da Secretaria Municipal de Assistência Social é constituído das regras de fixação dos vencimentos e de
concessão de vantagens financeiras, identificadas como adicionais, auxílios e gratificações, em conformi-
dade com o Estatuto dos Servidores Públicos do Município.

Art. 43. Os vencimentos dos cargos de provimento efetivo da Secretaria Municipal de Assistência So-
cial constam no Anexo III desta Lei Complementar.

Art. 44. Não poderá ser paga a servidor ativo e inativo dos Quadros da Secretaria Municipal de Assis-
tência Social remuneração superior à fixada para o Chefe do Poder Executivo, nem menor que o salário
mínimo nacional vigente.

§1º. São excluídos dos limites fixados nesse artigo as indenizações, os auxílios financeiros, a gratifica-
ção natalina, o adicional de férias, a gratificação por serviço extraordionário e outras vantagens de natu-
reza exclusivamente indenizatória.

§2º. Quando a remuneração do servidor, incluídas as parcelas remuneratórias referidas no §1º, for in-
ferior a um salário mínimo nacional, será assegurado ao servidor uma parcela complementar para atingir
esse valor.

Art. 45. É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para efeito de remuneração do pessoal
do Município, ressalvados os casos de isonomia demonstrada com base na avaliação do cargo e função,
nos termos do §1º do artigo 39 da Constituição Federal.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à fixação da remuneração dos servidores con-
tratados por prazo determinado para funções eventuais ou temporárias, com fundamento no inciso IX do
artigo 37 da Constituição Federal.

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Art. 46. Caberá ao Chefe do Poder Executivo fixar as bases e condições para concessão e pagamento
de vantagens instituídas nesta Lei Complementar aos servidores pertencentes aos quadros da Secretaria
de Assistência Social e de servidores colocados à sua disposição.

Art. 47. As percepções de vantagens pelos servidores dos quadros da Secretaria Municipal de As-
sistência Social não serão computadas nem acumuladas para fins de concessão de acréscimos ulterio-
res.
SEÇÃO I
DAS VANTAGENS

Art. 48. Para efeito da presente Lei, as vantagens pecuniárias são identificadas como adicionais, auxí-
lios e gratificações incidentes sobre o vencimento base do servidor, podendo ser permanentes ou even-
tuais.

Parágrafo único. As vantagens pecuniárias serão devidas, concedidas ou atribuídas em razão da natu-
reza ou exercício do cargo ou função, da situação pessoal do servidor, ou das condições ou do local em
que o trabalho é executado.

Art. 49. O pagamento das vantagens pecuniárias identificadas como adicionais ou gratificações terão
caráter permanente ou eventual, conforme estabelecido nesta Lei Complementar e em regulamento es-
pecífico.
SEÇÃO II
DOS ADICIONAIS

Art. 50. Os adicionais são vantagens pecuniárias concedidas ao servidor em razão do desempenho do
cargo ou função de forma ou condições peculiares, pela decorrência de determinada condição ou qualifi-
cação pessoal, sendo identificados como:

I - Adicional de férias: destina-se a gratificar o servidor por ocasião do gozo das férias anuais, calcula-
da à razão de 1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, incidente, quando for o caso, sobre o
valor recebido se no exercício de cargo em comissão ou em função de confiança estiver.

II - Adicional por tempo de serviço: é devido a razão de 5% (cinco por cento), a cada cinco anos de
serviço público prestado pelo servidor ocupante de cargo efetivo, sobre o vencimento base, ainda que
investido o mesmo servidor em função de confiança ou cargo em comissão, observando o limite de 35%
(trinta e cinco por cento) daquele valor.

Parágrafo único. O servidor fará jus ao adicional a partir do mês subsequente que completar o quin-
quênio de efetivo exercício no cargo e será pago independentemente de requerimento do servidor.
SEÇÃO III
DAS GRATIFICAÇÕES

Art. 51. As gratificações são vantagens pecuniárias concedidas em caráter transitório e temporário, em
razão da prestação de serviços em condições especiais, assim identificadas:

I - pelo exercício de função de confiança: atribuída ao servidor efetivo designado para seu exercício
pelo Chefe do Poder Executivo, conforme percentuais e condições básicas estipuladas nesta Lei;

II – de periculosidade: para compensar o trabalho que imponha ao servidor exposição permanente a


riscos de vida, em razão das condições e métodos de trabalho classificado como perigosos, apurados por
laudos técnicos, em valor equivalente a 30% (trinta por cento) calculado sobre o vencimento base;

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III – de insalubridade: para indenizar o risco imposto ao servidor pelo trabalho em condições que o ex-
ponha a agentes nocivos à saúde, considerando a natureza e intensidade do agente e o tempo de expo-
sição aos seus efeitos, apurados por laudos técnicos, em valor equivalente a 10% (dez por cento), 20%
(vinte por cento) ou 40% (quarenta por cento), calculado sobre o vencimento base;

IV - pelo trabalho em período noturno: para compensar o desgaste imposto pelo trabalho prestado, es-
porádica e eventualmente, em horário noturno, compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e
05 (cinco) horas do dia seguinte, a razão de 20% (vinte por cento) de acréscimo sobre o valor das horas
trabalhadas nesse período, considerando-se como hora noturna o período de 52´30” (cinquenta e dois
minutos e trinta segundos);

V - natalina: destina-se a bonificar o servidor no mês de dezembro, no valor correspondente a 1/12


(um doze avos) da remuneração a que fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício, no respectivo
ano;

§1°. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

§2°. O valor correspondente ao décimo terceiro salário poderá ser pago em 02 (duas) parcelas, con-
forme requerimento do servidor e disponibilidade financeira do Município, sendo a primeira paga no mês
de junho e a segunda no mês de dezembro.

§3º. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exer-
cício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.

VI – pela prestação de serviço extraordinário: para compensar o servidor pelo trabalho realizado em
horas excedentes ao expediente diário normal, expressamente autorizadas pelo Secretário da pasta,
limitada a duas horas por dia, sendo cada hora remunerada a razão de 50% (cinquenta por cento) de
acréscimo à hora normal ou 100% (cem por cento), se o trabalho for prestado em dias que não tenha
expediente normal do Município de Ponta Porã.

§1º. As gratificações discriminadas neste artigo não têm caráter permanente, podendo seu pagamento
cessar a qualquer momento independentemente de manifestação do servidor, e não se incorporam ao
vencimento para fins de pagamento de qualquer outra vantagem financeira.

§2º. Os critérios, os requisitos e os percentuais para concessão das gratificações serão estabelecidos
em regulamento, observados os limites percentuais discriminados neste artigo, as condições e a área de
atuação, assim como as atribuições inerentes às funções e a natureza de suas atividades.

Art. 52. A gratificação pelo exercício de função de confiança será paga em complementação ao venci-
mento do cargo de carreira e não poderá ser percebida cumulativamente com a gratificação pela presta-
ção de serviços extraordinários e remuneração pelo exercício de cargo em comissão.

Art. 53. A atribuição das gratificações de insalubridade ou de periculosidade será de acordo com a
caracterização dos graus de incidência, durante o período de realização do trabalho, indicados em laudo
técnico, observadas as regras sobre a matéria aprovadas pelo Ministério do Trabalho e regulamentado
pelo Chefe do Poder Executivo.

Parágrafo único. O grau de incidência resultará de avaliação realizada por especialista de medicina
do trabalho e ou segurança do trabalho, cujo laudo deverá indicar os limites de tolerância aos agentes
agressivos, os meios de proteção e o tempo máximo de exposição do servidor a esses agentes, bem
como classificar os níveis de incidência para fins de pagamento da gratificação de insalubridade.

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Art. 54. O pagamento das gratificações de insalubridade e periculosidade cessará com a eliminação
do risco ou da incidência dos agentes que atingem à saúde ou à vida do servidor, ou pelo seu afastamen-
to para outra função ou local que elimine as condições que fundamentaram o pagamento da vantagem,
bem como nos afastamentos do exercício da função.

§1º. O servidor não poderá perceber as gratificações referidas neste artigo cumulativamente, devendo
optar pelo recebimento da vantagem que julgar mais conveniente à sua situação.

§2º. Para cálculo do pagamento de auxílio maternidade será considerada a média das gratificações de
insalubridade ou periculosidade percebidas pelas servidoras, durante os últimos 06 (seis) meses.

Art. 55. Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e temporá-
rias e sempre com autorização prévia e escrita do Secretário Municipal da Assistência Social.

Parágrafo único. Para cálculo do pagamento de auxílio maternidade será considerada a média das
horas extras executadas pelas servidoras, durante os últimos 06 (seis) meses.

Art. 56. As gratificações previstas no artigo 51 integrarão a base de cálculo dos proventos de aposen-
tadoria desde que sobre elas incidam os descontos previdenciários, nos termos de Lei especifica.

Art. 57. Os ocupantes de cargo em comissão não poderão perceber as gratificações previstas no arti-
go 51 desta Lei Complementar, exceto a do inciso V.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA SALARIAL

Art. 58. A política salarial para os servidores do quadro da Assistência Social terá como objetivo a re-
composição da remuneração em razão das perdas decorrentes da desvalorização da moeda ou a revisão
de vencimento fundamentado nos incisos X, XI e XII do artigo 37 e no §1º do artigo 39, ambos da Consti-
tuição Federal.

§1°. A política salarial dos servidores da Assistência Social ficará vinculada à disponibilidade de recur-
sos financeiros e ao limite de gastos com pessoal definido na Constituição Federal, na Lei Complementar
n° 101/2000 e demais diplomas legais pertinentes.

§2°. Serão computadas, para fins de apuração dos gastos relativamente ao limite referido no parágra-
fo anterior, as parcelas financeiras percebidas pelos servidores referentes ao vencimento e às vantagens
pecuniárias bem como o valor dos encargos sociais.

Art. 59. A concessão de vantagens pecuniárias, o aumento de remuneração, a criação de cargos ou


suas alterações e a admissão de pessoal a qualquer título, ficam condicionados:

I - A existência de dotação orçamentária prévia suficiente para atender às projeções das despesas de
pessoal e dos acréscimos dela decorrentes nos exercícios seguintes;

II - A autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, no Plano Plurianual e na Lei Orça-


mentária Anual para a medida, conforme proposto pelo Chefe do Poder Executivo;

III - Ao cumprimento de limite do dispêndio com pessoal, conforme a Lei Complementar n°


101/2000.

Art. 60. O aumento do salário respeitará a política de remuneração definida nesta Lei, bem como seu
escalonamento e respectivos distanciamentos percentuais entre os níveis e padrões de vencimento,
ficando estabelecido para cada exercício, como data-base para a revisão geral dos vencimentos dos

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servidores do Município de Ponta Porã, o mês de referência constante na Lei Orgânica do Município de
Ponta Porã.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, FINAIS E TRANSITÓRIAS
CAPÍTULO I
DA TRANSFORMAÇÃO DOS CARGOS

Art. 61. Os servidores efetivos e os estáveis em atividade na data da publicação desta Lei Comple-
mentar, ocupantes de cargos integrantes do sistema de classificação instituído pela Lei Complementar №
128/2014, terão seus cargos transformados, conforme correlação estabelecida no Anexo V.

§1º. Serão exigidos dos servidores, para a ratificação da transformação do seu cargo, a comprovação
do atendimento dos requisitos de escolaridade e habilitação específica fixados para ocupar a função de
enquadramento, conforme Anexo I.

§2º. A função ocupada pelo servidor será determinada no ato que formalizar a transformação do seu
cargo e corresponderá àquela de atribuições equivalentes às exercidas na data de publicação desta Lei
Complementar, incluída no cargo resultante da transformação, conforme correlação estabelecida no Ane-
xo V.

Art. 62. A transformação do cargo importa na manutenção do servidor na classe correspondente e


no nível I, com base no cargo ocupado e o tempo de serviço no Município na data da publicação desta
Lei.

Art. 63. A formalização da transformação dos cargos ocupados pelos servidores em exercício se efeti-
vará por ato do Chefe do Poder Executivo, depois de cumpridos todos os procedimentos previstos nesta
Lei.

§1º. O servidor deverá apresentar a documentação que comprove o atendimento dos requisitos para a
transformação.

§2º. A avaliação das condições para o enquadramento nas funções será processada por comissão
integrada por 3 (três) servidores municipais efetivos, designados pelo Chefe do Poder Executivo.

Art. 64. O servidor que tiver seu cargo transformado perceberá vencimento do novo cargo acrescido
de vantagens pessoais calculadas sobre esse novo valor e, quando for o caso, acrescido de vantagem
pecuniária instituída nesta Lei.
CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 65. Os servidores do Quadro de Pessoal da Secretaria Municipal de Assistência Social, ocupantes
de cargos efetivos, ficam submetidos ao regime estatutário e à carga horária semanal fixada no Anexo
I.

§1º. Os servidores efetivos com carga horária de trinta horas semanais, comprovada a necessidade do
serviço e com a concordância do servidor, poderão ter sua carga horária ampliada, por ato do Chefe do
Poder Executivo, em até quarenta horas semanais, com acréscimo financeiro proporcional ao número de
horas complementares.

§2º. O servidor que cumprir carga horária complementar poderá ter a mesma revogada a qualquer
tempo e, quando o exercício tiver mais de vinte quatro meses continuados, a revogação ou alteração por

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decisão da Administração Municipal deverá ter aprovação do órgão de lotação do servidor.

§3º. A retribuição que o servidor receber pela complementação da carga horária, vinculada ao venci-
mento do cargo efetivo, comporá a base de cálculo para proventos de aposentadoria e das gratificações
previstas no artigo 51, exceto a do inciso I, que venha perceber.

Art. 66. A critério do Secretário Municipal de Assistência Social e com a anuência expressa do servidor
efetivo a jornada de trabalho poderá ser alterada em função das peculiaridades ou designação, em esca-
las de 12x36 ou 24x72 horas, sendo considerados sábados, domingos e feriados dias de serviço.

Art. 67. O servidor que exercer cargo público ou função pública em regime de acumulação, nas hipó-
teses permitidas pela Constituição Federal, não poderá cumprir somadas as duas cargas horárias dos
cargos/funções públicas ocupados no município, no Estado, na União ou em outro Município, mais de 60
(sessenta) horas semanais.

Art. 68. Compete ao Chefe do Poder Executivo baixar atos e normas para a regulamentação de dis-
posições desta Lei Complementar, necessárias à aplicação e implementação de procedimentos e rotinas
administrativas.

Art. 69. São da competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo os atos de provimento nos cargos
efetivos, designação de função de confiança, nomeação e exoneração de ocupante de cargo em comis-
são, designação e dispensa de função de confiança.

Art. 70. Os anexos desta Lei Complementar constituem parte integrante do seu texto.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 71. As atribuições dos cargos de provimento efetivo, funções de confiança e cargos em comissão,
são as constantes do Anexo IV desta Lei.

§1º. VETADO.

§2º. VETADO.

Art. 72. Ficam revogadas todas as disposições legais do Município concedendo adiantamento salarial,
abonos pecuniários, gratificações, complementação salarial e outras vantagens de natureza assemelha-
da.

Art. 73. Nas hipóteses não contempladas por este Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, aplica-
-se aos servidores públicos o que dispõe o Estatuto os Servidores Públicos do Município de Ponta Porã,
MS.

Art. 74. No prazo de 180 (cento e oitenta dias), contados a partir da aprovação e sanção desta Lei
Complementar, o Poder Executivo encaminhará ao Legislativo proposta para a reestruturação administra-
tiva do Município para adequação do disposto nesta Lei Complementar.

Art. 75. As despesas decorrentes da implantação da presente Lei serão custeadas à conta do Orça-
mento Municipal, observadas as formalidades previstas nos artigos 16 e 17 da LC 101/2000.

Art. 76. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, e revogam-se todas as disposições em
contrário.

Ponta Porã, MS, 29 de julho de 2022.


Prezado candidato, a lei na íntegra com seus respectivos anexos está disponível para consulta em:

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https://camarapontapora.ms.gov.br/public/pdf/0327de589131792e03f8701645787ab9-1667845665.pdf
https://camarapontapora.ms.gov.br/public/pdf/b83137a75f2499b46da55af2d8f283ff-1667845881.pdf

Lei Complementar n. 121, de 12 de agosto de 2014 (Estatuto dos Servidores) e suas


alterações

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 12 DE AGOSTO DE 2014.


Aprova o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Porã, dispõe sobre seu Regime Ju-
rídico e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PONTA PORÃ, Estado de Mato Grosso do Sul, faz saber que a Câmara
Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
DO REGIME JURÍDICO
CAPÍTULO ÚNICO
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta Lei Complementar institui o regime jurídico estatutário dos servidores públicos da admi-
nistração direta, das autarquias e fundações públicas do Município de Ponta Porã, conforme previsto no
inciso IV do art. 54 da Lei Orgânica do Município.

Parágrafo único - O regime jurídico estatutário se constitui no conjunto de direitos, deveres, proibições
e responsabilidades estabelecidos em consonância com os princípios constitucionais da legalidade, mo-
ralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência inscritos no art. 37 da Constituição Federal e aos pre-
ceitos legais e regulamentares que regem as relações de trabalho do Município com seus servidores.

Art. 2º - Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo
público.

§ 1º - O cargo público terá denominação própria fixada em lei e constitui o conjunto de atribuições e
responsabilidades previstas no Plano de Cargos e Remuneração ou no ato de estruturação organizacio-
nal do Município de Ponta Porã.

§ 2º - Os cargos públicos são de provimento efetivo em caráter permanente, ou em comissão, em ca-


ráter temporário.

§ 3º - Os cargos públicos do Município são acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requi-
sitos estabelecidos em lei e regulamento, bem como em edital de concurso público, no caso dos servido-
res efetivos.

§ 4º - É vedado atribuir ao servidor atribuições que não sejam próprias do seu cargo, definidas em lei
ou regulamento, ressalvados os casos de readaptação laborativa.

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TÍTULO II
DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA DOS CARGOS PÚBLICOS
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO

Art. 3º - São requisitos básicos para a investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação com as obrigações eleitorais e militares;

IV - a aptidão física e mental, comprovada em inspeção médica oficial do Município, admitida a inca-
pacidade física parcial na forma que a lei ou regulamento;

V - a idade mínima de 18 (dezoito) anos;

VI - a habilitação prévia em concurso público, para os cargos de provimento efetivo;

VII - a declaração de acumulação ou não de cargo, função ou emprego em entidade pública ou per-
cepção de proventos de inatividade;

VIII - a inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do Ministério da Fazenda;

IX - a apresentação prévia de declaração de bens;

X - o cumprimento das condições especiais previstas em lei ou regulamento para determinados car-
gos, inclusive habilitação legal específica para seu exercício.

§ 1° - Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor no cargo, mediante pro-


moção, serão estabelecidos pela lei que fixar suas diretrizes e regulamentos.

§ 2º - A comprovação do atendimento dos requisitos poderá ser exigida no ato da inscrição no concur-
so público ou previamente ao ato de posse no cargo público.

§ 3º - Ninguém poderá ser investido em cargo público se exercer, no âmbito federal, estadual ou mu-
nicipal, outro cargo, emprego ou função ou perceber proventos de inatividade da administração direta ou
indireta, salvo se provar que solicitou exoneração ou dispensa do cargo, emprego ou função ou renun-
ciou à percepção dos proventos ou que incidirá em acúmulo admissível pela Constituição Federal.

§ 4º - O servidor deverá comprovar que a exoneração, a dispensa ou a renúncia referidas no § 3º pro-


duzirão efeitos a partir do começo do exercício no novo cargo, sob pena de ser considerado incidente em
acumulação ilícita.

Art. 4º - A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

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CAPÍTULO II
DAS FORMAS DE PROVIMENTO

Art. 5º - Os cargos públicos são providos por:

I - nomeação;

II - promoção;

III - reintegração;

IV - recondução;

V - reversão;

VI - readaptação;

VII – aproveitamento;

VIII – redistribuição;

IX – transformação.

Art. 6º - O ato de provimento deverá indicar a existência da vaga bem como os elementos capazes de
identificá-la.

Art. 7º - Os cargos efetivos serão providos por concurso público de provas ou de provas e títulos.
SEÇÃO I
Da Nomeação

Art. 8º - A nomeação será feita:

I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo efetivo e o provimento decorrer de aprovação em con-
curso público;

II - em comissão, quando se tratar de cargo de confiança definido em lei como de livre nomeação e
exoneração.

§ 1º - A nomeação em caráter efetivo para cargo público dependerá de habilitação em concurso públi-
co.

§ 2º - A nomeação obedecerá à ordem de classificação, o número de vagas existentes e o prazo de


validade do concurso.

Art. 9º - Constará, obrigatoriamente, do ato de nomeação:

I - o nome completo do nomeado;

II - a espécie e o número do documento de identificação ou a matrícula;

III - o cargo e a origem da vaga;

IV - a classificação no concurso público, no caso de cargo efetivo;

V - a referência ao fundamento legal para a nomeação constante desta Lei Complementar.

Art. 10 - Será tornada sem efeito a nomeação quando, por ato ou omissão de quem for responsável, a
posse não se verificar no prazo fixado nesta Lei Complementar.

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Subseção I
Do Concurso Público

Art. 11 - O concurso será de provas ou de provas e títulos, conforme dispuser a lei e o regulamento
do respectivo Plano de Cargos, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no
edital, quando indispensável ao seu custeio e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente
previstas.

Art. 12 - Deverão constar do edital de abertura do concurso público, obrigatoriamente, entre outros, os
seguintes requisitos:

I - a denominação do cargo a ser provido;

II - o grau de escolaridade exigível para o exercício do cargo;

III - o número de vagas a serem preenchidas, a habilitação profissional, a especialização e ou a disci-


plina, quando for o caso;

IV - os requisitos básicos para a investidura no cargo;

V - o percentual das vagas destinadas ao provimento de candidato portador de necessidades espe-


ciais, quando for cabível;

VI - o prazo de sua validade;

VII - os títulos que serão utilizados e os graus de sua avaliação;

VIII - o conteúdo programático das provas escritas;

IX - as condições de realização da prova prática e do exame psicotécnico, quando forem exigidos;

X - a pontuação para avaliação das provas e os critérios de eliminação.

Art. 13 - O concurso público terá validade de até 02 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única
vez, por igual período.

§ 1º - O prazo de validade do concurso público e as condições de sua realização serão fixados em


edital, que será publicado na imprensa oficial e em jornal de circulação no Município.

§ 2º - Não poderá ser nomeado candidato de um novo concurso quando houver candidato aprovado
em concurso anterior com prazo de validade não expirado para o mesmo cargo.
Subseção II
Da Posse

Art. 14 - A posse é o ato que completa a investidura em cargo público e através do qual o nomeado
aceita o cargo e exprime o compromisso de bem servir ao Município e exercer suas atribuições, deveres
e responsabilidades inerentes à função pública.

Parágrafo único - Não haverá posse nos casos de promoção, reintegração, enquadramento, aproveita-
mento, reversão, readaptação, recondução e na designação para função em confiança.

Art. 15 - São competentes para dar posse em cargo efetivo ou em comissão, na área de competência,
aos servidores do Poder Executivo, o Prefeito Municipal bem como os dirigentes superiores de autarquia
ou fundação pública, por delegação do Prefeito.

Art. 16 - A posse somente terá validade se comprovado que:

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I - foram satisfeitas as condições legais e atendidos os requisitos para a posse;

II - do ato de provimento constar a existência da vaga com os elementos capazes de identificá-la;

III - existe a necessária prova, quando for o caso, de acumulação de cargos.

Art. 17 - A posse deverá ocorrer no prazo de até 15 (quinze) dias da publicação do ato de provimento
depois de aprovado em exames clínicos, laboratoriais e complementares, que deverão ser realizados a
expensa do candidato, e em exame médico admissional (inspeção médica oficial) de responsabilidade do
Município de Ponta Porã, que constate que o nomeado possui saúde física e mental para o exercício do
cargo público.

§ 1º - A requerimento do interessado ou de seu representante legal e a critério da Administração o pra-


zo para a posse poderá ser prorrogado pela autoridade competente, até o máximo de 15 (quinze) dias, a
contar do término do prazo de que trata este artigo.

§ 2º - Caso o servidor esteja em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal o prazo será con-
tado do término do impedimento.

§ 3º - O aprovado em concurso, diplomado para exercer mandatos eletivos federal, estadual ou muni-
cipal, quando da publicação do ato de provimento, tomará posse no cargo e entrará no período de está-
gio probatório contado da data do término do mandato, salvo no caso de acumulação legal.

§ 4º - Será tornado sem efeito o ato de provimento excluindo-se o candidato do rol dos classificados
se a posse não ocorrer no prazo previsto neste artigo ou depois de esgotado o prazo da prorrogação.

§ 5º - Ao novo empossado poderá ser oferecido curso preparatório, conforme atribuições do cargo a
ser desempenhado, pela Escola Municipal de Governo.
Subseção III
Do Exercício

Art. 18 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou função em confian-
ça.

Art. 19 - O exercício do cargo ou da função terá início dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contado da
data:

I - da publicação oficial do ato de provimento, nos casos de designação, promoção, reintegração, en-
quadramento, aproveitamento, reversão, readaptação ou recondução;

II - da posse, nos casos de nomeação.

§ 1º - Quando se tratar de posse em cargo de magistério municipal, verificada em época de férias es-
colares, o exercício somente terá início na data fixada para o começo das atividades docentes.

§ 2º - O disposto no § 1º não se aplica a quem já detiver a condição de servidor municipal e que, por
força de sua posse no novo cargo, tenha que se desvincular de cargo ou função municipais, anteriormen-
te ocupados.

§ 3º - O prazo previsto neste artigo poderá ser prorrogado por quinze dias, a requerimento do interes-
sado e a juízo da autoridade competente para dar a posse.

Art. 20 - O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual


do servidor.

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§ 1° - O exercício, nos casos de provimento por aproveitamento, reversão e readaptação dependerá
da prévia satisfação dos requisitos atinentes à capacidade física e sanidade mental, comprovada em
inspeção médica oficial.

§ 2° - O servidor removido, quando licenciado ou afastado por impedimento legal, terá cinco dias de
prazo para entrar em exercício, a partir do término da licença ou do impedimento.

Art. 21 - Compete ao titular do órgão ou entidade para a qual for designado o servidor dar-lhe exercí-
cio.

Parágrafo único - O servidor será lotado no órgão, entidade ou na unidade administrativa em que tiver
exercício.

Art. 22 - O início do exercício do cargo em comissão ou da função em confiança coincidirá com a data
da posse ou da publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver de licença ou afastado,
hipótese em que deverá ocorrer no primeiro dia útil após o retorno, que não poderá exceder a 15 (quinze)
dias da posse ou publicação do ato.

Parágrafo único - Será exonerado o servidor que não entrar em exercício no prazo fixado no artigo 19,
ressalvados os casos previstos neste Estatuto.

Art. 23 - O afastamento do servidor de sua unidade administrativa somente ocorrerá se incidir nos
casos previstos neste Estatuto e não será computado como de exercício, ressalvadas as exceções aqui
expressas.

§ 1° - O afastamento do servidor não se prolongará por mais de 01 (um) ano, salvo:

I - para exercer cargo ou função de direção, assessoramento ou assistência em outro Poder ou em


órgão da União, outros Municípios ou em Estados;

II - para exercer mandato eletivo, no âmbito federal, estadual ou municipal;

III - quando convocado para o serviço militar obrigatório;

IV - quando se tratar de servidor em licença para acompanhar o cônjuge;

V - no caso de prorrogação de afastamentos ou licenças, desde que o período total não seja superior
a 02 (dois) anos.

§ 2° - O afastamento poderá ser prorrogado, no máximo, por período igual ao anterior.

Art. 24 - A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado do novo posicionamento no
cargo, a partir da data da publicação do ato que promover o servidor.

Art. 25 - O servidor deverá apresentar ao órgão competente, após ter tomado posse e entrado em
exercício, os elementos necessários à abertura do seu assentamento individual.

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Subseção IV
Do Estágio Probatório

Art. 26 Estágio probatório é o período de efetivo exercício do servidor no cargo para o qual foi apro-
vado em concurso público, durante o qual são apurados os requisitos necessários à sua confirmação no
serviço público municipal.

§ 1° - As avaliações no estágio probatório terão periodicidade anual e estarão submetidas à homologa-


ção do dirigente superior do órgão ou entidade, conforme regulamento previsto em Decreto Municipal.

§ 2º - O servidor em estágio probatório não poderá se afastar do exercício do cargo por período supe-
rior a 30 (trinta) dias consecutivos, exceto para tratamento da própria saúde ou para descanso da gestan-
te ou adotante ou para exercer cargo ou função em confiança no Município de Ponta Porã cujas atribui-
ções tenham relação direta com às do cargo efetivo.

§3º - Será descontado do período de estágio probatório, necessário para aquisição de estabilidade, o
espaço de tempo inerente ao gozo excepcional de outras licenças previstas neste Estatuto.

Art. 27 - O estágio probatório ficará suspenso durante os afastamentos por licenças por motivo de
doença em pessoa da família, para prestação de serviço militar, para acompanhar o cônjuge ou compa-
nheiro e para atividade política, sendo retomado a partir do término do afastamento.

Art. 28 O servidor será avaliado anualmente, durante o período do estágio probatório e o resultado
será apurado por comissão, composta por no mínimo 03 (três) servidores efetivos, segundo os critérios
regulamentados em Decreto Municipal.

§ 1º - O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado dentro dos 30 (trinta) últimos
dias do término do período de avaliação ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.

§ 2º - O servidor poderá ser exonerado durante o estágio probatório se comprovado através da ava-
liação periódica, da qual lhe será dado ciência obrigatoriamente, que obteve avaliação igual ou inferior a
50% (cinquenta por cento) dos pontos em uma das avaliações semestrais.

§ 3º - Quando o servidor em estágio probatório não preencher os requisitos enumerados no § 2º, seu
chefe imediato deverá iniciar o processo para a exoneração, no máximo até 60 (sessenta) dias antes do
término do período do estágio probatório.

§ 4º - O servidor, depois de concluído o estágio probatório, somente perderá o cargo quando nele
não confirmado em razão do resultado de sua avaliação, por sentença judicial transitada em julgado ou
mediante processo administrativo disciplinar ou, conforme regulamentação da legislação municipal, por
insuficiência de desempenho.
Subseção V
Da Estabilidade

Art. 29 - O servidor empossado no cargo efetivo em virtude de habilitação em concurso público e


aprovado no estágio probatório adquirirá estabilidade no serviço público municipal ao completar 03 (três)
anos de efetivo exercício.

§ 1º - Estabilidade é o direito que adquire o servidor empossado em cargo efetivo de não ser demitido,
salvo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

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II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - em virtude do resultado de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar


específica;

IV - para corte de despesas com pessoal, na forma que dispuser lei federal específica.

§ 2º - A estabilidade se refere à permanência no serviço público e não no cargo.

§ 3º - O servidor estável, quando tiver seu cargo extinto ou declarado desnecessário, ficará em dispo-
nibilidade remunerada com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.
SEÇÃO II
Da Promoção

Art. 30 - Promoção é a movimentação do servidor de uma classe para a imediatamente seguinte, a


cada 03 (três) anos, dentro do mesmo cargo, e ocorrerá por antiguidade segundo os critérios estabeleci-
dos no Plano de Cargos e Remuneração.
SEÇÃO III
Da Reintegração

Art. 31 - A reintegração é o reingresso do servidor estável no serviço público com ressarcimento dos
vencimentos e vantagens inerentes ao cargo efetivo, em decorrência de decisão administrativa ou judi-
cial.

Parágrafo único - A decisão administrativa que determinar a reintegração será proferida em pedido
de reconsideração ou em recurso e, quando a demissão tiver sido precedida de processo administrativo
disciplinar, ficará condicionada à revisão do processo.

Art. 32 - A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado, salvo:

I - no cargo resultante da transformação, se o anterior houver sido transformado;

II - noutro de vencimento equivalente e observada a habilitação profissional, se extinto o anterior.

§ 1º - A reintegração do servidor acarretará, a quem lhe houver ocupado o lugar, a exoneração ou o


retorno ao cargo anterior, se servidor, sem direito a qualquer reparação.

§ 2° - O servidor reintegrado será submetido à inspeção medica e aposentado, se julgado incapaz.


SEÇÃO IV
Da Recondução

Art. 33 - Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá


de:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

II - reintegração do ocupante anterior ao cargo ocupado pelo servidor.

- Encontrando-se providas todas as vagas do cargo de origem o servidor será aproveitado em outro de
vencimentos iguais e atribuições similares com o anteriormente ocupado.

- Quando não for possível promover o aproveitamento do servidor o mesmo será colocado em disponi-
bilidade remunerada até a ocorrência de vaga para efetivar seu retorno à atividade.

§ 3º - Na hipótese do inciso I, decorridos 30 (trinta) dias do término da vacância sem que haja mani-

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festação expressa para recondução, tal ato importará em renuncia ao cargo titulado e o servidor será
automaticamente exonerado.
SEÇÃO V
Da Reversão

Art. 34 - Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

I - por invalidez, quando a perícia médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria;
ou

II - no interesse da administração, desde que:

a) tenha solicitado a reversão;

b) a aposentadoria tenha sido voluntária;

c) estável quando na atividade;

d) a aposentadoria tenha ocorrido nos 02 (dois) anos anteriores à solicitação;

e) haja cargo vago correspondente ao da aposentadoria.

Art. 35 - A reversão ex offício será, preferencialmente, no mesmo cargo ou naquele em que o anterior
tenha sido transformado, ou em cargo de vencimento equivalente e atribuições similares aos do cargo
anteriormente ocupado, atendido, sempre que exigido, o requisito de habilitação profissional.

§ 1º - O tempo em que o servidor esteve aposentado e o que ficar em exercício será considerado para
concessão da aposentadoria.

§ 2º - No caso do inciso I do art. 34, encontrando-se provido o cargo o servidor exercerá suas atribui-
ções como excedente, até a ocorrência de vaga.

§ 3º - O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição


aos proventos da aposentadoria, a remuneração integral do cargo que voltar a exercer, inclusive com as
vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.

