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De acordo com a OMS, Saúde Mental: “... é a capacidade de estabelecer relações harmoniosas com
os demais e a contribuição construtiva nas modificações do ambiente físico e social...”. Em outras
palavras, trata-se do equilíbrio emocional entre causas internas e externas. Resumindo, é a Capacidade
de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um amplo espectro de variações sem, contudo
perder o valor real. É ser capaz de ser sujeito de suas próprias ações sem perder a noção de tempo e
espaço. Já a ausência de distúrbio mental ou comportamental; é um estado de bem estar psíquico em
que o indivíduo alcançou integração satisfatória de suas tendências instintivas aceitáveis, tanto
para si próprio, como para seu meio social.
Ter uma adequada Saúde mental consiste em estar de bem consigo e com os outros, aceitar as exigências
da vida, saber lidar com as boas emoções e também com as desagradáveis: alegria/tristeza,
coragem/medo, amor/ódio, serenidade/raiva, ciúmes, culpa, frustrações, reconhecer seus limites e
buscar ajuda quando necessário.
CRITÉRIOS DE SAÚDE MENTAL:
Atitudes positivas em relação a si próprio;
Crescimento, desenvolvimento e auto-realização;
Integração e resposta emocional;
Autonomia e autodeterminação;
Percepção apurada da realidade;
Domínio ambiental e competência social.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA À SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA
A história da saúde mental pode ser definida como a evolução das diversas interpretações da loucura que
são levadas ao fim nas distintas épocas, de acordo com os diferentes modelos vigentes de saúde naquele
momento, tanto no que se refere a sua descrição e aplicação como na sua forma de tratamento. Para a
maior parte das doenças sempre foi difícil estabelecer relações entre a causa e efeito, pois existe o fator
raciocínio, que depende do grau de desenvolvimento da ciência e da tecnologia daquela sociedade em
sua época. Os povos primitivos por não ter esse recurso explicavam as doenças de forma irracional, de
acordo com as crenças de sua cultura. Nas sociedades simples o homem com poderes misteriosos, como
prever vitória na guerra, fazer plantações crescerem, provocar chuva ou sol tinha também a função de
curar doentes mentais. A história das profissões relacionadas à saúde mental começa com a tentativa do
homem primitivo em aliviar o sofrimento do outro, surgindo assim, o curador profissional, o médico
feiticeiro, etc. Desta forma, o Psicólogo, o Psiquiatra e outros profissionais que se envolvem no cuidado
dos pacientes com transtornos mentais, tais como terapeutas ocupacionais, assistentes sociais,
enfermeiros, técnicos de enfermagem que trabalham com pacientes psiquiátricos e outros, são, nas
sociedades complexas, substitutos dos xamãs. Os indivíduos que viviam (ou vivem) em sociedades
simples visualizavam a doença mental como uma possessão demoníaca ou a manifestação do
descontentamento dos deuses, em que os doentes são vítimas do castigo divino. Os tratamentos
provinham da magia, da invocação dos poderes celestiais e do exorcismo de demônios, utilizando-se de
castigos físicos e outras punições. Entretanto, neste mesmo período, já surgiam práticas terapêuticas que
podemos considerar modernas, como: ouvir música suave, atividades recreativas e passeios. Esta época
se caracteriza pelo domínio do pensamento mágico, na qual toda enfermidade era explicada por crenças
imaginárias e cultas ao sobrenatural. Pode-se dizer que a relação da sociedade com o doente era
ambígua, pois se de um lado havia um sentimento de respeito com o enfermo, intitulando-o como
mensageiro de Deus, de outro prevalecia certo temor e o pensamento de que este podia ser portador de
um espírito malévolo. Poucas são as civilizações antigas que sobrepujaram em importância do Egito
para o mundo moderno. O estímulo, para numerosas conquistas intelectuais e morais da atualidade
vieram dos antigos egípcios. A fisiologia, a aritmética, a geometria, a astronomia, a escrita e a literatura
tiveram seu marco inicial nesta época. O povo egípcio sempre despertou muita curiosidade em todas as
pessoas, pois criou obras extremamente imponentes para a época vivenciada. A história da medicina,
com a qual está intimamente relacionada à história da saúde mental, começou a ser desvenda no século
passado, mas o marco principal foi a descoberta da Pedra Rosettta por arqueólogos franceses em 1799.
Ela é uma grande placa basáltica que detêm um texto hieróglifos egípcios (também reescrito em grego).
Posteriormente, todo o conhecimento que antes era voltado para o misticismo, passa por uma transição
do pensamento mágico, para causas naturais. São muitos os pensadores que começam a desenvolver
explicações racionais para os transtornos mentais: Hipócrates (460-380 a.C.), conhecido como o pai da
medicina, foi o primeiro a tentar libertar a medicina dos ritos mágicos. Dotado de grande capacidade de
observação, já ligava quadros mentais a estados infecciosos, hemorragias e ao parto. Através do “Corpus
Hippocraticum” acreditava-se que os temperamentos eram baseados numa mistura de humores
corporais, portanto as doenças, de uma forma geral, e, inclusive as mentais, surgiriam do desequilíbrio
destes humores (fleuma, sangue e bile). Para Hipócrates, o cérebro era a sede dos sentimentos e das
idéias. Foi o pioneiro na classificação das doenças mentais: o “Corpus Hippocraticum” inclui descrições
de moléstias identificáveis como melancolia, psicose pós-parto, fobias, delirium tóxico, demência senil e
histeria. O médico romano Galeno (131-200 d.C.), atribuía ao cérebro o papel controlador dos
fenômenos mentais. Era, portanto, a sede da alma, como já havia sido dito por Platão. Galeno dividiu a
alma em razão e intelecto, coragem e raiva, apetite carnal e desejos. Ele reconheceu o cérebro como o
órgão mais importante do homem e afirmava que os sintomas físicos não eram oriundos somente de
alterações orgânicas, mas também podiam ser frutos da influência que o psicológico tem sobre o corpo.
Seguindo então, no século XVII, que ficou reconhecido como Era da Razão e da Observação,
reconheceu-se a relação dos fatores psicológicos sobre as doenças. O período medieval irá se
caracterizar por um retrocesso de todo pensamento científico que se chegava até então. A feitiçaria e a
“demonologia”, justificativas da Inquisição, passaram a dominar o pensamento e as ações médicas neste
período. No que diz respeito ao tratamento vigente desta época o exorcismo, a fogueira e a prisão dos
enfermos, junto com os criminosos, era a única forma de contenção admitida pela sociedade.
