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FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

CURSO DE BACHAREL EM ENFERMAGEM

BRYAN DIEGO LIMA DE MEDEIROS


JACKELINE DA SILVA MENDONÇA
LAUANE PRAIA RIBEIRO
MARIANE TIBÚRCIO DÁCIO
SOFIA ARAÚJO VASQUE
YNGRIA CRISTINA NAZARÉ ARAÚJO PINHEIRO

CLASSES DE MEDICAMENTOS

MANAUS
2023
BRYAN DIEGO LIMA DE MEDEIROS
JACKELINE DA SILVA MENDONÇA
LAUANE PRAIA RIBEIRO
MARIANE TIBÚRCIO DÁCIO
SOFIA ARAÚJO VASQUE
YNGRIA CRISTINA NAZARÉ ARAÚJO PINHEIRO

CLASSES DE MEDICAMENTOS
Trabalho apresentado como requisito para obtenção de
nota parcial na disciplina de farmacologia do curso de
enfermagem no Centro Universitário Fametro.
Prof.ª Marcia Costa Rebelo

MANAUS
2023
SUMÁRIO
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1- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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2. CLASSES DE MEDICAMENTOS
As classes de medicamentos referem-se a categorias ou grupos de medicamentos que
reúnem características semelhantes em termos de mecanismo de ação, uso terapêutico ou
estrutura química. Essas categorias ajudam na organização e compreensão da vasta gama
de medicamentos disponíveis.

3. MEDICAMENTOS ANTIEMÉTICOS
Antiemético é o nome ofertado à classe de medicamentos que tem como foco o tratamento
de náuseas e vômitos. Esses sintomas são relativamente frequentes na vida cotidiana.
Ocorrem no início da gestação, está presente em diversas doenças e infecções, além de
serem efeitos colaterais indesejáveis de diversos fármacos, como os utilizados em
quimioterapia, opióides, anestésicos gerais e digoxina.
Os objetivos da terapia antiemética consistem no alívio de sintomas agudos e tardios, além
de redução do risco de complicações, como a desidratação.

3.1 Exemplo 1: VONAU FLASH


Remédio eficaz no tratamento de náuseas e vômitos de origem orgânica ou
externa. Sua fórmula atua no organismo de modo a evitar o mal-estar causado pela
sensação de enjoo, fazendo com que o paciente recupere seu estado de saúde
original. Pacientes em processo de quimioterapia são alguns dos indivíduos mais
beneficiados por este remédio para enjoo que não dá sono
 POSOLOGIA
Adultos Náuseas e vômitos pós-operatórios dose única: 16mg, VO, 1 hora
antes da indução anestésica. Quimioterapia altamente emetogênica dose única: de
24mg, VO, 30 minutos antes do início da quimioterapia. Quimioterapia
moderadamente emetogênica dose única: 8mg, VO, 2 vezes ao dia. A primeira
dose deve ser administrada 30 minutos antes do início da quimioterapia
emetogênica, com dose subsequente 8 horas após a primeira dose, durante 1 a 2
dias após término da quimioterapia. prevenção de náusea e vômito associado a
radioterapia dose usual: 8mg, VO, 3 vezes ao dia. Crianças e adolescentes
prevenção de náusea e vômitos no pós-operatório ≥11 anos dose única: 4 a 8mg,
VO, 1 hora antes da indução anestésica 2 a 11 anos: dose única: 4mg, VO, 1 hora
antes da indução anestésica
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Quimioterapia emetogênica ≥11 anos dose única: 8mg, VO, 2 vezes ao dia.
A primeira dose deve ser administrada 30 minutos antes do inicio da quimioterapia
emetogênica, com dose subsequente 8 horas após a primeira dose, durante 1 a 2
dias após término da quimioterapia.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Em pacientes tratados com indutores potentes da CYP3A4, como fenitoína,
carbamazepina e rifampicina, o clearance oral da ondansetrona foi aumentado e as
concentrações plasmáticas reduzidas;
Síndrome serotoninérgica (incluindo estado mental alterado, instabilidade
autonômica e anormalidades neuromusculares) tem sido descrita após o uso
concomitante de ondansetrona e outros fármacos serotoninérgicos, incluindo
inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) e inibidores da recaptação
de serotonina e noradrenalina (IRSN).
 EFEITO TERAPEUTICO
O Vonau flash é um antiemético, composto por ondansetrona, cuja ação é
bloquear o efeito da serotonina, neurotransmissor que age no sistema
gastrointestinal e no cérebro, podendo causar náuseas e vômitos.
Na prática, ele tem como objetivo bloquear a ação dessa substância, a fim de evitar
que o paciente sinta náuseas e vômitos por conta de tratamentos de quimioterapia,
radioterapia e cirurgia.
 EFEITOS COLATERAIS
Reação muito comum: diarreia, dor de cabeça, prisão de ventre.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento): cansaço, exantema cutâneo.
Reação incomum: mal-estar, soluços, diminuição dos batimentos do coração
(bradicardia).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este
medicamento): broncoespasmo e anafilaxia.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam
este medicamento): Erupções cutâneas disseminadas, com bolhas e
descamação em grande parte da superfície corporal (Necrólise epidérmica
tóxica).
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Frequência desconhecida: Prolongamento do intervalo QT (incluindo


Torsades de Pointes).
3.2 Exemplo 2: BROMOPRIDA
É indicada no tratamento de distúrbios da motilidade gastrintestinal; refluxo
gastroesofágico; náuseas e vômitos de origem central e periférica, como em cirurgias,
distúrbios metabólicos, infecção e uso de medicamentos; em procedimentos
radiológicos no trato gastrintestinal.
 POSOLOGIA
1 a 2 gotas por quilo de peso, três vezes ao dia. Não há estudos dos efeitos
de bromoprida administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e
para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral .
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Drogas anticolinérgicas e analgésicos narcóticos: Os efeitos de bromoprida
na motilidade gastrintestinal são antagonizados sedativos, hipnóticos, narcóticos
ou tranquilizantes: pode haver potencialização dos efeitos sedativos inibidores da
monoaminoxidase (MAO). Bromoprida pode diminuir a absorção de fármacos
pelo estômago (p/ex. digoxina) e acelerar aquelas que são absorvidas pelo intestino
delgado (p/ex. paracetamol). Álcool: pode haver potencialização dos efeitos
sedativos.
 EFEITO TERAPEUTICO
Bloqueia os receptores da dopamina-2 (D2) no sistema nervoso central e no
trato gastrointestinal. A estimulação do trato gastrointestinal pela bromoprida
parece mediada, pelo menos em parte, por sua atividade colinérgica indireta,
parcialmente dependente de suas propriedades anticolinesterásicas. Essas ações
levam ao aumento do tônus e amplitude das contrações gástricas e ao relaxamento
do esfíncter pilórico, resultando no esvaziamento gástrico e aumento do trânsito
intestinal.
 EFEITOS COLATERAIS
Este medicamento pode causar efeitos gastrintestinais: náuseas, distúrbios
intestinais.
Efeitos na mama: galactorréia e ginecomastia
Efeitos dermatológicos: erupções cutâneas, incluindo urticária
Efeitos neurológicos: insônia, cefaleia, tontura e sintomas extrapiramidais.
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3.3 Exemplo 3: MECLIN


É indicado na prevenção e no tratamento da cinetose (náuseas e vômitos
associados aos movimentos), da vertigem e de náuseas e vômitos induzidos por
radioterapia. Meclin também é indicado no tratamento de náuseas e vômitos
durante a gravidez.
 POSOLOGIA
Adultos dose usual em adultos e adolescentes: profilaxia e tratamento em
cinesias: 25 a 50 mg, uma hora antes de viajar. A dose pode ser repetida a cada 24
horas, se necessário. Profilaxia e tratamento em vertigem1: 25 a 100 mg por dia,
como necessário, em doses divididas. Profilaxia e tratamento em náusea2 e
vômito3 induzidos por radioterapia4: 50 mg, 2 a 12 horas antes da
radioterapia4.Tratamento de náuseas5 e vômitos6 da gravidez7: 25 a 100 mg por
dia, como necessário, em doses divididas.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Álcool e medicamentos depressores do sistema nervoso central: o uso
concomitante com a meclizina pode potencializar os efeitos de depressão do
sistema nervoso central destes medicamentos ou da meclizina. Anticolinérgicos e
medicamentos com atividade anticolinérgica: o uso concomitante com a meclizina
pode potencializar os efeitos anticolinérgicos. Apomorfina: a administração prévia
de meclizina pode diminuir a resposta emética da apomorfina.
 EFEITO TERAPEUTICO
Atua bloqueando os receptores H1 da histamina, inibindo sua ação através
do bloqueio dos receptores muscarínicos no cérebro. Porém, ao contrário da
maioria dos anti-histamínicos, apresenta baixa afinidade pelos receptores
muscarínicos, o que em última análise, proporciona um menor número de reações
adversas. A meclizina possui propriedades anticolinérgicas, antieméticas,
antiespasmódicas, depressora do sistema nervoso central e anestésica local. O
mecanismo dos efeitos antieméticos com a meclizina parece estar relacionado com
a inibição do centro do vômito no tronco cerebral. A meclizina também reduz a
excitabilidade dos neurônios no núcleo vestibular e afeta as vias neuronais
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originadas do labirinto. Nos transtornos motores, impulsos dos receptores


vestibulares são transmitidos para os núcleos vestibulares, para áreas mais
primitivas do cerebelo e para as áreas do tronco cerebral.
 EFITOS COLATERAIS
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento) Sonolência.
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam
este medicamento) Boca seca, ressecamento de nariz e garganta, dor de cabeça,
fadiga, embaçamento visual e reação alérgica grave.