§ 4º - O servidor de que trata o inciso II do art. 34 somente terá revisto seus proventos com base nas
regras atuais se permanecer pelo menos 05 (cinco) anos no cargo.

Art. 36 - Para que a reversão possa efetivar-se é necessário que o servidor aposentado:

I - não tenha completado 65 (sessenta e cinco) anos de idade;

II - seja julgado apto em inspeção de saúde;

III - tenha seu reingresso na atividade considerado como de interesse do serviço público, a juízo da
Administração.

Art. 37 – O Chefe do Poder Executivo fica autorizado a transformar cargo vago, sem aumento de des-
pesa, para reversão do servidor aposentado em outro que lhe permita fazer o provimento.

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SEÇÃO VI
Da Readaptação

Art. 38 – Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades com-


patíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, que inviabilizem a rea-
lização das atividades consideradas essenciais ao cargo originário, comprovada pela perícia médica
oficial, e desde que a limitação ocorra após o ingresso no serviço público, mediante: (Redação dada pela
Lei Complementar n. 130, de 29.12.2014)

I - redução ou cometimento de encargos diversos daqueles que o servidor estiver exercendo, respeita-
das as atribuições do cargo que ocupa;

II - provimento em outro cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, o nível de escola-
ridade e a equivalência de vencimentos.

§ 1º - A readaptação dependerá sempre de prévia inspeção realizada por perícia médica oficial.

§ 2º - A readaptação tanto para cargo de igual ou inferior classificação, neste último por opção do
servidor, em nenhuma hipótese acarretará aumento ou redução de vencimentos, devendo ser respeitada
a habilitação legal exigida para o cargo no ato da posse no cargo público assumido e cumprida a jornada
do cargo de origem.

§ 3º - O servidor readaptado provisória ou definitivamente terá sua carreira suspensa, não concorren-
do neste período para as progressões e ascensões funcionais, bem como para as evoluções de classe
por tempo de serviço, atendido o Plano de Cargo e Carreira específico, circunstância em que ficará ga-
rantido ao servidor a retomada na carreira e suas vantagens, quando cessar a condição de readaptado.
(Redação dada pela Lei Complementar n. 130, de 29.12.2014)

§ 4º - É vedada a readaptação para cargo de nível superior ao ocupado pelo readaptando.

§ 5° - Se julgado incapaz para o serviço público e em não sendo caso de licença para tratamento de
saúde, o readaptando será aposentado, nos termos da lei vigente.

§ 6º - O servidor readaptado só poderá gozar de licença para tratamento de saúde se a doença apre-
sentada for diversa da que embasou a readaptação, ou se for decorrente de agravamento da mesma,
comprovada por laudo técnico correspondente.

§ 7º - Não fará jus à aposentadoria por invalidez o servidor que possuir capacidade laborativa para
exercício de função readaptada.

Art. 39 - O procedimento de readaptação poderá ser iniciado por solicitação de perícia médica oficial,
realizada por dois ou mais profissionais ou ex-officio pelo chefe imediato, e será processada:

I - quando provisória, mediante ato do Secretário Municipal de Administração, de conformidade com


a manifestação da perícia médica oficial, pelo período de até 01 (um) ano, prorrogável por igual período,
para reduzir, alterar ou atribuir novos encargos ao servidor, no mesmo cargo, no caso de o servidor estar
participando de programa de reabilitação profissional;

II - quando definitiva, por ato do Chefe do Poder Executivo, de conformidade com a manifestação da
perícia médica oficial, desde que atendidos os requisitos de habilitação profissional exigidos em lei ou
regulamento para o cargo a ser ocupado, o qual deverá ter idêntica retribuição e classificação funcional
do cargo anteriormente ocupado, excluídas as vantagens inerentes ao cargo anterior.

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§ 1º - A perícia médica oficial deverá atestar a incapacidade temporária ou definitiva do servidor para
o exercício das tarefas inerentes às funções de seu cargo, apontando as restrições quanto às funções e
atividades que não poderão ser exercidas.

§ 2º - A prorrogação da readaptação provisória e a concessão da readaptação definitiva ficam condi-


cionadas à manifestação da perícia oficial em parecer conclusivo.

§ 3º - Se verificada pela perícia médica, a qualquer tempo, a cessação da incapacidade, o servidor


será reconduzido ao cargo de origem.

§ 4º - Somente terá direito a readaptação durante o estágio probatório o servidor que comprovar que a
redução de sua capacidade física ou mental ocorreu após ingresso ao serviço público e com ausência de
culpa, assegurada ampla defesa.

§ 5º - O servidor readaptado em caráter definitivo, não fará jus à mudança de nível do cargo anterior,
em virtude de título que tenha obtido durante ou após o início da readaptação. Havendo, entretanto, ces-
sação da limitação ocorrerá recondução para o cargo originário.

Art. 40 - Quando o servidor readaptando for detentor de mais de um cargo deverão ser cumpridos os
requisitos atinentes à acumulação.

Parágrafo único - Deferida a readaptação, eventual acréscimo de carga horária será revogada, ficando
expressamente vedado a concessão de acréscimo de carga horária a servidor readaptando e readapta-
do.

Art. 41 - A readaptação provisória dar-se-á em tantas funções quanto necessárias e possíveis, duran-
te a vigência do prazo previsto no inciso I do art. 39, a readaptação definitiva, com mudança de cargo,
dar-se-á uma única vez.

§ 1º - A concessão de licença médica, em razão de doença ocupacional durante o período de readap-


tação, ensejará revisão do processo pela Comissão Multiprofissional, para emissão de parecer e indica-
ção para nova função ou aposentadoria.

§ 2º - Provada a inadaptação a todas as funções disponíveis na administração pública municipal, o


servidor readaptando ou readaptado será aposentado por invalidez, na forma em que dispuser o sistema
de previdência social, ainda que em estágio probatório.

Art. 42 - Somente caberá à Secretaria Municipal de Administração proceder à mudança de função do


servidor, para a readaptação provisória e a mudança de cargo para a readaptação definitiva, somente se
processará por ato do Chefe do Poder Executivo.

Parágrafo único. A situação funcional dos servidores que no momento da publicação da presente lei
estiverem em processo de readaptação, passará a ser regida pelos dispositivos desta subseção.

Art. 43 - Fica criada a Comissão Multiprofissional, formada por servidores, composta por psicólogo,
assistente social e terapeuta ocupacional, para acompanhar a evolução do quadro de saúde do servidor
em seu ambiente de trabalho, bem como das atividades por ele desenvolvidas a fim de verificar a sua
adaptabilidade à nova área ocupacional.

Art. 44 - Todos os servidores readaptados em caráter definitivo deverão, sob pena de suspensão do
benefício, submeter-se, a cada ano, a perícia médica, para fins de avaliação e comprovação de manuten-
ção do quadro de incapacidade parcial.

Art. 45 - Esta subseção poderá ser regulamentada, no que couber, por ato do Executivo.

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Art. 46 – O Chefe do Poder Executivo fica autorizado a transformar, sem aumento de despesa, o cargo
do servidor readaptado em caráter definitivo para outro que lhe permita fazer o provimento.
SEÇÃO VII
Da Redistribuição

Art. 47 – A redistribuição ocorrerá com o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou


vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
apreciação da Secretaria Municipal de Administração, observados o interesse da Administração.

§ 1º – Para efetivação da redistribuição é necessário que haja interesse da Administração, ausência


de prejuízos no vencimento, vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das ativida-
des, mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional, compatibilidade entre as
atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade e aprovação do Chefe do Execu-
tivo.

§ 2º - Os servidores redistribuídos na forma do item anterior poderão ser enquadrados nos planos de
cargos da instituição de destino e farão jus à remuneração e demais vantagens fixadas para o plano de
cargos ao qual passarem a pertencer.

§ 3º Nos casos de extinção de órgão ou entidade os servidores estáveis que não puderem ser redis-
tribuídos, na forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade com remuneração integral, até seu
aproveitamento.
SEÇÃO VIII
Da Transformação

Art. 48 - A transformação consiste na passagem de um cargo extinto e alocação dos servidores para
um novo cargo com natureza, grau de complexidade e atribuições semelhantes criados por lei superve-
niente como resultante do cargo extinto, importando apenas em alteração de nomenclatura.

§ 1º - Não poderá ocorrer transformação de cargo que importe em elevação do nível de complexidade
das respectivas atribuições ou a escolaridade exigida para ingresso, eis que inviabilizada pelo disposto
no art. 37, II, da Constituição Federal.
SEÇÃO IX
Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Art. 49 - O servidor será posto em disponibilidade quando extinto o seu cargo ou declarada a sua des-
necessidade, observados na aplicação desta medida os seguintes critérios:

I - a remuneração será proporcional ao tempo de serviço, considerando-se 1/35 (um trinta e cinco)
avos da respectiva remuneração permanente, por ano de serviço, se homem, e um trinta avos, se mu-
lher;

II - a remuneração mensal para o cálculo da proporcionalidade corresponderá ao vencimento básico


acrescido das vantagens permanentes pessoais e as relativas ao exercício do cargo efetivo;

III - serão observados, considerando a situação pessoal dos ocupantes do cargo, sucessivamente,
para escolha dos servidores que serão colocados em disponibilidade, o de maior tempo de serviço, o de
maior remuneração e o de mais idade.

§ 1° - O servidor em disponibilidade contribuirá para a previdência social e o tempo de contribuição


correspondente ao período em que permanecer em disponibilidade será contado para efeito de aposenta-

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doria.

§ 2° - Os cargos públicos serão declarados desnecessários ou extintos nos casos de extinção ou de


reorganização de órgãos ou de entidades, respeitado o interesse público e a conveniência da administra-
ção.

Art. 50 - Aproveitamento é o retorno do servidor em disponibilidade à atividade.

§ 1° - O aproveitamento do servidor em disponibilidade deverá processar-se em cargo de natureza e


vencimento compatíveis com os do anteriormente ocupado.

§ 2º - O aproveitamento dependerá de prova de capacidade física e mental mediante inspeção médi-


ca.

§ 3º - Provada em inspeção médica a incapacidade definitiva do servidor será declarada a sua apo-
sentadoria.

Art. 51 - Na ocorrência de vaga para cargo assemelhado ao ocupado antes da disponibilidade o apro-
veitamento do servidor terá precedência aos demais provimentos.

Parágrafo único - Havendo mais de um concorrente à mesma vaga terá preferência o de maior tempo
de disponibilidade, o de maior tempo de serviço público e o mais idoso, sucessivamente.

Art. 52 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do servidor se este,
cientificado expressamente do ato de aproveitamento, não tomar posse no prazo legal, salvo caso de
doença comprovada em inspeção médica.

Parágrafo único - O servidor considerado inapto na inspeção médica para retornar à atividade será
aposentado por invalidez e os que atingirem condições para a aposentadoria poderão requerê-la, seja
por idade ou tempo de contribuição.
CAPÍTULO III
DAS FORMAS DE VACÂNCIA

Art. 53 - Dar-se-á a vacância do cargo público na data do fato ou da publicação do ato que implique
em desinvestidura e decorrerá de:

I - exoneração;

II - demissão;

III - aposentadoria;

IV - falecimento;

V - perda de cargo, por determinação judicial;

VI - posse em outro cargo inacumulável;

VII - readaptação.

Art. 54 - A exoneração ocorrerá:

I - por decisão da administração quando:

a) o servidor não for aprovado no estágio probatório;

b) após ter tomado posse, o servidor não entrar no exercício do cargo;

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c) a juízo da administração, relativamente aos ocupantes de cargo em comissão;

II - a pedido, apresentado pelo servidor ocupante de cargo efetivo ou em comissão;

III - pelo abandono de cargo, quando, extinta a punibilidade administrativa por prescrição, o servidor
não houver requerido exoneração;

IV - em condições especiais de quebra da estabilidade previstas na Constituição Federal.

Art. 55 - A demissão resultará de ato punitivo, decorrente de processo administrativo disciplinar ou por
sentença judicial, transitada em julgado.

Art. 56 - A vaga ocorrerá na data:

I - da vigência do ato de exoneração, demissão, aposentadoria, readaptação ou disponibilidade do


ocupante do cargo;

II - do falecimento do ocupante do cargo;

III - da vigência do ato que instituir o cargo e permitir seu provimento.

Parágrafo único - A Administração Municipal deverá emitir ato declarando vago o cargo por motivo de
falecimento, de aposentadoria ou de abandono de cargo pelo seu ocupante.

Art. 57 - Quando se tratar de função em confiança dar-se-á a vacância pela publicação do ato de dis-
pensa ou por falecimento do ocupante.
CAPÍTULO IV
DOS CARGOS EM COMISSÃO E DAS FUNÇÕES EM CONFIANÇA
SEÇÃO I
Do Provimento dos Cargos em Comissão

Art. 58 - O cargo em comissão se destina a atender encargos de direção, gerência e assessoramento


superior ou de coordenação e assistência intermediária, sendo seu provimento processado mediante livre
escolha do Chefe do Poder Executivo.

§ 1º - A escolha poderá recair em servidor do Município ou em pessoa estranha ao serviço público


municipal desde que reúna os requisitos necessários e a habilitação profissional para a respectiva inves-
tidura.

§ 2º - A competência e as atribuições dos cargos em comissão e de seus titulares serão definidas em


regimento dos respectivos órgãos ou entidades.

§ 3º - Não poderão ocupar cargo em comissão os aposentados por invalidez, salvo se insubsistentes
os motivos que determinaram a inatividade.

Art. 59 - Quando a nomeação recair em servidor do Município este poderá optar pela remuneração do
cargo em comissão ou pela percepção da remuneração do seu cargo efetivo, nos termos do que estabe-
lece o Plano de Cargos e Remuneração.

Parágrafo único - A opção pela remuneração do cargo em comissão não impedirá a percepção do
adicional por tempo de serviço devido ao servidor, que será calculado sobre o vencimento do respectivo
cargo efetivo.

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Art. 60 - Quando a nomeação recair em servidor da administração indireta municipal, colocado à dis-
posição da administração direta, sem ônus para a entidade de origem, o nomeado receberá pelo exercí-
cio do cargo em comissão o vencimento e vantagens para este fixados e, em caso contrário, observará o
procedimento do artigo anterior.

§ 1º - A nomeação de servidor de outro Poder ou de outra esfera de governo somente poderá ocorrer
após ter sido este colocado, formalmente, à disposição do Município de Ponta Porã.

§ 2º - O servidor de outra esfera de governo colocado à disposição do Município, com ônus para a es-
fera a que pertence, poderá perceber as gratificações conforme previsto nos Planos de Cargos e Remu-
neração do Município.

Art. 61 - A posse em cargo em comissão determinará o concomitante afastamento do servidor do car-


go efetivo ou função em confiança de que for titular, ressalvados os casos de acumulação legal.

Parágrafo único - O servidor que acumular licitamente 02 (dois) cargos efetivos, quando investido em
cargo em comissão ou designado para função em confiança ficará afastado de ambos os cargos, salvo
se o exercício de um deles ocorrer em outro horário e local com compatibilidade horária.

Art. 62 - O servidor ocupante de cargo em comissão não poderá ser afastado, nesta qualidade, para
ter exercício em outro órgão ou Poder do Município, de outros Municípios, de Estados ou da União.

Art. 63 - O servidor nomeado para exercer cargo em comissão tomará posse conforme as regras cons-
tantes desta Lei Complementar.
SEÇÃO II
Do Provimento das Funções em Confiança

Art. 64 - A função em confiança é criada por lei, com símbolo próprio, destinando-se ao exercício de
encargos de coordenação, em nível intermediário.

Art. 65 - A função em confiança não constituirá cargo e a respectiva retribuição tem o caráter de vanta-
gem acessória ao vencimento do servidor designado.

Parágrafo único - A designação para o exercício da função de que trata este artigo será pelo critério da
confiança e capacitação profissional, somente podendo recair em servidor ocupante de cargo efetivo ou
estável do Município.

Art. 66 - O Chefe do Poder Executivo é a autoridade competente para designar ou dispensar ocupante
de função em confiança.

Art. 67 - Compete à autoridade a que ficar subordinado o servidor designado para a função em con-
fiança dar-lhe exercício, no dia imediatamente seguinte ao da publicação do ato de designação.
CAPÍTULO V
DA MOVIMENTAÇÃO
SEÇÃO I
Da Remoção

Art. 68 - Remoção é o deslocamento do servidor de uma unidade da administração para outra ou de


uma Secretaria Municipal para outra, no âmbito da administração direta.

§ 1º - A remoção processar-se-á ex offício ou a pedido do servidor, atendido o interesse e a conveniên-


cia da Administração Municipal.

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1733629 E-book gerado especialmente para KARINA DA SILVA FLORES
§ 2º - O servidor removido, quando em férias ou licença, não as interromperá, assumindo o exercício
no novo local no dia imediato ao seu retorno.

§ 3º - A remoção por permuta será processada a pedido escrito de ambos os interessados e de acordo
com as demais disposições deste Capítulo.
SEÇÃO II
Da Redistribuição

Art. 69 - Redistribuição é a movimentação do cargo e seu respectivo ocupante de um órgão para


outro, em razão de extinção, reorganização ou criação de órgãos ou unidades administrativas ou ativida-
des.

Parágrafo único - Nos casos de reorganização ou extinção de órgãos ou entidades autárquicas ou


fundacionais, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até o seu
aproveitamento, nos termos desta Lei Complementar.
SEÇÃO III
Da Substituição

Art. 70 - O servidor investido em cargo em comissão de direção, gerência e assessoramento superior,


de coordenação e assistência intermediária e ocupante de função em confiança de coordenação inter-
mediária poderá ter substituto indicado no regimento interno ou mediante designação do Chefe do Poder
Executivo.

Parágrafo único - Haverá substituição somente nos casos de impedimento ou afastamento de titulares
de cargos em comissão ou funções em confiança.

Art. 71 - A substituição independe de posse e será automática ou dependerá de ato da Administração,


devendo recair sempre em servidor do Poder Executivo.

§ 1º - A substituição automática é a estabelecida em lei, regulamento ou regimento, e processar-se-á


independentemente de ato.

§ 2º - Quando a substituição for por prazo superior a 30 (trinta) dias, o substituto receberá a remune-
ração atribuída ao cargo em comissão ou à função em confiança exercido pelo substituído, ressalvado o
caso de opção e vedada a percepção cumulativa de vencimentos e vantagens.

§ 3º - A substituição será remunerada se por prazo igual ou superior ao prazo referido no § 2° e de-
penderá de ato da autoridade competente para nomear ou designar, à exceção das substituições previs-
tas em lei ou regulamento.

§ 4º - Quando o substituto for detentor de cargo em comissão ou função em confiança fará jus somen-
te à diferença de remuneração.

Art. 72 - Em caso de vacância de cargo em comissão e até o seu provimento, poderá ser designado
um servidor para responder pelo expediente, interinamente.

Parágrafo único - Ao responsável pelo expediente se aplicam as disposições deste Capítulo e a ele
são inerentes os direitos, as atribuições e responsabilidades do cargo ou função exercidos.

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1733629 E-book gerado especialmente para KARINA DA SILVA FLORES
TÍTULO III
DOS DIREITOS E VANTAGENS FUNCIONAIS
CAPÍTULO I
DO TEMPO DE SERVIÇO
SEÇÃO I
Da Contagem do Tempo de Serviço e Da Averbação

Art. 73 - A apuração do tempo de serviço para fins de direitos funcionais será feita em dias, não con-
siderado, para qualquer efeito, o exercício de função gratuita ou o serviço público prestado através de
terceiros contratados pela Administração.

Parágrafo único - O numero de dias será convertido em anos, considerado o ano como de 365 (trezen-
tos e sessenta e cinco) dias.

Art. 74 - Os dias de efetivo exercício no Município serão apurados à vista de documentação própria
que comprove a frequência.

Art. 75 - Admitir-se-á como documentação própria comprobatória do tempo de serviço público:

I - certidão circunstanciada, fornecida pelo setor competente, discriminando os eventos registrados


nos assentamentos funcionais do interessado, apurados em dias, meses e anos;

II - certidão de frequência, cópia de livro de ponto, cópia do diário de classe, no caso de professor,
cópia da folha de pagamento e ou contracheque (holerite);

III - justificação judicial, nos casos de impossibilidade de outros meios de prova, de tempo de serviço
prestado ao Município, suas autarquias e fundações públicas.

§ 1º - Os elementos probatórios indicados nos incisos deste artigo são exigíveis na ordem direta de
sua enumeração, somente sendo admitido o posterior quando acompanhado de certidão negativa, forne-
cida pelo órgão competente para a expedição do elemento discriminado nos incisos anteriores.

§ 2º - A comprovação do tempo de serviço, mediante apresentação dos documentos referidos no inci-


so II, se constituirá como justificação administrativa, a ser apreciada pela Procuradoria Geral do Municí-
pio de Ponta Porã e homologada pelo Chefe do Poder Executivo.

§ 3º - O tempo de serviço público estranho ao Município, comprovado mediante justificação judicial,


será averbado mediante apresentação de certidão passada pelo órgão ou entidade ao qual ele foi presta-
do.

Art. 76 - Na averbação do tempo de serviço estranho ao Município não será admitido o tempo contado
em dobro ou fictício ou em condições especiais.

Parágrafo único - Os órgãos municipais, ao emitirem certidão de tempo de serviço prestado ao Muni-
cípio, deverão cancelar obrigatoriamente esse tempo, para todos os efeitos, inclusive aposentadoria, e
registrar este fato nos assentamentos funcionais do servidor.

Art. 77 - O tempo de serviço averbado somente será contado para fins de aposentadoria se tiver com-
provada a respectiva contribuição para sistema próprio de previdência social e a respectiva certidão for
apresentada no original, emitida sem rasuras e conter, obrigatoriamente:

I - identificação da entidade ou do órgão expedidor, em formulário pré-impresso, contendo nome com-


pleto, sigla, brasão e ou logomarca respectivos;

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II - nome completo do servidor, o cargo exercido, o número e emissor do documento de identidade, do
CPF e do PIS/PASEP;

III - período compreendido na certidão, data a data, indicando o tempo de serviço em anos, meses e
dias e a soma do tempo líquido, identificado de forma numérica e por extenso;

IV - discriminação da frequência durante o período abrangido pela certidão apontando, quando houver,
as várias alterações, as faltas, licenças, suspensões e outras ocorrências que importaram em não contri-
buição para a previdência social;

V - regime jurídico da relação de trabalho, se estatutário, especial ou celetista;

VI - assinatura do responsável pela emissão da certidão, visada pela autoridade competente, devendo
todas as assinaturas ser identificadas por carimbo.

§ 1º - É vedada a averbação de tempo de serviço para fins de aposentadoria ou disponibilidade de


atividades submetidas ao regime geral da previdência social, de outros Municípios, de Estados ou da
União, bem como de suas autarquias e fundações, quando for concomitante com o do Município.

§ 2º - É vedada a averbação e contagem de tempo de serviço, para fins de cálculo do provento do ser-
vidor colocado em disponibilidade, de atividades submetidas ao regime geral da previdência social.
SEÇÃO II
Do Efetivo Exercício

Art. 78 - Será averbado, para todos os efeitos previstos nesta Lei Complementar, o tempo de serviço
público prestado ao Município de Ponta Porã e nos afastamentos por motivo de:

I - férias;

II - casamento e luto, até oito dias;

III - exercício de outro cargo ou função de governo ou de direção, de provimento em comissão ou em


substituição, no serviço público municipal, inclusive nas respectivas autarquias e fundações, ressalvados
os casos de acumulação;

IV - exercício de outro cargo ou função de governo ou de direção, de provimento em comissão, no


serviço público da União, de outros Municípios e dos Estados, inclusive nas respectivas autarquias e
fundações, quando o afastamento houver sido autorizado pelo Chefe do Poder Executivo e sem prejuízo
do vencimento do servidor;

V - licença prêmio por assiduidade gozada;

VI - licença para repouso à gestante ou adotante;

VII - licença paternidade;

VIII - licença para tratamento de saúde;

IX - licença por motivo de doença em pessoa da família, até 12 (doze) meses, para cada período de
05 (cinco) anos, exceto para promoção;

X - licença para mandato classista, exceto para promoção;

XI - missão oficial, por designação do Chefe do Poder Executivo ou para estudo em qualquer parte do
território nacional, desde que de interesse para a Administração Municipal e que não ultrapasse o prazo
de 24 (vinte e quatro) meses, a cada 05 (cinco) anos;

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XII - prestação de prova ou de exame em curso regular ou em concurso público;

XIII - suspensão preventiva, se inocentado no final;

XIV - convocação para o serviço militar ou encargo da segurança nacional, júri e outros serviços obri-
gatórios por lei;

XV - faltas por motivo de doença comprovada, até o máximo de 03 (três) durante o mesmo mês;

XVI - candidatura a cargo eletivo, durante o lapso de tempo entre o registro da candidatura eleitoral e
até 10 (dez) dias após as eleições;

XVII - mandato legislativo ou executivo, federal ou estadual, exceto para promoção;

XVIII - mandato de Prefeito e Vice-Prefeito, exceto para promoção;

XIX - mandato de Vereador, quando não existir compatibilidade de horário entre o seu exercício e o
cargo público, exceto para promoção.

Art. 79 - Para efeito de disponibilidade, será computado:

I - o período de serviço público municipal, estadual ou federal;

II - o tempo em que o servidor esteve em disponibilidade ou aposentado.


SEÇÃO III
Da Frequência e do Horário

Art. 80 - A frequência será apurada por meio de ponto biométrico, mediante a verificação diária das
entradas e saídas do servidor.

§ 1º - Nos registros de ponto deverão ser lançados todos os elementos necessários a apuração da
frequência.

§ 2º - A frequência será apurada com base na carga horária definida no Plano de Cargos e Remunera-
ção para os cargos ou, quando especial, de acordo com a jornada definida em lei, e dentro do período do
expediente de trabalho estabelecido para os órgãos e entidades do Município.

Art. 81 – É obrigatório o registro eletrônico do ponto biométrico para todos os servidores públicos mu-
nicipais e nos locais em que não for possível a instalação de equipamento eletrônico, o ponto deverá ser
preenchido de forma manual pelos servidores, sob a supervisão dos superiores hierárquicos.

Art. 82 - O Chefe do Poder Executivo determinará, quando não discriminados em lei ou regulamento,
o número de horas diárias de trabalho dos órgãos e unidades administrativas do Município e das várias
categorias profissionais.

§1º - O servidor deverá permanecer em serviço durante as horas de trabalho, inclusive as extraordiná-
rias, quando convocado.

§ 2º - Nos dias úteis, somente por determinação do Chefe do Poder Executivo poderão deixar de fun-
cionar os serviços públicos municipais ou ser suspensos os seus trabalhos, no todo ou em parte.

§ 3° - O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cen-
to) em relação à hora normal de trabalho.

§ 4° - Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e temporá-
rias, respeitado o limite máximo de 02 (duas) horas diárias, conforme se dispuser em regulamento.

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§ 5° - O Poder Executivo regulamentará pagamento de plantões em favor dos servidores que labora-
rem em períodos de grande demanda, para atender necessidade excepcional de serviço.

Art. 83 – Outras disposições acerca do ponto biométrico, trabalho extraordinário e plantões deverão
ser regulamentados por Decreto.
CAPÍTULO II
DAS FÉRIAS

Art. 84 - Após cada período de 12 (doze) meses de exercício, o servidor terá direito a férias, na se-
guinte proporção:

I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 05 (cinco) vezes no período
aquisitivo;

II – 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 06 (seis) a 14 (quatorze) faltas no período
aquisitivo;

III – 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas no período
aquisitivo;

IV – 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 36 (trinta e duas) faltas no
período aquisitivo;

§ 1º - Cada unidade administrativa organizará uma escala de férias para os respectivos servidores,
encaminhando cópia ao órgão de pessoal competente para as anotações necessárias.

§ 2° - Não serão consideradas faltas ao serviço os casos referidos no art. 78 e quando não houver
desconto pela ausência.

§ 3° - Não terá direito a férias o servidor que, no curso do período aquisitivo:

I - tiver se afastado para licença para tratamento da própria saúde por mais de 90 (noventa) dias, em-
bora descontínuos; ou

II - permanecer em gozo de licença, com percepção de vencimentos, por mais de 30 (trinta) dias.

§ 4° - O disposto no § 3° não se aplica quando o servidor estiver afastado por motivo de doença grave,
incurável ou profissional ou por motivo de acidente em serviço, licença à gestante, suspensão para apu-
ração de falta administrativa, se absolvido ao final e nos dias em que o serviço tenha sido suspenso por
lei ou determinação do Chefe do Poder Executivo.

§ 5° - Iniciar-se-á a contagem do novo período aquisitivo quando o servidor, após o implemento de


qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço.

§ 6º - Somente depois do primeiro ano de efetivo exercício adquirirá o servidor direito a férias, as
quais corresponderão ao ano em que se completar esse período.

§ 7º - O cálculo para pagamento do terço constitucional será realizado com base na remuneração mé-
dia dos 12 (doze) últimos meses.

Art. 85 - É proibida a acumulação de férias, salvo imperiosa necessidade de serviço, não podendo a
acumulação, nesse caso, abranger mais de 02 (dois) períodos.

§ 1º - O impedimento decorrente de necessidade de serviço, para o gozo de férias pelo servidor, não
será presumido, devendo o seu chefe fazer comunicação escrita do fato ao órgão responsável pela admi-

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1733629 E-book gerado especialmente para KARINA DA SILVA FLORES
nistração dos recursos humanos, sob pena de perda de direito à acumulação excepcional de dois perío-
dos.

§ 2º - Se o servidor deixar, por qualquer motivo, de gozar férias por mais de 02 (dois) anos consecu-
tivos, entrará em gozo de férias a partir do primeiro dia do terceiro período aquisitivo, recaindo o gozo
sobre o período mais antigo.

§ 3º - Em hipótese alguma poderá ocorrer acumulação superior ao disposto no

§ 2º, e na hipótese do servidor contar com duas férias acumuladas por evento de sua inatividade, es-
tas ser-lhe-ão indenizadas pecuniariamente.

Art. 86 - No absoluto interesse do serviço, as férias poderão ser interrompidas ou ser admitirão o seu
gozo parcelado.

§ 1º - As férias parceladas poderão ser gozadas em período mínimo de 15 (quinze) dias.

§ 2º - Na hipótese de interrupção de férias, se o período restante não se ajustar ao estabelecido nos


itens do § 1º, o prazo será contado para efeito de acumulação de que trata o artigo anterior.

Art. 87 - O servidor em gozo de férias, por motivo de provimento em outro cargo não será obrigado a
interrompê-las, passando a contagem do prazo para a investidura a ser iniciado quando o servidor voltar
ao serviço.

Art. 88 - O membro do magistério, quando em atividade docente, gozará 30 (trinta) dias de férias por
ano e um de recesso, ambos coletivamente, assim distribuídos:

I – 30 (trinta) dias no término do período letivo;

II – 15 (quinze) dias entre duas etapas letivas.

Parágrafo único - A convocação de membros do magistério para trabalhos de exame e outros que se
realizarão nos períodos das férias ou recesso previstos nos incisos I e II deste artigo, será feita com a
concordância do servidor.

Art. 89 - Gozará férias de 30 (trinta) dias sem direito ao recesso o membro do magistério que:

I - por qualquer circunstância, estiver no exercício de função puramente administrativa;

II - ocupar cargo em comissão ou função em confiança;

III - for readaptado por laudos médicos em funções extraclasses.

Parágrafo único – O membro do magistério em exercício de função diversa gozará de férias em conso-
nância com o artigo 84.

Art. 90 - Os ocupantes de cargo em comissão ou função em confiança farão jus a 30 (trinta) dias inin-
terruptos de férias, ainda que o regime de férias de seu cargo efetivo estabeleça período diverso.

Art. 91 - O servidor, ao entrar no gozo de férias, comunicará ao chefe imediato o seu endereço even-
tual.

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CAPÍTULO III
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 92 - Conceder-se-á licença:

I - para tratamento de saúde;

II - por motivo de doença em pessoa da família;

III - à gestante ou adotante;

IV - paternidade;

V - para prestação de serviço militar;

VI - para acompanhar cônjuge ou companheiro;

VII - para atividade política;

VIII - para o trato de interesse particular;

IX - para o exercício de mandato classista;

X - para estudo.

Art. 93 - Terminada a licença, o servidor reassumirá o exercício, salvo nos casos de prorrogação.

§ 1º - O pedido de prorrogação será apresentado antes de findo o prazo da licença e, se indeferido,


contar-se-á como de licença sem vencimentos o período compreendido entre a data de seu término e a
do conhecimento oficial do despacho denegatório.

§ 2º - Ao servidor não será concedida nova licença sem que haja o interstício de 06 (seis) meses entre
uma e outra, salvo os casos das licenças discriminadas nos incisos I e II do artigo 84, desta Lei Comple-
mentar.

Art. 94 - O servidor afastado ou licenciado temporariamente do cargo efetivo, sem recebimento de re-
muneração pelo Município, deverá contribuir para o sistema da previdência social do Município de Ponta
Porã, com base na última remuneração de contribuição, em valor correspondente à sua parcela acresci-
da da parte referente à contribuição do seu órgão de lotação, de forma a contar com o respectivo tempo
de afastamento ou licenciamento, para fins de aposentadoria, nos termos do artigo 23, da Lei Comple-
mentar nº 42, de 19 de dezembro de 2007.

Parágrafo único - O servidor que deixar de recolher a contribuição de que trata o caput, por três meses
consecutivos ou alternados, terá sua licença automaticamente revogada, tendo iniciado de imediato o
prazo de contagem de abandono de emprego, independentemente de notificação.

Art. 95 - A licença confirmada por perícia médica oficial será concedida pelo prazo assinalado no lau-
do.

§ 1º - O servidor que se apresentar à nova inspeção médica e não for concedida a prorrogação do seu
afastamento terá considerado como falta os dias de ausência ao serviço.

§ 2º - O tempo necessário à inspeção médica será sempre considerado como licença, desde que não
fique caracterizada a simulação.

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Art. 96 - O servidor em gozo de licença comunicará ao seu chefe imediato o local onde poderá ser
encontrado, sob pena de cometer falta disciplinar.

