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Alcinda
Reis AS ORGANIZAÇÕES COMO CONTEXTOS DE CUIDADOS DE
SAÚDE
CONTEXTUALIZAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DA SAÚDE EM
PORTUGAL
5 fases distintas, que correspondem, geralmente, a 5 agendas políticas diferentes:
• Antes dos anos 70
• Do início dos anos 70 a 1985 – estabelecimento e expansão do Serviço Nacional de
Saúde (SNS)
• De 85 a 95 – regionalização do SNS e novo papel para o setor privado
• De 95 a 2004 - uma “nova gestão pública - new public management para o SNS
• A partir de 2004 à atualidade – novas reformas em curso
EM SINTESE
SISTEMAS DE SAÚDE E SNS
No Sistema de saúde português coexistem 3 sistemas :
SISTEMAS DE SAÚDE
Serviço Nacional de Regimes de seguro social de Seguros de saúde
Saúde (SNS) saúde especiais para privados
determinadas profissões
(subsistemas de saúde)
O Ministério da Saúde é responsável pelo desenvolvimento da política nacional
de saúde, bem como pela gestão do SNS
O Serviço Nacional de Saúde é o sistema pelo qual o Estado assegura o direito à
proteção da saúde, tal como se encontra consignado pela Constituição
Portuguesa.
O SNS é nacional, universal, geral e tendencialmente gratuito
ORGANIZAÇÕES
governamentais e intergovernamentais / Organizações não Governamentais
Internacionais
Sem fins lucrativos
São entidades suportadas pelos governos: Atuam em causas de interesse público.
federações, estados ou municípios.
Recebem, diretamente, verbas públicas destinadas à
concretização do seu serviço, em prol das áreas em
que elas atuam.
AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
ORGANIZAÇÃO DA ONU
Fundos: UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a infância), UNFPA (Fundo
população das Nações Unidas) e FMI (Fundo Monetário Internacional)
Programas: UNAIDS (Programa conjunto Das Nações Unidas sobre HIV /SIDA, VNU
(programa de voluntários das Nações Unidas), PNNUMA (programa Das Nações para
o meio ambiente
Agências: OIT (Organização Internacional do trabalho) e OMT (Organização Mundial
do Turismo
ONU Portugal
• A ONU Portugal trabalha em conjunto com todos os agentes relevantes da
sociedade portuguesa, tais como instituições públicas, governo, setor privado,
organizações não-governamentais, sociedade civil e órgãos de comunicação social. A
sua missão passa por informar e envolver os portugueses e os falantes de língua
portuguesa nos grandes temas das Nações Unidas
Meta: Alcançar boa saúde para todos, usando politicas e programas baseados na
ciência
UNESCO
OBJETIVOS:
Contribuir para a paz e segurança no mundo, através da educação, ciência,
cultura e comunicações
Reduzir o analfabetismo no mundo através do financiamento da formação de
professores e criação de escolas para refugiados
Promover pesquisas para orientar a exploração dos recursos naturais
Criação de programas para a proteção dos patrimónios culturais e naturais
Através liberdade de imprensa e da independência desenvolveu-se meios de
comunicação, e promoveu a livre circulação de ideias por meios audiovisuais;
UNICEF
UNICEF → Fundo das Nações Unidas para a Infância, - "United Nations Children's
Fund“, é uma agência das Nações Unidas.
OBJETIVO - promover a defesa dos direitos das crianças, suprir as suas necessidades
básicas e contribuir para o seu desenvolvimento,
Está presente em 191 países do mundo.
É regida pelos Direitos da Criança e trabalha para que esses direitos se
convertam em princípios éticos permanentes e em códigos de conduta
internacionais para as crianças. Sede - Nova Iorque, EUA
FUNDAMENTOS:
Depois da 2ª Guerra Mundial, muitas crianças ficaram órfãs, sem família, sem
comida... Então, um grupo de países reunidos pela Organização das Nações
Unidas (ONU) resolveu criar um fundo para ajudar essas crianças.
ORGANIZAÇÕES NACIONAIS
Direção-Geral da Saúde (DGS)
Natureza jurídica – serviço central na administração direta do Estado, dotado de
autonomia administrativa
Missão – Autoridade nacional de saúde
Dependência – Governo da República Portuguesa Ministério da Saúde
Chefia – Graça Freitas, diretora geral da Saúde
ATRIBUIÇÕES:
Emitir normas e orientações, quer clínicas quer organizacionais
Desenvolver e promover a execução de programas em matéria de saúde
pública e para melhoria da prestação de cuidados em áreas relevantes da
saúde, nomeadamente nos cuidados de saúde primários, hospitalares,
continuados e paliativos...
COMPETE-LHE:
Orientar e desenvolver programas de saúde pública, de melhoria da prestação de
cuidados de saúde e de melhoria contínua da qualidade clínica e organizacional
Coordenar e assegurar a vigilância epidemiológica a nível nacional, em contexto
com outros Estados membros da União Europeia e organismos internacionais
Elaborar e divulgar estatísticas de saúde
Promover estudos técnicos sobre cuidados de saúde
Desenvolver ações de cooperação técnica
Apoiar o exercício das competências da Autoridade de Saúde Nacional
Coordenar o Sistema de Emergências em Saúde Pública
Acompanhar o Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde
PRINCIPAL DESIGNIO: "a defesa dos interesses gerais dos destinatários dos serviços
de enfermagem e a representação e defesa dos interesses da profissão", como
refere o seu Estatuto.
DATAS IMPORTANTES DA OE :
21 de Abril de 1998 → Foi publicado o decreto-lei n.º 104/98, diploma que criou
a ordem dos enfermeiros.
1 de Abril de 2004 → A Ordem dos Enfermeiros tornou-se, membro do Conselho
internacional de enfermeiros (International Council of Nurses – ICN).
28 de maio de 2007 → A Ordem dos Enfermeiros integrou o Conselho Nacional
das Ordens Profissionais (CNOP).
Lei n.º 156/2015 de 16 de Setembro → Procede à segunda alteração ao Estatuto
da Ordem dos Enfermeiros - Em vigor
Prof. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS ONDE SE PRESTAM CUIDADOS DE
SAÚDE
OBJETIVOS:
Conhecer as respostas sociais que se desenvolvem no âmbito da proteção e
da ação social para os cidadãos tugas ao longo da vida.
Conhecer em que consistem as respostas sociais com maior
representatividade em PT dirigidas às pessoas idosas e os objetivos a que se
destinam
A Constituição da república Tuga estabelece no seu artigo 64º que “Todos têm
direito à proteção da saúde e o dever de a defender e promover.”
