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Políticas de Saúde

Para analisarmos a história das políticas de saúde no país faz-se necessário a definição de algumas
premissas importantes:
1. A evolução histórica das políticas de saúde está relacionada diretamente a evolução político-social e
econômica da sociedade brasileira, não sendo possível dissociá-los;
2. A lógica do processo evolutivo sempre obedeceu à ótica do avanço do capitalismo na sociedade
brasileira, sofrendo a forte determinação do capitalismo a nível internacional;
3. A saúde nunca ocupou lugar central dentro da política do estado brasileiro.
Linha do Tempo da Saúde
Brasil: um século de historia...
 1900 - Sanitarismo Campanhista
 1904 – Revolta da Vacina – Oswaldo Cruz
 1917 - Reforma do porto de Santos
 1923 - Lei Eloy Chaves: criação das CAPs
 1933 - Criação dos IAPs
 1942 - I Conferência Nacional de Saúde e Criação da SESP
 1953 - Criação do Ministério da Saúde
 1963 - III Conferência Nacional de Saúde à campanha pela Municipalização (Gov. João Goulart)
 1964 - Golpe Militar à retrocesso (Centralização)
 1966 - Unificação dos IAPs e criação do INPS
 1975 - Lei 6.229 que cria o Sistema Nacional de Saúde (SIMNPAS = INAMPS + INPS + IAPAS)
 1983 – AIS (Ações Integradas de Saúde) à início da interiorização das ações e serviços)
 1986 – VIII Conferência Nacional de Saúde
 1987 – SUDS à descentralização via convênios
 1988 – Constituição Federal àSUS
ANTES DE 1988
Até metade dos anos 60, praticou-se como modelo hegemônico de saúde o sanitarismo
campanhista (1º modelo), de inspiração militar, que visava o combate às doenças através de estruturas
verticalizadas e estilo repressivo de intervenção.
Na década de 70 o país apresentava um modelo hegemônico: médico assistencial-privatista (2º
modelo). Mas é também neste período que surgem os alicerces político-ideológicos para o surgimento do
movimento pela Reforma Sanitária.
à Também se discutia Saúde para Todos no mundo: Alma Ata – Atenção Primária (1978 – Rússia) e Ottawa
– Promoção da Saúde (1986 - Canadá)
Em março de 1986, acontece em Brasília a VIII Conferência Nacional de Saúde, um dos eventos
político-sanitários mais importantes:
Como resultado central da VIII CNS, tivemos o estabelecimento de um consenso político que
permitiu a conformação do projeto da Reforma Sanitária, caracterizado por três aspectos principais:
 o conceito abrangente de saúde
 saúde como direito de cidadania e dever do Estado

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 a instituição de um Sistema Único de Saúde.
à Foi a 1ª conferência aberta à sociedade em geral (mais de 4.000 participantes!)
à abertura política pós-regime militar.
à Encaminhamento do Relatório da VIII Conferência Nacional de Saúde para a Assembléia Nacional
Constituinte à apoio à criação do SUS!

Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200


O Capítulo da Saúde
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário
às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância públicas ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor,
nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita
diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200
O Capítulo da Saúde
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
III - participação da comunidade.

LEI ORGÂNICA DA SAÚDE


1990 à Lei n.º 8 080 - de 19/9/1990, "Lei Orgânica da Saúde" REGULAMENTOU o Sistema Único
de Saúde.
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados
isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito
Público ou privado.

DIREITOS E DEVERES
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições
indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas
econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento
de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção,
proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.

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CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o
acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e
econômica do País.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo
anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
à Em consonância com o que preconiza a OMS.

Lei n.º 8 142 - de 28/12/1990, dispôs sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de
Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde e dá
outras providências.
à Produto de intensa mobilização política da sociedade brasileira.
Artigo 1° - O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de
1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as
seguintes instâncias colegiadas:
I - a Conferência de Saúde;
II - o Conselho de Saúde.
§ 1° - A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de
saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou
pelo Conselho de Saúde. à (TEM CARÁTER CONSULTIVO).
§ 2° - O Conselho de Saúde, em CARÁTER PERMANENTE E DELIBERATIVO, órgão colegiado
composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua
na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente,
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder
legalmente constituído em cada esfera do governo.

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FINANCIAMENTO
§ 1° - Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos no artigo 35 da Lei n.
8.080, de 19 de setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de recursos.
à Incentivos com base em critério per capita.

FINANCIAMENTO (6 CRITÉRIOS BÁSICOS)


Artigo 4° - Para receberem os recursos, de que trata o artigo 3° desta Lei, os Municípios, os Estados
e o Distrito Federal deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n. 99.438, de 7 de agosto de
1990;
III - plano de saúde;
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do artigo 33 da Lei n. 8.080, de 19 de
setembro de 1990;
V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois
anos para sua implantação.
Parágrafo único - O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal,
dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam administrados,
respectivamente, pelos Estados ou pela União.

