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FARMACOLOGIA

NOMENCLATURA
A nomenclatura refere-se ao nome dos medicamentos.
Nome genérico: denominação do fármaco ou princípio ativo (sal), de registro legalmente obrigatório em
embalagem e não patenteado pro laboratórios, portanto, de menor custo.
Nome comercial: nome fantasia dado para o princípio ativo de uma droga. Um mesmo medicamento pode
ser encontrado no comércio com várias denominações colocadas pro seus laboratórios fabricantes. Por
exemplo: nome genérico: dipirona, nome comercial: Novalgina®.

CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS

1. HIPNÓTICOS E SEDATIVOS
Sedativos: Diminuem a ansiedade.
Hipnóticos: Provocam sono.
São os mesmos medicamentos, o que diferencia a ação é a dose, provocando dependência física e/ou
psíquica.
Mecanismo de ação: deprime o SNC; barbitúrico que inibe a condução do impulso no sistema reticular,
deprime o córtex no cérebro e altera a função cerebelar; pode produzir excitação, sedação, hipnose e
anestesia.
Os principais são:
Fenobarbital (Gardenal®);
Midazolan (Dormonid®)
Clonazepam (Rivotril®)
Diazepan (Valium®)
Tiopental ou tiobarbitúricos (Tionembutal®);
Lorazepam (Lorax®).

Cuidados de Enfermagem:
 Devem ser rigorosamente controlados;
 Monitorar os SSVV;
 Observar presença de tosse e laringoespasmo, ou qualquer alteração no estado físico e psíquico do
paciente.

2.ANTIBIÓTICOS
São medicamentos que inibem o crescimento ou destroem bactérias.
Classificam-se em:

 Bactericidas: causam a destruição das bactérias pro desencadear alterações incompatíveis com a vida
do microrganismo;

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 Bacteriostáticos: inibem o crescimento e a reprodução bacteriana, sem provocar sua morte imediata.
Vale ressaltar que é possível haver um efeito reversível se o antibiótico for retirado antes do tempo ideal
de utilização.

Origem: apesar de os antibióticos serem encontrados nas formas natural e semi-sintética, a grande maioria
deles hoje é produzida sinteticamente.

Ação: Os antibióticos atuam nas seguintes estruturas bacterianas:

 Parede celular: prejudicando a sua formação;

 Membrana citoplasmática: promovendo a desorganização e rupturas das estruturas do citoplasma ou


alterando sua permeabilidade, não permitindo trocas;

 Inibindo a divisão de cromossomos, impossibilitando a transferência de características de células-mãe


para as células-filhas;

 Inibindo a síntese de proteínas.

Resistência bacteriana: as bactérias são microrganismos capazes de adquirir resistência aos antibióticos,
de maneira que muitos desses medicamentos, antes eficazes, com o tempo acabam não tendo efeito sobre
elas. Isso se deve aos seguintes fatores:uso indiscriminado;tempo de uso inadequado e a escolha do
antibiótico inadequado.

Por esse motivo, a obediência na terapêutica prescrita é de fundamental importância para se


obterem resultados satisfatórios no uso de antibióticos. Isso inclui o preparo e a administração dentro dos
horários prescritos pelo médico.

Efeitos colaterais: os efeitos indesejáveis na utilização dos antibióticos se devem a sua toxicidade e á
capacidade de irritabilidade própria da droga. Devem-se, também, as manifestações de hipersensibilidade
do cliente, podendo levar a quadros graves.

PRINCIPAIS GRUPOS DE ANTIBIÓTICOS

Penicilinas:a penicilina é originária do fungo Penicillium notatum e foi descoberta em 1928 pelo cientista
Alexander Fleming. É utilizada apenas para alguns casos em nosso meio, nas formas natural ou semi-
sintética, devido à resistência bacteriana.A penicilina é uma droga bactericida. Nos dias atuais, possui baixa
toxidade renal (principal via de excreção). Por desencadear reações alérgicas, é necessário estar atento às
manifestações dessa natureza.

Mecanismo de ação: antibiótico e bactericida inibe a síntese da parede da célula em organismos


suscetíveis, levando a célula à morte.

As principais são:
Penicilina G cristalina injetável (Penicilina cristalina®);
Penicilina G procaína injetável (Despacililana®);
Penicilina G benzatina injetável (Benzetacil®);

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Oxacilina injetável e em cápsulas (Oxacilina®, Staficilin N®);
Ampicilina em comprimidos, suspensão e injetável (Ampicilina®, Ampicil®, Binotal®);
Amoxicilina em cápsula e suspensão (Amoxil ®, Clavulin®, Novocilin®.

Cuidados de Enfermagem
 Pesquisar história de alergia e estar atento a qualquer manifestação após a aplicação;
 Administrar por via endovenosa com a medicação bem diluída (100ml de SF.0,9%) e de forma lenta (1
hora);
 Certificar-se das condições do acesso venoso antes de administrar o medicamento e observar sinais
inflamatórios.
 Em relação às penicilinas G benzatina e G procaína: agitar lentamente o frasco para homogeneizar a
solução antes de aspirá-la e trocar a agulha após a aspiração;
 Fazer rodízio dos locais de aplicação IM;
 Adiministrar em tecido muscular profundo;
 Adiministrar as penicilinas de uso oral de 1 a 2 horas antes das refeições, para melhor absorção;
 Comunicar efeitos colaterais, como gastrintestinais, em clientes tratados com drogas via oral.

Cefalosporinas

As cefalosporinas são derivadas de uma substância ativa denominada cefalosporina C, encontradas no


fungo Cephalosporium acremonium. As cefalosporinas são bactericidas e têm pouco efeito colateral.

Mecanismo de ação: antibiótico de amplo aspectro, derivado penicilínico. Inibe a síntese da parede da
célula da bactéria, levando-a a morte.
As principais são:
Cefalosporinas de 1ª geração: Cefalexina em drágeas e suspensão (Keflex®, Cefaporex®), Cefalotina
injetável (Keflin®), Celaloridina injetável (Ceporan®), Cefazolina injetável (Kefazol® e Cefamizin®),
Cefadroxil em cápsulas e suspensão (Cefamox®);
Cefalosporinas de 2ª geração: Cefoxitina injetável (Mefoxin®), Cefuroxina injetável (Zinacef®);
Cefalosporinas de 3ª geração: Cefotaxima injetável (Claforan®), Cftriaxona injetável (Rocefin®), Ceftazidima
injetável (Fortaz®), Cefaperazona sódica injetável (Cefobid®);
Cefalosporinas de 4ª geração: Cefpiroma injetável (Cefrom®).
As cefalosporinas são divididas em gerações – quanto mais elevada a geração, maior será a ação
bactericida do medicamento.

