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Sistemas e Unidades de Saúde no

Brasil

Especialização em Engenharia Clínica


Profa. Olivia Gomes Machado
olivia.machado@gmail.com
APRESENTAÇÃO

Médica formada pela FMT-FESO (Faculdade de Medicina de Teresópolis). Pós-graduada em


Pneumologia e Tisiologia pela UERJ. Especialista em Gestão das Clínicas nas Redes
Metropolitanas de Atenção à Saúde pelo Instituto de Ensino Sírio-libanês. Membro efetivo da
Câmara Técnica de Qualidade e Segurança do Paciente da Fundação Saúde do Estado do Rio
de Janeiro. Experiência: médica pneumologista concursada da Secretaria de Saúde do Estado
do Rio de Janeiro (SES-RJ). Diretora Geral interina do Hospital Estadual Getúlio Vargas e do
LACEN (Laboratório Central Noel Nutels do Rio de Janeiro). Gerente de Ambiência da Direção
Técnico-Assistencial da Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Superintendente dos
Centros de Referência de Doenças Infecciosas da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da
SES-RJ. Coordenadora de Clínica Médica da Superintendência de Unidades Próprias da
SES-RJ. Diretora de Divisão Técnica do Hospital Estadual Santa Maria. Coordenadora do
Núcleo Interno de Regulação do Hospital Estadual Santa Maria. Gerente de apoio e
diagnóstico do Hospital Estadual Santa Maria.
Sistemas e Unidades de Saúde no Brasil
EMENTA

• Apresentação do sistema de saúde para profissionais de exatas.


• O SUS
• O Ministério da Saúde.
• Os tipos de unidades de saúde.
• O público e o privado. Hospitais próprios e hospitais de planos de
saúde.
• Fontes de receita.
• Modelos de organograma de um hospital. Relacionamento com
profissionais da área da saúde. Sugestões de como se relacionar.
• Noções de administração hospitalar.
• O custo de um leito(enfermaria/UTI) e/ou sala cirúrgica parada.
Sistemas e Unidades de Saúde no Brasil
Breve Histórico

1888 - 1930: Médicos da família (particulares), hospitais filantrópicos e medicina


caseira.
1922 - 1930: Caixas de Aposentadoria e Pensões – CAP (empresa e empregados).
Assistência médica: atribuição desse sistema, com a organização de serviços próprios
de saúde.
1930 - 1945: Institutos de seguridade social. Os Institutos de Aposentadorias e Pensões
(IAP) são organizados por categorias profissionais (ferroviários, bancários, marítimos,
comerciários, etc.) bastante dependentes do governo federal.
Sistemas e Unidades de Saúde no Brasil
Breve Histórico

1945 - 1964: Período pós-guerra. Incrementação das ações de saúde.


• 0s IAP: recursos suficientes para construção hospitais próprios.
• Primeiros serviços médicos particulares contratados pelas empresas. “Tem-se aí a
origem dos futuros convênios das empresas com grupos médicos conhecidos
como “medicina de grupo”.
• Crescente desenvolvimento da indústria de equipamentos médicos e da indústria
farmacêutica.
Sistemas e Unidades de Saúde no Brasil

Breve Histórico

• 1953: Ministério da Saúde (organização das estruturas e políticas públicas de saúde)


• 1960: Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS) - padronização dos serviços de
saúde, independentemente do instituto a que os segurados estivessem filiados, mas
a população não previdenciária não poderia ser atendida nessa rede.
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Breve Histórico

