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1990 – Edição das Leis Orgânicas da Saúde – Lei n. 8.080/1990 dispõe sobre a
organização do SUS, e a Lei n. 8.142/1990 dispõe sobre o controle social e o
financiamento do SUS.
1996 – Edição da terceira Norma Operacional Básica – NOB 96. Institui o Piso da
Atenção Básica e fortalece a descentralização e a Atenção Básica, incentivando
financeiramente os municípios a estruturar a rede através da Atenção Básica e da
Saúde da Família. Habilita os municípios em Gestão Plena da Atenção Básica e
Gestão Plena do Sistema Municipal.
A saúde passou a ser dever constitucional de todas as esferas de governo, sendo que
antes era apenas da União e relativo ao trabalhador segurado. O conceito de saúde foi
ampliado e vinculado às políticas sociais e econômicas.
Reforma sanitária
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Princípios e diretrizes
Lei n.º 8.080, de 19 de Setembro de 1990
CAPÍTULO II
assistência;
sistema;
física e moral;
qualquer espécie;
esfera de governo:
saúde;
saneamento básico;
assistência; e
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nas gestões.
ANTECEDENTES:
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• Nos anos 1930 surgiu a Previdência Social, atuando por meio das IAPs (Institutos de
Aposentadoria e
• Em 1967 ocorre a união dos IAPs com a criação do INPS (Instituto Nacional de
Previdência Social).
• Nos anos 1970 consolida-se a posição hegemônica da Previdência Social. A
aceleração do crescimento
privada.
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• 1975 – Foi promulgada a lei n. 6.229, que dispõe sobre a organização do Sistema
Nacional de Saúde
políticas públicas e fizeram com que surgissem expoentes que desejavam um modelo
alternativo de
atenção à saúde.
ATENÇÃO:
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ATENÇÃO
da oferta, tem se mostrado insuficiente para dar conta dos desafios sanitários atuais e
insustentável para os enfrentamentos futuros.
ATENÇÃO
Caracteriza-se pela:
Para colocar em prática ações que possibilitem o alcance desses princípios, a ESF se
baseia no trabalho de equipes multiprofissionais em um território adscrito. Essas são
as equipes de Saúde da Família (eSF) vinculadas a uma Unidade Básica de Saúde
(UBS), também chamadas em alguns locais de USF (Unidade de Saúde da Família).
Sua composição conta, no mínimo, com médico, enfermeiro, auxiliar e/ou técnico de
enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). O agente de combate às endemias
(ACE) e profissionais de saúde bucal também devem compor a organização da
atenção à saúde da família, estabelecendo coberturas universais à população.
Dentro do território sob responsabilidade de uma eSF, cada ACS atua em uma
determinada microárea (subdivisão do território), realizando, dentre outras tarefas,
visitas domiciliares periódicas a seus moradores. Assim, o número desses
profissionais dentro de cada eSF pode variar de acordo com o grau de vulnerabilidade
das famílias daquele território, o qual é baseado em critérios demográficos,
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A ESF visa cumprir os princípios bases do Sistema Único de Saúde brasileiro, sendo
eles:
Em vista das diretrizes e princípios que regem a ESF, pode-se dizer que essa estratégia
visa melhorar a saúde da população e ser equânime na distribuição de recursos, para
que se cumpra o direito de acesso à saúde de cada cidadão e seja proporcionada uma
melhor qualidade de vida para todos.
Assim, pode-se concluir que a participação ativa da população junto à equipe de saúde
da família possibilita uma noção mais clara em relação ao posicionamento e às
necessidades específicas de cada território, resultando em ações de prevenção e
promoção de saúde mais efetivas, especialmente no atual contexto de pandemia.
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1. Noções gerais
2. Os tipos de modelos assistenciais
3. O contexto atual brasileiro
4. Considerações finais
Modelos Hegemônicos
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Modelo Sanitarista
O seu perfil principal é demanda aberta. O objetivo é a doença ou o doente, seu agente
é o médico, complementado pelos paramédicos. Os meios de trabalho são as
tecnologias médicas e as formas de organização são as redes de serviços, com
destaque para hospitais.
