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Conselho Federal de Farmácia

Curso
CAPACITAÇÃO EM FARMÁCIA
HOSPITALAR
FARMÁCIA HOSPITALAR –
Módulo I

Políticas de saúde – 4h
Ética, bioética e ética na pesquisa – 2h
Introdução a farmácia hospitalar – 2h
Legislação específica – 8h
PARTE I

POLÍTICAS DE SAÚDE
Distribuição dos tópicos:
PARTE I
POLÍTICA
•Definição
•Poderes administrativos
POLÍTICAS DE SAÚDE
•Histórico
•Financiamento
•Organização e gestão da saúde
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO ÂMBITO DO
SUS
•Políticas e componentes
POLÍTICAS DE SAÚDE

Definição de Política

Deriva de POLIS: cidade, comunidade organizada,


formada pelos cidadãos – Cidade-Estado;

Derivado de polis surge “Política”: cidade e


relações entre os cidadãos;

Pode ser definida como “A arte de definir limites” a fim


de garantir ordem social.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Conceito de Estado
Ponto de vista sociológico – (Jellinek) é corporação
territorial dotada de um poder de mando originário.

Aspecto político – ( Malberg) comunidade de


homens, fixada sobre um território, com poder
superior de ação, de mando e de coerção.

Constitucional – ( Biscaretti di Ruffia) pessoa jurídica


territorial soberana .
POLÍTICAS DE SAÚDE
Poderes Administrativos

Poder legislativo: Elabora e dita as leis (função


normativa/ legislativa).
 Federal: Congresso Nacional: Senado e Câmara
dos Deputados; Tribunais de Conta.
 Estadual: Assembleia Legislativa.
 Municipal: Câmara Municipal.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Poder executivo: Conversão da lei em ato


individual e concreto. Administra os negócios
públicos e executa a lei – atividade administrativa
e executiva.
 Federal: Presidente da República e Ministros de
Estado.
 Estadual: Governador de Estado e Secretários.
 Municipal: Prefeito Municipal e Secretários.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Poder judiciário: Aplicação coativa da lei aos


litigantes. Aplica a lei a casos particulares,
quando provocado – atividade judicial.
• Federal: STF - Supremo Tribunal Federal; STJ –
Superior Tribunal de Justiça; TRF's - Tribunais
Regionais Federais; Tribunais relativos a Justiça
do Trabalho, Justiça Eleitoral e Justiça Militar;
• Estadual: TJ's - Tribunais de Justiça (dos
Estados); TA's - Tribunais de Alçada (dos Estados,
que são facultativos).
POLÍTICAS DE SAÚDE

Estado Federal
Federação compreende a União, os Estados
membros, o Distrito Federal e os Municípios,
que também são entidades estatais, com
autonomia política reconhecida pela
Constituição Federal. A autonomia política
municipal, embora em menor grau que os
Estados, é uma peculiaridade da Federação
Brasileira.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Função precípua do estado:

 Garantia do bem estar da


sociedade do seu território
através de políticas públicas.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Políticas Públicas

Expressão da postura do poder público em


face dos problemas da sociedade;
Organização da ação do Estado para
atendimento de uma demanda específica
da sociedade;
POLÍTICAS DE SAÚDE

Políticas Públicas
“Programas de ação do governo, que devem
visar a realização de objetivos definidos,
expressando a seleção de prioridades, a
reserva de meios necessários à sua
consecução e o intervalo de tempo em que se
espera o atingimento dos resultados“.
Devem ser a expressão pura e genuína do
interesse geral da sociedade.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Políticas de Saúde: Saúde no Brasil


1950-1980
 Pressão para financiamento das redes
privadas de saúde
 Atendimento precário à infância
 Ministério da Saúde (criado 1953) 
saneamento do corredor de exportação
POLÍTICAS DE SAÚDE

Políticas de Saúde: Saúde no Brasil - 1950-1980


Assistência médica privada nos centros urbanos
Meio rural – 1942 - SESP (Serviços Especiais de
Saúde Pública) – gerenciadas pelo MS
Assistência hospitalar (Santas Casas): outros e
indigentes
Década de 50: industrialização - economia
centrada nos centros urbano.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Políticas de Saúde: Saúde no Brasil – 1950-1980

Criação do INPS (1966) – unificação das IAPs e


controle estatal
 Uniformização do benefícios e aumento da
demanda por serviços médicos
 Financiamento da medicina privada mediante
convênios para atender a nova demanda –
CURATIVA
POLÍTICAS DE SAÚDE
Políticas de Saúde: Saúde no Brasil – anos 80
Reforma Sanitária como instrumento de mudança

 Abertura política – profissionais/intelectuais


experiência outros modelos de saúde e visão
ampla de SAÚDE
 Fortalecimento atenção médica supletiva:
Planos saúde
 Conferência OMS - Alma-Ata (1979) – Atenção
primária
POLÍTICAS DE SAÚDE
Políticas de Saúde: Saúde no Brasil – anos 80
Reforma Sanitária como instrumento de
mudança

 Sinais de esgotamento do modelo de saúde


vigente
 1986 -VIII Conferência Nacional de Saúde
 SUDS – Sistema Único Descentralizado de
Saúde - transição do processo de
descentralização
POLÍTICAS DE SAÚDE
Políticas de Saúde
1988 – Promulgada a Constituição Federal
do Brasil – Constituição Cidadã

Artigo 196
“A saúde é direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais
e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e
recuperação.”
POLÍTICAS DE SAÚDE

Políticas de Saúde

 1988 – Promulgada a Constituição Federal


do Brasil – Constituição Cidadã

 Conceito de saúde ampliado  ênfase


nas práticas de saúde com ênfase na
promoção e prevenção
POLÍTICAS DE SAÚDE

Lei Orgânica da Saúde – Lei


nº 8.080 de 19 de setembro de
1990
Cria o Sistema Único de
Saúde – SUS
Dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e
recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento
dos serviços correspondentes e
dá outras providências.
Regulamenta as ações de saúde
em todo o território nacional.
Lei nº 8.080/90
POLÍTICAS DE SAÚDE
Sistema integrado pelos serviços públicos e
complementados pelo setor privado em rede
regionalizado e hierarquizado com participação social
(controle social).
Objetivos:
Identificação e divulgação dos fatores
condicionantes e determinantes da saúde;
Formulação de política de saúde;
A assistência às pessoas por intermédio de ações de
promoção, proteção e recuperação da saúde, com a
realização integrada das ações assistenciais e das
atividades preventivas.
POLÍTICAS DE SAÚDE
Lei nº 8.080/90: Princípios e Diretrizes
Organizativas do SUS
UNIVERSALIDADE de acesso aos serviços de
saúde em todos os níveis de assistência;
INTEGRALIDADE de assistência – é o conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos,
exigidos para cada caso em todos os níveis de
complexidade; Preservação da autonomia das
pessoas na defesa de sua integridade física e moral
POLÍTICAS DE SAÚDE
Lei nº 8.080/90: Princípios e Diretrizes
Organizativas do SUS
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE (controle
social);
DESCENTRALIZAÇÃO político-administrativa, com
direção única em cada esfera de governo, com
ênfase na descentralização para os municípios e
regionalização e hierarquização da rede de
serviços de saúde.
POLÍTICAS DE SAÚDE
CONTROLE SOCIAL – Lei nº 8.142 de 28 de
dezembro de 1990

Dispõe sobre a participação da comunidade na


gestão do SUS e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na
área de saúde, e dá outras Providências.
Instâncias colegiadas no SUS:
- Conferências de saúde;
- Conselhos de Saúde
POLÍTICAS DE SAÚDE
CONTROLE SOCIAL – Lei nº 8.142 de 28 de
dezembro de 1990
CONFERÊNCIAS DE SAÚDE
- Deve se reunir a cada 4 anos;
- representação de cada segmento social (50%
usuário, 25% trabalhador da saúde e 25% gestor
e prestador de serviço;
- avaliar a situação de saúde;
- propor diretrizes para formulação de políticas
de saúde;
- convocada pelo Conselho Nacional de
Saúde(CNS).
POLÍTICAS DE SAÚDE

Instâncias Colegiadas Gestoras

•COMISSÕES INTERGESTORAS: instâncias


privilegiadas de negociação, pactuação, articulação
e integração entre gestores.
• COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITE(CIT):
esfera federal - representantes do MS, SES
(CONASS) e SMS (COSEMS).
• COMISSÃO INTERGESTORES BIPARTITE (CIB):
esfera estadual – representantes de SES e SMS.
POLÍTICAS DE SAÚDE

FINANCIAMENTO DO SUS
Os recursos do Fundo Nacional de Saúde – FNS
serão alocados como:
 Despesas de custeio e de capital do Ministério
da Saúde, seus órgãos e entidades, da
administração direta e indireta;
 Investimentos previstos em lei orçamentária,
de iniciativa
POLÍTICAS DE SAÚDE