Primeira Revolução Psiquiátrica
O movimento de fundação dos hospitais e casas de saúde psiquiátricos e o reconhecimento do doente
mental como objeto da Psiquiatria, constituem a Primeira Revolução Psiquiátrica. A partir, do século
XVI é restabelecido o caráter científico da psiquiatria, no qual os médicos e outros profissionais de
saúde retomaram as observações clínicas minuciosas sobre o comportamento e as verbalizações dos
doentes mentais.] Phillipe Pinel (1745-1826) foi chefe dos Hospitais de Bicêtre e Salpêtrière, onde os
pacientes com transtornos mentais passaram a ser liberados das sangrias, purgativos e vesicatórios e
também das cadeias e dos grilhões a que eram submetidos, passando a receber um tratamento
humanitário e psicologicamente orientado. Nesta época Pinel apresenta o Tratado da Mania (1801) que
constitui na síntese da psiquiatria da Ilustração e o ponto de partida da escola psiquiátrica francesa. Até
o início do século XX, a “Escola Clássica” (Pinel e Esquiol) foi o que dominou na Europa. A
psiquiatria como especialidade médica nasce precisamente nesta época (segunda metade do século
XVIII). Produziu-se um importante movimento de reforma assistencial que, iniciado na Inglaterra, se
estende, em poucos anos, por toda Europa. Responsáveis por essas mudanças é o aparecimento da
ideologia humanista e filantrópica muito interessada na reforma da sociedade e das condições de vida do
homem nela. No final do século XVIII, época da famosa Revolução Francesa, Pinel, lutou pelos direitos
humanos dos doentes mentais, libertando-os das correntes, que foram rapidamente substituídas pelas
“camisas de forças”. Esse mesmo médico foi responsável pela classificação das doenças mentais. Até o
século XVIII, o ensino universitário na Alemanha era essencialmente teórico, o que estimulou a
especulação; os psicologistas predominavam durante a primeira metade do século XIX, e o mentalismo
germânico desenvolveu escolas ou correntes isoladas do empirismo descritivo-clínico da França e da
Inglaterra. Já na segunda metade século XIX, houve uma “reação” ao mentalismo e foram criados
hospitais para doenças nervosas, onde se ensinava Neurologia e Psiquiatria. Surge uma nova corrente
fortemente baseada em Neuroanatomia e Neuropatologia. Surgem então os “neuropsiquiatrias”, que se
utilizavam de dados vindos do plano clínico, anatômico, fisiológico, histológico e neurocirúrgico,
tentando demonstrar a localização cerebral de funções sensoriais e motoras, cada vez mais apoiadas pela
experimentação. Nestes hospitais e a casas psiquiátricas, os pacientes eram confinados, presos através de
correntes e exposto a humilhação e à visitação pública, além de sofrerem maus tratos que resultavam
muitas vezes em morte por falta de cuidados e alimentação, ou seja, para proteger a população “normal”
daqueles indivíduos “loucos” era realizada essa prática desumana de proteção. Essas tristes instituições
popularmente conhecidas como manicômios eram locais de isolamento social, constituídos de jaulas e
correntes que ficavam sob a responsabilidade de ex-presidiários que ainda utilizava a “ajuda” de cães. Já
no século XIX a célebre Florence Nightingale (a mãe da enfermagem), instituiu a preconização da
importância do tratamento mais humano a pessoas doentes e a capacitação dos indivíduos que os
assistiam. A psiquiatria moderna é impulsionada com idéias advindas do movimento romântico que
despertou interesse pelo inconsciente. Charcot (1825-1893) descreveu sintomas histéricos e reconhecia
que um trauma, em geral de natureza sexual, estava relacionado a idéias e sentimentos que se tornariam
inconsciente. Charcot acreditava na cura pela hipnose, onde era possível reproduzir os sintomas
neuróticos e obter alívio dos sintomas. Sigmund Freud (1856-1939) um dos mais importantes
neuropsiquiatra, foi o mentor de uma revolução intelectual na visão do homem pelo homem, com o
desenvolvimento da teoria psicanalítica. Aluno de Charcot, Freud, juntamente com Breurer, iniciou seus
estudos observando pacientes neuróticos e utilizou a hipnose como forma de tratamento para os mesmo.
Nesta época, surgiu uma classificação para as neuroses em: ansiedades, fobias e obsessões. No final do
XIX e início do século XX, Freud, definiu a inseparabilidade do corpo e mente valorizando a visão
holística do ser humano. Foi na psiquiatria que foram procuradas causas físicas para a doença, além da
mesma ser responsável pelo surgimento de tratamentos (atualmente não utilizadas):
Hidroterapia: aplicação externa de água-quente ou fria, por meio de banhos, duchas e aspersões.
Malarioterapia: inoculação do germe da malária (Plamodium) no doente, na crença de que ele
contraindo a malária melhoraria da sua doença mental.
Insulinoterapia: aplicação de insulina, em doses crescentes, até o paciente atingir o estado de coma.
Neurocirurgias: seccionamento de fibras nervosas e a lobotomia.
POLÍTICAS DE SAÚDE RELATIVAS À SAÚDE MENTAL
No ano de 1989, o congresso nacional reestruturou a assistência psiquiátrica, por meio do projeto de lei
n. 3.657, que resultaria na substituição progressiva dos manicômios por novos dispositivos de
tratamento e acolhimento. A lei n. 10.216 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas
portadoras de transtornos mentais foi aprovada e sancionada pelo presidente da república Fernando
Henrique Cardoso em abril de 2001, indicando a substituição do modelo assistencial hospitalocêntrico.
CAPS
Com essa reforma psiquiátrica começaram a implantação de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS),
que são instituições de serviços em saúde mental, que atendem as pessoas com transtornos mentais
severos e persistentes, como psicoses e neuroses graves, buscando amenizar e tratar as crises para que
essas pessoas possam recuperar a sua autonomia e se reinserir nas atividades cotidiana. Essa nova forma
de acolhimento não contribui com o rompimento dos laços familiares como as vistas nos manicômios,
uma vez que seus usuários voltam para as suas residências todos os dias. Os CAPS é profissionalmente
composto por: psicólogos, psiquiatras, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, assistentes sociais,
terapeutas ocupacionais e técnicos administrativos. Dentre as suas atividades terapêuticas destacam-se a
psicoterapia individual e grupal, oficinas terapêuticas, acompanhamento psiquiátrico, visitas
domiciliares, atividades de orientação e inclusão da família e atividades comunitárias. De acordo com a
terapia de cada usuário, estes podem passar o dia todo na unidade, parte do dia ou ir apenas para a
realização de alguma consulta. Vale ressaltar aqui que esses tipos de serviço devem ser substitutivos e
não complementares ao hospital psiquiátrico.
Várias são as causas que fazem com que o indivíduo venha a desenvolver, em determinado momento de
sua história, um transtorno mental. No entanto, muitas vezes é difícil trabalharmos com esse conceito
em mente, pois não somos acostumados a avaliar situações como um todo, além de ficarmos achando
que se encontrarmos uma única causa para o problema, o resolverá mais depressa. Essa forma de
raciocínio é tão tentadora que existem até muitos especialistas que insistem que a causa de tal transtorno
mental é “apenas” física ou “apenas” emocional. O que acontece é que, como isso acabou vendo só um
pedacinho do paciente e acabamos por não ajudá-lo a se ver por inteiro, dificultando o processo de
melhora. Felizmente, profissionais com essa visão restrita estão ficando mais raros.
Assim precisamos tornar nossa visão mais ampla. Quando nos detemos a precisar conhecer mais as
pessoas que estamos atendendo, saber do que gostam, de onde vêm, como vivem, torna-se mais fácil
fazer uma idéia dos fatores que podem estar exercendo maior influência no momento atual de seu
transtorno.
De forma simplificada, podemos dizer que três grupos de fatores influenciam o surgimento da doença
mental: os físicos ou biológicos, os ambientais e os emocionais.