Além do fato de que muitas das vezes, vários indivíduos possuem mais de um
problema de saúde ao mesmo tempo.
Propostas Alternativas
No período da década de 1970, essa proposta foi vista pelos opositores ao governo
militar como uma estratégia de levar a assistência à saúde à população em geral.
A partir disso, foi necessário buscar outras alternativas para a assistência à saúde.
Assim, foram valorizadas propostas como oferta organizada, distritalização, ações
programáticas de saúde, vigilância da Saúde, estratégia de saúde da família,
acolhimento e linhas de cuidados, projetos assistenciais e equipes matriciais e de
referência.
Oferta Organizada
O local que se pautar pela oferta organizada atenderá os indivíduos por consulta,
pronto-atendimento, urgência/emergência. Também se preocupará com o ambiente,
com o controle de doenças e riscos e com o atendimento a demanda da comunidade.
Distritalização
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Vigilância de saúde
Foi criado como uma estratégia para a reorientação da atenção básica e permitindo
inclusão entre as propostas alternativas.
Hoje, o sistema de saúde brasileiro é uma relação entre os mais diversos modelos
assistenciais, com maior vinculação aos modelos hegemônicos, médico assistencial
privatista e modelo assistencial sanitarista. Em contrapartida, também busca a
construção de modelos alternativos.
Considerações Finais
O essencial parece ser a Vigilância da Saúde como eixo para orientação dos modelos
assistenciais presentes no SUS, mostrando caminhos para a superação da crise que se
encontra no sistema de saúde brasileiro.
Além dos temas apresentados, o manual ainda conta com muitos outros temas sobre
Epidemiologia, abordando os principais aspectos e fatores que determinam a saúde da
coletividade humana. O sumário completo é composto por:
Existem alguns tipos de indicadores que são relevantes para avaliar a segurança
e a qualidade dos cuidados de saúde, usados mundialmente.
Indicadores de estrutura
Indicadores de processo
Indicadores de resultado
No entanto, tais indicadores podem ter limitações. Nem sempre são medidas
diretas da segurança e qualidade da prestação de cuidados de saúde da mesma
forma que as medidas de processo. Por exemplo, um resultado desejado de uma
pessoa que sofre um ataque cardíaco grave pode ser a sobrevivência, mas a
razão pela qual a pessoa sobrevive pode não estar relacionada à segurança e à
qualidade dos cuidados de saúde recebidos. Por esta razão, as medidas de
resultados são algumas vezes relatadas com uma medida do processo.
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NR-32
Quem trabalha no campo da saúde, a NR 32 é uma norma muito importante, visto que
ela é responsável por salvaguardar a segurança dos trabalhadores que atuam nesse
setor, evitando acidentes físicos, químicos e biológicos.
Da mesma forma, para quem frequenta esses ambientes, a NR32 é muito importante,
principalmente porque, muitas vezes, os colaboradores também têm contato direto
com o público.
O que é a NR 32?
Ou seja, ela serve tanto para colaboradores como para pacientes e acompanhantes em
um consultório. Dessa forma, a NR 32 estabelece diretrizes básicas e medidas de
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores.
Objetivo da NR 32
Esses trabalhadores, por sua vez, são aqueles que exercem atividades no setor de
saúde, podendo envolver pessoas que trabalham na promoção, assistência,
recuperação, ensino ou até pesquisas relacionadas à saúde.
Considerando esse foco, as diretrizes desta norma envolvem uma grande quantidade
de profissionais que diariamente precisam seguir cuidados específicos para evitar
riscos e acidentes.
Riscos da NR 32
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Para entender melhor sobre essa proteção, é importante também entender quais são os
riscos que esses profissionais estão submetidos. São eles, portanto:
● Riscos químicos;
● Riscos biológicos;
● Riscos físicos;
● Riscos ergonômicos;
● Riscos nas lavanderias;
● Riscos por acidente.