FINANCIAMENTO DO SUS
Continuação...
 Do Poder Legislativo e aprovadas pelo
Congresso Nacional;
 Investimentos previstos no Plano Quinquenal
do Ministério da Saúde;
 Cobertura das ações e serviços de saúde a
serem
 Implementados pelos Municípios, Estados e
Distrito Federal.
POLÍTICAS DE SAÚDE
FINANCIAMENTO E EXECUÇÃO
Responsabilidades
Atenção primária - Ações básicas de saúde. Co
financiamento entre as esferas de governo.
Responsabilidade de execução da esfera
municipal.
Média complexidade - Exames e consultas
especializados. Co financiamento entre as
esferas de governo. Responsabilidade de
execução da esfera estadual.
POLÍTICAS DE SAÚDE
FINANCIAMENTO E EXECUÇÃO
Responsabilidades

Alta complexidade - Serviços ambulatoriais ou


hospitalares de alta complexidade cujo
repasse de recurso é feito pelo governo
federal. Alguns serviços possuem o
financiamento e execução compartilhado
entre as esferas ferderal e estadual.
POLÍTICAS DE SAÚDE
FINANCIAMENTO DO SUS
Portaria GM nº 698 de 30/03/06
Define que o custeio das ações de saúde é de
responsabilidade das três esferas de gestão
do SUS, observado o disposto na Constituição
Federal e na Lei Orgânica do SUS.
Art. 2º  Os recursos federais destinados ao
custeio de ações e serviços de saúde passam
a ser organizados e transferidos na forma de
blocos de financiamento.
Parágrafo único. Os blocos de financiamento são
constituídos por componentes, conforme as
especificidades de suas ações e os serviços de
saúde pactuados.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Portaria GM nº 698\06
Art. 3º  Ficam criados os seguintes blocos de
financiamento:
I - Atenção Básica;
II - Atenção de Média e Alta Complexidade
Ambulatorial e Hospitalar;
III - Vigilância em Saúde;
IV - Assistência Farmacêutica; e
V - Gestão do SUS.
POLÍTICAS DE SAÚDE
lei Complementar 141 de 13 de Janeiro de
2012 – Regulamenta a EC 29\00
1. Regulamenta o § 3º do art. 198 da Constituição
Federal para dispor sobre os valores mínimos a
serem aplicados anualmente pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios em ações e serviços
públicos de saúde:
Estados e o Distrito Federal: 12% (doze por cento)
da arrecadação dos impostos de base estadual;
Municípios e o Distrito Federal: 15% (quinze por
cento) da arrecadação dos impostos de base
municipal.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Lei Complementar 141

2. Estabelece os critérios de rateio dos recursos


de transferências para a saúde e as normas de
fiscalização, avaliação e controle das despesas com
saúde nas 3 (três) esferas de governo;
Art. 2º: Para fins de apuração da aplicação dos
recursos mínimos considerar-se-ão como despesas
com ações e serviços públicos de saúde, aquelas
voltadas para a promoção, proteção e recuperação
da saúde que atendam, simultaneamente, aos
princípios estatuídos no art. 7o da Lei no 8.080, de
19 de setembro de 1990, e às seguintes diretrizes:
POLÍTICAS DE SAÚDE

Lei Complementar 141

I - sejam destinadas às ações e serviços públicos de


saúde de acesso universal, igualitário e gratuito;
II - estejam em conformidade com objetivos e
metas explicitados nos Planos de Saúde de cada
ente da Federação; e
III - sejam de responsabilidade específica do setor
da saúde, não se aplicando a despesas
relacionadas a outras políticas públicas que atuam
sobre determinantes sociais e econômicos, ainda
que incidentes sobre as condições de saúde da
população.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Organização e gestão da saúde


Lei nº 12.401 de 28 de abril de 2011 - Altera a Lei
n 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor
o
sobre a assistência terapêutica e a incorporação
de tecnologia em saúde no âmbito do Sistema
Único de Saúde - SUS.

Art. 19-M.  A assistência terapêutica integral a


que se refere a alínea d do inciso I do art. 6o
consiste em: 
POLÍTICAS DE SAÚDE Lei nº 12.401

I - dispensação de medicamentos e produtos de


interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em
conformidade com as diretrizes terapêuticas
definidas em protocolo clínico para a doença ou
o agravo à saúde a ser tratado ou, na falta do
protocolo;
II - oferta de procedimentos terapêuticos, em
regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar,
constantes de tabelas elaboradas pelo gestor
federal do Sistema Único de Saúde - SUS,
realizados no território nacional por serviço
próprio, conveniado ou contratado.” 
POLÍTICAS DE SAÚDE Lei nº 12.401

Art. 19-O.  Os protocolos clínicos e as diretrizes


terapêuticas deverão estabelecer os medicamentos
ou produtos necessários nas diferentes fases
evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que
tratam, bem como aqueles indicados em casos de
perda de eficácia e de surgimento de intolerância ou
reação adversa relevante, provocadas pelo
medicamento, produto ou procedimento de primeira
escolha. 
Parágrafo único.  Em qualquer caso, os medicamentos
ou produtos de que trata o caput deste artigo serão
aqueles avaliados quanto à sua eficácia, segurança,
efetividade e custo-efetividade para as diferentes
fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de
que trata o protocolo.
POLÍTICAS DE SAÚDE
Organização e gestão da saúde
Decreto nº 7.508 de 23 de junho de 2011
Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro
de 1990, para dispor sobre:

 a organização do Sistema Único de Saúde


(SUS);
 o planejamento da saúde;
 a assistência à saúde e
 a articulação interfederativa e dá outras
providências.
POLÍTICAS DE SAÚDE Decreto nº 7.508

Capítulo II – da Organização do SUS


Seção I – das Regiões de Saúde
Seção II – da hierarquização
Capítulo III - do Planejamento da Saúde
Capítulo IV – da Assistência à Saúde
Seção I – da RENASES
Seção II – da RENAME
Capítulo V – da Articulação Interfederativa
Seção I – das Comissões Intergestores
Seção II – do Contrato Organizativo da Ação Pública
da Saúde
POLÍTICAS DE SAÚDE Decreto nº 7.508

Instrumento de Gestão – COAP


Contrato Organizativo da Ação Pública
Instrumento da gestão compartilhada, tem a
função de definir entre os entes federativos as
suas responsabilidades no SUS, permitindo, a
partir de uma região de saúde, uma organização
dotada de unicidade conceitual, com diretrizes,
metas e indicadores, todos claramente
explicitados e que devem ser cumpridos dentro
de prazos estabelecidos.
POLÍTICAS DE SAÚDE

COAP – Diretrizes Nacionais


Diretriz 1: - Garantia do acesso da população a
serviços de qualidade, com equidade e em tempo
adequado ao atendimento das necessidades de
saúde, aprimorando a política de atenção básica
e a atenção especializada.
Diretriz 2: Aprimoramento da rede de urgências,
com expansão e adequação de UPAs, SAMU, PS e
centrais de regulação, articulando-a com outras
redes de atenção.
POLÍTICAS DE SAÚDE
COAP – Diretrizes Nacionais
Diretriz 3: Promoção da atenção integral à saúde
da mulher e da criança e implementação da Rede
Cegonha, com ênfase nas áreas e população de
maior vulnerabilidade.
Diretriz 4 - Fortalecimento da rede de saúde
mental, com ênfase no enfrentamento da
dependência de Crack e outras drogas.
Diretriz 5 - Garantia da atenção integral à saúde
da pessoa idosa e dos portadores de doenças
crônicas, com estimulo ao envelhecimento ativo e
fortalecendo as ações de promoção e prevenção.
POLÍTICAS DE SAÚDE

COAP – Diretrizes Nacionais


Diretriz 6 - Implementação do Subsistema de
Atenção à Saúde Indígena, articulado com o SUS,
baseado no cuidado integral, com observância as
práticas de saúde e as medicinas tradicionais,
com controle social, garantindo o respeito às
especificidades culturais.
Diretriz 7 - Redução dos riscos e agravos à saúde
da população, por meio das ações de promoção e
vigilância em saúde.
Diretriz 8 - Garantia da assistência farmacêutica
no âmbito do SUS.
POLÍTICAS DE SAÚDE