Art. 97 - Ao servidor provido em comissão ou designado para função em confiança não serão concedi-
das, nesta qualidade, as licenças referidas no artigo 92, exceto as previstas em seus incisos I, III e IV.

Art. 98 - O servidor não poderá permanecer em licença, da mesma espécie, por período superior a 24
(vinte e quatro) meses, salvo os casos das licenças discriminadas nos incisos V, VI, VII, IX e X do artigo
92 desta Lei Complementar.

Art. 99 – Os procedimentos para concessão das licenças previstas no artigo 92 desta Lei Complemen-
tar serão regulamentados por lei específica.
Subseção I
Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 100 - A licença para tratamento de saúde será concedida a pedido do servidor ou quando o pró-
prio não possa fazê-lo, pelo seu representante.

§ 1º - Em ambos os casos, é indispensável a inspeção médica, que será realizada pela previdência
social ou conforme convênio firmado para esse fim e, quando necessário, no local onde se encontrar o
servidor.

§ 2º - Incumbe à chefia imediata promover a apresentação do servidor à inspeção médica, sempre que
este a solicitar.

Art. 101 - A inspeção médica será feita sob supervisão do órgão de administração de recursos huma-
nos ou por quem for transferida ou delegada essa atribuição.

§ 1º - Caso o servidor esteja ausente do Município de Ponta Porã e absolutamente impossibilitado de


locomover-se, por motivo de saúde, poderá ser admitido laudo de médico particular, com firma reconheci-
da, desde que o prazo de licença proposta não ultrapasse 60 (sessenta dias).

§ 2º - No caso da licença proposta ultrapassar o prazo estipulado no § 1º, somente será aceito laudos
exarados por profissional ou órgão pericial do local onde se encontra o servidor.

§ 3º - Quando não for negada a licença solicitada fora do Município, o servidor deverá comparecer, no
prazo de 15 (quinze) dias, após o despacho do órgão pericial, a fim de ser submetido à nova inspeção
médica.

Art. 102 - A licença médica superior a 60 (sessenta) dias, passará a ser remunerada pelo PREVIPO-
RÃ, e dependerá de inspeção realizada por perícia médica oficial.

§ 1º - Os servidores com atestados médicos superiores a 03 (três) dias deverão obrigatoriamente se


submeter à análise psicossocial e perícia médica para validação do atestado.

Art. 103 - O servidor que permanecer em licença para tratamento de saúde por prazo igual ou superior
a 24 (vinte e quatro) meses será encaminhado para aposentadoria por invalidez, exceto nos casos consi-
derados recuperáveis, caso em que esse prazo poderá ser prorrogado.

Parágrafo único - Expirado o prazo deste artigo, o servidor será submetido a nova inspeção médica
para ser aposentado, se julgado definitivamente inválido para o serviço público em geral e não puder ser
readaptado.

Art. 104 - No processamento das licenças para tratamento de saúde, na readaptação ou na aposenta-

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doria por invalidez será observado o devido sigilo sobre os laudos e atestados médicos.

Art. 105 - No curso da licença para tratamento de saúde, o servidor abster-se-á de atividades remu-
neradas, sob pena de interrupção da licença, com perda total dos vencimentos, desde o início dessas
atividades e até que reassuma o cargo.

Art. 106 - O servidor não poderá recusar-se à inspeção médica, sob pena de suspensão do pagamen-
to da remuneração, até que se realize a inspeção.

Art. 107 - Considerado apto em inspeção médica, o servidor reassumirá o exercício do cargo e função,
sob pena de serem computados como faltas os dias de ausência.

Art. 108 - No curso da licença, o servidor poderá requerer inspeção médica, caso se julgue em condi-
ções de reassumir o exercício ou com direito à aposentadoria.

Art. 109 - A remuneração do servidor licenciado para tratamento da própria saúde até 60 (sessenta)
dias corresponderá à sua remuneração e após esse período receberá o auxílio-doença conforme as
regras da previdência social.

Art. 110 - Em caso de acidente de trabalho, salvo as despesas cobertas pelo sistema de previdência
social ou de doença profissional correrão por conta do Município as despesas com o tratamento médico e
hospitalar do servidor que será realizado, sempre que possível, em estabelecimento municipal de assis-
tência à saúde ou conveniado.

§ 1º - Considera-se acidente no trabalho todo aquele que se verifique pelo exercício das atribuições
do cargo ou função, provocando direta ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença
que ocasione a morte, a perda total ou parcial, permanente ou temporária da capacidade física ou mental
para o trabalho.

§ 2º - Equipara-se ao acidente no trabalho a agressão, quando não provocada, sofrida pelo servidor
no serviço ou em razão dele e o ocorrido no deslocamento para o serviço ou deste para a sua residên-
cia.

§ 3º - Por doença profissional, entende-se a que se deve atribuir como relação de causa e efeito, às
condições de trabalho e exercício do cargo, assim como as resultantes de fato nele ocorrido, comprovado
pela perícia médica ou sindicância.

Art. 111 - Os casos de acidente em serviço ou doença profissional deverão ser apurados em sindicân-
cia sumária, onde deverá ser extraída a relação causa efeito, assim como ser registrada no laudo da
inspeção.

Parágrafo único - O laudo da inspeção deverá ser emitido por profissional ou comissão designada
para este fim e nele ser registrada a caracterização do acidente no trabalho ou da doença profissional, a
qual não poderia existir à época da admissão do servidor.
Subseção II

Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 112 - Ao servidor poderá ser concedida licença para acompanhar pessoa da família que esteja
doente, desde que prove ser indispensável a sua assistência pessoal; que esta não possa ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo ou função; e que a pessoa enferma seja economicamente
dependente do agente público, segundo os critérios previstos em regulamento expedido pelo Chefe do
Poder Executivo.

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§ 1º - Considerar-se-ão como pessoas da família, para efeito da licença deste artigo, os pais, os filhos
e o cônjuge ou companheiro.

§ 2º - As pessoas descritas no parágrafo anterior deverão obrigatoriamente se submeter à análise rea-


lizada por perícia médica oficial do Município ou outra criada para este fim, sob pena de não concessão
da licença.

§ 3º - A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder
ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado através de acompa-
nhamento psicossocial.

§ 4º - É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença prevista no caput


deste artigo.

Art. 113 - A licença por motivo de doença em pessoa da família observará as seguintes condições,
relativamente a um período base de cinco anos:

I - com vencimento do cargo efetivo, até 60 (sessenta) dias;

II - com dois terços do vencimento, se entre 61 (sessenta e um) dias e 90 (noventa) dias;

III - sem vencimento se for excedido o prazo de 90 (noventa) dias.

§ 1º - A licença concedida nos incisos I, II e III deste artigo poderão ser prorrogadas administrativa-
mente, o que deverá ser apurado através de acompanhamento psicossocial, conforme § 3º do Art. 112
desta Lei.

§ 2º - A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as respectivas
prorrogações, não poderá ultrapassar o limite de 12 (doze) meses.

§ 3º - O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data do deferimento da pri-
meira licença concedida.
Subseção III
Da Licença à Gestante ou à Adotante

Art. 114 - À servidora gestante será concedida licença, mediante inspeção médica e pagamento do
auxílio-maternidade pela previdência social, pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias.

§ 1º - A licença será concedida a partir do início do oitavo mês de gestação, salvo prescrição médica
diversa.

§ 2º - No caso de parto anterior à concessão, contar-se-á o prazo da licença a partir da ocorrência


desse evento.

§ 3º - Quando a saúde do recém-nascido exigir assistência especial poderá ser concedida à funcioná-
ria, pelo prazo necessário e mediante laudo, licença por motivo de doença em pessoa da família.

Art. 115 - A gestante terá direito, sem prejuízo do direito à licença de que trata o artigo 114 e mediante
recomendação médica, ao aproveitamento em função compatível com seu estado a contar do quinto mês
de gestação.

Art. 116 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 06 (seis) meses de idade, a mulher
terá direito, durante a jornada de trabalho, a 02 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um.

Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 06 (seis) meses poderá ser dilatado,

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a critério da autoridade competente.

Art. 117 - À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será conce-
dida a licença pelo período:

I - de 180 (cento e oitenta) dias, se a criança tiver até um ano de idade;

II - de 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver mais de um ano de idade.

Parágrafo único - A licença-maternidade tratada no caput deste artigo só será concedida mediante
apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã.
Subseção IV
Da Licença Paternidade

Art. 118 - Ao pai será concedida licença paternidade de 08 (oito) dias consecutivos, contados da data
do nascimento do filho.

Parágrafo único - O período da licença inclui 02 (dois) dias para o registro civil do nascimento do
filho.
Subseção V
Da Licença para o Serviço Militar Obrigatório

Art. 119 - Ao servidor convocado para o serviço militar ou outros encargos de segurança nacional será
concedida licença, à vista de documento oficial que prove a incorporação.

Parágrafo único - Dos vencimentos descontar-se-á a importância que o servidor perceber na qualidade
de incorporado, salvo se optar pelas vantagens do serviço militar o que implicará na suspensão do venci-
mento.

Art. 120 - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo, não excedente a 30 (trinta) dias, para que
reassuma o exercício do cargo e função, sem perda dos vencimentos.
Subseção VI
Da Licença para Acompanhar Cônjuge

Art. 121 - O servidor casado terá direito à licença sem vencimento quando o seu cônjuge, servidor da
administração direta, indireta ou de fundação pública, for mandado servir ex offício em outro Município ou
for exercer mandato eletivo estadual ou federal, em outro ponto do território estadual ou nacional.

§ 1° - A licença, que deverá ser renovada anualmente, dependerá de pedido instruído com a compro-
vação da designação ou da posse no cargo eletivo, juntamente com o atestado de residência.

§ 2° - Finda a causa da licença, o servidor deverá reassumir o exercício dentro de até 30 (trinta) dias,
a partir dos quais a sua ausência será computada como falta ao trabalho, vedado o abono ou justificati-
va.

Art. 122 - O servidor poderá reassumir o exercício do seu cargo a qualquer tempo, embora não esteja
finda a causa da licença, não podendo, neste caso, renovar o pedido de licença senão depois de dois
anos da data da reassunção, salvo se o cônjuge for transferido novamente ex officio para outro lugar.

Art. 123 - As normas desta seção aplicam-se aos servidores que vivam maritalmente, observadas as
disposições legais sobre união estável e concubinato.

149
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Subseção VII
Da Licença para o Trato de Interesse Particular

Art. 124 – A critério da Administração, ao funcionário estável poderá ser concedida licença para tratar
de assuntos de interesse particular pelo prazo de 03 (três) anos consecutivos, sem remuneração, prorro-
gável segundo o interesse público.

§ 1º - O tempo relativo ao gozo desta licença não será computado para fins de obtenção de outros
adicionais, gratificações e assemelhados.

§ 2º - O requerente aguardará, em exercício no cargo, a publicação, no diário oficial, do ato decisório


sobre a licença solicitada.

Art. 125 - Em caso de interesse público ou a pedido do servidor, a licença de que trata esta seção po-
derá ser suspensa, devendo o servidor ser, expressamente, notificado dessa decisão.

Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, o servidor deverá apresentar-se ao serviço no prazo de 30
(trinta) dias, a partir da notificação, findos os quais a sua ausência será computada como falta ao traba-
lho.

Art. 126 - Não se concederá licença para trato de interesse particular, quando inconveniente para o
serviço, nem ao servidor nomeado antes de completar 03 (três) anos de efetivo exercício.

Art. 127 - Ao servidor ocupante de cargo em comissão ou função em confiança não se concederá, nes-
sa qualidade, a licença para o trato de interesse particular.
Subseção VIII
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista

Art. 128 - É assegurado ao servidor estável o direito à licença com remuneração inerente ao cargo
efetivo para o desempenho de mandato em diretoria de sindicato de defesa de interesses de servidores
públicos municipais e quando a entidade contar com mais de 200 (duzentos) filiados.

Art. 129 - O servidor eleito somente poderá ser licenciado para mandato em entidade classista se a
mesma tiver por finalidade a defesa de interesse das categorias funcionais integrantes do Quadro Perma-
nente do Município de Ponta Porã.

Parágrafo único - Não poderá haver mais de 02 (dois) servidores licenciados, na forma do artigo 128,
para o mesmo sindicato de defesa de interesses comuns.

Art. 130 - A licença para mandato classista terá duração idêntica ao do período de mandato, podendo
ser prorrogada, no caso de reeleição.

Art. 131 - O servidor poderá permanecer afastado do serviço público municipal, para a licença referida
neste artigo, por período superior a 04 (quatro) anos, em caso de reeleição, dependendo para efetivação
do afastamento de autorização do Chefe do Executivo.

Art. 132 - Será contado para fins de disponibilidade e de aposentadoria, se houver contribuição para a
previdência municipal, o período em que o servidor permanecer afastado para o desempenho de manda-
to classista.

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Subseção IX
Da Licença para o Desempenho de Atividade Política

Art. 133 - O servidor candidato a cargo eletivo terá direito à licença remunerada durante o período
que mediar entre a sua escolha, em convenção partidária, e o décimo dia seguinte ao das eleições que
houver concorrido.

Parágrafo único - Será necessariamente afastado, na forma e no prazo previsto neste artigo, o servi-
dor candidato ocupante de cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização.

Art. 134 - O servidor eleito ficará afastado do cargo ou função, em decorrência do exercício do manda-
to, na forma do disposto no artigo 38 da Constituição Federal.
Subseção X
Da Licença para Estudo

Art.135 - O servidor estável poderá obter licença para estudo em qualquer parte do território nacional,
nas seguintes condições:

I - com direito a percepção de vencimento e das vantagens do cargo, desde que reconhecido pelo
Chefe do Poder Executivo o interesse para a administração e o afastamento não ultrapassar a 24 (vinte e
quatro) meses;

II - sem direito a percepção de vencimento e das vantagens do cargo, quando não reconhecido o
interesse para a Administração, mas a formação ou capacitação tiver relação com o cargo, a função ou a
carreira do servidor.

Art. 136 - É vedada a concessão de licença para estudo ao ocupante de cargo em comissão que não
detenha, também, a condição de servidor efetivo do Município.

Art. 137 - Em nenhuma hipótese o período da licença para estudo poderá exceder a 04 (quatro) anos
consecutivos, incluídos os períodos de prorrogação.

Art. 138 - O servidor, se afastado nos termos do inciso I do artigo 135, ficará obrigado a restituir o que
percebeu durante a licença, se nos 12 (doze) meses subsequentes ao término da licença, ocorrer a sua
exoneração, demissão ou licença para trato de interesses particulares.

§ 1º - A importância a ser devolvida será corrigida monetariamente na forma especificada nesta Lei.

§ 2º - A exoneração, a pedido ou a licença, somente será concedida após a quitação com o Municí-
pio.

§ 3º - Em caso de demissão, a quantia devida será inscrita como dívida ativa, a ser cobrada judicial-
mente, se não for paga no prazo de até 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato.

Art.139 - A licença, uma vez concedida, só voltará a ser autorizada se decorrido prazo igual ao da
licença anterior.

Parágrafo único - Se a licença anterior for inferior a 12 (doze) meses, a nova licença só poderá ser
concedida depois de decorrido o mesmo prazo.

Art. 140 - A licença de servidor para proferir palestra, ministrar curso especializado, participar de
congresso, seminário, jornada ou qualquer forma de reunião de profissionais, técnicos, educacionais,
culturais ou desportistas, dependerá sempre de consulta formal à administração municipal da entidade
patrocinadora.

151
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Art. 141 - A concessão da licença a que se refere este artigo, que se dará sem prejuízo dos vencimen-
tos e vantagens, está subordinada à conveniência e interesse do serviço e será deferida pelo Chefe do
Poder Executivo.

Art. 142 - Sempre que atender ao interesse da administração municipal, a autoridade a que se refere
o artigo anterior poderá substituir a concessão da licença pela simples dispensa do registro de ponto do
servidor interessado.

Art. 143 - O servidor ficará obrigado a apresentar, dentro de 15 (quinze) dias do término do evento que
tenha participado, relatório circunstanciado das atividades desenvolvidas ou estudos realizados, devida-
mente documentados.

Parágrafo único - A não satisfação da disposição constante deste artigo ensejará à administração o
direito de cortar o ponto referente aos dias em que o servidor esteve ausente.
CAPÍTULO IV
DO AFASTAMENTO PARA SERVIR EM OUTRO ÓRGÃO

Art. 144 - O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes do
Município, da União, de Estado ou de outros Municípios, nas seguintes hipóteses:

I - para exercício de cargo em comissão ou função em confiança;

II - em casos previstos em lei específica.

Parágrafo único - Na hipótese do inciso I deste artigo, o ônus da remuneração será, obrigatoriamente,
do órgão ou entidade cessionária.
CAPÍTULO V
DAS CONCESSÕES

Art. 145 - O servidor poderá se ausentar do serviço, sem qualquer prejuízo, nos seguintes casos:

I – por 01 (um) dia, para doação de sangue, e para o gozo do próprio aniversário, hipótese em que
será dispensada a comunicação prévia ao superior hierárquico;

II - até 02 (dois) dias, para se alistar como eleitor;

III - até 08 (oito) dias, por motivo de casamento;

IV - até 08 (oito) dias, pelo falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos ou
enteados e irmãos;

V - durante o período em que estiver servindo ao Tribunal do Júri;

VI - prestação de prova ou exame em curso regular ou em concurso público.

Parágrafo único – As licenças previstas no inciso III e IV contar-se-ão a partir do fato ou evento.

Art. 146 - Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante quando comprovada a incom-
patibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.

§ 1º - Para efeito deste artigo será exigida a compensação de horários na repartição, respeitada a
duração semanal de trabalho.

§ 2º - Poderá ser concedido horário especial, independentemente de compensação, ao servidor porta-


dor de deficiência, quando comprovado ou solicitado por profissional ou perícia médica oficial.

152
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Art.147 - Ao licenciado para tratamento de saúde, por motivo de acidente em serviço ou doença pro-
fissional, que deva ser deslocado do Município para outro ponto do território estadual ou nacional, por
exigência de laudo médico, poderá ser concedido transporte, à conta dos cofres municipais, inclusive
para um acompanhante.
TÍTULO IV
DAS VANTAGENS FINANCEIRAS
CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
SEÇÃO I
Dos Conceitos Básicos

Art. 148 - A retribuição pecuniária devida aos servidores do Município compreende:

I - o vencimento básico, como retribuição devida pelo exercício do cargo público corresponde ao valor
do padrão, nível, classe ou símbolo fixado em lei;

II - as vantagens de caráter permanente e ou transitório, excluídas as diárias, ajudas de custo, salário-


-família e auxílios pecuniários.

Art. 149 - Fica estabelecida a data base da categoria dos servidores públicos municipais de Ponta
Porã, conforme o estabelecido no inciso XXI, do artigo 96 da lei Orgânica Municipal, onde serão discuti-
das as perdas salariais e demais assuntos de interesse da categoria.
SEÇÃO II
Dos Descontos na Remuneração

Art. 150 - O servidor perderá:

I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço, quando não houver abono da falta;

II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, con-
forme regulamentação;

III - metade da remuneração permanente, na hipótese de suspensão transformada em multa;

IV - a remuneração do período em que estiver afastado, para:

a) exercer cargo em comissão de órgão da administração direta, de autarquia ou fundação pública,


ressalvado o direito de opção;

b) exercer cargo em comissão ou função em confiança, se o exercício do segundo cargo acumulado


tiver incompatibilidade de horários;

c) permanecer à disposição de órgão ou entidade da União, Estado, ou outro Município, bem como de
outro Poder;

d) quando afastado para prestar serviço em empresa pública ou sociedade de economia mista instituí-
da pelo Poder Público;

e) nas licenças e afastamentos sem percepção de remuneração;

f) durante o desempenho de mandato eletivo, observado o direito de opção assegurado no artigo 38


da Constituição Federal.

153
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SEÇÃO III
Das Reposições e Indenizações

Art. 151 - O vencimento e a remuneração não serão objeto de penhora, arresto, sequestro, exceto no
caso de prestação de alimentos resultantes de homologação ou decisão judicial.

Parágrafo único - Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamen-
to a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição dos custos, na forma do regulamen-
to.

Art. 152 - O servidor público responde pelos danos que causar ao órgão ou entidade a que pertence
ou a terceiros, por ação ou omissão resultante de dolo ou culpa, assim como pelas quantias que, indevi-
damente, lhe forem creditadas ou pagar a terceiros.

Parágrafo único - Na hipótese deste artigo caberá à Administração Municipal estabelecer as condições
do desconto na remuneração.

Art. 153 - O servidor em débito com o erário será previamente comunicado do desconto, que deverá
ocorre em parcelas mensais, que será fixada em percentual, não inferior a 10% (dez por cento), da sua
remuneração permanente.

§ 1º - As indenizações à administração por ação ou omissão do servidor serão descontadas em par-


celas mensais, não excedentes a um quarto da respectiva remuneração permanente, sem prejuízo da
apuração da responsabilidade e da aplicação das sanções cabíveis.

§ 2º - As reposições de parcelas salariais, decorrentes de erro da administração, serão feitas de uma


só vez quando referentes ao mês anterior ao de processamento da folha ou em parcelas cujo valor não
exceda a 20% (vinte por cento) da remuneração ou provento.

Art. 154 - O servidor em débito com o erário, ao ser exonerado ou demitido, terá o prazo de 60 (ses-
senta) dias para liquidação administrativa do débito, podendo ser parcelado se a dívida for superior a
uma vez o valor de sua remuneração permanente.

§ 1º - O disposto neste artigo aplica-se ao dependente, no caso de servidor falecido em débito com a
Administração, devendo ser descontado do benefício previdenciário, no caso de haver parcelamento.

§ 2º - A quantia devida e não quitada no prazo previsto será inscrita como dívida ativa e cobrada nos
termos da lei.

Art. 155 - O disposto nesta seção se aplica aos proventos de aposentadoria pagos pela previdência
social municipal.
CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS
SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 156 - Vantagens pecuniárias são acréscimos ao vencimento do servidor municipal em razão do
atendimento de requisitos previstos em lei ou em regulamento, e são agrupadas em:

I - indenizações;

II - gratificações;

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III - adicionais.
SEÇÃO II
Das Indenizações

Art. 157 - As indenizações se constituem de vantagens pecuniárias devidas ao servidor como reposi-
ção de despesas por deslocamentos a serviço ou no interesse de serviços do Município e classificam-se
em ajuda de custo, diárias e indenização de transporte.

Parágrafo único - Os critérios e valores para o pagamento das indenizações de que trata este artigo
serão fixados por ato do Chefe do Poder Executivo.
Subseção I
Da Ajuda de Custo

Art. 158 - Será concedida ajuda de custo, a título de compensação das despesas de instalação, ao
servidor que for removido, em caráter permanente, para ter exercício em localidade distinta da sua resi-
dência, distante mais que 50 (cinquenta) quilômetros.

§ 1º - No arbitramento da ajuda de custo serão levados em conta os vencimentos do cargo ocupado


pelo servidor bem como as despesas a serem por ele realizadas e as condições de vida no novo local.

§ 2º - A ajuda de custo será arbitrada pelo Chefe do Poder Executivo e não será inferior à metade nem
será superior a duas vezes a importância correspondente à remuneração do servidor.

Art. 159 - O servidor restituirá a ajuda de custo quando:

I - não se apresentar no novo local de exercício, no prazo de 10 (dez) dias;

II - regressar à sede anterior antes de decorridos 03 (três) meses da mudança ou pedir exoneração
nesse prazo.

Art. 160 - Não haverá obrigação de restituir a ajuda de custo quando:

I - o retorno do servidor for determinado ex offício ou decorrer de motivo de força maior;

II - o pedido de exoneração for apresentado após 90 (noventa) dias da mudança de sede.

Art. 161 - Não será concedida ajuda de custo quando:

I - o servidor se afastar do cargo ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo;

II - o afastamento for para prestar serviços em outro órgão ou entidade, devendo a ajuda de custo ser
paga pelo cessionário;

III - se tratar de mudança de sede ou domicílio, a pedido do servidor.


Subseção II
Das Diárias

Art. 162 - O servidor que se afastar da sua sede a serviço, em caráter eventual ou transitório, para
outro ponto do território do Estado ou do País, fará jus a passagens e diárias para cobrir as despesas de
pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme regulamento.

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Subseção III
Da Indenização de Transporte

Art. 163 - A indenização de transporte poderá ser concedida ao servidor que realizar despesas com a
utilização de meio próprio de locomoção, para executar serviços externos, por força das atribuições do
cargo para atender serviços exclusivos do Município de Ponta Porã, considerando o percurso percorrido
em quilômetros, o consumo de combustível e o preço unitário da gasolina.

Parágrafo único - A indenização de transporte para compensar despesas pelo uso de veículo próprio
será concedida somente a servidor designado pelo Chefe do Poder Executivo.
SEÇÃO III
Dos Adicionais

Art. 164 - Os adicionais constituem-se de vantagens pecuniárias conferidas ao servidor em razão


do desempenho do cargo em condições peculiares ou pela decorrência de tempo, sendo identificados
como:

I - adicional por tempo de serviço; e

II - adicional de férias.

§ 1º - Os adicionais têm caráter permanente, nas condições definidas neste Estatuto.

§ 2º - Além dos adicionais constantes neste artigo, poderão ser instituídos outros nos Planos de Car-
gos e Remuneração do Município.
Subseção I
Do Adicional por Tempo de Serviço

Art. 165 - O adicional por tempo de serviço é devido por quinquênio de efetivo exercício no Município,
incidente sobre o vencimento efetivo do cargo ocupado.

§ 1º - O adicional corresponde, para cada quinquênio completo, a 5% (cinco por cento), até o limite de
35% (trinta e cinco por cento).

§ 2º - O servidor contará, para esse efeito, o tempo de serviço prestado ao Município, a qualquer títu-
lo.

§ 3º - O adicional por tempo de serviço é devido a partir do mês imediatamente seguinte àquele em
que o servidor completar o quinquênio.

§ 4° - O servidor efetivo investido em cargo de provimento em comissão continuará a perceber o adi-


cional por tempo de serviço, que será calculado sobre o vencimento do seu cargo efetivo.

§ 5° - Os servidores que prestaram serviços para o Município de Ponta Porã em outras modalidades
poderão averbar o tempo de serviço prestado para cômputo do benefício previsto no caput, fazendo jus a
remuneração correspondente a partir do requerimento.

Art. 166 - Quando ocorrer aproveitamento ou reversão, serão considerados os quinquênios anterior-
mente atingidos bem como a fração do quinquênio interrompido, retomando-se a contagem, a partir do
novo exercício

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Subseção II
Do Adicional de Férias

Art. 167 - Fica estabelecido o valor correspondente a um terço da remuneração do servidor a título de
adicional de férias, a ser pago no mês em que houver gozo de férias, mediante preenchimento dos requi-
sitos legais concessivos previstos no artigo 84 e seguintes.

Art. 168 - O servidor exonerado, colocado em disponibilidade ou aposentado receberá o adicional de


férias relativo aos períodos aquisitivos completos e não gozados, até o limite de 02 (dois), juntamente
com as parcelas remuneratórias que lhe são devidas em virtude do afastamento do exercício do cargo.
SEÇÃO IV
Das Gratificações

Art. 169 - As gratificações são vantagens pecuniárias concedidas ou atribuídas, em caráter transitório,
em razão da prestação de serviços em condições especiais e são identificadas:

I - natalina;

II - pelo exercício de função em confiança;

III - de periculosidade;

IV - de insalubridade;

V - por trabalho em período noturno;

VI - pela prestação de serviço extraordinário;

VII - pelo exercício em local de difícil acesso ou provimento.

VIII - por plantão de serviço da saúde, assistência social e demais esferas administrativas;

§ 1º - As gratificações discriminadas neste artigo terão seus fundamentos, abrangências, bases de cál-
culo e condições para concessão definidas nos Planos de Cargos e Remuneração do Município de Ponta
Porã.

§ 2º - Além das gratificações constantes neste artigo, poderão ser instituídas outras nos Planos de
Cargos e Remuneração do Município.

Art. 170 - Caberá à Administração Municipal exercer permanente controle da atividade de servidores
em operações ou locais considerados insalubres ou perigosos.

Parágrafo único - A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lac-
tação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em
serviço não perigoso.

Art.171 - Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raio X ou substâncias radioativas
devem ser mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação, ionizantes não ultra-
passam o nível máximo previsto na legislação própria.

Parágrafo único - Os servidores a que se refere este artigo devem ser submetidos a exame médico
oficial periódico.

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Subseção I
Da Gratificação pelo Exercício de Função em Confiança

Art. 172 - Ao ocupante de cargo efetivo, quando designado para exercer função em confiança de
coordenação e assistência intermediária, será paga a gratificação na forma prevista no Plano de Cargos
e Remuneração.
Subseção II
Da Gratificação Natalina

Art. 173 - A gratificação natalina, que equivale ao décimo terceiro salário previsto na Constituição Fe-
deral, corresponde a 1/12 (um doze avos) por mês de exercício durante o ano, da remuneração do servi-
dor no mês em que o pagamento for efetuado.

Parágrafo único - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral,
para os efeitos deste artigo.

Art. 174 - Não se incluem na remuneração para cálculo da gratificação natalina o adicional de férias,
os auxílios e indenizações de qualquer natureza.

§ 1º - As gratificações de serviço extraordinário e horário noturno serão incluídas na remuneração para


cálculo integral ou proporcional da gratificação natalina enquanto o servidor a elas fizer jus.

§ 2º - Os adicionais e gratificações não inerentes ao cargo ou função serão pagos proporcionalmente


ao número de meses em que o servidor tenha percebido no exercício base.

Art. 175 - A gratificação natalina poderá ser paga em 02 (duas) parcelas, a primeira no mês de junho
de cada ano e a segunda até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro do mesmo ano.

Art. 176 - O servidor exonerado ou aposentado receberá a gratificação natalina proporcional aos
meses de efetivo exercício no período aquisitivo, calculada sobre a remuneração do mês do desligamen-
to.

Art. 177 - À família do servidor falecido na atividade será paga, proporcionalmente ao período traba-
lhado no ano do óbito, a gratificação natalina, juntamente com o restante dos seus vencimentos.
TÍTULO V
DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 178 - O Município de Ponta Porã manterá seus servidores inscritos no regime próprio de previdên-
cia social instituído pela Lei Complementar nº 42, de 19 de dezembro de 2007.

Art. 179 - Os direitos dos servidores efetivos referentes à aposentadoria, auxíliodoença, salário-famí-
lia, salário maternidade, auxílio-reclusão e pensão por morte aos seus dependentes observarão as regras
do regime de previdência social municipal.

§ 1º - O Município complementará o auxílio-doença e o salário-maternidade pagos pela previdência


social, na forma de regulamento aprovado pelo Chefe do Poder Executivo, quando os valores do benefí-
cio forem inferiores à remuneração permanente do servidor licenciado.

§ 2º - O Município fica autorizado a contribuir para a previdência social instituída pela Administração
Pública relativamente a servidor efetivo colocado à sua disposição, desde que sem ônus para a ori-

158
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gem.

§ 3º - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomea-


ção e exoneração bem como de cargo temporário, aplica-se o regime geral de previdência social.
CAPÍTULO II
DOS DEPENDENTES

Art. 180 - Poderão se inscrever como dependentes do servidor, para fins desta Lei Complementar:

I - o cônjuge, o companheiro ou companheira, conforme legislação sobre união estável ou concubina-


to;

II - o filho ou a filha, de qualquer condição, o menor sob guarda judicial, o enteado e o tutelado, meno-
res de 21 (vinte e um) anos;

III - o filho ou filha inválido, impedido de exercer atividade remunerada;

IV - o pai e a mãe inválidos, desde que sem rendimento próprio e que vivam às expensas do servi-
dor;

V - a mãe do servidor solteiro, desde que este seja arrimo de família.

§ 1º - Equiparam-se ao pai e a mãe os representantes legais dos incapazes e as pessoas a cuja guar-
da e manutenção estiverem confiados, por autorização judicial, os beneficiários.

§ 2º - Para fins de benefícios previdenciários como pensão e salário-família, os dependentes são os


identificados pelo regime geral de previdência.

§ 3º - Quando o pai e a mãe forem ambos servidores do Município e viverem em comum, o salário-fa-
mília será concedido ao pai e se não viverem em comum, ao que tiver os dependentes sob guarda e, se
ambos os tiverem, de acordo com a distribuição dos dependentes.

Art. 181 - Será concedido o auxílio-funeral ao dependente do segurado que falecer ou quem compro-
var ter feito às despesas do sepultamento em valor igual à última remuneração-de-contribuição à previ-
dência social municipal.
TÍTULO VI
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 182 - É assegurado ao servidor o direito de petição, em toda sua amplitude, assim como o de
representar.

Art. 183 - O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e deverá ter solução
dentro de trinta dias, salvo em casos que obriguem a realização de diligência ou estudo especial.

Art. 184 - Da decisão que for prolatada caberá, sempre, pedido de reconsideração, que não poderá
ser renovado.

Art. 185 - A autoridade que receber o pedido de reconsideração poderá processá-lo como recurso,
encaminhando-o à autoridade superior.

Art. 186 - Caberá recurso:

I - do indeferimento do pedido de reconsideração;

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

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§ 1º - Salvo disposição expressa em lei, o recurso não terá efeito suspensivo, retroagindo à data do
ato impugnado a decisão que der provimento ao pedido.

§ 2º - A representação será apreciada, obrigatoriamente, pela autoridade superior àquela contra a qual
for interposta.

Art. 187 - O direito de pleitear na esfera administrativa prescreverá:

I – em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de disponibilidade ou que afetem
interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for estabelecido em
lei.

Parágrafo único - O prazo de prescrição contar-se-á da data da publicação do ato impugnado ou da


ciência do interessado, quando não houver publicação.

Art. 188 - O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição uma só
vez.

Art. 189 - O prazo de prescrição contar-se-á a partir da data da publicação, no órgão oficial, do ato
impugnado ou, na falta desta, da data da ciência do interessado, a qual deverá constar do processo res-
pectivo.

Art. 190 - A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último
ato do processo para interromper.

Art. 191 - A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração.

