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História da Anatomia

O conhecimento anatômico do corpo humano data de quinhentos anos antes de Cristo no sul da
Itália com Alcméon de Crotona, que realizou dissecações em animais. Pouco tempo depois, um texto clínico
da escola hipocrática descobriu a anatomia do ombro conforme havia sido estudada com a dissecação.
Aristóteles mencionou as ilustrações anatômicas quando se referiu aos paradigmata, que provavelmente
eram figuras baseadas na dissecação animal.
No século III A.C., o estudo da anatomia avançou consideravelmente na Alexandria. Muitas
descobertas lá realizadas podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os primeiros que realizaram
dissecações humanas de modo sistemático. A partir do ano 150 A.C. a dissecação humana foi proibida
novamente por razões éticas e religiosas. No século II D.C., Galeno dissecou quase tudo, macacos e
porcos, aplicando depois os resultados obtidos na anatomia humana, quase sempre corretamente; contudo,
alguns erros foram inevitáveis devido à impossibilidade de confirmar os achados em cadáveres humanos.
Galeno desenvolveu assim mesmo a doutrina da “causa final”, um sistema teológico que requeria que todos
os achados confirmassem a fisiologia tal e qual ele a compreendia. Porém não chegaram até nós as
ilustrações anatômicas do período clássico, sendo as “séries de cinco figuras” medievais dos ossos, veias,
artérias, órgãos internos e nervos são provavelmente cópias de desenhos anteriores. Invariavelmente, as  
figuras são representadas numa posição semelhante à de uma rã aberta, para demonstrar os diversos
sistemas, às vezes, se agrega uma sexta figura que representa uma mulher grávida e órgãos sexuais
masculinos ou femininos.
Nos antigos baixos-relevos, camafeus e bronzes aparecem muitas vezes representações de
esqueletos e corpos encolhidos cobertos com a pele (chamados lêmures), de caráter mágico ou simbólico
mais que esquemático e sem finalidade didática alguma.
Parece que o estudo da anatomia humana recomeçou mais por razões práticas que intelectuais. A guerra
não era um assunto local e se fez necessário dispor de meios para repatriar os corpos dos mortos em
combate. O embalsamento era suficiente para trajetos curtos, mas as distâncias maiores como as Cruzadas
introduziram a prática de “cocção dos ossos”. A bula pontifica De sepulturis de Bonifácio VIII (1300), que
alguns historiadores acreditaram equivocadamente proibir  a dissecção humana tentava abolir esta prática.
O motivo mais importante para a dissecação humana foi o desejo de saber a causa da morte por razões
essencialmente médico-legais, de averiguar o que havia matado uma pessoa importante ou elucidar a
natureza da peste ou outra enfermidade infecciosa. O verbo “dissecar” era usado também para descrever a
operação cesariana cada vez mais freqüente. A tradição manuscrita do período medieval não se baseou no
mundo natural.
As ilustrações anteriores eram aceitas e copiadas. Em geral, a capacidade dos escritores era
limitada e ao examinar a realidade natural, introduziram pelo menos alguns erros tanto de conceito como de
técnica. As coisas “eram vistas” tal quais os antigos e as ilustrações realistas eram consideradas como um
curto-circuito do próprio método de estudo. A anatomia não era uma disciplina independente, mas um
auxiliar da cirurgia, que nessa época era relativamente grosseira e reunia sobre todo conhecer os pontos
apropriados para a sangria. Durante todo o tempo que a anatomia ostentou essa qualidade oposta à prática,
as figuras não-realistas e esquemáticas foram suficientes. O primeiro livro ilustrado com imagens impressas
mais do que pintadas foi a obra de Ulrich Boner Der Edelstein. Foi publicada por Albrecht Plister em
Banberg depois de 1460 e suas ilustrações foram algo mais que decorações vulgares. Em 1475, Konrad
Megenberg publicou seu Buch der Natur, que incluía várias gravuras em madeira representando peixes,
pássaros e outros animais, assim como plantas diversas. Essas figuras, igual a muitas outras pertencentes
a livros sobre a natureza e enciclopédias desse período, estão dentro da tradição manuscrita e são
dificilmente identificáveis.
Dentre os muitos fatores que contribuíram para o desenvolvimento da técnica ilustrativa no começo
do século XVI, dois ocuparam lugar destacado: o primeiro foi o final da tradição manuscrita consistente em
copiar os antigos desenhos e a conversão da natureza em modelo primário. Chegou-se ao convencimento
de que o mais apropriado para o homem era o mundo natural e não a posteridade. O escolasticismo de São
Tomás de Aquino havia preparado inadvertidamente o caminho através da separação entre o mundo natural
e o sobrenatural, prevalecendo a teologia sobre a ciência natural. O segundo fator que influiu no
desenvolvimento da ilustração científica para o ensino foi a lenta instauração de melhores técnicas. No
começo os editores, com um critério puramente quantitativo, pensaram que com a imprensa poderiam fazer
grande quantidade de reproduções de modo fácil e barato. Só mais tarde reconheceram a importância que
cada ilustração fosse idêntica ao original. A capacidade para repetir exatamente reproduções pictóricas,
daquilo que se observava, constituiu a característica distinta de várias disciplinas científicas, que
descartaram seu apoio anterior à tradição e aceitação de uma metodologia, que foi descritiva no princípio e
experimental mais tarde.

Nomenclatura
Pode ser tradicional ou clássica, a qual diverge em cada país, e internacional onde o significado dos
termos anatômicos são os mesmos, mas sua escrita e leitura são traduzidas para cada nação conforme a
sua língua de origem. No final do último século, foi criada uma comissão de eminentes autoridades de
vários países da Europa e Estados Unidos denominada BNA (Basle Nomina Anatomica)  que foi substituída
pela PNA (Paris Nomina Anatomica). Esta comissão é responsável pela nomenclatura anatômica que será
utilizada em todo o mundo.
Posição Anatômica: Deve-se considerar a posição anatômica como a de um atleta em posição ereta, em
pé, com o olhar para o horizonte e a linha do queixo em paralelo à linha do solo. Os braços pendentes,
mãos espalmadas, dedos unidos e palmas voltadas para frente. Os pés também unidos e pendentes. Desse
modo podemos relacionar de forma precisa e padronizada todas as estruturas anatômicas.
Planos Anatômicos: Têm o objetivo de separar o corpo em partes para facilitar o estudo e nomear as
estruturas anatômicas com relação espacial. Ou seja, através dos planos anatômicos podemos dividir o
corpo humano em 3 dimensões e assim podemos localizar e posicionar todas estruturas.
Plano Coronal: É o plano que corta o corpo lateralmente, de uma orelha a outra. Possui esse nome porque
passa exatamente na sutura coronal do crânio. Também pode ser chamado de plano frontal. Ele determina
se uma estrutura é anterior ou posterior.
Plano Sagital: É o plano que corta o corpo no sentido ântero-posterior, possui esse nome porque passa
exatamente na sutura sagital do crânio; quando passa bem no meio do corpo, sobre a linha sagital mediana,
é chamado de sagital mediano e quando o corte é feito lateralmente a essa linha, chamamos paramediano.
Determina uma porção direita e outra esquerda. Também nos permite dizer se uma estrutura é lateral ou
medial. Dizemos que é lateral quando a estrutura se afasta da linha mediana e dizemos que é medial
quando ela se aproxima da linha mediana. Por exemplo: Podemos dizer que o mamilo é medial e que o
ombro é lateral. Outro exemplo são os maléolos: Medial e Lateral.
Plano Transversal: É o plano que corta o corpo transversalmente, também é chamado de plano axial.
Através desse plano podemos dizer se uma estrutura é superior  ou inferior.
Termos de movimento
Flexão: diminuição do ângulo de uma articulação ou aproximação de duas estruturas ósseas.
Extensão: aumento do ângulo de uma articulação ou afastar duas estruturas ósseas.
Rotação medial / Interna: gira a face anterior do membro para dentro. 
Rotação lateral / Externa: gira a face anterior do membro para fora.
Adução:  aproximar o membro do eixo sagital mediano.
Abdução: afastar o membro do eixo sagital mediano.

Divisão do corpo humano


Classicamente o corpo humano é dividido em cabeça, tronco e membros. A cabeça se divide em
face e crânio. O tronco em pescoço, tórax e abdome. Os membros em superiores e inferiores. Os membros
superiores são divididos em ombro, braço, antebraço e mão. Os membros inferiores são divididos em
quadril, coxa, perna e pé.
Divisão do Estudo da anatomia
Osteologia: parte da anatomia que estuda os ossos.
Miologia: parte da anatomia que estuda os músculos.
Sindesmologia ou Artrologia: parte da anatomia que estuda as articulações.
Angiologia: parte da anatomia que estuda o coração e os grandes vasos.
Neuroanatomia: parte da anatomia que estuda o sistema nervoso central e o periférico.
Estesiologia: parte da anatomia que estuda os órgãos que se destinam à captação das sensações.
Esplancnologia: parte da anatomia que estuda as vísceras que se agrupam para o desempenho de uma
determinada função como: fonação, digestão, respiração, reprodução e urinária.

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Endocrinologia: parte da anatomia que estuda as glândulas sem ducto, que segregam hormônios, os quais
são drenados diretamente na corrente sanguínea.
Tegumento comum: parte da anatomia que estuda a pele e os seus anexos.

Embriologia - Introdução

Embriologia é a ciência que estuda a formação e o desenvolvimento dos órgãos e sistemas do ser
humano. Todo organismo sofre mudanças progressivas durante sua vida. Essas mudanças são muito mais
pronunciadas e rápidas nas fases mais jovens do desenvolvimento, principalmente na fase embrionária. E
embora o nascimento seja um momento que marca o término de uma fase e o início de outra, não
representa o fim dos processos de desenvolvimento humano. A embriologia se ocupa das transformações
sofridas pelo óvulo até o nascimento. Em termos didáticos, engloba o período de gametogênese,
fertilização, clivagem, gastrulação e organogênese.
O desenvolvimento de cada ser humano começa com a fecundação do óvulo pelo espermatozóide.
Após a fecundação tem início uma série de eventos que caracterizam a formação do zigoto que dará origem
ao futuro embrião.
Períodos:
Período Embrionário (Organogênese) – 4ª à 8ª Semana.
Período Fetal – 9ª à 38ª semana.
Gestação pré-termo – Antes de 37 semanas completas (até 36 sem e 6 dias).
Gestação a termo – Entre 37 semanas completas e 41 sem e 6 dias.
Gestação pós-termo – Após 42 semanas completas.
 
A Embriologia como ciência
O primeiro método utilizado na investigação do desenvolvimento embrionário foi o da observação.
Aristóteles, estudando embriões de aves, foi o primeiro a fornecer informações corretas sobre o
desenvolvimento do embrião. Infelizmente só depois da Idade Média é que apareceram os novos dados,
com as observações mais precisas de Fabrizio D'Acquapendente (1537-1619), William Harvey (1578-1667)
e Marcello Malpighi (1628-1694). A embriologia, porém só veio a se firmar como ciência, após os trabalhos
de Von Baer (1792-1876), considerado o pai da embriologia moderna; foi ele quem identificou o óvulo dos
mamíferos, distinguindo-o do folículo de Graaf e também demonstrou a importância dos folhetos
germinativos no desenvolvimento embrionário. Só após o estabelecimento da teoria celular (1839) foram
lançadas as linhas mestras da embriologia atual.
Obs.: Nos dois primeiros meses (8º- 9º semana) de gestação, os dois sexos se desenvolvem de maneira
exatamente idêntica, ou seja, não é possível notar diferenças no fenótipo. No final desse período as
gônadas se diferenciam em ovários e testículos, lembrando que os testículos ainda estão dentro da
cavidade abdominal, só migrando para a bolsa escrotal no final da gestação. O desenvolvimento da
genitália externa e dos caracteres sexuais secundários se completa por volta da 12º semana de gestação.
Como o cariótipo XX ou XY irá determinar a formação do testículo ou do ovário?
O interessante é que para formar o ovário não é necessário que nenhuma mensagem genética ocorra, o
ovário irá se formar independente do cariótipo sexual. Mas o testículo necessita da presença da mensagem
do gene SRY (ligado ao cromossomo Y) para que a crista genital se diferencie em testículo. A ausência
deste gene levará a formação dos ovários.