4. MEDICAMENTOS HIPOGLICEMIANTES
Os hipoglicemiantes ou antidiabéticos são drogas utilizadas para tratamento de pacientes com
diabetes. O objetivo do uso desses medicamentos é de controlar a glicemia para níveis de
glicose em jejum < 100 mg/dL e pós-prandial <140 mg/dL. Existem diversas classes
medicamentos, que possuem mecanismos de ação e indicações diferentes. Esse grupo de
medicações é dividido em hipoglicemiantes injetáveis e hipoglicemiantes orais. De antemão,
o controle do diabetes mellitus tipo 1 só é adquirido através do uso dos hipoglicemiantes
injetáveis – insulina – enquanto que o diabetes mellitus tipo 2 pode ser controlado através de
qualquer classe dessa medicação.
4.1 Exemplo 1: OZEMPIC
É utilizado para reduzir o açúcar no sangue (glicose sanguínea) em adultos
com diabetes tipo 2 através de um mecanismo que estimula a secreção de insulina
e diminui a secreção de glucagon, somente quando a glicose sanguínea estiver
elevada.
 POSOLOGIA
A dose inicial de Ozempic é de 0,25 mg uma vez por semana durante 4
semanas. Depois de 4 semanas, sua dose deve ser aumentada para 0,5 mg uma vez
por semana. Caso sua glicemia não fique controlada o suficiente com a dose de 0,5
mg, seu médico pode decidir aumentar a sua dose para 1 mg uma vez por semana.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
A semaglutida retarda o esvaziamento gástrico e tem o potencial de
influenciar a taxa de absorção se administrada concomitante de medicamentos
orais. A semaglutida deve ser usada com precaução em pacientes tratados com
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medicamentos orais que requerem uma rápida absorção gastrointestinal.


Paracetamol Semaglutida atrasa a taxa de esvaziamento gástrico, conforme
avaliado pela farmacocinética do paracetamol durante teste de refeição
padronizado. AUC0-60min e Cmax do paracetamol diminuíram cerca de 27% e
23%, respectivamente, após o uso concomitante de semaglutida 1 mg. A exposição
total ao paracetamol não foi afetada. Não é necessário ajuste posológico do
paracetamol quando administrado com semaglutida. Contraceptivos orais não é
esperado que a semaglutida reduza a efetividade dos contraceptivos orais, visto
que a semaglutida não alterou a exposição global de etinilestradiol e levonorgestrel
em um grau clinicamente relevante quando uma associação de contraceptivos orais
(0,03 mg de etinilestradiol/0,15 mg de levonorgestrel) foi coadministrada com
semaglutida. A exposição do etinilestradiol não foi afetada; um aumento de 20%
foi observado na exposição de levonorgestrel no estado de equilíbrio. A Cmax não
foi afetada em qualquer um dos compostos. Atorvastatina Semaglutida não alterou
a exposição global de atorvastatina após a administração de dose única de
atorvastatina (40 mg). A Cmax de atorvastatina reduziu em 38%. Isso foi avaliado
como não clinicamente relevante. Digoxina Semaglutida não alterou a exposição
global ou a Cmax de digoxina após uma dose única de digoxina (0,5 mg).
Metformina Semaglutida não alterou a exposição global ou a Cmax de metformina
após administração de 500 mg 2 vezes ao dia por 3,5 dias.
 EFEITO TERAPEUTICO
O semaglutido é um análogo do GLP-1 com uma sequência de homologia
de 94% relativamente ao GLP-1 humano. O semaglutido atua como agonista dos
receptores de GLP-1 que se liga seletivamente e ativa o receptor de GLP-1, o alvo
para GLP-1 nativo. O GLP-1 é uma hormona fisiológica que tem múltiplas ações
na regulação do apetite e da glicose, bem como no sistema cardiovascular. Os
efeitos no apetite e na glicose são especificamente mediados pelos receptores do
GLP-1 no pâncreas e no cérebro. O semaglutido reduz a glicose sanguínea de uma
forma dependente da glicose, estimulando a secreção da insulina e reduzindo a
secreção de glucagon quando a glicose sanguínea está elevada. O mecanismo de
redução da glicose sanguínea também envolve um ligeiro atraso do esvaziamento
gástrico na fase pós-prandial precoce. Durante a hipoglicemia, o semaglutido
diminui a secreção de insulina e não inviabiliza a secreção de glucagon. O
semaglutido reduz o peso corporal e a massa de gordura corporal através da
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diminuição da necessidade de aporte de energia, o que envolve uma redução geral


do apetite. Além disso, o
semaglutido reduz a preferência por alimentos ricos em gordura. Os
receptores do GLP-1 são também expressos no coração, na vasculatura, no sistema
imunitário e nos rins. O semaglutido teve um efeito favorável nos lipídeos
plasmáticos, diminuiu a pressão arterial sistólica e reduziu a inflamação nos
estudos clínicos. Nos estudos em animais, o semaglutido atenua o
desenvolvimento de aterosclerose, prevenindo a progressão de placas na aorta e
reduzindo a inflamação das placas.
 EFEITOS COLATERAIS
Reação comum (pode ocorrer em mais de 1 em 10 pessoas)
Sensação de enjoo (náusea) – isso geralmente desaparece ao longo do
tempo;
Diarreia – isso geralmente desaparece ao longo do tempo;
Baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia) quando este medicamento é
utilizado com medicamentos que contêm sulfonilureia ou insulina.
Baixa glicemia (hipoglicemia) quando Ozempic é utilizado com
medicamentos orais para o diabetes que não sejam sulfonilureia ou insulina.
Os sinais de alerta de hipoglicemia podem surgir repentinamente e podem
incluir: Suor frio, pele fria e pálida, dor de cabeça, batimentos cardíacos
rápidos, fraqueza, nervosismo, ansiedade ou confusão, dificuldade de
concentração ou tremor.
Reação incomum (pode afetar até 1 em 100 pessoas)
Alteração no gosto de alimentos ou bebidas;
Pulso rápido;
Reações no local da injeção – como hematoma, dor, irritação, coceira e
erupção cutânea;
Reações alérgicas como erupção cutânea, coceira ou urticária;
Atraso no esvaziamento do estômago.
Efeitos colaterais graves
Reação comum (pode afetar até 1 em 10 pessoas)
Complicações da doença do olho diabético (retinopatia)
Reação incomum (pode afetar até 1 em 100 pessoas)
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Pâncreas inflamado (pancreatite aguda) que pode causar dor intensa no


estômago e nas costas.

4.2 Exemplo 2: FIASP


É um tipo de insulina indicada para o tratamento de diabetes mellitus. O
fármaco promove diminuição rápida da glicose após o uso e costuma ser associado
com insulinas de ação intermediária ou de ação longa.
 POSOLOGIA
É uma insulina para administração às refeições, por via subcutânea, nos 2
minutos antes do início da refeição, podendo opcionalmente ser administrada até
20 minutos depois do início da refeição. A administração da dose de Fiasp é
individual e determinada de acordo com as necessidades do doente. Fiasp
administrado por injeção subcutânea deve ser utilizado em associação com insulina
de ação intermédia ou de ação prolongada administrada pelo menos uma vez por
dia. Num regime de tratamento basal-bolus, aproximadamente 50% destas
necessidades podem ser cobertas por Fiasp e o restante por insulina de ação
intermédia ou prolongada. As necessidades individuais diárias totais de insulina
nos adultos, adolescentes e crianças podem variar e são normalmente entre 0,5 e 1
unidade/kg/dia. A monitorização da glicemia e o ajuste das doses de insulina são
recomendados para a obtenção de um ótimo controlo glicémico. Pode ser
necessário um ajuste da dose se os doentes aumentarem a atividade física,
alterarem a sua dieta habitual ou durante uma doença concomitante. Os níveis de
glicemia devem ser monitorizados de forma adequada nestas condições. Início Do
Tratamento: Doentes com diabetes mellitus tipo 1 a dose inicial recomendada em
doentes com diabetes tipo 1 nunca antes tratados com insulina é aproximadamente
50% da dose diária total de insulina e deve ser dividida entre as refeições com base
no tamanho e composição das mesmas. A dose diária total de insulina restante
deve ser administrada sob a forma de insulina de ação intermédia ou de ação
prolongada. Regra geral, podem ser utilizadas 0,2 a 0,4 unidades de insulina por
quilograma de peso corporal para calcular a dose diária total inicial de insulina em
doentes com diabetes tipo 1 nunca antes tratados com insulina. Doentes com
diabetes mellitus tipo 2 a dose inicial sugerida é de 4 unidades em uma ou mais
refeições. O número de injeções e titulação subsequente irá depender do alvo
glicémico individual e do tamanho e composição das refeições. Poderá ser
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considerado um ajuste diário da dose com base na glicose plasmática medida pelo
doente.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
É conhecido que alguns medicamentos interagem com o metabolismo da
glicose. As seguintes substâncias podem reduzir as necessidades de insulina:
Antidiabéticos orais, inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), bloqueadores
betas, inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECAs), salicilatos,
esteroides anabolizantes, sulfonamidas e agonistas dos receptores GLP-1. As
seguintes substâncias podem aumentar as necessidades de insulina: Contraceptivos
orais, tiazidas, glicocorticoides, hormonas da tiroide, simpaticomiméticos,
hormona do crescimento e danazol. Os bloqueadores betas podem mascarar os
sintomas de hipoglicemia. O octreótido/lanreótido podem ou aumentar ou reduzir
as necessidades de insulina. O álcool pode intensificar ou reduzir o efeito
hipoglicémico da insulina.
 EFEITO TERAPEUTICO
A diabetes é uma doença que se caracteriza por um nível elevado de glicose
no sangue, quer porque o organismo não consegue produzir insulina (diabetes tipo
1) ou porque o organismo não produz insulina suficiente ou não consegue utilizá-la
de forma eficaz (diabetes tipo 2). A insulina de substituição de Fiasp atua do
mesmo modo que a produzida pelo próprio organismo e ajuda na absorção da
glucose do sangue pelas células. Esta ação controla o nível de glicose no sangue e
reduz os sintomas e as complicações da diabetes. A insulina aspártico entra na
corrente sanguínea mais rapidamente do que a insulina humana depois da injeção
e, portanto, tem um início de ação mais rápido.
 EFEITOS COLATERAIS
Baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia) é muito comum em
tratamentos com insulina (pode ocorrer em mais de 1 em 10 pacientes). A
hipoglicemia grave pode causar dano cerebral e risco à vida.
Reações Comuns (podem ocorrer em até 1 em 10 pacientes)
Reações no local da aplicação: os sinais podem incluir hematoma, erupção
cutânea, dor, vermelhidão, inflamação, irritação e coceira - estes geralmente
desaparecem após alguns dias;
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Reações cutâneas: sinais de alergia na pele como eczema, erupção cutânea,