Normas Operacionais do SUS

Editada pela portaria GM/MS n° 545, de 20 de maio de 1993)


Objetivo:
Formalizou os Princípios Aprovados na 9ª Conferência Nacional de saúde (realizada em 1992), que
teve como tema central “a municipalização é o caminho” e desencadeou um amplo processo de
municipalização da gestão com habilitação dos municípios nas condições de gestão criadas (incipientes,
parcial e semiplena).
Destaque
Cria transferência regular e automática (fundo a fundo) do teto global da assistência para municípios
em gestão semiplena;
AIH limitada e recurso de cobertura ambulatorial - RCA
Habilita municípios como gestores;
Define o papel dos Estados de forma frágil, mas esses, ainda assim, passam a assumir o papel de
gestor do sistema estadual de saúde;
São constituídas as Comissões Intergestores Bipartite (de âmbito estadual) e Tripartite (nacional)
como importantes espaços de negociação, pactuação, articulação, integração entre gestores.
(OBS.: Lei 8689/ 1993 - Extinção do INAMPS, criação do SNA e Prest. Contas trimestral)

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Norma Operacional Básica do SUS 01/96
Editada em 5 de novembro de 1996 por meio da portaria GM/MS n° 2203).
Objetivo:
A NOB/SUS 01/96 promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de
gestão para os municípios pela saúde de seus cidadãos e redefinindo competências de Estados e
Municípios as origens e o processo de implantação do SUS.
Destaque
Transfere aos municípios habilitados como Plena da Atenção Básica, os recursos financeiros com base per
capita, criando o PAB (Piso Assistencial Básico) repassado fundo a fundo de formar regular e automática;
Reorganiza a gestão dos procedimentos de média complexidade ambulatorial (Fração Ambulatorial
Especializada - FAE);
Reorganiza a gestão dos procedimentos de Alta Complexidade/Custo (APAC);
Incorpora as ações de Vigilância Sanitária, criando O Incentivo para as ações básicas de Vigilância
Sanitária;
Incorpora as ações de Epidemiologia e Controle de doenças;
Promove a reorganização do modelo de atenção, adotando-se como estratégia principal a ampliação de
cobertura do Programa de Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde, com a criação
de Incentivo financeiro;
Define a elaboração da Programação Pactuada e Integrada (PPI);
Define as responsabilidades, prerrogativas e requisitos das Condições de Gestão Plena da Atenção Básica
e Plena de sistema Municipal de Saúde para os municípios, e Avançada do Sistema Estadual e Plena de
Sistema Estadual para os estados.

Norma Operacional de Assistência à Saúde NOAS SUS 01


Instituída pela portaria GM/MS n° 95, de 26 de janeiro de 2001).
Objetivo:
O objetivo da NOAS/SUS 01/01 é “promover maior eqüidade na alocação de recursos e no
acesso da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção”. Institui o Plano Diretor
de Regionalização da assistência em cada Estado e no Distrito Federal, baseado nos objetivos de definição
de prioridades de intervenção coerentes com a necessidade da população garantia de acesso dos cidadãos
a todos os níveis de atenção à saúde.
Destaque
A NOAS/SUS 01/01 estabeleceu as responsabilidades, requisitos e prerrogativas dos gestores , as origens
e o processo de implantação do SUS municipais e estaduais.
A partir de sua publicação os municípios puderam se habilitar em duas condições: Gestão Plena da Atenção
Básica Ampliada e Gestão Plena de Sistema Municipal de Saúde.
Os Estados puderam se habilitar em duas condições: Gestão Avançada do Sistema Estadual e Gestão
Plena de Sistema Estadual.
GPABA: Necessitava Declaração da SES comprovando a capacidade de o município assumir as
responsabilidades das áreas de atuação estratégica: controle da tuberculose, eliminação da hanseníase,
controle da hipertensão arterial, controle da diabetes mellitus, saúde da criança, saúde da mulher e saúde
bucal. Além de assumir a VISA e Vig. Epid.

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Norma Operacional de Assistência à Saúde NOAS SUS 02
Instituída pela portaria GM/MS n°373, de 27 de fevereiro de 2002).
Objetivo:
É o resultado dos encaminhamentos estabelecidos na reunião da Comissão Intergestores Tripartite
realizada em 22 de novembro de 2001. Foi firmado um acordo entre o CONASS e CONASEMS
contemplando propostas relativas ao comando único sobre os prestadores de serviços de média e alta
complexidade e fortalecimento da Gestão dos Estados sobre as referências intermunicipais, notadamente
no que diz respeito à explicitação e mecanismos de acompanhamento dos recursos federais, referentes ao
atendimento da população não-residente que busca atendimento no município de referência.
Destaque
Estabeleceu que o Limite Financeiro da Assistência de cada Estado, assim como do DF no que
couber, independente de sua condição de gestão, deverá ser programado e apresentado da seguinte forma:
Relação de todos os municípios da UF, independentemente da sua condição de gestão;
Condição de gestão do município ou nível de governo responsável pelo comando único de média e alta
complexidade;
Parcela de recursos financeiros para o atendimento da população residente sob gestão municipal;
Parcela e recursos financeiros para atendimento das referências intermunicipais;
Parcela de recursos financeiros para atendimento da população residente sob gestão estadual;
Outros recursos sob gestão estadual, alocados nos municípios ou na SES;
Limite Financeiro Global da UF, somas dos itens C,D,E e F.