Da responsabilidade do Estado B) Criação de condições económicas, sociais,
culturais e ambientais que garantam, ... a proteção da infância, da juventude, da
velhice, e pela melhoria sistemática das condições de vida...
Expansão e crescendo dos direitos de cidadania
Realidade social complexa: demográfica (maior esperança
de vida, envelhecimento), estrutura e modelos familiares
Respostas sociais adequados sociais adequadas à
complexidade social e à garantia dos direitos
Centro de Dia
Resposta social, desenvolvida em equipamento, que presta um conjunto de serviços
que contribuem para a manutenção das pessoas idosas no seu meio sócio-familiar.
OBJETIVOS:
• Contribuir para a estabilização ou retardamento das consequências nefastas do
envelhecimento;
• Fomentar relações interpessoais e intergeracionais;
• Favorecer a permanência da pessoa idosa no seu meio habitual de vida.
DESTINATÁRIOS - Pessoas que necessitem dos serviços prestados pelo Centro de
Dia, prioritariamente pessoas com 65 e mais anos.
Centro de Noite
Resposta social, desenvolvida em equipamento, que tem por finalidade o
acolhimento noturno, prioritariamente para pessoas idosas com autonomia que, por
vivenciarem situações de solidão, isolamento ou insegurança necessitam de suporte
de acompanhamento durante a noite.
OBJETIVOS:
• Acolher, durante a noite, pessoas idosas com autonomia;
• Assegurar bem-estar e segurança;
• Favorecer a permanência no seu meio habitual de vida;
• Evitar ou retardar a institucionalização.
DESTINATÁRIOS - Prioritariamente pessoas de 65 e mais anos com autonomia ou,
em condições excecionais, com idade inferior, a considerar caso a caso.
Centro de Convívio
Resposta social, desenvolvida em equipamento, de apoio a atividades sócio
recreativas e culturais, organizadas e dinamizadas com participação ativa das
pessoas idosas de uma comunidade.
OBJETIVOS:
• Prevenir a solidão e o isolamento;
• Incentivar a participação e potenciar a inclusão social;
• Fomentar as relações interpessoais e intergeracionais;
• Contribuir para retardar ou evitar a institucionalização.
DESTINATÁRIOS - Pessoas residentes numa determinada comunidade,
prioritariamente com 65 e mais anos.
OBJETIVOS:
CONCEITO DE SAÚDE 1
Prof. Gina CONCEITO DE SAÚDE INDIVIDUAL E DA COMUNIDADE
Marques
Segundo a OMS:
É um direito fundamental da pessoa, que deve ser assegurado sem distinção da
raça, religião, ideologia, política ou condição socioeconómica
A saúde é um valor coletivo, um bem de todos, devendo cada um gozá-la
individualmente, sem prejuízo de outrem e, solidariamente, com todos.
SAÚDE
Antigamente:
Estado de completo bem-estar físico, mental e social, não apenas a ausência de
enfermidade ou doença.
Inclui dimensões psicossociais, comportamentais e ambientais.
É um direito fundamental da pessoa, que deve ser assegurado sem distinção da
raça, de religião, ideologia política ou condição sócio económica.
É um valor coletivo, um bem estar de todos.
Atualidade:
Uma preocupação com o indivíduo como um sistema total;
Uma perspetiva que identifica os ambientes interno e externo;
O reconhecimento da importância do papel social do indivíduo na vida.
Problema de saúde → um estado de saúde julgado deficiente pelo indivíduo,
pelos profissionais de saúde, ou pela coletividade.
Saúde e bem-estar são vistos como um resultado, um determinante e um
facilitador dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A resposta do individuo deve ser analisada segundo 3 planos ou dimensões:
Saúde física, mental, social
A saúde não se limita à ausência de doença, mas diz respeito também à ordem
social, psicológica e espiritual.
É um conceito dinâmico.
Conceito Comunidade
“Conjunto de seres humanos vistos como uma unidade social ou todo
coletivo, composto de membros ligados entre
si pela partilha do espaço geográfico, pela
partilha das condições ou por um interesse coletivo”.
A SAÚDE NA COMUNIDADE
Um estado definível de equilíbrio, no qual os subsistemas estão em harmonia de
modo a que o TODO possa atingir o seu potencial máximo; Competência para
funcionar
A ENFERMAGEM NA COMUNIDADE
Mostra uma visão holística e única à comunidade
Participando na apreciação da comunidade
Identificando e diagnosticando problemas capazes de serem resolvidos através
de intervenções de enfermagem
Planeando para a resolução dos problemas de saúde da comunidade
Avaliando o efeito destas intervenções na saúde da comunidade
INTERVENÇÃO EM ENFERMAGEM
PREVENÇÃO
Evitar o aparecimento de doenças, reduzir a sua duração ou reduzir as suas
consequências
EVOLUÇÃO HISTÓRICA, ONTOLÓGICA E EPISTEMOLÓGICA DA ENFERMAGEM 3
Prof. Alcinda EVOLUÇÃO HISTÓRICA, ONTOLÓGICA E EPISTEMOLÓGICA DA
Reis
ENFERMAGEM
A ciência da enfermagem adquiriu um corpo de conhecimentos através do
desenvolvimento de teorias, sistematizações dos cuidados e construção de saberes,
que muito têm contribuído para os processos de cuidar.
2 Perspetivas fisiológicas
EPISTEMOLOGIA
É um ramo da filosofia que trabalha com o conhecimento e como nós chegamos
ao conhecimento do mundo.
Estudo do que os seres humanos sabem, e como vieram a saber, ao longo dos
tempos. → Segundo Meleis (1987)
Esta autora busca descobrir o que as pessoas pensam sobre o saber e qual o
critério para avaliar este conhecimento.
ONTOLOGIA
Trata-se de um termo relativamente novo, introduzido com o objetivo de
distinguir o estudo do ser como tal.
O termo derivado da palavra grega que significa ‘ser’ → Segundo o dicionário
Oxford de Filosofia
ENTÃO EM ENFERMAGEM
“O cuidado é o permanente companheiro do ser humano”, podendo ser
compreendido como uma relação amorosa com realidade, com o objetivo de
garantir-lhe a subsistência e criar-lhe espaço para seu desenvolvimento.
Se não nos basearmos no cuidado, não conseguiremos compreender o ser
humano e sua relação do cuidar com a envolvente.