Cuidados de Enfermagem:
1.Pesquisar história de alergia antes da administração;
2.Comunicar sinais de manifestações alérgicas durante a terapia;
3.Observar sangramento em clientes que fazem o uso concomitante de anticoagulantes orais, pois há uma
potencialização do efeito anticoagulante;
4.Administrar lentamente pro via endovenosa;
5.As administrações IM devem se realizadas profundamente.

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Aminoglicosídeos

São antibióticos bactericidas.

Mecanismo de ação: antibiótico de amplo espectro que inibe a síntese de proteína em organismos
suscetíveis, desintegrando a membrana da célula da bactéria elevando-a a morte.
Os principais são:
Sulfato de Gentamicina injetável (Garamicina®);
Sulfato de Amicacina injetável (Novamin®, Briclin®);
Estreptomicina injetável (Sulfato de Estreptomicina);
Outros Aminoglicosídeos comercialmente encontrados: Neomicina® (via oral, retal e tópico), Tobramicina.

Cuidados de Enfermagem

 Observar e comunicar sinais de toxicidade como zumbidos, tontura, vertigem, perda da audição,
alterações do equilíbrio, alterações da função renal;

 Estimular ingestão hídrica durante o tratamento com aminoglicosídeos, pois são nefrotóxicos. Portanto,
não se recomenda o uso concomitante drogas nefrotóxicas, como a vancomicina.

 A Amicacina pode ser administrada por via intramuscular ou endovenosa. A administração endovenosa
deve ser feita em SF 0,9% ou SG 5% (100ml) e infundida em 30ª 60 minutos.

Clorafenicol (quemicetina, sintomicetina)

São drogas bacteriostáticas, utilizadas principalmente contra salmoneloses. São contra-indicadas


em portadores de depressão medular (por causar aplasia de medula), insuficiências hepáticas (por ser
hepatotóxicas) e em recém-nascidos (podem causar a síndrome cinzenta pela imaturidade hepática).
Podem ser utilizadas por via tópica (colírio, pomada oftálmica), oral (drágeas, cápsulas) ou parenteral (EV,
IM – frasco – ampola).

A superdosagem de clorafenicol caracteriza-se por anorexia, vômitos, distensão abdominal, letargia,


cianose, respiração irregular e morte. Os efeitos adversos relacionam-se a urticária, exantema cutâneo,
náuseas, vômito, glossite, dificuldade visual.

Cuidados de Enfermagem
 Observar e comunicar sinais de toxicidade;
 Diluir a droga em água destilada 5 ml e administrar com SF 0,9% ou SG 5% no volume de 100ml em
1hora. Se a via prescrita for IM, reconstituir em no máximo 4 ml de água destilada.

Grupo das tetraciclinas


São drogas bacteriostáticas. O uso de tetraciclinas durante a gravidez, lactação e me crianças
menores de 8 anos é contra-indicado devido à descoloração dentária permanente (cor marrom-cinzentada,
cinza-castanho) e à má formação óssea.
Devem ser administradas quando o cliente está com o estômago vazio, 1 hora antes ou 2horas
após a ingestão de alimentos, para melhor absorção. Nunca administrar com antiácidos (alumínio, cálcio, ou

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magnésio) nem com medicamentos á base de ferro, por interferirem em sua absorção. A administração com
leite provoca inativação pelo cálcio.
Mecanismo de ação: antibiótico, bacteriostático; inibe a síntese protéica de bactéria suscetível, interferindo
na replicação.
As principais são:
 Tetraciclina em cápsulas, suspensão, xarope, pomada oftálmica e injetável (Tetrex®);
 Oxitetraciclina em cápsulas, xarope e injetável (Terramicina®);
 Xarope (Vibramicina®).

Lincomicinas
São drogas bactericidas usadas em clientes alérgicos a penicilina e cefalosporinas. Apresentam boa
absorção VO e não sofrem interferência dos alimentos.
As principais são;
 Lincomicina em cápsula, xarope e injetável (Frademicina®);
 Clindamicina em cápsulas e injetável (Dalacin®).
Cuidados de Enfermagem
 Observar e comunicar reações adversas como náuseas, vômitos, diarréia, rush cutâneo.
 Não administrar com eritromicina, pois essa droga inativa o efeito da clindamicina;
 Administrar com SF 0,9% ou SG 5% no volume de 100 ml em 1 hora, observando sinais de flebites. Se
a via prescrita for IM, não precisa reconstituir, e deve ser administrada em músculo profundo. Informe
ao cliente que é uma aplicação dolorosa, sendo, portanto, contra-indicada o músculo deltóide.

Vancomicina injetável (Vancomicina®, Vancocin®, Vancocina®)


A vancomicina é um antibiótico bactericida e deve ser utilizada somente em infecções graves. Para
a administração EV deve ser reconstituída em 10 ml de água destilada e infundida em 100 a 200 ml de SF
0,9% ou SG 5% por 60 minutos. A infusão rápida provoca a reação denominada “síndrome do pescoço
vermelho”, caracterizada por: rubor facial, cervical e torácico, prurido, hipotensão e choque. Esses sintomas
cessam com a interrupção da infusão. A administração VO é feita exclusivamente quando o cliente estiver
com enterocolite estafilocócica. Clientes com distúrbios renais devem ser monitorados constantemente, pois
a droga é altamente nefrotóxica.

Cuidados de Enfermagem
 Nunca administre via IM, pois essa é uma droga altamente irritante e capaz de causar necrose tecidual;
 Atentar para reações alérgicas;
 Comunicar e parar imediatamente a infusão se aparecer o rubor facial;
 Realizar controle de diurese;
 Trocar acesso venoso em caso de infiltração e flebite.
Imipenem/cilastina injetável (Tienam®)
Antibiótico bactericida de amplo espectro. O Tienam® pode ser aplicado via IM ou EV. A terapêutica
EV é feita por meio de u frasco contendo pó (princípio ativo) que deverá ser reconstituído em diluente

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próprio num volume de 100 ml e, se a terapêutica for IM, reconstitui-se o pó em 2 ml de diluente próprio.
Pode causar reações locais como eritema, entumescimento local, flebite, prurido, náuseas e vômitos.