COAP – Diretrizes Nacionais

Diretriz 9 - Fortalecimento do complexo industrial


e de ciência, tecnologia e inovação em saúde como
vetor estruturante da agenda nacional de
desenvolvimento econômico, social e sustentável
com redução da vulnerabilidade do acesso à saúde
e da assistência farmacêutica no âmbito do SUS.
Diretriz 10 - Contribuição à adequada formação,
alocação, qualificação, valorização e
democratização das relações do trabalho dos
profissionais e trabalhadores de saúde.
POLÍTICAS DE SAÚDE
COAP – Diretrizes Nacionais
Diretriz 11 - Implementação do novo modelo de
gestão e instrumentos de relação federativa, com
centralidade na garantia do acesso, gestão
participativa com foco em resultados, participação
social e financiamento estável.
Diretriz 12 - Qualificação de instrumentos de execução
direta, com geração de ganhos de produtividade e
eficiência para o SUS.
Diretriz 13 - Implementar ações de saneamento básico
e saúde ambiental, de forma sustentável, para a
promoção da saúde e redução das desigualdades
sociais, com ênfase no programa de aceleração do
crescimento.
POLÍTICAS DE SAÚDE

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO ÂMBITO DO SUS

POLÍTICA DE SAÚDE

POLÍTICA DE MEDICAMENTOS

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

USUÁRIO
POLÍTICAS DE SAÚDE

Política Nacional de Medicamento e de


Assistência Farmacêutica
Portaria GM nº 3.916\98 e Resolução CNS nº
338\04

*Parte essencial das políticas de saúde;


*Propósito de garantir a necessária segurança,
eficácia e qualidade dos medicamentos, a
promoção do uso racional e o acesso da
população aos considerados essenciais;
*Tem como base e princípios as diretrizes do
SUS;
POLÍTICAS DE SAÚDE
Política Nacional de Medicamento e de Assistência Farmacêutica
Portaria GM nº 3.916\98 e Resolução CNS nº 338\04

*Define prioridades relativas a regulamentação –


inspeção, controle e garantia da qualidade,
seleção, aquisição e distribuição,
desenvolvimento de recursos humanos e
desenvolvimento científico-tecnológico;
*Reorganização das atividades de prescrição e
dispensação  inserção da atenção
farmacêutica;
*Manutenção e qualificação dos serviços de
assistência farmacêutica na rede pública de
saúde.
POLÍTICAS DE SAÚDE
Diretrizes da Política Nacional de
Medicamento
Adoção da Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais - RENAME
Regulação sanitária de medicamentos
Reorientação da assistência farmacêutica
Promoção do uso racional de medicamentos
Garantia da segurança, eficácia e qualidade dos
medicamentos – PRODUÇÃO
Desenvolvimento e capacitação de recursos
humanos.
POLÍTICAS DE SAÚDE
Política Nacional de Medicamento
Responsabilidades de cada esfera de governo
FEDERAL: cabe ao Ministério da Saúde, a
implementação e a avaliação da Política Nacional
de Medicamentos, ressaltando-se como
responsabilidades (cooperação técnica e financeira,
estabelecer normas, promover uso racional de
medicamentos....)
ESTADUAL: cabe à direção estadual do SUS, em
caráter suplementar, formular, executar,
acompanhar e avaliar a política de insumos e
equipamentos para a saúde.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Política Nacional de Medicamento


Responsabilidades de cada esfera de
governo

MUNICIPAL: caberá à secretaria municipal


de saúde: coordenar e executar a
assistência farmacêutica no seu respectivo
âmbito, promover o uso racional de
medicamentos, assegurar a dispensação
adequada de medicamentos.
POLÍTICAS DE SAÚDE
Blocos de Financiamento da Assistência
Farmacêutica
Portaria nº 698/GM de 30 de março de 2006
Art. 16 - bloco de assistência farmacêutica -
quatro componentes:

Básico de Assistência Farmacêutica (fixo e


variável);
Estratégico da Assistência Farmacêutica;
Medicamentos de Dispensação Excepcional;
Organização da Assistência Farmacêutica.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Componente Básico da Assistência


Farmacêutica
Portaria GM nº 2.583 de 10\10\2007-
Define elenco de medicamentos e insumos
disponibilizados pelo Sistema Único de
Saúde, nos termos da Lei nº 11.347, de
2006, aos usuários portadores de diabetes
mellitus.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Componente Básico da Assistência


Farmacêutica
Portaria GM\MS nº 4.217\2010 - Aprova as
normas de financiamento e execução do
Componente Básico da Assistência Farmacêutica.

Ministério da Saúde: R$ 5,10/habitante/ano


Estados: mínimo R$1,86/habitantes/ano
Municípios: mínimo R$1,86/habitantes/ano
POLÍTICAS DE SAÚDE
Componente Básico da Assistência
Farmacêutica
Programa de Diabetes e Saúde da Mulher
MINISTÉRIO DA SAÚDE: aquisição e distribuição
das Insulinas Humanas NPH e Regular (frascos de 10
ml) e dos Contraceptivos orais e injetáveis, além do
DIU e Diafragma.
ESTADO: distribuição desses medicamentos e
insumos aos municípios.  
ESTADOS E MUNICIPIOS: financiamento e aquisição
de tiras reagentes para dosagem da glicemia
capilar, lancetas e seringas com agulha acoplada.
POLÍTICAS DE SAÚDE

Componente Básico da Assistência


Farmacêutica
Elenco de Medicamentos
Aqueles destinados aos agravos prevalentes e
prioritários da atenção básica, presentes na
RENAME vigente.
Fitoterápicos definidos em Portaria.
Medicamentos homeopáticos constantes na
Farmacopeia Homeopática Brasileira 2ª edição.
POLÍTICAS DE SAÚDE
Componente Estratégico da Assistência
Farmacêutica
Utilizados para tratamento das doenças de perfil
endêmico, cujo controle e tratamento tenha protocolo
e normas estabelecidas pelo MS e que tenham
impacto socioeconômico.
Aquisição centralizada pelo Ministério da Saúde e
distribuição aos Estados que armazenam e distribuem
aos municípios. O município é responsável pela
dispensação dos medicamentos.
Tuberculose, Hanseníase, Endemias Focais, DST/Aids,
Alimentação e Nutrição, lúpus, Sangue e
Hemoderivados, Doença do Enxerto contra
Hospedeiro, Mieloma Múltiplo e Controle do
Tabagismo.
POLÍTICAS DE SAÚDE
Componente Estratégico da Assistência
Farmacêutica

Endemias focais: São enfermidades que mantém


suas incidências constantes e coletivas durante
um largo período do ano em determinadas
regiões do país. O Programa tem como objetivo
auxiliar estados e municípios em ações de
prevenção e controle das seguintes endemias:
Malária, Cólera, Leishmanioses, Doença de
Chagas, Tracoma, Dengue, Peste, Filariose e
Esquistossomose.
POLÍTICAS DE SAÚDE
Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica
Portaria nº 2.981/09 – Aprova o componente
especializado da assistência farmacêutica.
É uma estratégia de acesso a medicamentos no
âmbito do Sistema Único de Saúde,
caracterizado pela busca da garantia da
integralidade do tratamento medicamentoso,
em nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado
estão definidas em Protocolos Clínicos e
Diretrizes Terapêuticas publicados pelo
Ministério da Saúde.
POLÍTICAS DE SAÚDE
Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica

Permite tratamento medicamentoso complementar


e integrado com aquelas estratégias terapêuticas
da atenção básica. A responsabilidade de gestão é
do estado.
Os medicamentos desse componente são
dispensados mediante PCDT e CIDs autorizados em
farmácias de gestão estadual. A lista dos
medicamentos do componente especializado é
dividida em 3 grupos conforme responsabilidades
de cada gestor.
POLÍTICAS DE SAÚDE
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica
Art. 9º Os medicamentos que fazem parte das linhas
de cuidado para as doenças contempladas neste
Componente estão divididos em três grupos com
características, responsabilidades e formas de
organização distintas.
Grupo 1 - Medicamentos sob responsabilidade da
União
Grupo 2 - Medicamentos sob responsabilidade dos
Estados e Distrito Federal
POLÍTICAS DE SAÚDE
Componente Especializado da Assistência Farmacêutica
Grupo 3 - Medicamentos sob responsabilidade dos
Municípios e Distrito Federal
Art. 10. Os grupos foram constituídos considerando os
seguintes critérios gerais:
I - complexidade da doença a ser tratada
ambulatorialmente;
II - garantia da integralidade do tratamento da doença no
âmbito da linha de cuidado;
III - manutenção do equilíbrio financeiro entre as esferas de
gestão.
POLÍTICAS DE SAÚDE
Assistência Farmacêutica no SUS
Ministério da Saúde Secretaria Estadual
Aquisição de Saúde Secretaria Municipal
Componente de Saúde
Estratégico: Distribuição e controle Dispensação
• Tuberculose Componente Estratégico Componente Estratégico
• Hanseníase
• Tuberculose
• DST/AIDS Aquisição e • Hanseníase
Dispensação • DST/AIDS
Aquisição e Repasse
Componente Especializado
de recursos
Componente Especializado Aquisição e
Repasse de recursos Dispensação
ou Aquisição Componente Básico
Repasse de recursos
Componente Básico
Componente Básico
Fonte: Adaptado de SESSA, E. D.
PARTE II

Ética, bioética e ética na Pesquisa


PARTE II Distribuição dos tópicos:

Ética
•Conceitos e definições
•Princípios
Bioética
•Princípios
Ética na pesquisa
•Princípios e aspecto legal
ÉTICA, BIOÉTICA E ÉTICA NA PESQUISA

ÉTICA
Século XXI – significado renovado;
Discernir o real e permanente do transitório ou
apenas expressão de um progresso ilusório ou
superestimado;
Sensação de extraordinários avanços
cientificos e tecnológicos;
Progresso X ameaça a milhões de seres
humanos;
Limites para novas experiências científicas;
Globalização - mundo sem fronteiras;
ÉTICA, BIOÉTICA E ÉTICA NA PESQUISA

ÉTICA
Supremacia das leis do mercado nas relações
sociais e redução dos direitos dos
trabalhadores;
Aumento das diferenças sociais;
Imposição das prioridades das minorias
econômicas e politicamente fortes;
Ausência de políticas sociais;
Deterioração da qualidade dos serviços
públicos.

