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Política de saúde no Brasil

Durante o período colonial no Brasil, a política de saúde era praticamente


inexistente no contexto em que viviam os povos nativos. As condições sanitárias eram
precárias, e as doenças endêmicas representavam um grande desafio para a
população. Os cuidados com a saúde era realizado por meio de práticas tradicionais
indígenas, africanas, além da influência da medicina europeia trazida pelos os
colonizadores .
Com a chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil trouxeram consigo doenças
desconhecidas pelos nativos, o que resultou em surtos de doenças como varíola,
sarampo e gripe, que dizimaram grande parte da população. Durante o período que se
estende da Proclamação da República em 1889 até a Revolução de 1930, a política de
saúde no Brasil passou por transformações significativas. Nesse período, houve
iniciativas para organizar e modernizar o sistema de saúde do país.
Com a Proclamação da República, houve a criação do Ministério da Saúde e
Beneficência, demonstrando uma preocupação crescente com as questões sanitárias
da população. Foram implementadas medidas de combate a epidemias, como a febre
amarela e a varíola, e melhorias na infraestrutura de saúde, como canalização de
águas.
Surgiram órgãos de fiscalização sanitária e saúde pública, visando garantir padrões
mínimos de qualidade nos serviços de saúde. No entanto, o acesso aos serviços ainda
era desigual entre as classes sociais e regiões do país.
Durante a Era Vargas, que compreende o período de governo de Getúlio Vargas
entre 1930 e 1945, a política de saúde no Brasil passou por transformações
significativas. Em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde, que
posteriormente se dividiu em Ministério da Educação e Cultura e Ministério da Saúde.
Também foram criados o Ministério políticas de proteção social, como a previdência
social. Campanhas de vacinação em larga escala e medidas de saúde pública foram
implementadas. A consolidação das leis trabalhistas também incluiu normas
relacionadas à saúde do trabalhador. Durante o final da Era Vargas e o período da
ditadura militar, houve diversas intervenções estatais na área da saúde no Brasil.
O governo buscou expandir o acesso, assim, em 1966 foi criado o Instituto Nacional
da Previdência Social – INPS. A partir daí, houve, sim, expansão da assistência médica e
da cobertura previdenciária, no entanto, essa assistência era ofertada apenas aos
trabalhadores com carteira assinada.No entanto a população em geral ficava sem a
devida assistência recorrendo aos curandeiros.Outra estratégia no busca de solucionar
os problemas de Saúde Pública foi a criação da Superintendência de Campanhas da
Saúde Pública – SUCAM, em 1970. Unificação dos serviços de saúde: Durante a
ditadura militar, em 1975, foi promulgada a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 6.229), que
propunha a unificação dos serviços de saúde em todo o país, buscando uma maior
integração e coordenação das ações de saúde.
Ênfase na medicina curativa em detrimento da medicina preventiva Durante esse
período, houve uma forte ênfase na construção de hospitais e na formação de
profissionais para atuar na medicina curativa, em detrimento das ações de promoção
da saúde e prevenção de doenças.
Centralização das decisões e financiamento. Durante a ditadura militar, houve uma
centralização das decisões e do financiamento da saúde, com forte controle por parte
do governo central, o que gerou críticas quanto à falta de participação da sociedade
civil nas políticas de saúde.
Essas intervenções estatais e mudanças tiveram impactos significativos no sistema de
saúde brasileiro, moldando as bases para a posterior criação do Sistema Único de
Saúde (SUS) em 1988.

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