Sulfametoxazol – Trimetoprima comprimido, suspensão e injetável (Bactrim®) e Sulfadiazina


Droga bactericida usualmente administrada pro via oral, embora existam outras vias de
administração. Atravessa a barreira hemoliquórica, sendo importante no tratamento de meningites, por
exemplo. Podem ocorrer as seguintes reações adversas: rush cutâneo; formação de litíase renal por
depósito de cristais nas vias urinárias; mas estar, zumbidos, tonturas; náuseas e vômitos.
Cuidados de Enfermagem
Administrar os medicamentos VO, 1 hora antes ou 2 horas depois das refeições, com água;
Supervisionar ingestão hídrica de 1,5 a 2 litros de água por dia para prevenir cristais renais;
Suspender a administração da droga em casos de ração alérgica.
Administrar as drogas EV, misturando a ampola em 125 ml de SG 5% e SF 0,9% e observando turvação ou
cristalização;
Administrar em 1 hora e imediatamente após o preparo.

Metronidazol comprimido, gel, creme e ampola (Flagyl®


É uma droga bactericida específica para microrganismos anaeróbios, também indicada para o
tratamento de amebíase, giardíase e vaginite. Podem ocorrer as seguintes rações adversas: convulsões,
cefaléia, sonolência; cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarréia; poliúria, cistite; prurido e rush
cutâneo.
Cuidados de Enfermagem
Explicar que gosto metálico pode surgir durante a terapia VO;
Administrar durante as refeições para minimizar indisposição gástrica;
Administrar a bolsa (EV) em 1 hora;
Comunicar reações alérgicas locais ou sistêmicas;
Comunicar edema devido ao fato de a medicação provocar retenção de sódio;
Não administrar com: cimetidina, dissulfiram, anticoagulantes e anticonvulsivantes.

3.ANTIFÚNGICOS
São drogas capazes de inibir o crescimento ou dos fungos ou destruí-los. Assim como os
antibióticos, podem ser fungicidas ou fungistáticos.

Anfotericina B injetável (Fungizon®)


É uma droga fungicida, indicada para endocardite fúngica, histoplasmose etc. Pode causar as seguintes
reações adversas: cefaléia, hipotensão, arritmias, anorexia, perda de peso, náuseas, vômitos, distúrbios
renais, artralgias, flebites e tromboflebites.
Cuidados de Enfermagem:
 Infundir em até 4 horas, sempre com SG 5%, pois qualquer outra solução causa precipitação.
 Monitorar a freqüência cardíaca, pois uma infusão rápida pode causar parada cardiorrespiratória;
 Observar sinais de alterações urinárias devido á nefrotoxidade; monitorar a creatinina sérica;

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 Manter sob refrigeração e protegida da exposição à luz;
 Atentar para sinais de flebite e trocar o acesso venoso, se necessário.
Nistatina (Mucostatin®)
È uma fungicida, indicado para candidíase orofaríngea, vaginal, de mucosa e micoses externas.
Não é absorvido VO, cutâneo-mucosa. Quando administrada pro essas vias, atua somente nos fungos e é
excretada pelas fezes.
Cuidados de Enfermagem:
 Administrar o antifúngico após a limpeza do local afetado;
 Em casos de administração VO, solicite para que o cliente segure por alguns instantes a solução na
boca para depois engoli-la.

Cetoconazol (Nizoral®) comprimido, creme e xampu


São fungicidas e fungistáticos, indicados contra as dermatofitoses (pele, couro cabeludo, unhas), candidíase
vaginal e sistêmica.
Cuidados de Enfermagem
 Administrar os comprimidos durante as refeições;
 Limpar as áreas afetadas antes da administração tópica;
 Em casos de lavagem capilar, deixar o produto agir de 3 a 5 minutos.

Fluconazol (Zoltec®) cápsulas, frascos


É uma droga fungistática, indicada para candidíase disseminada, para a meningite criptocócica e
também para a prevenção e o tratamento de infecções fúngicas em clientes imunodeprimidos. As reações
adversas são: náusea, vômitos, cefaléias e rush.
Cuidados de Enfermagem:
 Atentar para reações adversas em clientes soropositivos;
 Comunicar reações adversas;
 Administrar a bolsa (EV) em 60 minutos.

4.ANTIVIRAIS
São medicamentos que visam à inativação dos vírus, evitando danos para o hospedeiro.
Aciclovir (Zovirax®) tópico, comprimido, injetável
Inibe a formação de DNA do vírus infectante. Está indicado para o tratamento de herpes genital, orolabial,
encefalite herpética e herpes zóster em clientes imunodeprimidos. Podem ocorrer reações como: cefaléia,
náuseas, vômitos, hipotensão, flebites, alteração de creatinina e diarréia.
Cuidados de Enfermagem:
 Monitorar sinais de hipersensibilidade;
 Estimular ingestão hídrica;
 Reconstituir o pó com 10 ml de água destilada e infundir com 100 ml de SG 5% ou SF 0,9% em 60
minutos;
 Nunca administrar IM

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5.CORTICÓIDES

Os corticosteróides são hormônios produzidos pelas glândulas supra-renais. Exercem atividades


antiinflamatórias e metabolismo químico geral. A administração de corticosteróides pode levar à retenção
líquida causando edema e modificar os sinais inflamatórios, podendo assim, ocultar manifestações
infecciosas e inibição de estados alérgicos.