Fonte: Dallari, D. A . Ética sanitária. In: Direito sanitário e


saúde pública. MS, 2003.
ÉTICA, BIOÉTICA E ÉTICA
Nasce a necessidade de
NA PESQUISA considerar a ética.
POR QUÊ?
Consciência;
Milhões de seres humanos prejudicados;
Grave comprometimento da harmonia nas
relações sociais pela perda da noção de
dignidade humana;
Prática da violência;
Impossibilidade de viver em paz;
ÉTICA, BIOÉTICA E ÉTICA
Nasce a necessidade de
NA PESQUISA considerar a ética.
POR QUÊ?
Tema constante nas discussões sobre os
critérios para uso público ou privado dos
recursos materiais e intelectuais;
Presença do estado e o estabelecimento de
políticas públicas;
Sobre os poderes, os deveres e as
responsabilidades dos que mantém algum
poder de decisão sobre assuntos e problemas
de interesse comum;
ÉTICA, BIOÉTICA E ÉTICA
NA PESQUISA Nasce a necessidade de
considerar a ética.
POR QUÊ?

Questões que tem influência imediata na


consideração da problemática da saúde
individual ou coletiva;
Necessidade de fixar limites para os
experimentos científicos e técnicas de
intervenção no corpo humano.
ÉTICA, BIOÉTICA E
ÉTICA NA PESQUISA
ÉTICA E MORAL

Ética – grego – éthos - significa caráter e ethos –


significa hábito, costume. Possuem o mesmo
sentido, não havendo tradução diferenciada.
Ser humano – noção do bem e do mal, do justo e do
injusto – natureza associativa (animal político) –
individual e social
Moral - Adolfo Sanchez Vasquez – “é um conjunto
de normas e regras destinadas a regular as relações
dos indivíduos numa comunidade social”
ÉTICA, BIOÉTICA E
ÉTICA NA PESQUISA

EXPRESSÕES A FAVOR DA ÉTICA

Revolução Francesa (1789);


Declaração Universal dos Direitos Humanos
(ONU,1948);
Código de Nuremberg (1947);
Declaração sobre a Utilização do Progresso
Científico e Tecnológico no Interesse da Paz e
em Benefício da Humanidade (ONU,1975);
Constituição Federal do Brasil (1988);
ÉTICA, BIOÉTICA E
ÉTICA NA BIOÉTICA
PESQUISA

“É a reflexão sobre a adequação ou


inadequação de ações envolvidas com a vida”.
“Amálgama de práticas, métodos e conteúdos
relacionados ao impacto da tecnologia na vida
e na saúde humanas”.

Van Rensselaer Potter – produzir uma disciplina


que combinasse o conhecimento biológico (bio)
com o conhecimento dos sistemas dos valores
humanos (ética).
ÉTICA, BIOÉTICA
E ÉTICA NA
PESQUISA Princípios fundamentais da bioética
Devem ser baseados na neutralidade, na
reflexão, na flexibilidade, no consenso.

•Autonomia - independência em relação a


controles externos e capacidade para atuar
segundo uma escolha própria. Não contradiz o
respeito à autoridade e nem a obediência à
norma social.
O que se julga ao considerar a autonomia é o
grau de intencionalidade dos atos, a
compreensão que o agente tem deles e a
ausência de coerções ou limitações.
ÉTICA, BIOÉTICA
E ÉTICA NA
PESQUISA Princípios fundamentais da bioética

Incorpora, pelo menos, duas convicções éticas:


A primeira que os indivíduos devem ser tratados
como agentes autônomos, e a segunda, que as
pessoas com autonomia diminuída devem ser
protegidas.
Desta forma, divide-se em duas exigências morais
separadas: “a exigência do reconhecimento da
autonomia e a exigência de proteger aqueles com
autonomia reduzida”.
ÉTICA, BIOÉTICA
E ÉTICA NA
PESQUISA Princípios fundamentais da bioética
•Idade, paternalismo, limites
•Consentimento informado ou esclarecido ou
autorização - é a escolha voluntária feita pelo
indivíduo, livre de coerção do médico, do pesquisador,
de outros profissionais de saúde, de seus familiares,
amigos ou da própria sociedade.
Alguns autores enfatizam que consentimento é uma
autorização ativa e não uma simples concordância
passiva.
Deve expressar, idealmente, a reflexão e deliberação
baseada nos valores próprios de cada indivíduo, seja
ele um paciente ou um voluntário.
ÉTICA, BIOÉTICA
E ÉTICA NA
PESQUISA Princípios fundamentais da bioética

Autorização para participar de uma pesquisa ou para a


realização de um procedimento:
 Capacidade para consentir
 Voluntariedade
 Informações e compreensão
 Procedimentos
 Riscos e Desconfortos
 Benefícios
 Direitos
ÉTICA, BIOÉTICA
E ÉTICA NA
PESQUISA Princípios fundamentais da bioética

•Não-maleficência – obrigação de não causar danos


intencionais. Prevenir o mal. Princípio mais básico e
fundamental da ética médica. Aspecto da
beneficência. Expressão ampla e imprecisa.
Preceitos não-absolutos, devendo levar em conta o
contexto ou caso concreto.
•Beneficência – forma positiva – proporcionar
benefícios. Acrescentar utilidade. Gerado balanço
entre o positivo e o negativo. Agir em favor do bem-
estar, em benefício de outra pessoa.
ÉTICA, BIOÉTICA
E ÉTICA NA
PESQUISA Princípios fundamentais da bioética

Segundo Frankena (1963), "o Princípio da


Beneficência não nos diz como distribuir o bem e o
mal. Só nos manda promover o primeiro e evitar o
segundo. Quando se manifestam exigências
conflitantes, o mais que ele pode fazer é aconselhar-
nos a conseguir a maior porção possível de bem em
relação ao mal..."
ÉTICA, BIOÉTICA
E ÉTICA NA
PESQUISA Princípios fundamentais da bioética