PACTO PELA SAÚDE


2006 à PACTO PELA SAÚDE
Assinado o Pacto de Gestão, documento que estabelece as responsabilidades
sanitárias de cada ente federado (União, estados e municípios). Uma das principais ações é a definição de
diretrizes para a gestão do SUS - descentralização, regionalização, financiamento, pactuação entre
municípios e regulação, entre outros.

PACTO PELA VIDA


6 PRIORIDADES EM 2006
Prioridades básicas em saúde que os três entes federados devem perseguir, com
metas e indicadores para avaliação anual.
• atenção integral à saúde do idoso;
• o controle do câncer de colo de útero e de mama;
• a redução da mortalidade materna e infantil;
• o fortalecimento da atenção básica;
• a promoção da saúde; e
• o reforço de ações para o controle das doenças emergenciais e endemias, com ênfase na
dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza

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PACTO PELA VIDA
11 PRIORIDADES A PARTIR DE 2009
à Port. GM/MS nº 2.669 de 03 de novembro de 2009
I - atenção à saúde do idoso;
II - controle do câncer de colo de útero e de mama;
III - redução da mortalidade infantil e materna;
IV - fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias, com ênfase na
dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite e Aids;
V - promoção da saúde;
VI - fortalecimento da atenção básica;
VII - saúde do trabalhador;
VIII - saúde mental;
IX - fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência;
X - atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência; e
XI - saúde do homem.
PACTO EM DEFESA DO SUS
Discutir nos conselhos as estratégias para implantação;
Priorizar espaços com a sociedade civil para realizar as ações previstas;
Iniciativas: repolitização da saúde, promoção da cidadania e garantia de financiamento.
RESPONSABILIDADE SANITÁRIA
Definição das responsabilidades por eixos;
Maior transparência para o controle social;
Todos são gestores plenos na sua responsabilidade;
Superação das habilitações em formas de gestão à TODOS SÃO PLENOS!
RESPONSABILIDADES (6 EIXOS)
Resposabilidades Gerais à atenção à saúde e organização da rede de cuidados;
Regionalização - busca pela definição de recortes regionais de assistência à saúde (Regiões de Saúde) a
partir das realidades locais e não considerando apenas um desenho nacional único. A organização da
Região de Saúde deve favorecer a ação cooperativa e solidária entre os gestores e o fortalecimento do
controle social;
Planejamento - eixo estruturante da relação entre os gestores. Busca pela pactuação tripartite das bases
funcionais para construir um sistema de monitoramento e avaliação, bem como promover a participação
social e a integração intra e inter-setorial;
Regulação - a regulação dos prestadores de serviços deve ser preferencialmente do município conforme o
desenho da rede de assistência pactuada entre os gestores e os termos de compromisso de gestão;
Participação e Controle Social - comprometimento dos gestores em: apoiar a estruturação dos conselhos
de saúde, conferências, movimentos socais e a capacitação dos conselheiros; estimular a participação dos
cidadãos nos serviços de saúde; apoiar a implantação de ouvidorias nos estados e municípios;
Gestão do Trabalho - Desenvolver ações voltadas para a adoção de vínculos de trabalho que garantam os
direitos sociais e previdenciários dos trabalhadores de saúde, promovendo a adequação dos vínculos, nas
três esferas de governo, com apoio técnico e financeiro aos municípios, pelos estados e União, conforme
legislação vigente;

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Educação na Saúde - considera a educação permanente como parte essencial da política de formação e
desenvolvimento dos trabalhadores para a qualificação do SUS.
à ESTAS DUAS ÚLTIMAS FORAM REUNIDAS NUMA SÓ EM 2010.

EPIDEMIOLOGIA
Aspectos conceituais
A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a compreensão do processo
saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a diferencia da clínica, que tem por objetivo o estudo
desse mesmo processo, mas em termos individuais.
Conceitos
Como ciência, a epidemiologia fundamenta-se no raciocínio causal; já como disciplina da saúde
pública, preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas para a proteção e
promoção da saúde da comunidade.
A epidemiologia constitui também instrumento para o desenvolvimento de políticas no setor da
saúde. Sua aplicação neste caso deve levar em conta o conhecimento disponível, adequando-o às
realidades locais.
"Epidemiologia é o estudo da freqüência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou
eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos
problemas de saúde." (J. Last, 1995)
Essa definição de epidemiologia inclui uma série de termos que refletem alguns princípios da
disciplina que merecem ser destacados:
 Estudo
 Freqüência e distribuição
 Determinantes
 Estados ou eventos relacionados à saúde
 Específicas populações
 Aplicação