Assim sendo, cuidar, segundo (Boff, 2000 p. 90) é:
NOTA:
A Sexualidade, a Dor ou a Gestão da Doença Crónica são palavras chave
identificadas como presentes em grande parte da produção de conhecimento em
Enfermagem, o que demonstra um equilíbrio entre o estudo das infirmezas
relacionadas com processos intencionais.
EXEMPLO: para este equilíbrio, as dimensões psicológica e sociocultural da
sexualidade são importantes domínios de conhecimento na Enfermagem, assim
como os processos não intencionais (como a dor enquanto resposta fisiológica, e
outros fatores que a condicionam).
A ciência de enfermagem transforma-se com os conceitos fundamentais:
Pessoa
Saúde CONCEITOS
Ambiente METAPARADIGMÁTICOS
Cuidados de enfermagem
Prof. Alcinda
Reis AS ESCOLAS DE PENSAMENTO EM ENFERMAGEM
Teorias percursoras do pensamento em enfermagem já conhecidas:
Teoria Sistémica Teoria Holística Teoria da Adaptação
PARADIGMAS DISTINOS:
Categorização
Integração
Transformação
PRMITEM ORGANIZAR:
Orientações distintas nos cuidados desenvolvidos pelos Enfermeiros.
Orientações que valorizam mais a Saúde Pública ou a Doença, através da Pessoa
ou da Abertura sobre o Mundo.
PARADIGMA DA CATEGORIZAÇÃO
Os fenómenos são divisíveis em categorias, classes ou grupos distintos. Estes
elementos são considerados “isoláveis” ou manifestações simplificadas dos
fenómenos.
Considera-se que uma mudança no fenómeno em estudo, resulta de condições
anteriores.
Os elementos e as relações entre eles são lineares e explicáveis por relações de
“causa-efeito”.
Na perspetiva deste paradigma, o desenvolvimento dos conhecimentos, visa a
descoberta de leis universais.
O pensamento dos enfermeiros é orientado para a pesquisa de fatores que
causam doenças.
PARADIGMA DA INTEGRAÇÃO
Prolonga o Paradigma da Categorização, reconhecendo os elementos e as
manifestações de um fenómeno, integrados no contexto específico dentro do qual o
fenómeno está a ser considerado.
O ENFERMEIRO:
Avalia as necessidades de ajuda da Pessoa.
“Age com” a Pessoa, a fim de responder às suas necessidades.
Planifica e avalia as suas ações em função destas necessidades.
É um perito que ajuda a Pessoa a escolher os comportamentos de
saúde melhor adaptados ao seu funcionamento pessoal e interpessoal.
PARADIGMA DA TRANSFORMAÇÃO
O ponto de partida da avaliação em Enfermagem, é a interação de fenómenos
complexos e em constante mudança na Pessoa.
Cada fenómeno é único .
Podem existir semelhanças entre eles mas terão sempre um padrão único na sua
estrutura.
Este padrão único de cada fenómeno resulta da interação recíproca e simultânea
com o mundo que rodeia a Pessoa.
Este paradigma marca a abertura da Ciência de Enfermagem sobre o mundo.
É nesta perspetiva paradigmática (abertura sobre o mundo) que a OMS
reconhece e tem visibilidade na Declaração de Alma Ata (1978), a ligação entre
promoção e a proteção da saúde dos povos a par dos progressos no plano social
e económico.
Sob a perspetiva deste paradigma as pessoas são agentes da sua própria saúde;
são um membro da equipa à semelhança dos profissionais de saúde.
CUIDADO → de Enfermagem, visa manter o bem estar que a própria Pessoa define.
PESSOA →é considerada como um ser único, nas suas múltiplas dimensões; é
indissociável do seu universo.
A PESSOA é um TODO indissociável, maior e diferente da soma de todas as suas
partes.
Tem uma forma única de se olhar e relacionar consigo mesma e com o universo.
Evolui ao longo da sua vida, na procura da qualidade de vida, à medida que
estabelece e procura alcançar as suas prioridades na sua saúde.
SAÚDE →não é um bem que se possua, nem um estado estável ou uma ausência de
doença.
“É parte integrante da vida do indivíduo, famílias e dos grupos sociais, evoluindo
num ambiente particular”
É um valor e uma experiência veiculada pela perspetiva da própria Pessoa.
A experiência da doença faz parte da experiência da saúde!
AMBIENTE → é composto pelo universo no qual a Pessoa é parte. Pessoa e
Ambiente estão em constante mudança, em simultaneidade.
ENFERMEIRO → possui diferentes conhecimentos e dá espaço à forma como a
Pessoa vê a sua saúde e define as suas prioridades.
ESCOLA DA INTERAÇÃO
“Como fazem as enfermeiras o que estão a fazer?”
As teóricas que formam esta escola inspiraram-se nas teorias da integração, da
fenomenologia e do existencialismo.
centrando o seu interesse nos processos de interação entre uma pessoa que
necessita de ajuda e outra que a pode oferecer;
NOTA:
Por exemplo, nos cuidados de enfermagem prestados a um utente no hospital,
após uma intervenção cirúrgica de urgência, podem ser apropriadas várias
perspetivas: os conceitos de Nightingale podem ser utilizados durante a
manipulação do ambiente a fim de fornecer um quarto confortável;
Hall apresenta uma estrutura de cuidados que salienta o estímulo do doente;
Henderson e Abdellah apresentam estruturas para o exame e cuidados na fase
imediata pós-anestésica;
Para Rogers e King, as relações do utente com a família e a comunidade podem
ser mais completamente verificadas, enquanto Orem fornece uma estrutura para
assistir ao utente no regresso ao auto-cuidado total.
SIGNIFICADO
Propósito /Objetivo Globalismo /totalidade
conjunto de partes reunidas que
conjunto de elementos em se relacionam entre si formando
interação recíproca uma totalidade
Todo o sistema tem um ou alguns propósitos Todo o sistema tem uma natureza
ou objetivos. As unidades, bem como os orgânica, pela qual a ação que produza
relacionamentos, definem um arranjo queCONCEITOSmudança em uma das unidades do sistema
visa sempre um objetivo ou finalidade a deverá produzir mudanças em todas as
alcançar; suas outras unidades;
conjunto de elementos interdependentes,
um todo organizado ou complexo; um
cujo resultado final é maior do que a
conjunto ou combinação de coisas ou
soma dos resultados que esses elementos
partes, formando um todo complexo ou
teriam caso operassem de maneira isolada
unitário orientado para uma finalidade
NOÇÃO
Princípio da
Princípio da totalidade retroação/causalidade circular auto regulação da equifinalidade
o sistema como um uma mudança em qualquer dos através do equilíbrio de no sistema a influência
conjunto que é mais do seus subsistemas afeta todos os forças de tendência à de uma dada situação é
que a soma das suas outros e o sistema como um homeostase e determinada pelo seu
partes todo, inclusive o 1º subsistema transformação, o impacto na organização
referido, num processo circular sistema sobrevive e do sistema, padrões
em que cada ação desencadeia mantém-se coeso. habituais de interação e
uma reação resposta ao “stress”.