FATORES FÍSICOS OU BIOLÓGICOS
O nosso corpo funciona de forma integrada, isto é, os aparelhos e sistemas se comunicam uns
com os outros e o equilíbrio de um depende do bom funcionamento dos outros. Muitas vezes podemos
achar difícil de entender que o fato de se sentir culpado e/ou ter pensamento repetidos de morte ou ouvir
vozes possam ter também uma base orgânica, mas ela existe. O envelhecimento, o abuso de álcool ou
outras substâncias são exemplos comuns. O que se sabe é sempre que temos algumas emoções, sejam
elas agradáveis ou não, ocorrem uma série de trocas elétricas e químicas em nosso cérebro, o que já
constitui, por si próprio, um fator orgânico. Podemos definir os fatores físicos ou biológicos como sendo
as alterações ocorridas no corpo como um todo, em determinado órgão ou sistema nervoso central que
possam levar a um transtorno mental. Dentre os fatores físicos ou biológicos que podem ser a base ou
deflagrar um transtorno mental, existem alguns mais evidentes, que avaliaremos a seguir:
a) Fatores Genéticos ou Hereditários
Quando falamos deste fator, estamos nos referindo às possíveis heranças genéticas que possam trazer em
nosso comportamento e forma de ser. As informações contidas nos genes são muitas e não são todas que
utilizamos (algumas ficam guardadas). Embora popularmente sempre se diga que as pessoas com
transtorno mental o herdou de alguém da família, há muito tempo os cientistas tentam identificar se essa
“herança” veio através do corpo ou do ambiente em que a pessoa foi criada. Atualmente, os avanços da
Medicina têm permitido identificar alguns genes que possam ter influência nos desenvolvimentos de
transtornos mentais. No entanto, é importante que quando se fala de fatores genéticos em Enfermagem
estamos falando de tendências, predisposições que o indivíduo possui de desenvolver determinados
desequilíbrios químicos no organismo que possam levá-lo a apresentar determinados transtornos
mentais.
b) Fatores Pré-Natais
As condições de gestação, dentre eles os fatores emocionais, econômicos e sociais, o consumo de álcool,
drogas, cigarros e algum tipo de medicação podem prejudicar a formação do bebê, gerando problemas
futuros que podem comprometer sua capacidade adaptativa no crescimento e desenvolvimento, podendo
facilitar o surgimento da doença mental.
c) Fatores Peri-Natais
Peri-natal é tudo o que acontece durante o parto. Em determinadas situações o bebê pode sofrer danos
neurológicos devido a determinados traumatismos ou falta de oxigenação no tecido cerebral. Nesses
casos, dependendo da gravidade desses danos, a criança poderá desenvolver problemas neurológicos
(como, por exemplo, a epilepsia ou diversos tipos de atrasos de desenvolvimento) que podem formar a
base para futuros transtornos.
d) Fatores Ligados a Doenças Orgânicas
O transtorno mental pode também aparecer como conseqüência de determinada doença orgânica, tal
como infecções, traumatismos, vasculopatias, intoxicações. Abuso de substâncias e qualquer agente
nocivo que afete o sistema nervoso central.
FATORES AMBIENTAIS
Fatores ambientais podem ser sociais, culturais e econômicos e exercem forte e constante influência
sobre nossas atitudes e nossas escolhas diárias, tanto externas quanto internamente, isto é, como nos
sentimos e enxergamos a nós mesmos. As reações e cada estímulo ambiental se darão de acordo com a
estrutura psíquica de cada pessoa, e esse estrutura psíquica estará intimamente ligada às experiências
que a pessoa teve durante a vida.
FATORES EMOCIONAIS OU PSICOLÓGICOS
Como já foi visto antes, os fatores influenciam-se entre si, mas no caso dos aspectos emocionais estamos
falando de formação de identidade que se inicia justamente com a conjugação dos aspectos físicos e
ambientais.
Cada pessoa vem a este mundo como ser único, diferente de todos os outros. Cada um de nós
apresenta mesmo ao nascer, uma forma de interagir com o mundo que influencia o comportamento de
quem está à nossa volta e è influenciado por ele. Também devemos lembrar que, quando nascemos, já
trazemos conosco uma “história de vida”. Se formos desejados ou não, se somos o primeiro filho ou o
décimo se a nossa estadia na barriga foi tranqüila ou cheia de altos e baixos, se a mãe fez uso de algum
medicamento ou drogas que tenha nos deixado mais agitado ou mais apagado. Esses são só alguns
exemplos que mostram que nós já nascemos com algumas características que nos são individuais e que
as interações que vamos estabelecer com o mundo, a partir do nosso nascimento, serão formados por um
modo de ser caracteristicamente nosso, mais ou menos ajustado, ao qual chamamos personalidade.
Contudo, a repetição constante de exposição à frustração (por períodos prolongados), pode levar o
indivíduo, no futuro, a desenvolver uma série de transtornos mentais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, Transtornos Mentais e Comportamentais são as
condições caracterizadas por alterações mórbidas do modo de pensar e/ou do humor (emoções),
e/ou por alterações mórbidas do comportamento associadas à angústia expressiva e/ou
deterioração do funcionamento psíquico global.
Os Transtornos Mentais e Comportamentais não constituem apenas variações dentro da escala do
"normal", sendo antes, fenômenos claramente anormais ou patológicos.
Um comportamento anormal ou um curto período de anormalidade do estado afetivo não significa, em
si, a presença de distúrbio mental ou de comportamento. Para serem categorizadas como transtornos, é
preciso que essas anormalidades sejam persistentes ou recorrentes e que resultem em certa deterioração
ou perturbação do funcionamento pessoal, em uma ou mais esferas da vida. Os Transtornos Mentais e
Comportamentais se caracterizam também por sintomas e sinais específicos e, geralmente, seguem um
curso natural mais ou menos previsível, a menos que ocorram intervenções. Nem toda deterioração
humana denota distúrbio mental.
As pessoas podem sofrer angústia em virtude de circunstâncias pessoais ou sociais e, a menos que sejam
satisfeitos todos os critérios necessários para o diagnóstico de determinado distúrbio, essa angústia não
constituirá como um distúrbio mental. Há diferença, por exemplo, entre um estado afetivo deprimido e
depressão doença, o primeiro surgindo como resposta a uma determinada circunstância estressante e a
outra como uma doença franca.
Diferentes modos de pensar e se comportar, entre diferentes culturas, podem influenciar a maneira pela
qual se manifestam os Transtornos Mentais. Assim, as variações normais determinadas pela cultura não
devem ser rotuladas como Transtornos Mentais, da mesma forma como, também, não podem ser
tomadas como indicações de distúrbio mental as crenças sociais, religiosas e/ou políticas. Essa nuance
étnica e culturais fazem parte da chamada Psiquiatria Transcultural.
Os Transtornos Mentais e de Comportamento considerados pela Classificação Internacional das
Doenças da OMS, obedecem a descrições clínicas e normas de diagnóstico e compõem uma lista
bastante completa. Há também outros critérios de diagnóstico disponíveis para a pesquisa, para uma
definição mais precisa desses transtornos, como é o caso do DSM IV, da Associação Norte-Americana
de Psiquiatria. Todas essas classificações de Transtornos Mentais classificam síndromes, doenças e
condições, mas não classificam pessoas, as quais podem sofrer um ou mais desarranjos emocionais
durante um ou mais períodos da vida, independentemente das etiquetas diagnósticas estabelecidas pelo
sistema.