Estudo: a epidemiologia como disciplina básica da saúde pública tem seus fundamentos no método
científico.
Freqüência e distribuição: a epidemiologia preocupa-se com a freqüência e o padrão dos eventos
relacionados com o processo saúde-doença na população. A freqüência inclui não só o número desses
eventos, mas também as taxas ou riscos de doença nessa população. O conhecimento das taxas constitui
ponto de fundamental importância para o epidemiologista, uma vez que permite comparações válidas entre
diferentes populações. O padrão de ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença diz
respeito à distribuição desses eventos segundo características: do tempo (tendência num período, variação
sazonal, etc.), do lugar (distribuição geográfica, distribuição urbano-rural, etc.) e da pessoa (sexo, idade,
profissão, etnia, etc.).
Determinantes: uma das questões centrais da epidemiologia é a busca da causa e dos fatores que
influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença. Com esse objetivo, a
epidemiologia descreve a freqüência e distribuição desses eventos e compara sua ocorrência em diferentes
grupos populacionais com distintas características demográficas, genéticas, imunológicas,

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comportamentais, de exposição ao ambiente e outros fatores, assim chamados fatores de risco. Em
condições ideais, os achados epidemiológicos oferecem evidências suficientes para a implementação de
medidas de prevenção e controle.
Estados ou eventos relacionados à saúde: originalmente, a epidemiologia preocupava-se com epidemias de
doenças infecciosas. No entanto, sua abrangência ampliou-se e, atualmente, sua área de atuação estende-
se a todos os agravos à saúde.
Específicas populações: como já foi salientado, a epidemiologia preocupa-se com a saúde coletiva de
grupos de indivíduos que vivem numa comunidade ou área.
Aplicação: a epidemiologia, como disciplina da saúde pública, é mais que o estudo a respeito de um
assunto, uma vez que ela oferece subsídios para a implementação de ações dirigidas à prevenção e ao
controle. Portanto, ela não é somente uma ciência, mas também um instrumento.
Objetivo geral
Boa parte do desenvolvimento da epidemiologia como ciência teve por objetivo final a melhoria das
condições de saúde da população humana, o que demonstra o vínculo indissociável da pesquisa
epidemiológica com o aprimoramento da assistência integral à saúde.

USOS E OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA


O método epidemiológico é, em linhas gerais, o próprio método científico aplicado aos problemas de saúde
das populações humanas. Para isso, serve-se de modelos próprios aos quais são aplicados conhecimentos
já desenvolvidos pela própria epidemiologia, mas também de outros campos do conhecimento (clínica,
biologia, matemática, história, sociologia, economia, antropologia, etc.), num contínuo movimento pendular,
ora valendo-se mais das ciências biológicas, ora das ciências humanas, mas sempre situando-as como
pilares fundamentais da epidemiologia.
Sendo uma disciplina multidisciplinar por excelência, a epidemiologia alcança um amplo espectro de
aplicações.
As aplicações mais freqüentes da epidemiologia em saúde pública são:
 Descrever o espectro clínico das doenças e sua história natural;
 Identificar fatores de risco de uma doença e grupos de indivíduos que apresentam maior risco de
serem atingidos por determinado agravo;
 Prever tendências;
 Avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e necessidades das populações;
 Testar a eficácia, a efetividade e o impacto de estratégias de intervenção, assim como a qualidade,
acesso e disponibilidade dos serviços de saúde para controlar, prevenir e tratar os agravos de
saúde na comunidade.
A saúde pública tem na epidemiologia o mais útil instrumento para o cumprimento de sua missão
de proteger a saúde das populações. A compreensão dos usos da epidemiologia nos permite identificar os
seus objetivos, entre os quais podemos destacar os seguintes:
Objetivos específicos
 identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde;
 entender a causação dos agravos à saúde;
 definir os modos de transmissão;
 definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde;

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 identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças;
 estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde;
 estabelecer medidas preventivas;
 auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde;
 prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde.

Identificação de perfis e fatores de risco


A epidemiologia pode ajudar a responder a esses novos desafios por meio da avaliação dos fatores
condicionantes do processo saúde-doença, mediante a identificação de fatores de risco e de grupos da
população mais vulneráveis (grupos de risco) a determinados agravos à saúde (aspectos conceituais e
metodológicos a esse respeito serão abordados mais à frente, em capítulos específicos).
Essa contribuição da epidemiologia torna possível o desenvolvimento de programas de saúde mais
eficientes, permitindo maior impacto das ações implementadas e voltadas à assistência integral à saúde.
A utilização da epidemiologia nos serviços de saúde com essa finalidade pressupõe:
 existência de núcleos de pesquisa em unidades de referência;
 existência de programas de formação de epidemiologistas com capacitação em técnicas
quantitativas para a avaliação de riscos e de associações causais que possam assessorar os
gestores a aprimorar o planejamento e execução de programas implementados pelos serviços de
saúde.
Vigilância em saúde pública
Levantamento de medida de dados de casos e óbitos.
Fichas de investigação epidemiológica

CONCEITO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE PÚBLICA


Langmuir1 apresentou, em 1963, o seguinte conceito:
"Vigilância é a observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante
a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim
como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas informações a todos os que
necessitam conhecê-la".