•Justiça – Remete à equidade. O que está em jogo é


que cada pessoa deve receber o que lhe é
proporcional, o que merece, aquilo a que tem
direito. Ampliando a reflexão a toda sociedade,
encontra o conceito de justiça distributiva:
distribuição ponderada, equilibrada e apropriada
dos bens e deveres sociais baseada em normas que
detalham o sentido e o fim da cooperação social.
Essas normas devem ser legítimas.
ÉTICA, BIOÉTICA
E ÉTICA NA
PESQUISA Princípios fundamentais da bioética
Outros princípios....
•Informação – base da fundamentação das decisões
autônomas dos pacientes. Direito legal e moral dos
pacientes.
•Padrões de informação
•A verdade deve ser informada?
•Prontuário do Paciente – conjunto de documentos
padronizados e ordenados, provenientes de várias
fontes, destinado ao registro dos cuidados
profissionais prestados ao paciente. Possui
propósito pessoal e interpessoal.
ÉTICA, BIOÉTICA
E ÉTICA NA
PESQUISA Princípios fundamentais da bioética
•Privacidade e segredo profissional – privacidade é
princípio derivado da autonomia. A
confidencialidade garante a privacidade.
Os profissionais de saúde possuem o dever ético e
legal de manter o sigilo das informações.
Art. 11 da Resolução nº 417\04 - Código de Ética da
profissão farmacêutica:
VI – guardar sigilo de fatos que tenha conhecimento
no exercício da profissão, excetuando-se os de dever
legal, amparados pela legislação vigente, os quais
exijam comunicação, denúncia ou relato a quem de
direito.
ÉTICA, BIOÉTICA
E ÉTICA NA
PESQUISA Princípios fundamentais da bioética
Os documentos com as informações obtidas com ou
sobre o paciente são arquivados no prontuário. O
prontuário é um arquivo, em papel ou informatizado,
que tem por finalidade facilitar a manutenção e o
acesso às informações que os pacientes fornecem,
durante o atendimento, seja em uma área de
internação ou ambulatorial, assim como os resultados
de exames e procedimentos realizados, com
finalidade diagnóstica ou de tratamento. O
prontuário, é de propriedade do paciente. O hospital
tem a guarda destes documentos, é seu fiel
depositário, com a finalidade de preservar o histórico
de atendimento de cada paciente.
ÉTICA, BIOÉTICA
E ÉTICA NA
PESQUISA Princípios fundamentais da bioética
A confidencialidade é a garantia do resguardo das
informações dadas em confiança e a proteção contra a
sua revelação não autorizada. Ocorre na troca de
informações feita diretamente com a pessoa do paciente
e tem como objetivo maior a preservação da intimidade
da pessoa, a preservação dos segredos revelados em
confiança. O Juramento de Hipócrates, escrito cerca de 430
anos antes de Cristo, é a origem para a ética dos profissionais
de saúde. Neste texto já era afirmado: "qualquer coisa que eu
veja ou ouça, profissional ou privadamente, que deva não ser
divulgada, eu conservarei em segredo e contarei a ninguém".
ÉTICA, BIOÉTICA
E ÉTICA NA
PESQUISA Princípios fundamentais da bioética
A privacidade é a limitação do acesso às informações
de uma dada pessoa, ao acesso à própria pessoa, à
sua intimidade, anonimato, segredos, afastamento ou
solidão. É a liberdade que o paciente tem de não ser
observado sem autorização. A Declaração Universal
dos Direitos Humanos, proposta pela ONU em 1948, já
estabelecia o direito à não interferência na vida
privada pessoal ou familiar.
Exceções à preservação de informações que devem ser mantidas em
segredo, tais como: testemunhar em corte judicial, em situações
especiais e plenamente justificadas; comunicar, à autoridade
competente, a ocorrência de doença de informação compulsória ou
de ferimento por arma de fogo ou de outro tipo, quando houver
suspeita de que esta lesão tenha sido resultante de um ato criminoso.
ÉTICA, BIOÉTICA Carta dos Direitos dos Usuários da
E ÉTICA NA Saúde
PESQUISA
Portaria GM nº 675 – 30/03/2006
Princípios:
-Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado
aos sistemas de saúde.
-Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo
para seu problema.
-Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado,
acolhedor e livre de qualquer discriminação.
-Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua
pessoa, seus valores e seus direitos.
-Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu
tratamento aconteça da forma adequada.
-Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos
gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam
cumpridos.
ÉTICA, BIOÉTICA E
ÉTICA NA
PESQUISA

Ética na pesquisa em seres humanos

Necessidade: aquisição de novos conhecimentos.


Finalidade: estabelecer procedimentos, métodos
e produtos para a prevenção de doenças, a
recuperação ou a reabilitação da saúde, podendo
ser de cunho preventivo, diagnóstico ou
terapêutico.
ÉTICA, BIOÉTICA E ÉTICA NA PESQUISA EM SERES
ÉTICA NA PESQUISA HUMANOS
CONSENTIMENTO
ÉTICA ESCLARECIDO

RISCO - BENEFÍCIO
BENEFICÊNCIA

AUTONOMIA
NÃO MALEFICÊNCIA

JUSTIÇA E EQUIDADE
SISNEP/CONEP/CEP
ÉTICA, BIOÉTICA E ÉTICA NA PESQUISA EM SERES
ÉTICA NA PESQUISA HUMANOS
Resolução CNS nº 196 de 10 de outubro de 1996
Aprovar as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas
envolvendo seres humanos.
Documentos norteadores das diretrizes:
-Código de Nuremberg (1947)
-Declaração dos Direitos do Homem (1948)
-Declaração de Helsinque (1964) e suas versões posteriores de
1975, 1983 e 1989)
-Acordo Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (ONU, 1966,
aprovado pelo Congresso Nacional Brasileiro em 1992)
-Propostas de Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas
Biomédicas Envolvendo Seres Humanos (CIOMS/OMS)
-Diretrizes Internacionais para Revisão Ética de Estudos
Epidemiológicos (CIOMS, 1991)
ÉTICA, BIOÉTICA E ÉTICA NA PESQUISA EM SERES
ÉTICA NA PESQUISA HUMANOS
Resolução CNS nº 196 de 10 de outubro de 1996
Aprovar as diretrizes e normas regulamentadoras de
pesquisas envolvendo seres humanos.
Cumpre disposições da Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988 e da legislação brasileira
correlata:
Código de Direitos do Consumidor, Código Civil e Código Penal,
Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Orgânica da Saúde
8.080/90, Lei 8.142/90, Decreto 98.830/90 (coleta por estrangeiros
de dados e materiais científicos no Brasil), Lei 8.489\92, Decreto
879/93 (dispõem sobre retirada de tecidos, órgãos e outras partes
do corpo humano com fins humanitários e científicos), Lei 9.279\96
(regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial).
ÉTICA, BIOÉTICA E ÉTICA NA PESQUISA EM SERES
ÉTICA NA PESQUISA HUMANOS
Resolução CNS nº 196 de 10 de outubro de 1996
Aprovar as diretrizes e normas regulamentadoras de
pesquisas envolvendo seres humanos.

Incorpora, sob a ótica do indivíduo e das


coletividades, os quatro referenciais básicos da
bioética:
autonomia, não maleficência, beneficência e
justiça, entre outros, e visa assegurar os direitos e
deveres que dizem respeito à comunidade científica,
aos sujeitos da pesquisa e ao Estado.
PARTE III

FARMÁCIA HOSPITALAR
PARTE III

Distribuição dos tópicos:

HOSPITAL
•Conceito e definições
•Classificação
FARMÁCIA HOSPITALAR
•Conceito e diretrizes
O HOSPITAL

É a parte integrante de uma organização médica e


social, cuja função básica consiste em proporcionar à
população assistência médica sanitária
completa, tanto curativa como preventiva sob
qualquer regime de atendimento. Este deve incluir o
domiciliar, cujos serviços externos irradiam até o
âmbito familiar, constituindo-se também em centro de
educação, capacitação de RH e de pesquisas em
saúde, bem como de encaminhamento de pacientes,
cabendo-lhes supervisionar e orientar os
estabelecimentos de saúde a ele vinculados
tecnicamente. (Ministério da Saúde)
O HOSPITAL

FUNÇÕES:

Prestação de serviços médicos e complementares aos


doentes em regime de internação;
Desenvolvimento sempre que possível de atividades de
natureza preventiva;
Participação em programas de natureza comunitária
procurando atingir o contexto sócio familiar dos pacientes
(incluindo educação em saúde);
Instrumento de intervenção terapêutica com o objetivo de
alcançar a cura terapêutica.
O HOSPITAL

CLASSIFICAÇÃO:

Hospital Geral: atende a maioria das especialidades


médicas, clínicas e cirúrgicas, podendo ser limitado a grupo
etário (infantil), a um determinado grupo da comunidade
(militar) ou que tenha finalidade específica (ensino).

Hospital Especializado: assiste, na sua predominância,


pacientes portadores de uma patologia específica (hospital
psiquiátrico, oncologia etc).
O HOSPITAL

QUANTO À SUA ADMINISTRAÇÃO:

HOSPITAL PÚBLICO: aqueles pertencentes a órgãos


oficiais da administração direta o indireta, pertencentes ao
governo federal, estadual ou municipal.

HOSPITAL PARTICULAR OU PRIVADO: pertencente a


pessoa jurídica de direito privado.
O HOSPITAL
QUANTO AO ASPECTO FINANCEIRO:

Hospital filantrópico – hospital particular não lucrativo,


que desloca um percentual de sua dotação para assistir,
gratuitamente, pacientes desprovidos de qualquer cobertura
de saúde e de recursos para provê-la.
Hospital beneficente – hospital particular não lucrativo,
destinado a atender grupos específicos de pessoas. É
mantido pela contribuição de seus associados e pela clientela
que o utiliza.
Hospital não lucrativo – não tem o propósito de obter
lucro, os administradores não são remunerados, não há
distribuição de benefícios a qualquer título, todo lucro é
revertido para a manutenção e desenvolvimento dos
objetivos sociais. No caso de ser extinto, o seu patrimônio
líquido será doado a outra instituição que tenha o mesmo
objetivo social.
O HOSPITAL

QUANTO AO PORTE:

Hospital de pequeno porte: com capacidade até 50


leitos;

Hospital de médio porte: de 51 a 150 leitos

Hospital de grande porte: de 151 a 500 leitos

Hospital de porte especial ou extra: superior a 500 leitos


O HOSPITAL

Gestão do hospital nos dias atuais


Esteios de uma instituição hospitalar: recursos financeiros,
humanos e materiais.