Os Transtornos Mentais e Comportamentais são identificados e diagnosticados através dos métodos
clínicos semelhantes aos utilizados para os transtornos físicos. Esses métodos incluem uma cuidadosa
entrevista (anamnese) colhida com o paciente e com outras pessoas, incluindo sua família, um exame
clínico sistemático para verificar o estado mental e suas condições orgânicas, testes e exames
especializados que forem necessários.
Junto com o tratamento de emergência que segue as normas de preservação das funções vitais do
homem, é útil realizar uma avaliação padronizada e inicial do estado psíquico de cada cliente. A
enfermagem deve estar preparada para dar início a esta avaliação, já que é responsável, em casos de
agitação psicomotora, por técnicas de contenção, sejam medicamentosas ou físicas, nas quais o contato
físico é inevitável. Além disso, é este grupo que circula com o paciente nas dependências da unidade
hospitalar, quando este se submete a exames complementares. Geralmente os pacientes agitados
portadores de transtornos mentais são excessivamente sedados, e podem necessitar emergencialmente de
proteção de vias aéreas por conta dos riscos de depressão respiratória. Por outro lado, quando recebem
medicações psicoativas, a despeito de terem se alimentado, correm o risco de bronco aspirar, se não
forem colocados em decúbito dorsal ou com a cabeceira elevada e a cabeça lateralizada. Outra
preocupação é com os sinais vitais, pois alguns psicofármacos podem ocasionar diminuição da pressão
arterial.
Essas precauções de segurança, fruto da avaliação primária, evitam agravos e complicações
administrativas. A avaliação primária realizada pela equipe de enfermagem nas emergências
psiquiátricas deve ter como base questionamentos e observações que sirvam como instrumentos do
cuidar, considerando os seguintes aspectos:
Aparência: o paciente está extremamente limpo, sujo, agitado, calado? Olha nos olhos das pessoas que
conversam com ele? A atividade psicomotora está aumentada, diminuída ou assume posturas bizarras.
Está cheirando a álcool ou tem as pupilas dilatadas (midríase) por uso de cocaína ou anfetaminas?
Interage com aqueles que lhe trouxeram à emergência ou recusa a presença destas pessoas?
Consciência: está confuso e/ou sonolento? Compreende o que está se passando ao redor? Apresenta
distúrbios neuropsicológicos como linguagem, memória e atenção prejudicadas? Conhece as pessoas
que lhe trouxeram?
Pensamento: pensa e fala muito rápido, como em quadros de mania, ansiedade, intoxicações? Está com
pensamento lento, como em depressão? É estranho e incompreensível, como em psicoses? Vê vultos,
insetos nas paredes, como no caso de Delirium tremens? Escuta vozes, como na esquizofrenia? Pensa
que alguém quer lhe tirar a vida ou quer lhe prejudicar, como nas paranóias?
Humor e afetividade: está profundamente triste, eufórico ou normal? De repente se irrita com qualquer
coisa? Apresenta idéias suicidas ou homicidas? Mostra-se indiferente afetivamente?
Julgamento e crítica: demonstra bom senso em suas ideais? Entende os procedimentos que estão sendo
realizados pela equipe de saúde? Admite ter um problema psiquiátrico ou culpa outra pessoa por suas
dificuldades? Percebe que está doente?
Depois desta avaliação, a equipe de enfermagem estará mais segura para administrar os medicamentos
orais/parenterais e monitorar as reações adversas. Além disso, o diálogo com o paciente é sempre o
melhor meio para estabelecer uma relação de confiança, mesmo quando este necessitar de contenção e
restrição no leito.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Em caso de impulsos destrutivos ou auto-destrutivos chamar o maior número possível de pessoas
para ajudar a conter o paciente;
Ouvir o cliente atentamente e deixá-lo falar, chorar e contar suas angústias;
Tranquilizar o cliente;
Na presença de uma possível tentativa de suicídio perguntar para o indivíduo o porquê de sua
vontade de morres (eles se sentem mais aliviados quando são questionados neste sentido). Com a
abertura das portas dos “manicômios”, a tendência é que a emergência psiquiátrica faça parte da rotina
de atendimento em hospital geral. Isto impõe aos profissionais que aí atuam maior sensibilidade em
relação à ocorrência de situações que em uma primeira avaliação parecem de origem orgânica, mas que
na maioria das vezes são desencadeadas a partir de problemas sociais e mentais. A discussão sobre como
são feitos os atendimentos dos clientes com transtornos mentais nas emergências gerais leva-nos à
seguinte reflexão: serão eles resistentes aos transtornos clínicos, como trauma, infarto agudo do
miocárdio, certo acidose diabética e outras disfunções orgânicas que colocam a vida em risco?
Certamente que, estes usuários quando acometidos por problemas de origem mental, social e/ou clínica,
procuram os serviços de emergência específicos ou gerais. A recuperação, conforme a gravidade do caso
depende de três fatores básicos: equipe capacitada, intervenção imediata e acesso a
equipamentos/medicamentos que auxiliam na reversão do quadro.
Assistência de Enfermagem
Observar e anotar rigorosamente o comportamento do cliente, que pode ser bastante diferenciado pelo
dia;
Dar apoio ao cliente quando estiver ansioso e assustado, entendo que, devido a sua patologia, nem
sempre ele vai conseguir transmitir o que está sentindo;
Fazer um levantamento das necessidades básicas, afetadas, principalmente da hidratação, alimentação,
sono, eliminações e higienização. Deve ser motivado a desenvolver o auto-cuidado (particularmente a
higiene e a boa aparência);
Atentar para o risco de suicídio, pois há uma maior incidência em esquizofrênicos.
Não criticar ou menosprezar suas idéias (na presença de delírios e alucinações). Lembrar que, para os
clientes elas são reais e que a melhor percepção da realidade se dará quando o quadro do cliente
melhorar.
Capacitar a família no sentindo de identificar os sinais de alerta e de tomar providências tão logo esses
sinais sejam percebidos.
Tratamento
Transtornos depressivos do humor:
Antidepressivos;
Psicoterapia;
ECT (eletro-convulsoterapia) em caso de depressão maior.
Transtornos do humor em episódios maníacos:
Neurolépticos e antipsicóticos;
Estabilizantes de humor.
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
Tipos de Ansiedade
Normal
A ansiedade é uma reação normal, dita bio-adaptativa, ou seja, é uma resposta do corpo a algum tipo de
estressor externo; por exemplo, diante de uma ameaça (um predador), o organismo deve reagir
aumentando seu ritmo para que este possa se preparar para a fuga. O ritmo cardíaco aumenta, há
contração de vasos periféricos para que se concentre sangue em áreas vitais, a respiração aumenta sua
freqüência. Portanto, todas estas reações são normais e preparam o indivíduo para enfrentar o estressor
externo. É uma sensação difusa, desagradável e de apreensão, acompanhadas por várias sensações
físicas.