TEORIA HOLÍSTICA
TEORIA DE ADAPTAÇÃO
As respostas adaptativas são uma função do estímulo que se recebe e do nível de
adaptação;
Um estímulo é qualquer fator que provoque uma resposta, podendo surgir tanto
do ambiente externo como interno;
Processo de ajustamento ou modificação do comportamento, ou do
funcionamento para adaptar-se à situação e obter conservação;
Processo de vida pelo qual as pessoas mantêm a integridade
Mudança resultante da integração dos seres humanos e de seu ambiente;
A mudança ocorre como um processo de evolução constante não retornando
nunca ao estado original;
Resposta positiva aos estímulos internos ou externos;
Usando os mecanismos biopsicosociais para promover a integridade pessoal;
Condição da pessoa ou amplitude da capacidade de “enfrentamento” da pessoa;
RESPOSTA ADAPTATIVA
Comportamentos que afetam positivamente a saúde através da promoção da
integridade da pessoa em termos de sobrevivência, crescimento, reprodução e
domínio;
PRESSUPOSTOS
A pessoa como sistema global adapta-se às modificações ou estímulos sejam eles
estímulos internos do indivíduo ou do ambiente envolvente;
Cada pessoa é considerada como um total integrado, com componentes
biológicos, psicológicos e sociais e em constante interação com o ambiente;
Para manter a homeostasia ou integridade, as pessoas têm de responder ou
adaptar se a qualquer mudança, utilizando mecanismos quer inatos quer
adquiridos;
Cada pessoa tem o que é conhecido por zona de adaptação individual, que se
refere à sua capacidade de resposta a estímulos;
O âmbito da zona de adaptação é pessoal e varia de pessoa para pessoa;
PESSOA ENQUANTO SISTEMA ADAPTATIVO
Seminário 2019 – Saúde e objetivos de desenvolvimento sustentável: desafios para uma década -
relatório sumário - Pretende-se assegurar uma estrutura para enfrentar os desafios da próxima
década que ainda persistem no nosso país, como as alterações demográficas e as migrações, a
pobreza, as desigualdades, as iniquidades crescentes e a degradação ambiental, somadas às
consequências da atual crise pandémica.
A saúde é central para o desenvolvimento sustentável: As alterações climáticas são um dos maiores
desafios que a humanidade enfrenta, e Portugal é das áreas do mundo consideradas mais vulneráveis
(Impacto das alterações climáticas na saúde e na segurança alimentar)
O gradiente socioeconómico na distribuição da saúde e da doença - O comportamento humano é
socialmente localizado e desenvolve-se no âmbito de estruturas sociais que estão para lá do indivíduo
- problema de alocação de recursos
Cuidados de saúde sustentáveis : envolve trabalhar em todo o sistema de saúde e parceiros para
oferecer cuidados de saúde que oferecem um retorno assente nos 3 pilares da sustentabilidade
(social, económico, ambiente)
Nível mais elevado da relação entre sustentabilidade e saúde que envolve considerar a
sustentabilidade de tudo o que tem impacto na saúde e no bem-estar
”A saúde é central para o desenvolvimento sustentável. Saúde e bem-estar são vistos como um
resultado, um determinante e um facilitador [do alcance] dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável ”.
“Numa saúde que se quer mais equitativa, abrangente e integrada, o PNS reconhece
a complexidade dos determinantes de saúde e visa a inovação na sua abordagem,
tendo em conta as necessidades das próximas gerações” (nota da Direção-Geral da
Saúde).
PLANEAMENTO EM SAÚDE :
PLANEAMENTO POR PROGRAMAS E PROJETOS
1. Projeto – conjunto de atividades (tarefas) que decorrem num período de tempo
bem delimitado, que visa obter um resultado específico e que contribui para a
execução de um Programa
2. Programa – conjunto de projetos que decorrem num período de tempo bem
delimitado, habitualmente superior ao de um projeto e visa obter um resultado
específico contribuindo para a execução de um plano
3. Plano – é um conjunto de programas e/ou projetos contribuindo para alcançar
os objetivos da instituição
No Diagnóstico da situação:
1. Identificam-se os problemas;
2. Determinam-se as necessidades
CARACTERÍSTICAS:
Suficientemente alargado;
Suficientemente aprofundado;
Sucinto;
Corresponder às necessidades do próprio processo de planeamento (da
saúde, da formação, ...)
As vacinas permitem salvar mais vidas e prevenir mais casos de doença do que
qualquer tratamento médico.
Vacinação :
Gratuito
Universal
Calendário recomendado
Prescrição universal
Administrado por enfermeiros
Aplicado nos centros de saúde e hospitais
Coordenação DGS
Financiado pelo orçamento do estado
A sessão vacinal deve ser sempre iniciada por uma entrevista com a finalidade de
avaliar a situação de saúde e detetar possíveis contra indicações às vacinas
programadas e as preocupações a ter em cada caso.
RECOMENDA-SE:
Intervalo entre 4-6 semanas entre a 1ª dose e a 2ª dose e de 6 a 12 meses entre
a 2ª e a 3ª doses
Reforços aos 10, 25, 45, 65 anos de idade e, posteriormente, de 10 em 10 anos
Vacinação contra o Tétano e Difteria (2) - IMPORTANTE
Cada mulher em idade fértil deve ter registo de, pelo menos, 3 doses de vacina
contra o tétano antes da 1ªgravidez, fazendo um reforço em cada gravidez,
aquando da vacinação contra a tosse convulsa e continuando com os reforços
previstos no esquema recomendado, ao longo da vida.
Prof. Clara
André PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Doenças crónicas de base alimentar representam já a principal causa de morte
nas sociedades ocidentais
A obesidade, associada à ingestão alimentar desajustada, atinge cerca de 1
milhão de tugas adultos e a pré-obesidade atinge 3,5 milhões
A obesidade coexiste com a malnutrição
Crescimento acentuado dos custos sociais e económicos relacionados com este
tipo de patologias
MISSÃO
Intervenção a nível ambiental : Cidadãos vivam, cresçam, aprendam, trabalhem em
ambientes alimentares saudáveis
Intervenção a nível individual : Cidadãos mais informados e capacitados para
escolhas alimentares saudáveis
Intervenção a nível do sistema saúde : Sistema de saúde com mais respostas e mais
capacitados (alimentação e controlo de obesidade)
Sinalizar a discrepância
Em alternativa à confrontação de perspetivas e valores, a simples reprodução das
expectativas e das ações expressas pelo utente pode ser utilizada para assinalar a
dissonância e contribuir para consciencialização e efetiva mudança
comportamental do individuo.