urticária e dermatite podem ocorrer.
Reações Incomuns (podem ocorrer em até 1 em 100 pacientes)
Reações alérgicas (hipersensibilidade), tais como erupção cutânea
generalizada e inchaço da face podem ocorrer.

4.3 Exemplo 3: THIOCTACID


É indicado para o tratamento dos sintomas da polineuropatia diabética
periférica. O medicamento proporciona melhora no funcionamento de
determinados nervos que se encontram prejudicados pelo diabetes, atuando sobre
sintomas como queimação, dormência ou formigamento.
 POSOLOGIA
um comprimido (600 mg) uma vez ao dia, em dose única,
aproximadamente meia-hora antes da primeira refeição.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
O efeito da cisplatina pode ser reduzido pela administração concomitante
de Thioctacid 600 HR. Como o ácido tióctico é um quelante de metais, não deve
ser utilizado simultaneamente com compostos metálicos, tais como produtos à
base de ferro ou magnésio e derivados do leite, em função do seu conteúdo de
cálcio. Se a administração do Thioctacid ocorrer 30 minutos antes do café da
manhã, produtos contendo ferro e magnésio podem ser utilizados no horário do
almoço ou ao anoitecer. Como o efeito hipoglicemiante da insulina e de
antidiabéticos orais pode ser intensificado, recomenda-se acompanhamento regular
da glicose sanguínea, particularmente durante o início do tratamento com
Thioctacid. Em casos isolados, pode ser necessário reduzir a dose de insulina ou
do antidiabético oral, de forma a evitar sintomas de hipoglicemia. Reações
adversas a medicamentos muito raras: sintomas gastrintestinais: náusea, vômitos,
diarreia, dor abdominal. Reações alérgicas: erupção cutânea, urticária, prurido.
Alterações do paladar. Diminuição da glicemia decorrente de um aumento da
utilização da glicose, com ocorrência de sintomas semelhantes aos de hipoglicemia
(vertigem, sudorese excessiva, e alterações visuais).
 EFEITO TERAPEUTICO
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O ácido tióctico assemelha-se à insulina, ativando a recaptação de glicose


no nervo, no músculo e nas células adiposas via fosfatidilinositol-3-quinase. A
primeira escolha para o tratamento da dor neuropática do diabetes são os
antidepressivos, entre os quais a amitriptilina (Tryptanol). A segunda escolha,
quando os antidepressivos não proporcionam controle adequado da dor
neuropática, são os anticonvulsivantes, ente eles a carbamazepina e o ácido
valpróico .O ácido alfa lipídico ou ácido tióctico (Thioctacid) deve ser reservado
como terceira opção quando as duas primeiras não forem eficazes em promover
algum alívio dos sintomas.

 EFEITOS COLATERAIS
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento) Tonturas, náusea.
Reações alérgicas, hipoglicemia, disgeusia , dor de cabeça, hiperidrose,
visão turva, vômitos, dor gastrointestinal, diarreia dermatite alérgica, urticária,
erupção cutânea, coceira.

5. MEDICAMENTOS ANTI-HIPERTENSIVOS
Os Anti-hipertensivos são uma classe de fármacos empregados no tratamento da hipertensão.
A hipertensão arterial sistêmica é a responsável mais frequente pelas doenças
cardiovasculares e por eventos cardiovasculares fatais e não fatais. A ação hipotensora é, pois,
protetora da saúde.
A elevação da pressão arterial pode dar-se basicamente por um aumento da resistência
vascular periférica por um débito cardíaco aumentado. Os medicamentos anti-hipertensivos
atuam em um ou outro desses dois fatores, ou em ambos. O mecanismo de ação dos anti-
hipertensivos irá depender da classe à qual pertencem. Há pelo menos cinco classes de anti-
hipertensivos, a saber: (1) os diuréticos; (2) os β-bloqueadores adrenérgicos; (3) os
bloqueadores do canal de cálcio; (4) os vasodilatadores e (5) os inibidores da enzima
conversora da angiotensina.
1- Os diuréticos: aumentam o volume do fluxo da urina. Seu efeito primário consiste em
promover um maior débito de sódio, o que por sua vez causa também maior débito de água e,
assim, do volume de líquidos extracelulares no organismo. Há dois tipos de medicamentos
diuréticos que podem ser escolhidos, conforme as características clínicas do paciente:
diuréticos de alça e diuréticos tiazídicos.
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2- Os β-bloqueadores adrenérgicos: antagonizam os receptores da noradrenalina. São drogas


que intervêm na transmissão simpática. Os efeitos anti-hipertensivos dessas drogas são
múltiplos, incluindo: diminuição do débito cardíaco, efeitos inibidores centrais, readaptação
dos barorreceptores (receptores da pressão), diminuição da liberação de renina e inibição
simpática periférica. Além disso, elas têm efeitos antiarrítmicos e antianginosos.
3- Os bloqueadores do canal de cálcio: reduzem a excitabilidade e a frequência cardíacas,
promovendo o relaxamento da musculatura lisa arterial e reduzindo a resistência vascular
periférica.
4- Os vasodilatadores: aumentam o espaço de contenção do sangue e, com isso, diminuem a
força de pressão sobre a parede das artérias. Os medicamentos desse grupo atuam diretamente
sobre a musculatura da parede vascular, promovendo o relaxamento muscular delas. Em
consequência da vasodilatação arterial direta, promovem retenção hídrica e taquicardia
reflexa, o que contraindica seu uso como monoterapia. Alguns vasodilatadores exercem suas
ações em regiões específicas do organismo, como artérias do cérebro ou do coração, por
exemplo. Esses vasodilatadores são utilizados em enfermidades desses órgãos e não apenas
como anti-hipertensivos.
5- Os inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAs): atuam bloqueando a
conversão da angiotensina I em angiotensina II, que é um vasoconstritor potente. Os IECAs
continuam sendo a melhor alternativa de medicação por via oral ou sublingual para o
tratamento de crises hipertensivas. Eles também são formalmente contraindicados na gravidez
e em estenose bilateral de artérias renais
.
5.1 Exemplo 1: INDAPAMIDA
Indapamida é diferente dos outros diuréticos, de maneira que ela causa apenas um
sutil aumento na quantidade de urina produzida, age no controle da pressão arterial, através de
um mecanismo vascular, com sua manutenção dentro dos limites fisiológicos.
 POSOLOGIA
Uso oral – Doses junto com refeição, pela manhã. Adultos diurético: 2,5
mg (drágea) por dia, em dose única; Idosos: podem ser mais sensíveis às doses
usuais. Limite de dose para adultos: 5 mg por dia, em dose única. Hipertensão
arterial essencial: 1,5 mg (comprimido de liberação prolongada), em dose única,
pela manhã. Obs.: o aumento da dose não aumenta o efeito anti-hipertensivo,
apenas aumenta a diurese. Idosos: podem utilizar a mesma dose, desde que estejam
com função renal normal ou pouco diminuída.
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 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Não deve tomar Indapamida com medicações a seguir, uma vez que
cuidados especiais sejam necessários: Medicamentos utilizados para problemas de
ritmo cardíaco (ex. quinidina, hidroquinidina, disopiramida, amiodarona,
sotalol, ibutilida, dofetilida, digitálicos); Medicamentos para tratar
distúrbios cerebrais como depressão, ansiedade esquizofrenia entre outros (ex:
antidepressivos tricíclicos, drogas antipsicóticas, neurolépticos); Bepridil (utilizado
para o tratamento de angina pectoris, uma condição que provoca dor no peito).
 EFEITO TERAPEUTICO
No rim, a Indapamida age no tubo contornado distal, inibindo a reabsorção
de sódio. A Indapamida é rapidamente absorvida no trato digestivo após
administração oral e fixa-se na parede vascular devido à sua natureza lipofílica.
Sofre transformação hepática em vários metabólitos ativos, que são eliminados
principalmente por via urinária, com meia vida de 16 horas. Como anti-
hipertensivo, diminui a resistência periférica, atuando diretamente nos vasos.
 EFEITOS COLATERAIS
Pele avermelhada inflamada;
Reações alérgicas, principalmente dermatológicas, em pacientes com
predisposição a reações alérgicas e asmáticas.
Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
medicamento):
- Vômito;
- Pontos vermelhos na pele (púrpura).
- Sensação de cansaço, dor de cabeça, formigamento (parestesia), vertigens;
- Alterações gastrointestinais (como náusea, constipação), boca seca.