Patológica
A ansiedade patológica caracteriza-se pela intensidade prolongada à situação precipitante, tornando
difícil o controle dos sintomas físicos causando prejuízo na atividade social, dificultando e
impossibilitando a adaptação. Ao contrário da ansiedade normal, a patológica paralisa o indivíduo,
trazendo prejuízos ao seu bem estar. A ansiedade pode-se tornar patológica em dois momentos:
Quando o corpo reage excessivamente a um estímulo, ou seja, quando a ansiedade é desproporcional ao
estímulo e transforma uma reação adaptativa em reação desadaptativa, ou mesmo quando ela aparece
relacionada a estímulos que normalmente não gerariam ansiedade;
Quando ocorre ansiedade na ausência de estímulo deflagrador.
Sinais e Sintomas
Taquicardia/Taquipnéia;
Alterações da Pressão Arterial e na Temperatura;
Relaxamento dos Músculos Lisos da Bexiga e Intestino;
Inquietação Motora;
Diminuição da Auto-Estima;
Pele Úmida e Calafrios;
Pupilas Dilatadas;
Cefaléia;
Queixas Físicas.
Tratamento
Há muitos tratamentos, alguns apresentam comprovação científica e outros não. Para a ansiedade normal
usam-se métodos tais como técnicas de relaxamento, yoga, acupuntura, caminhadas, etc. Já para a
ansiedade patológica pode ser necessário o uso de medicação. No geral, o tratamento pode dividir-se em
três partes:
Medicação: geralmente antidepressivos e benzodiazepínicos (calmantes) são as medicações mais
comumente empregadas, quando o psiquiatra ou o clínico julga necessário usá-las;
Psicoterapia: fundamental para saber a origem da ansiedade e como lidar com ela; a associação
medicação + psicoterapia tem ótimos resultados;
Mudança de hábitos de vida: exercícios físicos, acupuntura, yoga, otimização dos horários de trabalho,
higiene do sono, criação de "áreas de lazer" na grade horária semanal. Tais mudanças também são
fundamentais para auxiliar o indivíduo a ficar menos ansioso.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
TRANSTORNO DO PÂNICO
Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas,
sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de ter uma crise de
pânico (enquanto dirige, dentro de uma loja lotada ou dentro de um elevador) a pessoa pode desenvolver
medos irracionais (chamados fobias) destas situações e começar a evitá-las. Gradativamente o nível de
ansiedade e o medo de uma nova crise podem atingir proporções tais, que a pessoa com o transtorno do
pânico pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo pôr o pé fora de casa. Neste estágio, diz-se que a
pessoa tem transtorno do pânico como a agorafobia. Desta forma, o distúrbio do pânico pode ter um
impacto tão grande na vida cotidiana de uma pessoa como outras doenças mais graves (a menos que ela
receba tratamento eficaz e seja compreendida pelos demais).
De acordo com uma das teorias, o sistema de "alerta" normal do organismo (conjunto de mecanismos
físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja a uma ameaça) tende a ser desencadeado
desnecessariamente na crise de pânico, sem haver perigo iminente. Algumas pessoas são mais
suscetíveis ao problema do que outras. Constatou-se que o T.P. ocorre com maior frequência em
algumas famílias, e isto pode significar que há uma participação importante de um fator hereditário na
determinação de quem desenvolverá o transtorno. Entretanto, muitas pessoas que desenvolvem este
transtorno não tem nenhum antecedente familiar.
O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que
ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão
determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (andar, pensar,
memorizar, etc.). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do
cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é exatamente o que ocorre em uma crise de
pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou
perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em
horas totalmente inapropriadas. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que encontram-
se em desequilíbrio são: a serotonina e a noradrenalina.
Sinais e Sintomas
Palpitações e Taquicardia;
Sudoreses;
Tremores Frios e/ou Grosseiros;
Sensações de Perda do Fôlego/Sufocação;
Sensação de aperto na Garganta;
Dor ou desconforto no peito;
Náuseas ou Mal-Estar abdominal;
Sensação de Tontura;
Despersonalização (sentir-se distante de si mesmo);
Desrealização (sentimento de irrealidade);
Medo de perda de controle ou enlouquecer-se;
Medo de morrer;
Parestesias (sensação de formigamento/dormência);
Calafrios.
Complicações
Agorafobia;
Crises conjugais;
Hipocondria;
Dificuldades financeiras;
Abuso de drogas lícitas e ilícitas;
Suicídios.
Tratamento
O mais importante neste aspecto é que se introduza um tratamento que vise restabelecer o equilíbrio
bioquímico cerebral numa primeira etapa. Isto pode ser feito através de medicamentos seguros e que não
produzam risco de dependência física dos pacientes. Numa segunda etapa prepara-se o paciente para que
ele possa enfrentar seus limites e as adversidades vitais de uma maneira menos estressante. Em última
análise, trata-se de estabelecer junto com o paciente uma nova forma de viver onde se priorize a busca
de uma harmonia e equilíbrio pessoal. Uma abordagem psicoterápica específica deverá ser realizada
com o objetivo de controlar os ataques como:
Antidepressivos (Imipramina, Fluoxetina e tranilcipropina);
Benzodiazepínicos.
É uma doença em que o indivíduo apresenta obsessões e compulsões, ou seja, sofre de idéias e/ou
comportamentos que podem parecer absurdos ou ridículos para a própria pessoa e para os outros e
mesmo assim são incontroláveis, repetitivas e persistentes. A pessoa é dominada por pensamentos
desagradáveis de natureza sexual, religiosa, agressiva entre outros, que são difíceis de afastar de sua
mente, parecem sem sentido e são aliviados temporariamente por determinados comportamentos. As
obsessões são pensamentos recorrentes caracterizados por serem desagradáveis, repulsivos e contrários à
índole do paciente. Tais pensamentos não são controláveis pelos próprios pacientes e causam
significativa perda de tempo, sofrimento pessoal e queda no rendimento em atividades. Há perda do
controle sobre os pensamentos, e às vezes ocorrem atitudes ou comportamentos que visam neutralizar a
ansiedade causada por tais pensamentos. Assim, compulsões podem ocorrer secundariamente às
obsessões. As compulsões são comportamentos, gestos, rituais ou atitudes muitas vezes iguais e
repetitivas, conscientes e quase sempre incontroláveis. Os pacientes mantêm a crítica sobre suas
atitudes, percebem o fato como absurdo e não sabem ou não entendem o que está acontecendo. Têm
medo de ficar loucos e sentem vergonha de contar a outras pessoas, ou até mesmo a um médico o que
está acontecendo. Acomete 2 a 3% da população geral. A idade média de início costuma ser por volta
dos 20 anos, porém pode ter início ainda na infância, e acomete tanto homens como mulheres.
Depressão Maior e Fobia Social são doenças que podem acometer os pacientes com Transtorno
Obsessivo-Compulsivo ao longo da vida.
