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Universidade do Contestado-UnC

Campus Mafra- Curso de Medicina

CIDADANIA E SAÚDE
Arthur Fritz Muller, Elio Alfredo Friti Neto, Felipe Benedito, Rafael de Souza
Claumann, Rafael Hefle Morgan, Vinicios Jonatas Dal agnol

CIDADANIA E SAÚDE

Trabalho apresentado à disciplina de


Cidadania e Saúde, ministrado pela
Universidade do Contestado - UnC – Mafra,
para a obtenção de conceito, sob orientação
da professora: Miriam Cristina José Valério.

MAFRA
2022
Conceito de Saúde e Cidadania

Saúde: “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não


somente ausência de afecções e enfermidades”.

Cidadania: Juridicamente, cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos civis e


políticos de um Estado. Em um conceito mais amplo, cidadania quer dizer a qualidade
de ser cidadão, e consequentemente sujeito de direitos e deveres.

1. Políticas Publicas: Garantia do direito a saúde e a cidadania

Referente ao artigo Políticas Publicas: Garantia do direito a saúde e a cidadania


escrito pelos pesquisadores: Carolina Andrade Barriquello e Mateus De Olivera
Fornasier. Temos como introdução uma breve analise histórica acerca do conceito de
saúde e sua integralização na constituição de 1988 (CRFB/88). Sendo assim,
deixando como legado a integração da saúde no Sistema de Seguridade Social, como
um conceito de que a saúde deve ser uma garantida através do acesso das pessoas
e das coletividades as politicas publicas, bens e serviços socias que promovem a
qualidade de vida.
Visto isso, o artigo divide o texto em duas partes, iniciando-se pela tratativa da
saúde publica enquanto direito humano e fundamental e, posteriormente, em um
segundo momento, traz a questão da politicas publicas como garantidoras da
cidadania.
A saúde publica evoluiu junto com a humanidade e suas sociedades, diante
desse cenário é importante ratificar que na história do Brasil, até a CRFB/88 o direito
a saúde não era constitucionalmente previsto como direito fundamental dos cidadãos.
No artigo é abordado os ditames e tratativas para a formulação de um conceito
definitivo de saúde, contudo só depois da Segunda guerra mundial, houve um real
avanço na conceituação da saúde mais especificamente em 26 de julho de 1946 na
constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS), que trouxe em sua redação
“completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”.
Sendo, a partir deste momento tratado como um direito fundamental.
Outro marco importante foi a Declaração de Alma-Ata de 12 de setembro de
1978, que dispôs sobre a necessidade de ação urgente de todos os governos para
promoção da saúde para todos os povos, além de atribuir um alto nível de saúde como
meta social mundial.
Nesse sentido, pode-se dizer que as politicas publicas de saúde possuem um
caráter de garantidores de qualidade de vida, dignidade, e através desses
mecanismos uma autentica cidadania.
As politicas publicas se conceituam-se como um conjunto de decisões e ações
tomadas pelo Poder Publico em relação a alocação de valores que implicam em uma
decisão politica, sendo principal meio de ação do Estado para atender as demandas
da sua sociedade. O processo de definição de politicas publicas para uma sociedade
reflete os conflitos de interesse, os arranjos feitos nas esferas de poder que
impregnam nas intuições do Estado e da sociedade.
Levando-se em consideração todas as questões esplanadas no artigo, pode-
se entender que a democracia garante a seus cidadãos uma serie de direitos
fundamentais, e realizar esses direitos é, em síntese, concretizar a democracia, como
forma do Estado efetivar o comprimento desses direitos. Sendo assim, a cidadania
permite que a coletividade, interaja e enfrente os mais diversos problemas socias-
culturais, entre outros. Concluindo-se assim que as politicas publicas nada mais são
do que uma tentativa de amenizar os problemas socioeconômicos e sociais.

2. Utilização dos serviços de saúde pela população coberta pela


estratégia de saúde da família

Referente ao artigo Utilização dos serviços de saúde pela população coberta


pela estratégia de saúde da família escrito pelos pesquisadores: Léia Cristiane L
Fernandes, Andréa D Bertoldi, Aluísio J D Barros.
A criação do programa de Saúde e Família (PSF) surgiu como uma estratégia
de reorientação e promoção da educação, referente aos serviços saúde publica no
Brasil, sendo esse um direito para todos independente de classe socioeconômica.
Nesse sentido, a pesquisa mencionada coloca em xeque os fatores
sociodemográficos e socioeconômico, referente a utilização do sistema de saúde e da
família por grupos inferiorizados, que infortunadamente não tem condições de fazer
visitas periódicas ao profissional medico ou pelo simples fato da impossibilidade de
acesso ao sistema de saúde. A falta de instrução para com os cuidados higiênicos e
sanitários básicos, levam os indivíduos a desenvolvimento de possíveis doenças.
Sendo assim, dentro da própria PSF são mencionados projetos de promoção a
educação e saúde visando uma reorientação para esses indivíduos tentando mantar
uma equidade do serviço sanitário no Brasil ampliando a cobertura populacional,
sendo esta, promovida pela instituição Estratégia saúde da família (ESF). Em
pesquisas realizadas com classes economicamente mais abastadas, se constata que
a uma maior frequência na ida a profissionais de saúde devido ao fato da maior
instrução. Neste cenário, percebe-se a necessidade de uma ampliação das PSF’s em
projetos socias em todos Brasil.
Para desenvolvimento dessa pesquisa foram utilizados métodos transversos
com 2988 indivíduos residente em áreas cobertas pela ESF no município de Porto
Alegre/RS. Com esses resultados podem-se constatar que o gênero feminino tem
maior recorrência na utilização de serviços de saúde familiar sendo assim cerca de
55% maior em relação aos homens. Além disso, a probabilidade da utilização do
serviço de saúde é maior em grupos com idade avançada, tendo em expressão 21%.
Em analise, a esses números 80% da população não possui cobertura por planos de
saúde privados.
A metodologia permitiu identificar o estudo da utilização de serviços de saúde
em geral no município de Porto Alegre/RS e ajudou a refletir a dinâmica populacional
nas áreas periféricas e de cobertura das ESF’s. Salientando que a maior recorrência
na procura é em grupos de classe baixa, indicando a necessidade de ações
governamentais nessa parcela da população.
REFERÊNCIAS

BARRIQUELLO, Carolina Andrade; FORNASIER, Mateus De Oliveira. POLÍTICAS


PÚBLICAS: GARANTIA DO DIREITO À SAÚDE E À CIDADANIA NO BRASIL. Salão
do conhecimento, 2018.

BERTOLDI, Andréa D; BARROS, Aluísio J D; FERNANDES, Léia Cristiane.


UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PELA POPULACAO COBERTE PELA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMILIA. SciELOBrasil, 19 de junho de 2009.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/7h3V85wnVk7J8LmGHFkXn5G/?lang=pt.
Acesso em: 19 de setembro de 2022.

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