Mecanismo de ação: os hormônios metabólico de órgãos vitais. Nesse processo incluem-se o metabolismo
de carboidratos, proteínas, gorduras e o sistema hidroeletrolítico. Tem atividade mineralocorticóide leve. Os
corticosteróides têm efeitos metabólicos diversos e intensos e modificam a resposta imunológica a
diferentes estímulos.
Os principais são:
 Betametasona (Celestone®, Betnesol®, Betnelan®);
 Beclometasona spray (Beclosol®);
 Dexametasona (Decadron®, Decadronal®, Dexametasona®);
 Hidrocortisona (Cortisol®) (flebocortid®, Solu-cortef®);
 Metilpredinisolona (Solu-medrol®, Depo-Medrol®);
 Prednisona (Meticorten®).
Cuidados de Enfermagem:
 Orientar o uso de corticosteróides somente com prescrição médica;
 Conhecer as vias de administração e os efeitos esperados e colaterais da droga;
 Controlar o peso diariamente;
 Controlar a pressão arterial porque os corticosteróides, devido à terapêutica, podem causar hipertensão;
 Comunicar sinais e sintomas como cefaléia, hipertensão arterial, edema, oligúria ou anúria, sede
excessiva, alterações de consciência, astenia, hipotonia muscular, respiração superficial, pulso fraco,
hipotensão, sonolência, desorientação e hiperglicemia;
 Observar o aparecimento de alterações como hirsutismo (na mulher aparece muitas vezes sob a forma
de “fina penugem” na face e no tronco), acne, “cara de lua cheia”, sendo reversíveis com a suspensão
do medicamento;
 Observar a evolução das feridas, pois os corticosteróides interferem no processo de cicatrização.
6.COAGULANTES OU HEMOSTÁTICOS
São drogas que promovem a hemostasia.
Principais hemostáticos de ação local:
 Trombina (Trombin® tópico);
 Cola de fibrina (Tissucol®);
 Esponja de gelatina (Gelfoan®).
Principais hemostáticos de ação sistêmica:
 Globulina anti-hemofílica A (fator VIII);
 Estrógenos (Premarin®, Styptanon®);
 Ácido tranexânico (Transamin®).
Cuidados de Enfermagem:

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 Orientar o cliente quanto à higienização durante a terapia tópica.
 Comunicar a persistência de hematomas e sangramentos.
7.ANTICOAGULANTES
São drogas que inibem fatores relacionados à coagulação sanguínea. São utilizados em distúrbios
tromboembólicos. Os anticoagulantes tópicos (Trombofob, Lasonil, Hirudoid) estão indicados para
hematomas, tromboflebites etc.
Mecanismo de ação: interfere na coagulação do sangue, retardando o tempo de coagulação ou
aumentando o tempo de dissolução de um coágulo.
Os principais são:
 Heparina (Heparina®, Liquemine®);
 Varfarina sódica (Marevan®);
 Estreptoquinase (Streptase®, Streptoquinase®).
Cuidados de Enfermagem:
 Administrar o medicamento seguindo a prescrição do dia;
 Observar sinais de hemorragias internas e externas;
 Evitar, se possível, medicações parenterais. Havendo necessidade, utilizar cateteres finos para evitar
traumatismo e sangramento;
 Não massagear o local de aplicação de medicação parenteral;
 A heparina é administrada pelas vias SC e EV, nesse caso, deve ser infundida em bomba infusora.

8.ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS


Analgésicos: drogas utilizadas para evitar ou abolir a dor, geralmente de origem sintética.
Antipiréticos: medicamentos que agem no SNC, reduzindo a hipertermia, além de possuir atividade
analgésica.
Antiinflamatórios: drogas que reduzem quadros inflamatórios podem ser analgésicas ou não.
Opióides ou hipnoanalgésicos ou narcóticos: derivados do ópio, causam analgesia e sonolência e
podem levar à dependência química. Por esse motivo, são controlados e devem ser guardados em armários
com chaves. Atuam em dores profundas, sendo que seus efeitos se devem principalmente à morfina. Por
exemplo: morfina (Dimorf®), codeína + paracetamol (Tylex®), meperidina (Dolantina®, Demerol®).
Derivados de ácido salicílico: diminuem a hipertermia e alivia dores de baixa a média intensidade. Os
efeitos colaterais relacionam-se à ação gastrintestinal (náuseas e epigastralgia). Por exemplo: ácido
acetilsalicílico (AAS®, Aspirina®, Endosprin®).
Derivados do para-aminofenol: o representante desta categoria é o paracetamol. Tem boa ação
antipirética e analgésica e baixa ação antiinflamatória. Os efeitos colaterais são pouco significativos em
dose terapêuticas, mas não se descartam reações cutâneas alérgicas. Por exemplo: paracetamol (Tylenol®,
Parador®).
Derivados da pirazolona: o representante a dipirona, cuja ação predominante é analgésica e antipirética.
O uso intravenoso pode provocar hipotensão arterial em alguns clientes. Por exemplo: dipirona
(Novalgina®).

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Derivados dos ácidos arilalcanóicos: caracterizam-se pro sua ação analgésica, antipirética e
antiinflamatória. O efeito colateral mais freqüente é a epigastralgia. Por exemplo: diclofenaco (Voltaren®,
Biofenac, Cataflan®).
Cuidados de Enfermagem:
 Administrar o ácido salicílico nos horários das refeições para minimizar irritação gástrica;
 Na administração dos opióides, estar atento a sonolência, náuseas, vômitos, alterações de humor
(variando de torpor a intensa euforia); sinais de depressão respiratória; miose, pois pode indicar
toxicidade do medicamento; hipotensão ortostática, pois a morfina e análogos causam vasodilatação
periférica; manifestações crônicas (dependência física e psicológica).

9.QUIMIOTERÁPICOS
CLASSIFICAÇÃO
Agentes alquilantes: mostarda nitrogenada e derivados (mecloretamina,ciclofosfamida, clorambucil),
etilenamina, epoxidos (dibromomanitol, dibromocitrol), alquil sifonatos (bussulfan), nitrosouréias (carmustine,
lomustine, streptomizicin), diaquitriazenes (dacarbazina), streptozocina, ifosfamida, melfalan, cisplatina,
estramustina, melfalano, tiopeda, semustina, dacarbazina, carboplatina.
Agentes antimetabólicos: metotrexato, são análogos da purina (6-mercapturina, 6-tioguanina, azatioprina),
análogos da pirimidina (5-flurouracil, citosin-arabinosidio).
Antibióticos antitumorais: antacíclicos (doxorubicina, daunublastina, epirubicina,
idarubicina), bleomicina, mitomicina, mitoxotrona.
Plantas alcalóides: grupo da vincristina e vimblastina, paclitaxel, teniposido e etoposido.
Outras classificações: hidroxilréias, asparaginase.
Classificação dos antineoplásicos conforme as reações dermatológicas locais:
1. Quimioterápicos vesicantes: provocam irritação severa com formação de vesículas e destruição
tecidual quando extravasados.
2. Quimioterápicos irritantes: causam reação cutânea menos intensa quando extravasados (dor e
queimação sem necrose tecidual ou formação de vesículas); porém, mesmo que adequadamente
infundidos, podem ocasionar dor e reação inflamatória no local da punção e ao longo da veia utilizada para
aplicação.
3. Quimioterápicos não vesicantes/irritantes: não causam reação cutânea quando extravasados e não
provocam dor e queimação durante a administração.

ALGUMAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO


Os quimioterápicos antineoplásicos podem ser administrados pelas vias: oral, intramuscular,
subcutânea, endovenosa, intrarterial, intrapleural, intravesical, intra-retal, intratecal e intraperitoneal.

1 Via Oral
Vantagens:as mesmas de outra medicação administrada por essa via
Desvantagens: as mesmas de outra medicação administrada por essa via
Potenciais complicações: complicações específicas de cada agente
Cuidados de enfermagem na via oral:
 Manusear os quimioterápicos com luvas de procedimentos.

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 Orientar e assistir o cliente com relação aos efeitos colaterais.
 Diluir a droga em água e administrá-la logo em seguida.
 Comunicar com o médico imediatamente, se o cliente vomitar.
 Administrar antiemético prescrito, se presença de vômitos persistentes.
 Fazer anotações de enfermagem descritiva.

2 Via IM
Vantagens: as mesmas de outra medicação administrada por essa via.
Desvantagens: as mesmas de outra medicação administrada por essa via.
Potenciais complicações: lipodistrofias e abcessos.
Cuidados de enfermagem na via intramuscular:
 Diluir os fármacos em pequena quantidade de diluentes.
 Fazer anti-sepsia rigorosa no local de aplicação.
 Administrar o quimioterápico em até 5 ml para cada aplicação em adulto e 3ml para criança.
 Utilizar uma agulha de menor calibre.
 Fazer rodízios dos locais de aplicação.
 Orientar e assistir o cliente com relação aos efeitos colaterais.
 Fazer anotações de enfermagem descritiva.

3 Via Arterial
Vantagens: aumento da dose para tumores com diminuição dos efeitos colaterais sistêmicos
Desvantagens: requer procedimento cirúrgico para colocação do cateter
Potencias complicações: sangramento e embolia
Cuidados de enfermagem na aplicação por via arterial:
 Observar posicionamento e fixação do cateter.
 Retirar o cateter fazendo compressão por 5 minutos ou mais.
 Fazer curativo após a retirada do cateter.
 Orientar e assistir o cliente com relação aos efeitos colaterais.
 Fazer anotações de enfermagem descritiva.

4. Via Endovenosa
Vantagens: efeito imediato e completa disponibilidade da medicação.
Desvantagens: esclerose venosa, hiperpigmentação da pele.
Potencias complicações: infecção, flebite, formação de vesículas ou necrose quando extravasado o
antineoplásico.
Cuidados de enfermagem na aplicação por via endovenosa
 Puncionar veia calibrosa.
 Escolher a veia periférica mais distal dos membros superiores e de maior calibre acima das áreas de
flexão.

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 Fixar o dispositivo de uma maneira que facilite a visualização do local da inserção do cateter para a
avaliação de extravasamento.
 Certificar se o acesso venoso está pérvio com soro fisiológico ou água destilada antes
 de iniciar a quimioterapia.
 Usar three way para facilitar na manipulação medicamentosa.
 Administrar o quimioterápico antineoplásico em bolus, infusão rápida e lenta oucontínua, conforme
prescrição médica.
 Não administrar quimioterápicos vesicantes sob infusão contínua através de um acesso venoso
periférico.
 Interromper a infusão quando houver: edema, hiperemia, diminuição ou parada doretorno venoso e dor
no local da punção.
 Seguir protocolo da instituição em caso de extravasamento do quimioterápico.
 Lavar a veia puncionada com SF 0,9% antes de retirar o dispositivo da punção
 Fazer compressão local por 3 minutos após a retirada do dispositivo para evitar o refluxo do
quimioterápico e sangue.
 Observar presença de complicações locais associados à administração dosquimioterápicos por veia
periférica: flebite, urticária, vasoespasmo, dor, eritema, descoloração, hiperpigmentação venosa e
necrose tecidual secundária ao extravasamento.
 Assistir e orientar o cliente com relação aos efeitos colaterais.
 Fazer anotações de enfermagem descritiva.

Procedimento para administração de quimioterápicos:


 Verificar a identificação do cliente, medicamento, dose, via e tempo de administração na prescrição
médica.
 Rever o histórico de alergia à medicamentos com o cliente e no prontuário.
 Antecipar e planejar possíveis efeitos colaterais e toxicidade sistêmica importante.
 Rever os dados laboratoriais e outros testes adequados.
 Escolher os equipamentos e dispositivos adequados.
 Explicar o procedimento ao cliente e ao acompanhante.
 Informar que os quimioterápicos são lesivos para as células normais e que as medidas de proteção
usadas pela equipe minimizam sua exposição ao medicamento.
 Administrar antieméticos ou outras medicações prescritas.
 Administrar o quimioterápico.
 Monitorar o cliente em intervalos programados durante todo o período de administração de
medicamentos.
 Não descartar qualquer dispositivo utilizado em qualquer procedimento na área de cuidado do cliente.
Intervenções de enfermagem frente ao tratamento com os quimioterápicos antineoplásicos:
 Avaliar cavidade oral quanto à presença de mucosites e gengivites.
 Fazer a higienização dos dentes com cautela, nos clientes que apresentarem hemorragias gengivais.

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 Incentivar o cliente a fazer a higiene oral com escova macia ou com o dedo enrolado na gaze com soro
fisiológico e solução alcalina (bicarbonato de sódio) na ausência de hemorragia.
 Incentivar o cliente a fazer bochecho com solução de nistatina 30 minutos após a higiene oral,
mantendo-a na boca por 2 minutos e deglutindo após, conforme prescrição médica.
 Liberar a dieta após 20 minutos do bochecho com solução de nistatina.
 Avaliar a aceitação alimentar e documentar.
 Oferecer alimentação leve 2h antes do início da quimioterapia.
 Evitar frituras para minimizar a possibilidade de vômitos para o cliente.
 Administrar antiemético antes da quimioterapia, se prescrito.
 Avaliar a eficácia do antiemético.
 Evitar líquidos durante as refeições .
 Estimular ingestão hídrica 2 litros/dia ou mais.
 Evitar odores desagradáveis na enfermaria.
 Investigar, medicar e proporcionar o conforto na ocorrência de dor.
 Manter os lábios do cliente lubrificados.
 Registrar o peso diariamente e fazer balança hídrico rigoroso.
 Estimular a deambulação, quando possível.
Observar, comunicar e registrar presença de reações adversas

