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O histórico dos Conselhos de Saúde no Brasil revela que essas instâncias existem
desde muito antes da Constituição Federal de 1988. O primeiro Conselho foi
instituído em um contexto autoritário durante o governo de Getúlio Vargas nos
anos 1930.
O primeiro Conselho Nacional de Saúde (CNS) foi criado em 1937 com o objetivo
de dar maior legitimidade às instituições estatais. Naquela época, o Ministério
da Saúde ainda não existia como órgão oficial. Isso significa que a participação
da comunidade por meio dos Conselhos era incipiente e, em alguns casos,
inexistente.
O setor de saúde estava sob a alçada do Ministério dos Negócios da Educação e
da Saúde Pública e era gerido pelo Departamento Nacional de Saúde (DNS). As
ações de saúde foram principalmente voltadas para o controle de doenças
endêmicas e questões de higiene pública, com foco em campanhas de saúde em
portos e áreas relacionadas à produção agrícola, especialmente o café, que foi a
principal fonte de exportações do Brasil. O modelo predominante na época era
conhecido como "Sanitarismo Campanhista", caracterizado por uma estrutura
hierárquica e militarizada, com ênfase na luta contra doenças endêmicas.
Com o crescimento das cidades, o processo de industrialização e o aumento da
classe trabalhadora assalariada, juntamente com as condições precárias de
higiene, saúde e habitação da população, o Departamento Nacional de Saúde
teve que ampliar seus serviços para atender a novas demandas.
As conferências de saúde têm uma história longa. Já em 1941, o governo federal distribuía a
realização de Conferências Nacionais Intergovernamentais a cada dois anos, com o objetivo de
coordenar as ações nas áreas de saúde e educação nos estados.
Após a queda do Estado Novo em 1945 e as mudanças introduzidas pela nova Constituição
Federal, durante o período desenvolvimentista, ocorreram duas Conferências Nacionais de
Saúde. Uma delas focou em higiene e segurança no trabalho, enquanto a outra abordou a
descentralização da área de saúde. Esta última é notável por ter proposto a descentralização
da saúde, definindo as atribuições das três esferas de governo nas atividades sanitárias,
incluindo o papel dos municípios e estabelecendo as bases para um plano nacional de saúde
abrangente.
Em 1964, durante o regime autoritário, o Brasil mantinha uma política
assistencialista do governo, combinando ações do modelo sanitário de
campanha com a medicalização da sociedade. Durante esse período, foram
realizadas quatro Conferências Nacionais de Saúde.
Um conselheiro pode perder seu mandato por faltas excessivas às reuniões, por
conduta prejudicial ao seu papel de conselheiro ou por assumir um cargo na
administração pública incompatível com sua função. O regimento interno do
Conselho de Saúde pode estabelecer outros motivos que levem à perda do
mandato.
A função de conselheiro é de relevância pública e, portanto, não é remunerada.
No entanto, para garantir a sua participação, o conselheiro tem o direito de ser
liberado do trabalho durante as reuniões, capacitações ou ações específicas do
Conselho de Saúde, sem sofrer prejuízos em seu emprego.
GABARITO – LETRA C
FURB - Prefeitura de Doutor Pedrinho - Enfermeiro – 2023
No que se refere ao controle social no Sistema Único de Saúde, é correto afirmar que:
a) O Conselho de Saúde atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na
instância correspondente.
b) A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências não é paritária em relação ao
conjunto dos demais segmentos.
c) A Conferência de Saúde se reúne a cada três anos com a representação dos vários segmentos sociais, para
reavaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes.
d) O controle social no Brasil refere-se à exclusão da sociedade na formulação e implementação de políticas
públicas, bem como na gestão, supervisão financeira e monitoramento de planos e programas de saúde.
e) A Conferência de Saúde se reúne a cada cinco anos com a representação dos vários segmentos sociais, para
avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes.
VUNESP - PB SAÚDE - Enfermeiro – 2021
A população participa da gestão do SUS por meio dos Conselhos de Saúde (CS), que
compreendem representantes de usuários, profissionais de saúde, prestadores de serviço e
governo. A composição dos CS que deve atender, entre outros itens, o critério de paridade, ou
seja, em relação ao número total de conselheiros, a proporção de conselheiros que
representam os usuários dos serviços de saúde, compreendendo os representantes de
entidades e movimentos sociais de usuários do SUS, deve ser de
a) 10%.
b) 25%.
c) 35%.
d) 50%.
e) 75%.
GABARITO – LETRA D
“ A persistência é o
caminho do êxito”