FUNDAMENTOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

DESCENTRALIZAÇÃO, HIERARQUISAÇÃO,
REGIONALIZAÇÃO E ATENDIMENTO UNIVERSAL

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Conferência Internacional sobre Atenção Primária De Saúde, realizada em
Alma-Ata (URSS) em 1978: resposta a sentimentos internacionais de
preocupação frente a ampliação das desigualdades em saúde e assistência
sanitária, tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Esta
conferência recomendou a mudança pela raiz do conteúdo e da estrutura dos
serviços de saúde, com objetivo de alcançar a EQÜIDADE nos serviços
sanitários, origem da meta da OMS: SAÚDE PARA TODOS NO ANO 2000.
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No Brasil, a corrente que incorporou as premissas da declaração de Alma-Ata
foi a que deu origem ao movimento sanitário e culminou na concepção de
SISTEMA DE SAÚDE defendida nas VIII e IX CONFERÊNCIAS
NACIONAIS DE SAÚDE.

Políticas de Saúde nos anos 80 – a conformação da Reforma Sanitária e a

Hegemonia do Projeto Neoliberal:
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Políticas de Saúde – Dec. De 80/90: plena crise econômica e redemocratizante
do País. Muitas crises e insatisfações com o Estado (“década perdida”), vai se
consolidando a necessidade de reforma do Estado Brasileiro.
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Emergem na área sanitária dois grandes projetos político-sanitários alternativos:
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Contra-hegemônico/reforma sanitária
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Hegemônico/projeto neoliberal (proposta conservadora de reciclagem do
modelo médico-assistencial-privatista.
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1983-1985- Acontecem diversos encontros nacionais de secretários municipais
de saúde, criam-se os primeiros consêlhos estaduais de secretários municipais de
saúde (CONASEMS).
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1986- VIII a Conferência Nacional de Saúde, evento sanitário mais importante
da década, pois reuniu setores representativos de quase todas as forças sociais da
saúde.

A Reforma Sanitária pode ser conceituada como um processo modernizador e

democratizante de transformação nos âmbitos político-jurídico, político-
institucional e político operativo, para dar conta da saúde dos cidadãos, entendida
como direito universal e suportada por um Sistema Único de Saúde, constituído sob
regulação do Estado, que objetive a eficiência, eficácia e eqüidade e que se construa
permanentemente através do incremento de sua base social, da ampliação da
consciência sanitária dos cidadãos, da implantação de um outro paradigma
assistecial, do desenvolvimento de uma nova ética profissional e da criação de
mecanismos de gestão e controle populares sobre o sistema.

A Reforma Sanitária coloca três aspectos fundamentais:

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Primeiro

Em seu sentido mais abrangente, a saúde é a resultante das condições de

alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte,
emprego, lazer, acesso e posse da terra e a serviços de saúde. É assim, acima de
tudo, resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar
grandes desigualdades nos níveis de vida.
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Segundo:

Saúde como direito de cidadania e dever do Estado.

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Terceiro:

Como elemento de caráter estratégico, propõe uma profunda reformulação de

Sistema Nacional de Saúde que tenha como princípios essenciais a
universalidade, a integralidade das ações, a descentralização com mando único
em cada instância federativa e a participação popular.