1964 – 1980:
• 1966: fusão dos IAP -> Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
• Estende a cobertura da previdência para além dos já beneficiados pela LOPS
(trabalhadores domésticos e aos trabalhadores rurais), exceto os trabalhadores informais.
• Implementação de uma política de saúde que leva ao desenvolvimento do complexo
médico-industrial, em especial nas áreas de medicamentos e equipamentos médicos.
Sistemas e Unidades de Saúde no Brasil
Breve Histórico
1964 - 1980:
• Demanda social por consultas médicas;
• Construção ou reforma de inúmeras clínicas e hospitais privados, com financiamento da
Previdência Social;
• Organização e complementação da política de convênios entre INPS e hospitais, clínicas e
empresas de prestação de serviços médicos;
• 1977: Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS) - transferiu parte das
funções exercidas pelo (INPS). A assistência médica aos segurados ficou atribuída ao
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia federal;
a gestão financeira, ao Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência
Social (IAPAS), permanecendo no INPS apenas a competência para a concessão de
benefícios.
Sistemas e Unidades de Saúde no Brasil

Breve Histórico
1980 - 1990
• 1981: criado o Conselho Consultivo de Administração de Saúde Previdenciária
(Conasp):
Reorganizar a assistência médica;
Sugerir critérios de alocação de recursos no sistema de saúde;
o Estabelecer mecanismos de controle de custos e reavaliar o financiamento da
assistência médico-hospitalar;
o Elaborou um novo plano de reorientação da Assistência Médica;
o Surgiu o Programa de Ações Integradas de Saúde (AIS), com o objetivo de
integrar os serviços que prestavam a assistência à saúde da população de uma
região;
o Os governos estaduais, através de convênios com os Ministérios da Saúde e
Previdência, recebiam recursos para executar o programa, sendo que as
prefeituras participavam através de adesão formal ao convênio.
Sistemas e Unidades de Saúde no Brasil
Breve Histórico
• 1986: VIII Conferência Nacional de Saúde: sistematizou tecnicamente e disseminou
politicamente um projeto democrático de reforma sanitária, dirigido à universalização
do acesso, equidade no atendimento, integralidade da atenção, unificação institucional
do sistema, descentralização, regionalização e hierarquização da rede de serviços, bem
como participação da comunidade.

• 1987: Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS), por meio do Decreto nº


95.657: “Art. 1º. Fica criado o Programa de Desenvolvimento de Sistemas Unificados e
Descentralizados de Saúde nos Estados (SUDS), com o objetivo de contribuir para a
consolidação e o desenvolvimento qualitativo das ações integradas de saúde”.

• Estados e Municípios como os gestores do futuro sistema de saúde -> consolidar e


desenvolver qualitativa e quantitativamente as AIS (descentralização, gestão colegiada e
participativa e integração de recursos) -> sistema de saúde formalmente “unificado e
descentralizado”.
Sistemas e Unidades de Saúde no Brasil
Breve Histórico
SUDS - extingue a ideia de assistência médica previdenciária;
redefine as funções e atribuições das 3 esferas gestoras no campo
da saúde, reforçando a descentralização e restringindo o nível
federal apenas às funções de coordenação política, planejamento,
supervisão, normatização, regulamentação do relacionamento
com o setor privado.
1988: A Constituição Federal de 1988 instituiu o Sistema Único de e-assistencia-medica-da-
previdencia-social-inamps
Saúde (SUS), regulamentado por meio das Leis nº 8.080/90 e
8.142/90.
1990: O INAMPS foi transferido do Ministério da Previdência e
Assistência Social para o Ministério da Saúde e, em 1993, foi
extinto, suas competências transferidas às instâncias federal,
estadual e municipal gestoras do SUS.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS
Constituição Federal de 1988
Art.196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais
e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art.197.São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público


dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação , fiscalização e controle, devendo sua
execução ser feita diretamente ou através de terceiros e também, por pessoa física ou
jurídica de direito privado.

Normatizado pela Lei de Saúde 8.080,de 19 de setembro de 1990


SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS

Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990


31 anos

• Os serviços de saúde deixam de ser restritos e centralizados e passam a ser


universais e descentralizados.
• Nova noção de saúde: prevenção de agravos e promoção à saúde, que
passa a ser relacionada à qualidade de vida da população.
• Saúde = Alimentação, lazer, moradia, educação, saneamento básico, meio ambiente,
vigilância sanitária e farmacológica, entre outros.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS
Princípios
Universalidade: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e
cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e
aos serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente
de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais.