Riscos químicos
Os riscos químicos, por sua vez, são relativos a elementos com gases e produtos que
apresentam substâncias tóxicas. Essas substâncias, por sua vez, ao entrarem em
contato com a pele ou o organismo humano, podem causar sérios problemas.
Para evitar que isso acontece, a NR23 orienta sobre a necessidade de:
Riscos biológicos
Dessa forma, todo equipamento deve ser submetido à prévia descontaminação para
realização de manuseio.
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Riscos físicos
Riscos ergonômicos
Como efeitos colaterais desse problema, podemos citar problemas mentais, cansaço
físico e alterações no corpo humano.
Outro tipo de risco mais característico dos hospitais são os que envolvem as
lavandarias hospitalares. Esses espaços contam com áreas sujas e limpas, no qual uma
recebe a lavagem de roupas e a segunda é onde as peças são higienizadas e
manipuladas.
As máquinas das lavanderias devem contar com portas duplas para que a roupa a ser
lavada seja introduzida pela área suja e, no final, seja retirada do outro lado, ou seja,
do lado limpo.
Outro risco muito importante que deve ser evitado é o risco de acidente, que prejudica
diretamente a vida do trabalhador, como é o caso de deficiência física provocado por
mau uso de máquinas.
Para evitar esse problema, é importante que a empresa se responsabilize por criar
protocolos operacionais padrão, orientar os profissionais a usar equipamentos de
proteção individual necessários e a descartar de forma adequada os materiais
utilizados.
Por fim, é importante que a empresa também adote uma postura educativa contínua
para com seus colaboradores.
Qualquer estabelecimento que tenha alguma atividade relacionada à saúde, seja qual
for seu nível de complexidade, precisa seguir com rigor as diretrizes descritas na NR
32.
Somente dessa forma será possível garantir a integridade dos funcionários e evitar os
acidentes e as doenças ocupacionais.
Ao mesmo tempo, para quem frequenta uma clínica como paciente, estar em uma
ambiente que respeita a norma regulamentadora 32 também terá uma maior garantia
da saúde e segurança individual, já que entra em contato, muitas vezes, direto com o
colaborador.
Conclusão
Como você descobriu ao longo do nosso artigo, a NR 32 é uma norma que define
diretrizes básicas de estabelecimentos do setor de saúde para garantir a segurança
tanto dos colaboradores como dos pacientes.
Introdução
O programa de residência multiprofissional em saúde da família, parte da
pós-graduação latu sensu da Faculdade de Medicina de Marília, iniciado a partir de
2003, visa potencializar a capacidade de mudança na formação de profissionais da
saúde e no atual modelo de cuidado à saúde das pessoas e das comunidades,
propondo, por meio da estratégia do Programa de Saúde da Família (PSF), um novo
perfil tanto para os profissionais quanto para a organização do cuidado.
Contextualizando, a residência médica tem sido reconhecida como uma estratégia
educacional eficaz e eficiente de treinamento profissional. O primeiro programa surgiu
nos Estados Unidos, em 1889, no Johns Hopkins Hospital, coordenado pelo cirurgião
William Halsted. No Brasil, o primeiro programa foi em ortopedia, implantado no
Hospital das Clínicas da USP em 19452. Desde então, observa-se no processo de
formação dos profissionais de saúde a força da especialização em detrimento da
formação generalista: valoriza-se o super especialista e dá-se ênfase à ação curativa,
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podem existir entre elas, exemplificada com vários profissionais reunidos, em que
cada um trabalha isoladamente, sendo que a ausência de uma articulação não significa,
no entanto, uma ausência de relação entre estes profissionais.
O segundo nível é a pluridisciplinaridade e se relaciona à justaposição de várias
disciplinas situadas geralmente no mesmo nível hierárquico e agrupadas de modo que
apareçam as relações existentes entre elas; há cooperação, contudo, sem coordenação,
e pode ser exemplificada por meio de um paciente que procura atendimento
psiquiátrico e, após receber orientação e prescrição psicofarmacológica, é
encaminhado, pelo próprio psiquiatra, a um psicólogo para um trabalho de
psicoterapia; assim, a cooperação não é automática, mas estabelece contatos entre os
profissionais e suas áreas de conhecimento.