Art. 192 - Para o exercício do direito de petição é assegurada vista do processo ou documento, na
repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.

Art. 193 - A Administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalida-
de.

Art. 194 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo o motivo de força
maior.
TÍTULO VII
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DA ACUMULAÇÃO

Art. 195 - É vedada a acumulação remunerada de cargos e funções públicas, exceto:

I - a de 02 (dois) cargos de professor;

II - a de 01 (um) cargo de professor com outro técnico ou científico;

III - a de 02 (dois) cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas.

Parágrafo único - Em qualquer dos casos, a acumulação somente será permitida quando houver com-
patibilidade de horários.

Art. 196 - A proibição de acumular estende-se a cargos, funções ou empregos em autarquias, funda-
ções públicas, empresas públicas e sociedade de economia mista do Município, da União, de Estados

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e outros Municípios, bem como à percepção de provento de aposentadoria decorrente do exercício de
cargo público.

Art. 197 - A proibição de acumular proventos não se aplica aos aposentados, quanto ao exercício de
mandato eletivo, quanto ao de um cargo em comissão ou quanto a contrato para prestação de serviços
técnicos ou especializados, como autônomo.

Art. 198 - O servidor não poderá exercer mais de 01 (uma) função de confiança nem participar, remu-
neradamente, de mais de um órgão de deliberação coletiva.

Art. 199 - Não se compreende na proibição de acumular nem está sujeita a quaisquer limites da per-
cepção:

I - conjunta, de pensões civis e militares;

II - de pensão, com vencimentos ou salários;

III - de pensões, com proventos de disponibilidade, aposentadoria ou reformas;

IV - de proventos resultantes de cargos legalmente acumuláveis;

V - de proventos, com vencimentos nos casos de acumulação legal.

Art. 200 - Para fins de exame da acumulação, cargo técnico ou científico é aquele para cujo exercício
seja indispensável e predominante a aplicação dos conhecimentos científicos ou técnicos de nível supe-
rior.

Parágrafo único - Considera-se, também, como técnico ou científico, cargo de direção, privativo de
ocupante de cargo de nível superior.

Art. 201 - A compatibilidade de horários será reconhecida quando houver possibilidade do exercício
dos 02 (dois) cargos, em horários diversos, sem prejuízo do número regulamentar de horas de trabalho
determinado para cada um.

§ 1º - A verificação dessa compatibilidade far-se-á tendo em vista o horário do servidor na unidade


administrativa em que estiver lotado, ainda que ocorra a hipótese de estar dela legalmente afastado.

§ 2º - No caso de cargos a serem exercidos no mesmo local ou em locais diferentes, levar-se-á em


conta a necessidade de tempo para a locomoção entre um e outro.

Art. 202 - O servidor que ocupe dois cargos em regime de acumulação legal poderá ser investido em
cargo de comissão, desde que, com relação a um deles, continue no exercício de suas atribuições obser-
vado sempre o disposto no artigo anterior.

Art. 203 - Ocorrida a hipótese do art. 202, o ato de provimento do servidor mencionará em qual das
duas condições funcionais está sendo nomeado, para que, em relação ao outro cargo, seja observado o
disposto no mesmo artigo.

Art. 204 - Verificada, em processo administrativo disciplinar, a acumulação proibida e provada a boa
fé, o servidor optará por um dos cargos sem obrigação de restituir.

Art. 205 - Provada a má fé, além de perder ambos os cargos ou o que exerce no Município, o servidor
restituirá o que tiver percebido indevidamente pelo exercício do cargo que gerou a acumulação.

Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, se o cargo gerador da acumulação proibida for de outra
esfera do Poder Público, o servidor restituirá o que houver percebido desde a acumulação ilegal.

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Art. 206 - Apurada a má fé do inativo, este sofrerá a cassação de sua aposentadoria ou disponibilida-
de, sendo obrigado, ainda, a restituir o que tiver recebido indevidamente.

Art. 207 - As acumulações serão objeto de estudo e parecer individuais por parte da Procuradoria
Geral do Município, que fará a apreciação de sua legalidade, ainda que 01 (um) dos cargos integre os
quadros de outra esfera de Poder ou Governo.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES

Art. 208 - São deveres do servidor:

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

II - assiduidade e pontualidade;

III - urbanidade e discrição;

IV - lealdade às instituições que servir;

V - observância das normas legais e regulamentares;

VI - obediência às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

VII - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do
cargo ou função;

VIII - zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado e a conservação do patrimô-
nio;

IX - guardar sigilo sobre assunto da repartição;

X - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

XI - providenciar para que esteja sempre atualizado o seu assentamento individual, bem como sua
declaração de família;

XII - atender com presteza ao público em geral, prestando informações requeridas, ressalvadas as
protegidas por sigilo, ou expedindo certidões para defesa de direitos ou esclarecimento de situações de
interesse pessoal do requerente;

XIII - atender, prontamente, as requisições para defesa da fazenda pública;

XIV - submeter-se a inspeção médica, determinada pela autoridade competente.


CAPÍTULO III
DAS PROIBIÇÕES

Art. 209 - Ao servidor é proibido:

I - exercer, cumulativamente, 02 (dois) ou mais cargos ou funções públicas, salvo as exceções previs-
tas em lei;

II - referir-se de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades e a atos da


administração pública, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-los, do ponto de vista doutrinário
ou de organização de serviço;

III - retirar, modificar ou substituir livro ou documento de órgão municipal, com o fim de criar direito ou
obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar documento falso com a mesma finali-

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dade;

IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;

V - valer-se do cargo ou função, para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da função
pública;

VI - promover manifestações de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

VII - coagir subordinados com o objetivo de natureza político partidária;

VIII - participar de diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou administrativo, de empresa


ou sociedade que seja com o Município:

a) contratante, permissionária ou concessionária de serviço público;

b) fornecedora de equipamento ou material, a qualquer órgão do Município;

c) consultora técnica, que execute projetos e estudos, inclusive de viabilidade para órgãos públicos;

IX - praticar a usura, em qualquer de suas formas, no âmbito do serviço público;

X - exigir, solicitar ou receber propinas, comissões ou vantagens de qualquer espécie, em razão do


cargo ou função, ou aceitar promessa de tais vantagens;

XI - revelar fato ou informação de natureza sigilosa de que tenha ciência em razão de cargo, salvo
quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo disciplinar;

XII - cometer a pessoa estranha ao serviço Municipal, salvo nos casos previstos em lei, o desempenho
de encargo que lhe competir ou a seus subordinados;

XIII - censurar, pela imprensa ou por outro órgão de divulgação pública, as autoridades constituídas,
podendo, porém, fazê-lo em trabalhos assinados, apreciando atos dessas autoridades, sob o ponto de
vista doutrinário, com ânimo construtivo;

XIV - dedicar-se, nos locais e horas de trabalho, a atividades estranhas ao serviço;

XV - deixar de comparecer ao trabalho, sem causa justificada;

XVI - deixar de prestar declaração em processo administrativo disciplinar, quando regularmente intima-
do;

XVII - atuar, junto a repartições públicas estaduais, salvo quando se tratar de benefícios previdenciá-
rios ou assistenciais de interesse de parentes até o segundo grau, do cônjuge ou companheiro, como
procurador ou intermediário;

XVIII - empregar material ou qualquer outro bem do Município, em serviço particular;

XIX - retirar objetos de órgão municipal, salvo quando autorizado por superior hierárquico e desde que
para utilização em serviço da repartição;

XX - fazer cobranças ou despesas em desacordo com o estabelecido na legislação fiscal e financei-


ra.

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CAPÍTULO IV
DA RESPONSABILIDADE DO AGENTE PÚBLICO

Art. 210 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atri-
buições.

Art. 211 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resul-
te em prejuízo ao erário ou a terceiros.

Art. 212 - A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma
prevista nesta Lei Complementar, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito, pela via
judicial.

Art. 213 - A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até
o limite do valor da herança recebida.

Parágrafo único - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o servidor perante a Fazenda
Municipal em ação regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão que houver condenado
a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado.

Art. 214 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa
qualidade.

Art. 215 - A responsabilidade administrativa resulta de atos praticados ou omissões ocorridas no


desempenho do cargo ou função, ou fora dele, quando comprometedores da dignidade e do decoro da
função pública.

Parágrafo único - Para efeito deste artigo será responsabilizado o servidor que autorizar, conceder ou
pagar vantagens não previstas em lei ou com descumprimento de normas legais ou regulamentares.

Art. 216 - As cominações civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras inde-
pendentes entre si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa.

Art. 217 - Só é admissível a ação disciplinar ulterior à absolvição no juízo penal, quando, embora afas-
tada a qualificação do fato como crime, persista, residualmente, falta disciplinar.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 218 - São penas disciplinares:

I - advertência;

II - suspensão;

III - multa;

IV - destituição de função ou cargo de confiança;

V - cassação de disponibilidade;

VI - demissão.

Art. 219 - Na aplicação das penas disciplinares, serão considerados a natureza, a gravidade, os moti-
vos e as circunstâncias da infração ou danos que dela decorrerem para o serviço público, bem como os
antecedentes funcionais e o comportamento funcional e social do servidor.

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Parágrafo único - As penas impostas ao servidor serão registradas, em seus assentamentos, mesmo
as de menor gravidade, obrigatoriamente.

Art. 220 - Caberá a pena de repreensão, a ser aplicada por escrito, em casos de desobediência ou
falta de cumprimento dos deveres, bem como de reincidência.

Art. 221 - Caberá a pena de suspensão, a ser aplicada em casos de:

I - falta grave;

II - desrespeito a proibição que, pela sua natureza, não ensejar a pena de demissão; ou

III - reincidência em falta já punida com repreensão.

§ 1º - A pena de suspensão não poderá exceder 90 (noventa) dias.

§ 2º - O servidor suspenso perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do car-


go.

§ 3º - Quando houver conveniência para o serviço, a pena de suspensão, por solicitação da chefia
imediata do servidor, poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de
vencimento, obrigando, nesse caso, o servidor a permanecer em serviço.

Art. 222 - A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - transgressão dos incisos do art. 209, quando de natureza grave e comprovada ma fé;

II - incontinência pública e escandalosa, patrocínio de jogos proibidos e comércio ilegal de bebidas e


substâncias que resultem em dependência física ou psíquica, no recinto do serviço;

III - insubordinação grave em serviço;

IV - ofensa física grave em serviço contra servidor ou particular, salvo em legítima defesa;

V - crimes contra a administração, previstos no código penal;

VI - abandono do cargo;

VII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

VIII - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

IX - corrupção;

X - desídia no cumprimento dos deveres;

XI - sentença judicial transitada em julgado.

XII - Inassiduidade habitual;

XIII - Improbidade administrativa; e,

XIV - Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio Municipal.

§ 1º - Considera-se abandono de cargo a ausência ao serviço, sem justa causa, por 30 (trinta) dias
consecutivos.

§ 2º - Considera-se inassiduidade habitual a falta ao serviço por 60 (sessenta) dias ou mais, interpola-
damente, sem justa causa, no período de 12 (doze) meses.

§ 3º - O servidor que incidir nas ocorrências previstas nos §§ 1º e 2º poderá reassumir o exercício a

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qualquer tempo, sem prejuízo do processo administrativo disciplinar para apuração da causa da ausên-
cia.

§ 4º - A autoridade competente poderá aceitar, como justificativa da ausência, causa não especifica-
mente prevista na legislação em vigor, desde que devidamente comprovada, caso em que as faltas serão
justificadas apenas para fins disciplinares.

§ 5º - O período de ausência, independentemente do resultado do processo administrativo disciplinar,


será considerado como faltas ao serviço injustificadas, não gerando para o faltoso qualquer direito funcio-
nal ou financeiro.

Art. 223 - O ato de demissão mencionará sempre a causa da penalidade.

Art. 224 - Não poderá retornar ao serviço público, sob qualquer forma de vinculação, o servidor, de
qualquer esfera governamental, municipal, estadual ou federal, que tenha sido demitido por infração do
inciso V, do artigo 221, salvo se for provada sua inocência.

Art. 225 - A pena de demissão em face da infração prevista no inciso V, do artigo 222, será aplicada
em decorrência de decisão judicial.

Art. 226 - Será cassada a disponibilidade se ficar provado, em processo administrativo disciplinar, que
o disponível não retornou ao serviço público quando convocado para reassumir seu cargo ou outro simi-
lar.

Art. 227 - Verificada em processo disciplinar acumulação proibida, e provada à boa fé, o servidor opta-
rá por 01 (um) dos cargos.

§ 1º Provada à má fé, perderá também o cargo que exercia há mais tempo e restituirá o que tiver per-
cebido indevidamente.

§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos ou função exercido em outro órgão ou
entidade, a demissão lhe será comunicada.

Art. 228 - São competentes para aplicação das penas disciplinares:

I - o Chefe do Poder Executivo, em qualquer caso e, privativamente, nos de multa, destituição de


função ou cargo de confiança, suspensão por prazo superior a 30 (trinta) dias, demissão e cassação de
disponibilidade; e,

II - os Secretários Municipais e dirigentes superiores das entidades da administração indireta, nos


casos em que não seja de competência privativa do Chefe do Poder Executivo.

Parágrafo único - Nos casos do inciso II, sempre que a imposição de pena decorrer de processo admi-
nistrativo disciplinar, a competência para decidir é do Chefe do Poder Executivo.

Art. 229 - Prescreverá:

I - em 180 (cento e oitenta) dias, a falta sujeita a advertência;

II - em 02 (dois) anos, a falta sujeita às penas de multa ou suspensão;

III - em 05 (cinco) anos, a falta sujeita:

a) a pena de demissão;

b) a cassação da disponibilidade.

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§ 1º - A falta também prevista como crime penal prescreverá juntamente com este.

§ 2º - O curso da prescrição começa a fluir da data do evento punível disciplinarmente e se interrompe


pela abertura da sindicância ou com a instauração do processo administrativo disciplinar, até a decisão
final proferida por autoridade competente.

§ 3º Interrompido o curso da prescrição, este recomeçará a correr integralmente, a partir do dia em


que cessar a interrupção.
TÍTULO VIII
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Art. 230 - A suspensão preventiva, de até 30 (trinta) dias, será ordenada pelo Chefe do Poder Execu-
tivo, desde que o afastamento do servidor seja necessário para que não venha a influir na apuração da
infração.

Parágrafo único - A suspensão de que trata este artigo poderá ser determinada no ato de instauração
de processo administrativo ou em qualquer fase de sua tramitação, e estendida até noventa dias, findos
os quais cessarão automaticamente os seus efeitos, ainda que o processo administrativo disciplinar não
esteja concluído.

Art. 231 - A suspensão preventiva é medida acautelatória e não constitui pena.

Art. 232 - O servidor, afastado em decorrência da medida acautelatória referida no artigo 219, terá
direito:

I - à contagem do tempo de serviço relativo ao afastamento, desde que reconhecida sua inocência no
final;

II - à contagem do tempo de serviço relativo à suspensão preventiva, se do processo resultar pena


disciplinar de advertência ou repreensão;

III - à contagem do período de afastamento que exceder do prazo de suspensão disciplinar aplica-
da.

§ 1º - O cômputo do tempo de serviço nos termos deste artigo implica no direito à percepção do venci-
mento e vantagens no período correspondente.

§ 2º - Será computado, na duração da pena de suspensão disciplinar imposta, o período de afasta-


mento decorrente de medida acautelatória.
CAPÍTULO II
DA APURAÇÃO SUMÁRIA DE IRREGULARIDADE

Art. 233 - A apuração sumária por meio de sindicância não ficará adstrita ao rito determinado para o
processo administrativo disciplinar, constituindo-se em simples averiguação.

Parágrafo único - A critério da autoridade que a instaurar, e segundo a importância maior ou menor do
evento, a sindicância poderá ser realizada por um único servidor ou por uma Comissão de 03 (três) servi-
dores, preferivelmente efetivos.

Art. 234 - A instauração de sindicância não impede a adoção imediata, através de comunicação à au-
toridade competente, da suspensão preventiva.

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Art. 235 - Se, no curso de apuração sumária, ficar evidenciada falta punível com pena superior à de
suspensão por mais de 30 (trinta) dias ou multa correspondente, o responsável pela apuração comunica-
rá o fato ao superior imediato que solicitará, pelos canais competentes, a instauração de processo admi-
nistrativo disciplinar.

Art. 236 - São competentes para determinar a apuração sumária de irregularidades ocorridas no servi-
ço público municipal, os dirigentes de unidades administrativas até o nível de Secretaria Municipal.

§ 1º - Se o fato envolver a pessoa de Secretário Municipal, dirigente de entidade da administração in-


direta e servidor subordinado diretamente ao chefe do Poder Executivo, a abertura de sindicância caberá
ao Chefe do Poder Executivo.

§ 2º - Em qualquer caso, a designação será feita por escrito em ato publicado na imprensa oficial.

Art. 237 - O sindicante deverá colher todas as informações necessárias, ouvindo o denunciante, a
autoridade que ordenou a sindicância, quando conveniente; o suspeito se houver; os servidores e os
estranhos eventualmente relacionados com o fato, bem como procedendo a juntada do expediente de
instauração da sindicância e de quaisquer documentos capazes de bem esclarecer o ocorrido.

Art. 238 - Por se tratar de apuração sumária, as declarações do servidor serão recebidas também
como defesa, dispensada a citação para tal fim, assegurada, porém, a juntada pelo mesmo, no prazo de
05 (cinco) dias, de qualquer documento que considere útil.

Art. 239 - A sindicância não poderá exceder o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável uma única vez até
08 (oito) dias em caso de força maior, mediante justificativa à autoridade que houver determinado a sindi-
cância.

Art. 240 - Comprovada a existência ou inexistência de irregularidade deverá ser, de imediato, apresen-
tado relatório de caráter expositivo, contendo, exclusivamente, de modo claro e ordenado, os elementos
fáticos colhidos ao curso da sindicância, abstendo-se o relator de quaisquer observações ou conclusões
de cunho jurídico, deixando à autoridade competente a capitulação das eventuais transgressões discipli-
nares verificadas.

Art. 241 - A sindicância poderá resultar:

I - no arquivamento do processo;

II - na aplicação de penalidades de advertência ou suspensão até 30 (trinta) dias;

III - na instauração de processo disciplinar, sempre que o ilícito ensejar a imposição de penalidade
superior à discriminada no inciso II deste artigo.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 242 - O processo administrativo disciplinar precederá sempre à aplicação de penas de suspensão
por mais de 30 (trinta) dias, destituição de função, demissão e cassação de disponibilidade.

§ 1º - O processo administrativo disciplinar terá o contraditório, que assegura ao acusado ou indiciado


ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos no direito.

§ 2º - As disposições deste capítulo se aplicam a todos os servidores em exercício em órgãos ou enti-


dades municipais, qualquer que seja o regime jurídico ou a relação de trabalho com o Município.

Art. 243 - A determinação de instauração do processo administrativo disciplinar é da competência do

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Chefe do Poder Executivo Municipal.

Parágrafo único - Excetua-se desta norma a instauração de processo disciplinar para apuração de
ilícitos administrativos, cuja competência esteja atribuída por legislação específica a outra autoridade.

Art. 244 - Promoverá o processo comissão designada por ato do Chefe do Poder Executivo e constituí-
da por 03 (três) servidores, no mínimo 02 (dois) estáveis.

§ 1 º - Não poderá participar da comissão cônjuge, companheiro ou parente do indiciado, consanguí-


neo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

§ 2º - Das reuniões da comissão deverão ser lavradas atas que deverão detalhar as deliberações ado-
tadas.

§ 3º - O Chefe do Poder Executivo poderá dispensar os membros da comissão do registro do ponto,


sempre que os trabalhos e o interesse público recomendarem.

Art. 245 - Se, de imediato ou no curso do processo administrativo disciplinar, ficar evidenciado que a
irregularidade envolve crime, a autoridade instauradora comunicará ao Ministério Público.

Art. 246 - O processo administrativo disciplinar deverá estar concluído no prazo de até 90 (noventa)
dias, contados da data em que for publicado o ato de constituição da Comissão, prorrogável sucessiva-
mente por 02 (duas) vezes de, no máximo, 30 (trinta) dias cada, em caso de força maior.

Parágrafo único - A não observância desses prazos não acarretará nulidade do processo, importando,
porém, quando não se tratar de desdobramento, em responsabilidade administrativa dos membros da
Comissão.

Art. 247 - Os órgãos municipais, sob pena de responsabilidade de seus titulares, atenderão com a
máxima presteza as solicitações da comissão processante, inclusive requisição de técnicos e peritos,
devendo comunicar prontamente a impossibilidade de atendimento em caso de força maior.

Art. 248 - A Comissão assegurará, no processo administrativo disciplinar, o sigilo necessário à elucida-
ção do fato ou o exigido pelo interesse da Administração Pública.

Art. 249 - Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame pericial, direto ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Parágrafo único - A autoridade julgadora não ficará restrita ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo,
no todo ou em parte.

Art. 250 - A acareação será admitida entre acusados, entre acusados e testemunhas e entre testemu-
nhas, sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

Parágrafo único - Os acareados tornarão a ser inquiridos, para que expliquem os pontos de divergên-
cia, reduzindo-se a termo o ato de acareação.

Art. 251 - Ultimada a instrução, será feita, no prazo de 03 (três) dias, a citação do indiciado para apre-
sentação de defesa no prazo de 10 (dez) dias, sendo-lhe facultada vista do processo, durante todo esse
período, na sede da Comissão.

§ 1º - Havendo 02 (dois) ou mais indiciados, o prazo de 20 (vinte) dias será comum.

§ 2º - Estando o indiciado em lugar incerto, será citado por edital publicado 03 (três) vezes no órgão
oficial de imprensa, contando-se, para a defesa, o prazo de 10 (dez) dias da última publicação.

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§ 3º - O prazo de defesa poderá ser prorrogado em dobro, para diligências consideradas imprescindí-
veis.

Art. 252 - Nenhum acusado será julgado sem defesa, que poderá ser produzida em causa própria.

Parágrafo único - A constituição de defensor independerá de instrumento de mandato, se o acusado o


indicar, por ocasião do interrogatório.

Art. 253 - Sempre que o acusado requeira, será designado pelo Presidente da Comissão, servidor
municipal, de preferência bacharel em Direito, para promover-lhe a defesa, ressalvado o seu direito de, a
qualquer tempo, nomear outro de sua confiança ou a si mesmo, na hipótese da parte final do “caput” do
artigo anterior.

Art. 254 - Em caso de revelia, o Presidente da Comissão designará, de ofício, um servidor municipal,
de preferência bacharel em Direito, para defender o indiciado.

§ 1º - O defensor do acusado, quando designado pelo Presidente da Comissão, não poderá abando-
nar o processo senão por motivo imperioso, sob pena de responsabilidade.

§ 2º - A falta de comparecimento do defensor, ainda que motivada, não determinará o adiamento de


quaisquer atos do processo, devendo o Presidente da Comissão designar substituto, ainda que proviso-
riamente ou para só o efeito do ato.

Art. 255 - Para assistir pessoalmente aos atos processuais, fazendo-se acompanhar de defensor, se
assim o quiser, o acusado será sempre intimado, e poderá, nas inquirições, levantar contradita, formular
perguntas e reinquirir testemunhas; nas perícias, apresentar assistente e formular quesitos cujas respos-
tas integrarão o laudo; e fazer juntada de documentos em qualquer feito do ato.

Parágrafo único - Se, nas perícias, o assistente divergir dos resultados, poderá oferecer observações
escritas que serão examinadas no relatório final e na decisão.

Art. 256 - No interrogatório do acusado, seu defensor não poderá intervir de qualquer modo nas per-
guntas e nas respostas.

Art. 257 - Antes de indiciado, o servidor intimado a prestar declarações à Comissão poderá fazer-se
acompanhar de advogado, que, entretanto, observará o disposto no artigo anterior.

Parágrafo único - Não se deferirá, nessa fase, qualquer diligência requerida.

Art. 258 - Concluída a defesa, a Comissão remeterá o processo ao Chefe do Poder Executivo, com
relatório, onde será exposta a matéria de fato e de direito, concluindo pela inocência ou responsabilidade
do indiciado e indicando, no último caso, as disposições legais que entender transgredidas, bem como a
pena que julgar cabível.

Art. 259 - Recebido o processo, o Chefe do Poder Executivo poderá determinar o seu exame, pela
área jurídica, quanto aos aspectos formais e legais envolvidos e, após, proferirá a decisão, no prazo de
20 (vinte) dias.

Parágrafo único - A autoridade decidirá a vista dos fatos apurados pela Comissão, não ficando vincula-
da às conclusões do relatório.

Art. 260 - Quando a autoridade julgadora entender que os fatos não foram apurados devidamente,
determinará o reexame do processo pela própria Comissão ou por outra que deverá ser constituída no
prazo de 20 (vinte) dias da entrega do relatório final.

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§ 1º - Quando for o caso, os autos retornarão à Comissão que inicialmente apurou os fatos, para
cumprimento das diligências expressamente determinadas e consideradas indispensáveis à decisão da
autoridade julgadora.

§ 2º - As diligências determinadas na forma do §1º serão cumpridas no prazo máximo de 30 (trinta)


dias.

§ 3º - Ocorrendo o disposto neste artigo, o prazo de julgamento será contado da data do novo recebi-
mento do processo.

Art. 261 - Em caso de abandono de cargo ou função, a Comissão iniciará seu trabalho fazendo pu-
blicar, por 03 (três) vezes, edital de chamada do acusado, no prazo máximo de 20 (vinte) dias, caso se
encontre em lugar incerto ou ignorado.

§ 1º - O prazo para apresentação da defesa, pelo acusado, começará a correr da última publicação do
edital no órgão oficial ou de sua notificação por escrito.

§ 2º - Findo o prazo do § 1º e não havendo manifestação do faltoso, ser-lhe-á designado, pelo Presi-
dente da Comissão, defensor que se desincumbirá do encargo no prazo de 15 (quinze) dias contados da
data de sua designação.

Art. 262 - A Comissão, recebendo a defesa, fará a sua apreciação sobre as alegações e encaminha-
rá relatório à autoridade instauradora, propondo o arquivamento do processo ou a expedição do ato de
punição, conforme o caso.

Parágrafo único - Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remeti-
do ao Ministério Público para instauração da ação penal.

Art. 263 - O servidor só poderá ser exonerado, a pedido, após conclusão do processo administrativo
disciplinar a que responder e do qual não resultar pena de demissão.
CAPÍTULO IV
DA REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 264 - Poderá ser requerida, a qualquer tempo, a revisão do processo administrativo disciplinar de
que haja resultado pena, quando forem aduzidos fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a con-
duta do servidor punido ou atenuar sua gravidade.

§ 1º - Tratando-se de servidor falecido, desaparecido ou incapacitado de requerer, a revisão poderá


ser solicitada por qualquer pessoa que demonstre interesse direto.

§ 2º - No caso de incapacidade mental do servidor a revisão será requerida pelo seu curador.

Art. 265 - A revisão processar-se-á em apenso ao processo originário.

Art. 266 - Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da penalidade, sen-
do necessária a apresentação de elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

Parágrafo único - Na revisão do processo administrativo, o ônus da prova caberá ao requerente.

Art. 267 - O requerimento devidamente instruído será encaminhado ao Chefe do Poder Executivo, que
decidirá sobre o pedido.

Art. 268 - Autorizada a revisão, o processo será encaminhado ao órgão municipal responsável pelas
atividades de recursos humanos, que concluirá o encargo no prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogável
pelo período de 30 (trinta) dias, a juízo do Chefe do Poder Executivo.

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Parágrafo único - No desenvolvimento dos trabalhos de revisão, a Comissão Revisora observará as
disposições de procedimento do processo administrativo disciplinar, no que couber, e que não colidirem
com as regras deste capítulo.

Art. 269 - O julgamento caberá ao Chefe do Poder Executivo, no prazo de 30 (trinta) dias, podendo,
antes, serem terminadas as diligências, concluídas as quais se renovará o prazo.

Art. 270 - Julgada procedente a revisão, será tornada sem efeito a pena imposta, restabelecendo-se
todos os direitos por ela atingidos.

Parágrafo único - A revisão do processo administrativo disciplinar não poderá resultar em agravamento
da penalidade anteriormente aplicada.
TÍTULO IX
DISPOSIÇÕES GERAIS, FINAIS E TRANSITÓRIAS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 271 - Os prazos previstos nesta Lei Complementar e na sua regulamentação serão contados por
dias corridos.

§ 1º - Não se computará, no prazo, o dia inicial, prorrogando-se o vencimento que incidir em sábado,
domingo, ponto facultativo ou feriado para o primeiro dia útil seguinte bem como por qualquer motivo não
houver ou for suspenso o expediente nas repartições públicas.

§ 2º - Os prazos dependentes de publicação serão dilatados de tantos dias quantos forem os relativos
ao atraso na circulação do órgão oficial.

Art. 272 - É vedado ao servidor servir sob a direção imediata do cônjuge ou parente até segundo grau,
inclusive ocupando cargo em comissão ou função em confiança.

Art. 273 - A expedição de certidões e outros documentos que se relacionem com a vida funcional do
servidor é de competência da Secretaria Municipal responsável pelas atividades de recursos humanos.

Art. 274 - Os instrumentos de procuração utilizados perante a administração municipal para recebi-
mento de direitos e vantagens dos servidores municipais terão validade de 12 (doze) meses.

Art. 275 - Por motivo de convicção filosófica, religiosa ou política ou de sexo e cor, nenhum servidor
poderá ser privado de qualquer de seus direitos nem sofrer alteração em sua atividade funcional.

Art. 276 - Nos dias úteis, só por determinação do Chefe do Poder Executivo poderão deixar de funcio-
nar as repartições públicas ou ser suspenso o expediente, através de ato declarando o ponto facultati-
vo.

Art. 277 - É vedada a prestação de serviços gratuitos, salvo os excepcionais prestados, que surtirão
apenas efeitos honoríficos.

Art. 278 - O dia 28 (vinte e oito) de outubro será consagrado ao Servidor Público Municipal.

Art. 279 - Os exames de saúde para verificação da sanidade física e mental serão realizados por pro-
fissional ou entidade credenciada pelo Chefe do Poder Executivo ou pela perícia médica oficial.

Art. 280 - É vedada a vinculação ou equiparação, de qualquer natureza, para efeito de remuneração
dos servidores públicos.

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Art. 281 - Os servidores ocupantes dos cargos das categorias funcionais do Grupo Magistério, incluí-
dos no Quadro Permanente, serão regidos pelo presente Estatuto, sem prejuízo da aplicação das dispo-
sições do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração do Magistério.
CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 282 - As disposições deste Estatuto se aplicam aos servidores municipais admitidos por concursos
públicos, declarados estáveis com fundamento no art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transi-
tórias da Constituição Federal bem como aos ocupantes dos cargos em comissão.

§ 1° - Aos servidores admitidos temporariamente aplicam-se, somente, as regras relativas à frequên-


cia, férias, concessão de vantagens pecuniárias e pagamento de diárias e, obrigatoriamente, os direitos
assegurados no § 3° do art. 39 da Constituição Federal e os dispositivos sobre deveres, proibições e
apuração de ilícitos administrativos constantes desta Lei Complementar.

§ 2° - São excluídos dos direitos e vantagens instituídos por esta Lei Complementar os servidores ocu-
pantes de cargos temporários.

Art. 283 - Os servidores que fizerem jus a incorporação da retribuição pelo exercício de função de dire-
ção, chefia ou assessoramento superior ou intermediário ou assistência direta ou imediata, já concedida
na forma do artigo 77, da lei 2896/1993, por exercício em cargo em comissão ou função de confiança,
ficam reenquadrados conforme Tabela E, anexado ao PCR-Porã.

§ 1º – Os servidores deverão optar pela percepção do vencimento do cargo efetivo ou o incorporado,


de forma a observar o artigo 77 da Lei nº 2896/93, sendo vedada sua cumulatividade.

§ 2º - Os servidores deverão requerer por meio de pedido administrativo até a data de 31 de dezembro
de 2014, seu reenquadramento, submetendo-se a convalidação do processo administrativo concessivo,
mediante observância dos requisitos exigidos pelo artigo 77, da Lei 2896/1993, por Comissão constituída
pelo Poder Executivo.

Art. 284 - Compete ao Chefe do Poder Executivo expedir os atos de regulamentação necessários à
implementação e aplicação de disposições desta Lei Complementar.

Art. 285 - Revogam-se as disposições da Lei Complementar nº 016, 027, 035, 068 e demais disposi-
ções em contrário.

Art. 286 - Esta Lei Complementar entrará em vigor na data de sua publicação, respeitando em todos
os casos direitos adquiridos.

Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, 12 de agosto de 2014

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Lei Complementar nº. 196, de 01 de Abril de 2020, (“Reestrutura e Modifica o Regime
Próprio de Previdência Social do Município de Ponta Porã/MS, de acordo com a Emenda
Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019) e suas alterações

LEI COMPLEMENTAR Nº. 196, DE 01 DE ABRIL DE 2020.


“Reestrutura e Modifica o Regime Próprio de Previdência Social do Município de Ponta Porã/MS, de
acordo com a Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019”.

O Prefeito Municipal de Ponta Porã, Estado de Mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais
conferidas pela Lei Orgânica do Município, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a
seguinte Lei Complementar:
TÍTULO ÚNICO
DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE PONTA PORÃ – MS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES E DOS OBJETIVOS

Art. 1º. Fica reestruturado, nos termos desta Lei Complementar, o Instituto de Previdência dos Servi-
dores Municipais de Ponta Porã/MSPREVIPORÃ, instituído pela Lei Complementar nº 2.900/93, de 23 de
novembro de 1993, com as alterações ditadas pela Lei n.º 2988/1995 de 20 de dezembro de 1995, pela
Lei Complementar nº 004/2001, de 18 de novembro de 2001, pela Lei Complementar nº 011/2004, de 10
de maio de 2004, pela Lei Complementar nº 42, de 19 de dezembro de 2007, com alterações promovi-
das pela Lei Complementar nº 191/2019, e conforme Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro
de 2019 e determinações constantes na Lei Orgânica Municipal, entidade autárquica com personalidade
jurídica de direito público interno, patrimônio próprio, autonomia administrativa e financeira, gestão única,
através dos seus representantes no Conselho Administrativo, com sede e foro na Comarca de Ponta
Porã/MS, que passa a reger-se na forma desta lei.

