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Nome: Leidyane de Castro Monteiro Matrícula: 21203801

Disciplina: Antibioticoterapia, Oncologia e Central de Misturas A2

Questão 1

Os antimicrobianos possuem uma finalidade clara: reduzir o crescimento de


microrganismos ou matá-los. O farmacêutico deve garantir que o paciente entenda a
importância de seu tratamento. Essa orientação envolve o respeito aos horários de tomar
o medicamento, bem como todos os outros quesitos para o seu uso racional medicamento,
evitando possíveis interações medicamentosas e efeitos adversos. “As interações mais
importantes são aquelas que reduzem ou inibem o efeito do antimicrobiano.
Os medicamentos que são indutores enzimáticos, como carbamazepina, fenitoína e
rifampicina. “Ao identificar as interações medicamentosas que podem ocorrer ou estão
ocorrendo, o farmacêutico deve orientar o paciente o que fazer e, se necessário,
encaminhá-lo ao médico”.
Segundo os especialistas, não há uma escala para classificar quais são as interações mais
perigosas, pois elas estão dentro de um contexto de uso. O mais importante é ressaltar as
de maior frequência. A seguir, são apresentados alguns exemplos de interações
medicamentosas e reações adversas de antimicrobianos/antibacterianos

Classe dos Aminoglicosídeos - Gentamicina

Emprego por via oftálmica – colírio (pressionar o saco conjuntival por um a dois minutos
– redução de efeitos sistêmicos) e pomada (pode ser aplicada no saco conjuntival).
Atenção: cuidar para não encostar os instaladores na mucosa oftálmica (contaminação);
Administração parenteral – IV/intermitente (infusão) e IM.
Interações medicamentosas:
- Anfotericina B, furosemida, vancomicina e AINEs – os feitos da gentamicina podem
ser potencializados por esses fármacos;
- Penicilinas (ampicilina, oxacilina, piperazina, ticarcilina e penicilina G) – pode ocorrer
diminuição na eficácia da gentamicina de antagonismo entre os fármacos.

Classe das Tetraciclinas - Doxiciclina

Manifestação de reações gastrintestinais, especialmente com estômago vazio. Há relatos


de ocorrência de esofagite quando administrada antes de dormir. Em vista disso,
recomenda-se a administração com muita água;
Fotossensibilidade e onicólise;
Escurecimento dos dentes em crianças menores de 8 anos.

Interações medicamentosas:

Interfere com a atividade dos contraceptivos orais, sendo recomendada a utilização de


métodos adicionais durante o tratamento. Derivados barbitúricos, hidantoínas e
carbamazepina podem diminuir sua atividade, reduzindo seu tempo de meia-vida. Cátions
divalentes e trivalentes (ferro inclusive) resulta em quelatos.

Referências:https://ictq.com.br/farmacia-clinica/3153-as-principais-interacoes-
medicamentosas-com-antimicrobianos
Questão 2
O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no
Sistema Único de Saúde (SUS). São utilizados quatro medicamentos para o tratamento
dos casos de tuberculose que utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida,
pirazinamida e etambutol. A tuberculose tem cura quando o tratamento é feito de forma
adequada, até o final. O papel dos profissionais de saúde em apoiar e monitorar o
tratamento da tuberculose, por meio de um cuidado integral e humanizado, é muito
importante. Uma das principais estratégias para promover a adesão ao tratamento é o
Tratamento Diretamente Observado (TDO).
A combinação de dose fixa rifampicina + isoniazida + pirazinamida +
etambutol também é recomendada pela Organização Mundial da Saúde6. A prova
disponível revela que essa combinação apresenta biodisponibilidade equivalente àquela
dos fármacos separados em formulações isoladas9-13. Com essa apresentação, pretende-
se melhorar a adesão do paciente ao tratamento (diminuindo a quantidade de
comprimidos), facultar a dispensação do produto, simplificar a prescrição médica,
restringir a monoterapia e, consequentemente, reduzir a resistência bacteriana6

Referência: Medicamentos para o tratamento da tuberculose -Marcus Tolentino Silva


https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/t/tuberculose/tratamento-e-
prevencao/