5.2 Exemplo 2: LOSARTANA


É um medicamento que promove a dilatação dos vasos sanguíneos,
permitindo uma melhor circulação do sangue. Por esse motivo, ela costuma ser
indicada para diminuir a pressão nas artérias e melhorar o funcionamento do
coração de quem sofre com hipertensão ou insuficiência cardíaca. Esta substância
também pode ser indicada para pacientes com risco de infarto ou AVC, pois ela
reduz as complicações que podem ocorrer advindas de outras doenças
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cardiovasculares. Combinada com outros remédios, a losartana também atua para


proteger os rins e retardar o avanço da doença renal em quem tem diabetes tipo 2 e
proteinúria.
 POSOSLOGIA
Pressão Alta: A dose usual de losartana potássica para pacientes com
pressão alta e hipertrofia do ventrículo esquerdo é de 50 mg uma vez ao dia. Essa
dose pode ser aumentada para 100 mg uma vez ao dia. Insuficiência Cardíaca: a
dose inicial de losartana potássica para pacientes com insuficiência cardíaca é de
12,5 mg uma vez ao dia. Essa dose pode ser aumentada gradualmente até que a
dose ideal seja atingida. A dose usual de losartana potássica para tratamento
prolongado é de 50 mg uma vez ao dia. Diabetes Tipo 2 e Proteinúria: a dose usual
de losartana potássica para a maioria dos pacientes é de 50mg uma vez ao dia. Essa
dose pode ser aumentada para 100 mg uma vez ao dia.

 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
A pressão sanguínea pode ser reduzida por um destes medicamentos ou
uma destas classes de medicamentos: antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos,
baclofeno e amifostina.
- Medicamentos que retêm potássio ou podem aumentar os seus níveis (por
exemplo, suplementos de potássio, substitutos do sal da dieta que contêm potássio
ou medicamentos poupadores de potássio como alguns diuréticos [amilorida,
triantereno e espironolactona] ou heparina);
- Anti-inflamatórios não esteroidais tais como indometacina, incluindo
inibidores da COX-2 (medicamentos que reduzem a inflamação e podem ser
utilizados no auxílio do alívio da dor), porque podem reduzir o efeito de losartana
potássica na diminuição da pressão sanguínea.
 EFEITO TERAPEUTICO
Losartana relaxa a musculatura lisa e com isso promove vasodilatação,
aumenta a excreção renal de sódio e água, reduz o volume plasmático, e diminui a
hipertrofia celular. Não interfere com a atividade da enzima conversora de
angiotensina (ECA) e assim, não inibe a degradação de bradicinina e substância P.
 EFEITOS COLATERAIS
19

- Fadiga;
- Pouco açúcar no sangue (hipoglicemia);
- Muito potássio no sangue (hipercalemia);
- Alteração no funcionamento dos rins, incluindo falência renal;
- Anemia (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue);
Incomuns (podem ocorrer em 1 a cada 100 pessoas):
- Sonolência;
- Dor de cabeça;
- Distúrbios do sono;
- Sensação de aumento das batidas do coração (palpitações);
- Dor aguda no peito (angina pectoris);
- Falta de ar (dispneia);
- Dor abdominal;
- Constipação;
- Diarreia;
5.3 Exemplo 3: OLMECOR
É indicado para o tratamento da pressão arterial alta, ou seja, a pressão
cujas medidas estejam acima de 140 mmHg (pressão “alta” ou sistólica) ou 90 mm
Hg (pressão “baixa” ou diastólica).
 POSOLOGIA
USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 ANOS DE IDAD: Normalmente, a
dose inicial recomendada de OLMECOR é de 20 mg uma vez ao dia para
pacientes com mais de 6 anos de idade e que possuem mais que 35 kg. Para
pacientes que precisam de redução adicional da pressão arterial depois de 2
semanas de tratamento, a dose pode ser aumentada para até 40 mg por dia.
USO ADULTO: Normalmente, a dose inicial recomendada de OLMECOR
é de 20 mg uma vez ao dia. Para pacientes que necessitam de redução adicional da
pressão arterial, a dose pode ser aumentada para até 40 mg uma vez ao dia. O
comprimido deve ser engolido, com água potável, uma vez ao dia.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Pacientes utilizando sequestradores de ácidos biliares a dose de Olmecor
deve ser tomada preferencialmente 4 horas antes da dose do sequestrador de ácidos
biliares. Pacientes utilizando anti-inflamatórios não esteroidais o uso desses
medicamentos junto com Olmecor pode levar à piora da função dos rins. O efeito
20

de Olmecor pode ser reduzido pelo uso concomitante de anti-inflamatórios.


Olmecor pode ser tomado com ou sem alimentos (a alimentação não influencia na
ação do medicamento).
 EFEITO TERAPEUTICO
Age diminuindo a pressão arterial, pois provoca a dilatação dos vasos
sanguíneos. O início desse efeito geralmente se manifesta dentro de uma semana
após o início do tratamento.
 EFEITOS COLATERAIS
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento)
- Tontura.
Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que
utilizam este medicamento)
- Dor de cabeça;
- Tosse;
- Dor abdominal;
- Náusea;
- Vômito;
- Vermelhidão da pele;
- Coceira;
- Inchaço do rosto;
- Inchaço das pernas;
- Insuficiência renal aguda;

6. MEDICAMENTOS DIURETICOS
Diuréticos São usados para tratar hipertensão e insuficiência renal e
cardíaca, pois ajudam na eliminação de sódio.
5.1 Exemplo 1: FUROSEMIDA
É indicada nos casos de: hipertensão arterial leve a moderada; edema
(inchaço) devido a distúrbios do coração, do fígado e dos rins; edema (inchaço)
devido a queimaduras.
 POSOLOGIA
Adultos
21

diurético: iniciar com 20 a 80 mg, por dia, em dose única. Se necessário,


aumentar a dose em 20 a 40 mg a cada 6 ou 8 horas até obter o efeito desejado.
Manutenção: 20 a 40 mg por dia, de preferência em dose única.
hipertensão: iniciar com 40 mg, 2 vezes por dia; ajustar a dose de acordo
com a resposta clínica.
Limite de dose para adultos: 600 mg por dia.
Crianças
diurético: iniciar com 2 mg por kg de peso, em dose única; se necessário,
aumentar as doses em 1 a 2 mg por kg de peso, com intervalos de 6 a 8 horas. Não
ultrapassar dose de 6 mg por kg de peso corporal.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
A associação de furosemida com hidrato de cloral e antibióticos
aminoglicosídeos é desaconselhada. Sensação de calor, perspiração, agitação,
náusea, aumento da pressão arterial e taquicardia podem ocorrer em casos isolados
após a administração intravenosa da Furosemida dentro de 24 horas da ingestão de
hidrato de cloral. A Furosemida pode ainda potencializar a ototoxicidade de
antibióticos aminoglicosídicos e de outros fármacos ototóxicos, visto que os
efeitos resultantes sobre a audição podem ser irreversíveis.
 EFEITO TERAPEUTICO
A furosemida é um diurético de alça que age inibindo a reabsorção de sódio
e água nos rins (ramo descendente da alça de Henle), muito utilizado no tratamento
das doenças que provocam retenção de líquidos e edemas, como a insuficiência
cardíaca, cirrose, síndrome nefrótica, insuficiência renal, etc.
 EFEITOS COLATERAIS
Os efeitos colaterais mais relevantes da furosemida podem ser divididos em
3 grupos: efeitos adversos provocados pelo aumento da diurese, reações alérgicas
aos componentes da fórmula e ototoxicidade (lesão do ouvido).
Entre os efeitos colaterais que surgem pela perda excessiva de água,
podemos citar:
- Desidratação.
- Hipotensão arterial.
- Tonturas.
- Fraqueza.
22

- Câimbras.