Art. 2º. O Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Ponta Porã/MS-PREVIPORÃ, terá
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos
titulares de cargos efetivos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.

Art. 3º. O Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Ponta Porã/MS-PREVIPORÃ visa dar
cobertura aos riscos a que estão sujeitos os beneficiários e compreende um conjunto de ações que aten-
dam às seguintes finalidades:

I - garantir meios de subsistência nos seguintes eventos: idade avançada, incapacidade permanente e
morte; e

II - gerir de forma descentralizada o RPPS dos servidores públicos do Município de Ponta Porã, nos
termos e para os fins desta Lei, abrangendo os servidores públicos ativos, os aposentados e os pensio-
nistas do Poder Executivo, do Poder Legislativo, das autarquias e fundações municipais, cabendo-lhe:

a) a administração, o gerenciamento e operacionalização do regime de previdência;

b) a arrecadação, a cobrança e a gestão de recursos e contribuições necessários ao custeio do regime


previdenciário e da Unidade Gestora Única;

c) a concessão, manutenção e pagamento dos benefícios previdenciários aos seus segurados e bene-
ficiários, nos termos da legislação vigente.

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§1º. O rol de benefícios a serem concedidos pelo PREVIPORÃ, fica limitado às aposentadorias e à
pensão por morte.

§2º. O PREVIPORÃ deverá garantir pleno acesso dos segurados e beneficiários às informações relati-
vas à gestão do RPPS por atendimento a requerimento e pela disponibilização, inclusive por meio eletrô-
nico, dos relatórios contábeis, financeiros, previdenciários, atas e demais documentos e dados pertinen-
tes.

§3º. Os afastamentos por incapacidade temporária para o trabalho e o salário-maternidade serão


pagos diretamente pelo Município ou pela Câmara de Vereadores e não correrão à conta do PREVIPO-
RÃ.

Art. 4º. Compete ao PREVIPORÃ a execução de ações institucionais pautadas no desempenho das
suas atividades ou atribuições fundamentais:

I - disciplinar, no âmbito de sua competência, as normas referentes ao Instituto, bem como as relativas
à orientação, supervisão, fluxos de trabalho e ao acompanhamento das atividades descentralizadas;

II - arrecadar e cobrar as contribuições e aportes previdenciários, gerir a receita, o patrimônio, os fun-


dos e o risco financeiro e atuarial;

III - operacionalizar a compensação financeira entre o PREVIPORÃ e o Regime Geral de Previdência


Social - RGPS, bem como os demais regimes próprios de previdência social;

IV - monitorar informações e interagir com as decisões que envolvam a relação de trabalho que impac-
tem no risco previdenciário e no equilíbrio financeiro e atuarial;

V - promover ações no contexto das relações de trabalho, saúde e previdência do servidor em conjun-
to com a administração direta e indireta, e o Poder Legislativo municipal;

VI - conduzir o censo previdenciário dos servidores ativos, bem como o recadastramento dos inativos
e pensionistas, mantendo o cadastro individualizado dos segurados e beneficiários em conjunto com Mu-
nicípio de Ponta Porã, o Legislativo Municipal, bem como, suas autarquias e fundações, conforme regula-
mentação;

VII - constituir, organizar, gerenciar e manter base de dados e sistema informatizado contendo dados
cadastrais, funcionais e financeiros, da relação de trabalho, de saúde e previdência dos servidores e de-
pendentes, conforme regulamentação;

VIII - manter o registro individual dos aposentados e pensionistas;

IX - gerir e difundir o conhecimento previdenciário;

X - manter relacionamento institucional com os segurados e beneficiários e demais unidades adminis-


trativas municipais;

XI - interagir com as unidades de recursos humanos da administração direta, indireta e do Poder Le-
gislativo municipal quanto a capacitação e aperfeiçoamento profissional dos dirigentes, gestores e servi-
dores na área previdenciária;

XII - garantir aos segurados, beneficiários e dependentes o pleno acesso às informações previdenciá-
rias de seus interesses, inclusive quanto ao equilíbrio financeiro e atuarial do PREVIPORÃ, observadas
as normas de acesso à informação; e,

XIII - participar de estudos de impacto previdenciário e atuarial das propostas que tratem de inovações

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ou alterações na relação de trabalho e remuneração dos servidores vinculados ao PREVIPORÃ quanto
aos possíveis impactos no equilíbrio financeiro e atuarial do regime.

§1º. O ato de concessão dos benefícios de aposentadorias e pensão por morte dos segurados e bene-
ficiários dos Poderes, autarquias e fundações é de responsabilidade do Diretor Presidente em conjunto
com o Diretor de Benefícios.

§2º. Todo benefício previdenciário terá início por requerimento dirigido ao PREVIPORÃ, conforme pro-
cedimentos definidos em regulamento, salvo os de natureza compulsória.

§3º. Os Poderes Executivo e Legislativo, as autarquias e fundações deverão disponibilizar, incontinen-


te, relatórios mensais referentes às respectivas folhas de pagamento dos segurados ativos, inclusive dos
servidores cedidos, afastados e licenciados, contendo as rubricas e valores integrantes e não integrantes
da base de cálculo das contribuições, podendo a qualquer tempo, o PREVIPORÃ, solicitar o encaminha-
mento de dados complementares.

Art. 5º. O ato que conceder aposentadoria e pensão indicará o fundamento legal aplicado ao direito,
ao provento, às regras de cálculo e reajustes.

Art. 6º. O cadastro a que se refere o inciso VI do artigo 4º desta Lei, dentre outros, conterá:

I - nome, matrícula, dados pessoais e funcionais do servidor público;

II - nome e dados pessoais do dependente, se houver;

III - remuneração utilizada como base para as contribuições do servidor mês a mês;

IV - valores mensais e acumulados da contribuição;

V - valores mensais e acumulados da contribuição do ente federativo.

§1º. Aos servidores públicos ativos serão disponibilizadas, anualmente, as informações constantes de
seu cadastro individualizado, nos termos e prazos definidos em regulamento.

§2º. Os dados constantes do cadastro individualizado a que se refere o inciso V do “caput” serão con-
solidados para fins contábeis.

§3º. Os servidores titulares de cargos efetivos, aposentados e pensionistas deverão, periodicamente


ou quando houver alterações, ratificar ou atualizar seus dados cadastrais junto ao banco de dados, sob
pena de suspensão do pagamento de sua remuneração ou provento, conforme regulamento.

Art. 7º. O PREVIPORÃ observará na gestão e administração do Órgão, além dos princípios Constitu-
cionais da Administração Pública:

I - as normas gerais de contabilidade e atuária para aferição e observância do equilíbrio financeiro e


atuarial;

II - a gestão financeira e administrativa descentralizada em relação ao Tesouro Municipal;

III - a realização de escrituração contábil distinta do Tesouro Municipal;

IV - a aplicação das regras contidas no artigo 50 da Lei Complementar nº 101/2000, e suas alterações,
normas da Secretaria do Tesouro Nacional e normas do Ente Previdenciário Nacional;

V - a participação de representantes dos servidores titulares de cargos efetivos, aposentados e pen-


sionistas no colegiado de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação,
conforme disposto nesta lei e regulamento;

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VI - a identificação e consolidação em demonstrativos orçamentários e financeiros de todas as despe-
sas com pagamento de benefícios, bem como de encargos incidentes sobre os proventos e pensões;

§1º. É vedado ao PREVIPORÃ prestar fiança, aval ou obrigar-se em favor de terceiros por qualquer
outra forma.

§2º. A vedação de que trata o parágrafo anterior não se aplica a empréstimos concedidos a segurados
ativos, aposentados e pensionistas do PREVIPORÃ, por instituições legalmente instituídas para tal fim,
e, desde que não haja objeção da legislação federal de regulamentação do funcionamento dos regimes
próprios de previdência social, na forma definida em regulamento.
CAPÍTULO II
DOS BENEFICIÁRIOS

Art. 8º. São beneficiários do PREVIPORÃ as pessoas físicas classificadas como segurados e depen-
dentes, nos termos das Seções I e II deste Capítulo.

Parágrafo único. O beneficiário do PREVIPORÃ deverá realizar seu recadastramento periódico, em


datas previamente estabelecidas por ato do Diretor Presidente da Autarquia, sob pena de suspensão do
pagamento do benefício até a efetiva regularização.
Seção I
Dos Segurados

Art. 9º. São segurados do PREVIPORÃ:

I - o servidor público titular de cargo efetivo dos órgãos dos Poderes Executivo e Legislativo, suas
autarquias e fundações públicas;

II - os aposentados nos cargos efetivos citados no inciso I;

III - os pensionistas dos servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, suas autarquias e fundações
públicas;

IV - os servidores municipais estáveis abrangidos pelo art. 19, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias da Constituição Federal, inclusive os inativos e pensionistas; e

V - os admitidos até 5 de outubro de 1988 que não tenham cumprido, naquela data, os requisitos para
a estabilidade excepcional no serviço público.

§1º. O segurado aposentado que exerça ou venha a exercer cargo em comissão, cargo temporário,
emprego público ou mandato eletivo vincula-se, obrigatoriamente, ao Regime Geral de Previdência So-
cial- RGPS.

§2º. Na hipótese de lícita acumulação remunerada de cargos efetivos, o servidor mencionado neste
artigo será segurado obrigatório do PREVIPORÃ em relação a cada um dos cargos ocupados.

§3º. O servidor titular de cargo efetivo amparado pelo PREVIPORÃ, que se afastar do cargo efetivo
quando nomeado para o exercício de cargo em comissão, continua vinculado exclusivamente a esse re-
gime previdenciário, não sendo devidas contribuições ao RGPS sobre a remuneração correspondente ao
cargo em comissão, sendo-lhe facultado optar por recolher sobre essa parcela ao PREVIPORÃ, confor-
me previsto no artigo 23, §1º.

§4º. Quando houver acumulação de cargo efetivo e cargo em comissão, com exercício concomitante
e compatibilidade de horários, haverá o vínculo e o recolhimento ao PREVIPORÃ, pelo cargo efetivo e,

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RGPS, pelo cargo em comissão.

Art. 10. O servidor público titular de cargo efetivo permanece vinculado ao PREVIPORÃ, nas seguintes
situações:

I - quando cedido, com ou sem ônus para o cessionário, a órgão ou entidade da administração direta
ou indireta de quaisquer dos entes federativos;

II - quando licenciado e opte por recolher a contribuição previdenciária mensal, desde que, em dia com
o pagamento das contribuições;

III - durante o afastamento do cargo efetivo para o exercício de mandato eletivo em quaisquer dos
entes federativos; e

IV - durante o afastamento do país por cessão ou licenciamento com remuneração.

§1º. O segurado do PREVIPORÃ, investido no mandato de Vereador, que exerça, concomitantemente,


o cargo efetivo e o mandato filia-se ao PREVIPORÃ, pelo cargo efetivo, e ao RGPS, pelo mandato eleti-
vo.

§2º. Ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público,
aplica-se o Regime Geral de Previdência Social.

Art. 11. O servidor efetivo pertencente aos quadros da União, do Estado, do Distrito Federal ou de ou-
tro Município, quando cedido, permanece filiado ao regime previdenciário de origem, independentemente
de quem o remunera.

Art. 12. Na hipótese de ampliação legal e permanente de carga horária do servidor que configure mu-
dança de cargo efetivo e/ou importe em vantagens pecuniárias, será exigido o cumprimento dos requisi-
tos para concessão de aposentadoria neste novo cargo.

Art. 13. Se houver desempenho, pelo segurado, de atividades ou cargo em outro turno, sem previsão
na legislação, o servidor será vinculado ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS pelo exercício
concomitante desse novo cargo.
Subseção I
Da perda da qualidade de segurado

Art. 14. Perderá a qualidade de segurado o servidor que se desligar do serviço público municipal por
exoneração, demissão, cassação de aposentadoria, ou qualquer outra forma de desvinculação definitiva
do regime.

§1º. Se o servidor fruir de licença sem remuneração, com a opção de pagamento da contribuição
previdenciária, e não efetuar o tempestivo recolhimento das contribuições previdenciárias devidas, sua
condição de segurado será suspensa para todos os fins enquanto não regularizada a situação.

§2º. Não se admitirá, após o óbito do servidor, o recolhimento de contribuições previdenciárias para a
regularização da condição de segurado.

§3º. Não perderá a qualidade de segurado o servidor que se encontre em gozo de benefício previden-
ciário ou afastamento legal.

§4º. O segurado que deixar de pertencer ao quadro de servidores estatutários do Poder Executivo Mu-
nicipal, do Poder Legislativo Municipal, das autarquias e das fundações públicas municipais, terá sua ins-

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crição automaticamente cancelada, perdendo o direito a todo e qualquer benefício previsto nesta Lei.

§5º. Os dependentes do segurado desligado na forma do caput deste artigo, perdem, automaticamen-
te, qualquer direito à percepção dos benefícios previstos nesta Lei.
Seção II
Dos Dependentes

Art. 15. São beneficiários do PREVIPORÃ, na condição de dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira ou o companheiro e o filho não emancipado de qualquer condição, menor


de vinte e um anos ou inválido, neste caso sem limite de idade enquanto perdurar a incapacidade, que
seja dependente econômico do segurado e seja solteiro, conforme regulamentação;

II - os pais, quando reconhecida judicialmente a dependência econômica; e

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido, quando
reconhecida judicialmente a dependência econômica.

§1º. A existência de dependente de qualquer das classes previstas nos incisos acima, exclui o direito
às prestações das classes seguintes.

§2º. Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável com segurado
ou segurada, na forma da lei.

§3º. Equipara-se a filho, nas condições do inciso I, mediante declaração escrita do segurado e com-
provada a dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela, desde que não pos-
sua meios suficientes para o próprio sustento e educação.

§4º. O menor sob tutela somente poderá ser equiparado a filho do segurado quando, além de atender
aos requisitos do § 3º, houver a apresentação do termo de tutela.

§5º. A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e das demais devem
ser comprovadas via procedimento administrativo.

§6º. O Conselho Administrativo, através de ato normativo interno, regulamentará as questões técnicas
relativas aos dependentes, tais como inscrição de dependente e comprovação da dependência econômi-
ca, comprovação de união homoafetiva, comprovação de união estável, documentação necessária para
habilitação aos benefícios previdenciários, dentre outras.
Subseção I
Da perda da qualidade de dependente

Art. 16. A perda da qualidade de dependente ocorre:

I - para o cônjuge, pela separação ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação de ali-
mentos, salvo se a dispensou, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada
em julgado, pelo estabelecimento de nova união estável ou novo casamento em data anterior ao fato
gerador do benefício;

II - para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou segura-
da, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos;

III - para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem 21 (vinte e um) anos de idade, salvo
se inválidos, desde que a incapacidade tenha ocorrido antes:

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a) de completarem 21 (vinte e um) anos de idade;

b) do casamento;

c) do início do exercício de cargo ou emprego público;

d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, des-


de que, em função deles, o menor com 16 (dezesseis) anos completos tenha economia própria; ou

e) da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento


público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor
tiver 16 (dezesseis) anos completos; e

IV - para os dependentes em geral:

a) pelo matrimônio;

b) pelo óbito;

c) para o inválido quando da cessação da incapacidade;

d) pela perda da dependência econômica; ou

e) pela perda da qualidade de segurado de que ele depende.

f) pela renúncia expressa;

g) pela prática de atos de indignidade ou deserdação, na forma da legislação civil;


Seção III
Das Inscrições

Art. 17. A vinculação do servidor ao PREVIPORÃ dar-se-á pelo exercício das atribuições do cargo
efetivo de que é titular.

Art. 18. Incumbe ao segurado à inscrição de seus dependentes, que poderão promovê-la se ele fale-
cer sem tê-la efetivado.

§1º. A inscrição de dependente inválido requer sempre a comprovação desta condição mediante apre-
sentação de laudo médico-pericial, precedida de inspeção médica, sob responsabilidade do PREVIPO-
RÃ.

§2º. As informações referentes aos dependentes deverão ser comprovadas documentalmente.

§3º. A perda da condição de segurado implica o automático cancelamento da inscrição de seus depen-
dentes.

§4º. Incumbe ao Município de Ponta Porã, ao Legislativo Municipal, bem como, suas autarquias e fun-
dações, manter atualizado o registro cadastral dos segurados e seus dependentes vinculados ao PRE-
VIPORÃ, devendo para tanto realizar o censo previdenciário a cada 2 (dois) anos, que poderá ser gerido
pelo Órgão Previdenciário, mediante acordo expresso entre as partes, conforme regulamentação.

§5º. O Conselho Administrativo, através de resolução, normatizará as questões referentes ao sistema


cadastral de base de dados dos segurados e dependentes vinculados ao PREVIPORÃ.

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CAPÍTULO III
DO CUSTEIO
Seção I
Das Fontes de Financiamento e dos Limites de Contribuição

Art. 19. São fontes de financiamento do plano de custeio do PREVIPORÃ as seguintes receitas:

I - o produto da arrecadação referente às contribuições de caráter compulsório dos servidores titulares


de cargos efetivos do Município de Ponta Porã, do Legislativo Municipal, bem como, de suas autarquias
e fundações, na razão de 14% (quatorze por cento) sobre o seu salário de contribuição;

II - o produto da arrecadação da contribuição do Município de Ponta Porã, do Legislativo Municipal,


bem como, de suas autarquias e fundações, equivalente a 14% (quatorze por cento) sobre o valor da re-
muneração de contribuição devida aos servidores titulares de cargos efetivos, respeitando o que dispuser
a Avaliação Atuarial anual com relação ao equilíbrio financeiro e atuarial;

III - o produto da arrecadação referente às contribuições dos aposentados e pensionistas Município


de Ponta Porã, do Legislativo Municipal, bem como, de suas autarquias e fundações, na razão de 14%
(quatorze por cento) incidentes sobre a parcela dos proventos de aposentadoria e das pensões concedi-
das pelo PREVIPORÃ que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de
Previdência Social - RGPS;

IV - as receitas decorrentes de investimentos e as patrimoniais;

V - os valores recebidos a título de compensação financeira, prevista no § 9º do artigo 201 da Consti-


tuição Federal;

VI - os valores aportados pelo Município de Ponta Porã, pelo Legislativo Municipal, bem como, de
suas autarquias e fundações;

VII - as demais dotações previstas no orçamento municipal;

VIII - quaisquer bens, direitos e ativos com finalidade previdenciária;

IX - as doações, subvenções e legados;

X - as contribuições suplementares do Município de Ponta Porã, do Legislativo Municipal, bem como,


de suas autarquias e fundações, dos servidores, dos aposentados e dos pensionistas definidas em lei
específica;

XI - os ativos imobiliários e seus rendimentos, como aluguéis e outros rendimentos derivados dos bens
a ele vinculados, inclusive os decorrentes de alienações, definidos em lei específica;

XII - os recursos provenientes de contratos, convênios ou quaisquer outros acordos, incluindo anteci-
pações, firmados com a União ou outros organismos, inclusive internacionais;

XIII - os recebíveis, direitos a crédito, direitos a título de concessões, de uso do solo, que lhe tenham
sido destinados;

XIV - as participações em fundos de que seja titular o Município de Ponta Porã, suas autarquias e fun-
dações e lhe tenham sido destinados;

XV - os bens e recursos eventuais que lhes sejam destinados e incorporados;

§1º. Quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante, a contribuição

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1733629 E-book gerado especialmente para KARINA DA SILVA FLORES
prevista no inciso III incidirá apenas sobre a parcela de proventos de aposentadoria e de pensão que
supere o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social
- RGPS.

§2º. A alíquota de contribuição dos segurados em inatividade e dos pensionistas não poderá ser infe-
rior a dos servidores titulares de cargos efetivos.

§3º. A contribuição do Município de Ponta Porã, do Legislativo Municipal, bem como, de suas autar-
quias e fundações não poderá ser inferior ao valor da contribuição do servidor ativo, nem superior ao
dobro desta, exceto em caso de plano de equacionamento de déficit atuarial por meio de alíquota suple-
mentar.

Art. 20. O plano de custeio do PREVIPORÃ será revisto anualmente, observadas as normas gerais de
atuária, objetivando a manutenção de seu equilíbrio financeiro e atuarial.

§1º. As alíquotas de responsabilidade dos Poderes Executivo e Legislativo do Município, suas funda-
ções e autarquias, previstas no artigo 19, II, poderão ser revistas por orientação da reavaliação atuarial
anual.

§2º. O plano de custeio obedecerá aos princípios e normas de atuária e contabilidade, devendo ser
submetido a revisão, no mínimo anualmente, de forma a garantir o seu equilíbrio financeiro e atuarial, a
segurança e solução de continuidade do sistema de previdência, devendo suas alterações ser objeto de
modificação legislativa, exceto as correções de alíquotas anuais, suplementares, quando necessárias,
que poderão ser feitas por ato normativo do Poder Executivo.

§3º. O Município de Ponta Porã é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras
do PREVIPORÃ, decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários.

Art. 21. As disponibilidades financeiras vinculadas ao PREVIPORÃ serão depositadas em contas ban-
cárias distintas das contas do Tesouro Municipal.

§1º. Os recursos referidos no caput serão aplicados nas condições de mercado, com observância de
regras de segurança, solvência, liquidez, rentabilidade, proteção e prudência financeira, conforme as
diretrizes estabelecidas em norma específica do Conselho Monetário Nacional e definidas na Política de
Investimentos.

§2º. As aplicações serão realizadas preferencialmente nas instituições constantes na lista exaustiva do
órgão federal normatizador, quando se tornar conveniente o investimento, obedecendo aos princípios do
parágrafo anterior.

Art. 22. A escrituração contábil do PREVIPORÃ será distinta da contabilidade do ente federativo, inclu-
sive quanto às rubricas destacadas no orçamento para pagamento de benefícios e obedecerá às normas
e princípios contábeis previstos na legislação aplicável, suas alterações, e demais atos normativos esta-
belecidos pelos órgãos fiscalizadores.

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1733629 E-book gerado especialmente para KARINA DA SILVA FLORES
Seção II
Da Base de Cálculo das Contribuições

Art. 23. Entende-se por remuneração de contribuição o valor constituído pelo vencimento do cargo efe-
tivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei e dos adicionais de caráter
individual, excluídas:

I - as diárias;

II - a ajuda de custo em razão de mudança de sede;

III - a indenização de transporte;

IV - o salário-família;

V - o auxílio-alimentação;

VI - o auxílio-creche;

VII - as parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho, desde que não sejam
inerentes ao cargo;

VIII - a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confian-


ça;

IX - o abono de permanência de que trata o artigo 83, desta lei; e

X - adicional de serviço extraordinário;

XI - adicional noturno;

XII - adicional de férias;

XIII - auxílio pré-escolar;

XIV - parcela paga a servidor público titular de cargo efetivo indicado para integrar Conselho ou Órgão
Deliberativo, na condição de representante do governo, de órgão ou de entidade da administração públi-
ca do qual é servidor;

XV - funções gratificadas.

XVI - outras parcelas cujo caráter indenizatório esteja definido em lei.

§1º. O segurado ativo poderá optar pela inclusão na remuneração de contribuição de parcelas remu-
neratórias percebidas em decorrência de local de trabalho, do exercício de cargo em comissão ou de
função de confiança, para efeito de cálculo do benefício a ser concedido com fundamento nos artigos
54, 58, 59, 60, 61, 62, respeitada, em qualquer hipótese, a limitação estabelecida no §2º do artigo 40, da
Constituição Federal.

§2º. Os segurados ativos contribuirão também sobre o décimo terceiro salário, bem como, sobre os
benefícios de salário-maternidade, auxílio-reclusão e auxílio-doença, e os em inatividade e pensionistas
sobre a gratificação natalina ou abono anual.

§3º. O décimo terceiro salário e o abono anual serão considerados, para fins contributivos, separada-
mente da remuneração ou proventos de contribuição relativas ao mês em que forem pagos.

§4º. Não incidirá contribuição sobre o valor do abono de permanência de que trata o artigo 84 desta
lei.

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1733629 E-book gerado especialmente para KARINA DA SILVA FLORES
§5º. Quando o pagamento mensal do servidor sofrer descontos em razão de faltas ou de quaisquer
outras ocorrências, a alíquota de contribuição incidirá sobre o valor total da remuneração de contribuição
prevista em lei, relativa à remuneração mensal do servidor no cargo efetivo, desconsiderados os descon-
tos.

§6º. Havendo redução de carga horária, com prejuízo da remuneração, a base de cálculo da contribui-
ção não poderá ser inferior ao valor do salário mínimo.

Art. 24. Incidirá contribuição de responsabilidade do segurado ativo e em inatividade, do pensionista e


do Município de Ponta Porã, do Legislativo Municipal, bem como, de suas autarquias e fundações, sobre
as parcelas que componham a base de cálculo, pagas retroativamente em razão de determinação legal,
administrativa ou judicial, observando-se que:

I - sendo possível identificar as competências a que se refere o pagamento, aplicar-se-á a alíquota


vigente em cada competência, no montante atualizado;

II - em caso de impossibilidade de identificação das competências a que se refere o pagamento apli-


car-se-á a alíquota vigente na competência em que for efetuado o pagamento; e

III - em qualquer caso, as contribuições correspondentes deverão ser repassadas à unidade gestora
no mesmo prazo fixado para o repasse das contribuições relativas à competência em que se efetivar o
pagamento dos valores retroativos, sob pena de incidirem os acréscimos legais previstos no parágrafo
único do artigo 25.

Art. 25. Cabe às entidades mencionadas no inciso II do artigo 19 desta Lei, proceder ao desconto da
contribuição de seus servidores na folha de pagamento e recolhê-la, juntamente com a de sua obrigação,
até o ultimo dia útil do mês subsequente da competência.

Parágrafo único. O não repasse das contribuições destinadas ao PREVIPORÃ no prazo legal, implica-
rá na atualização destas de acordo com as alíquotas determinadas na avaliação atuarial, considerando
juros de 1% (um por cento) ao mês e multa de 0,5% (meio por cento).

Art. 26. Salvo na hipótese de recolhimento indevido, não haverá restituição de contribuições pagas ao
PREVIPORÃ.

Parágrafo único. Na hipótese de recolhimento feito à maior, a devolução será feita mediante compen-
sações futuras.

Art. 27. Os recursos de compensação previdenciária deverão ser utilizados apenas para custeio de
benefícios previdenciários.

Art. 28. A contribuição previdenciária de que trata o inciso III do artigo 19 será de 14%, incidente sobre
a parcela que supere o valor estipulado como teto do RGPS, utilizando-se parâmetros da avaliação atua-
rial, por cargo, do benefício de aposentadoria e pensão concedidas pelo PREVIPORÃ.

§1º. A contribuição prevista neste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposenta-
dorias e de pensões que superem o dobro do limite máximo previsto no caput, quando o beneficiário for
portador de doença incapacitante conforme legislação.

§2º. A contribuição incidente sobre o beneficio de pensão terá como base de cálculo o valor total des-
se benefício, conforme artigo 68, antes de sua divisão em quotas, respeitada a faixa de incidência de que
tratam o caput e o §1º deste artigo.

§3º. O valor da contribuição calculado conforme o §2º será rateado para os pensionistas na proporção

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de sua cota parte.

§4º. Os valores mencionados no caput e §1º, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
Seção III
Das Contribuições dos Servidores Cedidos, Afastados e licenciados

Art. 29. Nas hipóteses de cessão, licenciamento ou afastamento de servidor titular de cargo efetivo, o
cálculo da contribuição ao PREVIPORÃ será feito com base na remuneração do cargo efetivo de que o
servidor for titular, observando-se as normas desta seção.

Art. 30. Na cessão de servidor ou no afastamento para exercício de mandato eletivo em que o paga-
mento da remuneração ou subsídio seja ônus do cessionário ou do órgão de exercício do mandato será
de responsabilidade desse órgão ou entidade:

I - o desconto da contribuição devida pelo segurado;

II - o custeio da contribuição devida pelo órgão ou entidade de origem; e

III - o repasse das contribuições de que tratam os incisos I e II, ao PREVIPORÃ.

Art. 31. Na cessão ou afastamento de servidores sem ônus para o cessionário ou para o órgão do
exercício do mandato, continuará sob a responsabilidade do Município de Ponta Porã, do Legislativo
Municipal, bem como, de suas autarquias e fundações o recolhimento e o repasse ao PREVIPORÃ das
contribuições relativas à parcela devida pelo servidor e pelo Ente.

Parágrafo único. O disposto neste artigo se aplica aos casos de afastamento para exercício de manda-
to eletivo de prefeito, vice-prefeito ou de vereador em que haja opção pelo recebimento da remuneração
do cargo efetivo de que o servidor seja titular.

Art. 32. O servidor ocupante de cargo efetivo afastado, cedido ou licenciado temporariamente do exer-
cício, sem recebimento de remuneração, poderá contribuir para o PREVIPORÃ, mediante o recolhimento
mensal das contribuições de que trata o inciso I do artigo 19.

§1º. A contribuição a que se refere o caput será recolhida diretamente pelo servidor, observado o dis-
posto nos artigo 28.

§2º. O pagamento da contribuição de servidor licenciado sem ônus será registrado pela Diretoria
Financeira do PREVIPORÃ, após a comprovação da quitação e subsidiariamente por parte do servidor,
pela apresentação da Guia de Recolhimento de Contribuições (GRC), devidamente paga.

§3º. O pagamento da contribuição deverá corresponder ao mês de competência, obedecendo o dis-


posto no caput.

§4º. A contribuição efetuada pelo servidor na situação de que trata o caput não será computada para
cumprimento dos requisitos de tempo de carreira, tempo de efetivo exercício no serviço público e tempo
no cargo efetivo para concessão de aposentadoria.

§5º. Em caso de opção pelo recolhimento da contribuição, o respectivo tempo de afastamento ou


licenciamento será computado apenas para fins de aposentadoria como tempo de contribuição.

§6º. A contribuição previdenciária recolhida ou repassada em atraso implicará na atualização destas


de acordo com as alíquotas determinadas na avaliação atuarial, considerando juros de 1% (um por cen-
to) ao mês e multa de 0,5% (meio por cento).

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1733629 E-book gerado especialmente para KARINA DA SILVA FLORES
§7º. O servidor que optar expressamente pelo não recolhimento das contribuições previdenciárias,
quando licenciado sem remuneração, terá sua qualidade de segurado suspensa, até seu retorno ao car-
go e exercício da funções, devendo o Ente comunicar imediatamente ao Instituto acerca da opção exerci-
da pelo servidor, bem como seu eventual retorno.

§8º. O servidor que optar expressamente pelo recolhimento das contribuições previdenciárias funcio-
nais, enquanto afastado sem remuneração e deixar de recolhê-las por 3 (três) meses consecutivos ou
alternados, terá sua licença automaticamente revogada, de acordo com o estabelecido no art. 94 da Lei
Complementar Municipal nº 121/2014, bem como, terá sua condição de segurado e de seus dependentes
suspensa para todos os fins enquanto não regularizar a situação.

§9º. Não se admitirá, após o óbito ou incapacidade do servidor licenciado, o recolhimento de contribui-
ções previdenciárias para a regularização da condição de segurado.

Art. 33. O servidor cedido a outro órgão da administração pública em que o pagamento da remunera-
ção seja ônus do órgão ou da entidade cessionária, será de responsabilidade desta:

I - o desconto da contribuição previdenciária devida pelo servidor; e

II - a contribuição devida pelo ente de origem.

§1º. Caberá ao cessionário efetuar o repasse das contribuições do ente federativo e do servidor ao
PREVIPORÃ, nos termos e prazos previstos.

§2º. Caso o cessionário não efetue o repasse das contribuições ao PREVIPORÃ no prazo do artigo
25, desta Lei, deverá o Município de Ponta Porã, o Legislativo Municipal, bem como, suas autarquias e
fundações, efetuá-lo, buscando o reembolso de tais valores junto ao cessionário.

§3º. O termo ou ato de cessão do servidor com ônus para o cessionário, deverá prever a responsabi-
lidade deste pelo desconto, recolhimento e repasse das contribuições previdenciárias ao PREVIPORÃ,
conforme valores informados pelo Ente.

§4º. O órgão ou unidade de exercício de origem do servidor cedido ou afastado de que trata o caput
deste artigo deverá disponibilizar, mensalmente, ao PREVIPORÃ as informações sobre a cessão ou afas-
tamento, a composição da remuneração de contribuição do servidor para fins de controle e acompanha-
mento da arrecadação das contribuições.

Art. 34. O servidor cedido ou licenciado para exercício de mandato eletivo em outro ente federativo po-
derá optar por contribuir ao PREVIPORÃ sobre as parcelas remuneratórias não componentes da remune-
ração do cargo efetivo, para efeito de cálculo do benefício a ser concedido com fundamento nos artigos
54, 58, 59, 60, 61 e 62, respeitada, em qualquer hipótese, a limitação estabelecida no §2º do artigo 40,
da Constituição Federal.

Art. 35. Não incidirão contribuições para o PREVIPORÃ do ente cessionário ou de exercício do man-
dato, nem para o Regime Geral de Previdência Social - RGPS, sobre as parcelas remuneratórias não
componentes da remuneração do cargo efetivo, pagas pelo ente cessionário ou de exercício de mandato
eletivo em outro ente federativo, exceto na hipótese em que houver a opção pela contribuição ao PREVI-
PORÃ, na forma prevista em sua legislação, conforme caput do artigo 23.
Seção IV
Da Utilização dos Recursos Previdenciários e da Taxa de Administração

“Art. 36. Os recursos garantidores do PREVIPORÃ serão utilizados exclusivamente para o custeio dos

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benefícios previdenciários, sendo vedada a sua utilização para fins assistenciais, inclusive para a saú-
de.

§1º. As despesas correntes e de capital de caráter administrativo, serão custeadas com os recursos da
Taxa de Administração correspondente ao valor decorrente da aplicação do percentual de 2% (dois por
cento), sobre o total das remunerações, proventos e pensões dos segurados e beneficiários do PREVI-
PORÃ, relativos ao exercício financeiro anterior.