Prof. Clara
André ATIVIDADE FISICA
CONCEITOS
OBJETIVOS
1. Aumentar a literacia, a valorização e a participação da população relativamente às
diferentes formas de atividade física, desportivas e não-desportivas;
2. Capacitar os profissionais de saúde, e promover alterações estruturais, com vista
generalização da promoção da atividade física nos serviços de saúde;
3. Incentivar ambientes facilitadores de atividade física no lazer, nos transportes, no
trabalho, na escola/universidade e nos demais contextos de vida;
4. Promover a vigilância da atividade física e dos seus determinantes, e a valorização
e reconhecimento das boas práticas na promoção da atividade física.
MISSÃO
Contribuir na criação, implementação e desenvolvimento de condições para que
todas as pessoas residentes em território nacional reconheçam as vantagens,
para a saúde, de adotarem comportamentos fisicamente ativos e para que todos,
independentemente das suas condições de saúde, económicas, demográficas ou
sociais, tenham a possibilidade de ter um estilo de vida ativo.
Prof. Clara
André Tabagismo
1 em 2 consumidores que fume regularmente ao longo da vida morrerá por uma
doença associada ao tabaco, perdendo em média 10 anos de esperança de vida.
Existe uma aceitação social do consumo de tabaco e baixa perceção do risco.
Há cada vez mais mulheres a fumar
Muito do consumo inicia-se na adolescência
O tabaco mata. Fumar é uma das principais causas evitáveis de doenças crónicas,
perda de qualidade de vida e mortalidade prematura.
Fumar agrava o risco de diabetes, de tuberculose e de cegueira.
Fumar reduz a fertilidade e tem graves consequências para a saúde da mulher
grávida, do feto e da criança.
O fumo ambiental do tabaco tem efeitos nocivos imediatos e a longo prazo, não
existindo um limiar seguro de exposição.
METAS
Reduzir a prevalência de fumadores na população com >/= 15anos para
menos 17%
Travar o aumento de consumo de tabaco nas mulheres
Eliminar a exposição ao fumo ambiental
Reduzir as desigualdades regionais na prevalência de fumadores, na
população com >/= 15 anos
Prof. Clara
André
ESTRATÉGIA NACIONAL PARA O ENVELHECIMENTO ATIVO E
SAUDÁVEL
ENVELHECIMENTO ATIVO E SAUDÁVEL é o processo de otimização das
oportunidades para a saúde, participação e segurança, para a melhoria da qualidade
de vida à medida que as pessoas envelhecem bem como o processo de
desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional, que contribui para o bem-
estar das pessoas idosas, sendo a capacidade funcional o resultado da interação das
capacidades intrínsecas da pessoa (físicas e mentais) com o meio.
Ativo - refere-se à participação contínua na vida social, económica, cultural,
espiritual e cívica, ou seja, vai muito além da possibilidade de ser física e
profissionalmente ativo.
Envelhecimento ativo é definido como o processo de otimização das oportunidades
para a saúde, participação e segurança, para a melhoria da qualidade de vida à
medida que as pessoas envelhecem
1º AVALIAÇÃO
SUBFASES:
a) Colheita dos dados
b) Análise dos dados
O Enfº examina os dados obtidos por forma a identificar e comparar uns dados
com os outros
Os dados analisados sugerem problemas de saúde Reais ou Potenciais
Para fazer esta análise o Enfº utiliza o seu conhecimento das várias teorias e
conceitos para agrupar os dados colhidos
Os Diagnósticos de Enfermagem (DE) são uma consequência dos agrupamentos
de dados que evidenciam relações, fazem sentido e levam a um conclusão lógica
A identificação de lacunas nos dados ocorre na análise, para se garantir que foi
colhida toda a informação importante para o DE
2º DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Decorre da avaliação feita pelo enfº
É a identificação das respostas humanas e limitação de recursos da pessoa a
cuidar
É definido com o objetivo de identificar e direcionar os Cuidados de Enfermagem
A formulação do Diagnóstico identifica o problema de saúde real (voltado para o
presente) ou potencial (voltado para o futuro), ou uma deficiência ou uma
preocupação da Pessoa, que podem ser que podem ser INFLUENCIADOS por
ações de ENFERMAGEM
Os DE são consequências das inferências feitas pelo Enfº , tendo como base os
conceitos e as teorias de Enfermagem. MÉTODO CIENTÍFICO EM ENFERMAGEM
Uma vez identificados os DE, devem ser listados por ordem de prioridade
O estabelecimento desta prioridade, deve levar em conta a opinião do Enfº e
também a da Pessoa
Esta prioridade é estabelecida de acordo com a avaliação que o Enfº faz do GRAU
DE AMEAÇA ao NÍVEL DE BEM ESTAR da Pessoa a cuidar
O Enfº baseia-se na sua experiência profissional anterior e no conhecimento
científico das necessidades e funções do ser humano
3º PLANEAMENTO
O Plano para estabelecer Cuidados de Enfermagem – designado PLANO de
CUIDADOS, pode ser descrito como: o conjunto das ações que têm que ser feitas
pelo Enfº, para ajudar a Pessoa naquele momento da sua vida.
O Planeamento envolve: o estabelecimento MÚTUO de objetivos, o julgamento
de prioridades e a definição de estratégias para a resolução dos problemas
Inclui as seguintes fases:
Definição de objetivos (considerando o fator “tempo” para os alcançar)
Definição de diagnósticos
Definição das ações/intervenções do Enfº para cada um dos DE
Em suma:
O Plano de Cuidados é um meio de resolução de problemas , alcançando
objetivos de maneira ordenada
Permite ao Enfº organizar-se, dando direção e sentido às ações de Enfermagem,
em conjunto com a Pessoa/família
Como as condições de Saúde da Pessoa estão em constante transformação, o
Plano de Cuidados tem sempre que refletir essas mudanças
4º IMPLEMENTAÇÃO
Refere-se à ação ou conjunto de “ações” (também designadas “intervenções”)
iniciadas de modo a atingir metas e objetivos
É a colocação do Plano de Cuidados em ação
As crenças que os Enfermeiros e as Pessoas/família têm sobre o processo de
saúde e doença, influenciam a definição das ações prescritas e a serem colocadas
em prática
Se cada Pessoa é única as INTERVENÇÕES terão que refletir essa singularidade!