Genitália Interna
Entende-se por genitália interna o aparelho sexual feminino: útero, vagina e trompas uterinas.
Aparelho sexual masculino: ducto deferente, vesícula seminal, próstata e ducto ejaculatório. O trato
urogenital inferior interno é derivado de dois conjuntos de ductos, os ductos de Wolff e ductos de Müller, os
quais estão presentes precocemente em ambos os sexos. Nas mulheres os ductos de Müller originam as
trompas uterinas, útero e os 2/3 superiores da vagina, os ductos de Wolff persistem na forma vestigial. Nos
homens, os ductos de Wolff originam o epidídimo, vaso deferente, vesícula seminal e ducto ejaculatório, os
ductos de Muller regridem. É importante sabermos que o desenvolvimento dos ductos de Müller e de Wolff
depende de controles hormonais. O hormônio antimülleriano (AMH ou MIF - Fator de inibição Mülleriano),
uma glicoproteina secretada pelas células de Sertoli do testículo fetal (a partir da 6º semana) é fundamental
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para a regressão dos ductos de Müller. A testosterona, secretada pelos testículos a partir da 8º semana vai
estimular a diferenciação dos ductos de Wolff. Desta forma, na presença de hormônios masculinos ocorre a
formação da genitália interna masculina e ausência da feminina. Na ausência de qualquer hormônio, o
caminho natural da diferenciação é a formação da genitália interna feminina.
Temos que saber que o embrião, tanto masculino quanto feminino, encontra-se sobre estímulo de elevados
níveis de estrogênio materno. Por isso a ausência de hormônios masculinos no embrião XY pode levar ao
aparecimento de caracteres femininos.

Genitália Externa
Desenvolve-se tanto no homem quando na mulher, a partir de precursores comuns: 
Tubérculo Genital, Protuberância Genital (eminências labioescrotais), Dobras Urogenitais e Seio Urogenital.
Nas mulheres, o tubérculo genital origina o clitóris, as protuberâncias genitais originam os grandes lábios e
as dobras urogenitais os pequenos lábios.
Nos homens, as protuberâncias genitais se fundem para formar a bolsa escrotal, as dobras
urogenitais se alongam e se fundem para formar o corpo do pênis e a uretra peniana e o tubérculo genital
forma a glande do pênis. O seio urogenital dará origem à próstata.
Sistema Ósseo - Osteologia - Introdução

Os ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que se unindo uns aos outros, por intermédio
das junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja
principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibras colágenas e proteoglicanas).
No interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que contêm células ósseas
chamadas osteócitos. Cada osteócito possui prolongamentos chamados canalículos, que se estendem a
partir das lacunas e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de
canalículos e lacunas em toda a massa de tecido mineralizado. Quanto à irrigação do osso, temos os
canais de Volkman (vasos sangüíneos maiores) e os canais de Havers (vasos sangüíneos menores). O
tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o periósteo tem drenagem linfática. O periósteo é uma
delgada membrana conjuntiva que reveste o osso, com exceção das superfícies articulares. Apresenta dois
folhetos: um superficial e um profundo (contato direto com o osso). Além da função de proteção, o periósteo
é responsável pela reconstituição do osso em casos de fratura. O endósteo é um tecido que reveste tanto o
osso que está voltado para a cavidade medular quanto as trabéculas do osso esponjoso.
Funções: Sustentação do organismo, Proteção de órgãos nobres (coração, pulmões, cérebro) e
Hematopoiética (produz células sangüíneas) e armazenamento de cálcio e fosfato.
Quantidade: É clássico admitir que o corpo humano possua 206 ossos. Mas esse número varia de
indivíduo para individuo, e na mesma pessoa varia conforme a idade.
Quando você era criança possuía mais ossos que agora. Isso ocorre porque nas crianças alguns
ossos ainda não se uniram e no adulto alguns ossos "acessórios" podem aparecer (ossos sesamóides).
Cabeça = 22 (08 ossos do crânio e 14 ossos da face);
Pescoço = 08 (07 vértebras cervicais e osso hióide);
Tórax = 37  (24 costelas, 12 vértebras e osso esterno);
Abdômen = 7 (5 vértebras lombares, 1 sacro e 1 cóccix);
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Membro Superior = 32 ossos de cada lado (Clavícula, Escápula , Úmero (braço), Rádio e Ulna (antebraço) e
Mão com 27 ossos);
Membro Inferior = 31 ossos de cada lado (Quadril, Coxa (fêmur), Joelho (patela), Perna (tíbia e fíbula) e
Ossos do Pé = 26;
Ossículos do Ouvido Médio = 3 ossos de cada lado ( Martelo, Bigorna e Estribo).
Divisão do esqueleto: O esqueleto pode ser dividido em esqueleto apendicular e axial. O Esqueleto axial é
composto pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco.
O esqueleto apendicular: é composto pelos membros superiores e inferiores, incluindo suas cinturas.
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular (formada pela
Clavícula e Escápula) para unir os membros superiores ao esqueleto axial. E cintura pélvica (formada pelo
Ilíaco) para unir os membros inferiores ao esqueleto axial.

Classificação dos ossos: Os ossos são classificados de acordo com a sua forma e composição.
Ossos Longos: São aqueles em que o comprimento predomina sobre a largura e espessura.
Os ossos longos apresentam uma escavação central que é o canal medular, onde se encontra a medula
óssea. Os ossos longos são constituídos por um corpo (diáfise) e 02 extremidades (epífises). Exemplo:
Fêmur (osso da coxa)
Ossos Curtos: São aqueles em que as 03 dimensões se equivalem. São ossos mais ou menos cúbicos.
Exemplo: Ossos do Tarso (pé)
Ossos Laminares ou Planos: São ossos finos, em que o comprimento e a largura predominam sobre a
espessura. Exemplo: Parietal (osso do crânio)
Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central. Exemplo:
Costelas.
Ossos Pneumáticos: São ossos ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios da
face), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: Esfenóide, Frontal, Maxilar
Ossos Irregulares: São ossos com características específicas, apresentam forma irregular, sem padrões.
Exemplo: Vértebras. 
Acidentes Ósseos: São marcas que os ossos possuem. Damos nome a qualquer impressão que o osso
possa ter, pode ser uma depressão, um "furo ou buraco", uma elevação.
Eminências: São elevações que o osso pode apresentar. Podem fazer parte de uma articulação como
também podem servir para inserções musculares ou ligamentares ou para os mais diversos fins. Como
exemplo de eminência articulares temos: cabeças, trócleas e côndilos.
Não articulares: Processos, tubérculos, tuberosidades, trôcanteres, espinha, eminência, lâminas e cristas.
Depressões: Como o nome já diz, são escavações que o osso pode apresentar. Podem fazer parte de uma
articulação como também podem servir para inserções musculares ou ligamentares, para permitir a
passagem de nervos ou vasos e também para outros fins.
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Crânio
O crânio é a estrutura óssea que forma o esqueleto da cabeça. Situado na parte mais alta do corpo humano
ele é sustentado pela coluna cervical. Possui um formato oval e é levemente maior em sua parte posterior
do que na parte frontal. É composto por uma serie de ossos planos e irregulares, que são imóveis (exceção
da mandíbula), totalizando 22 ossos.
Pode ser dividido em face e o crânio propriamente dito.
O crânio é constituído por 08 ossos:
 01 Occipital; 02 Parietais;
 01 Frontal; 02 Temporais;
 01 Esfenóide; 01 Etmóide

A face é constituída por 14 ossos:


 02 Nasais; 02 Maxilas;
 02 Lacrimais; 02 Zigomáticos;
 02 Palatinos; 02 Conchas Nasais Inferiores;
 01 Vômer; 01 Mandíbula.

O crânio pode ser dividido em calota craniana ou calvária e base do crânio.


A calvária é a parte superior do crânio e é formada pelos ossos: Frontal, Occipital, e Parietais. É
atravessada por três suturas (articulações que não permitem mobilidade):
Sutura Coronal: entre os ossos frontais e parietais;
Sutura Sagital: entre os dois parietais (linha sagital mediana) 
Sutura Lambdóide: entre os parietais e o occipital
O ponto de encontro das suturas coronal e sagital é chamado de BREGMA E o ponto de encontro das
suturas sagital e lambdóide é chamado de LAMBDA.
Coluna vertebral
A coluna vertebral se estende desde a base do crânio até a extremidade caudal do tronco. É constituída de
33 vértebras superpostas e intercaladas por discos intervertebrais. As vértebras sacrais soldam-se entre si,
constituindo um único osso sacro, assim como as coccígeas, que formam o cóccix.

Superiormente, articula-se com o osso occipital e inferiormente, com o Ilíaco.


É dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacrococcígea.
Canal Vertebral e os Discos Intervertebrais
O Canal vertebral é formado quando se sobrepõem os forames vertebrais de todas as vértebras. Ele é um
verdadeiro túnel que segue as diferentes curvas da coluna vertebral, abrigando em seu interior uma nobre
estrutura anatômica, a medula espinhal. É grande e triangular nas regiões onde a coluna possui maior
mobilidade (cervical e lombar) e é pequeno e redondo na região que não possui muita mobilidade
(torácica).Entre um corpo vertebral e outro, servindo como um amortecedor anatômico perfeito,
encontramos os Discos Intervertebrais. Eles são compostos de anéis fibrosos com lâminas concêntricas de
fibrocartilagem e possuem no seu centro o núcleo pulposo. O núcleo pulposo é uma massa gelatinosa que
atua como uma mola que absorve os impactos.
Vértebras Especiais: São encontradas principalmente na 1ª, 2ª e 7ª vértebras cervicais.

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 Atlas (1ª vértebra cervical): A principal diferenciação desta para as outras vértebras é de não
possuir corpo. Articula-se com o Dente do áxis (processo odontóide), Massas Laterais - partes mais
volumosas e sólidas do atlas e suportam o peso da cabeça;
 Áxis (2ª vértebra cervical): Apresenta um processo ósseo forte denominado Dente (Processo
Odontóide) que se localiza superiormente e articula-se com o arco anterior do Atlas;
 C7 - Vértebra Proeminente (7ª vértebra cervical): Possui um processo espinhoso longo e
proeminente.

Sacro: Tem a forma de uma pirâmide quadrangular com a base voltada para cima e o ápice para baixo.
Articula-se superiormente com a 5ª vértebra lombar e inferiormente com o cóccix. Esse osso nada mais é a
fusão de cinco vértebras, que na criança ainda podem estar separadas. Ele apresenta 04 faces: duas
laterais, uma anterior e uma posterior. Possui também uma base, que é proximal e se articula com a 5º
vertebral lombar; e um ápice, que é distal e articula-se com o cóccix.

Tórax
Os ossos do tórax formam uma verdadeira caixa com algumas fenestrações, que são os espaços entre as
costelas. Elas formam um verdadeiro gradil, denominado gradil costal. Além disso, o esqueleto torácico
possui uma abertura superior que permite que as diversas estruturas do pescoço ganhem a cavidade
torácica. O tórax é constituído posteriormente pelas 12 vértebras torácicas, anteriormente pelo osso esterno
e lateralmente por 12 pares de costelas.

Esterno
É um osso chato, plano e ímpar. É um importante osso hematopoiético. Articula-se com as clavículas e com
as cartilagens das 07 primeiras costelas. Constituído por 03 partes: manúbrio, corpo e processo ou
apêndice xifóide.
 
Costelas
São ossos alongados, em forma de semi-arcos, que se articula com as vértebras e com o esterno. Temos
ao todo 12 pares de costelas e podemos classificá-las em:
Verdadeiras: são 07 pares de costelas que se articulam diretamente com o esterno através das cartilagens
costais. Ressaltando que são as 07 primeiras costelas;
Falsas: 03 pares, elas se articulam indiretamente com o osso esterno;
Flutuantes: 02 pares são os dois últimos pares de costelas. Recebem esse nome porque não se articulam
com o esterno, estão fixadas somente às vértebras.