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LIMITAÇÕES DE SISTEMAS DE NOTIFICAÇÕES DE DOENÇAS
Embora os sistemas de vigilância não precisem ser perfeitos para ser úteis, muitas vezes certas limitações
impedem que esse instrumento tenha a utilidade necessária que justifique sua implementação.
Os fatores que mais freqüentemente levam a limitações do desempenho de sistemas de vigilância são:
 subnotificação;
 baixa representatividade;
 baixo grau de oportunidade;
 inconsistência da definição de caso.

A subnotificação geralmente decorre do fato de a maioria dos sistemas de vigilância serem passivos. É
freqüente nesses casos a subnotificação atingir níveis superiores a 50% ou 70% dos casos, determinando o
retardo ou mesmo ausência de ações de controle.
A subnotificação está freqüentemente relacionada a:
 falta de conhecimento, por parte dos profissionais da saúde, da importância e dos
procedimentos necessários para a notificação;
 desconhecimento da lista de doenças submetidas à vigilância;
 ausência de adesão à notificação, pelo tempo consumido no preenchimento da ficha e pela
ausência do retorno da informação analisada com as recomendações técnicas pertinentes;
 preocupação dos profissionais da saúde com referência à quebra da confidencialidade das
informações;
 falta de percepção, pelos profissionais, da relevância em saúde pública das doenças
submetidas à vigilância.
A baixa representatividade de um sistema de vigilância pode resultar da falta de
homogeneidade da subnotificação, dificultando a identificação de tendências, grupos e fatores de risco.

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Os dois erros sistemáticos mais observados são:
 tendência a notificar mais os casos de maior gravidade e os hospitalizados do que os de
características benignas, ainda que estes últimos possam constituir as principais fontes de infecção;
 notifica-se com maior intensidade doenças que estão sendo focalizadas pelos meios de
comunicação.
A falta de oportunidade de um sistema de vigilância pode ocorrer em diferentes momentos por
diversos motivos, entre eles:
 dificuldade, em alguns casos, de se obter o diagnóstico antes da confirmação laboratorial;
 ineficiência dos serviços no procedimento de notificação;
 demora na análise - um problema freqüente quando o sistema de vigilância é uma atividade
mais burocrática do que técnica, voltada ao apoio dos serviços de saúde;
 o retardo em qualquer fase do sistema leva a uma demora na disseminação da informação
analisada, impedindo que a população e os profissionais da saúde tenham as informações
indispensáveis para uma ação oportuna e eficiente.
A inconsistência da definição de caso leva a vigilância a confirmar os casos aceitando o diagnóstico
dos clínicos, independentemente da forma como eles foram efetuados. Como exemplo da necessidade de
uma padronização dessa definição, podemos citar os critérios de confirmação das meningites assépticas,
que podem variar de local para local e de um médico para outro.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Criação
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro 1999, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, é uma autarquia sob regime
especial, ou seja, uma agência reguladora caracterizada pela independência administrativa, estabilidade de
seus dirigentes durante o período de mandato e autonomia financeira.
Atuação
Tem como campo de atuação não um setor específico da economia, mas todos os setores relacionados a
produtos e serviços que possam afetar a saúde da população brasileira.
Sua competência abrange tanto a regulação sanitária quanto a regulação econômica do mercado.

ANVISA
Além da atribuição regulatória, também é responsável pela coordenação do Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária (SNVS), de forma integrada com outros órgãos públicos relacionados direta ou indiretamente ao
setor saúde. Na estrutura da administração pública federal, a Anvisa encontra-se vinculada ao Ministério da
Saúde e integra o Sistema Único de Saúde (SUS), absorvendo seus princípios e diretrizes.
Missão
"Proteger e promover a saúde da população garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços e
participando da construção de seu acesso".

Vigilância Sanitária no Brasil


A Constituição Federal de 1988 afirma que a saúde é um direito social e que o SUS é o meio de
concretização desse direito. A Lei Orgânica da Saúde, por sua vez, afirma que a vigilância sanitária – de
caráter altamente preventivo – é uma das competências do SUS.  Isso significa que o Sistema Nacional de

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Vigilância Sanitária (SNVS), definido pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, é um instrumento
privilegiado de que o SUS dispõe para realizar seu objetivo de prevenção e promoção da saúde.
O Sistema engloba unidades nos três níveis de governo – com responsabilidades compartilhadas.  No nível
federal, estão a anvisa e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz).   No
nível estadual, estão o órgão de vigilância sanitária e o Laboratório Central (Lacen) de cada uma das 27
Unidades da Federação. No nível municipal, estão os serviços de VISA dos 5561 municípios brasileiros,
muitos dos quais ainda em fase de organização. Participam indiretamente do Sistema: Conselhos de Saúde
e Conselhos de Secretários de Saúde. Interagem e cooperam com o Sistema: órgãos e instituições,
governamentais ou não, de diversas áreas.