5º EVOLUÇÃO
Pode ser definida como as mudanças obtidas pela Pessoa cuidada, após a
intervenção profissional do Enfermeiro
A evolução pode levar à REAVALIAÇÃO, despoletando um novo início do PE!
As principais questões que o Enfermeiro coloca nesta fase são:
As metas e os objetivos foram atingidos?
Houve modificações identificáveis na saúde da Pessoa?
PROCESSO DE ENFERMAGEM
1º fase - AVALIAÇÃO 2º fase – 3º fase – 4º fase – 5º fase -
DIAGNÓSTICO DE PLANEAMENTO IMPLPLEMENTAÇÃO EVOLUÇÃO
ENFERMAGEM
Subfases: Objetivo: identificar Estabelecimento de Inicio da intervenção São as
Colheita de dados e direcionar os um conjunto de ou das intervenções mudanças
Análise de dados cuidados de ações, objetivos e definidas com o obtidas pela
enfermagem. metas feitas pelo objetivo de atingir as Pessoa
Leva sempre a um enfermeiro em metas e os objetivos cuidada após a
diagnostico de É estabelecida uma conjunto com a delineados. ação do
enfermagem; lista de prioridades Pessoa de modo a enfermeiro.
tendo sempre em ajudá-la naquele
Inclui obrigatoriamente: conta a opinião do momento.
Dados biográficos; enfermeiro e da
Dados históricos de Pessoa.
saúde, incluindo
familiares e sociais;
Dados objetivos e
subjetivos.
CONCEÇÕES EM EMFERMAGEM 1
Prof. Alcinda
Reis
TEORIA DAS NECESSIDADES FUNDAMENTAIS DE VÍRGINIA
HENDERSON
FUNÇÕES exclusivas dos ENFERMEIROS coloca as seguintes questões (cuja resposta
esteve na base do desenvolvimento da sua Teoria):
a) Em que consiste a prática de Enfermagem?
b) Que funções específicas são executadas pelos enfermeiros?
c) Que atividades são peculiares à Enfermagem?
CONCEÇÃO DE HENDERSON
COMPONENTES:
Respirar normalmente;
Comer e beber apropriadamente;
Eliminar as impurezas corporais;
Mover-se e manter posturas corretas;
Dormir e descansar;
Vestir-se e despir-se, selecionando vestuário adequado;
Manter a temperatura corporal, adaptando o vestuário e modificando o
ambiente;
Manter a higiene e a proteção da pele;
Evitar perigos ambientais e impedir que prejudiquem os outros;
Comunicar com os outros, expressando emoções, necessidades, receios e
opiniões;
Fazer o seu culto de acordo com a sua fé;
Trabalhar de forma a obter realização;
Praticar desporto ou participar em diferentes atividades recreativas;
Aprender, descobrir ou satisfazer a curiosidade que conduz ao desenvolvimento
normal e à saúde, utilizando os meios disponíveis.
PRESSUPOSTOS:
Tanto o enfermeiro como a pessoa valorizam a independência sobre a
dependência;
A saúde tem um significado social bem como um significado individual;
Toda a pessoa tende a alcançar o mais alto nível de saúde ou, na sua
impossibilidade, uma morte serena;
Quando a pessoa tem conhecimento, força e/ou vontade tende a alcançar a
saúde;
Tanto a pessoa como o enfermeiro devem definir objetivos congruentes
Os cuidados de enfermagem devem basear-se na satisfação de 14 necessidades
básicas;
O enfermeiro deve ter em conta o plano terapêutico prescrito pelo médico ao
definir os objetivos dos cuidados;
A prática profissional do enfermeiro deve basear-se nos contributos gerados pela
investigação em Enfermagem/conhecimentos.
Sendo que a satisfação de qualquer uma delas é diferente de pessoa para
pessoa, variando com os FATORES PSICOLÓGICOS, SOCIAIS E CULTURAIS e com a
sua própria perceção de “correto” ou “normal”.
1) Avaliação de Enfermagem
2) Diagnóstico de Enfermagem
3) Plano de Enfermagem
4) Implementação de Enfermagem
5) Evolução de Enfermagem
PRECAÇÕES BÁSICAS
PREVENÇÃO EM SAÚDE
PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO
PERÍODO PATOGÊNICO
DATAS IMPORTANTES
Objetivos:
CADEIA DE INFEÇÃO
Conter na fonte,
Proteger/modificar o risco Bloquear/eliminar
do hospedeiro reservatórios
Bloquear a passagem de
colonização a infeção
Bloquear as vias
de transmissão
MODO DE TRANSMISSÃO – Contacto: direto e indireto; por gotículas; Via aérea: por
vetor
A relação que se tem com o corpo não é igual à relação que se tem com qualquer
outra matéria
O corpo para além de ser matéria tem também um significado humano, o corpo
é a expressão do próprio sujeito
PRESPETIVAS
O corpo objeto, sujeito e vivido:
O CORPO OBJETIVO
A perspetiva biomédica sobre a pessoa nos cuidados de saúd
O CORPO SUJEITO
A pessoa é um ser corporal que experiencia a realidade, ou seja, tem uma visão
de mundo
Não é o corpo mero objeto, mas um corpo/sujeito, há uma total interligação/
sobreposição entre corpo e consciência tornando a pessoa em algo uno: CORPO
E MENTE
O corpo-sujeito é o que está na realidade e que tem a capacidade de
experienciar a si mesmo e ao mundo
O mundo, são as coisas que aparecem à pessoa, ela tem a capacidade de
experienciar e de ver os fenómenos sempre da sua própria perspetiva “ é
verdade que o mundo é o que vemos e que, contudo, precisamos aprender a vê-
lo”
O CORPO VIVIDO
A experiência humana é vivenciada através do corpo humano, habitado por uma
consciência.
O corpo nunca é apenas um corpo, o corpo é sempre um corpo vivido, e, em
constante construção
Ter em conta a vivência da experiência da pessoa que vive a experiência de
saúde ou alteração desta, é o que está em causa, é ter em conta tudo aquilo que
rodeia/ envolve a pessoa: a cultura, os afetos, o tempo, as relações sociais...
É esse movimento que rompe com a noção de corpo-objeto.