Freqüentemente as pessoas acometidas por este transtorno escondem de amigos e familiares essas idéias
e comportamentos, tanto por vergonha quanto por terem
noção do absurdo das exigências auto-impostas. Muitas vezes desconhecem que esses problemas fazem
parte de um quadro psiquiátrico tratável e cada vez mais responsivo à medicamentos específicos e à
psicoterapia. As obsessões tendem a aumentar a ansiedade da pessoa ao passo que a execução de
compulsões a reduz. Porém, se uma pessoa resiste a realizacão de uma compulsão ou é impedida de
fazê-la surge intensa ansiedade. A pessoa percebe que a obsessão é irracional e a reconhece como um
produto de sua mente, experimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora de seu
controle e desejo, o que causa muito sofrimento. Pode ser um problema incapacitante porque as
obsessões podem consumir tempo (muitas horas do dia) e interferirem significativamente na rotina
normal do indivíduo, no seu trabalho, em atividades sociais ou relacionamentos com amigos e
familiares. Algumas vezes os sintomas obsessivos, dependendo da severidade, podem se confundir com
sintomas psicóticos e delirantes, ou estarem associados a eles, o que torna o tratamento ainda mais
difícil.
O diagnóstico é clínico, ou seja, baseado nos sintomas do paciente. Nenhum exame laboratorial ou de
imagem é utilizado para o diagnóstico.
Sinais e Sintomas
Pensamentos obsessivos (idéias, sentimentos ou imagens que entram na mente do indivíduo e que são
sempre angustiantes, onde quase sempre o paciente tenta resistir a elas);
Atos e rituais compulsivos (contar ou verificação excessiva);
Preocupações com limpeza;
Medo de que algo terrível aconteça (incêndio, morte);
Idéias de pecado;
Lavar as mãos excessivamente;
Verificação excessiva de portas e fechaduras;
Tocar em objetos;
Pisar apenas em pedras brancas ou nunca pisar em linhas.
Tratamento
Deve ser individualizado, dependendo das características e da gravidade dos sintomas que o paciente
apresenta. Em linhas gerais, contudo, utiliza-se a psicoterapia de orientação dinâmica ou cognitivo-
comportamental associada com tratamento farmacológico (antidepressivos) em doses bem elevadas. Em
casos resistentes às terapias convencionais e naqueles em que há a concomitância com sintomas
delirantes, a associação com medicações antipsicóticas pode ser feita com melhor resposta
Assistência de Enfermagem
Evitar que impeçam o cliente de realizar o ritual (aumento da ansiedade);
Permanecer ao seu lado até que termine o ritual (S/N), principalmente na presença de riscos;
Evitar a crítica e a ridicularização;
Dar apoio e mostrar aceitação;
Manter o cliente ocupado com atividades que lhe tragam prazer;
Fazer juntamente com o cliente um planejamento de horário (avisá-lo com 15 minutos de antecedência
em cada refeição).
É conhecida por problemas com origem no cérebro e que causam baixa produção de conhecimento,
dificuldade de aprendizagem e um baixo nível intelectual. Entre as causas mais comuns deste transtorno
estão os fatores de ordem genética, as complicações ocorridas ao longo da gestação ou durante o parto e
as pós-natais. O grande enigma que se coloca diante dos pesquisadores é como detectar ainda na vida
dentro do útero estas características.
Um mito em torno da Deficiência Mental (o que influência no diagnóstico) é acreditar que a criança com
este problema tem a aparência física diferente das outras. Como foi dito acima, as de grau mais leve não
aparentam ser deficientes, assim não se deve esperar encontrar este sinal clínico para caracterizar a
pessoa com necessidades especiais. Pode-se encontrar uma exceção nos que acusam um distúrbio mais
grave e severo, assim como na Síndrome de Down, que apresentam em comum fisionomias semelhantes
Embora seja possível identificar a maior parte dos casos de deficiência mental na infância, infelizmente
este distúrbio só é percebido em muitas crianças quando elas começam a freqüentar a escola. Isso
acontece porque esta patologia é encontrada em vários graus, desde os mais leves, passando pelos
moderados, até os mais graves. Nos casos mais sutis, os testes de inteligência direcionados para os
pequenos não são nada confiáveis, torna-se então difícil detectar esse problema. Nos centros
educacionais as exigências intelectuais aumentam e aí a deficiência mental torna-se mais explícita.
É importante não confundir Deficiência Mental ou Intelectual com Doença Mental. A pessoa com
necessidades especiais mantém a percepção de si mesmo e da realidade que a cerca, sendo capaz de
tomar decisões importantes sobre sua vida. Já o doente mental tem seu discernimento comprometido,
caracterizando um estado da mente completamente diferente da deficiência mental, embora 20 a 30%
dos deficientes manifestem algum tipo de ligação com qualquer espécie de doença mental, tais como a
síndrome do pânico, depressão, esquizofrenia, entre outras. As doenças mentais atingem o
comportamento das pessoas, pois lesam outras áreas cerebrais, não a inteligência, mas o poder de
concentração e o humor.
ÁLCOOL
Causadora de efeitos prazerosos, mudanças de comportamento, podendo causar repercussões físicas,
psíquicas e sociais.
Principais características
Hálito alcoólico;
Olhos e faces avermelhados (ruborizados);
Náusea e vômitos, diarréia;
Nervosismo;
Insônia
Fraqueza muscular;
HAS
Agressividade
Tratamento
Internação (visando a desintoxicação e a reeducação);
Psicotrópicos (antipsicóticos, antidepressivos ou anticonvulsivante) usados na presença de distúrbios
psiquiátricos;
Vitaminas (repondo as perdas provocadas pelo álcool).
Assistência de Enfermagem
Fazer um levantamento das necessidades básicas afetadas: nutrição, hidratação, condições de
higiene e integridade física;
Aferir SSVV;
Colocar o cliente em um lugar tranqüilo e bem iluminado (na presença de alucinações e delírios);
Realizar contenção física (quando agitado);
Estabelecer um relacionamento de confiança (cliente/paciente);
Não criticar ou menosprezar o comportamento do dependente de álcool;
Realizar a orientação familiar.
BARBITÚRICOS
São substâncias depressoras do SNC que geralmente são prescritas no tratamento da epilepsia e
insônia, são exemplos de barbitúricos: fenobarbital, pentobarbital).
Sinais de Intoxicação
Falta de coordenação muscular;
Tontura;
Nistagmo (oscilações repetidas e involuntárias rítmicas de um ou ambos os olhos);
Fala arrastada;
Lentidão de pensamento;
Fala incoerente;
Alucinações;
Irritação.
Tratamento
Retirada gradual da droga;
Dieta hipercalórica e rica em vitaminas;
Diálise (para baixar o nível da droga na circulação sanguínea).
COCAÍNA E CRACK
São estimuladores do SNC, aumentando a sensação de bem-estar mental e físico. Trata-se de substâncias
que provocam o comprometimento cardíaco, convulsões e problemas respiratórios. Possui uma intensa
sensação de euforia só que apresenta uma curta duração, fazendo com que o usuário utilize outras doses
(de 30 em 30 minutos). Seu tratamento é em longo prazo.
ANFETAMINAS
Estimulantes do SNC são prescritas para a diminuição do apetite e depressão. Seu uso abusivo provoca
aumento da energia, da confiança e da PA (às vezes em níveis perigosos). Seus uso crônico pode
produzir psicoses do tipo esquizofrenia com aspectos paranóicos.