Na interdisciplinaridade o terceiro nível, tem-se que é comum um grupo de disciplinas
conexas e definidas em um nível hierárquico imediatamente superior o que introduz a
noção de finalidade em que há dois níveis e objetivos múltiplos com a coordenação
advinda de nível superior, encontrada, por exemplo, numa equipe de atendimento
ambulatorial de gestantes adolescentes de baixa renda. A equipe é formada por um
pediatra, um psiquiatra, um psicólogo, um assistente social e uma enfermeira,
contudo, o que prevalece é o saber médico, cabendo a coordenação e a tomada de
decisão a estes profissionais.
Na transdisciplinaridade o quarto nível, a coordenação de todas as disciplinas e
interdisciplinar centra-se em um sistema de níveis e objetivos múltiplos, com sistemas
comuns, exemplificado por uma equipe formada por profissionais como psicólogos,
psiquiatras, assistentes sociais, que recebe pacientes com problemas mentais. O
paciente chega para uma avaliação e todos o assistirão, buscando formular um
diagnóstico acerca do caso. Dessa forma, para que haja configuração transdisciplinar,
é necessário que todos os profissionais estejam reciprocamente situados em sua área
de origem e na área de cada um dos colegas.
É preciso que cada problema não seja solucionado em cada uma das diferentes áreas,
mas sim à luz de um novo entendimento.
Uma equipe será transdisciplinar quando sua reunião congregar diversos profissionais
com o intuito de uma cooperação entre eles sem que haja uma coordenação fixa. Mas
como não verticalizar uma coordenação? A transdisciplinaridade deve ser encarada
como meta a ser alcançada e nunca como algo pronto; deve ser encarada como um
desafio que serve de parâmetro para que todos os membros da equipe estejam atentos
para eventuais centralização do poder.
O trabalho multiprofissional numa perspectiva transdisciplinar requer humildade e
disponibilidade por parte de cada profissional, pois é, em suma, um movimento de
reconhecimento de posições diferentes em relação a um mesmo objeto, e gerar novos
dispositivos é a segunda meta para se iniciar um trabalho transdisciplinar em que os
profissionais possam se ajudar reciprocamente em suas dificuldades.
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equipe frente a uma estrutura hierarquizada. Esses eixos são perspectivas que não são,
necessariamente, excludentes; ora se imbricam com idéias que se superpõem, ora se
diferenciam por seguir lógicas distintas.
Discussão dos resultados
Âncoras e balizas da visão interdisciplinar no trabalho em equipe permeiam a
perspectiva da residência em saúde da família
Esta categoria é composta pelos depoimentos que fornecem os elementos que
constituem o conceito de interdisciplinaridade. Observa-se nos discursos um processo
de conceituação que perpassa os eixos centrais deste conceito. A análise dos discursos
permite afirmar que estes transitam entre o reconhecimento de que o conhecimento
também se faz no campo das relações interpessoais e que é nessa dinâmica entre
ensinar e aprender que os atributos a serem alcançados pelo residente durante a sua
formação serão construídos.
Para nós, é uma troca de experiência. Quando estamos com um outro profissional,
ele também vai estar ensinando, e isso é também um aprendizado.
Você pode aprender com a agente. E com a agente que eu aprendo a lidar com a
comunidade. Com auxiliar, a gente aprende a entrar melhor na casa da
comunidade, como colher sangue, a pegar uma veia, isso é importante.
Na caracterização do conceito, os depoimentos expressam que, quando os residentes
assumem seus papéis, realizando o exercício da prática médica, os momentos de
discussão e trocas de experiências em suas vivências com os outros profissionais
potencializam a construção do conhecimento e a articulação com as outras áreas do
saber, o que permite que o fazer médico possa ser efetivado pela integração do
trabalho em equipe e pela participação complementar do outro profissional.