É a pessoa que pelo seu corpo tem a capacidade de experienciar a si mesmo e o
mundo
No cuidado de enfermagem deve pensar-se o corpo como algo importante mas
não como fim, pois, há a necessidade de perceber como capta o mundo no qual
o corpo/sujeito está inserido e apreender ou percebe a realidade, do seu mundo
vivido.
As experiências da pessoa nos cuidados de saúde não podem ser abordadas com
base apenas na avaliação objetiva, o que toma o corpo como seu objeto, mas
deve considerar o comportamento e os sentimentos da pessoa
Acompanhar alguém no cuidar não é para fazê-la aderir à ideia de bem-estar de
outrem, não é retirar a sua autonomia ao contrário, baseia-se na autonomia, na
responsabilidade, para o sucesso como para o fracasso
Cuidar sem se substituir, estimulando a responsabilidade por si e a consciência
do seu próprio corpo, descreve uma atitude de acompanhar e não substituir.
A procura do consentimento no cuidado não é uma simples norma que protege a
prática de enfermagem, mas baseia-se na responsabilidade da pessoa para si
mesmo
É um meio formal de devolver a todos a sua responsabilidade e autonomia sobre
o próprio corpo.
PARADIGMA DA TRANSFORMAÇÃO
Cuidar da pessoa é mediado pelo corpo, que exige respeito pelos princípios
éticos e deontológicos da profissão desde logo pela exigência de respeito pela
pessoa na sua individualidade e privacidade
SAÚDE → é um valor e uma experiência veiculada pela perspetiva da própria Pessoa.
A experiência da doença faz parte da experiência da saúde!
AMBIENTE → é composto pelo universo no qual a Pessoa é parte.
Pessoa e Ambiente estão em constante mudança, em simultaneidade.
A MÃO
Reveladora de atitude → fechada e aberta
Órgão de prevenção → põe-se a mão à frente quando se cai
Órgão de contacto → a mão designa, aponta visa, nomeia, palpa e explora as coisas
Órgão do acolhimento → pedir a mão de sua filha
O ROSTO E O OLHAR
Ser homem é dar-se a ver é ser visual → deu á luz
O rosto é a primeira apresentação do eu, ver alguém é essencialmente ver a sua
fisionomia.
O rosto é identidade → é através dele que os outros me conhecem
O rosto transfigura-se → à uma mudança da alegria à tristeza... mas para além
de revelar também esconde. “ quem vê caras não vê corações”
No rosto destaca-se o olhar com a sua reciprocidade e intencionalidade o olhar
entre mãe e filho, o olhar do sedutor, “o teu olhar não engana”
Alguns dos processos físicos do corpo não podem ser auto controlados
O corpo é o meio de contacto com o mundo. É através dele que o mundo existe
para a pessoa
Os sentimentos de amor, alegria, confiança, bondade revelam-se expressam-se
através do corpo
O corpo é sempre um corpo situado no tempo e no espaço. É a marca da vida da
pessoa no presente mas também do seu passado e de certa forma do seu futuro
O enfermeiro possui uma autorização social e legal para tocar, manusear e expor
o corpo do outro.
O manuseamento, a observação determinam um poder sobre o corpo das
pessoas.
Ao mesmo tempo, produz um saber sobre esse corpo, que através dos registos
passa a ser do domínio de toda a equipa.
O enfermeiro quando cuida e há necessidade absoluta de expor o corpo da
pessoa, é necessário não esquecer que para a pessoa é o seu corpo, a exposição
do mesmo, a sua intimidade, a sua nudez que está em causa.
SALIENTA-SE:
Corrente Humanista
PERSPETIVAS DE SIGNIFICADO
Um conjunto de pressupostos, hábitos mentais, expectativas habituais que nos
predispõem a perceber o mundo e a reagir de determinada maneira
Uma estrutura de postulados psico-culturais no contexto dos quais uma nova
experiência é assimilada e transformada pela nossa experiência passada
São formadas inconscientemente e acriticamente, nomeadamente na infância
São maneiras de perceber a realidade, mas em geral são distorcidas e
enviesadas
TRANSFORMAÇÕES DE PRESPETIVAS
Processo pelo qual tomamos consciência critica da forma como certos pressupostos,
hábitos mentais (...) condicionam a maneira como vemos as coisas e como nos
vemos a nós próprios.
REFLEXÃO CRÍTICA
Dimensão crucial na aprendizagem dos adultos
Na vida real não existem aprendizagens puras, mas sim uma simultaneidade de
várias aprendizagens
PEDAGOGIA
A base é o diálogo libertador e não o monólogo opressivo do educador sobre o
educando
Na relação educador/educando faz-se com que este aprenda a aprender
EDUCAÇÃO
Não pode ser um depósito de informações do educador sobre o educando
Deve respeitar a linguagem, cultura e história de vida dos educandos
Deve conduzir aqueles à tomada de consciência da realidade que os envolve, e a
discuti-la criticamente
Os conteúdos não poderão ser desvinculados da vida
Todas as pessoas estão imersas numa cultura e cabe ao educador fazer a ponte
entre essa cultura e os novos conhecimentos para que estes sejam efetivamente
construídos
“ A leitura do mundo precede a leitura da palavra”
A realidade vivida é a base para qualquer construção de conhecimento
EDUCAÇÃO DE ADULTOS
Motivação para aprender à medida em que as suas necessidades e interesses
são satisfeitos
Orientação de aprendizagem está centrada na vida; por isso são as situações
de vida que organizam essa aprendizagem;
A experiência é o ponto de partida: o centro das metodologias em educação
de adultos é a análise das experiências.
Têm uma profunda necessidade de serem autodirigidos; não basta transmitir-
lhes conhecimento e depois avaliá-los.
As diferenças individuais: a educação de adultos deve considerar as
diferenças de estilo, tempo, lugar e ritmo de aprendizagem.
Credível
Isenta
Baseada em evidência
Desprovida de juízos morais ou de valor
Como apoio nas decisões ao longo da vida, nas várias etapas e dificuldades
Contribuir para que cada pessoa seja capaz de autogerir a sua saúde
“Ninguém sabe tudo assim como ninguém ignora tudo. O saber começa com a
consciência de saber pouco ... É sabendo que se sabe pouco que uma pessoa se
prepara para saber mais... O homem, como um ser histórico, inserido num
permanente movimento de procura, faz e refaz permanentemente o seu saber. “
Paulo Freire
Prof. Ana
Spínola
INTRODUÇÃO À LITERACIA EM SAÚDE
PROMOÇÃO DA SAÚDE E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Reconhece a saúde e o bem estar como essenciais para alcançar o
desenvolvimento sustentável.