10.HIPOGLICEMIANTES
Injetável (insulina)
A insulina é um hormônio que transporta a glicose para as células e age regulando seus níveis no sangue.
No caso de diabetes mellitus insulinodependente, o pâncreas não está incapacitado de produzir a insulina;
por esse motivo, o nível de glicose sanguínea eleva-se. Os tipos de insulina são classificados de acordo
com a origem (humana, bovina ou suína), o grau de pureza (puras ou mistas) e o tempo de ação. Quanto a
este último, pode ser:
 Rápida: denominada regular ou simples. Como o nome diz, sua absorção ocorre num prazo de 30
minutos e, por esse motivo, está indicada nos casos de hiperglicemia. As vias de administração são a
subcutânea, a intramuscular e a endovenosa (direta ou em infusão venosa adicionada ao soro);
 Intermediária: denominada NPH ou lenta. Caracteriza-se pelo retardo em sua absorção, liberação lenta
e prolongamento em sua ação. Via de aplicação subcutânea.
Tabela 1. Ação da Insulina no Organismo
Insulina Início Pico Duração

Regular ¹/2-1h 2-4h 6-7h

NPH 3-6h 12-16h 20-24h

80% NPH 20% Regular ¹/2-1h 2-12h 20-24h

70% NPH 30% Regular ¹/2-1h 2-12h 20-24h

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Mecanismo de ação: facilita o transporte de glicose nas musculaturas cardíaca e esquelética e no tecido
adiposo. Aumenta a síntese de glicogênio no fígado. Estimula a síntese protéica, a lipogênese e libera os
ácidos graxos das células gordurosas.
Cuidados de Enfermagem:
 Conservar o frasco em temperatura de 2 a 8°C, porém nunca no congelador;
 Administrar a insulina observando os seguintes itens:
ler atentamente a prescrição médica;
observar a validade e o aspecto (a insulina NPH é leitosa) antes de aspirar o medicamento;
homogeneizar suavemente o solução e aspirar a quantidade em unidades prescritas;
saber o nível de glicose sanguínea/urinária.
 Comunicar os sinais de hipoglicemia: sudorese, tremor, palidez, cefaléia, sonolência, confusão
mental, fraqueza, taquicardia, palpitação;
 Orientar e treinar o cliente quanto à técnica da auto-aplicação.
Orais
São drogas utilizadas para o controle e a regulação da glicemia quanto o pâncreas está
parcialmente funcionante, ou seja, ainda secreta alguma quantidade de insulina, porém não o suficiente
para reduzir a glicemia.
Mecanismo de ação: tem vários mecanismos de atuação: estimula a liberação da insulina pelas células
beta do pâncreas; o tecido se trona mais sensível à insulina devido ao aumento do número de receptores da
insulina; diminui a liberação do glucagon e a produção de glicose.
Os principais são:
 Clorpropamida (Diabinese®);
 Glibenclamida (Daonil®);
 Glipizida (Minidiab®).
Cuidados de Enfermagem
 Orientar o cliente quanto aos horários da medicação (jejum, antes do almoço e jantar);
 Esclarecer as dúvidas sobre os sinais de hipoglicemia, já descritos anteriormente;
 Deixar na carteira em lugar visível a informação de que é portador de DM, para qualquer acidente que
possa ocorrer em vias públicas;
 Orientar quanto à realização de dextros freqüentes e dieta com restrição de açúcares;
 Procurar um médico em qualquer alteração importante.

11.CARDIOTÔNICOS (DIGITÁLICOS)
Cardiotônicos são medicamentos que aumentam a contração cardíaca e reduzem a freqüência. São
denominados de digitálicos por serem originários de plantas do gênero Digitalis. São indicados
principalmente para insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Vale ressaltar que a margem de segurança na
percepção entre a dose terapêutica e o aparecimento dos sinais de toxicidade é bem reduzida.
Os principais sinais e sintomas de intoxicação digitálica incluem:
 Manifestações neurológicas: alterações na percepção das cores, cefaléia, tontura, irritabilidade,
inquietação, fadiga;
 Manifestações gastrintestinais: anorexia, náuseas e vômitos;

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 Manifestações cardiovasculares: mais freqüente o surgimento de extra-sístoles.
Os principais medicamentos são:
 Digoxina (Digoxina®);
 Digitoxina (Digitoxina®, Digitalina®);
 Lanatosídeo C (Deslanosídeo®, Cedilanide®).

Cuidados de Enfermagem:
 Verificar a freqüência cardíaca (FC) antes da administração dos digitálicos, pois estes são drogas que
induzem a bradicardia;
 Comunicar à supervisão se a freqüência cardíaca estive igual ou abaiso de 60bpm (antes de administrar
o medicamento);
 Comunicar qualquer sinal ou sintoma de intoxicação digitálica;
 Administrar digitálicos de preferência no período da manhã, devido à irritabilidade e à insônia, além da
diurese, que aumenta com o uso do medicamento.
 Administra digitálicos endovenosos lentamente, monitorando eletrocardiograficamente o cliente;
 Manter o cliente em repouso no leito em casos de intoxicação digitálica.

12. VASODILATADORES (ANTI-HIPERTENSIVOS)


São medicamentos utilizados na regulação e no controle da hipertensão arterial, ou seja, quando a
pressão diastólica estiver igual ou superior a 90mmHg.
Mecanismo de ação: acredita-se que ocorra uma supressão no sistema renina-angiotensina-aldosterona. A
renina sintetizada pelo rim produz a angiotensina I. A angiotensina I é convertida em angiotensina II pela
ACE. A angiotensina II é um potente vaosconstritor que estimula a secreção da aldosterona, resultando em
retenção de sódio e líquido. Os inibidores da ACE reduzem a convesão da angiotensina I em angiotensina II
no plasma e, consequentemente, reduz a resistência periférica e a secreção de aldosterona, diminuindo a
pressão sanguínea.
Os principais são:
 Metildopa (Aldomet®);
 Prazosina (Minipess®);
 Hidrazalina (Apresolina®);
 Nifedipina (Adalat®);
 Captopril (Capoten®).
Cuidados de Enfermagem:
 Controle freqüente da PA;
 Comunicar sinais e sintomas como sonolência, hipotensão postural, zumbido, fraqueza, tonturas,
náuseas e cefaléia, que podem significar reação adversa.
 Orientar os clientes a se levantar da cama ou da cadeira com cuidado, devido à hipotensão
postural.