Membro Superior
O Membro superior é composto por cerca de trinta ossos articulados entre si, a extremidade superior do
corpo humano é formada pelo ombro (articulação), braço, antebraço, mão e dedos. A articulação do ombro
permite o movimento circular dos braços e os dois ossos no antebraço (ulna e rádio) permitem a rotação da
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mão em movimentos chamados de pronação e supinação que permitem uma gama extra de movimentos à
mão. Movimentos que não se encontram na maior parte dos vertebrados. E a pinça entre o polegar e o
indicador, que é um movimento exclusivo do homem e permite que a manipulação mais precisa dos objetos.
O membro superior começa na cintura escapular, estrutura que une o membro ao tórax. É composta pela
Escápula e pela Clavícula.
Escápula: É um osso par, chato bem fino podendo ser translúcido em certos pontos. Forma a parte dorsal
da cintura escapular. Tem a forma triangular apresentando 02 faces, 03 bordas e 03 ângulos. A escápula
articula-se com dois ossos: úmero e clavícula.
Clavícula: Osso longo e par, que apresenta um corpo (diáfise) e duas extremidades (epífises). Tem formato
de "S" e forma a porção ventral da cintura escapular. A clavícula articula-se com dois ossos: escápula e
esterno.
Úmero: Osso do braço. É o maior e mais longo osso do membro superior. Apresenta 02 epífises e uma
diáfise. O úmero articula-se com três ossos: a escápula, o rádio e a ulna.

Rádio: É um osso longo, paralelo e lateral à ulna. Apresenta 02 epífises e 01 diáfise. O rádio articula-se
com quatro ossos: o úmero, a ulna, o escafóide e o semilunar.
Ulna: É um osso longo que apresenta 02 epífises e 01 diáfise. Ocupa o lado medial do antebraço. A ulna
articula-se com dois ossos: o úmero e o rádio.
Olécrano: Eminência grande que forma a ponta do cotovelo.
Mão: Se divide em: carpo, metacarpo e falanges.
 Ossos do Carpo: São oito ossos distribuídos em duas fileiras: proximal e distal.
Fileira Proximal: Escafóide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme
Fileira Distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato e Hamato;
 Metacarpo: É constituído por 05 ossos metacarpianos que são numerados no sentido látero-medial
em I, II, III, IV e V e correspondem aos dedos da mão. Considerados ossos longos, apresentam
uma epífise proximal que é a base, uma diáfise (corpo) e uma epífise distal que é a cabeça;
 Dedos da Mão ou Quirodáctilos: Apresentam 14 falanges:
Do 2º ao 5º dedos: Falanges: Proximal, Média e Distal;
1º Dedo (Polegar): Falanges: Proximal e Distal.

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Membro Inferior
O membro inferior é formado pela cintura pélvica, coxa, perna e pé. Compondo ao todo 31 ossos em cada
membro. A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril, ou ilíaco (direito e esquerdo), é a cintura
pélvica que une o membro inferior ao esqueleto axial. Quando o sacro une as duas cinturas, ou seja, aos
dois ilíacos, temos um anel ósseo volumoso e resistente denominado pelve óssea.

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Ilíaco: É um osso plano, chato, irregular, par e constituído pela fusão de 03 ossos: Ílio, Ísquio e Púbis.
Articula com três ossos: sacro, fêmur e o ilíaco do lado oposto, através da sínfise púbica.
Ílio - Forma os 2/3 superiores do Ilíaco
Ísquio - Forma o 1/3 inferior e posterior (mais resistente) do Ilíaco
Púbis - Forma o 1/3 inferior e anterior do Ilíaco
Fêmur: Osso da coxa. É o osso mais longo e forte do esqueleto. É par, apresenta 02 epífises e 01 diáfise e
articula com três ossos: o ilíaco, a patela e a tíbia.

Patela: É um osso triangular, chato e arredondado, que articula com o fêmur.


Tíbia: É o segundo osso mais longo do esqueleto. Localizada na parte medial da perna ela articula com três
ossos: fêmur, fíbula e tálus e apresenta 02 epífises e 01 diáfise.
Fíbula: Localiza-se lateralmente à tíbia. É um osso longo e par que está localizada lateralmente a tíbia A
Fíbula apresenta 02 epífises e 01 diáfise e articula com a tíbia e o tálus.

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Ossos do Pé: O pé é formado pelos os do: tarso, metatarso e falanges.
 Ossos do Tarso: São em número de 07 divididos em duas fileiras: proximal e distal.
Fileira Proximal: Calcâneo e Tálus
Fileira Distal: Navicular, Cubóide, Cuneiforme Medial ou I, Cuneiforme Médio ou II e Cuneiforme
Lateral ou III;
 Metatarso: É constituído por 05 ossos que são numerados no sentido medial para lateral em I, II, III,
IV e V e correspondem aos dedos do pé, sendo o I metatarso do Hálux e o V metatarso do 5º dedo
(dedo mínimo). Considerados ossos longos. Apresentam uma epífise proximal que é a base e uma
epífise distal que é a cabeça;
 Dedos do Pé ou Pododáctilos: Apresentam 14 falanges:
Do 2º ao 5º dedos: Falanges: Proximal, Média e Distal
1º dedo do pé (Hálux, Dedão do pé): Falanges: Proximal e Distal.

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Artrologia
Artrologia é o capitulo da anatomia que estuda as articulações. Articulação nada mais é do que a união de
duas ou mais peças ósseas ou cartilaginosas, por meio de feixes fibrosos ou fibrocartilaginosos,
apresentando ou não movimentos, esses movimentos podem ser amplos ou limitados e podem ainda se
combinar para formar outros tipos de movimento.
Elas podem ser divididas e classificadas conforme sua estrutura e sua mobilidade em: Sinartroses
(Fibrosas), Anfiartroses (Cartilaginosas) e Diartroses (Sinovial). Vale lembrar que a classificação e a divisão
podem ser diferentes dependendo dos critérios, assim sendo, há diferença na literatura.

Sistema Muscular ou Miologia


É a parte da anatomia que estuda os músculos e seus anexos. Os músculos são estruturas anatômicas que
apresentam a capacidade de se contrair quando estimulados.
Estão conectados com os ossos, cartilagens, ligamentos, pele, olho, seja direta ou indiretamente através de
estruturas fibrosas, os tendões ou aponeuroses. É importante lembrar que o músculo nunca se insere
diretamente no osso ou na cartilagem, mas sim no periósteo ou no pericôndrio. Ao se inserirem na pele eles
permitem mudar o seu formato, deixando-as mais tensas ou mais relaxadas, é dessa forma que fechamos a
boca, abrimos os olhos ou sorrimos. Os músculos podem ter as mais diversas formas possíveis. No quadril,
por exemplo, eles são grandes e profundos, contornando os ossos e assim garantindo extrema proteção a
essa articulação. No tronco eles são amplos e aplainados, garantindo assim a cobertura das cavidades
abdominais e torácicas. 

Composição da Estrutura Muscular


Ventre: É a parte carnosa, é o músculo propriamente dito. É composta por fibras musculares que se
contraem. Essa parte carnosa é composta de fibras musculares, pequenas unidades funcionais de miócitos
(células musculares responsáveis pela função de contração).
Tendão: É a parte não contrátil e está localizado nas extremidades dos músculos. É composto de tecido
conjuntivo resistente e esbranquiçado.
Anexos Musculares: Aponeurose: é uma membrana que envolve grupos musculares; Fáscia: tecido fibroso
e delgado que envolve o músculo; Bainha Fibrosa: são arcos fibrosos que formam canais osteo-fibrosos;
Bainhas Sinoviais: são membranas delgadas que lubrificam o deslizamento do tendão e Bolsas
Serosas: bolsas que separam os músculos.
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Classificação Funcional dos Músculos: Podemos dizer que o músculo é agonista ou antagonista
dependendo do tipo de atuação durante a execução de um movimento.
 Agonista: quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento;
 Antagonista: quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, seja para regular a rapidez
ou potência da ação deste.

Músculos da Cabeça
Os músculos da cabeça podem ser divididos em músculos da mastigação e músculos da mímica facial.
Existem outros músculos que se localizam na cabeça mas fazem parte do sistema sensorial, como língua,
músculos oculares e da faringe.
 

Músculos da Mastigação
 Músculo Temporal: É um músculo largo, plano e triangular localizado na fossa temporal, na face
lateral da cabeça. Passa por baixo do arco zigomático, para se inserir na mandíbula;
 Músculo Masseter: É o músculo mais potente da mastigação, é quadrangular e espesso. O
músculo masseter é constituído de 02 porções, uma profunda e outra superficial;
 Músculos da Mímica Facial: Como o próprio nome já diz, os músculos da mímica facial são
responsáveis pelas expressões faciais. São delgados músculos cutâneos que de um modo geral se
originam ou da fáscia ou dos ossos da face e se fixam à derme, desta forma sua contração é capaz
de mexer a pele e mudar a expressões faciais, fechar os olhos ou dilatar as narinas entre outros
movimentos. É importante lembrarmos que todos os músculos faciais são inervados pelo VII par
craniano, o nervo facial.
Músculo Orbicular do Olho: Este músculo contorna toda a circunferência da órbita. Divide-se em três
porções: palpebral, orbital e lacrimal.
Ação: Fecha as pálpebras, comprime o saco lacrimal e movimenta os supercílios;
Músculo Zigomático Menor: É um músculo cilíndrico e estreito, situado lateralmente ao músculo
levantador do lábio superior.
Ação: Auxilia na elevação do lábio superior e acentua o sulco nasolabial.
Músculo Zigomático Maior: É mais largo que o zigomático menor, localizado na bochecha, se estende do
osso zigomático à comissura labial onde se funde as fibras dos músculos levantador do ângulo da boca e
orbicular da boca.
Ação: Traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada);
Músculo Risório: É plano e delgado, está situado na bochecha e suas fibras se confundem com as fibras
do músculo platisma.
Ação: Retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado)
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Músculo Orbicular da Boca: Contorna a boca lhe proporcionado função de esfíncter. Suas fibras possuem
diferentes direções e se confundem com as fibras de outros músculos mímicos da boca, o que garante a
esse músculo inúmeros movimentos.
Ação: Movimentam os lábios, as asas do nariz e a pele do mento
 Músculo Bucinador: Importante músculo acessório na mastigação, mantendo o alimento sob a pressão
direta dos dentes. Está situado sob o músculo masseter.
Ação: Deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila. Importante para assobiar e soprar

Músculos do Pescoço
A região cervical pode ser dividida para o estudo anatômico em pescoço e nuca. A nuca é a parte posterior
da região cervical, estende desde a cabeça até o dorso unindo-se esse através do músculo trapézio.

Região Anterior do Pescoço


Platisma: É um músculo muito delgado, o mais superficial e recobre toda região anterior do pescoço.
Também conhecido como cutâneo do pescoço. Isso se deve pelo fato de ser um músculo que se insere na
pele.
 Região Lateral do Pescoço
Esternocleidomastóideo
Inserção Superior: Processo mastóide e linha nucal superior 
Inserção Inferior: Face anterior do manúbrio do esterno junto à face superior e borda anterior do 1/3 medial
da clavícula.
Inervação: C2, C3 e parte espinhal do nervo Acessório (11º par craniano) 
Ação: Quando fixado superiormente tem ação inspiratória, traciona o tórax. Quando fixado inferiormente faz
a flexão, inclinação homolateral e rotação da cabeça, virando a face para o lado oposto
 Escaleno Anterior: Ação: Elevação da primeira costela e inclinação homolateral do pescoço
 Escaleno Médio: Ação: Elevação da primeira costela e inclinação homolateral do pescoço - Ação
inspiratória
 Escaleno Posterior: Ação: Elevação da segunda costela e inclinação homolateral do pescoço - Ação
inspiratória
 Reto Lateral da Cabeça: Ação: Inclinação homolateral da cabeça

Músculos do Tórax
O tórax é a porção mais superior do tronco. Possui um formato cônico com o vértice superior e base inferior.
O limite superior do tórax se faz na abertura superior do tórax por onde da continuidade ao pescoço. Seu
limite inferior é dado pelo diafragma, que o separa a cavidade torácica da abdominal e belo rebordo costal
da caixa torácica. Seu arcabouço, que forma seu limite externo, pode ser dividido em caixa torácica e
parede torácica. A caixa torácica é constituída pelas vértebras torácicas, costelas, cartilagens costais,
esterno e músculos intercostais. A parede torácica é formada por todos os tecidos de revestimento e
músculos dessa região.