§2º. O PREVIPORÃ poderá constituir reserva com as sobras do custeio das despesas do exercício, os
quais deverão ser depositados em conta bancária distinta da conta destinada aos recursos com finalida-
de previdenciária e, evidenciados em conta contábil específica, cujos valores serão utilizados para os fins
a que se destina a taxa de administração.

§3º. Eventuais insuficiências de recursos para o custeamento das despesas correntes e de capital do
PREVIPORÃ serão suportadas pelo orçamento do Tesouro Municipal, por demanda do Conselho Admi-
nistrativo.

Art. 36 - A. As receitas provenientes da Taxa de Administração, adicionada ao plano de custeio nor-


mal na avaliação atuarial, custearão as despesas correntes e de capital necessárias à organização e ao
funcionamento do Instituto, devendo ser observado o disposto na lei que o criou e os seguintes parâme-
tros.

§1º. As receitas provenientes da Taxa de Administração passam a ser de 3% (três por cento) e inci-
dirão sobre a folha de remuneração dos servidores ativos, vinculados a Previdência Municipal, aplicado
sobre o somatório da remuneração de contribuição apurado no exercício financeiro anterior, em conso-
nância com a Lei Orçamentária Municipal e implementada por Decreto do Executivo.

§2º. Manutenção dos recursos relativos à Taxa de Administração, obrigatoriamente, por meio da Re-
serva Administrativa de que trata o § 3º do art. 51 da Portaria MF nº 464, de 2018, que:

a) deverá ser administrada em contas bancárias e contábeis distintas dos recursos destinados ao pa-
gamento dos benefícios;

b) será constituída pelos recursos de que trata o inciso I do caput, do artigo 15 da Portaria nº 402, de
12 de dezembro de 2008, do Ministério da Previdência Social, pelas sobras de custeio administrativo
apuradas ao final de cada exercício e dos rendimentos mensais por eles auferidos;

c) poderá ser objeto, na totalidade ou em parte, de reversão para pagamento dos benefícios do RPPS,
desde que autorizada na legislação do RPPS e aprovada pelo conselho Administrativo, vedada a devolu-
ção de recursos ao ente federativo.

§3º. (...)

§4º. A receita da Taxa de Administração para a Previdência Municipal, no limite previsto no parágrafo
primeiro, será levantada até o dia 30 de janeiro de cada exercício e deverá ser adimplida pelos entes pa-
tronais em 12 (doze) parcelas mensais, que serão depositadas em conta específica para esta finalidade,
nas mesmas condições e datas das contribuições ordinárias.

§ 5º. (SUPRIMIDO)

§6º. A Taxa de Administração para a Previdência Municipal, no limite do parágrafo primeiro, poderá ser
elevada em 20% (vinte por cento), mediante autorização legislativa.

§7º. A utilização dos recursos da Reserva Administrativa, desde que não prejudique as finalidades de

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que trata o caput, somente para:

a) aquisição, construção, reforma ou melhorias de imóveis destinados a uso próprio do órgão ou enti-
dade gestora nas atividades de administração, gerenciamento e operacionalização do RPPS;

b) reforma ou melhorias de bens vinculados ao RPPS e destinados a investimentos, desde que seja
garantido o retorno dos valores empregados, mediante verificação por meio de análise de viabilidade
econômico-financeira;

§8º. Recomposição ao RPPS, pelo ente federativo, dos valores dos recursos da Reserva Administra-
tiva utilizados para fins diversos do previsto neste artigo ou excedentes ao percentual da Taxa de Admi-
nistração inserido no plano de custeio do RPPS, sem prejuízo de adoção de medidas para ressarcimento
por parte dos responsáveis pela utilização indevida dos recursos previdenciários;

§9º. Vedação de utilização dos bens de que trata a alínea “a” do §7º do caput para investimento ou
uso por outro órgão público ou particular em atividades assistenciais ou quaisquer outros fins não previs-
tos no caput, exceto se remunerada com encargos aderentes à meta atuarial do RPPS.
CAPITULO IV
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO PREVIPORÃ

Art. 37. O PREVIPORÃ será gerido em 02 (dois) níveis de atuação:

I - Atuação deliberativa por um Conselho Administrativo; e

II - Atuação executiva por uma Diretoria.

Parágrafo único. O Conselho Fiscal como estrutura administrativa tem a função de avaliar os atos de
gestão e auxiliar o Conselho Administrativo em suas decisões, quando convocado.
Seção I
Do Conselho Administrativo

Art. 38. O Conselho Administrativo do PREVIPORÃ será compostos por 05 (cinco) conselheiros titula-
res, e igual número de suplentes, devendo seus membros ser servidores públicos municipais efetivos ou
estáveis, composto pelas seguintes representatividades:

I - 02 (dois) representantes do Ente indicados pelo Executivo Municipal;

II - 01 (um) representante do Ente indicados pelo Legislativo Municipal;

III - 02 (dois) representantes das entidades classistas, sendo:

a) 01 (um) representante da entidade classista dos segurados ativos; e

b) 01 (um) representante da entidade classista dos segurados inativos.

§1º. Os membros, titulares e suplentes, representantes do Ente no Conselho de Administração serão


indicados pelo Chefe do Poder Executivo Municipal e pelo Chefe do Poder Legislativo Municipal, dentre
os segurados do RPPS que possuam formação acadêmica de nível superior, independente da escolarida-
de exigida para o cargo efetivo do qual são titulares.

§2º. Os conselheiros não serão remunerados, todavia, poderão a título de assiduidade, fazer jus a
JETONS que serão definidos por regulamentação própria.

§3º. O Conselho Administrativo terá seu Regimento Interno aprovado por resolução no prazo de até 12
(doze) meses após a aprovação da presente lei.

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§4º. O presidente e o vice-presidente serão escolhidos pelo Conselho em sua primeira reunião.

§5º. São exigências para composição do Conselho Administrativo, nos termos da Lei Federal nº
9.717/1998:

I - Não ter o servidor sofrido condenação penal por crime doloso ou por improbidade administrativa,
julgada por Órgão Colegiado ou transitada em julgado;

II - Não possuir contas relativas ao exercício de cargo ou função pública rejeitadas por decisão irrecor-
rível, proferida por Órgão competente; e

III - Não ter sofrido penalidade administrativa vigente.

Art. 39. O Conselho Administrativo reunir-se-á ordinariamente, pelo menos uma vez por quadrimestre
e extraordinariamente, a qualquer tempo, sempre que convocado pelo Presidente ou a requerimento da
maioria absoluta de seus membros; obedecido o prazo a ser estabelecido no Regimento Interno.

§1º. As reuniões do Conselho Administrativo serão iniciadas com a presença da maioria absoluta de
seus membros.

§2º. Das reuniões do Conselho Administrativo, serão lavradas atas e dada a publicidade em Órgão
Oficial.

§3º. As decisões do Conselho Administrativo, serão externadas para todos os seus efeitos mediante
resoluções, que terão número acompanhado do exercício em que foram tomadas.

§4º. Das decisões, importando em irregularidades de atos de administradores ou conselheiros, deve-


rão ser encaminhadas cópias das mesmas ao Ministério Público.

§5º. Os membros do Conselho Administrativo do PREVIPORÃ não serão destituíveis ad nutum, so-
mente podendo ser afastados de suas funções depois de julgados em processo administrativo, se cul-
pados por falta grave ou infração punível com demissão, ou em caso de vacância, assim entendida a
ausência não justificada em 02 (duas) reuniões consecutivas ou em 03 (três) intercaladas no mesmo
ano.

§6º. O prazo de mandato dos conselheiros administrativos será de 4 (quatro) anos, coincidindo ou não
com a gestão do Poder Executivo, permitindo uma recondução por mais de um mandato, desde que aten-
didas as disposições desta lei complementar.

§7º. Perderá o mandato o membro do Conselho que deixar de comparecer a 02 (duas) sessões conse-
cutivas ou 03 (três) alternadas, sem motivo justificado, a critério do mesmo Conselho.

§8º. É assegurado aos membros do Conselho Administrativo o direito de se ausentar de seu posto de
trabalho, nos horários em que forem marcadas reuniões do conselho, para o desempenho de suas atri-
buições, desde que justificada a necessidade.

Art. 40. Compete privativamente ao Conselho Administrativo:

I - normatizar as diretrizes gerais do PREVIPORÃ;

II - apreciar e aprovar a proposta orçamentária e o Plano Plurianual do PREVIPORÃ;

III - aprovar a estrutura administrativa, financeira e técnica do Instituto;

IV - aprovar o plano de aplicação dos recursos garantidores sob gestão do PREVIPORÃ, detalhado na
política de investimentos;

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V - examinar e emitir parecer conclusivo sobre propostas de alteração da política previdenciária do
Município;

VI - autorizar a contratação de empresas especializadas, desde que necessárias, para avaliação de


atos de gestão e apuração de eventuais irregularidades;

VII - autorizar a alienação de bens imóveis, ou o uso de bens integrantes do patrimônio do PREVIPO-
RÃ, por outro órgão da administração ou terceiros, observada a finalidade previdenciária;

VIII - aprovar contratação, bem como a celebração de contratos, convênios e ajustes pelo PREVIPO-
RÃ;

IX - deliberar sobre a aceitação de doações, cessões de direitos e legados, quando onerados por en-
cargos;

X - adotar as providências cabíveis para a correção de atos e fatos, decorrentes de gestão, que preju-
diquem o desempenho e o cumprimento das finalidades do PREVIPORÃ;

XI - acompanhar e fiscalizar a aplicação da legislação pertinente;

XII - manifestar-se sobre a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas do Esta-
do;

XIII - solicitar a elaboração de estudos e pareceres técnicos relativos a aspectos atuariais, jurídicos,
financeiros e organizacionais relativos a assuntos de sua competência;

XIV - dirimir dúvidas quanto à aplicação das normas regulamentares, relativas ao PREVIPORÃ, nas
matérias de sua competência;

XV - garantir o pleno acesso dos segurados às informações relativas à gestão do Instituto;

XVI - manifestar-se em projetos de lei e acordos de composição de débitos previdenciários do Municí-


pio com o PREVIPORÃ;

XVII - elaborar regimento interno dos sistemas criados pela presente Lei, plano de custeio e benefí-
cios, plano de aplicação do patrimônio e orçamento programa, na medida em que se fizer necessário;

XVIII - propor ao Prefeito a expedição de projetos de leis previdenciários nos termos da Constituição e
Legislação própria;

XIX - autorizar a contratação de serviços de consultoria, para apoio e assessoramento nos atos de
gestão;

XX - representar ao Prefeito com relação aos atos irregulares dos administradores;

XXI - julgar em única instância os recursos contra decisão de perícia médica previdenciária e das deci-
sões administrativas do PREVIPORA, mediante regulamentação;

XXII - decidir sobre questões referentes a benefícios previdenciários que estejam omissas na lei, sem-
pre em consonância com a Constituição Federal e leis previdenciárias;

XVIII - Elaborar projeto que revise e reorganize o Quadro de Servidores do PREVIPORÃ;

XXIV - Aprovar o seu Regimento Interno, no prazo de 12 (doze) meses; e

XXV - deliberar sobre os casos omissos, observadas as regras aplicáveis ao PREVIPORÃ.

§1º. As decisões ou deliberações do Conselho Administrativo, consubstanciadas em Resoluções, se-

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rão publicadas no Diário Oficial do Município de Ponta Porã.

§2º. As decisões do Conselho Administrativo serão tomadas por seus membros, observando o quórum
especial da maioria absoluta.

§3º. O Município de Ponta Porã, o Legislativo Municipal, bem como, suas autarquias e fundações
prestarão toda e qualquer informação necessária ao adequado cumprimento das competências do Con-
selho Administrativo, fornecendo-lhe, quando formalmente solicitados, os estudos técnicos correspon-
dentes, sendo facultado a qualquer de seus membros o acesso irrestrito a dados, relatórios, extratos ou
qualquer outro tipo de informação relativa às atividades abrangidas pela sua competência.

§4º. O Conselho Administrativo, devidamente justificado, poderá requisitar a custo dos recursos da
Taxa de Administração do PREVIPORÃ, auditoria externa, elaboração de estudos e diagnósticos técnicos
relativos a aspectos atuariais, financeiros e organizacionais de sua competência, conforme definido no
regulamento.
Seção II
Do Conselho Fiscal

Art. 41. O Conselho Fiscal do PREVIPORÃ será composto por 03 (três) conselheiros titulares, e igual
número de suplentes, devendo seus membros ser servidores públicos municipais efetivos ou estáveis,
pelas seguintes representatividades:

I - 02 (dois) representantes indicados pelo Executivo e Legislativo Municipal;

II - 01 (um) representante indicado pelas entidades classistas.

§1º Os membros, titulares e suplentes, representantes do Ente no Conselho de Administração que


forem indicados pelo Chefe do Poder Executivo Municipal e pelo Chefe do Poder Legislativo Municipal,
dentre os segurados do RPPS que possuam formação acadêmica de nível superior, independente da
escolaridade exigida para o cargo efetivo do qual são titulares.

§2º. Os conselheiros não serão remunerados, todavia, poderão a título de assiduidade, fazer jus a
JETONS que serão definidos por regulamentação própria.

§3º. O Conselho Fiscal terá seu Regimento Interno aprovado por resolução no prazo de até 12 (doze)
meses após a aprovação da presente lei.

§4º. O presidente e o vice-presidente serão escolhidos pelo Conselho em sua primeira reunião.

§5. São exigências para composição do Conselho Fiscal, nos termos da Lei Federal nº 9.717/1998:

I - Não ter o servidor sofrido condenação penal por crime doloso ou por improbidade administrativa,
julgada por Órgão Colegiado ou transitada em julgado;

II - Não possuir contas relativas ao exercício de cargo ou função pública rejeitadas por decisão irrecor-
rível, proferida por Órgão competente; e

III - Não ter sofrido penalidade administrativa vigente.

Art. 42. O Conselho Fiscal reunir-se-á ordinariamente, pelo menos uma vez por quadrimestre e ex-
traordinariamente, a qualquer tempo, sempre que convocado pelo Presidente ou a requerimento da maio-
ria absoluta de seus membros; obedecido o prazo a ser estabelecido no Regimento Interno.

§1º. As reuniões do Conselho Fiscal serão iniciadas com a presença da maioria absoluta de seus
membros.

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§2º. Compete ao Conselho Fiscal o exame dos atos de gestão, emitindo pareceres sobre os atos e as
contas que examinar, em especial sobre:

I - balancetes mensais, balanços e demonstrações financeiras;

II - demonstrativo de aplicações financeiras, e seu desempenho;

III - fluxo de recebimento de contribuições, seu recebimento dentro dos prazos, e contribuições em
atraso;

§3º. O Conselho Fiscal poderá requisitar documentos e informações para o desempenho de suas
atribuições, bem como solicitar, justificadamente, ao Conselho Administrativo o auxílio de especialistas
e peritos, além de auditoria externa, sendo facultado a qualquer de seus membros o acesso irrestrito a
dados, relatórios, extratos ou qualquer outro tipo de informação relativo às atividades abrangidas pela
competência do Conselho e do PREVIPORÃ.

§4º. As deliberações do Conselho Fiscal dar-se-ão por intermédio de Resoluções, Pareceres ou Porta-
rias, em conformidade com o Regimento Interno.

§5º. O Conselho Fiscal emitirá seu parecer no prazo máximo de 30 (trinta) dias do recebimento das
peças a serem analisadas.

§6º. As irregularidades apuradas serão comunicadas de imediato ao Conselho Administrativo e ao


Diretor Presidente do PREVIPORÃ.

§7º. Os membros do Conselho Fiscal do PREVIPORÃ não serão destituíveis ad nutum, somente
podendo ser afastados de suas funções depois de julgados em processo administrativo, se culpados por
falta grave ou infração punível com demissão, ou em caso de vacância, assim entendida a ausência não
justificada em 02 (duas) reuniões consecutivas ou em 03 (três) intercaladas no mesmo ano.

§8º. O prazo de mandato dos conselheiros ficais será de 4 (quatro) anos, coincidindo ou não com a
gestão do Poder Executivo, permitindo uma recondução por mais de um mandato, desde que atendidas
as disposições desta lei complementar.

§9º. É assegurado aos membros do Conselho Fiscal o direito de se ausentar de seu posto de trabalho,
nos horários em que forem marcadas reuniões do conselho, para o desempenho de suas atribuições,
desde que justificada a necessidade.
Seção III
Do Controle Interno

Art. 43. O PREVIPORÃ submeter-se-á as normas do Controle Interno instituído pelo Ente Federativo,
fornecendo-lhe todas as informações específicas de cunho previdenciário quando pertinente.

Art. 44. Os órgãos municipais deverão prestar toda e qualquer informação necessária ao adequado
cumprimento das competências dos Conselhos, fornecendo sempre que necessário os estudos técnicos
correspondentes.

Art. 45. As demais disposições atinentes ao Controle Interno que a análise ensejar, não vislumbrada
no regimento interno do órgão controlador, será suprida com as normas previdenciárias vigentes.

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Seção IV
Da Diretoria

Art. 46. A Diretoria será composta por um colegiado de 03 (três) diretores, consoante abaixo descrito,
nomeados por ato do Poder Executivo.

§1º. Os membros da diretoria deverão ser servidores efetivos ou estáveis, com exceção ao Diretor
Presidente, este de livre nomeação e exoneração, todos com formação de grau superior completo, sen-
do:

I - Diretor Presidente, que terá prerrogativas equivalentes às de Secretário Municipal;

II - Diretor de Benefícios;

III - Diretor Financeiro;

§2º. Os membros da Diretoria deverão preencher os requisitos constantes na Lei 9.717/1998.

§3º. A gestão dos benefícios e a gestão da perícia para fins previdenciários ficará a cargo da Diretoria
de Benefícios.

§4º. A Diretoria de Benefícios terá como atribuições analisar, emitir parecer, processar e proceder à
concessão ou indeferimento dos benefícios requeridos, bem como, regularizar possíveis erros nas con-
cessões de benefícios.

§5º. A administração dos recursos financeiros do PREVIPORÃ, ficará a cargo da Diretoria Financeira,
que a fará obedecendo às diretrizes fixadas pelo Conselho Administrativo, em conjunto com o Diretor
Presidente, devendo todos os atos ser firmados conjuntamente.

§6º. Também ficará a cargo da Diretoria Financeira os serviços de recursos humanos, de contabilida-
de, o administrativo e a manutenção de bens móveis e imóveis, a interface com os órgãos fiscalizadores
no que se refere as prestações de contas obrigatórias e a divulgação das informações externas oficiais
ou de interesse dos beneficiários;

§7º. Em nível de assessoramento especial, propositivo e consultivo ao Diretor Presidente e ao Diretor


Financeiro sobre decisões na gestão dos investimentos, fica criado no âmbito desta Lei o Comitê de In-
vestimentos, tendo sua regulamentação e composição por ato próprio do Poder Executivo, obedecida as
normas pertinentes sobre a matéria na legislação federal.

§8º. Os membros do Comitê de Investimentos não serão remunerados, todavia, poderão a título de
assiduidade, fazer jus a Jetons por participação efetiva, cujo pagamento será definido mediante regula-
mentação própria.

Art. 47. A representação do PREVIPORÃ, em juízo ou fora dele, será feita pelo Diretor Presidente.

§1º. O Diretor Presidente será substituído em suas ausências ou impedimentos pelo Diretor Financei-
ro.

§2º. O Diretor Financeiro será substituído em suas ausências ou impedimentos pelo Diretor de Benefí-
cios, e este cumulativamente pelo Diretor Financeiro.

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Seção V
Dos Conselheiros e Diretores

Art. 48. A função de Conselheiro constitui trabalho relevante, não sendo remunerada, incumbindo ao
Poder Executivo garantir-lhe o pleno exercício, provendo condições materiais e humanas para a plena
realização, sendo garantido ao conselheiro estabilidade funcional durante o mandato e até 12 meses
após o término deste.

Art. 49. A função dos Diretores, por exigir dedicação acentuada, será remunerada da seguinte for-
ma:

§1º. A função de Diretor Presidente, que será exercida em caráter de dedicação integral, será remu-
nerada no mesmo nível do cargo de Secretário Municipal e será custeada pelos cofres do PREVIPORÃ,
com recursos atinentes a taxa de administração;

§2º. A função dos demais Diretores que será exercida cumulativamente, será remunerada com o valor
correspondente ao símbolo PEDA II, ou a outro equivalente que vier a substituí-lo, e será custeada pelos
cofres do PREVIPORÃ, com recursos atinentes a taxa de administração;

§3º. Para fins de correlação, o cargo de Diretor Presidente, corresponde ao cargo de Diretor Presiden-
te da Lei Complementar nº. 42/2007, cujo símbolo naquela lei, para fins de enquadramento salarial era
DAS-I, pela Lei Complementar nº. 122, de 12/08/2014 (Plano de Cargos e Remuneração do Poder Exe-
cutivo do Município de Ponta Porã – PCR PORÃ) passou a ser AGP-I, ou a outro equivalente que vier a
substituí-lo.

§4º. Para fins de correlação, os cargos de Diretor Financeiro e Diretor de Benefícios que nesta lei
mantiveram as nomenclaturas, na Lei Complementar nº. 42/2007, eram enquadrados como DAS-II e
pela Lei Complementar nº. 122, de 12/08/2014 (Plano de Cargos e Remuneração do Poder Executivo do
Município de Ponta Porã – PCR PORÃ) passou a ser PEDA II, ou a outro equivalente que vier a substituí-
lo.
Seção VI
Do Quadro de Pessoal

Art. 50. O PREVIPORÃ terá Quadro Geral de Pessoal revisto e reorganizado através de Lei própria,
aplicando-se, até sua promulgação, o Plano de Cargos e Carreiras do quadro de pessoal do Poder Exe-
cutivo Municipal.

§1º. O Quadro de Pessoal de que trata o presente artigo será suprido mediante cessão de servidores
pertencentes ao quadro de pessoal do Poder Executivo Municipal.

§2º. Até promulgação de Lei própria que revise e reorganize seu quadro de pessoal o PREVIPORÃ
contará com o seguinte quadro de funcionários

I - cargos de provimento efetivo:

a) 04 (quatro) cargos de Assistente Administrativo I;

b) 01 (um) cargo de Técnico em Informática;

c) 02 (dois) cargos de Auxiliar de Serviços Diversos;

d) 01 (um) Assistente Social;

e) 02 (dois) cargos de Médicos Peritos.

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II – os cargos de provimento em comissão, serão investidos e remunerados na forma do artigo 49 des-
ta lei, com exceção do cargo de Gerente e Assistente Técnico que será remunerado conforme disposto
no §2º desse artigo:

a) 01 (um) cargo de Diretor Presidente;

b) 01 (um) cargo de Diretor de Benefícios;

c) 01 (um) cargo de Diretor Financeiro;

d) 01 (um) cargo de Assessor Jurídico;

e) 01 (um) cargo de Assessor Contábil;

f) 01 (um) cargo de Gerente;

g) 02 (dois) cargos de Assistente Técnico.

§3º. Enquanto não houver profissional médico perito no quadro de provimento efetivo do PREVIPORÃ
e tendo em vista a necessidade de profissionais médicos para a realização da perícia, esses profissionais
poderão ser contratados pela modalidade de credenciamento.

§4º. O cargo de Assessor Jurídico e de Assessor Contábil será de provimento em comissão e terá
remuneração equivalente a estabelecida no

§2º do artigo 49;

§5º. O Assessor Jurídico terá como funções proferir pareceres jurídicos nos requerimentos administra-
tivos de concessão dos benefícios desta lei, promover a defesa em juízo do PREVIPORÃ e a orientação
jurídica da entidade;

§6º O Assessor Contábil terá como funções a interpretação dos atos sobre a matéria, contabilização
dos atos e fatos do Instituto de Previdência à luz das normas legais, suporte à elaboração de orçamen-
tos, fechamento de balanços e a responsabilidade nas prestações de contas promovidas pelo PREVIPO-
RÃ aos órgãos internos e externos de fiscalização.
CAPÍTULO V
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 51. O Prefeito Municipal e o Presidente da Câmara poderão ser responsabilizados, na forma da
lei, pela prática de crime de apropriação indébita, caso o recolhimento das contribuições próprias e de
terceiros não ocorram nas datas e condições estabelecidas nesta Lei.

§1º. O Diretor Presidente e o Diretor Financeiro, sob pena de responsabilidade solidária, representa-
rão ao Conselho Administrativo o atraso no recolhimento de contribuições, quando as mesmas ocorrerem
em período superior de 60 (sessenta) dias.

§2º. O Conselho Administrativo, sob pena de responsabilidade solidária, representará ao Ministério


Público a ausência de contribuições que tiver conhecimento, no prazo de até 30 (trinta) dias do recebi-
mento da representação.

§3º. O Diretor Presidente e o Diretor Financeiro deverão quadrimestralmente, apresentar relatório de


gestão, evidenciando a situação patrimonial do PREVIPORÃ, bem como os benefícios concedidos duran-
te o mês, e os extintos no período.

§4º. A falta de apresentação dos relatórios ficará sujeita as responsabilidades civis, administrativas e

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penais, na forma da lei.

I - O relatório de gestão deverá ser apresentado quadrimestralmente de acordo com o estabelecido na


Lei Orgânica Municipal, em Audiência Pública dos Poderes Executivo e Legislativo.

§5º. Os Poderes Executivo e Legislativo, as autarquias e fundações deverão disponibilizar, incontinen-


te, relatórios mensais referentes às respectivas folhas de pagamento dos segurados ativos, inclusive dos
servidores cedidos e afastados, contendo as rubricas e valores integrantes e não integrantes da base
de cálculo das contribuições, podendo a qualquer tempo, o PREVIPORÃ, solicitar o encaminhamento de
dados complementares.

§6º. O Diretor Presidente e o Diretor de Benefícios, sob pena de responsabilidade solidária, encami-
nharão toda documentação pertinente à concessão de benefícios, ao Tribunal de Contas do Estado e aos
demais órgãos de controle.

Art. 52. Os recursos alocados ao PREVIPORÃ não serão utilizados para outra finalidade, senão a do
custeio dos benefícios previdenciários dos segurados do sistema e na manutenção, nos limites da taxa
de administração de que trata a presente Lei, sob pena de responsabilidade, na forma da lei.

Parágrafo único. Aplica-se, ainda, a Lei nº 9.717/1998, e caso venha a ser revogada, a Lei que lhe
substitua, aos casos previstos neste capítulo.
CAPÍTULO VI
DO PLANO DE BENEFÍCIOS

Art. 53. O PREVIPORÃ compreende os seguintes benefícios:

I - Quanto aos segurados:

a) Aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho;

b) Aposentadoria compulsória;

c) Aposentadoria voluntaria;

d) Aposentadoria voluntária especial;

II - Quanto aos dependentes:

a) Pensão por morte;

§1º. Aos segurados e dependentes é assegurado o pagamento do 13º (décimo terceiro) salário, na
forma do disposto nesta Lei.

§2º. Nenhuma prestação de benefícios previdenciários poderá ser criada, estendida ou majorada sem
a correspondente fonte de custeio.
Seção I

Aposentadoria por Incapacidade Permanente para o Trabalho

Art. 54. O servidor que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, será aposentado por incapacidade
permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de readaptação.

§1º. Será obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação da continuidade das condi-
ções que ensejaram a concessão da aposentadoria, nos termos da legislação;

§2º. A aposentadoria por incapacidade será precedida de período de licença para tratamento de saúde

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não inferior a 2 (dois) anos, exceto quando o quadro de saúde do servidor, desde a primeira perícia, for
considerado irreversível.

§3º. Os proventos da aposentadoria por incapacidade permanente serão proporcionais ao tempo de


contribuição, exceto se decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, con-
tagiosa ou incurável, e impeditiva a qualquer atividade laboral e que seja insusceptível de reabilitação ou
readaptação, hipóteses em que os proventos serão integrais, observado, quanto ao seu cálculo, o dis-
posto no artigo 64.

§4º. A aposentadoria por incapacidade será concedida com base na legislação vigente na data em que
o laudo médico pericial definir como início da incapacidade total e definitiva para o trabalho, assegurada
ao servidor o acesso para aposentadoria voluntária que resulte em situação mais favorável.

§5º. Serão realizadas revisões periódicas das condições de saúde que geraram a incapacidade do
servidor, ficando o aposentado obrigado a se submeter às reavaliações por junta médica, sob pena de
suspensão do pagamento do benefício reversão de ofício.

§6º. Sempre que o segurado for convocado pelo PREVIPORÃ, deverá comparecer ou justificar impos-
sibilidade, sob pena de suspensão do pagamento do benefício.

§7º. Verificada a recuperação da capacidade laborativa do aposentado por incapacidade, o benefício


cessará de imediato para o participante que retornar à atividade que desempenhava ao se aposentar,
valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido por perícia médica do PRE-
VIPORÃ em modelo próprio.

§8º. O pagamento do benefício de aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho decor-
rente de doença mental, somente será feito ao curador do segurado, ou ao respectivo apoiante, condi-
cionado à apresentação do termo de curatela, ainda que provisório ou de exibição de comprovação da
tomada de decisão apoiada prevista no texto do art. 1.783-A do Código Civil.

§9º. O aposentado que voltar a exercer qualquer atividade laboral terá a aposentadoria por incapaci-
dade cessada a partir da data do retorno, observados os procedimentos administrativos adotados para a
reversão de ofício, sem prejuízo da responsabilização penal cabível.

§10. A concessão de aposentadoria por incapacidade dependerá da verificação da condição de inca-


pacidade, mediante exame médicopericial, assinado por médico perito especializado.

§11. O PREVIPORÃ definirá seu Regulamento de Benefícios em normatização própria.

Art. 55. O servidor aposentado por incapacidade permanente para o trabalho não será reavaliado con-
forme a prescrição do caput, nas seguintes hipóteses:

I - após completar 60 (sessenta) anos de idade;

II - for comprovadamente portador de síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS); ou

III - após completar 55 (cinquenta e cinco) anos ou mais de idade, se decorridos 15 (quinze) anos da
data da concessão da aposentadoria por incapacidade ou de licença para tratamento de saúde.

§1º. O disposto neste artigo não se aplicará se o servidor, se julgando apto ao trabalho, solicitar a
realização de exame pericial.

§2º. A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao PREVIPORÃ não lhe conferi-
rá direito a aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão

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ou agravamento dessa doença ou lesão.

Art. 56. A aposentadoria por incapacidade passa a vigorar a partir do primeiro dia imediato da publica-
ção do ato de concessão do benefício.

§1º. Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, o rol enfermidades constantes na Lei
Federal nº. 7.713/1988, e suas eventuais alterações, com base em conclusão da medicina especializa-
da.

§2º. A doença ou lesão, comprovadamente estacionária, de que o participante já era portador ao filiar-
-se ao regime de previdência municipal não lhe conferirá direito a aposentadoria por incapacidade, salvo
quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão, sen-
do os proventos proporcionais ao tempo de contribuição nesse caso, ainda que a doença esteja prevista
no rol disposto no §1º deste artigo.

§3º. O rol contido no §1º é meramente enumerativo, estando a configuração da gravidade, contagio-
sidade ou incurabilidade da doença, sujeita a avaliação médica, cujo laudo pericial deverá indicar se a
doença, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator, apre-
senta especificidade e gravidade que enseje a integralidade do beneficio.

§4º. Os demais critérios de concessão e manutenção deste benefício serão definidos no Regulamento
de Benefícios.

§5º. Concluindo a perícia médica pela existência de incapacidade total e definitiva para o trabalho, a
aposentadoria por incapacidade será devida a contar da data de seu deferimento pelo laudo da perícia
médica.

§6º. O aposentado por incapacidade que se julgar apto a retornar à atividade deverá solicitar a realiza-
ção de nova avaliação médico-pericial.

§7º. Acidente em serviço é aquele ocorrido no exercício do cargo, que se relacione, direta ou indireta-
mente, com as atribuições deste, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

§8º. Não será considerado acidente em serviço os danos causados por imperícia, imprudência ou
negligência do próprio servidor no exercício de suas atividades, incluída a recusa de utilização de equi-
pamentos individuais e coletivos de proteção disponibilizados pela Administração.

Art. 57. Acidente de trabalho é aquele ocorrido no exercício do cargo, que se relacione, direta ou in-
diretamente, com as atribuições deste, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

§1º. Equiparam-se ao acidente em serviço, para os efeitos desta Lei:

I - o acidente ligado ao serviço que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído, direta-
mente, para a redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija aten-
ção médica para a sua recuperação;

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de serviço;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao serviço;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de serviço;

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d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;

III - a doença proveniente de contaminação acidental do segurado no exercício do cargo;

IV - o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de serviço:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço relacionado ao cargo;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço ao Município para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;

c) em viagem a serviço, inclusive para estudo, financiada pelo Município, dentro de seus planos para
melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veí-
culo de propriedade do segurado; ou

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio
de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

§2º. Acidente em serviço é aquele ocorrido no exercício do cargo, que se relacione, direta ou indireta-
mente, com as atribuições deste, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho, devendo ser comprovado através
da apresentação da Comunicação do Acidente de Trabalho (CAT) emitida pelo Ente.

§3º. A concessão do beneficio de aposentadoria por invalidez decorrente de doença mental, somente
será feito ao curador do segurado, condicionado a apresentação do termo de curatela ainda que provisó-
rio, devendo ainda serem comunicados os órgão oficiais, como o Órgão Oficial de Trânsito do Município e
INSS, dentre outros, de que o servidor foi aposentado em decorrência de doença mental.

§4º. O aposentado que voltar a exercer atividade laboral terá a aposentadoria permanente cessada, a
partir da data do retorno.
Seção II
Aposentadoria Compulsória

Art. 58. O servidor, homem ou mulher, será aposentado compulsoriamente aos 75 (setenta e cinco)
anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, calculados na forma estabelecida
no artigo 63, observado ainda o disposto no artigo 91.

§1º. O processo de aposentadoria será iniciado por ato do titular do órgão ou unidade de lotação do
servidor, mediante notificação obrigatória ao PREVIPORÃ, até 60 (sessenta) dias anteriores à data em
que o servidor completar a idade referida no caput ou por requerimento do interessado.