13.VASODILATADORES

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São drogas que promovem vasodilatação, melhorando o fluxo sanguíneo. Podem atuar nas
coronárias, nos vasos cerebrais e periféricos.
Vasodilatadores coronarianos
Também denominados de antianginosos, promovem o relaxamento das artérias coronárias pro ação
direta, melhorando assim a dor (angina) causada pela isquemia miocárdica. O efeito colateral mais
freqüente é a cefaléia, que ocorre devido à vasodilatação cerebral.
Os principais são:
 Trinitrato de glicerina ou Nitroglicerina (Nitradisc®, Nitroderm®);
 Dinitrato de isossorbida (Isordil®);
 Propatilnitrato (Sustrate®);
 Mononitrato de isossorbida (Monocordil®).
Vasodilatadores cerebrais e periféricos
Os principais são:
 Bametano (Vasculat®);
 Butilsimpatol (Fluditat®);
 Cinarizina (Stugeron®);
 Pentoxifilina (Trental®);
 Naftidrofuril (Iridux®).
Cuidados de Enfermagem:
 Verificar periodicamente a pressão arterial e a FC;
 Comunicar alterações na perfusão periférica;
 Comunicar alterações no nível de consciência;
 Comunicar efeitos relacionados à toxicidade ou sensibilidade à droga.
14. VASOCONSTRITORES
São medicamentos destinados a estimular o aparelho circulatório, provocando vasoconstrição
periférica e elevação da PA. São utilizados em: anestesia, arritmias, hemorróidas, hipotensão, enxaqueca,
congestão nasal, oftalmologia e choque.
Os principais são:
 Etilefrina (Efortil®);
 Metareminol (Aramin®);
 Dopamina (Revivan®);
 Epinefrina (Adrenalina®).

Cuidados de Enfermagem:
 Na administração intravenosa, fazê-lo lentamente e controlar a PA, durante a administração;
 Verificar a PA freqüentemente devido à hipertensão que o medicamento provoca;
 Controlar diurese;
 Observar presença de taquicardia e dor pré-cordial, que são os efeitos colaterais do medicamento.

15. ANTIARRÍTMICOS

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São drogas que agem nas arritmias cardíacas (taquicardia supraventricular, extra-sístole etc).
Mecanismo de ação: interferem na freqüência cardíaca alterada. Tem os seguintes mecanismos de ação:
inibição dos canais rápidos de sódio, antagonizando os receptores beta-adrenérgicos; inibição dos canais
de potássio; e bloqueio dos canais de cálcio. Finalidade dos antiarrítmicos é reduzir o tempo de condução
no nódulo AV, encurtar o potencial de ação e prolongar a refratariedade do músculo cardíaco.
Os principais são:
 Quinidina (Quinidine®, Quinicardine®);
 Amiodarona (Ancoron®, Miodaron®);
 Procainamida (Procamide®).

Cuidados de Enfermagem:
 Monitora os sinais vitais freqüentemente (antes e após a administração do medicamento) e registrar os
parâmetros;
 Observar e comunicar imediatamente reações adversas e sinais de intoxicação;
 Manter o material de emergência em local de fácil acesso.

16. DIURÉTICOS
São drogas que aumentam o fluxo urinário. São importantes para reduzir edemas. Também
utilizadas em casos de hipertensão arterial, isoladamente ou associadas a medicamentos anti-hipertensivos.
Mecanismo de ação: divide-se em subgrupos. Os diuréticos que inibem a reabsorção do sódio no tubo
distal do rim aumentam a excreção de sódio e água no rim. Os diuréticos das alças de Henle, que inibem a
reabsorção de sódio, devido a sua atuação no tubo distal e na alça de Henle, têm efeito mais potente. Os
diuréticos bloqueadores de potássio interferem no efeito da aldosterona no tubo renal, levando à perda de
sódio e água e retenção de potássio; por esse motivo seu efeito é menos potente. Outro diurético retira a
água da célula com efeito hipertônico.
Os principais são:
 Furosemida (Lasix®);
 Amilorida + hidroclorotiazida (Moduretic®);
 Clortalidona (Higroton®);
 Hidroclorotiazida (Clorana®).
Cuidados de Enfermagem:
 Controlar diariamente o peso para avaliar se o medicamento está apresentando o efeito desejado;
 Controlar a pressão arterial rigorosamente, pois diuréticos como hidroclorotiazida podem causar
hipotensão postural;
 Controlar ingestão hídrica;
 Administra os diuréticos no período da manhã, para não interferir no sono do cliente;
 Comunicar efeitos colaterais como náuseas, vômitos e diarréia;
 Comunicar sinais de hipopotassemia, ou seja, pulso filiforme, hipotensão arterial, alteração do ritmo
cardíaco, cãibras, fraqueza, respiração superficial, hipotonia muscular, sonolência;
 Observar a dosagem de sódio sérico, pois os sinais de hiponatremia são vômitos, dores musculares,
hipotensão, apatia, astenia.

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17. VITAMINAS
Não podem ser sintetizados pelo organismo, regulam o metabolismo celular, auxiliam os processos
bioquímicos que liberam a energia dos alimentos e são denominados micronutrientes.
CLASSIFICAÇÃO
Vitaminas Hidrossolúveis
As vitaminas hidrossolúveis são vitaminas solúveis em água. São absorvidas pelo intestino e
transportadas pelo sistema circulatório até os tecidos em que serão utilizadas. O organismo somente usa o
necessário, eliminando o excesso. Elas não se acumulam no corpo, ou seja, não permanece no nosso
organismo por muito tempo, sendo assim, excretada pelo organismo atraves da urina.
 Complexo B
-Vit B1 (Tiamina);
-Vit B2 (Riboflavina);
-Vit B6;
-Vit B12 (Cobalamina);
-Ac. Nicotínico;
-Piridoxina;
-Ac. Fólico (Folato);
-Ac. Pantotênico;
-Biotina.
 Vit C (Ác. Ascórbico);
 Colina
Vitaminas lipossolúveis
Vitaminas lipossolúveis são as vitaminas solúveis em lipídios e não-solúveis em água. Para serem
absorvidas é necessária a presença de lipídios, além de bílis e suco pancreático. Após a absorção no
intestino, elas são transportadas através do sistema linfático até aos tecidos onde serão armazenadas.
 Vit A (ß-Caroteno);
 Vit D (Calciferol);
 Vit E (Tocoferol);
 Vit K (Fitonadiona).