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Músculo Peitoral Maior: É um músculo espesso, triangular e plano que recobre a região ântero-superior do
tórax. Possui origem ampla e inserção única no úmero, adotando assim uma forma de leque. Ação: Rotação
medial, flexão e adução do braço
Músculo peitoral Menor: É um músculo delgado, plano e triangular que está recoberto pelo m. peitoral
maior. E como o próprio nome já diz, é menor que o peitoral maior. Ação: Anteversão do membro superior e
auxilia na inspiração forçada.
Músculos intercostais externos: São músculos curtos, planos, delgados e bastante tendinosos. Ação:
Ajuda na inspiração elevando as costelas
Músculos intercostais internos: Também são curtos, planos e delgados. Suas fibras cruzam
posteriormente e no sentindo contrário ao músculo intercostal externo, de forma perpendicular, formando
um “X”. Ação: Ajuda na expiração abaixando as costelas

Músculos do Dorso
O dorso corresponde à região posterior do tronco e se estende desde a nuca até o cóccix. É a parte do
corpo humano que contém mais músculos. A musculatura do dorso reveste posteriormente a coluna
vertebral e as costelas e essas formam seu esqueleto ósseo, onde estarão fixados os diversos músculos
dessa região.

Músculo Trapézio: É um músculo amplo, plano e triangular. Em latim trapezius. Recebe este nome por seu
formato. Estende-se desde o osso occipital até a 12º vértebra torácica revestindo, desta forma, a parte
posterior do pescoço, superior e dorsal dos ombros e parte superior do dorso. Ação: Elevação e adução da
escápula.
Músculo rombóide maior: É plano e quadrangular. Está situado na parte superior do dorso, entre as
escápulas e é recoberto pelo m. trapézio. Ação: Adução da escápula.
Músculo rombóide menor: De uma maneira geral seus limites de diferenciação com o m. rombóide maior
são imprecisos e suas fibras por vezes se misturam. Está situado no mesmo plano, porém superior ao m.
rombóide maior. Ação: Adução e levantamento da escapula
Músculo serrátil anterior: É um músculo delgado e quadrangular, situado na parede latero-posterior da
caixa torácica, recobrindo as costelas e em sua parte posterior é recoberto pela escápula. Também é
considerado músculo do tórax. Ação: Abdução da escapula e fixa-a junto ao corpo. Auxilia na inspiração
elevando as costelas

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Músculo grande dorsal: É plano e amplo, tem formato triangular. Recobre a recobre a região lombar e
posterior da parte inferior do tórax, correndo em direção ao úmero. Em latim latíssumus dorsi. Também é
conhecido com latíssimo do dorso. Ação: Adução, extensão e rotação medial do braço
 Músculo serrátil posterior superior: É um músculo plano, quadrangular e bastante delgado. Ação:
Elevação da 2 ª a 5ª costelas, auxilia a inspiração.
Músculo serrátil posterior inferior: Possui grande porção aponeurótica, também é plano e muito delgado.
Está situado na região lombar, é recoberto pelo m. grande dorsal.
Ação: Abaixa as 03 ultimas costelas, auxilia a expiração
Músculos da Nuca
Músculo reto posterior maior da cabeça: É um músculo plano, largo e triangular. Situado na face
posterior das duas primeiras vértebras cervicais. Formam um triângulo que é preenchido pelo músculo que
se segue. Ação: Extensão da cabeça e rotação da cabeça para o mesmo lado.
Músculo reto posterior menor da cabeça: É também plano, largo e triangular. Ocupa o triangulo formado
pelo m. reto posterior maior da cabeça. Ação: Extensão da cabeça
Músculo reto lateral da cabeça: Diminuto músculo quadrangular que toca com sua face posterior a parede
anterior da artéria vertebral antes que esta se insinue pelo forame magno.
Ação: Inclinação lateral da cabeça
Músculo oblíquo superior da cabeça: Tem forma triangular e está situado por fora e por trás da
articulação do Atlas com o occipital.
Ação: Extensão e rotação lateral da cabeça
Músculo oblíquo inferior da cabeça: É um músculo plano e oblongo, maior e mais delgado que o m.
obliquo superior da cabeça. Ação: Rotação lateral da cabeça

Músculos do Abdome
O abdome forma a porção média do tronco, situado entre o tórax e a pelve. Ao contrario das outras
estruturas do tronco, o abdome não tem proteção óssea. Sendo seu esqueleto formado unicamente pela
coluna vertebral e suas paredes laterais e anteriores constituídas eminentemente por músculos, isso
confere a essa região a maior mobilidade encontrada no tronco. Os músculos do abdome podem ser
divididos em músculos ântero-laterais e músculos posteriores. Os músculos posteriores, ilíaco e psoas, são
comuns ao quadril e ao membro inferior e serão estudados juntamente com os músculos do membro
inferior, com exceção do quadro lombar que será abordado adiante.

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Músculo Reto do Abdome: Este músculo esta recoberto por uma bainha, a bainha do reto do abdome.
Esta bainha mantém o músculo em sua posição e é formada pelas aponeuroses do m. obliquo externo, m.
obliquo interno e m. transverso do abdome. O músculo reto do abdome é longo e aplainado, recobre toda a
face anterior do abdome. Ele é intercedido por faixas fibrotendinosas chamadas interseções tendíneas.
Ação: Flexão do tronco, comprime o abdome e auxilia a expiração forçada
Músculo Oblíquo Externo: É amplo, plano e quadrangular. Mais extenso em sua parte ventral que na parte
dorsal. Recobre a face lateral do abdome com sua porção muscular e a face anterior com sua porção
aponeurótica. Ação: Comprime o abdome, flete e rota o tronco para o lado oposto; auxilia a expiração
forçada
Músculo Oblíquo Interno: É menor e mais fino que o m. obliquo externo do abdome e está recoberto por
este. Recobre a face anterior e lateral do abdome, está situado entre dois músculos, o m. obliquo externo do
abdome e o m. transverso do abdome. Algumas de suas fibras se continuam com o funículo espermático
para formar o m. cremaster. Essas fibras formam uma lâmina compacta quando estão no interior do canal
inguinal, mas quando emergem pelo anel inguinal superficial formam umas serie de alças que alcançam o
testículo e se inserem na túnica vaginal. Tem função de tracionar o testículo cranialmente e é inervado pelo
ramo genital do nervo genitofemoral. Ação: Comprime, flete e rota o tronco para o mesmo lado; auxilia na
expiração forçada
Músculo Transverso do Abdome: Possui esse nome porque suas fibras correm em direção transversal
pelo abdome. Está situado na parte mais profunda da parede muscular da região lateral e anterior do
abdome. Ação: Contrai e tenciona a parede abdominal (compressão abdominal)

Músculos do Membro Superior


Peitoral Maior: É um músculo espesso, triangular e plano que recobre a região ântero-superior do tórax.
Possui origem ampla e inserção única no úmero, adotando assim uma forma de leque. Ação: Rotação
medial, flexão e adução do braço
Peitoral Menor: É um músculo delgado, plano e triangular que está recoberto pelo m. peitoral maior. E
como o próprio nome já diz, é menor que o peitoral maior.
Ação: Anteversão do membro superior e auxilia na inspiração forçada
Subclávio É um músculo estreito e cilíndrico. Está situado entre a clavícula e a 1º costela.
Ação: Estabiliza e abaixa a clavícula.

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Deltóide: É um músculo triangular formado por três porções. Está situado imediatamente sob a pele,
recobrindo a cabeça do úmero. Ação: Adução, abdução até 90º, rotação medial e rotação lateral do braço
Manguito Rotador: O Manguito Rotador é formado por quatro músculos que são: o supra-espinhal, infra-
espinhal, redondo menor e subescapular. Estes músculos se comparados ao peitoral maior e ao deltóide
não têm a mesma dimensão, mas desempenham um papel fundamental nos movimentos do ombro e
cintura escapular. Estes músculos devem possuir não apenas força suficiente, mas também resistência
muscular significativa para funcionar apropriadamente. O manguito funciona na verdade como uma
convergência de tendões, semelhante a um capuz ao redor da cabeça do úmero.
Subescapular: É plano, grosso e triangular. Está situado na fossa escapular, ele passa pela face anterior
da articulação do ombro para se inserir no úmero. Ação: Rotação medial e adução do braço
Supra-espinhal: É um músculo grosso, bipeniforme, com formato piramidal que ocupa toda a fossa supra-
espinhal da escápula. Ação: Rotação lateral e abdução até 90º do braço
Infra-espinhal: É plano, grosso e bipeniforme que adota um formato oblongotriangular. Ocupa quase que
toda a fossa infra-espinhal da escápula. Ação: Rotação lateral, adução e abdução do braço.
Redondo Menor: É cilíndrico e quadrangular. Fica situado na fossa infra-espinhal da escápula, por baixo e
por trás do m. infra-espinhal. Em latim teres minor. Ação: Rotação lateral e adução do braço
Redondo Maior: É um músculo bastante robusto, levemente aplanado. Fica localizado na borda axilar da
escápula, recoberto parcialmente pelo m. grande dorsal. Em latim teres major.
Ação: Rotação medial e adução do braço

Músculos Anteriores do Braço


Bíceps Braquial: É um músculo cilíndrico, fusiforme e relativamente grosso. É formado por duas cabeças.
Uma longa que se origina no tubérculo supraglenoidal da escápula e possui um tendão de origem maior e
mais fino. Outra curta que se origina do processo coracóide da escápula e se localiza medialmente a
cabeça longa. As duas cabeças se unem em um único tendão de inserção. Ação: Abdução, rotação medial,
anteversão do braço; adução, flexão e supinação do antebraço
Braquial: Tem formato plano de características fusiformes. Fica recoberto pelo m. bíceps braquial na região
anterior do braço. Ação: Flexão do antebraço
Músculos Posteriores do Braço
Tríceps Braquial: Ocupa toda face posterior do braço. É formado por três porções de origem distintas que
se unem em um tendão comum para se inserir na ulna. Ação: Adução e extensão do braço; extensão do
antebraço
Espaço axilar lateral: É o espaço delimitado pela cabeça longa do m. tríceps braquial, borda superior do
tendão do m. redondo maior, escapula e úmero. Por esse espaço, também conhecido como quadrilátero de
Velpeau, passam o nervo axilar e a artéria circunflexa posterior do úmero.
Ancôneo: É um músculo plano e triangular situado na face posterior do cotovelo. Parece ser uma
continuação do m. tríceps braquial. Ação: Extensão do antebraço
Músculos anteriores do Antebraço
Pronador Redondo: É um músculo quadrangular que está situado no plano superficial da região anterior do
antebraço. Ação: Flexão e pronação

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Flexor Radial do Carpo: É um músculo plano, largo e semipeniforme. Está situado entre o m. pronador
redondo e o m. palmar longo. Ação: Flexão, pronação e abdução da mão
Palmar Longo: É um músculo fusiforme, estreito, situado superficialmente na face anterior do antebraço.
Ação: Flexão palmar
Flexor Superficial dos Dedos: É plano, fusiforme na porção lateral e peniforme na porção medial. Está
localizado na 2º camada muscular da região anterior do antebraço. Ação: Flexão, abdução e adução dos
dedos
 
Músculos Dorsais do Antebraço
Extensor dos Dedos: É largo e fusiforme, se divide em quatro tendões ao se aproximar do punho. Está
situado no plano superficial da face posterior do antebraço. Ação: Extensão e dorso flexão dos dedos.
Supinador: É plano, quadrangular e está situado no plano profundo da região posterior do antebraço.
Recobre o terço proximal do rádio como uma faixa. Ação: Supinação
 
Músculos do Membro Inferior
Os músculos do membro inferior podem ser divididos em músculos do quadril, músculos da região glútea,
músculos da coxa, músculos da perna e músculos do pé.