5.2 Exemplo 2: HIDROCLOROTIAZIDA


É destinado ao tratamento da hipertensão arterial, quer isoladamente ou em
associação com outros fármacos anti-hipertensivos. Pode ser ainda utilizado no
tratamento dos edemas associados com insuficiência cardíaca congestiva, cirrose
hepática e com a terapia por corticosteroides ou estrógenos.
 POSOLOGIA
Dose inicial: 50 a 100 mg uma ou duas vezes ao dia, até obter o peso seco
do paciente. Dose de manutenção: a dose de manutenção varia de 25 a 200 mg por
dia ou em dias alternados, de acordo com a resposta do paciente. Com a terapia
intermitente é menor a probabilidade de ocorrência de distúrbios hidroeletrolíticos.
Uso adulto:
Pressão alta dose inicial: 50 a 100 mg/dia, em uma só tomada pela manhã
ou em doses fracionadas. Após 1 semana a posologia deve ser ajustada pelo
médico até se conseguir a resposta terapêutica desejada sobre a pressão sanguínea.
Quando a hidroclorotiazida é usada com outro agente anti-hipertensivo, a dose
deste último deve ser reduzida para prevenir a queda excessiva da pressão arterial.
Uso em lactentes (crianças em fase de amamentação) e crianças: Até 2 anos de
idade: dose diária total de 12,5 a 25 mg administrada em duas tomadas. De 2 a 12
anos de idade: dose de 25 a 100 mg, administrada em duas tomadas.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
A hidroclorotiazida apresenta interações com oito medicamentos: três anti-
hipertensivos, atenolol, captopril e enalapril; dois hipoglicemiantes, insulina e
metformina também com o omeprazol, um antiulceroso; a amitriptilina, um
antidepressivo tricíclico e o clordiazepóxido, um ansiolítico benzodiazepínico. Já o
enalapril possui interações com cinco medicamentos: sendo dois diuréticos, a
furosemida e hidroclorotiazida; a digoxina, um glicosídeo cardiotônico; e também
com a amitriptilina e o clordiazepóxido. Atenolol -Hidroclorotiazida: Aumento do
efeito anti-hipertensivo e diminuição do ritmo cardíaco. Omeprazol -
Hidroclorotiazida: O uso concomitante pode causar uma redução do magnésio
sérico
(hipomagnesemia) Ácido acetilsalicílico - Anlodipino: A combinação pode causar
hipertensão arterial.
23

 EFEITO TERAPEUTICO
A hidroclorotiazida age diretamente sobre os rins, atuando sobre o
mecanismo de reabsorção de eletrólitos no túbulo contornado distal. Aumenta a
excreção de sódio e cloreto (em quantidades aproximadamente equivalentes) e,
consequentemente, de água. A natriurese pode ser acompanhada de alguma perda
de potássio. Como outros diuréticos tiazídicos, reduz a atividade da anidrase
carbônica aumentando a excreção de bicarbonato: contudo este efeito é geralmente
de pequena intensidade em comparação ao seu efeito sobre a excreção de cloreto, e
não altera consideravelmente o equilíbrio ácido-base nem o pH urinário. Além do
efeito diurético a hidroclorotiazida como outros tiazídicos, apresenta leve efeito
anti-hipertensivo. O mecanismo da ação anti-hipertensiva dos tiazídicos parece
estar relacionado com a excreção e redistribuição do sódio. A hidroclorotiazida
não altera a pressão arterial normal.
 EFEITOS COLATERAIS
As reações mais comuns com o uso de Hidroclorotiazida são:
- Tontura;
- Dor próximo do estômago;
- Vômito;
- Calafrios;
-Náuseas;
- Sangramentos.

5.3 Exemplo 3: ESPIRONOLACTONA


É um medicamento diurético e anti-hipertensivo usado para o tratamento da
pressão arterial sem causa originária, além de auxiliar na redução do inchaço e
acúmulo de líquidos.
 POSOLOGIA
Dose usual de 50 mg/dia a 100 mg/dia, que nos casos resistentes ou graves
pode ser gradualmente aumentada, em intervalos de 2 semanas, até 200
mg/dia. O tratamento deve ser mantido por no mínimo 2 semanas para
garantir uma resposta adequada do tratamento.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
24

Espironolactona potencializa o efeito de outros diuréticos e anti-


hipertensivos quando administrados concomitante. Reduz a resposta vascular da
Norepinefrina.
 EFEITO TERAPEUTICO
Além dos efeitos diuréticos, a espironolactona tem propriedades anti-
aldosterona, o que significa que ela interfere com os efeitos da aldosterona, um
hormônio que regula o equilíbrio de sódio e potássio no corpo. Essa ação anti-
aldosterona é particularmente útil em condições em que há uma tensão excessiva
de sal e água. A espironolactona pode ter alguns benefícios adicionais em certas
condições. Por exemplo:
Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP): A espironolactona é
frequentemente usada para tratar a acne e o hirsutismo (crescimento excessivo de
pelos) em mulheres com SOP, devido à sua capacidade de bloquear os efeitos dos
hormônios androgênicos.
Insuficiência cardíaca: Em pacientes com insuficiência cardíaca, a
espironolactona pode ser prescrita como parte do tratamento para reduzir a
sobrecarga de fluidos e melhorar a função cardíaca.
Hipertensão arterial: A espironolactona pode ser usada como parte do
tratamento para controlar a pressão arterial, especialmente em casos de hipertensão
resistente.
 EFEITOS COLATERAIS
As reações adversas mais comuns, são:
- Náuseas.
- Mal estar.
- Cãibras nas pernas.
- Dor ou presença de caroço nas mamas.
- Perda ou crescimento de pelos.
- Erupções cutâneas.
- Coceira.
- Insuficiência renal.

7. MEDICAMENTOS ANALGESICOS OPIOIDES E NÃO OPIODES


Os analgésicos são medicamentos que aliviam a dor sem produzirem perda
de consciência ou atividade reflexa, eles atuam pela estimulação dos receptores
25

opioides presentes no SNC a maioria desses agentes possui a capacidade de


produzir dependência física. Os analgésicos ideais devem ser potentes
possibilitando máximo alívio da dor com o mínimo de efeitos adversos como
constipação, depressão respiratória, náusea ou vômito e causarem um nível de
sedação que possibilite ao paciente permanecer consciente e responsivo e não
ocasionar tolerância nem dependência. A dor aguda de intensidade leve pode ser
tratada com analgésicos como ácido acetil salicílico (aspirina), AINEs ou
paracetamol. A dor associada à inflamação responde bem aos AINEs. A dor não
aliviada ou de intensidade moderada é geralmente tratada com opioides de
potência fraca como a codeína ou a oxicodona.
A dor aguda de intensidade intensa é tratada com agonistas opioides como
morfina, hidromorfona ou levorfanol. Opioides são qualquer substância, endógena
ou sintética, que produz efeitos semelhantes aos da morfina e que são bloqueados
por antagonistas como a naloxona, os analgésicos opioides podem ser
administrados por via oral, parenteral ou intratecal para produzir analgesia. Os
agonistas opioides são utilizados para o alívio da dor aguda intensa ou crônica
moderada, dor pós operatória, cólica renal ou biliar, infarto agudo do miocárdio ou
câncer. Esses agentes podem ser utilizados na sedação pré-operatória e anestesia
suplementar.

7.1 Exemplo 1: TRAMADOL


É amplamente usado como analgésico para dor pós-operatória. É agonista
fraco nos receptores de opioides µ e também um fraco inibidor da recaptação da
monoamina. É eficaz como analgésico e parece ter melhor perfil de efeitos
adversos que a maioria dos opioides, embora tenham sido relatadas reações
psiquiátricas. É administrado por via oral, intramuscular ou intravenosa para dor
moderada a intensa. O tapentadol atua de forma semelhante e é eficaz na dor
crônica e aguda, incluindo a dor associada à neuropatia diabética.
 POSOLOGIA
Adulto: Comprimido: 50-100mg, a cada 4-6h. Gotas: 20 gotas (50mg), 8
vezes/dia. Injetável: 50-100mg, a cada 4-6h.
Pediatria: < 16 anos: Uso não recomendado.
Dose Máxima: Adulto: 400mg/dia.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
26

Deve ser evitado o uso de tramadol com inibidor da monoamina oxidase e


com outros fármacos que reduzam o limiar convulsivo. Além disso, traz consigo o
risco de síndrome da serotonina, principalmente quando combinado com outros
agentes serotoninérgicos. A fenitoína é um indutor enzimático que pode aumentar
o metabolismo da meperidina para normeperidina. Pode ser necessário aumentar a
dose de meperidina, se uso concomitante com fenitoína. Carbamazepina Este
anticonvulsivante pode aumentar o metabolismo do tramadol, reduzindo seu efeito
analgésico. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina, Inibidores da
Monoamina Oxidase Todos esses agentes aumentam os níveis de serotonina. O uso
concomitante destes com tramadol pode incorrer na síndrome serotoninérgica.
Varfarina O efeito anticoagulante da varfarina pode ser potencializado pelo
tramadol
 EFEITO TERAPEUTICO
São a inibição da recaptação neuronal de noradrenalina e o aumento da
liberação de serotonina. O tramadol tem um efeito antitussígeno. Em contraste
com a morfina, as doses analgésicas do tramadol em uma ampla faixa não
apresentam efeito depressor sobre o sistema respiratório. Os principais resultados
terapêuticos esperados da terapia com agonistas opioides são: Alívio da
intensidade da dor e duração da queixa álgica, prevenção da conversão de dor
persistente em dor crônica, prevenção do sofrimento e da incapacidade associados
à dor, prevenção de consequências psicológicas e socioeconômicas associadas ao
controle inadequado da dor, controle de efeitos adversos associados ao manejo da
dor, otimização da capacidade do indivíduo de realizar atividades de vida diária.
 EFEITOS COLATERAIS
Sistema Nervoso Central: Vertigem, Confusão, Sedação, Sudorese,
Desorientação.
Cardiovasculares: Hipotensão Ortostática manifestada por tontura e
fraqueza, ocorre particularmente no início da terapia.
Gastrointestinais: Náusea, Vômito, Constipação.