18. MINERAIS
Minerais são nutrientes inorgânicos que participam do metabolismo de nosso organismo, sendo
necessários para o seu bom funcionamento.
Função dos principais Minerais:
Ferro: Atua na formação da hemoglobina, na manutenção do apetite e do crescimento;
Iodo: Atua na formação de hormônios da tireóide;
Zinco: Atua na síntese de proteínas regulando o crescimento, as defesas corporais e o apetite;
Cobre: Facilita a absorção do ferro;
Cálcio: Forma e mantêm ossos saudáveis e auxilia na coagulação do sangue;
Magnésio: Converte o açúcar em energia e é necessário para o bom funcionamento dos nervos e músculos.

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19. ANTI-SÉPTICOS E DESINFETANTES
Grupos de desinfetantes e anti-sépticos
Mecanismo de ação dos desinfetantes: na presença de restos orgânicos os desinfetantes químicos têm
sua atividade antimicrobiana drasticamente reduzida ou mesmo inativada. Alguns fatores, tais como
quantidade de matéria orgânica, virulência do organismo patogênico, a saúde e a susceptibilidade do
hospedeiro são determinantes do processo. Os compostos desinfetantes e esterilizantes deverão agir em
nível de membrana celular, através de alterações da permeabilidade seletiva da membrana, causando
perda das substâncias intracelulares vitais. Agem ainda por desnaturação e inativação de proteínas como
as enzimas.

1.Álcool(Nívelmédio)
Atividade: Em concentrações entre 70 e 90%, as soluções de álcool etílico (etanol), CH 3CH2H, são
eficientes contra as formas vegetativas dos microorganismos.
As propriedades bactericidas do álcool aumentam quanto maior for sua cadeia de carbono. Entretanto,
álcoois com cadeias de carbono maiores do que o álcool propílico e isopropílico são pouco solúveis em
água, e portanto menos utilizados.
O álcool etílico a 70° e o Isopropanol a 90% são os melhores álcoois desinfetantes para superfícies.
Mecanismo de ação:
a- A atividade antimicrobiana dos álcoois deve-se à sua capacidade de desnaturar proteínas.
b- Os álcoois também são solventes de lipídeos, lesando assim as estruturas lípidicas da membrana das
células microbianas.
c- Parte de sua eficiência como desinfetante de superfície pode ser atribuída à ação detergente e de
limpeza, que auxilia na remoção mecânica dos microorgamsmos.

Álcool Etílico a 70°


Álcool Etílico........................qs
Água Destilada qsp..............Álcool a 70° (medido com alcoômetro)

Álcool Isopropílico 90%


Isopropanol........................90ml
Água Destilada qsp..............100ml

Obs.: As fórmulas acima são utilizadas como bactericidas para bancadas e instrumentos do consultório
para assepsia das mãos.

2.Cloro
O cloro, na forma gasosa (Cl2) em combinações químicas, representando um dos desinfetantes mais
utilizados. O cloro é um potente microbicida de amplo espectro, cuja atividade diminui em presença de
matéria orgânica. Dentre os compostos de cloro usados como desinfetantes, destacam-se os hipocloritos,
que contém o grupo químico – OCL.

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Hipoclorito de Sódio
Mecanismo de Ação: O poder desinfetante do cloro se deve à liberação de ácido hipocloroso que se
decompõe em cloro e oxigênio livre. O cloro provoca a inibição de reações enzimáticas intracelulares,
desnaturação de proteínas e inativação de ácidos nucléicos. Possui atividade antimicrobiana de amplo
espectro, baixo custo e ação rápida.
Atividade Antimicrobiana: Os compostos que liberam cloro são ativos frente às bactérias, vírus e fungos,
inclusive HIV e HBV. Porém, são pouco ativos frente a bacilos ácidoálcool resistentes e esporos.Em contato
com a pele pode dissolver coágulos e provocar hemorragias. Possui maior estabilidade em pH alcalino.
Solução de Milton
Hipoclorito de Sódio.....................l% de (cloro livre)
Água Destilada qsp......................l00ml
Indicação: Limpeza de materiais não metálicos. Deve-se imergir os materiais por 30 minutos.

3.Iodo e compostos iodados (Nível médio)

O iodo é um dos mais antigos e eficientes agentes antimicrobianos. Foi reconhecido pela Farmacopéia
Norte-Americana no início de 1830 e utilizado para tratar ferimentos durante a guerra civil americana. O iodo
puro é um elemento cristalino preto-azulado com brilho metálico. É pouco solúvel em água pura porém
altamente solúvel em álcool etílico e em solução aquosa de iodeto de potássio (KI) ou iodeto de sódio (NaI).
É tradicionalmente utilizado como um agente anti-séptico na forma de tintura. O iodo é um dos melhores
antisépticos universais, atuando contra bactérias, fungos, leveduras, protozoários e vírus.

3.1.PVPI(PovidonaIodada)

Atividade: Mata bactérias, fungos, vírus, protozoários e leveduras. Sua ação tem duração efetiva de
aproximadamente uma hora. É tuberculicida e tricomonicida ativo mesmo em presença de matéria orgânica.
O componente povidona cumpre as funções do iodeto nas soluções e tinturas de iodo, além de aumentar a
solubilidade deste e assegurar uma forma de ação prolongada.
As preparações anti-sépticas com povidona estão indicadas para prevenir e tratar as infecções superficiais e
também como bactericida para a pele antes de injeções e outros procedimentos operatórios.

Sabonete Líquido com PVPI


PVPI..........................................10%
Sabonete Líquido Base qsp...............250ml
Indicação: Usado como antiséptico para as mãos.
Observação: PVPI a 10% apresenta 1 % de iodo livre.
Solução Anti-séptica com PVPI 10%
PVPI.....................10%
Água Destilada........100ml
Indicação: Preparo da zona cirúrgica.
BIBLIOGRAFIA

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1- Cruz, Andréa Porto da: Curso didático de enfermagem. Módulo I. São Caetano do Sul, SP: Yendis
Editora, 2006.

2- Katamoto, Emília Emi; Fortes, Julia Ikeda: Fundamentos de Enfermagem. 2ª Ed. Ver. E atual. São
Paulo: EPU, 1997.
3- Goldenzwaig, Nelma Rodrigues Soares Choiet: Administração de medicamentos na enfermagem.
6.ed., ver. E atualizada. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

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