§2º. Em caso de omissão do Ente, o PREVIPORÃ poderá cobrar regressivamente do Tesouro Munici-
pal, os valores que por ventura lhe forem demandados.

§3º. A aposentadoria compulsória será automática e declarada por ato administrativo, com vigência a
partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade limite de permanência no serviço público,
assegurada ao servidor o acesso para aposentadoria voluntária que resulte em situação mais favorá-
vel.

§4º. Imediatamente depois de completados 75 (setenta e cinco) anos de idade, o servidor será afas-
tado do serviço público, sem prejuízo da remuneração, até a edição do respectivo ato de aposentadoria,
somente incidindo contribuição previdenciária nos moldes do artigo 40, §18, da Constituição Federal.

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§5º. As demais questões atinentes a Aposentadoria Compulsória serão regulamentadas através de ato
normativo interno próprio.
Seção III
Aposentadorias Voluntárias

Art. 59. As aposentadorias voluntárias serão concedidas ao segurado ativo abrangido pelo regime pró-
prio de previdência de que trata esta Lei Complementar, desde que cumpridos os seguintes requisitos:

I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher;

II - 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, desde que cumprido o tempo mínimo de 10 (dez) anos de
efetivo exercício no serviço público; e

III - 5 (cinco) anos, no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria.


Subseção I
Aposentadorias Voluntárias especiais

Art. 60. Aposentadoria especial, voluntariamente, aos titulares do cargo efetivo de professor, com efeti-
vo exercício das funções de magistério, mediante o cumprimento dos seguintes requisitos:

I - possuir no mínimo 60 (sessenta) anos de idade, se homem, ou 57 (cinquenta e sete) anos de idade,
se mulher;

II - 25 (vinte e cinco) anos de contribuição em atividades exclusivas de magistério;

III - 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público; e

IV - 5 (cinco) anos no cargo em que for concedida a aposentadoria.

§1º. São consideradas funções de magistério as exercidas por professores no desempenho de ativida-
des educativas, quando em estabelecimento de educação básica, nos segmentos da educação infantil,
ensino fundamental e médio, em seus diversos níveis e modalidades.

§2º. As funções de direção, coordenação e orientação pedagógica integram a carreira de magistério,


desde que exercidas em estabelecimentos de educação básica, por professores de carreira, excluídos os
especialistas em educação.

§3º. A aposentadoria do professor com redução dos requisitos de idade e de tempo de contribuição
somente será concedida após certificação, pela Secretaria Municipal de Educação, do tempo de efetivo
exercício cumprido exclusivamente nas funções de magistério na educação infantil, no ensino fundamen-
tal e médio.

§4º. O servidor aguardará em exercício a análise do requerimento de sua aposentadoria, passando


para a inatividade a partir da data da publicação do ato de concessão do benefício.

§5º. As demais questões atinentes a Aposentadoria do Professor serão regulamentadas através de ato
normativo interno próprio.

Art. 61. Aposentadoria especial, voluntariamente, em caso de exposição efetiva à agentes nocivos quí-
micos, físicos, e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação destes agentes, mediante os seguintes
requisitos:

I - 60 (sessenta) anos de idade;

II - 25 (vinte e cinco) anos de efetiva exposição e contribuição;

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III - 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público; e

IV - 5 (cinco) anos no cargo em que for concedida a aposentadoria.

§1º. São vedadas a caracterização por categoria profissional ou ocupação.

§2º Além dos critérios aqui estabelecidos, deverá ainda observar adicionalmente as condições e os
requisitos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social, vedada a conversão de tempo espe-
cial em comum.

§3º As demais questões atinentes as Aposentadorias voluntárias serão normatizadas através de atos
normativos internos próprios.

Art. 62. Aposentadoria especial, ao servidor que seja portador deficiência, após avaliação biopsicosso-
cial realizada por equipe multiprofissional mediante o cumprimento dos seguintes requisitos:

I - 20 (vinte) anos de contribuição, se mulher, e 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, se homem, no


caso de deficiência grave;

II - 24 (vinte e quatro) anos de contribuição, se mulher, e 29 (vinte e nove) anos de contribuição, se


homem, no caso de deficiência moderada;

III - 28 (vinte e oito) anos de contribuição, se mulher, e 33 (trinta e três) anos de contribuição, se ho-
mem, no caso de deficiência leve;

IV - 55 (cinquenta e cinco) de idade, se mulher, e 60 (sessenta) anos de idade, se homem, indepen-


dentemente do grau de deficiência.

V - em todas as hipóteses, desde que possua 15 (quinze) anos de efetivo exercício, 15 (quinze) anos
de existência da deficiência, e 5 (cinco) anos no cargo em que se der a aposentadoria, observados os
critérios dos parágrafos 1º ao 5º que seguem:

§1º. Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

§2º. Se o servidor, após sua filiação ao PREVIPORÃ, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu
grau de deficiência alterado, os parâmetros mencionados serão proporcionalmente ajustados, conside-
rando-se o número de anos em que exerceu atividade laboral sem e com deficiência, observado o grau
correspondente, nos termos do regulamento.

§3º. Além dos critérios aqui estabelecidos, deverá ainda observar adicionalmente as condições e os
requisitos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social, vedada a conversão de tempo espe-
cial em comum.

§4º. O servidor aguardará em exercício a análise do requerimento da sua aposentadoria, passando


para a inatividade a partir da data da publicação do ato de concessão do benefício.

§5º. As demais questões atinentes as Aposentadorias voluntárias serão normatizadas através de atos
normativos internos próprios.

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Seção IV
Cálculos dos Proventos

Art. 63. No cálculo e reajustamento dos benefícios do RPPS, aplica-se, nos termos do §§ 3º, 8º e 17,
do art. 40 da Constituição Federal, o disposto no art. 26 da Emenda Constitucional nº 103/2019.

Art. 64. O valor do benefício de aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho que
decorra de acidente de trabalho, doença profissional ou do trabalho, ou para aposentadoria especial de
pessoa com deficiência, corresponderá à 100% (cem por cento) da média contributiva referida no art. 26
da Emenda Constitucional nº 103/2019.

Art. 65. A hipótese de aposentadoria por idade do servidor com deficiência, prevista no art. 62, os
proventos serão calculados em 70% (setenta por cento) da média prevista no art. 26 da Emenda Consti-
tucional nº 103/2019, acrescida de 1% (um por cento) a cada grupo de 12 (doze) contribuições mensais,
até o limite máximo de 30% (trinta por cento).

Art. 66. É assegurado o reajuste dos benefícios de que trata esta Lei para preservar, em caráter per-
manente, o seu valor real, nos termos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social.
Seção V
Contagem de Tempo de Serviço ou Contribuição, Tempo de Carreira e Tempo no Cargo

Art. 67. A contagem do tempo de serviço ou de contribuição observará as seguintes condições:

I - para fins de aposentadoria, será computado como tempo de serviço público o prestado aos entes
federativos, seus respectivos Poderes, às autarquias e fundações públicas;

II - o tempo de serviço ou de contribuição só será computado, desde que certificado pelo órgão com-
petente, na forma da legislação federal pertinente, e devidamente averbado pelo Município;

III - o tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para efeito de apo-
sentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade;

IV - não será computado tempo de contribuição fictícia ou tempo de serviço ou contribuição já utilizado
para outros benefícios previdenciários; e

V - não serão computáveis quaisquer períodos de tempo de contribuição ou de serviço que sejam con-
siderados como concomitantes pela unidade gestora do regime próprio.

§1º. O tempo de serviço ou de contribuição computado não será aproveitado para concessão de van-
tagem pecuniária, de qualquer ordem, com efeitos retroativos.

§2º. Fica vedada a contagem de tempo de serviço em atividade privada, por meio de justificação admi-
nistrativa ou judicial.

§3º. Não será concedida certidão de tempo de serviço ou contribuição quando o respectivo período
tiver gerado a concessão de vantagens remuneratórias ao servidor em atividade.

§4º. Considera-se nula a aposentadoria que tenha sido concedida ou que venha a ser concedida com
contagem recíproca do Regime Geral de Previdência Social mediante o cômputo de tempo de serviço
sem o recolhimento da respectiva contribuição ou da correspondente indenização pelo segurado obriga-
tório responsável, à época do exercício da atividade, pelo recolhimento de suas próprias contribuições
previdenciárias

§5º. Será computado como efetivo exercício o tempo em que o servidor esteve afastado em licença

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1733629 E-book gerado especialmente para KARINA DA SILVA FLORES
para tratamento da própria saúde.

§6º. Na hipótese de o cargo em que se der a aposentadoria não estar inserido em plano de carreira, o
tempo na carreira deverá ser cumprido no último cargo efetivo.

§7º. Para fins de aposentadoria, na contagem do tempo no cargo efetivo e do tempo de carreira, serão
observadas as alterações de denominação efetuadas na legislação municipal, inclusive as produzidas
por reclassificação ou reestruturação dos cargos e carreiras.

§8º. O tempo de contribuição de servidores cedido, nos termos do previsto no art. 29 desta Lei, será
computado como tempo de serviço público, tempo de carreira, e tempo de cargo para obtenção dos be-
nefícios previstos nesta Lei.

§9º. Os períodos de atividades concomitantes, sujeitas ao mesmo regime de previdência, não poderão
ser computados duplamente para a concessão de benefícios instituídos nesta Lei.
Seção VI
Da Pensão por Morte

Art. 68. A pensão por morte concedida ao dependente será equivalente a uma cota familiar de 50%
(cinquenta por cento), acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por dependentes, até o limite
máximo de 100% (cem por cento), incidente sobre os seguintes valores:

I - se o segurado for aposentado antes do óbito, sobre seus proventos;

II - se o segurado estiver em atividade, sobre o valor que teria direito se fosse aposentado por incapa-
cidade permanente na data do óbito;

§1º. Se o dependente não possui outra fonte de renda formal, o benefício de pensão por morte não
poderá ser inferior a um salário mínimo.

§2º. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, o tempo de duração da pensão por morte e das cotas indivi-
duais por dependente até a perda dessa qualidade, o rol de dependentes e sua qualificação e as condi-
ções necessárias para enquadramento serão aqueles estabelecidos na Lei nº 8.213, de 24 de julho de
1991.

Art. 69. As pensões concedidas, na forma do art. 68, serão reajustadas na mesma data e índice em
que se der o reajuste dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, ressalvados os
beneficiados pela garantia de paridade de revisão de proventos de aposentadoria e pensões, de acordo
com a legislação vigente.

Art. 70. As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão reversíveis aos
demais dependentes, preservado o valor de 100% (cem por cento) da pensão por morte quando o núme-
ro de dependentes remanescentes for igual ou superior a 5 (cinco).

§1º. Na hipótese de existir dependente inválido ou com deficiência mental ou intelectual grave, o valor
da pensão por morte será equivalente a:

I - 100% (cem por cento) da aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito o
servidor ativo se estivesse aposentado

por incapacidade permanente na data do óbito, até o limite máximo de benefícios do Regime Geral de
Previdência Social - RGPS; e

II - uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais

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por dependente, até o máximo de 100% (cem por cento), para o valor que supere o limite máximo de
benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS.

§2º. Quando não houver mais dependente inválido ou com deficiência intelectual ou mental grave, o
valor da pensão será recalculado na forma dos artigos 68 e 70.

Art. 71. Para o dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, a condição de de-
ficiente pode ser reconhecida previamente ao óbito do segurado, por meio de avaliação biopsicossocial,
observada revisão periódica na forma da legislação.

Art. 72. A pensão por morte será devida aos dependentes a partir:

I - do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta) dias após o falecimento, para os menores
de 16 (dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias da morte, para os demais dependentes;

II - da data do requerimento, para as pensões requeridas após os prazos enunciados no inciso ante-
rior;

III - da data da decisão judicial, no caso de declaração de ausência;

IV - da data da ocorrência do desaparecimento do segurado por motivo de acidente, desastre ou ca-


tástrofe, mediante prova inequívoca.

Art. 73. Havendo diversos postulantes, a pensão será rateada proporcionalmente entre os dependen-
tes habilitados, cabendo 50% (cinquenta por cento) ao viúvo(a) ou companheiro(a) e os 50% (cinquenta
por cento) restantes entre os demais dependentes, observada a respectiva ordem prevista no art. 16º
desta Lei, vedado o retardamento da concessão por falta de habilitação de outros possíveis dependen-
tes.

§1º. Em caso de ex-cônjuge ou ex-companheiro(a), que perceba alimentos, será reservado o importe
suficiente para pagamento da prestação.

§2º. Na hipótese de o segurado falecido estar, na data do óbito, obrigado por determinação judicial a
pagar alimentos temporários a excônjuge, ex-companheiro(a), a pensão por morte será devida pelo prazo
remanescente, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício.

§3º. O cônjuge do ausente, assim declarado em juízo, somente fará jus ao benefício a partir da data
de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica, não excluindo do direito a (o) compa-
nheira(o).

§4º. A habilitação posterior que importe inclusão ou exclusão de dependente só produzirá efeitos, em
relação ao interessado, a partir da data em que se efetivar, ressalvada a previsão do art. 76, §4º, §5º,
§6º, desta Lei.

§5º. O pensionista de que trata o §3º, deste artigo, deverá declarar anualmente que o segurado per-
manece desaparecido, ficando obrigado a comunicar imediatamente seu reaparecimento, sob pena de
ser responsabilizado civil e penalmente pelo ilícito.

Art. 74. O direito à percepção de cada cota individual cessará:

I - pela morte do pensionista;

II - para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 (vinte e um)
anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência;

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III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;

IV - para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afasta-
mento da deficiência;

V - para cônjuge ou companheiro(a):

a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, res-
peitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “b” e “c”;

b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribui-
ções mensais, ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos
antes do óbito do segurado;

c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data


do óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo
menos 2 (dois) anos, após o início do casamento ou da união estável:

1. 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade;

2. 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade;

3. 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade;

4. 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade;

5. 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; e

6. vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade.

§1º. Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os prazos previstos na alínea
“c”, ambas do inciso V, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença
profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais
ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável.

§2º. O tempo de contribuição ao Regime Próprio de Previdência Social – RPPS (PREVIPORÃ) ou ao


Regime Geral da Previdência Social – RGPS (INSS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) con-
tribuições mensais de que tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do caput deste artigo.

Art. 75. O direito à pensão não será atingido por prescrição de fundo de direito, desde que não haja
indeferimento de requerimento anterior, observada a prescrição quinquenal em relação às parcelas venci-
das.

Art. 76. Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido condenado criminal-
mente por sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de
tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes
e os inimputáveis.

§1º. Se houver fundados indícios de autoria, coautoria ou participação de dependente, ressalvados os


absolutamente incapazes e os inimputáveis, em homicídio, ou em tentativa desse crime, cometido contra
a pessoa do segurado, será possível a suspensão provisória de sua parte no benefício de pensão por
morte, mediante processo administrativo próprio, respeitados a ampla defesa e o contraditório, e serão
devidas, em caso de absolvição, todas as parcelas corrigidas desde a data da suspensão, bem como a
reativação imediata do benefício.

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§2º. Perderá o direito à pensão por morte, o cônjuge, o companheiro ou a companheira, se comprova-
da, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses,
com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial, no qual será
assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

§3º. Perderá o direito à pensão o dependente condenado pela prática dos atos previstos na alínea “h”
do inciso IV, do art. 16 desta Lei.

§4º. Ajuizada ação judicial para o reconhecimento da condição de dependente, este poderá reque-
rer sua habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de rateio dos
valores com outros dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da
respectiva ação, ressalvada decisão judicial em contrário.

§5º. Nas ações movidas contra o PREVIPORÃ, este poderá proceder de ofício à habilitação excepcio-
nal da referida pensão, apenas para efeito de rateio, descontando-se os valores referentes a esta habili-
tação das demais cotas, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado, ressalvada a
existência de decisão judicial em sentido contrário.

§6º. Julgado improcedente o pedido da ação prevista no §4º ou §5º deste artigo, o valor retido será
corrigido pelos índices legais de reajustamento e será pago de forma proporcional aos demais dependen-
tes, de acordo com suas cotas e tempo de duração de seus benefícios.

§7º. Em qualquer caso, fica assegurada ao PREVIPORÃ a cobrança dos valores indevidamente pagos
em função da habilitação.

Ar. 77. Para os fins desta Lei, a condição legal de dependente será verificada na data do óbito do
segurado, observados os critérios de comprovação de dependência, inclusive econômica, na forma das
disposições contidas no regulamento.

Parágrafo único. A invalidez, a incapacidade, a deficiência ou a alteração das condições, quanto aos
dependentes, supervenientes à morte do segurado, não dará origem a qualquer direito à pensão.
Seção VII
Da Acumulação de Pensão

Art. 78. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou compa-
nheiro(a), no âmbito do PREVIPORÃ, ressalvadas as pensões do mesmo instituidor decorrentes do exer-
cício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição Federal.

§1º. Será admitida, a acumulação de:

I - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro(a) de um regime de previdência social com
pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das
atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou

II - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro(a) de um regime de previdência social com
aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de Regime Próprio de
Previdência Social ou com proventos de inatividade decorrentes das atividades militares de que tratam os
arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou

III - aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de Regime Próprio
de Previdência Social com pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142
da Constituição Federal.

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§2º. Nas hipóteses das acumulações previstas no §1º, é assegurada a percepção do valor integral do
benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente
de acordo com as seguintes faixas:

I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2 (dois) salá-
rios-mínimos;

II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite de 3 (três)
salários-mínimos;

III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4 (quatro)
salários-mínimos; e

IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos.

§3º. A aplicação do disposto no §2º poderá ser revista a qualquer tempo, a pedido do interessado, em
razão de alteração de algum dos benefícios.

§4º. As restrições previstas neste artigo não serão aplicadas se o direito aos benefícios houver sido
adquirido antes da vigência da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019.

§5º. As regras sobre a acumulação previstas neste artigo poderão ser alteradas na forma do §6º, do
art. 40 da Constituição Federal.
CAPÍTULO VII
Do Abono Anual

Art. 79. O abono anual será devido ao segurado que, durante o ano, tiver recebido proventos de apo-
sentadoria ou pensão pagos pelo PREVIPORÃ.

Parágrafo único. O abono de que trata o caput será proporcional em cada ano ao número de meses de
benefício pago pelo PREVIPORÃ, onde cada mês corresponderá a 1/12 (um doze avos), e terá por base
o valor do benefício do mês de dezembro, exceto quanto o benefício encerrar-se antes deste mês, quan-
do o valor será o do mês da cessação.
CAPÍTULO VIII
DAS REGRAS TRANSITÓRIAS DE APOSENTADORIA
Seção I
Da Aposentadoria por Sistema de Pontuação

Art. 80. O servidor público municipal que tenha ingressado no serviço público em cargo efetivo, até a
data de entrada em vigor desta Lei, poderá aposentar-se voluntariamente quando preencher, cumulativa-
mente, os seguintes requisitos:

I - 56 (cinquenta e seis) anos de idade, se mulher, e 61 (sessenta e um) anos de idade, se homem,
observado o disposto no §1º;

II - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem;

III - 20 (vinte) anos de efetivo exercício no serviço público;

IV - 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que se der a aposentadoria; e

V - somatório da idade e tempo de contribuição, incluídas as frações, equivalente a 86 (oitenta e seis)


pontos, se mulher, e 96 (noventa e seis) pontos, se homem, observando-se o disposto nos §§ 2º e 3º.

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§1º. A partir de 1º de janeiro de 2022, a idade mínima a que se refere o inciso I do caput será de 57
(cinquenta e sete) anos de idade, se mulher, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se homem.

§2º. A partir de 1º de janeiro de 2020, a pontuação a que se refere o inciso V do caput será acrescida
de 1 (um) ponto, até atingir o limite de 100 (cem) pontos, se mulher, e de 105 (cento e cinco), se ho-
mem.

§3º. A idade e o tempo de contribuição serão apurados em dias para o cálculo do somatório de pontos
a que se refere o inciso V do caput e o §2º.

§4º. Para o titular do cargo de professor que comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, os requisitos de idade e
tempo de contribuição que tratam os incisos I e II do caput serão:

I - 51 (cinquenta e um) anos de idade, se mulher, e 56 (cinquenta e seis) anos de idade, se homem;

II - 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, se mulher, e 30 (trinta) anos de contribuição, se homem;


e

III - 52 (cinquenta e dois) anos de idade, se mulher, e 57 (cinquenta e sete) anos de idade, se homem,
a partir de 1º de janeiro de 2022.

§5º. O somatório de idade e de tempo de contribuição de que trata o inciso V do caput, para os titula-
res do cargo de professor, incluídas as frações, será de 81 (oitenta e um) pontos, se mulher, e 91 (no-
venta e um) pontos, se homem, aos quais serão acrescidos, a partir de 1º de janeiro de 2020, de 1 (um)
ponto a cada ano, até atingir o limite de 92 (noventa e dois) pontos, se mulher, e de 100 (cem) pontos se
homem.

§6º. Os proventos das aposentadorias concedidas nos termos do disposto neste artigo corresponde-
rão:

I - à totalidade da remuneração do servidor público no cargo efetivo em que se der a aposentadoria,


observado o disposto no conceito do

§8º, para o servidor público que tenha ingressado no serviço público em cargo efetivo até 31 de de-
zembro de 2003 e que não tenha feito a opção pelo regime de previdência complementar, desde que
tenha, no mínimo, 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e 65 (sessenta e cinco) anos de idade,
se homem, ou para titulares do cargo de professor de que trata o §4º, 57 (cinquenta e sete) anos de ida-
de, se mulher, e 60 (sessenta) anos de idade, se homem;

II - em relação aos demais servidores públicos e aos segurados do Regime Geral de Previdência So-
cial, ao valor apurado na forma da lei.

§7º. Os proventos das aposentadorias concedidas nos termos do disposto neste artigo não serão infe-
riores ao valor que se refere o §2º, do art. 201 da Constituição Federal e serão reajustados:

I - De acordo com o disposto no art. 7º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003,


se cumpridos os requisitos do inciso I, do §6º; ou

II - Nos termos estabelecidos pelo Regime Geral de Previdência Social, na hipótese prevista no inciso
II, do §6º.

§8º. Considera-se remuneração do servidor público no cargo efetivo, para fins do cálculo dos proven-
tos de aposentadoria com fundamento no disposto no inciso I do §6º ou no inciso I do §2º, do art. 81, o

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valor constituído pelo subsídio, pelo vencimento e pelas vantagens pecuniárias permanentes do cargo,
estabelecidos em lei, acrescidos dos adicionais de caráter individual e das vantagens pessoais perma-
nentes, desde que incorporáveis, observados os seguintes critérios:

I - se o cargo estiver sujeito a variações na carga horária, o valor das rubricas que refletem essa va-
riação integrará o cálculo do valor da remuneração do servidor público no cargo efetivo em que se deu a
aposentadoria, considerando-se a média aritmética simples dessa carga horária proporcional ao número
de anos completos de recebimento e contribuição, contínuos ou intercalados, em relação ao tempo total
exigido para a aposentadoria;

II - se as vantagens pecuniárias permanentes forem variáveis por estarem vinculadas a indicadores de


desempenho, produtividade ou situação similar, o valor dessas vantagens integrará o cálculo da remu-
neração do servidor público no cargo efetivo mediante a aplicação, sobre o valor atual de referência das
vantagens pecuniárias permanentes variáveis, da média aritmética simples do indicador, proporcional
ao número de anos completos de recebimento e de respectiva contribuição, contínuos ou intercalados,
em relação ao tempo total exigido para a aposentadoria ou, se inferior, ao tempo total de percepção da
vantagem.
Seção II
Da Aposentadoria com Pedágio

Art. 81. O servidor público municipal que tenha ingressado no serviço público em cargo efetivo, até a
data de entrada em vigor desta Lei, poderá aposentar-se voluntariamente quando preencher, cumulativa-
mente, os seguintes requisitos:

I - 57 (cinquenta e sete) anos de idade, se mulher, e 60 (sessenta) anos de idade, se homem;

II - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 (trinta e cinco), se homem;

III - 20 (vinte) anos de efetivo exercício no serviço público e 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que se
der a aposentadoria;

IV - período adicional de contribuição correspondente ao tempo em que, na data de entrada em vigor


desta Lei, faltaria para atingir o tempo mínimo de contribuição referido no inciso II.

§1º. Para o professor que comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de ma-
gistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio serão reduzidos, para ambos os sexos, os
requisitos de idade e tempo de contribuição em 5 (cinco) anos.

§2º. O valor da aposentadoria concedida nos termos do disposto neste artigo corresponderá:

I - em relação ao servidor público que tenha ingressado no serviço público em cargo efetivo até 31 de
dezembro de 2003 e que não tenha feito a opção de que trata o §16 do art. 40 da Constituição Federal, à
totalidade da remuneração no cargo efetivo em que se der a aposentadoria, observado o disposto no §8º
do art. 80; e

II - em relação aos demais servidores públicos e aos segurados do Regime Geral de Previdência So-
cial, ao valor apurado na forma da lei.

§3º. O valor das aposentadorias concedidas nos termos do disposto neste artigo não será inferior ao
valor a que se refere o §2º, do art. 201 da Constituição Federal e será reajustado:

I - de acordo com o disposto no art. 7º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003,


se cumpridos os requisitos previstos no inciso I do §2º;

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II - nos termos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social, na hipótese prevista no inci-
so II do §2º.
Seção III
Da Aposentadoria Especial por Sistema de Pontuação

Art. 82. O servidor público municipal que tenha ingressado no serviço público em cargo efetivo, até
a data de entrada em vigor desta Lei, cujas atividades tenham sido exercidas com efetiva exposição a
agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a ca-
racterização por categoria profissional ou ocupação, desde que cumpridos o tempo mínimo de 20 (vinte)
anos de efetivo exercício e de 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria, na
forma dos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, poderá aposentar-se quando o total da
soma resultante da sua idade e tempo de contribuição e tempo de exposição forem, respectivamente,
de:

I - 66 (sessenta e seis) pontos e 15 (quinze) anos de efetiva exposição;

II - 76 (setenta e seis) pontos e 20 (vinte) anos de efetiva exposição; e

III - 86 (oitenta e seis) pontos e 25 (vinte e cinco) anos de efetiva exposição.

§1º. A idade e o tempo de contribuição serão apurados em dias para o cálculo do somatório de pontos
a que se refere o caput.

§2º. O valor da aposentadoria de que trata este artigo será apurado na forma do previsto nesta Lei nos
artigos 61 e 62.
CAPÍTULO IX
DO ABONO DE PERMANÊNCIA

Art. 83. O servidor Público Municipal fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua
contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória, o servidor municipal
amparado no RPPS que optar por permanecer em atividade e que tenha cumprido, ou vier a cumprir, os
requisitos para aposentadoria voluntária estabelecidas nos seguintes dispositivos, enquanto não estabe-
lecidas por lei condições para o seu pagamento:

I - alínea “a” do inciso III do §1º do art. 40 da Constituição Federal, na redação da Emenda Constitu-
cional nº 41, de 2003, antes da data de vigência desta Lei Complementar;

II - art. 2º, §1º do art. 3º ou art. 6º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, ou art. 3º da Emenda
Constitucional nº 47, de 2005, antes da data de vigência desta Lei Complementar;

III - arts. 4º, 10, 20, 21 e 22 da Emenda Constitucional nº 103, de 2019.

Art. 84. O pagamento do abono de permanência é de responsabilidade do ente empregador e será de-
vido a partir do total cumprimento das exigências para aposentadoria até completar a idade para aposen-
tadoria compulsória.

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CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE OS BENEFÍCIOS

Art. 85. O benefício previdenciário será pago diretamente ao beneficiário, mediante depósito em conta
corrente ou outra forma estabelecida em regulamento, admitindo-se excepcionalmente quitação por con-
signação ou cheque, mediante decisão fundamentada.

§1º. Na hipótese de o beneficiário ser portador de moléstia contagiosa ou impossibilidade de locomo-


ção, deverá ser constituído procurador na forma da lei, devendo o instrumento de mandato ser renovado
ou revalidado a cada 6 (seis) meses.

§2º. O procurador firmará termo de responsabilidade, comprometendo-se a comunicar qualquer fato


que venha determinar a perda da qualidade de beneficiário, ou outro evento que possa invalidar a procu-
ração, em especial o óbito do outorgante, sob pena de incorrer em sanções penais cabíveis.

§3º. O dependente excluído, na forma do art. 76 desta Lei, ou que tenha a parte provisoriamente sus-
pensa, na forma do §1º do mesmo dispositivo legal, não poderá representar outro dependente para fins
de recebimento do benefício.

Art. 86. Ressalvado o disposto nos artigos 54 e 58, a aposentadoria vigorará a partir da data da publi-
cação do respectivo ato.

Art. 87. O benefício devido ao segurado ou dependente civilmente incapaz será pago ao cônjuge,
companheiro(a), pai, mãe, tutor ou curador, admitindo-se, na falta destes, e por período não superior a
6 (seis) meses, o pagamento a pessoa designada por determinação judicial, mediante termo de compro-
misso firmado no ato do recebimento.

Parágrafo único. Após o prazo fixado neste artigo, o pagamento do benefício será suspenso até a efe-
tiva regularização da situação.

Art. 88. Os valores não recebidos em vida pelo segurado serão pagos a seus dependentes inscritos à
pensão por morte, ou, na falta deles, aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de
inventário ou arrolamento.

Art. 89. Será computado, integralmente, o tempo de contribuição no serviço público federal, estadual,
distrital e municipal, prestado sob a égide de qualquer regime jurídico, bem como o tempo de contribui-
ção junto ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS.

Art. 90. Serão descontados dos benefícios:

I - contribuições e indenizações devidas pelo segurado ao PREVIPORÃ;

II - pagamento administrativo ou judicial de benefício previdenciário indevido, ou além do devido, inclu-


sive na hipótese de cessação pela revogação de decisão judicial

III - imposto de renda retido na fonte em conformidade com a legislação;

IV - pensão alimentícia fixada judicialmente, ou outra determinação judicial;

V - contribuições autorizadas a entidades de representação classista; e

VI - demais consignações autorizadas por lei federal ou municipal.

§1º. Na hipótese do inciso II, do caput, excetuadas as situações de má-fé, o desconto será feito em
prestações não excedentes a 30% (trinta por cento) do valor do benefício, corrigidas monetariamente

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pelo mesmo índice de reajuste de vencimentos.

§2º. Para os fins do disposto no §1º, deste artigo, não caberá o parcelamento quando o beneficiário
tiver a aposentadoria cassada ou da aposentadoria não decorrer pensão, hipótese em que a cobrança
será efetuada junto aos herdeiros ou sucessores do falecido, na forma da lei.

§3º. No caso de má fé, a devolução será feita integralmente, com correção monetária pelos índices
adotados pela Fazenda Municipal, e acrescida de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e de multa
de 2% (dois por cento), calculados sobre o débito.

Art. 91. Não haverá restituição de contribuição previdenciária, salvo se indevida.

Parágrafo único. No caso de restituição de contribuição previdenciária indevida, o débito poderá ser
parcelado em até 60 (sessenta) meses, acrescido da correção monetária pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor - INPC/IBGE, mais juros simples cumulativos de 0,5% (meio por cento) ao mês, calculado
de forma pro rata, observada a prescrição quinquenal.

Art. 92. O prazo de decadência do direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato
de concessão, indeferimento, cancelamento, ou cessação do benefício, é de 10 (dez) anos, contados:

I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da primeira prestação ou da data em que a


prestação deveria ter sido paga com valor revisto ou;

II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão proferida no âmbito administrativo.

Parágrafo único. Prescreverá em cinco anos, contados da data em que deveria ter havido o pagamen-
to, o direito de receber prestações vencidas, restituições, ou diferenças devidas pelo Instituto Municipal
de Previdência, ressalvados os casos previstos na legislação civil.

Art. 93. A aposentadoria concedida com utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo, em-
prego, ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o rompimento do
vínculo que gerou o referido tempo de contribuição, ressalvadas as situações anteriores à vigência desta
Lei.

Art. 94. Os benefícios serão pagos em prestações mensais e consecutivas até o 10º (décimo) dia do
mês subsequente ao mês da competência.

Art. 95. Os créditos do PREVIPORÃ, observados os requisitos legais, constituem-se como dívida ativa,
gozando de liquidez e certeza desde que inscritos em livro próprio.

§1º. Poderão ser inscritos em dívida ativa os créditos constituídos em decorrência de benefício previ-
denciário pago indevidamente ou além do devido, inclusive na hipótese de cessação do benefício pela
revogação de decisão judicial, para execução fiscal.

§2º. Para fins do disposto no § 1º deste artigo, poderá ser objeto de inscrição em dívida ativa, em con-
junto ou separadamente, o terceiro beneficiado que sabia ou deveria saber da origem do benefício pago
indevidamente em razão de fraude, de dolo ou de coação, desde que devidamente identificado em proce-
dimento administrativo de responsabilização.

§3º. Por meio de resolução conjunta editada pelo Procurador Geral do Município e pelo Diretor Pre-
sidente, será fixado o valor mínimo para o ajuizamento de ações ou execuções fiscais para cobrança de
créditos pertencentes ao PREVIPORÃ.

Art. 96. Salvo quanto ao desconto autorizado por lei, o benefício não pode ser objeto de penhora,

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arresto ou sequestro.

Art. 97. Salvo em caso de rateio entre os dependentes do segurado, nenhum benefício previsto nesta
Lei terá valor inferior ao do salário mínimo.

Art. 98. Concedida a aposentadoria ou a pensão, será o ato publicado e encaminhado, pela unidade
gestora, ao Tribunal de Contas para homologação.

Parágrafo único. Caso o ato de concessão não seja aprovado pelo Tribunal de Contas, o processo do
benefício será imediatamente revisto e promovidas as medidas administrativas e jurídicas pertinentes.

Art. 99. É vedada a celebração de convênio, consórcio ou outra forma de associação para a conces-
são dos benefícios previdenciários de que trata esta Lei com a União, Estado, Distrito Federal ou outro
Município.