Equidade: diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas


possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm
necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar
desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
https://br.pinterest.com/pin/88523948915215957/
Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo,
atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a
integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de
doenças, o tratamento e a reabilitação. Ainda, esse princípio pressupõe
a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar
uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham
repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS

Responsabilidades
Gestores corresponsáveis nos três níveis de governo, com recursos para
negociação e pactuação das políticas de saúde:

União – Ministério da Saúde: Formula, normatiza, fiscaliza, monitora e


avalia políticas e ações; http://www10.trf2.j
us.br/comite-
Estados – Secretarias Estaduais de Saúde: Participam da formulação das estadual-de-
saude-rj/o-sus/
políticas e ações de saúde, prestam apoio aos Municípios;
Municípios – Secretarias Municipais de Saúde: Planejam, organizam,
controlam, avaliam e executam as ações e serviços de saúde.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS

Comissão Intergestores Tripartite (CIT): Foro de negociação e pactuação entre


gestores federal (MS), estadual (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde
– CONASS) e municipal (Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde –
CONASEMS).

Comissão Intergestores Bipartite (CIB): Foro de negociação e pactuação entre


gestores estadual (Representantes da SES) e municipais (Conselho Estadual de
Secretários Municipais de Saúde - COSEMS).
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS
Organização
• Regionalização e Hierarquização
A organização ocorre em níveis crescentes de complexidade, de acordo com a área geográfica. Ainda, os
serviços são planejados de acordo com critérios epidemiológicos e populacional.
Pela regionalização, há articulação entre os serviços já existentes, os serviços são unificados dentro das
regiões. Isso impacta na distribuição dos recursos. Por sua vez, a hierarquização está ligada aos níveis de
atenção (primário, secundário, terciário), com o objetivo de garantir acesso de todos aos serviços, de
acordo com a complexidade.

• Descentralização e Comando Único


A descentralização (distribuição de responsabilidades) tem como justificativa a manutenção da qualidade,
a garantia do controle e a facilitação da fiscalização. Ela ocorre entre União, Estados e DF e Municípios.
Ainda assim, há a manutenção da autonomia dos Entes (Comando Único).

• Participação popular
A sociedade integra a organização, com participação ativa no sistema. Assim, são criados Conselhos e
Conferências de Saúde, a fim de formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS
Fonte de Receita

Art. 198, §1º da CF - O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras
fontes. Ex.: CSLL (Contribuição social sobre lucro líquido).

Art. 195, §10 da CF - A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e
ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os
Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.

Lei nº 8.080/90, nos artigos 31 a 38 tratam especificamente sobre financiamento da saúde. Ex.: Traz como
fonte de recursos as rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.

Lei nº 8.142/90 – Trata das transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. Ex.:
Recursos para cobertura das ações de serviços de saúde serão destinados para investimento na rede de
serviços e ações de saúde.
UNIDADES ASSISTENCIAIS DE SAÚDE

Unidades
básicas de saúde
Unidade de atenção
básica de saúde

Clínicas da família
Fixo
(UPA)
Pré-
Unidades hospitalar
Assistencias Urgência e
Emergência Móvel
de Saúde (SAMU)
Hospitalar

Hospitais
Especializados

Deslocamento do indivíduo por unidades de atenções variadas, intra e extra-hospitalar, de diferentes


densidades tecnológicas e padrões assistenciais.
O paciente transita por todas essas unidades/estações de cuidado por meio dos
Sistemas de Regulação vigentes.
UNIDADES ASSISTENCIAIS DE SAÚDE
Densidades Tecnológicas: leve, leve-dura e dura

“Tecnologia dura, leve-dura e leve é como Merhy (1997) classifica as


tecnologias envolvidas no trabalho em saúde. A leve refere-se às
tecnologias de relações do tipo produção de vínculo, autonomização,
acolhimento, gestão como uma forma de governar processos de
trabalho. A leve-dura diz respeito aos saberes bem estruturados, que
operam no processo de trabalho em saúde, como a clínica médica, a
clínica psicanalítica, a epidemiologia, o taylorismo e o fayolismo. A dura txt_320215091.pdf
é referente ao uso de equipamentos tecnológicos do tipo máquinas, (fiocruz.br).
normas e estruturas organizacionais.”