FÓRUM
A legislação brasileira conforma a vigilância sanitária como um espaço de exercício da cidadania e do
controle social e, para a gestão do risco sanitário, é necessária a interação com a sociedade, constituição
de espaços de comunicação e promoção da saúde e de uma adequada interação entre as atores e
instituições envolvidas com a prática e a gestão da Vigilância Sanitária no país.
A consolidação do SNVS ainda exige estratégias que possibilitem um contato mais próximo entre as três
esferas de governo e a sociedade. Isto já foi apontado tanto na 1ª Conferência Nacional de Visa em 2001,
quanto no Plano Diretor de Vigilância Sanitária (PDVISA), em 2006. Ciente disto, o fortalecimento da
capacidade de gestão do SNVS tornou-se uma prioridade e a Anvisa, como coordenadora desse sistema,
instituiu a partir de 2007 os Fóruns de Vigilância Sanitária como ação estratégica a fim de propiciar a
participação social, a intersetorialidade e ampliar a articulação entre os três entes federados na avaliação e
na formulação de políticas, diretrizes e estratégias em Vigilância Sanitária.
Em 2009, a terceira edição do evento será concluída com a realização do Fórum Nacional de 2009, nos dias
24 e 25 de novembro (confira os trabalhos selecionados para apresentação no Fórum Nacional). A Agência,
contudo, se antecipa em apresentar os resultados alcançados até o momento.

Objetivos e estratégias
O Objetivo Geral dos Fóruns Regionais em 2009 foi definido como o de promover reunião entre os
profissionais de vigilância sanitária, os representantes de campos de atuação afins e a sociedade, para
refletir e discutir temas relevantes da política e práticas de VISA.
A despeito da manutenção da forma essencial da organização dos cinco eventos, sendo cada um sediado
em uma cidade de cada macro região geográfica do país, com duração de dois dias e participação de atores
não apenas diretamente relacionados às ações de vigilância sanitária, mas de instituições e serviços
relacionados a ela, "Os Fóruns Regionais” este ano contaram com uma novidade. A Agência buscou
alcançar o objetivo proposto através da divulgação de experiências inovadoras e transformadoras na política
e nas praticas em vigilância sanitária nas três esferas de governo.
Esta mudança substancial na organização do evento em comparação às edições anteriores teve como
propósito propiciar a reflexão crítica sobre as práticas dos serviços de vigilância, tendo em conta a
intersetorialidade e o princípio da integralidade. Em última instância, e também desenhado como um dos
objetivos específicos do evento, vislumbrou-se o estímulo à interação e a construção de uma rede de
comunicação entre os serviços de vigilância sanitária e grupos representativos da sociedade civil.

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Abrangência
A vida na sociedade atual torna-se cada dia mais complexa. Novas necessidades vãos surgindo,
novos hábitos de consumo são estimulados e incorporados e, assim, uma gama imensa de produtos e
serviços é introduzida no cotidiano dos cidadãos. Todo esse aparato da vida moderna merece ser apreciado
do ponto de vista da proteção à saúde, pois, se por um lado pode facilitar a vida, por outro, pode gerar
problemas, seja por defeitos ou falhas de fabricação, inadequações no fornecimento de um serviço ou por
interesses escusos.
Desde a hora em que o cidadão acorda e durante todo o dia, ele lida com objetos, produtos e
serviços que interferem em sua saúde. O creme dental que utiliza, os produtos na mesa do café da manhã,
os medicamentos que porventura consome, o material de limpeza que utiliza em sua casa, as creches e as
escolas onde os filhos passam boa parte do dia, a academia de ginástica onde faz exercícios, tudo isso são
exemplos de serviços ou produtos que fazem parte do dia a dia e que podem, em maior ou menor grau,
trazer riscos à saúde.
Este modo de vida implica novas formas de produção, de circulação e de consumo de bens e de
serviços. A produção em larga escala gera a produção associada de subprodutos, rejeitos e resíduos de
diversas naturezas que podem afetar o meio ambiente e a vida das pessoas. As distâncias foram
extremamente reduzidas – o que se produz em uma região longínqua pode rapidamente estar disponível
para consumo em outras regiões. Da mesma forma, pessoas que visitam áreas atingidas por epidemias
podem, no mesmo dia, se deslocar para outros países.
Enfim, se surgem novas comodidades, também aparecem novas incertezas, mais riscos e perigos.
É para esse amplo conjunto de serviços e produtos que são consumidos diariamente que a vigilância
sanitária dirige seu olhar. Sua função principal é reconhecer as interações que se estabelecem entre esse
conjunto heterogêneo de coisas e o território, as implicações que trazem para o modo de vida e trabalho da
sociedade e, sobretudo, identificar e avaliar os riscos para se antecipar à ocorrência de danos e fazer
prevalecerem os interesses e o bem-estar da sociedade.
Ações e Programas
 Medicamentos;
 Alimentos;
 Cosméticos;
 Saneantes;
 Tabaco;
 Agrotóxicos;
 Equipamentos para diagnóstico e tratamento de doenças;
 Serviços médicos e hospitais;
 Propaganda.
São algumas das áreas nas quais a Anvisa atua, entre muitas outras. Suas atividades abrangem
todos os segmentos de mercado direta ou indiretamente relacionados à saúde.
O trabalho desenvolvido pela Anvisa nos últimos anos tornou o Brasil referência em regulação
sanitária e econômica na América Latina, principalmente no que tange à regulação de medicamentos. A 
Anvisa pode ser considerada hoje a autoridade sanitária líder na região. Sua atuação engloba produtos e
serviços de saúde que representam 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, demonstrando sua
importância no cenário nacional.