A gente encaminha para a psiquiatra, que poderia me auxiliar, e se eu encaminhar
para a fisioterapia, ela vai falar o que tenho que fazer; a psicóloga me orientar
como falar para família. Eu faço a minha parte médica.
Eu acredito que, sozinho, como médico, você não vai sozinho ajudar aquele doente,
porque se não tiver um agente comunitário para ir na casa dele, entregando a
medicação ou dando uma orientação melhor, ele não vai tomar o remédio. E você vê
que o médico não resolve tudo sozinho.
O momento da reunião dos profissionais aparece, nos depoimentos, como eixo central,
como o carro-chefe da base dessa perspectiva interdisciplinar, pois é neste espaço que
a prática do trabalho em equipe se materializa e permite uma visão mais integral.
Neste espaço, é possível para o residente em formação romper com uma visão
fragmentada. A discussão em equipe embora mencionada como a soma de um grupo
de profissionais permite, segundo os depoimentos, que, ao estarem todos, não haja a
soma das partes, e, nesse sentido, a atuação que poderia se manter com certo
reducionismo pode circunscrever-se a uma visão transformadora. Essa visão
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transformadora é sentida como algo que, sem esse espaço, jamais seria possível ao
profissional em formação.
A gente acaba ganhando bastante. Quando discutimos com os outros profissionais,
temos uma visão que não teríamos; por exemplo, a questão social, a questão
psicológica. Há a soma quando juntamos um grupo de profissionais de diferentes
áreas.
Quando é possível desenvolver uma relação de compreensão do modelo de equipe, a
própria compreensão possibilita que o trabalho seja efetivo porque as especificações
profissionais assumem contornos mais flexíveis.
Tenho contado com o apoio de toda a equipe, e isso tem ajudado bastante. E o
trabalho com a auxiliar de enfermagem, com o agente comunitário contribui com a
nossa formação, porque você aprende a trabalhar em equipe, aprende de certa
forma, a organizar o sistema de trabalho com relação ao agendamento de consultas,
demanda espontânea, delegação de funções.
Em síntese, os depoimentos que compõem esta categoria evidenciam que a discussão
sobre o que é a equipe se norteia pela prática diária, pois a concepção dos residentes,
ainda que pouco elaborada teoricamente, é permeada por elementos que implicam a
troca do saber.
Os conflitos e paradoxos do trabalho em equipe e a manutenção da linha de
montagem
Os depoimentos expressos nesta categoria apresentam os conflitos e paradoxos da
convivência entre as pessoas no dia-a-dia do trabalho. O pressuposto básico percebido
nos depoimentos é que, nesta formatação, é necessário que o profissional saiba
realizar a sua função em conjunto com o outro, mantendo esse outro informado sobre
o seu plano de cuidados. Todavia, no cotidiano das relações, há profissionais que
rompem com essa lógica e acabam por estruturar o seu trabalho e o da equipe numa
perspectiva que mantém a velha estrutura do "trabalho em linha de montagem", no
qual cada um exerce sua função sem pensar na sua inserção dentro de um grupo,
provocando conflitos e desorganização no trabalho de toda uma equipe.
Dentro da unidade, a gente tem interação com as outras áreas: odontologia, a
própria enfermagem; entretanto, há despreparo das outras áreas. Você encaminha
para o psicólogo, mas ele não nos dá uma contra-referência. Então, o prontuário
fica desorganizado. (E2R1)
Embora, nesta visão contida no exemplo acima, pareça haver clareza do que é
imprescindível para a estruturação do trabalho e, ainda, do que compõem as
responsabilidades individuais de cada membro para que as ações possam ser
desenvolvidas em uma relação de colaboração, isso não acontece de fato. A âncora
dessa perspectiva está centrada na idéia de que cabe a cada profissional buscar o outro
profissional para fortalecer a sua ação individual. Esta concepção fortalece a
concepção de "trabalho em linha de montagem", pois demarca as dúvidas sobre os
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