❑ As tecnologias leves são as das relações; as leve-duras são as dos


saberes estruturados, tais como as teorias, e as duras são as dos
recursos materiais.
UNIDADES ASSISTENCIAIS DE SAÚDE
Redes de Atenção à Saúde (RAS)
2014 - MS - Redes de Atenção à Saúde (RAS): conjunto de ações e
serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente,
com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde,
fortalecendo a Atenção Básica, como porta de entrada da RAS:
1. Rede Cegonha.
2. Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE). PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE
3. Rede de Atenção Psicossocial (Raps). SETEMBRO DE 2017
4. Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência Aprova a Política Nacional de
5. Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas. Atenção Básica, estabelecendo a
revisão de diretrizes para a
Atenção Básica organização da Atenção Básica,
no âmbito do Sistema Único de
Núcleos Ampliados de Saúde da Família Saúde (SUS).
bvs/saudelegis/gm/2017/prt243
Estratégia Saúde da Família - ESF 6_22_09_2017.html
Unidades Básicas de Saúde - UBS
Consultórios de rua
UNIDADES ASSISTENCIAIS DE SAÚDE
Redes de Atenção à Saúde (RAS)

https://pt.slideshare.net/SESMG/apr
e sentao-maria-do-carmo-ministrio-
sade

REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA


UNIDADES ASSISTENCIAIS DE SAÚDE
Redes de Atenção à Saúde (RAS)

https://pt.slideshare.net/SESMG/apr
e sentao-maria-do-carmo-ministrio-
sade

REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL


PORTARIA Nº 44, DE 10 DE JANEIRO DE 2001
HOSPITAL- DIA

Definir como Regime de Hospital Dia a assistência intermediária entre a internação e o


atendimento ambulatorial, para realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos,
diagnósticos e terapêuticos, que requeiram a permanência do paciente na Unidade por um
período máximo de 12 horas.

Art. 3º Estabelecer que para a realização de procedimentos em regime de Hospital Dia as


Unidades integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS deverão cumprir os requisitos...

Requisitos gerais e específicos, de acordo com cada modalidade de Hospital-Dia, tais como:
Psiquiatria, AIDS, Geriatria.
UNIDADES ASSISTENCIAIS DE SAÚDE
ACREDITAÇÃO

A acreditação é um método de avaliação e certificação que busca, por meio de


padrões e requisitos previamente definidos, promover a qualidade e a segurança da
assistência no setor de saúde.
A acreditação avalia a qualidade nos serviços ofertados sob o ponto de vista de
quem aplica suas metodologias:

• Joint Commission International (JCI)


• Organização Nacional de Acreditação (ONA)
• Accreditation Canada Internacional (ACI)
• Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA)
• The International Society for Quality in Health Care (ISQUA)
ORAGANOGRAMA HOSPITALAR

https://www.slideshare.
net/gersonsouza2016/
organizao-hospitalar
Organização Físico- Funcional Hospitalar

Apoio Logístico Áreas Assistenciais Apoio Técnico


• Manutenção • Ambulatório • Enfermagem
• Central de materiais • Pronto atendimento • Serviço médico de
esterilizados • Unidades de internação diagnóstico e
• Zeladoria • Centro Cirúrgico tratamento
• Segurança • Centro obstétrico • Serviço de nutrição e
• Higiene • Unidade de Terapia Intensiva dietética
• Lavanderia • Hospital- Dia • Serviço de fisioterapia
• Hotelaria
• Engenharia Clínica Apoio administrativo
• Administração financeira Núcleos e Comissões
• Administração de materiais (NIR, NSP, CRO,NQH
• Almoxarifado Comissões de Ética
• Farmácia CVE,CRP, CINT)
• Administração de recursos
humanos
• Administração de sistemas
Engenharia Clínica nas Unidades de Saúde
“O profissional de Engenharia Clínica é aquele que aplica as técnicas da engenharia no
gerenciamento dos equipamentos de saúde com o objetivo de garantir a rastreabilidade,
usabilidade, qualidade, eficácia, efetividade, segurança e desempenho destes equipamentos, no
intuito de promover a segurança dos pacientes.” http://www.abeclin.org.br/pagina.php?p=quem-
somos