Questão 3

Aproximadamente 75% da dose oral de cloridrato de tetraciclina é absorvida através do


trato gastrointestinal. A presença de íons metálicos (principalmente cálcio) diminui sua
absorção. O cloridrato de tetraciclina apresenta ampla distribuição corpórea, atingindo a
maioria dos fluidos biológicos, incluindo bile, secreções sinusais, secreção pleural,
líquido ascítico, sinovial e gengival; concentrações no líquido cefalorraquidiano são
variáveis e podem atingir 10 a 25% da concentração plasmática. Concentrações no líquido
gengival cravicular podem chegar de 3 a 7 vezes a concentração sérica. O cloridrato de
tetraciclina tende a se acumular em ossos, fígado, baço, tumores e dente; atravessa a
barreira placentária e é excretado no leite materno. O cloridrato de tetraciclina apresenta
ligação protéica de 65% e praticamente não sofre biotransformação; possui meia vida de
6 a 11 horas.

O problema mais comum do uso das tetraciclinas ocorre na segunda metade da gestação,
podendo causar uma descoloração permanente dos dentes (cor marrom-amarelada). Além
disso, pode causar retardo no crescimento esquelético, o que vai ser mais comum com o
uso prolongado da medicação
Outro ponto importante é que medicamentos categorizados como D ou X podem levar a
ocorrência de aborto, prematuridade, morte neonatal, anormalidades fetais, entre outros.
Referência: /https://guiadafarmaciadigital.com.br/arquivos-uploads/bula/
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 60, DE 17 DE DEZEMBRO
DE 2010. Estabelece frases de alerta para princípios ativos e excipientes em bulas e
rotulagem de medicamentos. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/rdc0060_17_12_2010.pdf>
ROZAS, Antônio. Medicamento na Gravidez e Lactação. Rev. Fac. Ciênc. Méd.
Sorocaba, v. 6, n. 1, p. 38 – 43, 2004. Disponível em:
<https://revistas.pucsp.br/RFCMS/article/download/295/pdf/42021>.

Questão 4
A hanseníase, para fins de tratamento, pode ser classificada em: Paucibacilar – poucos
bacilos – até 5 lesões de pele; Multibacilar – muitos bacilos – mais de 5 lesões de pele.
O tratamento específico é encontrado nos serviços públicos de saúde e é chamado de
poliquimioterapia (PQT), porque utiliza a combinação de três medicamentos:
rifampicina, dapsona e clofazimina. O paciente vai ao serviço mensalmente tomar a dose
supervisionada pela equipe de saúde, e pegar a medicação para as doses que ele toma
diariamente em casa.
A duração do tratamento varia de acordo com a forma clínica da doença. Para pacientes
com hanseníase paucibacilar (PB) a duração é de seis meses e para pacientes com
hanseníase multibacilar (MB) a duração é de doze meses.
O tratamento medicamentoso para reação hansênica é realizado conforme classificação
do tipo de reação. Para reação tipo 1 ou reação reversa, o tratamento é com prednisona
ou dexametasona. Para reação tipo 2 do tipo eritema nodoso hansênico, o tratamento é
com talidomida, que pode ser associado à prednisona em caso de comprometimento dos
nervos. Na impossibilidade de uso desse medicamento, pode-se utilizar a prednisona ou
pentoxifilina. Para reação crônica ou subintrante, o tratamento é realizado com
clofazimina.
De um modo geral, as principais reações adversas incluem as de natureza irritativa,
alérgica e tóxica. A intolerância gastrintestinal ocorre pela ação irritativa dos
medicamentos. As reações alérgicas podem ser brandas (urticária, rash, prurido, icterícia
colestática) ou graves (choque anafilático, discrasias sanguíneas, vasculites, nefrite
intersticial).
Referência: Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis -
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Questão Bônus (0,5ponto)

A criação da Organização Mundial de Saúde (OMS) representou um marco na saúde


pública mundial. Criada oficialmente em 1948, a OMS é uma instituição
intergovernamental e parte integrante da Organização das Nações Unidas (ONU), tendo
como objetivo promover ações de saúde em âmbito internacional. De forma mais
concreta, a OMS é responsável pela formulação de normas sanitárias internacionais, pela
produção de guias e materiais técnicos em prevenção e controle de doenças, manuais de
boas práticas, pela criação e implementação de programas de controle e erradicação de
doenças, promoção de assistência técnica a países, formulação de relatórios de situação e
análises de risco, e, ainda, o fomento de pesquisas em saúde.
Referência: https://sds.unb.br/qual-o-papel-da-oms-e-por-que-suas-recomendacoes-sao-
cada-vez-mais-necessarias/

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