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Descrições detalhadas das ações e programas desenvolvidos pela Agência podem ser
encontradas nos Relatórios Anuais de Atividade. Elaborados em linguagem simples e contendo um
apanhado das principais ações realizadas pela instituição em cada ano, o relatório configura-se em
ferramenta de prestação de contas e transparência à sociedade.
Já a Carta de Serviços da Anvisa apresenta, de forma detalhada, 99 compromissos que a
Agência assume com a sociedade brasileira, incluindo cidadãos, profissionais da área de saúde, empresas
do setor regulado e o próprio governo. Nela constam informações como: padrões de qualidade relativos ao
serviço; tempo de espera para o atendimento; prazos para o cumprimento dos serviços; mecanismos de
comunicação com os usuários; procedimentos para receber sugestões e reclamações, entre outras
questões.

ALVARÁ SANITÁRIO
O pedido de licença sanitária para instalação e funcionamento das empresas e
estabelecimentos, que exerçam as atividades mencionadas na lei 1293 de 21/09/1992 , será dirigido pelo
respectivo representante legal, ao dirigente do órgão Sanitário competente, instruídos com:
 I – prova de constituição da empresa e/ou alterações para pessoa jurídica;
 II – prova de relação contratual entre a empresa e o seu responsável técnico, quando
necessário;
 III – prova de habilitação legal para o exercício da responsabilidade técnica do
estabelecimento, expedida pelos respectivos Conselhos Regionais, quando for o caso;
 IV – planta ou projeto, assinado por profissional habilitado, com o respectivo “layout”, conforme
legislação vigente;
 V – relação das atividades exercidas pela empresa ou estabelecimento, com descrição do
respectivo fluxo;
 VI – relação de profissionais técnicos habilitados com as respectivas especificações;
 VII – relação dos produtos constantes da linha de fabricação no caso de indústrias;
 VIII – termo de responsabilidade assinado pelo responsável técnico;
 IX – livros de registro visados pela autoridade sanitária competente, quando for o caso;
 X – Cópia do Alvará de localização e funcionamento do respectivo ano:
 XI – Cópia de RG( registro geral), CPF( cadastro de pessoa física), CNPJ( cadastro nacional de
pessoa jurídica), IE( inscrição estadual).
 XII – licença ambiental, conforme etapas de implantação.
 XIII – outros documentos, conforme critério da autoridade sanitária competente;

EDUCAÇÃO EM SAÚDE
O que é Educação?
“Ação de desenvolver as faculdades psíquicas, intelectuais e morais: a educação da juventude. /
Resultado dessa ação. / Conhecimento e prática dos hábitos sociais; boas maneiras: homem sem
educação. // Educação nacional, conjunto de órgãos encarregados da organização, da direção e da gestão
de todos os graus do ensino público, bem como da fiscalização do ensino particular. // Educação física,
conjunto dos exercícios corporais que visam a melhorar as qualidades físicas do homem”.
(dicionário Aurélio da língua portuguesa)

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O que é Saúde?
Saúde significa o estado de normalidade de funcionamento do organismo humano. Ter saúde é
viver com boa disposição física e mental. Além da boa disposição do corpo e da mente, a OMS
(Organização Mundial da Saúde) inclui na definição de saúde, o bem-estar social entre os indivíduos.
A saúde de um indivíduo pode ser determinada pela própria biologia humana, pelo ambiente físico,
social e econômico a que está exposto e pelo seu estilo de vida, isto é, pelos hábitos de alimentação e
outros comportamentos que podem ser benéficos ou prejudiciais. Uma boa saúde está associada ao
aumento da qualidade de vida. É sabido que uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios
físicos e o bem-estar emocional são fatores determinantes para um estado de saúde equilibrado. As
pessoas que estão expostas a condições precárias de sobrevivência, não possuem saneamento básico
(água, limpeza, esgotos, etc.), assistência médica adequada, alimentação e água de qualidade, etc., têm a
sua saúde seriamente afetada.
As ciências da saúde formam profissionais com conhecimentos na prevenção de doenças, prática
assistencial e promoção do bem-estar da população. As profissões na área da saúde são: Biomedicina,
Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço
Social, Veterinária, entre outras.