ÁCIDO LISÉRGICO-LCD
Estimulante do SNC trata-se de um alucinógeno que produz alucinações temporárias e outros sintomas
(os usuários vêem onda de cores e vibrações que parecem atravessar suas cabeças, sensação de que
passaram por uma experi6encia mística.
MACONHA
Estimulante do SNC trata-se de uma substância que têm baixo custo e de preparo rudimentar. Ela causa
a sensação de corpo leve, excitação, euforia, intensificação do prazer sexual, tornando o usuário um
dependente psicológico, devido á falsa sensação de que “tudo lindo”.
Esses comportamentos, porém, podem ser um sinal de alerta para um problema mundial que atinge 1%
da população feminina entre 18 e 40 anos e pode levar à morte. Mas que só agora começa a receber a
atenção devida no Brasil. Os Transtornos Alimentares constituem uma verdadeira "epidemia" que assola
sociedades industrializadas e desenvolvidas acometendo, sobretudo, adolescentes e adultos jovens.
De um modo geral, o pensamento falho e doentio das pessoas portadoras dessas patologias se caracteriza
por uma obsessão pela perfeição do corpo. Todos os Transtornos Alimentares compartilham alguns
sintomas em comum, tais como, desejar uma imagem corporal perfeita e favorecer uma distorção da
realidade diante do espelho. Os Transtornos Alimentares são definidos como desvios do comportamento
alimentar que podem levar ao emagrecimento extremo (caquexia) ou à obesidade, entre outros
problemas físicos e incapacidades. Os principais tipos de Transtornos Alimentares são a Anorexia
Nervosa e a Bulimia Nervosa. Essas duas patologias são intimamente relacionadas por apresentarem
alguns sintomas em comum: uma idéia prevalente envolvendo a preocupação excessiva com o peso,
uma representação alterada da forma corporal e um medo patológico de engordar. Em ambos os quadros
os pacientes estabelecem um julgamento de si mesmos indevidamente baseado na forma física, a qual
freqüentemente percebem de forma distorcida.
O impacto que os Transtornos Alimentares exercem sobre as mulheres é mais prevalente, ainda que a
incidência masculina esteja aumentando assustadoramente. A Vigorexia, por exemplo, tem sido
predominante nos homens, mas já se estão detectando casos de mulheres obcecadas pelo músculo.
Fatores de risco da Anorexia Nervosa e da Bulimia:
Meninas adolescentes e adultas jovens de classe média e média-alta;
Meninas que aspiraram trabalhar em atividades que privilegiam e enfatizam o estado de magreza do
corpo (atores, modelos, bailarinas e desportistas);
Ex- gordas ou com excesso de peso que se tornam obsessivas por práticas freqüente de dietas;
História familiar de transtorno obsessivo-compulsivo;
Baixa auto-estima, expectativa de grandes desempenhos (feitos), perfeccionismo, insegurança no
relacionamento social, dificuldade em identificar e expressar sentimentos.
ANOREXIA NERVOSA
É um transtorno emocional que consiste numa perda de peso derivada de um intenso temor da
obesidade. Acomete preferentemente a mulheres jovens entre 14 e 18 anos. Os sintomas mais freqüentes
são:
Medo intenso a ganhar peso, mantendo-o abaixo do valor mínimo normal;
Pouca ingestão de alimentos ou dietas severas imagem corporal distorcida;
Sensação de estar gorda quando se está magra;
Grande perda de peso (freqüentemente em um período breve de tempo);
Sentimento de culpa ou depreciação por ter comido;
Hiperatividade e exercício físico excessivo;
Perda da menstruação;
Excessiva sensibilidade ao frio;
Mudanças no caráter (irritabilidade, tristeza, insônia, etc.).
BULIMIA NERVOSA
É um transtorno mental que se caracteriza por episódios repetidos de ingestão excessiva de alimentos
num curto espaço de tempo (as crises bulímicas), seguido por uma preocupação exagerada sobre o
controle do peso corporal, preocupação esta que leva a pessoa a adotar condutas inadequadas e perigosas
para sua saúde. A Bulimia Nervosa também acomete preferentemente a mulheres jovens ainda que algo
maiores que em Anorexia. Os sintomas mais freqüentes são:
Comer compulsivamente em forma ataques de fome e a escondidas;
Preocupação constante em torno da comida e do peso;
Condutas inapropriadas para compensar a ingestão excessiva com o fim de não ganhar peso (uso
excessivo de fármacos, laxantes, diuréticos e vômitos auto-provocados);
Erosão do esmalte dentário, podendo levar à perda dos dentes;
Mudanças no estado emocional (depressão, tristeza, sentimentos de culpa/ódio para si mesma).
TÉCNICA DE CONTENÇÃO
A contenção mecânica do paciente agitado é realizada idealmente com no mínimo 5 profissionais, onde
serão necessários um quarto individual com uma cama baixa (arrumada com lençol e cobertor).
Lembre-se: A contenção física deve ser sempre o último procedimento a ser realizado com o
cliente. Trata-se de uma medida que visa proteger a integridade física não só do cliente mas
também dos profissionais e familiares:
Os 5 integrantes da equipe devem colocar-se em posição estratégica (rodeando o paciente);
Um dos integrantes de frente ao cliente deve estar sempre tentando acalmá-lo, e no momento oportuno
este mesmo dará o sinal aos demais para segurar o paciente;
Recebendo o sinal, os 4 integrantes restantes se encarregaram de segurar as coxas e os braços do
paciente;
O quinto integrante da equipe, que não participa diretamente da contenção, arruma a cama onde ficará o
cliente, pegando as faixas e arrumando-as conforme a técnica;
Imobilizar pulsos e tornozelos (prendendo-os na cama);
Certificar do não garroteamento dos membros;
Explicar o motivo da contenção ao cliente;
Observações: a porta sempre deverá ficar aberta e um profissional ou familiar deverá estar sempre em
companhia do mesmo.
NOÇÕES DE PSICOFARMACOLOGIA
Terapia Medicamentosa
A prescrição de medicamentos para pacientes portadores de transtorno mental é a forma de tratamento
mais conhecida, porém uma das mais criticadas. É comum ouvir-se dizer: “Eu não vou a médico coisa
nenhuma. Para ele me mandar tomar remédio de maluco?”.
Os psicofármacos são drogas cujo o principal uso é modificar as funções psíquicas, normais ou
alteradas. Portanto, não curam o doente mental, apenas diminuem seu sofrimento. O tipo de
psicofármaco, assim como o tempo de utilização e as dosagens, vai depender do tipo de sintoma que se
deseja combater e da maneira como reage o organismo do usuário. Algumas pessoas necessitam de
doses mais altas ou de utilizá-los por um tempo mais longo. Em outras, se consegue o mesmo efeito com
doses menores e em prazos menores. Os efeitos colaterais também são variáveis de pessoa para pessoa.
NEUROLÉPTICOS
O grupo dos neurolépticos, também considerados antipsicóticos, são largamente utilizados para o
tratamento da esquizofrenia. Conceito de Neurolépticos: são agentes que suprimem movimentos
espontâneos e comportamento complexo sem provocar perda da consciência, perda dos reflexos
medulares e comportamento de esquiva. São ditos “tranqüilizantes maiores”, antiesquizofrênicos.