2.2 Exemplo 2: PETIDINA


É destinado ao tratamento de episódio agudo de dor moderada à grave e
espasmos de várias etiologias, tais como: infarto agudo do miocárdio, glaucoma
agudo, pós-operatórios, dor consequente à neoplasia maligna, espasmos da
27

musculatura lisa do trato gastrintestinal, biliar, urogenital e vascular, rigidez e


espasmos do orifício interno do colo uterino durante trabalho de parto e tetania
uterina. Pode ser empregado, ainda, como pré-anestésico ou como terapia de apoio
ao procedimento anestésico.
 POSOLOGIA
Adulto: IM e SC: 25-150mg, a cada 3-4h, se necessário. EV: 25-100mg, a
cada 3-4h, se necessário.
Pediatria: 1-1,5mg/kg, IM/EV/SC, a cada 3-4h, se necessário.
Dose máxima: Adultos: 500mg/dia. Pediatria: 100mg/dia.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Ritonavir: as concentrações plasmáticas do metabólito norpetidina podem
ser aumentadas pelo ritonavir, assim deve-se ter cuidado quanto a administração de
ritonavir com petidina;
- Fenitoína: o metabolismo hepático da petidina pode ser aumentado pela
fenitoína. A administração concomitante pode resultar em diminuição da meia-
vida e a biodisponibilidade da petidina e um aumento na concentração da
norpetidina, assim devesse ter cuidado com essa administração;
- Cimetidina: A cimetidina reduz o clearance e o volume de distribuição da
petidina e também a formação do metabólito norpetidina, assim deve-se ter
cuidado com essa administração;
- Depressores do SNC: a administração com depressores do SNC, incluindo
álcool e barbitúricos, pode resultar em diminuição do nível de consciência ou
depressão respiratória devido ao efeito aditivo, portanto deve-se ter cautela quando
usar petidina e depressores do SNC concomitantemente;
 EFEITO TERAPEUTICO
É muito semelhante à morfina em seus efeitos farmacológicos, exceto que
tende a causar agitação no lugar de sedação e tem ação antimuscarínica adicional
que pode causar boca seca e embaçamento visual como efeitos adversos. Sua
duração de ação é a mesma ou um pouco mais curta que a da morfina, mas a via de
degradação metabólica é diferente. A petidina é preferida à morfina para analgesia
durante o trabalho de parto, porque não reduz a força de contração uterina. A
petidina é eliminada apenas lentamente no recém-nascido, e pode ser necessário o
uso de naloxona para reverter a depressão respiratória no bebê. Têm sido relatadas
28

várias reações, consistindo em agitação, hipertermia e convulsões, quando a


petidina é administrada a pacientes que estão recebendo inibidores da monoamino-
oxidase. Isso parece ser causado pela inibição de uma via metabólica alternativa,
levando a aumento da formação de norpetidina.
 EFEITOS COLATERAIS
GRAVES
- Cardiovascular: bradicardia, taquicardia, hipotensão;
- Gastrointestinais: vômito;
- Respiratória: parada respiratória, depressão respiratória;
- Neurológico: mioclonia, pressão intracraniana elevada, convulsão.
Além desses, também são relatados síndrome de abstinência de drogas em
recém-nascido
de mãe dependente, abstinência de opióides.
COMUNS
Este medicamento pode causar
- Dermatológico: dor e eritema no local da aplicação;
- Gastrointestinais: náuseas;

7.3 Exemplo 3: PARACETAMOL


É um analgésico sintético não opioide que inibe prostaglandinas no sistema
nervoso central, bloqueando a geração de estímulos dolorosos nos tecidos
periféricos. O controle da temperatura (antipirese) é resultado da inibição do centro
termorregulador no hipotálamo. A eficácia antipirética e a potência analgésica são
similares àquelas do ácido acetil salicílico. O paracetamol é um analgésico-
antipirético eficaz para desconforto associado a infecções bacterianas e virais,
cefaleia e dores musculoesqueléticas. É um bom substituto para os pacientes que
não podem usar produtos a base de aspirina devido a reações alérgicas,
hipersensibilidades, terapia anticoagulante ou possíveis problemas de sangramento
relacionados a úlcera gástrica ou duodenal, gastrite e hérnia de hiato.
 POSOLOGIA
Adulto: VO: 325 a 650 mg a cada quatro ou seis horas. Doses acima de
1.000 mg podem ser usadas quatro vezes diárias para terapia de curta duração. Não
pode exceder 4 g diários.
29

Pediátrica: VO: 0 a 3 meses, 40 mg; 4 a 11 meses, 80 mg; 12 a 24 meses,


120 mg; 2 a 3 anos, 160 mg; 4 a 5 anos, 240 mg; 6 a 8 anos, 320 mg; 9 a 10 anos,
400 mg; 11 a 12 anos, 480 mg; maiores de 14 anos, 650 mg.
Retal: A mesma da dose oral. Administrar a cada 4 horas. Administre no
máximo até cinco vezes ao dia.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Não se recomenda a ingestão de paracetamol com altas doses de
barbitúricos, carbamazepina, hidantoína, rifampicina, sulfimpirazona. Pode ocorrer
aumento do risco de sangramento no uso prolongado de paracetamol
concomitantemente com medicamentos anticoagulantes como a varfarina.
 EFEITO TERAPEUTICO
Promove vasodilatação periférica, aumentando o fluxo sanguíneo e a
dissipação do calor, o que levaria a diminuição da temperatura corporal quando
essa se encontra acima do normal. Doses terapêuticas de paracetamol parecem ter
pouco efeito no sistema cardiovascular e respiratório
 EFEITOS COLATERAIS
Reação anafilática, hipersensibilidade, ansiedade, euforia, dor de cabeça,
hiperatividade psicomotora, arritmia, palpitações, taquicardia, dor abdominal,
diarreia, vômitos, angioedema, prurido, erupção cutânea, erupções com prurido,
urticaria, disúria, retenção urinária, aumento na pressão sanguínea.

8. MEDICAMENTOS ANTICONCULSIONANTES
Os anticonvulsivantes ou antiepiléticos formam um grupo de remédios
voltados principalmente para o tratamento e prevenção de crises convulsivas e
epiléticas. Por isso, a categoria também é chamada popularmente de remédio para
convulsão. Os anticonvulsivantes possuem mecanismos de múltipla ação, sendo
capazes de tratar também diversas outras doenças. Transtorno bipolar e
anticonvulsivo.
8.1 Exemplo 1: FENITOÍNA
Crises convulsivas durante ou após neurocirurgia;
Crises convulsivas, crises tônico-clônicas generalizadas e crise parcial
complexa (lobo psicomotor e temporal): Estado de mal epiléptico.
 POSOLOGIA
30

A administração da fenitoína deve ser lenta – de 25 a 50mg por minuto. A


fosfenitoína deve ser administrada a uma taxa de 150mg por minuto. Se possível,
durante a administração desses medicamentos, recomenda-se monitorar o paciente
quanto à bradicardia por eletrocardiograma. Caso esta condição ocorra, interrompa
a medicação até que a frequência cardíaca volte ao normal. Os níveis plasmáticos
terapêuticos de fenitoína são de 10 a 20mg/L.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
A Fenitoína é extensivamente ligada às proteínas plasmáticas séricas e
metabolizada pelas enzimas hepáticas CYP2C9 CYP2C19 do citocromo P450.
Inibição do metabolismo pode produzir significativo aumento nas concentrações
circulantes de Fenitoína e elevar o risco de toxicidade do fármaco. A Fenitoína é
um potente indutor das enzimas hepáticas metabolizadoras de fármacos, incluindo
CYP1A2, CYP2B6, CYP2C9, CYP3A e UGT1A1. É recomendado que a
concentração plasmática de Fenitoína seja monitorada quando utilizada com
terapia combinada e a dose deve ser ajustada, quando apropriado. A Fenitoína
pode levar a redução da exposição a contraceptivos, albendazol, mebemdazol,
ivabradina, tiagabina, lamotrigina, eslicarbazepina, topiramato e ciclosporina. A
Fenitoína pode levar a redução da exposição a drogas antineoplásicas que são
metabolizadas via CYP3A, CYP2B6, CYP2C9, UGT1A1 e/ou UGT1A4.

Eslicarbazepina, topiramato, cimetidina, omeprazol, estiripentol e


fluoxetina podem levar a uma exposição elevada de Fenitoína.
 EFEITO TERAPEUTICO
A fenitoína tem um mecanismo de ação bem elucidado, no qual retarda o
tempo de recuperação dos canais de sódio ativados por voltagem, aumentando o
período refratário.
 EFEITOS COLATERAIS
Gastrointestinais: Náusea, Vômitos, Indigestão. O aumento gradual da dose
e a administração dos medicamentos com alimentos ou leite podem reduzir a
irritação gástrica.
Sistema Nervoso Central: Sedação, Sonolência, Tontura, Fadiga, Letargia.
Confusão Mental
Sensoriais: Visão Borrada.
31

Higiene Dental: Hiperplasia.