Músculos do Quadril
Ilíaco: É um músculo plano e triangular que está situado na fossa ilíaca e é recoberto parcialmente pelo m.
psoas. Ação: Flexão do quadril
Psoas: É um músculo volumoso e fusiforme. Está situado ao lado da coluna lombar, na face posterior da
cavidade abdominal. É composto por duas porções que também podem ser consideradas como músculos
individuais. À maior porção dá-se o nome de Psoas Maior (em latim psoas magnus) e à menor de psoas
menor (em latitm psoas parvus), está porção menor geralmente está ausente. Ação: Flexão e extensão da
coluna lombar; flexão e rotação do quadril

 
Músculos da Coxa
 Bíceps Femoral: Triangular e largo. È formado por duas porções, a porção longa é medial, maior e
tem origem no tuber isquiático. A porção curta é menor e lateral, se origina da linha áspera do
fêmur. Ação: Extensão, adução e rotação lateral da coxa e flexão e rotação lateral da perna
 Quadríceps Femoral: Localizado na face anterior da coxa, este músculo envolve quase que por
completo o fêmur. É composto por quatro músculos que recebem nomes distintos, pois tem origens
diferentes, mas possuem uma única inserção comum. São eles:
 Reto femoral: É o maior em comprimento. Está situado no meio da coxa e é um músculo
bipeniforme;
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 Vasto medial: É uma lamina muscular plana e grossa que está situada na face medial da coxa, se
confunde com o m. vasto intermédio na sua porção anterior;
 Vasto lateral: É o maior músculo do quadríceps. Recobre quase que toda a face antero-lateral da
coxa. Está recoberto pelo m. tensor da fáscia lata em sal região proximal;

 M. vasto intermédio: Está recoberto pelo m. reto femoral. É um músculo plano que forma a parte
mais profunda do m. quadríceps. Ação: Flexão do quadril, extensão do joelho, e tensão da cápsula
articular do joelho
Sartório: É o músculo mais longo do corpo humano. É delgado e plano e está situado anteriormente ao m.
quadríceps, cruzando a face anterior da coxa. Também é conhecido como músculo do costureiro, pelo
movimento típico dos alfaiates que ele proporciona.
Ação: Flexão, rotação lateral e abdução do quadril, flexão e rotação medial do joelho
Grácil: É o músculo mais superficial da face medial da coxa. É fino e plano, em forma de cinta, considerado
um potente músculo adutor. Ação: Adução, flexão e rotação lateral do quadril; flexão e rotação medial do
joelho
Pectíneo: É quadrangular, curto e achatado. Está situado entre o m. iliopsoas e m. adutor longo. Ação:
Flexão, adução e rotação lateral do quadril
Adutor Curto: Tem formato triangular e é bastante grosso. Está situado medialmente ao m. pectíneo e
lateralmente ao m. adutor magno. Ação: Adução, flexão e rotação lateral da coxa
Adutor Longo É o músculo mais superficial do grupo dos adutores. É triangular, plano e robusto. Fica
situado entre o m. pectíneo e o m grácil. Ação: Adução, flexão e rotação lateral da coxa
 Adutor Magno: É um amplo músculo triangular que se estende por toda a região medial da coxa. Possui
uma grande porção muscular e uma aponeurótica que se insere quase que em toda a extensão do lábio
medial da linha áspera do fêmur. Essa porção aponeurótica possui um hiato por onde os vasos femorais
(artéria e veia femoral) ganham a fossa poplítea. Esse hiato recebe o nome de hiato dos adutores. Ação:
Adução, flexão e rotação lateral
O Canal dos Adutores: Também conhecido como canal de Hunter, é um túnel músculo-ósteo-membranoso
localizado no terço médio da coxa que se estende do ápice do trígono femoral até o hiato dos adutores. Por
ele passam a artéria femoral, a veia femoral e o nervo safeno, lembrando que o nervo safeno passa pelo
canal, mas não passa pelo hiato muscular e não ganha a fossa poplítea. O canal esta limitado anteriormente
e lateralmente pelo m. vasto medial e diáfise do femur, posterior e medialmente pelo m. adutor longo e
magno, superficialmente pelo m. vasto medial, sartório e pelo septo intermuscular vastoadutor.

Músculos da Região Glútea


Glúteo Máximo: É um músculo plano, quadrangular e muito robusto. É o mais volumoso e mais potente
desta região. É responsável pela manutenção da postura ereta.
Ação: Extensão, rotação lateral e abdução no quadril e auxiliar na extensão do joelho

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Glúteo Médio: É plano e triangular, está situado abaixo do m. glúteo máximo. Possui radiações que
convergem para formar um forte tendão que o insere no trocanter maior do fêmur. Ação: Flexão, abdução e
rotação medial
Glúteo Mínimo: Como o nome já diz, é o menor dos músculos glúteos e também o mais profundo. É grosso
e triangular, está situado na fossa ilíaca externa. Ação: Abdução, flexão e rotação medial
Piriforme: É um músculo plano e achatado, possui formato piramidal. Fica situado entre o m. glúteo mínimo
e o m. gêmeo superior. Ação: Extensão, abdução e rotação lateral
Gêmeo Superior: É o menor dos gêmeos. Sua visualização durante a dissecção é difícil, pois suas fibras se
confundem com as fibras do m. piriforme. Ação: Extensão, abdução e rotação lateral
Gêmeo Inferior: Ele se funde ao tendão do m. obturador interno, tem formato fusiforme e é um pouco
achatado. Ação: Extensão, adução e rotação lateral
Quadrado Femoral: É plano, robusto e quadrilátero. Fica situado na zona de transição entre região glútea e
coxa. Ação: Extensão, adução e rotação lateral
Músculos da Perna
Tibial Anterior: É um músculo robusto e triangular situado lateralmente à tíbia.
Ação: Dorsiflexão e supinação do pé
Tríceps Sural: É composto por três porções:
 Gastrocnêmio: É dotado de outras duas porções, uma lateral e outra medial. É esse músculo que
dá a forma às panturrilhas;
 Sóleo: é plano e fusiforme. Está recoberto pelo m. gastrocnêmio;
 Plantar: é muito pequeno, fica recoberto pelo m gastrocnêmio. Ausente em algumas pessoas.
Ação: Supinação e flexão plantar;
 Poplíteo: É curto, plano e triangular. Fica situado posteriormente à articulação do joelho. Ação:
Flexão e rotação medial da perna
Tibial Posterior: É um músculo plano, carnoso em sua porção proximal e tendinoso na porção distal. Está
situado no plano profundo da região posterior da perna, entre o m. flexor longo dos dedos e o m. flexor
longo do hálux. Ação: Supinação e flexão plantar
Flexor Longo dos Dedos: É plano, oblongo e bipeniforme. Fica situado medialmente ao m. tibial posterior.
Ação: Supinação, flexão plantar e flexão dos dedos
 
Músculos do Pé
Extensor Curto dos Dedos: É um músculo delgado, largo e curto. Divide-se em três tendões para o
segundo, terceiro e quarto pododáctilos. Está situado na face dorsal do pé, lateralmente ao m. extensor
curto do hálux. Ação: Extensão dos dedos
Abdutor do Hálux: É um músculo plano, triangular e bipeniforme situado na região medial da face plantar
do pé. Ação: Abdução e flexão do Hálux
Adutor do Hálux: Está localizado no plano profundo, para sua visualização devemos rebater toda a loja
muscular superficial. È dotado de duas cabeças, uma oblíqua e outra transversa.
Ação: Adução do Hálux
Flexor Curto dos Dedos: É largo, plano e estreito. Divide-se em quatro tendões. Fica situado na parte
média da região plantar, é o músculo mais superficial desta região.
Ação: Flexão dos dedos
 
Sistema Respiratório
É o sistema responsável pela aquisição e eliminação dos gases do organismo. Ou seja, é
responsável pela obtenção e transferência de oxigênio do meio ambiente para as hemácias e de eliminação
de gás carbônico das hemácias para o meio ambiente. Sendo essa vital função realizada em milhões de
pequenas unidades funcionais, os alvéolos.
O sistema respiratório é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar
para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são divididos em: vias aéreas superiores
(extratorácica) e inferiores (intratorácica).
As vias aéreas superiores são formadas pelas fossas nasais, faringe e laringe.
As vias aéreas inferiores são formadas pela: traquéia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. Os três últimos
localizados nos pulmões.
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Fossas nasais: São duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são
separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras
chamada cornetos nasais, que fazem o ar turbilhonar para facilitar a filtração de impurezas. Possuem um
revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções
inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas
nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer
e aquecer o ar.
Faringe: É um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as
fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de
atingir a laringe.
Laringe: É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço,
em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças
cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta”
de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e
sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias.
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a
passagem de ar.
Traquéia: É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento,
cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os
brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e
bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao
movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.
Pulmões: Os pulmões são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo
envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se
profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado
de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória. Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas
formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares
sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
Nariz: Composto por duas fossas nasais que constituem o segmento inicial da arvore respiratória,
comunicando-se com o exterior por intermédio das narinas e com a rinofaringe por intermédio das coanas.
Os pêlos localizados nas narinas são chamados de vibrissas.
Parede Lateral da fossa nasal: Os cornetos nasais - um superior, um médio e um inferior - se inserem na
parede externa da fossa nasal, possuem uma extremidade anterior ou cabeça, uma extremidade posterior
ou cauda e uma porção intermediária ou corpo.
Seios Paranasais: Assim denominados de preferência a seios da face (porque nem todos estão na face),
são cavidades situadas ao lado das fossas nasais, que se comunica com estas por intermédio de canais e
óstios. São cavidades simétricas, distribuídas em numero de quatro de cada lado: maxilar, frontal, etmoidal
e esfenoidal. Os chamados seios anteriores (frontal, maxilar e etmóide anterior) desembocam ao nível do
meato médio, e os denominados seios posteriores (etmóide posterior e esfenóide) desembocam no meato
superior.
Seio Maxilar: São os maiores dos seios paranasais, estão localizados no interior do osso maxilar, sendo
normalmente segmentados por septos ósseos. Apresentam-se como cavidades preenchidas por ar, que se
comunica com a cavidade nasal através do óstio sinusal maxilar no meato nasal médio, um segundo orificio,
o acessório, estão em geral presente no meato nasal médio, posterior ao primeiro
Seio Frontal: Estão localizados no osso frontal, atrás dos arcos superciliares, raramente são simétricos;
quase sempre o septo entre eles está desviado para um ou outro lado da linha mediana. Estão ausentes, ao
nascimento; e começam a se desenvolver após os dois anos. A pneumatização do seio frontal ocorre com
maior intensidade entre os sete e doze anos, o que aumenta a suscetibilidade da região frontal às fraturas,
de tal modo que só começam a ser visibilizados em radiografias a partir dos 07 anos de idade. Cessam seu
crescimento aos 20 anos, permanecendo inalterados durante toda a vida adulta. No entanto existem fatores
que podem modificar sua morfologia, por exemplo, aumento da ventilação durante os exercícios físicos em
atletas, devido ao aumento da pressão interna das cavidades, promovendo uma hiperpneumatização dos
seios. Outra forma de alterar a forma desses seios seriam infecções graves, tumores, fraturas etc.

