A crise do sistema de saúde no Brasil está presente no nosso
dia a dia podendo ser constatada através de fatos amplamente conhecidos e divulgados pela mídia, como:
• Filas freqüentes de pacientes nos serviços de saúde;
• Falta de leitos hospitalares para atender a demanda da população; • Escassez de recursos financeiros, materiais e humanos para manter os serviços de saúde operando com eficácia e eficiência; • Atraso no repasse dos pagamentos do Ministério da Saúde para os serviços conveniados; Introdução
A crise do sistema de saúde no Brasil está presente no nosso
dia a dia podendo ser constatada através de fatos amplamente conhecidos e divulgados pela mídia, como:
• Baixos valores pagos pelo SUS aos diversos procedimentos
médicos-hospitalares; • Aumento de incidência e o ressurgimento de diversas doenças transmissíveis; • Denúncias de abusos cometidos pelos planos privados e pelos seguros de saúde. Introdução
Como analisar e compreender toda esta complexa realidade
do setor de saúde no país?
Para que possamos analisar a realidade hoje existente é
necessário conhecer os determinantes históricos envolvidos neste processo. Assim como nós somos frutos do nosso passado e da nossa história, o setor saúde também sofreu as influências de todo o contexto político-social pelo qual o Brasil passou ao longo do tempo. Síntese da evolução da Medicina Previdenciária no Brasil Síntese da evolução da Medicina Previdenciária no Brasil Síntese da evolução da Medicina Previdenciária no Brasil Síntese da evolução da Medicina Previdenciária no Brasil REFORMA SANITÁRIA ANTES DA REFORMA SANITÁRIA • O sistema público de saúde atendia a quem contribuía para a Previdência Social, quem tinha dinheiro pagava o tratamento e quem não tinha dependia da caridade e da filantropia. DEFINIÇÃO DO TERMO “REFORMA SANITÁRIA”
• Refere-se às mais variadas experiências de
reformulação normativa e institucional no campo da assistência à saúde da população, em países do primeiro e do terceiro mundo, como a Itália, a Espanha e o Brasil.
• A Itália influenciou e inspirou o movimento da
Reforma Sanitária no Brasil. FATORES QUE DESENCADEARAM A REFORMA SANITÁRIA
• Minoria da população brasileira tinha acesso aos
serviços de saúde – Só quem tinha carteira assinada ou podia pagar..
• Centralização da gestão das ações de saúde na esfera
federal sem qualquer participação social;
• Saúde como ausência de doença;
• Assistência puramente médico-hospitalar.
• O movimento pela reforma sanitária era constituído por grupos de médicos, estudantes e intelectuais na década de 70 contra a ditadura militar e com idéias comuns para melhorias da saúde e na qualidade de vida da população.
Movimento pela reforma sanitária na década de 70 Enfermeiras blumenauense século XX
• A ideologia do movimento pela reforma sanitária brasileira preconizava a saúde como uma questão social e política a ser abordada no espaço público.
• O movimento da reforma sanitária cresceu e formou
uma aliança com parlamentares progressistas, gestores da saúde municipal e outros movimentos sociais; OS MARCOS INSTITUCIONAIS QUE DATAM O INÍCIO DA REFORMA SANITÁRIA FORAM:
• CEBES - Centro Brasileiro de Estudos de Saúde - de 1976,
Em 1979 formulou as ideias que originou princípios e diretrizes do SUS;
• ABRASCO - Associação Brasileira de Pós-Graduação em
Saúde Coletiva - de 1979; principal objetivo é a saúde coletiva;
• Essas instituições se empenhavam na universalidade e
equidade da assistência à saúde. • De 1979 em diante foram realizadas reuniões de técnicos e gestores municipais;
• Em 1980, constituiu se o Conselho Nacional de
Secretários de Saúde (CONASS); • Em 1986 A VIII Conferência Nacional de Saúde foi o espaço utilizado para ocorrer as discussões políticas sobre o quadro sanitário precário do Brasil;
• Mais de cinco mil representantes de todos os
seguimentos da sociedade civil discutiram um novo modelo de saúde para o Brasil; • Destas discussões nasceu a Constituição Federal de 1988 que universaliza a saúde e cria o Sistema Único de Saúde.
• Garantindo na Constituição, por meio de emenda
popular, que a saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado (AROUCA, 1998, p.). ANTES DA CRIAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DO SUS
• A saúde era considerada como ausência de doença e o
atendimento era médico-hospitalar
• Não havia ações efetivas de prevenção para toda a
população com exceção de algumas campanhas sanitaristas em caso de epidemias;
• A gestão dos serviços de saúde, era centralizada na esfera
federal sem participação popular. • Minoria da população brasileira tinha acesso aos serviços de saúde, apenas quem tinha carteira assinada ou podia pagar;
• A maioria da população só poderia recorrer á
filantropia (santas casas de misericórdias) ou a curandeiros; APÓS A CRIAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DO SUS
• A saúde passou a ser vista não somente como ausência de
doença mas também como qualidade de vida.
• Contamos com uma gestão de saúde, descentralizada,
municipalizada e com participação popular através dos conselhos e conferências de saúde.
• A assistência passou a visar a integralidade, ou seja, ações
de prevenção, promoção, recuperação e reabilitação de saúde; (1924-2015)
• Médico sanitarista Italiano, inspirador da reforma
sanitária brasileira.
• A participação de Giovanni Berlinquer ganhou destaque
em eventos na área da saúde e no desenvolvimento de estudos nos meios universitário e profissional. CONCLUSÃO
• O sistema público de saúde é para todos,
sem discriminação. Desde a gestação e por toda a vida a atenção integral à saúde é um direito. 1. HISTÓRICO Artigo 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Constituição da República Federativa do Brasil, 05/10/1988 1. HISTÓRICO • 1990: efetivação e regulação do SUS, com promulgação das Leis Orgânicas 8080 e 8142, com a primeira referindo-se a promoção da saúde e a organização dos serviços e a segunda, à participação da comunidade e o repasse de recursos do governo federal para as demais instâncias. 3. Princípios do SUS • Estabelecidos na Lei Orgânica da Saúde em 1990, com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988. Foram divididos em princípios ideológicos ou doutrinários e princípios organizacionais. Um desses princípios, o de PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE, não tem classificação clara. 3 – Princípios do SUS • PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE: ou também controle social, foi melhor regulado pela Lei nº. 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são órgãos colegiados também em todos os níveis. 3.1 – Princípios Ideológicos ou Doutrinários • UNIVERSALIDADE: “A saúde é um direito de todos” – o Estado tem obrigação de prover atenção a saúde.
• INTEGRALIDADE: A atenção à saúde inclui tanto os
meios curativos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os coletivos. 3.1 – Princípios Ideológicos ou Doutrinários • EQUIDADE: Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no entanto, o Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. 3.2 - Princípios Organizacionais • DESCENTRALIZAÇÃO: dividimos a organização da gestão em três esferas: nacional, estadual e municipal, cada uma com comando único e atribuições próprias. Os municípios têm assumido papel cada vez mais importante na prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde; 3.2 – Princípios Organizacionais • HIERARQUIZAÇÃO e REGIONALIZAÇÃO: os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade; o nível primário deve ser oferecido diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas quando necessário. Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência e contra-referência entre os serviços de saúde, melhor a eficiência e eficácia dos mesmos. Cada serviço de saúde tem uma área de abrangência, ou seja, é responsável pela saúde de uma parte da população.
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