Efeitos Adversos Graves Hematológicos: Hiperglicemia Hidantoínas
podem aumentar a glicemia, especialmente em doses mais elevadas.. Discrasias
Sanguíneas.

8.2 Exemplo 2: CARBAMAZEPINA


Pode ser utilizada isoladamente ou associada a outras medicações no
tratamento das seguintes condições: Alguns tipos de convulsões em pessoas com
epilepsia. Dor no nervo da face (neuralgia do nervo trigêmeo) Quadros
psiquiátricos (episódios de mania no transtorno bipolar e certo tipo de depressão).
 POSOLOGIA
VO: Comprimidos de 200 mg; comprimidos mastigáveis de 100 mg;
comprimidos de liberação prolongada de 100, 200 e 400 mg; cápsulas de liberação
prolongada de 100, 200 e 300 mg; suspensão de 100 mg/5 mL.
Adultos: VO: A dose inicial é 200 mg duas vezes ao dia no primeiro dia.
Aumente-a gradualmente em 200 mg/dia, em doses divididas a cada 6 ou 8 horas.
Não ultrapasse 1.600 mg diários. Os níveis plasmáticos terapêuticos para
carbamazepina são 4 a 12 mg/L.

 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamentos que podem aumentar efeitos terapêuticos ou tóxicos:
Isoniazida, cimetidina, fluoxetina, cetoconazol, macrolídeos (eritromicina,
claritromicina) são agentes que inibem o metabolismo da carbamazepina,
aumentando seus níveis plasmáticos. Propoxifeno, Verapamil, Diltiazem, Danazol,
Lamotrigina, Nefazodona Estas substâncias aumentam os níveis plasmáticos de
carbamazepina. Varfarina o uso concomitante pode ocasionar redução dos efeitos
anticoagulantes da varfarina. Fenobarbital, Fenitoína, Ácido Valproico. a
carbamazepina aumenta o metabolismo desses medicamentos.
Doxiciclina a carbamazepina aumenta o metabolismo desse antibiótico,
causando a redução dos níveis plasmáticos. Contraceptivos Orais carbamazepina
aumenta o metabolismo de estrogênios. A ocorrência de sangramentos no intervalo
entre as menstruações pode ser indicativa da redução da atividade contraceptiva.
Recomenda-se o uso de métodos alternativos de contracepção.
32

 EFEITO TERAPEUTICO
A carbamazepina bloqueia a recaptação da noradrenalina, diminuindo a
liberação deste neurotransmissor, além causar redução da taxa de turnover de
dopamina e GABA. Embora esses efeitos farmacológicos sejam conhecidos, os
mecanismos de ação da carbamazepina como anticonvulsivante, analgésico
seletivo e estabilizador do humor ainda não foram descobertos. Este agente é
estruturalmente relacionado aos antidepressivos tricíclicos.
 EFEITOS COLATERAIS
Efeitos Adversos Comuns Gastrointestinais. Náusea, vômitos.
Sistema Nervoso Central: Sonolência, Tontura
Efeitos Adversos Graves Cardiovasculares Hipotensão Ortostática,
Hipertensão Dispneia, Edema.
Genitourinários: Neurotoxicidade; hematúria franca ou urina turva;
presença de cilindros ou proteínas na urina; presença de eritrócitos de 0 a 3 na
urinálise.
Gastrointestinais Hepatoxicidade
Hematológicos Discrasias Sanguíneas
Tegumentares Reações Dermatológicas.

8.3 Exemplo 3: LORAZEPAM


é uma medicação ansiolítica (da classe dos benzodiazepínicos), ou seja, que
serve para combater a ansiedade em casos de transtornos de ansiedade e de
depressão, bem como no pré-operatório.
 POSOLOGIA
Lorazepam deve ser administrado a 2mg por minuto. Se possível, monitore
o paciente por eletrocardiografia durante a administração destes agentes e fique
atento à ocorrência de bradicardia. Interrompa a infusão até que a frequência
cardíaca se normalize. A dose em adultos 4- 8 mg repetidos em intervalos de 10-15
minutos se houver muita atividade convulsiva.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
33

O lorazepam aumenta o efeito de sedação (sonolência) de bebidas


alcoólicas, barbitúricos e outros medicamentos que produzam depressão do
Sistema Nervoso Central. Os pacientes em tratamento com este medicamento
devem evitar ingestão alcoólica.
 EFEITO TERAPEUTICO
É um medicamento do grupo dos benzodiazepínicos. age em diversos
receptores específicos em diferentes locais do Sistema Nervoso Central,
diminuindo, assim, a geração do estímulo nervoso dos neurônios (células do
sistema nervoso), melhorando a ansiedade.
 EFEITOS COLATERAIS
Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que
utilizam este medicamento): sedação, sonolência, sensação de cansaço. Reações
comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
confusão, depressão, alteração do caminhar e da coordenação, tontura, fraqueza
muscular, fraqueza.

9. MEDICAMENTOS DEPRESSORES DO SNC


Os fármacos com ação no sistema nervoso central (SNC) apresentam
grande importância no tratamento de diversos distúrbios psiquiátricos (depressão,
ansiedade, esquizofrenia, etc.). No Brasil, esses fármacos são classificados como
psicotrópicos e entorpecentes, tendo o comercio regulado pela Portaria no
344/1998 da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária.
Os Depressores da Atividade do Sistema Nervoso Central (SNC), referem-
se ao grupo de substâncias que diminuem a atividade do cérebro, ou seja,
deprimem o seu funcionamento, fazendo com que a pessoa fique “desligada”,
“devagar”, desinteressada pelas coisas. Esse grupo de substâncias é também
chamado de psicolépticos.
9.1 Exemplo 1: PONDERA XR (CLORIDRATO DE PAROXETINA)
Deve ser usado por ADULTOS que apresentam algumas das situações
abaixo: - Depressão (mesmo que anteriormente outros antidepressivos não tenham
sido eficazes);
- Ataques de pânico, incluindo os causados por fobia de lugares abertos
(agorafobia);
34

- Sensação de muita ansiedade ou nervosismo em situações em que é


preciso socializar-se;
- Transtorno disfórico pré-menstrual – quando, em algumas semanas antes
do período menstrual, ocorrem episódios de depressão grave, mudanças graves de
humor ou ansiedade, irritabilidade, dor, dificuldade para realizar tarefas do dia a
dia.
 POSOLOGIA
A maior parte dos adultos utiliza de 12,5 (1 comprimido de 12,5 mg) a 62,5
mg (5 comprimidos de 12,5 mg) de cloridrato de paroxetina por dia. Para quem
tem acima de 70 anos, a dose máxima recomendada é de 50 mg/dia (2
comprimidos de 25 mg). Para o tratamento de ansiedade grave em situações
sociais: A dose diária de 37,5 mg (3 comprimidos de 12,5 mg) de cloridrato de
paroxetina para o tratamento de ataques de pânico: A dose de até 75 mg/dia (3
comprimidos de 25 mg).
Para o tratamento de transtorno disfórico pré-menstrual: A dose inicial de
12,5 mg/dia (1 comprimido de 12,5 mg) e aumentá-la para 25 mg/dia (1
comprimido de 25 mg) durante o ciclo menstrual de quatro semanas, ou limitar o
uso de cloridrato de paroxetina por um período definido todo mês.
 INTERÇÃO MEDICAMENTOSA
Os medicamentos que podem interagir com cloridrato de paroxetina são:
− Outros antidepressivos, como amitriptilina, nortriptilina, imipramina e
desipramina;
− Outras drogas que afetam a serotonina, como triptanos (usados para o
tratamento da enxaqueca), lítio (usado no tratamento
de algumas desordens mentais), tramadol (usado para o tratamento da dor),
linezolida, triptofano e Erva de São João (usados para o tratamento da depressão) e
fentanila (utilizada em anestesia ou para tratar dor crônica);
− Carbamazepina, fenobarbital e fenitoína, normalmente usadas para o
tratamento de convulsões ou epilepsia;
− Alguns medicamentos usados para tratar indivíduos com batimentos
cardíacos irregulares (arritmias), como propafenona e flecainida.
 EFEITO TERAPEUTICO
35

Age inibindo o mecanismo que retira a serotonina das regiões das


comunicações entre os neurônios do cérebro. Assim, a serotonina(5-
hidroxitriptamina, ou 5-HT) se acumula nesses locais e pode agir mais
efetivamente. O tempo para se verificar o início da ação do Pondera (cloridrato de
paroxetina) é de uma a quatro semanas. O efeito completo é observado dentro de
oito a 12 (doze) semanas.
 EFEITOS COLATERAIS
- Hiponatremia (diminuição dos níveis de sódio no sangue, principalmente
em idosos);
- Hiperatividade, agitação e irritabilidade (episódios de mania);
- Convulsões;
- Sensação de cansaço combinada com dificuldade de permanecer sentado
ou em pé (condição conhecida como acatisia);
- Irresistível vontade de mover as pernas (síndrome das pernas inquietas);
- Alteração nos resultados dos testes de enzimas hepáticas ou sintomas de
distúrbio hepático (como enjoo, perda de apetite,
sensação de mal-estar, febre, coceira, pele e olhos amarelados, urina
escurecida);
- Produção de leite em mulher que não está amamentando;
- Aumento de produção do hormônio prolactina;
- Distúrbios menstruais (incluindo menstruação prolongada, perda
sanguínea fora do período menstrual ou ausência de
menstruação).