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Seio Esfenoidal: São de número variado, estão contidos dentro do corpo do esfenóide, variam em forma e
tamanho, e geralmente não são simétricos. Quando excepcionalmente grandes podem extender-se pelos
tetos dos processos pterigóides ou pelas asas maiores, podendo inclusive invadir a porção basilar do osso
occipital. São rudimentares ao nascimento e aparecem como pequenas evaginações das cavidades nasais.
A partir dos dois anos de vida são bem visíveis, ampliam-se para trás e parecem ser formados a partir das
células etmoidais mais posteriores. Alcançam seu tamanho definitivo na adolescência e podem aumentar na
velhice. Cada seio esfenoidal drena para o interior do recesso esfenoetmoidal por um óstio geralmente
localizado na parte superior de sua parede anterior.
Seio Etmoidal: Os seios etmoidais já existem ao nascimento como pequenas cavidades cujo conjunto
forma um labirinto. Aparecem como escavações em forma de vesículas na porção lateral do osso etmóide e
abrem-se nos meatos médio e superior.
Laringe: A laringe constitui importante segmento do aparelho respiratório, altamente diferenciado, pois
desempenha não só função respiratória como também fonatória. Está situada na região infra-hióidea, abaixo
da faringe e acima da traquéia. É formada por um arcabouço musculo-cartilaginoso.
As cartilagens da laringe são cinco:
 Tireóide: tem forma de um livro aberto para trás e é conhecida vulgarmente como "pomo de Adão";
 Cricóide: situada logo abaixo da tireóide, a quem está ligada pela membrana crico-tireóidea e possui
formato de anel, cujo engate está voltado para trás;
 Aritenóides: são duas, uma para cada lado, em forma de pirâmide triangular de grande eixo vertical,
estão apoiadas pelo engaste da cartilagem cricóide. A base da cartilagem aritenóide apresenta duas
apófises: a apófise vocal, que dá inserção à corda vocal; e a apófise muscular, onde se inserem os
músculos adutores da glote;
 Epiglote: localizada no orifício superior da laringe e funciona à maneira de opérculo protetor das vias
aéreas inferiores durante a deglutição.

Traquéia e Brônquios: Abaixo da laringe, temos um tubo vertical de mais ou menos 14 cm que é a
traquéia. Esse tubo se divide na altura da sincondrose manúbrio-esternal em dois tubos, os brônquios
(direito e esquerdo). Enquanto a laringe está colocada totalmente no pescoço, a traquéia apresenta uma
porção no pescoço e uma porção que atravessa a abertura superior do tórax e penetra dentro dele. A
traquéia apresenta uma parte cervical e uma parte. A porção em que a traquéia e os brônquios se situam é
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uma porção mediana do tórax. Uma porção se situa entre os pulmões (entre as pleuras mediastinais –
membranas serosas). Região entre pulmões e pleuras – mediastino. A parte torácica da traquéia se situa no
mediastino, assim como os brônquios. A traquéia é formada por 17 a 20 anéis ou semi-anéis cartilaginosos
sobrepostos ligados pela membrana cricotraqueal. Essa membrana reveste externamente toda a traquéia e
vai unindo os anéis até que ela se bifurca ao nível da sincondrose manúbrio-esternal (a união do manúbrio
com o corpo do esterno). Os brônquios primários são formados pela divisão da traquéia em 02 ramos direito
e esquerdo. No momento em que a traquéia se divide, aparece uma saliência mediana que é o ponto de
divisão que é chamado Carina.
A traquéia é revestida por uma mucosa especial chamada mucosa respiratória que apresenta um
epitélio estratificado ciliado. A traquéia tem um movimento ascencional e descencional para acompanhar o
movimento do pulmão. A laringe permanece imóvel, pois os movimentos se distribuem pelos anéis da
traquéia (tosse). Cada um dos brônquios se divide em brônquios secundários ou lobares. À direita, têm-se
três brônquios lobares: superior, médio, inferior. A esquerda têm-se dois: superior e o inferior. E cada um
dos secundários se dividem em terciários (segmentares). Parte posterior não existe anel porção posterior é
mole. Apresenta um músculo traqueal que tensiona bordas da cartilagem e não deixa que elas se abram.
Isso faz com que a porção posterior tenha certa mobilidade. É necessário para permitir os movimentos
peristálticos do esôfago. Bronquíolos não apresentam a rigidez dos brônquios, pois não apresenta
cartilagem, só músculo. Bronquíolo está divido em bronquíolo respiratório e saco alveolar (alvéolo
pulmonar). Termina em fundo cego. Da mesma forma que as artérias, os brônquios vão se dividindo.
Embora a soma dos calibres dos ramos formados seja maior do que o do que lhe deu origem, eles vão se
afilando, mantendo, porém a mesma estrutura da traquéia: anéis cartilaginosos envoltos por membranas
(anel bronquial e membrana bronquial). Mais ou menos ao nível do segmentar, eles se tornam completos
até que desaparece. No momento que desaparece a cartilagem, fica só a membrana e músculo. Nesse
momento a estrutura muda, perde a rigidez (vira bronquíolo). Esse bronquíolo, na sua porção terminal, está
divido em bronquíolo respiratório e saco alveolar (alvéolo pulmonar que é a porção terminal do bronquíolo
que termina em fundo cego).
A laringe é continuada pela traquéia, que é conduto músculo-membranoso, longo de 22 centímetros
no homem e de 18 centímetros na mulher. Da traquéia distingue-se uma parte que faz continuação direta à
laringe e que está situada ainda no pescoço (porção cervical) e uma parte que está situada no tórax (porção
torácica).
A traquéia tem a forma de um cilindro e apresenta uma sequência de relevos e de depressões
devidas à presença dos anéis cartilaginosos em número variável de 12 a 16, unidos entre si por tecido
fibroso.
A traquéia está destinada unicamente à passagem do ar. A sua porção cervical pode ser sede de
uma conhecida intervenção cirúrgica chamada traqueotomia.
Esta operação tem a finalidade de restabelecer a passagem do ar quando as vias respiratórias
estão obstruídas ao nível da laringe. A traquéia está revestida, também ela, no seu interior, por uma
mucosa, cujas células têm a característica de serem ciliadas: graças a esses cílios, finíssimos, ela se opõe
à entrada de eventuais partículas estranhas. Estas são expulsas das vias respiratórias pela tosse.

Sistema Circulatório
O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de vasos sanguíneos de vários tipos e calibres,
que põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses vasos circula o sangue, impulsionado
pelas contrações rítmicas do coração.

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Funções
 Transporte de gases: Os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e pela eliminação de
dióxido de carbono, comunicam-se com os demais tecidos do corpo por meio do sangue.
 Transporte de nutrientes: No tubo digestivo, os nutrientes resultantes da digestão passam através
de um fino epitélio e alcançam o sangue. Por essa verdadeira "auto-estrada", os nutrientes são
levados aos tecidos do corpo, nos quais se difundem para o líquido intersticial que banha as células.
 Transporte de resíduos metabólicos: A atividade metabólica das células do corpo origina
resíduos, mas apenas alguns órgãos podem eliminá-los para o meio externo. O transporte dessas
substâncias, de onde são formadas até os órgãos de excreção, é feito pelo sangue.
 Transporte de hormônios: Hormônios são substâncias secretadas por certos órgãos, distribuídas
pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos do corpo. A colecistocinina,
por exemplo, é produzida pelo duodeno, durante a passagem do alimento, e lançada no sangue.
Um de seus efeitos é estimular a contração da vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno.
 Intercâmbio: Algumas substâncias são produzidas ou armazenadas em uma parte do corpo e
utilizadas em outra parte. Células do fígado, por exemplo, armazenam moléculas de glicogênio,
que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para outras células do corpo.
 Transporte de calor: O sangue também é utilizado na distribuição homogênea de calor pelas
diversas partes do organismo, colaborando na manutenção de uma temperatura adequada em
todas as regiões; permite ainda levar calor até a superfície corporal, onde pode ser dissipado.
 Distribuição de mecanismos de defesa: Pelo sangue circulam anticorpos e células fagocitárias,
componentes da defesa contra agentes infecciosos;
 Coagulação sangüínea: Pelo sangue circulam as plaquetas, pedaços de um tipo celular da medula
óssea (megacariócito), com função na coagulação sangüínea. O sangue contém ainda fatores de
coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso de rompimento de um vaso
sangüíneo.

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Sangue
As células de nosso organismo precisam constantemente de nutrientes para manutenção do seu processo
vital, os quais são levados até elas pelo sangue. Estes elementos nutritivos são constituídos por proteínas,
hidratos de carbono e gordura, desdobrados em suas moléculas elementares (protídeos, lipídeos e glicídios)
e ainda sais minerais, água e vitaminas.
Ao sangue cabe também a função de transportar oxigênio para as células, e servir de veículo para que
elementos indesejáveis como gás carbônico que deve ser expelido pelos pulmões e uréia que deve ser
eliminado pelos rins. O sangue é composto por uma parte líquida que é o plasma, contendo substâncias
nutritivas e os elementos residuais das reações celulares, e de uma parte organizada, elementos figurados,
que são glóbulos sangüíneos e plaquetas.
Os glóbulos dividem-se em vermelhos e bancos. Os glóbulos vermelhos são as hemácias, células sem
núcleo contendo hemoglobina, um pigmento vermelho do sangue responsável pelo transporte de oxigênio e
de gás carbônico.
Os glóbulos brancos são os leucócitos, verdadeiras células nucleadas, incumbidas da defesa do organismo
são eles: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos.
As plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de células da medula óssea, implicadas diretamente no
processo de coagulação sangüínea.
O sangue está contido num sistema fechado de canais (vasos sanguíneos), impulsionados pelo coração.
Sai do coração pelas artérias que vão se ramificando em arteríolas e terminando em capilares que por sua
vez se continuam em vênulas e veias, retornando ao coração.
Ao nível dos capilares o plasma acompanhado de alguns linfócitos e raramente hemácias, pode extravasar
para o espaço intersticial, constituindo a linfa, que posteriormente é recolhida pelos capilares linfáticos
passando aos vasos linfáticos e então ás veias, sendo reintegrada á circulação.

Coração
O coração é um órgão muscular oco que se contrai ritmicamente, impulsionando sangue para todo o corpo.
Está situado dentro do tórax, num espaço chamado de mediastino que fica entre os dois pulmões (limites
laterais), por cima do diafragma (limite inferior), anterior a coluna vertebral, em sua porção torácica, e
posterior ao osso esterno.
É formado por três túnicas que são de fora para dentro, pericárdio, miocárdio e endocárdio.

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O músculo cardíaco é composto pelo miocárdio, que é a túnica mais espessa, o endocárdio é uma fina
membrana que a forra intimamente a parte interna do coração e o epicárdio (folheto visceral do pericárdio)
adere à parte externa do coração. O pericárdio fibroso ou saco pericárdio (parte parietal do pericárdio) é
onde o coração está alojado.
O coração possui  forma de um cone achatado, com base superior e ponta (vértice do cone imaginário,
ápice do coração) inferior e ligeiramente anterior. Colocado no mediastino, o coração ocupa uma posição
oblíqua estando com o ápice voltado para baixo, para a esquerda e para frente e a base para cima, para
trás e para direita. Fica imediatamente atrás do esterno, 1/3 do coração fica à direita da linha mediana e 2/3
à esquerda dessa linha.
Interiormente é subdividido em quatro cavidades, duas superiores (átrios direito e esquerdo) e duas
inferiores (ventrículos direito e esquerdo). Entre os átrios e os ventrículos temos óstios atrioventriculares que
servem de passagem de sangue de uma câmara a outra. No sentido longitudinal temos entre os dois átrios
o septo interatrial e entre os dois ventrículos o septo interventricular.

  

Os átrios: Tem forma cubóide e recebem o sangue que chega ao coração, têm função de armazenar o
sangue durante a sístole ventricular e ofertar ao ventrículo no início da diástole. O átrio direito comunica-se
com o ventrículo direito e o esquerdo com o ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular, assim
podemos dividir o coração em duas partes distintas: a esquerda onde circula só sangue arterial (oxigenado)
e a direita onde transita sangue venoso (rico em gás carbônico).
Átrio direito: É mais alongado verticalmente e pode ser subdividido em duas câmaras: uma que
corresponde à direção das duas veias cavas, que é o seio das veias cavas, e outra de relevo muito
acidentado. Anteriormente, o átrio direito apresenta uma expansão piramidal denominada aurícula direita,
que serve para amortecer o impulso do sangue ao penetrar no átrio.
O átrio direito recebe três veias: a veia cava superior de onde desemboca sangue da cabeça e dos
membros superiores, a veia cava inferior que recebe sangue proveniente do abdômen e dos membros
inferiores, e o seio coronário que recebe sangue do próprio coração. Os orifícios onde as veias cavas
desembocam têm os nomes de óstios das veias cavas. No óstio da veia cava inferior há uma fina lâmina
que impede que o sangue reflua para baixo denominado válvula da veia cava inferior, e no óstio da veia
cava superior há apenas uma válvula parcial.
Átrio Esquerdo: É também irregularmente cubóide, porém de maior eixo disposto transversalmente no
sentido da desembocadura das veias pulmonares que são em número de quatro, duas de cada lado, uma
superior direita e outra inferior direita, uma superior esquerda e outra inferior esquerda. Os orifícios dessas
veias são denominados de óstios das veias pulmonares.
Os ventrículos: Possuem uma forma que poderia ser comparada a um cone. O ventrículo esquerdo é
sensivelmente mais cônico, enquanto o direito é representado por um cone achatado transversalmente
ajustando-se ao ventrículo esquerdo.
Ventrículo direito: É subdividido em duas câmaras uma que se relaciona com o óstio atrioventricular direito
que é a câmara venosa, e outra que se relaciona com o óstio de tronco pulmonar chamada câmara arterial.
O orifício de entrada é o óstio atrioventricular direito e o de saída o óstio do tronco pulmonar.