Educação em Saúde
Educação em Saúde é um processo de trocas de saberes e experiências entre a população como
um todo, incluindo usuários, profissionais e gestores de saúde. Cada pessoa é valorizada como dono de um
saber, um aprendiz e um educador. Esta prática visa a prevenção de doenças, a promoção da saúde e
promove a autonomia dos sujeitos envolvidos, tornando-os sujeitos ativos e transformadores de sua própria
vida ou até mesmo da sua sociedade.
A partir da concepção ampliada da Saúde e de seus determinantes sociais, constrói junto às
instituições parceiras e públicos-chave projetos em diversas áreas, tais como: Saúde Sexual e Reprodutiva;
Prevenção ao uso abusivo de drogas lícitas ou ilícitas; Educação em Saúde Bucal; Saúde Visual;
Alimentação saudável e prevenção às doenças crônicas não-transmissíveis; prevenção às doenças
negligenciadas e; Saúde e Meio Ambiente.
A promoção da saúde não está somente relacionada à ausência de doenças. Para garantir a todos
o completo bem estar físico e mental, uso como exemplo o (Sesc, que promove a educação em saúde em
diversas áreas), o qual possui profissionais e educadores, capacitados de diversas áreas do conhecimento,
para ministrarem cursos, palestras e outras atividades multidisciplinares que lhes permitem interagir
diretamente com a população.
Principais áreas e atividades de prevenção:
Educação em saúde bucal
Saúde sexual e reprodutiva
Saúde visual
Prevenção às doenças negligenciadas e crônicas não-transmissíveis
Saúde e meio ambiente Saúde Mulher

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Educação em saúde bucal
Por meio de suas unidades fixas e pelas 52 unidades móveis do OdontoSesc, os profissionais de
odontologia levam ao interior do Brasil instruções sobre cuidados com os dentes. Entre as principais
atividades promovidas para difundir o conhecimento, destacam-se:
-Palestras
- Gincanas e jogos
- Escovódromos e aplicação de flúor
- Transmissão de vídeos educativos
- Visitas guiadas à exposições
- Dinâmicas de grupo
- Formar agentes multiplicadores de educação em saúde

Saúde sexual e reprodutiva


Durante a realização do projeto Transando Saúde em unidades do Sesc, escolas, instituições e empresas,
são realizados e atividades como:
- Cursos de capacitação
- Palestras sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e de gravidez indesejada
- Distribuição de cartilhas e folhetos com informações direcionadas ao público-alvo
Saúde visual
É por meio do projeto Ver para Aprender que o Sesc leva conhecimentos sobre a prevenção de doenças
que atingem os olhos e prejudicam a visão. Ao mesmo tempo em que realiza exames oftalmológicos, o
projeto também promove:
- Atividades em sala de aula
- Cursos de capacitação
- Oficinas e palestras
- Jogos educativos

Prevenção às doenças negligenciadas e crônicas não-transmissíveis


Os projetos de prevenção às doenças são relacionados à promoção da saúde. Entre os principais campos
de ação, destacam-se a implementação de políticas públicas saudáveis, criação de ambientes favoráveis à
qualidade de vida e reforço das ações comunitárias. Atividades:
- Avaliações físicas e de pressão arterial
- Análise dos índices de glicemia (taxa de açúcar no sangue), índice de massa corpora
- Oficinas nutricionais
Saúde e meio ambiente
Os projetos de saúde e meio ambiente têm como objetivo despertar o interesse dos comerciários, alunos
das escolas do Sesc e comunidade local para cuidado com a natureza e o consumo socialmente
responsável dos recursos naturais. Entre as ações se destacam:
- Campanhas de doações de mudas
- Oficinas de confecção de hortas
- Debates sobre consumo sustentável

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Saúde Mulher
Através de unidades móveis e profissionais capacitados, o Sesc leva às mulheres educação, saúde e
exames preventivos. Na unidade móvel do projeto Sesc Saúde Mulher, as brasileiras encontram: -
Consultas e acompanhamento de enfermagem
- Tratamentos simples e primeiros socorros
- Instalações visuais educativas nas unidades móveis
- Conversas sobre direitos da mulher nas unidades móveis

Conclui-se que Educação em Saúde estimulam a prevenção de doenças, a promoção da saúde e


o engajamento da população, e sua participação, em assuntos relacionados à saúde e qualidade de vida,
através de ações educativas. Seu objetivo é contribuir com a melhora da situação de Saúde e da qualidade
de vida da população como um todo, comunidade, famílias e população em geral.

*(enfermagem domiciliar, home care e todos os anexos relacionados, cuidados à saúde do idoso) material
será passado em aula!

Mensagem
PERGUNTARAM AO DALAI LAMA: O que mais te surpreende na humanidade?
E ele respondeu:

“Os Homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a
saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não
viver nem o presente nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido”

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