O engenheiro clínico está presente desde a fase inicial de um projeto. A este profissional cabe especificação,
instalação, acompanhamento, utilização e manutenção de equipamentos médico-hospitalares e do Parque
Tecnológico. Ex.: Construção do laboratório para fabricação da vacina para a COVID.

Ainda, atua no planejamento em uma Unidade de Saúde, incluindo o treinamento de outros profissionais da área,
auxiliando na aquisição de novos equipamentos, estabelecendo medidas de segurança e de controle de qualidade
no ambiente hospitalar. Ex.: Educação Permanente; Segurança do Paciente; e Incorporação de Novas Tecnologias).
Cabe também ao engenheiro clínico auxiliar nos processos de informatização, na gestão e manutenção dos
equipamentos hospitalares.

O profissional está ligado aos pacientes, aos médicos, aos enfermeiros, à administração do centro de saúde e até
mesmo às áreas mais específicas como da pesquisa clínica, e a profissionais como, por exemplo, vendedores dos
equipamentos e agentes reguladores (ANVISA).
CUSTO

https://auditasus.com.br/internacoes-
sus/custo/custo-medio-diaria-uti/custo-

medio-diaria-uti-por-especialidade

O custo efetivo de um leito tem que levar em consideração o custo dos profissionais
da saúde, os equipamentos utilizados, a energia, alimentação, serviços de limpeza,
rouparia, além de medicamentos e insumos, entre outros, e o perfil do hospital.
Iniciativa Privada na Saúde

Art. 199 da CF - A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.


§ 1º. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do
sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito
público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins
lucrativos. PORTARIA N 1.034 DE 5 DE
§ 2º. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções MAIO DE 2010.

às instituições privadas com fins lucrativos. Dispõe sobre a participação


complementar das instituições
§ 3º. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais privadas com ou sem fins
estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. lucrativos de assistência à saúde
no âmbito do Sistema Único de
§ 4º. A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção Saúde.
de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e
tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus
derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
Iniciativa Privada na Saúde
Um hospital tem mais ou menos cerca 70% de custos fixos.

A taxa de ocupação de leitos dos hospitais associados, que entre 2017 e 2019 anos ficou acima de 75%, foi de
apenas 67,7% em 2020. Esse resultado vem como consequência dos impactos da Covid-19, com redução das
internações derivadas de cirurgias e procedimentos eletivos nas demais comorbidades. (Leitos Ociosos).
Leitos bloqueados: por falta de RH ( absenteísmo) e/ou equipamentos (quebrados);

A diária hospitalar consiste na ocupação de um leito de internação por qualquer período de tempo, até no
máximo de 24 horas. No valor das diárias está incluído: Utilização das camas com o enxoval; Ocupação do
espaço físico; Utilização dos móveis; Médico assistente; Atendimento de enfermagem (exceto para os
procedimentos incluídos nos serviços especiais)

A taxa de sala cirúrgica visa cobrir o custo com o espaço físico, equipamentos permanentes da sala, móveis,
esterilização, manutenção e esterilização do instrumental cirúrgico básico, não cobre os equipamentos e
instrumentos especiais.

Leitura sugerida: Nota técnica Observatório ANAHP – 5ª Edição


Faça como o velho marinheiro que, durante o
nevoeiro, leva o barco devagar.

Paulinho da Viola
Sistemas e Unidades de Saúde no
Brasil

Especialização em Engenharia Clínica


Profa. Olivia Gomes Machado
olivia.machado@gmail.com

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