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No óstio atrioventricular direito existe um aparelho denominado valva tricúspide que serve para impedir que
o sangue retorne do ventrículo para o átrio direito. Essa valva é constituída por três lâminas membranáceas,
esbranquiçadas e irregularmente triangulares, de base implantada no rebordo do óstio e o ápice dirigido
para baixo e preso ás paredes do ventrículo por intermédio de filamentos. Cada lâmina é denominada
cúspide. Temos uma cúspide anterior, outra posterior e outra septal. O ápice das cúspides é preso por
filamentos denominados cordas tendíneas, as quais se inserem em pequenas colunas cárneas chamadas
de músculos papilares.
A valva do tronco pulmonar também é constituída por pequenas lâminas, porém estas estão dispostas em
concha, denominadas válvulas semilunares (anterior, esquerda e direita). No centro da borda livre de cada
uma das válvulas encontramos pequenos nódulos denominados nódulos das válvulas semilunares
(pulmonares).
Ventrículo esquerdo: É subdividido em duas câmaras, uma em relação ao óstio atrioventricular esquerdo
que é a câmara venosa, e outra câmara arterial que constitui o vestíbulo aórtico. No óstio atrioventricular
esquerdo, encontramos a valva atrioventricular esquerda, constituída apenas por duas laminas
denominadas cúspides dá-se o nome a essa valva de bicúspide, também é amplamente conhecida como
Valva Mitral.
A valva aórtica é constituída por três válvulas semilunares (direita, esquerda e posterior).
Valva: É o aparelho completo e válvula são as suas partes. Chamamos de fluxo o caminho normal do
sangue e de refluxo quando o sangue retorna a um compartimento contrario ao fluxo através de uma das
valvas.
As valvas e válvulas existem para impedir este comportamento anormal do sangue, para impedir que ocorra
o refluxo elas fecham após a passagem do sangue.
Sístole: É a contração do músculo cardíaco, temos a sístole atrial que impulsiona sangue para os
ventrículos. Assim as valvas atrioventriculares estão abertas à passagem de sangue e a pulmonar e a
aórtica estão fechadas. Na sístole ventricular as valvas atrioventriculares estão fechadas e as semilunares
abertas à passagem de sangue.

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Diástole: É o relaxamento do músculo cardíaco, é quando os ventrículos se enchem de sangue, neste
momento as valvas atrioventriculares estão abertas e as semilunares estão fechadas.
Vascularização do Coração
A irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e pelo seio coronário. As artérias coronárias
são duas, uma direita e outra esquerda. Elas têm este nome porque ambas percorrem o sulco coronário e
são as duas originadas da artéria aortas. Está artéria, logo depois da sua origem, dirige-se para o sulco
coronário percorrendo-o da direita para a esquerda, até ir se anastomosar com o ramo circunflexo, que é o
ramo terminal da artéria coronária esquerda que faz continuação desta circundando o sulco coronário.
A artéria coronária direita: Dá origem a duas artérias que vão irrigar a margem direita e a parte posterior
do coração, são ela artéria marginal direita e artéria interventricular posterior.
A artéria coronária esquerda: De início, passa por um ramo por trás do tronco pulmonar para atingir o
sulco coronário, evidenciando-se nas proximidades do ápice da aurícula esquerda. Logo em seguida, emite
um ramo interventricular anterior e um ramo circunflexo que da origem a artéria marginal esquerda. Na face
diafragmática as 02 artérias se anastomosam formando um ramo circunflexo.
O sangue venoso é coletado por diversas veias que desembocam na veia magna do coração, que inicia ao
nível do ápice do coração, sobe o sulco interventricular anterior e segue o sulco coronário da esquerda para
a direita passando pela face diafragmática, para ir desembocar no átrio direito. A porção terminal deste
vaso, representada por seus últimos 3 cm forma uma dilatação que recebe o nome de seio coronário.
O seio coronário recebe ainda a veia média do coração, que percorre de baixo para cima o sulco
interventricular posterior e a veia pequena do coração que margeia a borda direita do coração. Há ainda
veias mínimas, muito pequenas, as quais desembocam diretamente nas cavidades cardíacas.
Artérias: São vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente distribuindo-se para todo o
organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-se com a pequena circulação, ou seja, leva
sangue venoso para os pulmões através de sua ramificação, duas artérias pulmonares uma direita e outra
esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial para todo o organismo através de suas ramificações).
Anastomose: Significa ligação entre artérias, veias e nervos os quais estabelecem uma comunicação entre
si. A ligação entre duas artérias ocorre em ramos arteriais, nunca em troncos principais. Às vezes duas
artérias de pequeno calibre se anastomosam para formar um vaso mais calibroso. Frequentemente a
ligação se faz por longo percurso, por vasos finos, assegurando uma circulação colateral.
Relações com as veias: A norma geral é que uma artéria seja acompanhada por pelo menos uma veia,
sendo chamadas veias satélites. Artérias de grosso calibre geralmente são acompanhadas por uma veia e
artérias de médio e pequeno calibre são seguidas em seu trajeto por duas veias.
Relações com os músculos: Certos músculos servem como ponto de reparo às artérias que os
acompanham, sendo chamados de músculos satélites, como por exemplo, o músculo
Esternocleidomastóideo que acompanha a artéria carótida comum.
Relações com as articulações: As artérias sempre passam pela superfície flexora da articulação. Fácil de
entender, do contrário elas seriam constantemente esticadas, sendo prejudicial e perigoso.
Artérias importantes do corpo humano: O tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo direito e se
bifurca em duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifica a partir do
hilo pulmonar em artérias segmentares pulmonares.
Este sistema leva sangue venoso para os pulmões para que ocorra a troca de gás carbônico por oxigênio.
A artéria aorta sai do ventrículo esquerdo e se ramifica na porção ascendente em duas artérias coronárias,
uma direita e outra esquerda que vão irrigar o coração. Logo em seguida a artéria aorta se encurva
formando um arco para a esquerda dando origem a três artérias (artérias da curva da aorta) sendo elas:
 Tronco braquiocefálico arterial;
 Artéria carótida comum esquerda;
 Artéria subclávia esquerda
O tronco braquiocefálico origina duas artérias:
 Artéria carótida comum direita;
 Artéria subclávia direita
Artéria Subclávia (direita ou esquerda): Logo após o se início, origina a artéria vertebral que vai auxiliar
na vascularização cerebral, descendo em direção a axila ela, a subclávia, recebe o nome de artéria axilar, e
quando finalmente atinge o braço seu nome muda de novo, mas agora para artéria braquial (umeral). Na
região do cotovelo ela emite dois remos terminais que são: artérias radial e ulnar que vão percorrer o
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antebraço. Na mão essas duas artérias se anastomosam formando um arco palmar profundo que origina as
artérias digitais palmares comuns e as artérias metacarpianas palmares que vão se anastomosar.
As artérias digitais palmares originam as artérias digitais palmares próprias para cada dedo.
Artéria carótida comum (esquerda ou direita): Esta artéria se ramifica em:
 Artéria carótida interna (direita ou esquerda;
 Artéria carótida externa (direita ou esquerda).
Artéria carótida interna: Penetra no crânio através do canal carotídeo dando origem a três ramos
colaterais: artéria oftálmica, artéria comunicante posterior e artéria coriódea posterior. E mais dois ramos
terminais: artéria cerebral anterior e artéria cerebral média.
Artéria carótida externa: Irriga pescoço e face. Seus ramos colaterais são: artéria tireóide superior, a.
lingual, a. facial, a. occipital, artéria auricular posterior e artéria faríngea ascendente. Seus ramos terminais
são: artéria temporal e artéria maxilar.
Artéria aorta porção torácica: Após a curva ou arco aórtico, a artéria começa a descer do lado esquerdo
da coluna vertebral dando origem aos ramos:
Artérias Viscerais (nutrem os órgãos): Pericárdicos, Bronquiais, Esofágicos e Mediastinais.
Artérias Parietais (irrigam a parede dos órgãos): Intercostais posteriores, Subcostais e Frênicas
superiores.
Artéria Aorta Abdominal: Ao atravessar o hiato aórtico do diafragma até a altura da quarta vértebra
lombar, onde termina, a aorta é representada pela porção abdominal. Nesta porção a aorta fornece vários
ramos colaterais e dois terminais.
Ramos colaterais Parietais: Artéria frênica inferior e Artérias lombares.
Ramos colaterais Viscerais:
 Tronco celíaco que origina: Artéria gástrica esquerda;
 Artéria esplênica que da origem a artéria gastro-epiplóica esquerda;
 Artéria hepática comum;
 Artéria mesentérica superior;
 Artéria mesentérica inferior;
 Artéria supra-renal média (par;
 Artéria renal (par)
 Artéria gonadal (par);
 Artéria sacral mediana
Os ramos terminais da artéria aorta são artéria ilíaca comum direita e artéria ilíaca comum esquerda.
Artéria ilíaca comum (direita e esquerda): Dão origem às artérias ilíaca interna e externa direita e
esquerda.
Artéria ilíaca interna (direita e esquerda): Vascularização dos órgãos genitais.
Artéria ilíaca externa (direita e esquerda): Ramos colaterais: Artéria epigástrica inferior e Artéria
circunflexa profunda do ílio. Seu ramo terminal é a artéria femoral.
Artéria femoral: Desce a coxa e na altura do joelho na parte flexora está artéria recebe o nome de artéria
poplítea.
Artéria poplítea: Origina a artéria tibial anterior e a artéria tibial posterior que vão irrigar a perna.
Artéria tibial anterior: Na parte flexora do tornozelo ela muda de nome para dorsal do pé.
Artéria dorsal do pé ou Pediosa:
Ramos: Artéria társica lateral e medial, Artéria primeira metatársica dorsal e Artéria plantar profunda.
Artéria tibial posterior: 
Ramos: Fibular, Nutrícia, Musculares, Maleolar medial posterior, Comunicante, Calcanear medial, Plantar
medial e Plantar lateral

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Veias
São vasos sanguíneos diferentes das artérias. Têm como função conduzir o sangue dos capilares para o
coração. As veias, também como as artérias, podem pertencer tanto à grande e à pequena circulação.
O circuito que termina no átrio esquerdo através das quatro veias pulmonares trazendo sangue arterial dos
pulmões chama-se de pequena circulação ou circulação pulmonar. E o circuito que termina no átrio direito
através das veias cavas e do seio coronário retornando com sangue venoso chama-se de grande circulação
ou circulação sistêmica.
Em relação à forma: É variável quanto mais cheia mais cilíndrica e quanto mais vazia mais achatada.
Fortemente distendidas apresentam a forma nodosa devido à presença de válvulas. Quanto ao calibre pode
ser grande, médio ou pequeno calibre.
Tributárias ou afluentes: Sua formação aumenta conforme está chegando mais perto do coração pela
confluência das tributárias. O leito venoso é praticamente o dobro do leito arterial.
Situação: São classificadas em superficiais e profundas e também podem receber a denominação de
viscerais e parietais dependendo de onde estão drenando se é na víscera ou em suas paredes.
Válvulas: São pregas membranosas da camada interna da veia que tem forma de bolso.