Art. 100. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo,
emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o rompimento
do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.

Art. 101. Na ocorrência das hipóteses previstas para a concessão de aposentadoria compulsória ou
por incapacidade a segurado que tenha cumprido os requisitos legais para concessão de aposentadoria
voluntária em qualquer regra, o PREVIPORÃ deverá facultar que, antes da concessão da aposentadoria
de ofício, o servidor, ou seu representante legal, opte pela aposentadoria de acordo com a regra mais
vantajosa.
CAPÍTULO XI
DOS REGISTROS CONTÁBIL E FINANCEIRO

Art. 102. O PREVIPORÃ observará as normas de contabilidade específicas fixadas pelo órgão compe-
tente quanto aos registros contábeis e financeiros.

Parágrafo único. O Instituto sujeita-se às inspeções e auditorias de natureza atuarial, contábil, finan-
ceira, orçamentária e patrimonial dos órgãos de controle interno e externo encaminhando aos Órgãos
competentes, na forma e nos prazos, os documentos por estes exigidos.

Art. 103. Na avaliação atuarial anual serão observados as normas gerais de atuária e os parâmetros
discriminados nas normas gerais editadas pelos Órgãos competentes.

Art. 104. Município de Ponta Porã, o Legislativo Municipal, bem como, suas autarquias e fundações
deverão acatar as orientações contidas no parecer técnico atuarial anual, e nos demais dispositivos des-
ta lei fornecendo informações pertinentes quando solicitados.

Art. 105. O PREVIPORÃ deverá manter registro individualizado dos segurados do regime próprio que
conterá as informações exigidas pelos Órgãos competentes, pelo meio disponibilizado.
CAPÍTULO XII
DA JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 106. Mediante justificação administrativa processada perante o PREVIPORÃ, na forma estabeleci-
da em regulamento, poderá ser suprida a insuficiência de qualquer documento ou provado qualquer fato
de interesse dos beneficiários, salvo os que exigirem registro público, e tempo de contribuição para efeito
de benefícios que exigirão comprovação na esfera judicial.

Parágrafo único. Não será admitido o processamento de justificação administrativa sem a apresenta-

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ção de um indício e prova material.

Art. 107. A justificação administrativa somente será processada mediante requerimento do interessa-
do.

Art. 108. Para o procedimento de justificação administrativa o interessado deverá indicar testemunhas
idôneas, em número não inferior a 03 (três), nem superior a 06 (seis), cujos depoimentos possam levar a
convicção da veracidade dos fatos a comprovar.

Art. 109. A justificação administrativa será processada sem ônus para o interessado e nos termos de
instruções a serem regulamentadas pelo Conselho Administrativo.

Art. 110. A justificação administrativa será avaliada em sua globalidade, valendo perante o Instituto,
para fins especificamente visados, caso considerada eficaz.
CAPÍTULO XIII
DOS RECURSOS

Art. 111. Das decisões originárias do PREVIPORÃ, referentes a concessões de benefícios, prestações,
contribuições previdenciárias ou outras questões de sua competência, cabem recursos para o Conselho
Administrativo, no prazo de 15 (quinze) dias uteis, contados da ciência da decisão.

§1º. Os recursos serão processados em observância aos princípios do devido processo legal e se-
gurança de ampla defesa, podendo o recorrente por si ou por procurador acompanhar todas as etapas,
produzindo as defesas que lhe aprouver.

§2º. Recursos ao Conselho Administrativo não estão sujeitos ao benefício do efeito suspensivo.

Art. 112. As decisões do Conselho serão consideradas última instância administrativa.


CAPÍTULO XIV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 113. O Município de Ponta Porã, o Legislativo Municipal, bem como, suas autarquias e fundações
encaminharão mensalmente ao PREVIPORÃ resumo da folha de pagamentos contendo, no mínimo, rela-
ção nominal dos segurados e seus dependentes, inclusive os afastados, cedidos ou licenciados, com ou
sem remuneração, valores discriminados de remunerações e contribuições respectivas.

Art. 114. O Município poderá, por lei específica de iniciativa do Poder Executivo, instituir regime de
previdência complementar ao PREVIPORÃ para os seus servidores titulares de cargo efetivo, observado
o disposto no artigo 202 da Constituição Federal, no que couber, por intermédio de entidade fechada de
previdência complementar, de natureza pública, que oferecerá aos respectivos participantes planos de
benefícios somente na modalidade de contribuição definida.

§1º. Somente após a aprovação da lei de que trata o caput, o município poderá fixar, para o valor das
aposentadorias e pensões a ser concedidas pelo PREVIPORÃ, o limite máximo estabelecido para os
benefícios do Regime Geral de Previdência Social-RGPS de que trata o artigo 201 da Constituição Fede-
ral.

§2º. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto neste artigo poderá ser aplicado ao
servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do corres-
pondente regime de previdência complementar.

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Art. 115. Em condição especial, os afastamentos por incapacidade temporária para o trabalho, o salá-
rio maternidade, o auxilio reclusão e o salário família ficam sob responsabilidade de gestão administrativa
e financeira do Instituto até a data de 30 de junho de 2020, ocasião na qual, sua gestão administrativa e
financeira passa a ser de responsabilidade dos respectivos Entes.

Art. 116. Após a publicação da presente Lei, os servidores em gozo de afastamento ou licenciamento
sem remuneração, deverão manifestar sua opção acerca do disposto no art. 32.

Art. 117. Sem prejuízo do previsto nesta Lei, aplicam-se supletivamente e subsidiariamente as disposi-
ções federais sobre o regime próprio de previdência dos servidores públicos, naquilo que couber.

Art. 118. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos, em relação ao artigo
19, I e II, noventa dias após sua publicação.

Art. 119. Fica revogada a Lei Complementar nº 42, de 19 de dezembro de 2007 e demais normas con-
trárias a esta lei.

Ponta Porã, 01 de Abril de 2020.

Lei Complementar n. 93, de 01 de fevereiro de 2013 que, “Dispõe sobre a criação, alte-
ração e reorganização da Estrutura Básica do Poder Executivo do Município de Ponta
Porã/MS, e suas alterações

Lei Complementar nº 93, de 01 de fevereiro de 2013.


Dispõe sobre a criação, alteração e reorganização da Estrutura Básica do Poder Executivo do Muni-
cípio de Ponta Porã/MS, e dá outras providências.

LUDIMAR GODOY NOVAIS, Prefeito Municipal de Ponta Porã, Estado de Mato Grosso do Sul, usando
das atribuições que lhe são conferidas por Lei, especialmente a Lei Orgânica do Município, faz saber que
a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a presente Lei Complementar:
TÍTULO I
DA FINALIDADE

Art. 1º. A Prefeitura Municipal de Ponta Porã, de conformidade com a Constituição do Estado do Mato
Grosso do Sul e a Lei Orgânica do Município de Ponta Porã, tem como objetivo precípuo e permanente
proporcionar a população do Município condições dignas que assegurem:

I – o desenvolvimento do território que compõe o Município;

II – a situação econômica, social e cultural de toda comunidade ponta-poranense;

III – a proteção aos direitos fundamentais da pessoa humana e justiça social, no âmbito de sua com-
petência;

IV – a promoção e construção de uma sociedade livre, justa e solidária através da colaboração do


Governo Estadual e Federal;

V – a adequação do ordenamento territorial, que assegure a qualidade de vida da população e a inte-


gração urbana e rural;

VI – a preservação do patrimônio histórico e cultural, a proteção ao meio ambiente e a poluição do


território do Município em suas variáveis;

VII – o desenvolvimento de ações para promover a saúde e a assistência social da população;

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VIII – a promoção do desenvolvimento econômico, com vistas à geração de empregos e à melhoria de
renda da população do Município de Ponta Porã, entre outras funções legais

Art. 2º. Esta lei cria, altera, reorganiza e estabelece a estrutura básica e demais disposições legais,
para o funcionamento do Poder Executivo Municipal.
TÍTULO II
DA ESTRUTURA BÁSICA ORGANIZACIONAL
CAPÍTULO I

Art. 3º. A Prefeitura Municipal é organizada por dois conjuntos permanentes representados pela admi-
nistração direta e indireta, integrados conforme os objetivos e as metas que devem conjuntamente atin-
gir.

Parágrafo único. A administração direta constitui-se no Gabinete do Prefeito, nas Secretarias Muni-
cipais e na Procuradoria Geral do Município, que atuarão como unidades de realização das atividades
pertinentes ao planejamento, coordenação, comando, controle e execução dos serviços de competência
do Poder Executivo Municipal. (NR)

Art. 4º. A administração indireta constituise em entidades instituídas para limitar a expansão da admi-
nistração direta ou dar ênfase a sua ação executiva no desempenho de atividades de interesse público,
de ordem econômica e social, que poderá ser desdobrada em: autarquias e fundações.

I – autarquia – entidade com personalidade jurídica de direito público, criada por lei, para exercer
atividades exclusivas do Município, com gestão administrativa e financeira descentralizada, patrimônio e
receita próprios e estabelecida por ato do chefe do Poder Executivo;

II – fundação – entidade com personalidade jurídica de direito público, criada por Lei, em área definida
por lei complementar, organizada por estatuto próprio para exercer atividade não exclusiva do Município,
sem fins lucrativos e de interesse coletivo, com patrimônio e bens afetos a objetivo de utilidade públi-
ca.

Parágrafo único. As entidades da administração indireta ficarão vinculadas, para fins de supervisão
institucional, à Secretaria Municipal que tenha como área de competência atividades a que estiver enqua-
drada sua atividade principal.
CAPITULO II
DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Art. 5º. A administração direta compreende serviços estatais encarregados das atividades típicas da
administração, nas seguintes áreas de atuação: instrumental, desenvolvimento, e promoção social e fo-
mento ao desenvolvimento integrado”.

I- Órgãos de Atuação Instrumental:

a) Procuradoria Geral do Município;

b) Secretaria Municipal de Governo e Comunicação; (NR)

c) Secretaria Municipal de Finanças; (NR)

d) Secretaria Municipal de Administração;

e) Secretaria Municipal de Segurança Pública

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II – órgão de desenvolvimento e promoção social:

a) Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Cultura e Lazer. (NR)

b) Secretaria Municipal de Saúde;

c) Secretaria Municipal de Assistência Social;

d) Revogado

III – Órgãos de Fomento ao Desenvolvimento Integrado:

a) Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo;

b) Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente; (NR)

c) Revogado
CAPÍTULO III
DAS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

Art. 6º - As entidades da administração indireta da Prefeitura Municipal, para fins de supervisão, con-
trole e avaliação dos seus resultados, terão a seguinte vinculação institucional:

I – À Secretaria Municipal de Governo e Comunicação:

a) [...]

b) Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Ponta Porã-PREVIPORÃ (NR)

II - À Secretaria Municipal de Administração:

a) Revogado.
CAPÍTULO IV
DO DESDOBRAMENTO OPERACIONAL

“Art. 7º. O Gabinete do Prefeito, as Secretarias e a Procuradoria Geral do Município, integrantes da


estrutura básica, operacional e administrativa da Prefeitura Municipal, terão desdobramento operativo
que identificará as vinculações funcionais e a hierarquia das unidades administrativas e operacionais,
estabelecidas por decreto do Prefeito: (NR)

I – Direção Superior - compete a uma mesma autoridade as funções de comando, coordenação,


controle, planejamento estratégico e articulação institucional, representada pelos cargos de Secretário
Municipal e Procurador-Geral;

II – Direção Gerencial – inerente às funções de direção, planejamento, coordenação, supervisão e


controle, equivalentes às posições dos dirigentes superiores das entidades de administração indireta,
vinculadas diretamente ao Prefeito Municipal ou a Secretaria Municipal, representada pelos cargos de
Diretor-Presidente, Superintendente, Procurador-Adjunto, Chefe de Gabinete do Prefeito e Diretores;

III – Gerência – refere-se às funções de direção intermediária, planejamento, coordenação, controle,


supervisão, orientação técnica e gerência administrativa das atividades e dos meios operacionais e admi-
nistrativos, dirigidos pelos detentores dos cargos de gerentes e coordenadores;

IV – Assessoramento – corresponde às funções de apoio aos Secretários Municipais e aos titulares de


entidades de direção, para o cumprimento de atividades técnicas e assessoramento ao Poder Executivo
Municipal;

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V – Gestão Operacional e Administrativa – corresponde às funções desenvolvidas pelos agentes res-
ponsáveis pelas funções executivas de chefia, supervisão e acompanhamento de atividades de caráter
permanente de unidades operacionais e administrativas.

“Art. 8º. A estrutura básica organizacional do Gabinete do Prefeito, das Secretarias e da Procuradoria
Geral será definida por decreto do Prefeito Municipal e estabelecerá seu desdobramento, identificará as
unidades operacionais e administrativas, bem como suas vinculações funcionais e posições hierárqui-
cas.” (NR)

Art. 9º. Os conselhos municipais e demais órgãos colegiados, instituídos no âmbito do Poder Executi-
vo, tem suas finalidades, competências, composições definidas e condições do seu funcionamento regu-
lado em regimento próprio, aprovado pelo Prefeito Municipal.
CAPÍTULO V

DA COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA


SEÇÃO I
Da Procuradoria Geral do Município

Art. 10. A Procuradoria Geral do Município compete:

I - representar e defender judicial e extrajudicialmente, em qualquer foro ou jurisdição o Município,


bem como executar as atividades de assessoramento jurídico, primando pela excelência, visando asse-
gurar a prevalência do interesse público e o eficiente atendimento ao cidadão, contribuindo, ainda, de
forma determinante e significativa, na diminuição da evasão fiscal e na promoção da execução da dívida
ativa.

II – desenvolver todas as atribuições previstas na Lei Complementar Nº 70, de 17 de dezembro de


2010.

“Art. 10-A. Ao Gabinete do Prefeito compete:

I – diligenciar quanto ao preparo e ao encaminhamento das reuniões, audiências e agenda do Chefe


do Poder Executivo;

II – incumbir-se das correspondências do Prefeito, mantendo sob sua guarda documentos de natureza
pública;

III – supervisionar as políticas e ações das Secretarias, autarquias e fundações que integram a sua
estrutura;

IV – auxiliar o Chefe do Poder Executivo em suas funções administrativas, acompanhando a tramita-


ção de processos administrativos e atuando na elaboração e manuseio de documentos institucionais;

V – providenciar a elaboração de projeto de Lei, Decretos, Editais, Portaria e outros atos normativos,
bem como acompanhar a tramitação de projetos no Poder Legislativo, controlando prazos, sanções e
veto;

VI - coordenar os processos licitatórios para aquisição de bens e serviços da Administração, visando o


atendimento das necessidades das demais áreas da Instituição.

VII – diligenciar a publicação dos atos oficiais de competência do Chefe do Poder Executivo;

VIII – preparar e encaminhar o expediente do Chefe do Poder Executivo;

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IX – desempenhar suas atividades com apoio as demais Secretaria e a sua estrutura básica prevista
em legislação própria. (NR)
Seção II
Da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais

Artigo 11 – Compete à Secretaria Municipal de Governo e Comunicação:” (NR)

I - articular as atividades políticas do Governo Municipal;

II – articular as ações das administrações regionais e o apoio ao gabinete do Prefeito;

III - atuar em permanente sinergia com o gabinete do Prefeito, com as Secretarias e com os Órgãos,
para divulgar a população, por meio do jornalismo e da publicidade, as ações de relevância da admi-
nistração municipal, contribuindo para a aproximação recíproca entre o Poder Executivo Municipal e a
comunidade, juntamente com a coordenadoria municipal de comunicação;

IV - coordenar a estratégia e metodologia de gestão e acompanhar os projetos prioritários do governo


municipal, desde a captação de recursos até sua formulação, execução e monitoramento, inclusive aque-
les da área estadual e federal, juntamente com a coordenadoria de captação de recursos e monitoramen-
to de projetos;

V – coordenar e executar as atividades de proteção e defesa do consumidor;

VI - coordenar as atividades relacionadas à situação política e social da mulher no Município;

VII – gerenciar a política habitacional do município, com a elaboração e o acompanhamento de pro-


jetos, tanto do ponto de vista da engenharia e arquitetura como do aspecto social, conjuntamente com a
agência municipal de habitação;

VIII – promover, juntamente com a fundação de cultura, a política e o desenvolvimento da cultura, os


programas relacionados ao acervo cultural, artístico e cientifico da comunidade.

IX - coordenar a execução de programas e atividades que visem promover a preservação, a conserva-


ção e o controle do meio ambiente, obedecendo às diretrizes da política ambiental, que serão formuladas
pelo município juntamente com a coordenadoria Municipal do meio ambiente.
Seção III
Da Secretaria Municipal de Planejamento e Finanças

Artigo 12 – Compete à Secretaria Municipal de Finanças:” (NR)

I - planejar e coordenar a ação governamental, mediante a elaboração, o acompanhamento e o contro-


le de programas e projetos, viabilizando e gerenciando recursos e ferramentas de gestão;

II - planejar e executar a política financeira e tributária do Município, promovendo o equilíbrio entre a


receita, a despesa e a modernização administrativa, garantindo o desenvolvimento da cidade e a qualida-
de na prestação dos serviços.
Seção IV
Da Secretaria Municipal de Administração

Art. 13. Compete à Secretaria Municipal de Administração:

I - promover e formular a política de recursos humanos e a coordenação das atividades de pagamento,


cadastramento, recrutamento e seleção de pessoal, para atender os órgãos da prefeitura municipal e das

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entidades da administração indireta.

II - elaborar e administrar o plano de cargos, carreira e salários dos servidores da prefeitura, bem
como promover e formular proposição das políticas salariais.

III - administrar patrimônio, material, serviços gerais e manutenção das instalações da prefeitura muni-
cipal;

IV – coordenar os processos licitatórios para aquisição de bens e serviços, visando o atendimento das
necessidades das demais áreas da Instituição.
Seção V
Da Secretaria Municipal de Educação

Art. 14.Compete à Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Cultura e Lazer:

I – formular a política educacional do município, em conformidade com a lei de diretrizes e bases da


educação nacional, bem como a definição das metas governamentais, elaborando os planos, os progra-
mas, os projetos e as atividades educacionais, exercendo sua administração por intermédio das unidades
orgânicas e dos mecanismos integrantes de sua estrutura, assegurando educação de qualidade para o
exercício da cidadania às crianças, jovens e adultos da rede municipal.

II – Coordenar e planejar a execução de atividades relacionadas ao esporte, à cultura e o lazer e ou-


tras correlatas. (NR)
Seção VI
Da Secretaria Municipal de Saúde

Art. 15. Compete à Secretaria Municipal de Saúde:

I – traçar diretrizes da política estadual de saúde e seu controle, considerando aspectos econômicos e
financeiros.

II – contribuir para a organização do Sistema Único de Saúde – SUS, em articulação com a Secretaria
de Estado de Saúde do Mato Grosso do Sul e com o Ministério da Saúde.

III – recomendar a adoção de critérios que garantam qualidade na prestação de serviços de saúde.

IV - planejar e executar política de saúde para o Município, responsabilizando-se pela gestão e re-
gulação dos serviços próprios e conveniados, monitorando doenças e agravos e realizando a vigilância
sanitária sobre produtos e serviços de interesse da saúde da população.
Seção VII
Da Secretaria Municipal de Assistência Social

Art. 16. Compete à Secretaria Municipal de Assistência Social:

I - formular a execução da política municipal de assistência social, mediante o desenvolvimento de


ações de proteção e amparo a família, ao idoso, a criança, ao adolescente e aos portadores de necessi-
dades especiais.

II - promover a informação sobre as ações da administração Municipal relativa aos trabalhos desen-
volvidos pelos órgãos e entidades de prestação de serviços ao cidadão e as suas relações com os movi-
mentos organizados da sociedade civil e de organizações não governamentais, em prol do cidadão.

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Seção VIII
Da Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo

Art. 17. Compete à Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo:

I - participar do planejamento urbano, controlando a ocupação e o uso do solo, formulando leis e ze-
lando pelo cumprimento das mesmas, contribuindo para um desenvolvimento ordenado que proporcione
melhor qualidade de vida à população;

II – formular, acompanhar e controlar a implementação do plano diretor do município;

III - implantar programas de obras municipais de engenharia, nas áreas de edificação, pontes e drena-
gem, pavimentação e iluminação pública, com qualidade, custos e prazos adequados;

IV – planejar, executar, fiscalizar e acompanhar as obras públicas de competência da Prefeitura Muni-


cipal.

V – coordenar a execução dos serviços funerais e da manutenção dos cemitérios pertencentes ao


Município;

VI – administrar o terminal rodoviário.


Seção IX
Da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento

Artigo 18 – Compete à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente:

I – Estabelecer a política de desenvolvimento municipal no âmbito da indústria, comércio, turismo e


no agronegócio, mediante a formulação de propostas visando o desenvolvimento dos setores em total
observância ao meio ambiente sustentável.

II- Promover estudos, pesquisas econômicas e institucionais, visando identificar meios de crescimento
dos empreendimentos já existentes e criar a instalação de outros voltados ao desenvolvimento sustentá-
veis destes setores, responsáveis pela sustentabilidade e desenvolvimento do município;

III- Fomentar os investimentos em negócios que busquem valorizar e explorar o potencial econômico
no município nestes setores, bem como propor estratégias para implantar e melhorar a agricultura fami-
liar e o pequeno negócio, visando agregar valores para proporcionar a manutenção da renda familiar;

IV- Implantar políticas de desenvolvimento destes diversos setores visando o crescimento e valoriza-
ção destes e do município;

V- Planejar, coordenar, implantar, executar e fiscalizar projetos que visem a preservação do meio
ambiente no âmbito municipal em consonância com o desenvolvimento dos setores da economia local;.
(NR)
Seção X
Da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo

Art. 19 - (Revogado pela LEI COMPLEMENTAR N. 159, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2016).


Seção XI
Da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer

Art. 20. (Revogado pela LEI COMPLEMENTAR N. 159, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2016).

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Seção XII
Da Secretaria Municipal de Segurança Pública

Art. 21. Compete à Secretaria Municipal de Segurança Pública:

I – desenvolver políticas de segurança públicas, no que diz respeito a garantir às pessoas o pleno e
livre exercício dos direitos e garantias fundamentais, individuais, coletivas, sociais e políticas;

II – colaborar na segurança pública;

III – articular e apoiar as ações de segurança pública desenvolvidas pelas forças de seguranças esta-
dual e federal, dentro dos limites do Município;

IV – manter a ordem, em consonância com as polícias civil e militar.


CAPÍTULO VII
DAS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Seção I
Das Competências e das Áreas de Atuação

Art. 22. As competências e as áreas de atuação das entidades da administração indireta da Prefeitura
Municipal são as determinadas nas respectivas leis de criação e nos atos de organização.

Parágrafo único. As entidades da administração indireta terão a estrutura básica estabelecida em ato
do Prefeito Municipal e o regimento interno aprovado pelo Secretário Municipal, a qual estiver vincula-
da.
TÍTULO III
DAS BASES FUNDAMENTAIS DA AÇÃO DO PODER EXECUTIVO
CAPÍTULO VIII
DAS FUNÇÕES GERENCIAIS
SEÇÃO I
Das Disposições Preliminares

Art. 23. A ação administrativa, no âmbito de atuação do poder executivo observará os princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, inscritos no art. 37 da Constituição Fe-
deral, se processará através das seguintes funções gerenciais:

I – planejamento;

II – programação;

III – coordenação funcional;

IV – descentralização;

V – delegação de competência;

VI – supervisão;

VII – controle administrativo.

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Seção II
Do Planejamento

Art. 24. A ação governamental obedecerá ao planejamento que, através dos programas e projetos se-
toriais ou gerais, terá por objetivo promover o desenvolvimento econômico e social do Município e com-
preenderá a elaboração e o acompanhamento dos seguintes instrumentos básicos:

I – lei de diretrizes orçamentárias;

II – plano plurianual;

III – lei orçamentária anual;

IV – programação financeira de desembolso.

§1º As atividades das secretarias e entidades do Poder Executivo obedecerão aos programas gerais e
setoriais, elaborados de acordo com a legislação vigente.

§ 2º Compete a cada secretaria municipal orientar e dirigir a elaboração dos programas setoriais cor-
respondentes a sua área de atuação e à Secretaria Municipal de Finanças auxiliar diretamente a cada
titular na formulação, coordenação, revisão e consolidação das propostas de orçamento setoriais e na
elaboração do orçamento geral do município.” (NR)

§3º Na elaboração da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual deverá ser considera-
do, além dos recursos a serem consignados no orçamento do Município, as receitas de transferências da
União e do Estado.

Art. 25. Para fins de formulação dos instrumentos de planejamento e da programação das ações go-
vernamentais, são adotados os seguintes conceitos: plano, políticas, sistema, programa, projeto, proces-
so e ação/atividade.
Seção III
Da Programação

Art. 26. Toda atividade deverá ajustar-se a programação governamental e ao orçamento anual e os
compromissos financeiros que serão assumidos em consonância com a programação financeira e recur-
sos disponíveis.

Art. 27. A programação deverá facilitar a ação reprogramadora, como resultante da avaliação e/ou de
fatos novos e capazes de propiciar melhores condições ou conhecimentos para o atendimento dos objeti-
vos pretendidos e a execução das etapas e procedimentos programados.
Seção IV
Da Coordenação Funcional

Art. 28. A coordenação funcional dos órgãos e entidades do Poder Executivo será sistemática, visando
evitar superposição de esforços que facilitará as comunicações entre os órgãos e seus agentes.

Art.29. Serão obedecidos os níveis hierárquicos de direção, coordenação, gerência e chefia, observa-
das as disposições estabelecidas em regulamento.
Seção V
Da Descentralização

Art.30. A descentralização objetiva agilizar as respostas operacionais da Prefeitura Municipal, median-


te deslocamento permanente ou transitório da competência de decisão para o ponto mais próximo ao ato

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ou do fato gerador da situação e eventos que necessitarem de decisão executiva.

Art.31. A execução das atividades da Prefeitura Municipal será descentralizada dentro dos quadros
do Poder Executivo, pela distinção clara entre os níveis de direção e os de execução; da Administração
Municipal para o setor privado, mediante contratos, concessões ou convênios.
Seção VI
Da Delegação de Competência

Art.32. A delegação de competência funcionará como instrumento de descentralização administrativa,


no âmbito interno da Administração Municipal, com o objetivo de assegurar rapidez as decisões e proce-
dimentos de execução.

Parágrafo único. Compete ao Prefeito Municipal delegar competência aos Secretários Municipais, ao
ProcuradorGeral do Município e aos titulares de direção superior de autarquias e fundações.
Seção VII
Da Supervisão

Art. 33. A supervisão das unidades integrantes da estrutura operacional da administração direta, autár-
quica e fundacional, está sujeita ao Secretário Municipal, ao qual estão, respectivamente, subordinados
ou vinculados.

Art. 34. A supervisão a cargo dos Secretários Municipais e dos titulares dos demais órgãos subordina-
dos diretamente ao Prefeito Municipal tem por objetivo:

I - assegurar a observância da legislação aplicável às atividades sob sua coordenação e supervi-


são;

II - promover e assegurar a elaboração e a execução dos programas e projetos integrantes da Lei Or-
çamentária Anual e do Plano Plurianual;

III - assegurar a correta aplicação de recursos, valores e bens públicos;

IV - acompanhar os custos dos programas setoriais, visando ao aumento da produtividade dos servi-
ços e à redução dos seus custos;

V - exigir e examinar, sistematicamente, relatórios, boletins, balancetes e informações que permitam o


acompanhamento do desempenho econômico-financeiro e gerencial do respectivo órgão;

VI - examinar pareceres ou recomendações de agentes públicos, comissões ou auditorias para fins


de promoção periódica de avaliações de rendimento e produtividades das atividades administrativas e
operacionais.
Seção VIII
Do Controle Administrativo

Art. 35. O controle administrativo das ações da administração pública Municipal constitui responsabi-
lidade de todos os níveis de direção, gerência, chefia e outros comandos sistemáticos e permanentes,
compreendendo: o exame da realização física dos objetivos e metas expressos em planos, programas,
projetos e orçamentos; a avaliação e conciliação entre os custos operacionais e os resultados.

Parágrafo único. O controle administrativo geral das ações e resultados dos órgãos e entidades muni-
cipais será de responsabilidade de órgão de controle interno.

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CAPÍTULO IX
Seção I
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO MUNICIPAL E DO VICEPREFEITO

Art. 36. Ao Prefeito Municipal competem as atribuições que lhe são outorgadas na Lei Orgânica do
Município e, ainda, privativamente:

I - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos nela previstos;

II - exercer, com os Secretários Municipais, Subprefeitos e demais auxiliares, a direção da administra-


ção municipal;

III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como, expedir decretos e regulamentos para
sua fiel execução;

IV - vetar Projetos de Leis, total ou parcialmente, na forma prevista, entre outras atribuições.

Parágrafo único. O vice-prefeito substituirá o Prefeito nos casos de impedimentos legais, e o auxiliará
sempre que for convocado para missões especiais.
Seção II
Dos Secretários Municipais

Art. 37. Compete aos Secretários Municipais, como auxiliares diretos do Prefeito, além de outras atri-
buições que lhe sejam definidas em lei ou regulamento:

I – exercer a coordenação, a orientação e a supervisão dos órgãos e das entidades da administração


estadual na área de suas atribuições e referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito Munici-
pal;

II – expedir instruções para a execução de leis e regulamentos;

III – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefei-
to.
Seção III
Dos Dirigentes Superiores das Entidades da Administração Indireta

Art. 38. Compete aos dirigentes superiores das entidades da administração indireta, sob orientação
normativa do Secretário Municipal, ao qual estiver vinculado:

I – planejar, coordenar, supervisionar, comandar e controlar a execução das atividades administrativas


e operacionais da área de atuação da respectiva entidade;

II – autorizar despesas e movimentar as cotas e as transferências financeiras na área de competência


da respectiva entidade;

III – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito
Municipal ou pelo Secretário Municipal.
Seção IV
Dos Demais Dirigentes

Art. 39. Os servidores ocupantes de cargos de Superintendente, Diretores, Gerentes e Chefias, em


todos os níveis, são responsáveis pela melhoria da qualidade dos serviços públicos e têm por atribui-
ções:

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I – coordenar, supervisionar, controlar e avaliar a aplicação dos recursos financeiros e materiais, asse-
gurando a racionalidade das atividades e serviços, evitando a duplicidade de ações, visando à consecu-
ção das metas e objetivos traçados;

II – divulgar os objetivos, as metas e atividades contidas no plano de ação da unidade que dirige, obje-
tivando o comprometimento com os propósitos e metas estabelecidos;

III – estabelecer mecanismos de valorização do servidor, incentivando-o à participação e crítica no


processo;

IV – incentivar a participação do servidor em cursos, encontros e treinamentos, visando à melhoria de


seu desempenho.

Art. 40. As responsabilidades e atribuições específicas das chefias, em todos os níveis, serão estabe-
lecidas no regimento interno dos respectivos órgãos ou entidades.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS
CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 41. O Procurador-Geral do Município, além das prerrogativas que lhe assegura a legislação, terá o
mesmo tratamento formal, protocolar e remuneratório que é dispensado aos Secretários Municipais.

Art. 42. Autoriza o Poder Executivo a transformar, por ato próprio, sem aumento de despesa, a simbo-
logia, nomenclatura e denominação de cargos em comissão e função de confiança, para implantação da
nova estrutura operacional e administrativa das Secretarias que compõem a gestão da Prefeitura Munici-
pal, prevista nesta lei.

Art. 43. Determinar os órgãos da administração direta ou entidade da administração direta que deve-
rão atuar como gestores dos fundos instituídos por lei.

Art. 44. O Prefeito Municipal expedirá ato estabelecendo a estrutura operacional e administrativa de
cada Secretaria e Órgão da administração indireta.

Art. 45. As entidades da administração indireta deverão adequar seus estatutos, regimentos ou regula-
mentos às exigências previstas nesta Lei.

Art. 46. Os cargos de Presidente de Colegiado e Gestor de Fundo Especial das entidades da adminis-
tração indireta são classificados como agentes políticos, para fins de provimento, sendo-lhes assegurado
o tratamento formal e protocolar conferido aos Secretários Municipais.

Art. 47. Os cargos de provimento em comissão da Prefeitura Municipal e de suas autarquias e funda-
ções passam a ser identificados pelos símbolos constantes do anexo II, desta lei.

Parágrafo único. Autoriza o Prefeito Municipal a conceder por ato próprio, a gratificação de represen-
tação, escalonado no percentual de até 50%, aplicado sobre a tabela base do anexo II prevista neste
artigo.

Art. 48. Fica criado o Fundo Social de Solidariedade com a finalidade de desenvolver projetos sociais
de cunho filantrópico, visando angariar recursos para a melhoria da qualidade de vida dos segmentos
mais carentes da população, com a colaboração da sociedade civil, empresários, Governo e do próprio
Município.

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Parágrafo único. O Prefeito Municipal designará um conselho administrativo, com vistas à gestão dos
recursos do Fundo Social de Solidariedade.
CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art.49. A presente estrutura básica será implantada de conformidade com as necessidades e a con-
veniência dos serviços, respeitando a disponibilidade financeira e o limite prudencial previsto na Lei de
Responsabilidade Fiscal.

Art. 50. Fica o Prefeito Municipal autorizado a promover a adequação das disposições da Lei Orça-
mentária Anual para o exercício financeiro de 2013 e as alterações promovidas por esta Lei na Estrutura
Básica do Poder Executivo.

Parágrafo único – Fica o Poder Executivo autorizado a abrir créditos adicionais, no limite dos saldos
das dotações orçamentárias dos órgãos ou entidades extintos, transformados ou fusionados, para im-
plantação da Estrutura Organizacional de que trata esta Lei.

Art. 51. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art.52. Fica revogada a Lei Complementar Nº 020, e as demais que promoveram alterações no seu
texto.

Ponta Porã/MS, 01 de Fevereiro de 20013


Prezado candidato, a lei na íntegra com seus respectivos anexos está disponível para consulta em:

https://camarapontapora.ms.gov.br/public/pdf/23124051d41dd9b59eaf6ff7d9ac9a9a-1581938884.
pdf

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