Requisitos para o gestor: flexibilidade, eficiência,


economia de manutenção, operação, assepsia e
humanização e otimização de recursos humanos e
materiais, norteados pela observação do sentido das
relações humanas e sociais, visão macro para pensar o
todo na gestão hospitalar e micro para pensar cada setor
do hospital e com deve ocorrer as interfaces entre eles
com a finalidade de fazer funcionar harmonicamente todo
o hospital.
FARMÁCIA HOSPITALAR

É a unidade clínico-assistencial, técnica e


administrativa, onde se processam as atividades
relacionadas à assistência farmacêutica, dirigida
exclusivamente por farmacêutico, compondo a
estrutura organizacional do hospital e integrada
funcionalmente com as demais unidades
administrativas e de assistência ao paciente.
(Portaria GM\MS nº 4283\10).
FARMÁCIA HOSPITALAR - DIRETRIZES

Abrangência das Diretrizes e Estratégias da Portaria GM\MS


nº 4283\10

“Estas diretrizes e estratégias são aplicáveis às farmácias em


hospitais que integram o serviço público, da administração
direta e indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Municípios e de entidades privadas com ou sem fins
lucrativos e filantrópicos”.
FARMÁCIA HOSPITALAR - DIRETRIZES

 Gestão
 Desenvolvimento de ações inseridas
na atenção integral à saúde
 Infraestrutura Física, Tecnológica e
recursos Humanos
 Ensino, pesquisa e educação
permanente em saúde
FARMÁCIA HOSPITALAR - DIRETRIZES

GESTÃO
Garantir o abastecimento, dispensação, acesso, controle,
rastreabilidade e uso racional de medicamentos e de outras
tecnologias em saúde;
Assegurar o desenvolvimento de práticas clínico assistenciais
que permitam monitorar a utilização de medicamentos e outras
tecnologias em saúde;
Otimizar a relação entre custo, benefício e risco das tecnologias
e processos assistenciais;
Desenvolver ações de assistência farmacêutica, articuladas e
sincronizadas com as diretrizes institucionais;
participar ativamente do aperfeiçoamento contínuo das práticas
da equipe de saúde
FARMÁCIA HOSPITALAR - DIRETRIZES

Gestão
Garantir o abastecimento, dispensação, acesso, controle,
rastreabilidade e uso racional de medicamentos e de outras
tecnologias em saúde.
Processos de Trabalho e suas Atividades
Gestão na Aquisição: Especificar e cadastrar itens, planejar e
programar demanda, avaliar fornecedores, solicitar compra e
emitir parecer técnico.
Gestão do estoque: receber, armazenar, controlar estoque,
distribuir, realizar gestão dos contratos, realizar inventário anual
em atendimento às exigências do controle externo.
Gestão da produção: preparar medicamento, unitarizar, manipular
medicamentos.
Gestão da distribuição: Receber, avaliar, intervir caso necessário e
atender (dispensar) as prescrições médicas.
FARMÁCIA HOSPITALAR - DIRETRIZES

Gestão
Assegurar o desenvolvimento de práticas clínico assistenciais
que permitam monitorar a utilização de medicamentos e outras
tecnologias em saúde.

Processos de Trabalho e suas Atividades


Gestão das demandas: Avaliar prescrição, classificar as
demandas por marcadores e avaliar RAM.
Gestão da assistência: Avaliar farmacoterapia, estabelecer
plano de acompanhamento, realizar conciliação de
medicamentos.
Gestão de resultados: Notificar médico, acompanhar
intervenção, executar seguimento farmacoterapêutico.
FARMÁCIA HOSPITALAR - DIRETRIZES

DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES INSERIDAS NA


ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
oOs processos de trabalho e as atividades devem ser
planejadas, elaboradas e executadas com a participação
efetiva da equipe do hospital e nortadas num contexto
multidisciplinar;
oAs ações do farmacêutico hospitalar devem ser registradas
de modo a contribuírem para a avaliação do impacto dessas
ações;
oAs atividades farmacêuticas ofertadas depende da
complexidade dos hospitais, bem como da disponibilidade
de tecnologia e recursos humanos.
FARMÁCIA HOSPITALAR - DIRETRIZES
DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES INSERIDAS NA
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE

Gerenciamento de Tecnologias
Qualificação de fornecedores, armazenamento,
distribuição, dispensação e controle dos medicamentos ,
outros produtos para a saúde, produtos de higiene e
saneantes usados pelos pacientes, em atendimento pré-
hospitalar, pré-hospitalar de urgência e emergência,
hospitalar (internamento e ambulatorial) e domiciliar;
 Fracionamento e preparo de medicamento
FARMÁCIA HOSPITALAR - DIRETRIZES
DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES INSERIDAS NA
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE

Distribuição e dispensação
• Processos que garantam a segurança do paciente, a orientação
necessária ao uso racional do medicamento, sendo
recomendada a adoção do sistema individual ou unitário de
dispensação .
• Avaliação farmacêutica das prescrições.
• Concentração, viabilidade, compatibilidade físico-química e
farmacológica dos componentes, dose, dosagem, forma
farmacêutica, via e horários de administração, devendo ser
realizada antes do início da dispensação e manipulação.
FARMÁCIA HOSPITALAR - DIRETRIZES
DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES INSERIDAS NA
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE

Distribuição e dispensação

• Para promover o Uso Racional de Medicamentos e ampliar a


adesão ao tratamento o estabelecimento, em conformidade com a
complexidade das ações desenvolvidas, deve dispor de local para o
atendimento individualizado e humanizado ao paciente em
tratamento ambulatorial e/ou em alta hospitalar.
FARMÁCIA HOSPITALAR - DIRETRIZES

DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES INSERIDAS NA


ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
Manipulação
• MANIPULAÇÃO MAGISTRAL E OFICINAL
permite a personalização da terapêutica, utilização de sistemas
seguros de
dispensação de medicamentos (individual ou unitário), e a
racionalização de
custos.
• PREPARO DE DOSES UNITÁRIAS E UNITARIZAÇÃO DE DOSES DE
MEDICAMENTOS.
• MANIPULAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL
• MANIPULAÇÃO DE ANTINEOPLÁSICOS E RADIOFÁRMACOS
FARMÁCIA HOSPITALAR - DIRETRIZES

DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES INSERIDAS NA


ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE

Cuidado ao paciente
Os hospitais devem adotar práticas seguras
baseadas na legislação vigente, em
recomendações governamentais, e em
recomendações de entidades científicas e
afins, nacionais e internacionais
FARMÁCIA HOSPITALAR - DIRETRIZES

INFRAESTRUTURA FÍSICA, TECNOLÓGICA E RECURSOS


HUMANOS

A infraestrutura física para a realização das atividades


farmacêuticas deve ser compatível com as atividades
desenvolvidas, atendendo às normas vigentes;
 A localização da farmácia deve facilitar o abastecimento e a
provisão de insumos e serviços aos pacientes;
A FH Deve contar com quantitativo de farmacêuticos e auxiliares,
necessários ao pleno desenvolvimento de suas atividades,
considerando a complexidade do hospital, os serviços ofertados, o
grau de informatização e mecanização, o horário de
funcionamento e a segurança para o trabalhador e usuário.
PARTE IV

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
PARTE IV

Distribuição dos tópicos:

•ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO
BRASIL – legislação norteadora
•PROFISSIONAL
•MINISTÉRIO DA SAÚDE
•ANVISA
•CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA
•TRABALHISTA
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

Linhas de estudo da legislação

Contextualização sobre a assistência farmacêutica


Âmbito de atuação profissional
Responsabilidade técnica e exercício profissional
Controle sanitário do comércio e do produto
Trabalhista
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

Legislação norteadora da Assistência farmacêutica no Brasil

Constituição Federal – artigos 196 a 200


Lei 8.080/90 em seu artigo 6º que afirma: “estão incluídas ainda
no campo de atuação do SUS:
1 – a execução de ações:
a)De vigilância sanitária;
b)De vigilância epidemiológica;
c)De saúde do trabalhador; e
d)De assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica

Portaria GM 3.916/98 – aprova a Política Nacional de


Medicamentos.
Resolução CNS 338/04 – aprova a Política Nacional de
Assistência Farmacêutica.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

Conceitos de assistência farmacêutica


É um grupo de atividades relacionadas
com o medicamento, destinadas a
apoiar as ações de saúde demandadas As ações de A F envolvem
por uma comunidade. Envolve o aquelas referentes à atenção
abastecimento de medicamentos em farmacêutica, considerada como
todas e em cada uma de suas etapas um modelo de prática
constitutivas, a conservação e controle farmacêutica e compreendendo
de qualidade, a segurança e a eficácia atitudes valores éticos,
terapêutica dos medicamentos, o comportamentos, habilidades,
acompanhamento e a avaliação da compromissos e co
utilização, a obtenção e a difusão de responsabilidades na prevenção
informação sobre medicamentos e a de doenças, promoção e
educação permanente dos profissionais recuperação da saúde, de forma
de saúde, do paciente e da comunidade integrada à equipe de saúde.
para assegurar o uso racional de (Resolução CNS nº 338\04 –
medicamentos. Política Nacional de Assistência
(Portaria n.º 3916/98 - Política Nacional farmacêutica)
de Medicamentos).
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA

•Decreto nº 20.377 de 08/09/1931 –


aprova
a regulamentação do exercício da profissão
farmacêutica.