9.2 Exemplo 2: LEXAPRO


é um fármaco antidepressivo que pertence à classe dos Inibidores Seletivos
da Recaptação da Serotonina (ISRS). Destinado a adultos, o medicamento dá
suporte no tratamento de diferentes doenças mentais. Principais indicações:
Tratamento e prevenção da recaída ou recorrência da depressão; Tratamento do
transtorno de pânico, com ou sem agorafobia; Tratamento do6transtorno de
ansiedade generalizada (TAG).
 POSOLOGIA
36

PARA O TRATAMENTO E PREVENÇÃO DA RECAÍDA OU


RECORRÊNCIA DA DEPRESSÃO:
A dose recomendada normalmente é 10 mg ao dia. Dependendo da resposta
individual, a dose pode ser aumentada pelo seu médico até um máximo de 20 mg
ao dia. Usualmente 2-4 semanas são necessárias para obter uma resposta
antidepressiva. Após remissão dos sintomas, o tratamento por pelo menos 6 meses
é requerido para consolidação da resposta.
PARA O TRATAMENTO DO TRANSTORNO DO PÂNICO COM OU
SEM AGORAFOBIA:
A dose inicial para a 1ª semana é de 5 mg ao dia (apenas para iniciar o
tratamento), aumentada a seguir para 10
mg ao dia, a dose terapêutica. Esta dose também pode ser aumentada até
um máximo de 20 mg ao dia. Pacientes suscetíveis a ataques de pânico podem
apresentar um aumento da ansiedade logo após o início do tratamento, que
geralmente se normaliza nas 2 primeiras semanas de uso do medicamento. Uma
dose inicial menor é recomendada para evitar ou amenizar esse efeito. A melhora
total é atingida após aproximadamente 3 meses. O tratamento é de longa duração.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Não administrar o escitalopram em combinação com IMAOs. Foram
registrados casos de reações graves em pacientes em uso de um ISRS combinado a um
inibidor da monoaminoxidase (IMAO), como a tranilcipromina, ou a um IMAO reversível
(RIMA), como a moclobemida, e em pacientes que descontinuaram recentemente o
tratamento com ISRSs e iniciaram o tratamento com IMAO. Em alguns casos os pacientes
desenvolveram a síndrome serotoninérgica. Iniciar o uso do escitalopram 14 dias após a
suspensão do tratamento com um IMAO irreversível e pelo menos um dia após a suspensão
do tratamento com uma
IMAO reversível (RIMA). Iniciar o tratamento com um IMAO ou RIMA no mínimo 7 dias
após a suspensão do tratamento com escitalopram. A administração concomitante com outras
drogas de ação serotoninérgica (por ex., tramadol, sumatriptano) pode levar ao aparecimento
da síndrome serotoninérgica.
 EFEITO TERAPEUTICO
Age no cérebro corrigindo concentrações inadequadas de
neurotransmissores, principalmente a serotonina, que está associada aos sintomas
de depressão, pois atua na regulação do humor e da sensação de bem-estar.
37

 EFEITOS COLATERAIS
Reação muito comum - ocorre em mais de 10% (> 1/10) dos pacientes que
utilizam este medicamento:
-Náusea;
-Dor de cabeça.
Reação comum - ocorre entre 1% e 10% (> 1/100 e ≤ 1/10) dos pacientes
que utilizam este medicamento:
- Nariz entupido ou com coriza (sinusite);
- Aumento ou diminuição do apetite;
- Ansiedade, inquietude, sonhos anormais, dificuldades para dormir,
sonolência diurna, tonturas, bocejos,
tremores, sensação de agulhadas na pele;
- Diarreia, constipação, vômitos, boca seca;
- Aumento do suor;
- Dores musculares e nas articulações (mialgias e artralgias);

9.3 Exemplo 3: CLONAZEPAM


É indicado para tratar crises epilépticas e espasmos infantis (Síndrome de
West). O clonazepam também é indicado para: Transtornos de ansiedade,
Distúrbio do pânico com ou sem medo de espaços abertos, Fobia social (medo de
situações como falar em público), Transtornos do humor, Transtorno afetivo
bipolar (fases de depressão e mania): tratamento da mania, Depressão maior:
associado a antidepressivos na depressão ansiosa e início do tratamento.

 POSOLOGIA
. Adultos
A dose inicial para adultos com crises epilépticas não deve exceder 1,5
mg/dia, dividida em três doses. A dose pode ser aumentada com acréscimos de 0,5
a 1 mg, a cada três dias, até que as crises epilépticas estejam adequadamente
controladas ou até que os efeitos colaterais tornem qualquer incremento adicional
intolerável. A dose de manutenção deve ser individualizada para cada paciente,
dependendo da resposta. A dose diária máxima recomendada é de 20 mg e não
38

deve ser excedida. O uso de múltiplos anticonvulsivantes pode resultar no aumento


dos efeitos adversos depressores. Isso deve ser considerado antes de adicionar
Clonazepam ao regime anticonvulsivante existente.
Recém-nascidos e crianças (até 10 anos de idade ou 30 kg de peso
corpóreo)
Clonazepam é administrado por via oral. Para minimizar a sonolência, a
dose inicial média para recém-nascidos e crianças deve estar entre 0,01 e 0,03
mg/kg/dia, porém não deve exceder 0,05 mg/kg/dia , dividido em duas ou três
doses diárias.
 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Informe seu médico se estiver tomando outros medicamentos, incluindo
as substâncias a seguir, pois elas podem interagir com clonazepam:
- Depressores do sistema nervoso central e álcool;
- Medicamentos que agem no sistema nervoso: antidepressivos,
medicamentos para dormir, alguns analgésicos, antipsicóticos, ansiolíticos,
anticonvulsivantes;
- Medicamentos para o estômago.
Interações fármaco-alimento
Interações com alimentos não foram estabelecidas. O suco de toranja pode
aumentar o efeito de clonazepam.
Interações fármaco-laboratório
Interações com testes laboratoriais não foram estabelecidas.
 EFEITO TERAPEUTICO
Devido ao efeito sedativo, ele inibe as funções do sistema nervoso central.
Isso ocorre a partir da potencialização da ação do ácido gama-aminobutírico.
Trata-se de um neurotransmissor inibitório, responsável por diminuir a excitação, a
agitação, a tensão e o estado de alerta.
 EFEITOS COLATERAIS
As reações que ocorreram em ≥ 5% dos pacientes em estudos clínicos
foram:
Sonolência, dor de cabeça, infecção das vias aéreas superiores, cansaço, gripe,
depressão, vertigem, irritabilidade, insônia, perda da coordenação de movimentos
39

e da marcha, perda do equilíbrio, náusea, sensação de cabeça leve, sinusite e


concentração prejudicada.
Pós-comercialização
- Distúrbios do sistema imunológico: reações alérgicas e muito poucos
casos de anafilaxia (reação alérgica grave);
- Distúrbios endócrinos: casos isolados, reversíveis, de puberdade precoce
incompleta;
- Distúrbios psiquiátricos: amnésia, alucinações, histeria, psicose, tentativa
de suicídio, despersonalização, distúrbio de memória, desinibição orgânica, ideias
suicidas, lamentações, distúrbios emocionais e de humor, estado confusional e
desorientação. Depressão pode estar associada à doença de base. Reações
paradoxais: inquietação, agitação, irritabilidade, agressividade, nervosismo,
hostilidade, ansiedade, distúrbios do sono, delírio, raiva, pesadelos, sonhos
anormais, alucinações, psicose, hiperatividade, comportamento inapropriado e
outros efeitos comportamentais. Alterações da libido (casos raros).

CONCLUSÃO

Conclui-se que as classes de medicamentos desempenham um papel crucial


na organização e compreensão dos diversos fármacos disponíveis para as
40

diferentes patologias. Essas categorias, como anti-hipertensivos, diuréticos,


antieméticos, entre outros são essenciais para guiar os profissionais da saúde e os
estudantes que ainda estão aprendendo sobre cada droga, sendo de extrema
relevância o entendimento de sua posologia, efeito terapêutico e seus efeitos
adversos podendo sempre ser alterado de acordo com cada organismo, além de ser
compreendido sua administração adequada de acordo com cada tratamento. As
classes ajudam a simplificar a complexidade do vasto espectro de medicamentos,
facilitando em uma abordagem clinica e em um cuidado de saúde mais eficaz.

REFERÊNCIAS
41

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17 nov. 2023
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2023
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Posologia Disponível em https://www.drogariaspacheco.com.br/indapamida-1-5mg-generico-
eurofarma-30-comprimidos/p Acesso em: 18 nov. 2023
Hipoglicemiantes Disponível em https://www.sanarmed.com/resumo-de-hipoglicemiantes-
injetaveis Acessado em: 18 nov. 2023
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Farmacologia. Rang, H.P; Dale, M.M. Editora Elsevier, 8aedição, 2016.
CLAYTON, B.D; STOCK, Y.N. Farmacologia na prática de enfermagem. Rio de Janeiro:
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