Reafirma a saúde como um direito universal, um objetivo social compartilhado e
uma prioridade política para todos os países.
Oferece caminhos para acelerar a ação dos países, com compromissos
específicos
Boa Governança Cidades Saudáveis Literacia em saúde
DECLARAÇÃO DE XANGAI SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE - 2016
Destaca a necessidade de as pessoas poderem controlar sua própria saúde - de
estarem em posição de escolherem um estilo de vida saudável
Literacia em saúde → desenvolvimento de estratégias promotoras da consciência
dos cidadãos sobre como viver de forma mais saudável, além de aumentar suas
habilidades para controlar sua própria saúde e suas determinantes
Compromissos relacionados à governança incluem a proteção da saúde por meio
de políticas públicas, fortalecimento da legislação, regulamentação e tributação
de produtos não saudáveis e implementação de políticas fiscais para permitir
novos investimentos em saúde e bem-estar.
LITERACIA EM SAÚDE
“Competências cognitivas e sociais e a capacidade da pessoa para aceder,
compreender e utilizar informação por forma a promover e a manter uma boa
saúde”.
Engloba o conhecimento individual, motivação e competências no acesso,
compreensão, avaliação e aplicação da informação em saúde, permitindo a
capacidade crítica e de decisão no quotidiano e em assuntos relacionados com
cuidados de saúde, prevenção da doença e promoção da saúde e que permite a
manutenção ou melhoria da qualidade de vida
COMPREENDER
Cuidados de saúde
Capacidade de interpretação e de
avaliação de informações médicas
APLICAR / UTILIZAR
Aumento do nº de
internamentos
Maior procura e
Baixo nível de Diminuição da
utilização dos serviços
literacia em saúde qualidade de vida
de urgência
das pessoas
Menor preocupação e
ação para a prevenção
da doença e promoção
da saúde
PROCESSO DE PLANEAMENTO:
Facilitar o acesso a informação – Sessões Psicoeducativas
Prof. Ana
Spínola PLANEAMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Manual de boas práticas de literacia em saúde – Capacitação dos profissionais de
Saúde (DGS, 2019)
“Planear não é apenas algo que se faz antes de agir, é também agir em função
daquilo que se pensa”. Vasconcelos
(2000)
CONHECIMENTO DA REALIDADE
População Alvo Meio Formador
Indivíduo, turma, grupo... Escolar, comunitário... Pessoa, profissional
DETERMINAÇÃO DOS OBJETIVOS
Metas traçadas, o que se pretende alcançar
A sua formulação está diretamente relacionada à seleção de conteúdos
Classificação:
Nível de especificação – geral, especifico
Domínio – cognitivo, afetivo, psicomotor
SELEÇÃO DE RECURSOS
Natureza:
Humanos: formador, formando, comunidade (pessoas, família, grupos...)
Materiais: do ambiente escolar, da comunidade
Foco ao nível:
Individual – competências pessoais específicas e resultados esperados
Coletivo – resultados esperados em relação a um grupo (turma, família...)
8. Tecnologias|ferramentas digitais
informações no momento, no local
vários formatos/necessidades
imagens, modelos, cartazes…
Objetivos específicos :
Visam capacidades a desenvolver
Expressam comportamentos esperados
São sempre formulados em termos operacionais
Diretamente observáveis/mensuráveis
Regras de um objetivo específico:
O sujeito da frase é sempre o formando
O verbo deve ser de ação, que expresse um comportamento observável
(tempo verbal infinito)
Critério: evidencia que vai ser aceite como garantia de que o objeto proposto foi
atingido, Padrão satisfatório de desempenho
Em síntese:
Cada objetivo deve conter apenas uma ideia
Evitar verbos que dêm lugar a múltiplas interpretações
Cada objetivo deve conter apenas um comportamento observável
Objetivos específicos: tantos quantos os necessários para integrar todos os
conteúdos a avaliar
TAXOMIA DE BLOOM (2010)
3 domínios: COGNITIVO (saber), AFETIVO (saber ser), PSICOMOTOR (saber fazer)
Domínio Cognitivo
Domínio da atividade intelectual ou mental
Envolve conhecimento e aptidões intelectuais
Domínio do conhecimento e do pensamento
Evidencia o saber e a forma como este se manifesta
6 níveis:
1. Lembrar, recordar, enumerar, definir, descrever, listar, identificar, reconhecer,
reproduzir, enunciar, designar
Requer memorização
Explicitar a informação que memorizou
Identificar e reproduzir ideias e conteúdos
Selecionar uma determinada informação
Apropriar-se de informações sobre factos, datas, conceitos, teorias,
métodos, classificações, lugares, regras, critérios
Domínio Afetivo
Objetivos ligados a comportamentos, atitudes, responsabilidade, respeito,
emoção, valores
Respostas a nível pessoal e emotivo
Envolve categorias ligadas ao desenvolvimento da área emocional e afetiva
5 níveis:
1. Recetividade, descrever, destacar, escolher, identificar, localizar, perguntar,
responder, seguir, selecionar
Predisposição para ouvir o outro, tomar consciência e prestar atenção
aos estímulos fornecidos
Dar-se conta de factos
Atenção seletiva
Domínio Psicomotor
Domínio das atividades motora ou manipulativas
Envolve aptidões ao nível da motricidade e da manipulação de objetos
Domínio da ação
Relacionado a habilidades físicas específicas
Para ascender a uma nova categoria, é preciso ter obtido um desempenho
adequado na anterior
4 níveis:
1. Reproduzir, observar, demonstrar, replicar, repetir
2. Manipular
Abrange movimentos básicos e fundamentais de manipulação de objetos
3. Articular
Refere-se às aptidões percetivas que são conduzidas ao cérebro para
interpretação
4. Automatizar
Movimentos aperfeiçoados
Tornar-se perito num procedimentos
Manipular corretamente as pinças
Habilidades físicas mais complexas (flexibilidade, agilidade)
Movimentos que pela sua complexidade exigem treino, aprendizagem
Associar capacidades de comunicação não verbal
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conhecer os 3 níveis taxonómicos permite ao formados diversificar as
atividades de formação para aproveitar as potencialidades dos formandos
Existem verbos comuns a diferentes níveis de objetos: a utilização de um
verbo não identifica só por si a classificação de um objetivo num
determinados nível
É o contexto do comportamento que se pretende atingir que o situa a um
certo nível
AVALIAÇÃO
Referir os elementos constituintes de um objetivo específico
Hierarquizar objetivos 2º os domínios do saber
Redigir objetivos pedagógicos em termos operacionais