• Decreto nº 20.931 de 11/01/1932 –


regula e fiscaliza o exercício da medicina,
da odontologia, da medicina veterinária e
das profissões de farmacêutico, parteira e
enfermeira, no Brasil, e estabelece penas.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

ÂMBITO DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA


Decreto nº 85.878 de 07 de abril de 1981
Estabelece normas para execução da Lei nº 3.820, de 11/11/60, sobre o
exercício da profissão de farmacêutico, e dá outras providências.

ATIVIDADES PRIVATIVAS
•Magistério superior (matérias privativas constantes no
currículo de farmácia);
•Perícia Técnica Legal;
• Fiscalização técnica de empresas farmacêuticas;
• Fiscalização profissional;
• Farmacotécnica prescricional humana;
• Pesquisa e Planejamento de fármacos;
• Dispensação farmacêutica (pública, hospitalar, privada);
• Indústria de especialidades farmacêuticas;
• Cosméticos com indicação terapêutica;.
•Produção e dispensação de fitoterápicos
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

ÂMBITO DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA


Resolução nº 572 de 25 de abril de 2013
Dispõe sobre a regulamentação das especialidades farmacêuticas,
por linhas de atuação.

Art. 1º - As linhas de atuação que agrupam as especialidades


farmacêuticas são:
ALIMENTOS; ANÁLISES CLÍNICO-LABORATORIAIS; EDUCAÇÃO;
FARMÁCIA; FARMÁCIA HOSPITALAR E CLÍNICA; FARMÁCIA
INDUSTRIAL; GESTÃO; PRÁTICAS INTEGRATIVAS E
COMPLEMENTARES; SAÚDE PÚBLICA E TOXICOLOGIA.

Art. 2º - Considera-se linha de atuação “o conjunto de


conhecimentos afins do exercício profissional, agrupados
conforme as especialidades farmacêuticas, reconhecidas pelo
Conselho Federal de Farmácia”.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

ÂMBITO DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA


Resolução nº 572 de 25 de abril de 2013
Art. 3º - O conjunto de especialidades por linhas de atuação é
constituído por:
IV - FARMÁCIA: assistência farmacêutica; atenção farmacêutica;
dispensação; farmácia magistral; farmácia oncológica;
farmacocinética clínica.
V – FARMÁCIA HOSPITALAR E CLÍNICA: farmácia clínica domiciliar,
em cardiologia, m cuidados paliativos; em geriatria; em
hematologia; em oncologia; em pediatria; em reumatologia; em
terapia antineoplásica; a em unidades de terapia intensiva;
farmácia clínica hospitalar e outros serviços de saúde, nutrição
parenteral; pesquisa clínica; radiofarmácia.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

ÂMBITO DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA


Resolução nº 572 de 25 de abril de 2013
Art. 3º - O conjunto de especialidades por linhas de atuação é
constituído por:
VI – FARMÁCIA INDUSTRIAL: controle de qualidade; gases e
misturas de uso terapêutico; hemoderivados.; indústria de
saneantes.
VII – GESTÃO: assuntos regulatórios; auditoria em saúde; avaliação
de tecnologia em saúde; empreendedorismo; garantia da
qualidade; gestão ambiental; gestão da assistência farmacêutica;
gestão da qualidade; gestão de farmácias e drogarias; gestão de
risco hospitalar; gestão e controle de laboratório clínico; gestão
em saúde pública; gestão farmacêutica; gestão hospitalar; logística
farmacêutica e marketing farmacêutico;
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

RESPONSABILIDADE TÉCNICA E EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Lei nº 3.820 de 11 de novembro de 1960


Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia, e dá
outras Providências.

“Possui atribuição de zelar pela fiel observância dos princípios da ética e


da disciplina da classe dos que exercem atividades profissionais
farmacêuticas no País”

Atribuições do Conselho Federal


◊Expedir Resoluções;
◊Definir ou modificar atribuições ou competências dos profissionais de
Farmácia;
◊Organizar o Código de Deontologia Farmacêutica;
◊Zelar pela saúde pública, promovendo a assistência farmacêutica.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

RESPONSABILIDADE TÉCNICA E EXERCÍCIO


PROFISSIONAL

Lei 3.820\60

Atribuições dos Conselhos Regionais

- Registrar os profissionais;
- Fiscalizar o exercício da profissão, impedindo e punindo as
infrações à lei, bem como enviando às autoridades
competentes relatórios documentados sobre os fatos que
apurarem e cuja solução não seja de sua alçada.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

RESPONSABILIDADE TÉCNICA E EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Lei 3.820\60
- Art. 24°: “as empresas e estabelecimentos que exploram
serviços para os quais são necessárias atividades de profissional
farmacêutico deverão provar, perante ao CF e CR, que essas
atividades são exercidas por profissionais habilitados e
registrados”.
Parágrafo único: “aos infratores deste artigo será aplicada pelo
respectivo CR multa de 01 a 03 salários mínimos regionais, que
serão elevados ao dobro no caso de reincidência”.
- Art. 28: o poder de punir disciplinarmente compete, com
exclusividade, ao Conselho Regional em que o faltoso estiver
inscrito.
- Art. 29: A jurisdição disciplinar não derroga a jurisdição comum,
quando o fato constitua crime punido em lei;
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

RESPONSABILIDADE TÉCNICA E EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Lei nº 5991\73

Art. 15: “A farmácia e a drogaria terão, obrigatoriamente, a


assistência de técnico responsável, inscrito no CRF, na forma da
lei”.

Parágrafo 1°: “a presença de técnico responsável será


obrigatória durante todo o horário de funcionamento do
estabelecimento”.

Parágrafo 2°: “os estabelecimentos de que tratam este artigo


poderão manter técnico responsável substituto, para os casos de
impedimento ou ausência do titular”.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

RESPONSABILIDADE TÉCNICA E EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Portaria GM\SAS nº 1.017\02


Art. 1º - Estabelecer que as Farmácias Hospitalares e/ou
dispensários de medicamentos existentes nos Hospitais
integrantes do Sistema Único de Saúde deverão funcionar,
obrigatoriamente, sob a Responsabilidade Técnica de Profissional
Farmacêutico devidamente inscrito no respectivo Conselho
Regional de Farmácia.
Parágrafo Único – Os demais Profissionais Farmacêuticos deverão
ser em número adequado ao porte do hospital e suficientes para o
exercício das ações inerentes à sua atividade profissional na
farmácia hospitalar e/ou dispensário de medicamentos.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

RESPONSABILIDADE TÉCNICA E EXERCÍCIO


PROFISSIONAL

Portaria GM\MS nº 4.283\10


4.4. RECURSOS HUMANOS - A farmácia em hospitais
deve contar com farmacêuticos e auxiliares, necessários
ao pleno desenvolvimento de suas atividades,
considerando a complexidade do hospital, os serviços
ofertados, o grau de informatização e mecanização, o
horário de funcionamento, a segurança para o
trabalhador e usuários A responsabilidade técnica da
farmácia hospitalar é atribuição do farmacêutico, inscrito
no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição, nos
termos da legislação vigente.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – FARMÁCIA HOSPITALAR

RESPONSABILIDADE TÉCNICA E EXERCÍCIO


PROFISSIONAL

Resolução CFF nº 568 de 6 de dezembro de 2012


Dá nova redação aos artigos 1º ao 6º da Resolução/CFF
nº 492 de 26 de novembro de 2008, que regulamenta o
exercício profissional nos serviços de atendimento pré-
hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de
saúde, de natureza pública ou privada.