Sistema Linfático
Constitui uma via acessória ao sistema venoso, pela qual líquidos corporais podem fluir dos espaços
intersticiais para o sangue. Pode remover proteínas e grandes materiais particulados dos espaços teciduais
graças ao grande espaço das fenestrações dos vasos. Como o sistema sangüíneo, o sistema linfático faz
parte do sistema circulatório, mas possui um fluido conhecido por linfa, em vez de sangue.
Os tecidos e órgãos do Sistema Linfático produzem, armazenam e transportam células do sistema
imunológico, fazendo parte também desse sistema. Desempenha papel importante nas defesas do corpo
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contra a infecção e alguns outros tipos de doença, inclusive o câncer. O sistema inclui: Medula óssea,
Linfonodos, Vasos e Capilares linfáticos, Amígdalas (Tonsilas Palatinas), Adenóides, Baço e Timo
Linfa: Líquido esbranquiçado ou amarelo claro de composição comparável à do plasma sanguíneo, que
circula no organismo em vasos próprios chamados vasos linfáticos e transporta linfócitos. O fluído dos
tecidos que não volta aos vasos sanguíneos é drenado para os capilares linfáticos  existentes entre as
células. Estes se ligam para formar vasos maiores que desembocam em veias que chegam ao coração.
Esse líquido possui macromoléculas que não conseguem ser reabsorvidas pelos capilares venosos.  Isso
ocorre devido à estrutura especial do endotélio linfático, que forma verdadeira válvulas. A linfa tem quase a
mesma composição do líquido intersticial, com uma concentração protéica de 3 a 5g/dl. Dois terços de toda
a linfa derivam do fígado e do intestino. É um líquido pálido e espesso carregado de gordura e de leucócitos,
também chamado de "quilo". 
Vasos linfáticos: Conduzem a linfa dos capilares linfáticos para a corrente sanguínea. Todos os vasos
linfáticos têm válvulas unidirecionais que impedem o refluxo, como no sistema venoso da circulação
sanguínea. Os vasos passam através dos linfonodos, que contêm grande quantidade de linfócitos e atuam
como filtros, confinando organismos infecciosos como bactérias e vírus. Praticamente todos os tecidos do
corpo possuem canais linfáticos.  Os que não os tem, possuem os chamados pré-linfáticos.  Quase toda a
linfa é drenada para o duto torácico, que desemboca no sistema venoso. 1/10 do líquido que filtra dos
capilares arteriais retorna ao sangue pelo sistema linfático. 
Linfonodos: Pequenos órgãos em forma de feijões localizados ao longo do canal do sistema linfático.
Armazenam células brancas (linfócitos) que tem efeito bactericida. Quando ocorre uma infecção, podem
aumentar de tamanho e ficar doloridos enquanto estão reagindo aos microorganismos invasores. Eles
também liberam os linfócitos para a corrente sanguínea. Possuem estrutura e função muito semelhantes às
do baço. Distribui-se em cadeias ganglionares, encontradas no pescoço, axila, fossa poplítea, região
inguinal e envolta dos grandes vasos sanguíneos.
Baço: Localiza-se no quadrante superior esquerdo do abdome, por trás das costelas. Em condições
normais, não é palpável. É um órgão esponjoso, que funciona como um grande “filtro” de sangue. É no
interior do baço que são removidas as hemácias defeituosas ou velhas, plaquetas e leucócitos que
perderam a função. Está excluído da circulação linfática, interposto na circulação sangüínea e sua
drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. O baço é parte importante do sistema imunológico,
onde os linfócitos e macrófagos ali presentes têm a oportunidade de entrar em contato com antígenos
estranhos e microorganismos que eventualmente ganhem acesso à corrente sangüínea. Dessa forma, o
baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem
participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns
cientistas, um grande nódulo linfático.
Timo: A palavra timo tem origem do grego thúmon, que significa alma, espírito, coração. Foi dado esse
nome ao órgão por ele estar localizado no meio do tórax, logo atrás ao esterno, bem próximo ao coração.
Tem consistência carnuda, semelhante a moleja de vitelo e cordeiro. Sua cor é variável, vermelha no feto,
branco-acinzentada nos primeiros anos de vida e tornando-se depois, amarelada.
Ao nascimento pesa de 10 a 35g e continua crescendo de tamanho até a puberdade, quando alcança um
peso máximo de 20 a 50g. Daí por diante sofre atrofia progressiva indo pesar pouco mais de 5 a 15g no
idoso. Essa involução etária é acompanhada por substituição do parênquima tímico por tecido fibroadiposo.
O ritmo de crescimento tímico na criança e de involução no adulto é extremamente variável e, portanto,
difícil determinar o peso apropriado para a idade. Contudo, mesmo atrofiado, o timo continua a exercer sua
função protetora, com a produção complementar de anticorpos.
Em termos fisiológicos, o timo elabora uma substância, a timosina, que mantém e promove a maturação de
linfócitos e órgãos linfóides como o baço e linfonodos. Reconhece-se ainda, a existência de uma ou outra
substância, a timina, que exerce função na placa motora (junção de nervos com músculos) e, portanto, nos
estímulos neurais e periféricos. Algumas doenças no timo podem comprometer a contração muscular. A
hipoplasia adquirida é uma conseqüência normal do envelhecimento, porém pode aparecer bruscamente no
jovem como resultado de estresse profundo, má nutrição ou irradiação, e após o uso de medicamentos
citotóxicos ou corticoesteróides.

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Neuroanatomia
O Sistema Nervoso é o sistema mais complexo e mais organizado dos vários sistemas do corpo
humano. Tem função de integrar os vários processos fisiológicos, reacionais e adaptacionais do organismo
com o meio. Além de tudo isso, uma estrutura bastante especial, o córtex cerebral, desempenha o papel
que distingue o homem dos demais seres, a consciência a vida. Para o estudo anatômico o sistema nervoso
pode ser divido em duas partes: Central e Periférico.
O sistema nervoso central (SNC) é composto pelo encéfalo, que está contido no interior do crânio e
pela medula espinhal que está contida no interior do canal vertebral. Essas duas porções são contínuas e
interdependentes, a transição do encéfalo em medula espinhal se faz ao nível da borda superior do Atlas.
O sistema nervoso periférico é basicamente uma série de nervos que se prolongaram do SNC para
se distribuir para o resto do organismo. Poderíamos chamá-lo de "braços" do sistema nervoso central.
Podemos também dividir os nervos periféricos em dois grupos: Cerebroespinhal e Autônomo. Os dois estão
intimamente conectados e ambos possuem núcleos tanto de origem como de terminação.
Os nervos cérebro-espinhais são ao todo 43 pares, 12 pares cranianos + 31 pares de raízes
espinhais. Possuem função motora e sensitiva. Os nervos autônomos transmitem impulso que regulam o
funcionamento das vísceras, o calibre dos vasos sanguíneos, o diâmetro da pupila, a salivação, ou seja,
controlam todos os fenômenos inconscientes, não voluntários. Estão dispostos em duas colunas centrais
situadas imediatamente ao lado dos corpos vertebrais, estendendo-se da base do crânio ao cóccix.
Composição do Sistema Nervoso
Os tecidos nervosos são compostos por células nervosas e todos os seus processos, juntamente com o
tecido de sustentação, chamado de neuroglia. Certos processos das células nervosas são de especial
importância, são as fibras nervosas, que irão compor os nervos.
Ao olho nu a diferença entre algumas partes do encéfalo e da medula é obvia. A cor é um exemplo.
Podemos facilmente distinguir a substância cinzenta da substância branca. A substância cinzenta é
composta de corpos de neurônios, enquanto que a branca é composta de axônios e a cor branca reflete a
gordura, bainha de mielina que envolve o axônio.
 Divisão do Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Central (SNC): Encéfalo (Cérebro, Cerebelo e Tronco Encefálico) e - Medula Espinhal
Sistema Nervoso Periférico (SNP): Nervos Espinhais e Cranianos, Gânglios e Terminações Nervosas.
Divisão Funcional do Sistema Nervoso: Sistema Nervoso Somático Aferente e Eferente, Sistema
Nervoso Visceral Aferente e Eferente e Sistema Nervoso Autônomo Simpático e Parassimpático
 
SISTEMA ENDÓCRINO
Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a
produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sangüínea e irão atuar em
outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua
função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo.

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Os tecidos epiteliais de secreção ou epitélios glandulares formam as glândulas, envolvidas por uma
cápsula conjuntiva que emite septos, dividindo-as em lobos. Vasos sangüíneos e nervos penetram nas
glândulas, fornecendo alimento e estímulo nervoso para as suas funções.
Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais. Freqüentemente
o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante
precisos. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que
o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema
endócrino, juntamente com o sistema  nervoso,  atuam na coordenação e regulação das funções
corporais.
Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no homem são: a hipófise, o hipotálamo, a tireóide,
as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas. 

Hipófise ou pituitária
Situa-se na base do encéfalo, em uma cavidade do osso esfenóide chamada tela túrcica. Nos seres
humanos tem o tamanho aproximado de um grão de ervilha e possui duas partes: o lobo anterior (ou
adeno-hipófise) e o lobo posterior (ou neuro-hipófise).

Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-endócrinos, alguns hormônios, produzidos pela hipófise são
denominados trópicos (ou tróficos) porque atuam sobre outras glândulas endócrinas, comandando a
secreção de outros hormônios. São eles:
Tireotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireóide.
Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina adrenal (supra-renal)
Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.
Somatotrófico: atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de
proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a
captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose no sangue (inibe a
produção de insulina pelo pâncreas, predispondo ao diabetes).  
Localizado no cérebro diretamente acima da hipófise, é conhecido por exercer controle sobre ela por meios
de conexões neurais e substâncias semelhantes a hormônios chamados fatores desencadeadores (ou de
liberação), o meio pelo qual o sistema nervoso controla o comportamento sexual via sistema endócrino.
O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam
sobre as gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na corrente sanguínea. Na mulher a
glândula-alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário; no homem, são os testículos. Os hormônios gonadais
são detectados pela pituitária e pelo hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônio pituitário, por feed-
back.
Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está subordinada, por sua vez, ao
sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema endócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o
mediador entre esses dois sistemas.
O hipotálamo também produz outros fatores de liberação que atuam sobre a adeno-hipófise, estimulando ou
inibindo suas secreções. Produz também os hormônios ocitocina e ADH (antidiurético), armazenados e
secretados pela neuro-hipófise.

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Tireóide
Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia. Seus dois
hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de
liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam
ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e
desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do controle da
concentração sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma
sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.

Paratireóides
São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior da tireóide.
Secretam o paratormônio, que estimula a remoção de cálcio da matriz óssea (o qual passa para o plasma
sangüíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais,
aumentando a concentração de cálcio no sangue. Neste contexto, o cálcio é importante na contração
muscular, na coagulação sangüínea e na excitabilidade das células nervosas.

Adrenais ou supra-renais
São duas glândulas localizadas sobre os rins, divididas em duas partes independentes – medula e córtex -
secretoras de hormônios diferentes, comportando-se como duas glândulas. O córtex secreta três tipos de
hormônios: os glicocorticóides, os mineralocorticóides e os androgênicos.

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Pâncreas
É uma glândula mista ou anfícrina – apresenta determinadas regiões endócrinas e determinadas regiões
exócrinas (da porção secretora partem dutos que lançam as secreções para o interior da cavidade intestinal)
ao mesmo tempo. As chamadas ilhotas de Langerhans são a porção endócrina, onde estão as células que
secretam os dois hormônios: insulina e glucagon, que atuam no metabolismo da glicose.

REFERÊNCIAS

 Guyton, Arthur C.; HALL, John E., Fisiologia humana e mecanismos das doenças, 10ª Edição,
Editora Guanabara Koogan, 2002;
 Harrison, Medicina Interna, 15ª Edição, 2002 ;
 Kelley, W.N., Tratado de Medicina Interna. vol. I, Edição 4ª, Guanabara Koogan, 1995;
 Penildon S., Farmacologia, 6ª Edição, Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 2002;
 Porto, Celmo Celeno, Semiologia Médica, Edição 4ª, Editora Guanabara, 2001;
 Robbins & Cotran, Bases Patológicas das Doenças, 7ª Edição, editora Elsevier, 2005.

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