Possuem efeito sedativo e psicomotores, diminuem a agitação, as alucinações e os delírios.
BENZODIAZEPINAS
São um grupo de fármacos ansiolíticos utilizados como sedativos, hipnóticos, relaxantes musculares e
atividades anticonvulsivante. Sendo os mais utilizados: Diazepam e o Lorazepam. Dentre seus efeitos
secundários mais comuns são: sedação (se usado como ansiolíticos), euforia, amnésia, má avaliação do
perigo. Pode exacerbar muito os efeitos do álcool, podendo ser muito perigoso o seu consumo paralelo.
Pode ainda apresentar: confusão, hipotermia, dependência, ataxia, alucinações, etc. Por possui uma
absorção irregular por via intramuscular, são habitualmente administrada via oral. Em situações de
emergência são administradas via endovenosa (administração lenta).
ANTIDEPRESSIVOS
Servem para aliviar as manifestações de depressão e melancolia, tem a capacidade de elevar o humor do
cliente, além de terem efeitos benéficos sobre o sono. Os mais utilizados no tratamento da depressão
são: Imipramina e a Amitriptilina. Não são usados em emergências pois sua ação não são imediatas
(leva no mínimo 10 dias). Efeitos secundários mais comuns: boca seca, inquietude, tremor das mãos,
taquicardia, hipotensão ortostática e retenção urinária.
LÍTIO
O carbonato de lítio é um sal eficaz no tratamento de transtornos afetivo, utilizado como um
estabilizador do humor no tratamento psiquiátrico de estados de mania e distúrbio bipolar
O lítio no sangue deve ser frequentemente controlado através de dosagens de laboratório, afim de,
evitar efeitos tóxicos: poliúria e polidipsia, hipotiroidismo, tremores na mãos, arritmias, aumento de
peso, diarréia e náuseas.
Alimentação;
Hidratação;
Excreta: observar se está defecando e se há algum sinal de alteração. Como muitas vezes fica
acamado, pode apresentar Constipação;
Perda ponderal: o paciente com depressão grave deve ser pesado diariamente;
Sinais de infecções ou lesões;
Vestuário;
Medidas posturais de conforto; consiste em evitar transtornos musculares por posições
inadequadas;
Padrões de sono e repouso: observar o tempo que o paciente dorme e se pela manhã se sente pior;
Atividade física.
Diante de um paciente agitado:
A equipe muitas vezes descreve esse paciente como “irritante”, e numa equipe despreparada pode
muitas vezes ser alvo de zombarias e deboches. É extremamente ativo, pode falar, gritar, cantar, dançar
etc. A melhor forma de interagir com ele é chamá-lo para as atividades e conversar sobre assuntos
gerais. Você deve estabelecer limites para ele, porém somente após ter criado com ele uma relação de
confiança e, mesmo assim, com o cuidado de não fazê-lo de forma autoritária para não provocar reações
desagradáveis que possam gerar a necessidade de contê-lo. Este é um paciente que dorme pouco e em
geral acorda cedo. Pode vestir-se de maneira extravagante, com cores berrantes e vários enfeites,
utilizando-os de forma desarmônica. Também se alimenta mal, pois sua hiperatividade não lhe permite
sentar para alimentar-se. É muito importante que lhe sejam oferecidos líquidos e alimentos que possa
ingerir enquanto mantém a atividade. A aferição de seus sinais vitais, perda ponderal e grau de
hidratação são imprescindíveis.
Diante do paciente que se acha perseguido:
Este é o paciente descrito pela equipe como “difícil”. É claro que sua desconfiança pode apresentar um
grau variado, desde a dúvida até delírios paranóicos, porém é importante estar ciente que este paciente
pode estar pronto a responder de maneira ameaçadora, agitando-se e tornando-se agressivo. Com
freqüência, interpreta mal qualquer comentário.
É como se estivesse se defendendo todo o tempo. Por estas razões tende a provocar o medo das outras
pessoas, causando o seu afastamento.
Ganhar a confiança deste paciente não é fácil. No entanto, mantê-la é quase impossível. Qualquer
atitude não planejada pode gerar desconfiança. É preciso ter cuidado com mensagens verbais e não-
verbais para evitar que “confirmem suas suspeitas”. Devem-se evitar situações que lhe provoquem
ansiedade.
A alimentação e hidratação desse paciente podem estar prejudicadas, pois ele pode achar que estão
tentando envenená-lo. Por isso deve se permitir que escolha o que deseja comer e, se possível, que ele
mesmo prepare seus alimentos. Pelo mesmo motivo, deve-se verificar sua boca após a administração de
medicamentos, ou administrá-los na forma líquida. Manter uma conduta firme e franca com o paciente,
ouvindo seus receios, pode ser uma boa maneira de ganhar sua confiança.
Psicoterapia
É a forma de tratamento que é feita através de entrevistas que fazem o uso de uma abordagem
psicológica, partindo do princípio de que os problemas e conflitos provem de causas psíquicas e
internas.
É realizada por um psicoterapeuta responsável pela ajuda do paciente internado ou não, no sentindo de
compreender os conflitos que afligem o cliente.
Terapia de família
Inclui nessa modalidade a integração do cliente e sua família, já que muitas vezes a doença pode estar
relacionada com as relações familiares. Isso contribui com a recepção do indíduo na instituição familiar.
Terapia de Atividade
Um dos pontos mais importantes do tratamento em saúde mental. Nesta modalidade além do cliente
manter-se ocupado o mesmo passa a ocupar outros papéis, além do de “doente”. Esse tipo de atividade
pode se dividir em: Terapia Ocupacional (TO) e a Terapia Recreativa (TR).
Terapia Ocupacional: é uma profissão da aréa de saúde, regulamentada em nível superior, trabalha
com atividades humanas, planeja e organiza o cotidiano (dia-a-dia), possibilitando melhor qualidade de
vida. Seu interesse está relacionado ao desenvolvimento, educação, emoções, desejos, habilidades,
organização de tempo, conhecimento do corpo em atividade, utilização de recursos tecnológicos e
equipamentos urbanos, ambiência, facilitação e economia de energia nas atividades cotidianas e laborais
(trabalho), objetivando o maior grau de autonomia e independência possível. O terapeuta se ocupa da
realização de atividades, desde as mais simples, como escovar os dentes ou levar alimentos à boca, às
mais complexas, como dirigir um automóvel ou dirigir uma empresa, promovendo, prevenindo,
desenvolvendo, tratando, recuperando pessoas ou grupos de pessoas que apresentam qualquer alteração
na realização de atividades de autocuidado ou interação social, melhorando o desempenho funcional e
reduzindo desvantagens.
Terapia Recreativa: é uma profissão da saúde que ajuda as pessoas de todas as faixas etárias com
recreação para melhorar e manter o funcionamento mental, físico ou social para ajudar as pessoas a levar
uma vida significativa e satisfatória. Serviços de tratamento utilizam atividades de lazer para eliminar as
condições incapacitantes. Estas condições podem incluir cognitivo, físico, social, emocional, espiritual
ou em outras áreas que limitam o indivíduo. O terapeuta na terapia de recreio pode usar várias técnicas,
tais como artesanato, esportes, dança e movimento, animais, jogos, música, teatro e passeios
reintegração comunitária.