Resoluções CFF nº 417\04 e 418\04 – Criam o código de


ética e penalidades nos casos de infração ética.
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Principais infrações éticas:

Não prestação de assistência farmacêutica (sendo necessário a


documentação de no mínimo 3 ausências em 2 anos – Resolução
CFF n°. 418 de 2004). Pena: multa e/ou suspensão de 3 meses;

Não comunicar suas ausências, quando possua RT e não exista


outro farmacêutico que o substitua (previamente, quando
previsível, ou em até 5 dias, quando imprevisível). Pena:
advertência com censura;
Não manter atualizado no CRF os vínculos profissionais e
horários de RT;
• Causar, mesmo que culposamente, danos físicos, psíquicos ou
morais aos usuários/pacientes;

•Desrespeitar as normas profissionais e sanitárias;


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Principais infrações éticas:

Aceitar receber salário abaixo do piso;


Liberar medicamentos contra as normas sanitárias;
Fornecer medicamentos para uso diverso da finalidade;
Obstar ou dificultar a ação da fiscalização;
Acumular atividade de fiscal e fiscalizado;
Induzir ao uso indiscriminado de medicamentos;
Desrespeitar Acórdãos, Resoluções e Deliberações dos
Conselhos;
Não atender as convocações do Conselho;
Permitir a utilização de seu nome por qualquer
estabelecimento ou instituição onde não exerça pessoal e
efetivamente sua função. Pena: multa e/ou suspensão de
3 meses;
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CONTROLE SANITÁRIO DO COMÉRCIO E DO PRODUTO

Lei 5.991/73 – Dispõe sobre o controle sanitário do


comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos. Regulamentada pelo Decreto nº 74.170/74.

Art. 1º - Controle sanitário do comércio de drogas,


medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, em todo
o território nacional.

Art. 2º - Abrangem as unidades congêneres que integram o


serviço público civil e militar da administração direta e
indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e demais entidades paraestatais e também às
unidades de dispensação das instituições de caráter
filantrópico ou beneficentes sem fins lucrativos.
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CONTROLE SANITÁRIO DO COMÉRCIO E DO PRODUTO

Lei 5.991/73 – Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas,


medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. Regulamentada pelo
Decreto nº 74.170/74.

Art. 5º - Comércio de drogas, medicamentos e de insumos


farmacêuticos - privativo das empresas e dos
estabelecimentos definidos nesta lei.

Art. 6 - Dispensação de medicamentos - privativa de:


farmácia;
drogaria;
posto de medicamento e unidade volante;
dispensário de medicamentos;
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CONTROLE SANITÁRIO DO COMÉRCIO E DO PRODUTO

Lei 5.991/73 – Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas,


medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. Regulamentada pelo
Decreto nº 74.170/74.

Art. 35 – Somente será aviada a receita:


que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de
modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de
pesos e medidas oficiais;
que contiver o nome e o endereço residencial do paciente,
expressamente, o modo de usar a medicação;
que contiver a data e a assinatura do profissional, endereço
do consultório ou residência, e o número de inscrição no
respectivo Conselho profissional (Lei nº 5991/73).
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CONTROLE SANITÁRIO DO COMÉRCIO E DO PRODUTO

Lei 5.991/73 – Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas,


medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. Regulamentada pelo
Decreto nº 74.170/74.

Art. 41 – Dosagem do medicamento prescrito ultrapassar os


limites farmacológicos ou a prescrição apresentar
incompatibilidades - responsável técnico solicitará
confirmação expressa ao profissional que a prescreveu.

Art. 42 – Na ausência do responsável técnico pela farmácia


ou de seu substituto, será vedado o aviamento de fórmula
que dependa de manipulação na qual figure substância sob
regime de controle sanitário especial (Lei nº 5991/73).
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CONTROLE SANITÁRIO DO COMÉRCIO E DO PRODUTO

Lei 6.360/76 – Lei de Vigilância Sanitária – Dispõe sobre


os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e
correlatos, os cosméticos, os saneantes e outros produtos
(alterada pela Lei 6.480/77). Regulamentada pelo Decreto
nº 79.094/77.

Art.1 - Ficam sujeitos às normas de vigilância sanitária


instituídas por esta Lei os medicamentos, as drogas, os
insumos farmacêuticos e correlatos, definidos na Lei nº
5.991/73, bem como os produtos de higiene, os cosméticos,
perfumes, saneantes domissanitários, produtos destinados à
correção estética e outros adiante definidos.
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TRABALHISTA
ARTIGOS DA CLT (Consolidação das leis do Trabalho -
publicada através do Decreto Lei nº 5.452 de 1 de maio de
1943)
RESCISÃO DE CONTRATO
Art. 477. É assegurado a todo empregado, não existindo
prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e
quando não haja ele dado motivo para cessação das relações
de trabalho, o direito de haver do empregador uma
indenização, paga na base da maior remuneração que tenha
percebido na mesma empresa.

        § 1º O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão de


contato de trabalho firmado por empregado com mais de 90 (noventa) dias
de serviço só será válido quando feito com a assistência do respectivo
sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência
Social ou da Justiça do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 5.562, de 12.12.1968
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TRABALHISTA
ARTIGOS DA CLT (Consolidação das leis do Trabalho -publicada através
do Decreto Lei nº 5.452 de 1 de maio de 1943)
§ 2º No termo de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a
causa ou forma de dissolução do contrato, deve ser especificada a
natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor,
sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas.
(Incluído pela Lei nº 5.562, de 12.12.1968

§ 3º Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste


artigo, a assistência será prestada pelo Representante do Ministério
Público ou, onde houver, pelo defensor público e, na falta ou impedimento
destes, pelo Juiz de Paz. (Incluído pela Lei nº 5.562, de 12.12.1968

§ 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da


homologação da rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em
cheque visado, conforme acordem as partes salvo se o empregado fôr
analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro.
(Incluído pelo Decreto-Lei nº 766, de 1969)

       
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TRABALHISTA
ARTIGOS DA CLT (Consolidação das leis do Trabalho -publicada através do
Decreto Lei nº 5.452 de 1 de maio de 1943)

§ 5º Qualquer compensação no pagamento de que trata o § 4º


não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do
empregado. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 766, de 1969)

 § 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de


rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos
seguintes prazos:
a)Até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou
b)Até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão,
quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou
dispensa de seu cumprimento.
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TRABALHISTA
ARTIGOS DA CLT (Consolidação das leis do Trabalho) -publicada através do
Decreto Lei nº 5.452 de 1 de maio de 1943

§ 7º - O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e 2º) será


sem ônus para o trabalhador e empregador. 

§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o


infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao
pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao
seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN,
salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. 
(Incluídos pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
         
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TRABALHISTA
ARTIGOS DA CLT (Consolidação das leis do Trabalho)
Decreto Lei nº 5.452 de 1 de maio de 1943

Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de


trabalho pelo empregador:
        a) ato de improbidade;
        b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
        c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem
permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à
empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao
serviço;
        d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso
não tenha havido suspensão da execução da pena;
        e) embriaguez habitual ou em serviço;
        f) violação de segredo da empresa;
        g) ato de indisciplina ou de insubordinação;
        h) abandono de emprego;
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ARTIGOS DA CLT (Consolidação das leis do Trabalho)
Decreto Lei nº 5.452 de 1 de maio de 1943

Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de


trabalho pelo empregador:
         i) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço
contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições,
salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
        j) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas
praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em
caso de legítima defesa, própria ou de outrem.
   Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de
empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito
administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional.
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ARTIGOS DA CLT (Consolidação das leis do Trabalho)
Decreto Lei nº 5.452 de 1 de maio de 1943
  Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e
      

pleitear a devida indenização quando:

     a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por


lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato;
    b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores
hierárquicos com rigor excessivo;
      c) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
     d) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas
de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;
    e) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente,
salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
     f) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou
tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
       
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Decreto Lei nº 5.452 de 1 de maio de 1943
AVISO PRÉVIO
  Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo
      

motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução


com a antecedência mínima de:
   I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo
inferior; 
       II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que
tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. 
        § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao
empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso,
garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
        § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao
empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo
respectivo.
     
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ARTIGOS DA CLT (Consolidação das leis do Trabalho)
Decreto Lei nº 5.452 de 1 de maio de 1943

AVISO PRÉVIO
            § 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo,
para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a
média dos últimos 12 (doze) meses de serviço.
        § 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta.
     § 5o O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso
prévio indenizado.
        § 6o O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do
aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida,
mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários
correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de
serviço para todos os efeitos legais.
 
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AVISO PRÉVIO
     Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante
              

o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo


empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do
salário integral.
        Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a
redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em
que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1
(um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na
hipótese do inciso lI do art. 487 desta Consolidação.
Art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de
expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar
o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a
reconsideração.
       
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Decreto Lei nº 5.452 de 1 de maio de 1943

AVISO PRÉVIO
Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando
  

a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a


vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado.
        Art. 490 - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio
dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata
do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração
correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da
indenização que for devida.
        Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio,
cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para
a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

“A defesa da vida e o compromisso com a vida são


valores que nem a mão invisível do mercado nem a
mão pesada do planejamento centralizado e burocrático
são capazes de garantir. Valores que ou vingarão
através de empenho, luta, coragem e convicções
firmes, ou simplesmente serão suplantados pelo
cinismo, pela indiferença, pela cupidez e pelo
individualismo mais feroz”. (David Capistrano)

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